You are on page 1of 24

CONTRATOS MERCANTIS

FERNANDA DE SOUZA SÁ

NATHALIA DE SOUZA AYRES DA SILVA

REBECA MELLO OLIVEIRA

TAMIRES DE BRITO SILVA

VIVIAN RAMOS DE LIMA Comércio Exterior – 1º Ciclo


Direito Público e Privado
VIVIANE DI MASE ALMEIDA
PROF. ME. Luciana Nogueirol Lobo Marcondes
INTRODUÇÃO
Código Civil, 55 nos art. 421 a 853

Código de Defesa do Consumidor, nos art. 44 a 46

Contrato é um tipo de negócio jurídico, onde há acordo de vontades tendo por fim

criar, modificar ou extinguir direitos

A função principal do contrato:


Firmar a realização da vontade humana (pessoa jurídica ou física) no âmbito
econômico.

Com base da nova teoria geral contratualista, ao lado dos princípios da boa-fé

objetiva e do equilíbrio contratual, surge para possibilitar a isonomia entre as partes

contratantes, visando maior harmonia na relação contratual.

Viviane Mase
CONTRATO MERCANTIL
Os contratos mercantis são aqueles em que contratante e contratado são necessariamente

empresários, de trabalho, de consumo e com a Administração Pública, ou seja, quando

ambos exercerem, profissionalmente, atividade econômica organizada para a produção ou

circulação de bens e serviços (art. 966, CC).

São submetidos às regras do Código de Defesa do Consumidor – CDC (Lei n. 8.078/1990),

bastando para tanto que um dos contratantes assuma a posição de consumidor, ou seja,

de destinatário final do produto ou serviço negociado, nos termos do art. 2º do CDC

Viviane Mase
CLASSIFICAÇÃO
Os contratos mercantis podem ser classificados das mais diversas formas, como

apresentada por Fábio Ulhoa Coelho:

a) Bilaterais e unilaterais: essa classificação considera as obrigações assumidas pelas

partes. O contrato é bilateral quando ambos dos contratantes assumirem obrigações

recíprocas

b) Consensuais, reais ou solenes: O contrato é consensual quando o simples encontro

de vontade das partes basta para a formação do vínculo contratual. O contrato é real

quando a formação do vínculo contratual depende da entrega da coisa. Por fim, o contrato

é solene quando a formação do vínculo contratual depende da emissão de um documento.

Viviane Mase
c) Comutativos e aleatórios: O contrato é comutativo quando os contratantes podem antecipar

como será a execução do contrato. Por sua vez, o contrato será aleatório quando, em razão da álea

característica do objeto contratado, tal antecipação se torna impossível.

d) Típicos ou atípicos: O contrato é típico quando a lei disciplina os direitos e deveres das partes.

Por sua vez, o contrato será atípico quando os direitos e deveres dos contratantes são mencionados

no instrumento contratual que assinaram.

Viviane Mase
COMPRA E VENDA
O contrato de compra e venda está disciplinado no Código Civil, entre os art. 481 a 532.
O contrato de compra e venda é aquele em que uma das partes (devedor) submete-se
a transferir o domínio de certa coisa ao outro contratante (comprador), que, por sua vez,
se obriga a pagar certo preço em dinheiro.

O direito comercial atribui-se de uma das modalidades de compra e venda, a


modalidade mercantil.

A compra e venda mercantil, é consolidada entre dois empresários.

Tamires Brito
ELEMENTOS DE COMPRA E VENDA MERCANTIL

Existem três elementos essenciais aos contratos de compra e venda mercantis:

a) COISA, objeto é necessariamente uma mercadoria;

b) PREÇO, há liberdade de composição dos preços, tendo em vista que, o sistema


econômico brasileiro é fundado na livre iniciativa, porém, vale ressalvar que, existem
possibilidades do Estado controlar os preços (congelamento, tabelamento,
homologação e monitoramento);

c) CONDIÇÕES, comprador e vendedor devem acertar as condições do contrato.

