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CONCURSOS fe Estratégia Aula 03 Direito Administrativo p/ Prefeitura de Niterdi - Agente Fazendario e Fiscal de Posturas ice) ba oleh Pau (°(-) Noces de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi Fiscal de Posturas e Agente Fazendario ‘Teoria e exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aula 3 SUMARIO EMPRESAS PUBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA sessessssnsssesetstatntntnstetntntnsenntntnssernnnsnsnte 2 Concetta CCrincio EExTNGho. ATIMIDADES DESENVOLIDAS.. RecIMe 1URI01c0 Bens. 13 FALENCA, 4 PRESCRICAO 5 DiFeRENcAsenTRE EP SEM 15, FUNDAGOES PUBLICAS...sssssnmssserstntntnenerntatntnetatatntnenaintntasnanatatnsnininatnenenenstntnisernntnntne D2 Concer 2 NATUREZA.URIDICA... 28 CCrincho EExincho. 25 ATIDADE ws 26 REGIME 1URIDICO. 29 ParRiMoNo 30 LUctTAGBES E CONTRATOS... 30 REGIME DEFESSOAL... 31 Foo coMPETENTE, o ns 31 Contnote bo MinistEmto PUBUCO 32 ‘QUESTOES FEV 33 ‘QUESTOES COMENTADAS NA AULA.. GCABARTO icici OM DRE II nenenncesses Mg Mg nnteerrnrnncennenarsinntntntnsiemnnaementoneineemssnlt Old pessoal, tudo bem? Na aula de hoje vamos estudar a segunda parte das organizagées administrativas, que comporta as empresas publicas, as sociedades de economia mista e as fundagées publicas. Nesta aula, vocés iréo encontrar questées do Cespe entre cada assunto, com 0 objetivo de reforgar o assunto e, ao final da aula, vamos trabalhar com questdes da FGV, que é banca do nosso concurso. Vamos a aula, aproveitem! Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 1 de 48 Nogaes de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi fa Estratégia Fiscal de Postaras ¢ Agente Fazendaio Wounsot ‘Teoria e exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aula 3 EMPRESAS PUBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA Conceito As empresas estatais dividem-se em empresas pUblicas e sociedades de economia mista. As duas sao entidades administrativas, integram a administragéo indireta, possuem personalidade juridica de direito privado, tém sua criagSo autorizada em lei e podem ser criadas para ‘explorar atividade econémica ou prestar servicos ptiblicos. Vejamos a definigéo de cada uma dessas entidades nos ensinamentos de José dos Santos Carvalho Filho!: RO ermeenas Empresa publica (EP): “'sdo pessoas juridicas de direito privado, integrantes da Administracéo Indireta do Estado, criadas por autorizacéo legal, sob qualquer forma juridica adequada a sua finalidade, para que o Governo exerca atividades gerais de cardter econémico ou, em certas situag6es, execute a prestacéo de servicos publicos” So exemplos de empresas piblicas federais a Empresa Brasileira de Correios ¢ Telégrafos — EBCT; a Caixa Econé Desenvolvimento Econémico e Social — BNDES; 0 Servico Federal de Processamento de Dados — Serpro; e muitas outras. ica Federal ~ CEF; 0 Banco Nacional de Sociedade de economia mista (SEM): “so pessoas juridicas de direito privado, integrantes da Administragdo Indireta do Estado, criadas por autorizacéio legal, sob a forma de sociedades anénimas, cujo controle aciondrio pertenca ao Poder Puiblico, tendo por objetivo, como regra, a exploracéo de atividades gerais de cardter econémico e, em algumas ocasiées, a prestacdo de servicos publicos”. Como exemplos, podemos mencionar o Banco do Bra: Amazénia; a Petréleo Brasileiro S.A. — Petrobr A.; 0 Banco da Carvalho Filho, 2014, p. 500. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 2 de 48 Nogoes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi fa Estratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendaio Soren eoy Teoria e exervicios comentados Prof. Herbert Alineida — Aula 3 Das definigdes acima, € possivel confirmar como hé muito mais semelhancas do que diferencas entre essas entidades administrativas. (2) rique Maria Sylvia Zanella Di Pietro cita como tracos comuns as \EWatento! empresas puiblicas e sociedades de economia mista: a) acriago e extingo autorizadas por lei; b)_personalidade juridica de direito privado; ¢) sujeiggo ao controle estatal; d) derrogagao parcial do regime de direito privado por normas de direito publico; e) vinculagao aos fins definidos na lei instituidora; f) desempenho de ati idade de natureza econémica. Vamos ver algumas questées! E ot tproval 1. (Cespe — Ad/TRT-ES/2013) A PETROBRAS é um exemplo de empresa publica. Comentario: a Petrobras, ou Petrdleo Brasileiro S.A. é um exemplo de sociedade de economia mista, eis 0 erro do item. Mostramos acima alguns exemplos de SEMs e EPs, é importante fazer uma boa leitura, pois um item como este pode se repetir na prova. Gabarito: errado. 