Tamires Brito
FORMAÇÃO DO CONTRATO MERCANTIL

Em consentimento as partes convencionam sobre a coisa, o preço e a condição. Há a


necessidade da comunhão de vontades entre comprador e vendedor para que se
constitua o vínculo contratual.

Para a veracidade e validade do contrato é necessário que se especifique o seu objeto


e o preço, conforme reza o art. 485, CC/02, sendo que o OBJETO deve ser lícito,
possível, determinado ou determinável, não podendo ser estabelecido como tal um bem
considerado fora do comércio. Já o PREÇO deve ser fixado por ambas as partes, do
contrário tal contrato será considerado nulo.

Tamires Brito
RESPONSABILIDADE DAS PARTES
Para o vendedor, o dever de:

• Transferir o domínio da coisa objeto do contrato;

• Responder pelo vícios da coisa;

• Responder pela evicção.

E para o comprador:

• Pagar o preço pela coisa adquirida.

As despesas pela escrituração ficam a cargo do comprador, e as decorrentes da


tradição, ficam a cargo do vendedor, salvo estipulação contratual diversa.

Tamires Brito
ESPECIALIDADE DE COMPRA E VENDA MERCANTIL

O vendedor, uma vez verificada situação de falência do comprador, ou de insolvência


(quando esse não é empresário ou sociedade empresária), não pode simplesmente
condicionar a entrega da coisa vendida, já que tal relação, visando proteger a atividade
econômica, é regida por lei específica, qual seja a Lei de Falências.

Tamires Brito
CONTRATOS INTELECTUAIS
Entende-se como direito intelectual, o ramo de direito que protege as criações do
intelecto humano.

A Propriedade Industrial resguarda as criações intelectuais ligadas a atividades


industriais.

São quatro os bens protegidos pelo Direito Industrial:

• Patente de invenção

• Modelo de utilidade

• Registro de desenho industrial

• Marca

Fernanda de Sá
Cessão da Patente do Direito Industrial

É um contrato de transferência da propriedade industrial


A cessão pode ser total, compreendendo todos os direitos titularizados pelo cedente
ou pode ser parcial, recebendo limitações:
Limitação quanto ao objeto: Transfere alguns dos direitos industriais.
Limitação quanto a área de atuação do cessionário: o cessionário terá direito de
utilizar a patente neste país, mas não em outros, por exemplo
Licença de uso Industrial
Pode ser:
• Total ou parcial
• Gratuita ou Onerosa
• Em todo Território nacional, ou em certa zona
• Temporária
Licença Exclusiva ou não Exclusiva ( varias licenças sobre o mesmo objeto)

Fernanda de Sá
Contrato de Transferência de Tecnologia
Uma industrial que não possui tempo ou recurso para criar uma tecnologia, passa a
poder adquiri-la pronta, através do Know-How.

Pode ser transmitido a terceiros sem que a sua titularidade escape às mãos de seu
detentor. Pode-se dizer dessa forma que, transferir tecnologia não significa transferir a
sua titularidade.

Transmitido em caráter temporário: é feito através de uma licença de utilização, com


um limite de tempo.
Transmitido definitivamente.

Pura e simples: Quando a transferência envolver apenas o modo de proceder.


Conjugada: Quando a transferência envolver outros fornecimentos ou direitos, o
direito de licenciamento, o direito de exploração ou ainda o direito de cooperação do
licenciante ou cedente.
Fernanda de Sá
COMERCIALIZAÇÃO DO LOGICIARIO

Software: designa o conjunto de instruções indispensáveis ao tratamento eletrônico de


informações.

• Os direitos titularizados pelo criador de um logiciário não são tutelados pela


propriedade industrial, mas pelo direito autoral.

• Cópia de programa de computador.

• Um programa de computador pode ser objeto de contrato entre empresários ou entre


o titular dos direitos de comercialização e o usuário.

Rebeca Mello
SEGURO
Definido no Artigo 757 do CC de 2002

É o contrato pelo qual uma sociedade seguradora se obriga através do pagamento de


um valor chamado prêmio, visando os interesses de um segurado contra riscos que são
pré determinados em contrato. Ou seja, a obrigação se materializa quando da
ocorrência de um evento futuro e incerto.

A origem deveu-se a necessidade das pessoas distribuírem e socializarem os riscos


que possuíam com relação a grandes prejuízos pessoais e patrimoniais que poderiam
vir a ter caso tivessem que arcar com esses gastos sozinhas. É o que se chama de
mutualidade nos contratos de seguro que visa baratear o ônus financeiro que uma
pessoa sofreria caso arcasse com os prejuízos de modo solitário.

Vivian Ramos
SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS

O Estado exercer forte fiscalização sobre seguradoras

Existe um Sistema Nacional de Seguros Privados, instituído e regulamentado pelo


decreto lei n° 73/1966:

• A sociedade seguradora deve estar autorizada pelo governo federal para exercer
atividade securitária. A contratação do seguro sem autorização acarreta uma multa
em valor equivalente a importância que foi segurada;
• Apenas sociedades anônimas ou cooperativas podem ser sociedades seguradoras,
sendo que só as cooperativas podem operar com seguros agrícolas de saúde ou de
acidente do trabalho;
• A autorização para funcionamento deve ser requerida junto ao CNSP( Conselho
Nacional de Seguros Privados) que vai expedir uma carta patente para esse fim;

Vivian Ramos
• A sociedade seguradora não pode falir, tampouco impetrar concordata ou agora
recuperação judicial ou extrajudicial;
• Deve possuir um capital mínimo estipulado pelo CNSP ;

• Qualquer alteração do estatuto social de uma sociedade seguradora deverá ter uma
autorização prévia pelo governo federal;
• Deverá possuir reservas técnicas, fundos especiais e provisões para o exercício de
sua atividade;
• Os corretores de seguros podem ser pessoas físicas ou jurídicas cuja atividade
econômica é de aproximação da sociedade seguradora e dos segurados. Eles são
fiscalizados pela Superintendência de Seguros Privados que procede a habilitação e
registro desses corretores de seguro;
• Há ainda IRB Brasil Resseguros S.A que é uma sociedade de economia mista com
capital representado por ações titularizadas, metade pela união e metade pela
seguradoras. As empresas seguradoras têm liberdade de agir até o seu Limite
Técnico. O que exceder esse limite deve ser ressegurado. (É o seguro do seguro).

Vivian Ramos
Quanto a natureza do contrato de seguro a doutrina majoritária é no sentido de que
tal contrato é de adesão, é comutativo e é um contrato consensual.

Pela preocupação que o Estado tem sobre essa atividade securitária quase todas as
cláusulas dos contratos de seguros são definidas em lei, além de pressupor a
realização de negócios em massa, ou seja, vários são os segurados por um
determinado seguro.

Vivian Ramos
CARACTERÍSTICAS
• A partir do Art. 757 do CC/2002, o contrato de seguro passou a ter como objetivo a
garantia do segurado contra riscos, ou seja, a seguradora não está só obrigada a
pagar a prestação devida nas hipóteses acordadas em contrato, mas também
deve adotar providências de gerenciamento empresarial com o objetivo de se
manter as condições econômicas e financeiras, e patrimoniais para a realização da
sua atividade;
• Art 758 diz que a apólice ou bilhete de seguro passaram a ser instrumentos de
prova do contrato mas não constituem o contrato propriamente dito, hoje em dia
prova-se a existência do contrato de seguro por qualquer documento
comprobatório do pagamento do prêmio do seguro;
• Há casos em que a contratação do seguro é imposto por lei, ou seja, obrigatória
sob pena de aplicação de multa por parte da Superintendência de Seguros
Privados. São os casos de danos pessoais causados por veículos automotores de
via terrestre ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não.
Vivian Ramos
OBRIGAÇÕES DAS SEGURADORAS E
SEGURADOS
Obrigações da Sociedade Seguradora Obrigações do Segurado

Garantir o interesse do segurado contra Pagar o prêmio do seguro


riscos previstos em contrato
Organizar-se empresarialmente e gerir Prestar informações verídicas
os recursos provenientes do pagamento
do prêmio de forma a atender aos
compromissos com seus segurados ou
beneficiários
Pagar ao segurado a quantia Abster-se de aumentar o risco em torno
determinada do interesse segurado
Comunicar a seguradora tanto a
verificação de incidente que aumente o
risco como a do próprio sinistro

Vivian Ramos
SEGURO
Seguro de Dano (ou de “Ramos elementares”):
• Interesses relacionados com o patrimônio, obrigações, saúde e integridade física;

• O pagamento do seguro não pode representar meio de enriquecimento do segurado,


mas apenas de reposição de perdas.

Seguro de Pessoa:
• O pagamento devido ao beneficiário, em decorrência do sinistro, não tem sentido
indenizatório;
• É lícito contratar quantos seguros de vida quiser;

• Não terá direito ao recebimento do capital, se a morte é voluntária.

Seguro-saúde:
• Há duas modalidades de plano privado de assistência à saúde;

• Só pode ser oferecido por seguradoras especializadas nesse tipo de contrato.

Nathalia Ayres
CAPITALIZAÇÃO
Capitalização é o contrato pelo qual uma sociedade anônima, autorizada pelo governo
federal a operar com este gênero de atividade econômica, se compromete, mediante
contribuições periódicas do outro contratante, a pagar-lhe importância mínima ao
término de prazo determinado.

Ao se obrigar perante a sociedade pelas prestações periódicas, acaba forçando-se a


economizar uma certa parte de sua renda.

Rebeca Mello
CONCLUSÃO
Pode-se concluir acerca da proximidade e fonte constante, em que o direito comercial,
ou empresarial, sempre vai beber de suas disposições normativas, que é o Direito Civil.

As relações negociais se caracterizam por mercantis, quando envolvem empresários


como seus sujeitos.

Por fim, os contratos mercantis são instrumentos externalizadores das relações


empresariais, que, num contexto de globalização, assumem contornos mais informais,
de acordos de vontades, a fim de dar a dinamicidade que se faz necessária.

Rebeca Mello
REFERÊNCIAS
APOSTILA DE DIREITO COMERCIAL. DISPONÍVEL EM:
<HTTP://WWW.FACULDADEDELTA.EDU.BR/DOWNLOADS_ALUNOS/1346439329_OAB_DIR.COMERCIA
L.PDF>

DIONÍSIO, RICARDO ANDRÉ DA ROCHA - FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO 2011. DISPONÍVEL EM:
<HTTP://WWW.UNIFIEO.BR/FILES/0802DIRRR.PDF>

ROCHA, DANIELA TEIXEIRA – CONTRATOS MERCANTIS. DISPON[IVEL EM: <HTTP://WWW.AMBITO-


JURIDICO.COM.BR/SITE/INDEX.PHP?N_LINK=REVISTA_ARTIGOS_LEITURA&ARTIGO_ID=7696>

SCHMITT, JUSSARA SANDRI FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO. CONCEITO. NATUREZA JURÍDICA E


FUNDAMENTOS. DISPONÍVEL EM:
<HTTP://WWW.UEL.BR/REVISTAS/UEL/INDEX.PHP/DIREITOPUB/ARTICLE/VIEWFILE/8721/9062>

ULHOA, FÁBIO COELHO. MANUAL DE DIREITO COMERCIAL 2011. DISPONÍVEL EM:


<HTTPS://EDISCIPLINAS.USP.BR/PLUGINFILE.PHP/1745047/MOD_RESOURCE/CONTENT/1/MANUAL
%20DE%20DIREITO%20COMERCIAL%20%20FABIO%20ULHOA%20COELHO.PDF>

Rebeca Mello

You might also like