2. (Cespe - Adm/MIN/2013) Sao caracteristicas comuns a empresas puiblicas e sociedades de economia mista, entre outras, personalidade juridica de direito privado, derrogacao parcial do regime de direito privado por normas de direito publico e desempenho de atividade de natureza econémica. Comentério: a questao tomou por base os ensinamentos da professora Maria Di Pietro. De acordo com a autora, so caracteristicas comuns das empresas publicas e sociedades de economia mista: a) criagao e extincao autorizadas por lei; b) personalidade juridica de direito privado; c) sujeigéo ao controle estatal; d) derrogacao parcial do regime de direito privado por normas de direito publico; e) vinculagéo aos fins definidos na lei instituidora; f) desempenho de atividade de natureza econémica. A derrogacao parcial do regime de direito privado significa que algumas dessas regras sao substituidas por normas de direito publico, ou seja, as EPs e SEMs nao se submetem exclusivamente ao regime juridico de direito Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 3 de 48 Nocies de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi fa Estratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendaio TON CUR SOT Teoria e exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aula 3 privado, Quanto ao ultimo item — desempenho de atividade de natureza econémica — devemos saber que essa ¢ a regra geral e, portanto, é uma caracteristica comum dessas entidades. Logo, o item esta correto. Porém, podemos adicionar a prestacdo de servicos piblicos, que também é uma atividade realizadas pelas empresas estatais. Ao e extingdo Nos termos do inc. XIX, art. 37, da CF/88, a instituigdo de empresa publica e de sociedade de economia mista deve ser autorizada por lei especifica. Apés a edic&o da lei autorizativa, seré elaborado o ato constitutivo, cujo registro no érgao competente significaré o inicio da personalidade juridica da entidade. Assim, as empresas publicas e sociedades de economia mista nascem, efetivamente, apés o registro de seu ato constitutive no 6rga4o competente. Com efeito, conforme estabelece a Constituiggo, a lei deverd ser ‘especifica. N&o significa que a lei deverd tratar téo somente da criacéo da EP e da SEM, mas sim que o assunto (matéria) da lei devera ser relacionado ‘com as competéncias da nova entidade. Assim, n&o poderé uma lei abordar um assunto e, de forma genérica, autorizar a criagio de uma empresa pliblica. Devera a norma, isso sim, tratar da matéria relacionada com a empresa, disciplinando a sua finalidade, estabelecendo diretrizes, competéncias, estrutura, etc. Apos a edic&o da lei, sera elaborado 0 ato constitutivo, que, em geral, 6 feito por meio de decreto. Segundo Alexandrino e Paulo, utiliza-se o decreto para dar publicidade ao estatuto, no entanto, a criag3o efetiva da entidade s6 ocorreré no momento do registro do érg&o competente, e nao na data de publicaco do decreto. A extingdo das EP e das SEM segue a mesma regra. Para tanto, deveré ser editada lei specifica autorizando a exting&o da entidade. Assim, o Poder Executivo ndo podera dar fim as EPs e SEMs por ato de sua competéncia exclusiva, reclamando a autorizago do Poder Legislativo. Vamos resolver algumas questées. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 4 de 48 Nogoes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi Fiscal de Posturas e Agente Fazendario Teoria e exercicios comentados Prof. Herbert Alineida — Aula 3 E OF broval 3. (Cespe — Bibliotecario/MS/2013) A criagdo de uma sociedade de economia mista pode ser autorizada, genericamente, por meio de dispositive de lei cujo contetido especifico seja a autorizagao para a criagéo de uma empresa publica. Comentario: a criagaéo de SEM e de EP deve ser autorizada por lei especifica. Dessa forma, a autorizago nao podera ser feita de forma genérica, conforme consta na questao. Por isso, o item esta errado. Gabarito: errado. 4. (Cespe — AJ/TJDFT/2013) Pessoas juridicas de direito privado integrantes da administragao indireta, as empresas piiblicas s4o criadas por autorizagao legal para que 0 governo exerga atividades de carater econdmico ou preste servigos publicos. Come! © trecho “criadas por autorizacdo legal” costuma causar um pouco de confusdo. No entanto, o item esta informando que a criacdo da empresa publica necessidade de autorizacao legal, o que é verdade. Além disso, 0 item se assemelha ao conceito proposto por José dos Santos Carvalho Filho, vejamos: Empresas ptiblicas so pessoas juridicas de direito privado, integrantes da Administrac3o Indireta do Estado, criadas por autorizacdo legal, sob qualquer forma juridica adequada a sua finalidade, para que o Governo exerca atividades gerais de _carater econdmico ou, em certas situacdes, execute a prestacdo de servicos pliblicos. (arifos nossos) Dessa forma, podemos concluir com tranquilidade que a questo esta correta. Gabarito: correto. 5. (Cespe - Atividades Técnicas de Suporte/MC/2013) O Poder Executivo nao poderd, por ato de sua exclusiva competéncia, extinguir uma empresa publica. Comentario: para extinguir uma empresa publica, 0 Poder Executivo dependera autorizacao legislativa especifica. Logo, jamais poderé fazé-lo por ato de sua exclusiva competéncia. Gabarito: correto. Atividades desenvolvidas De forma simples, as empresas publicas e sociedades de economia mista podem desenvolver dois tipos de atividade: a) explorar atividade econémica; Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br —_ Pagina S de 48 Nocies de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi fa Estratégia Fiscal de Posturas e Agente Fazendirio TON CUR SOT Teoria e exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aula 3 b) prestar servico publico. A regra geral é que as empresas pliblicas e as sociedades de economia mista sejam criadas para atuar na exploracdo de atividades econémicas ‘em sentido estrito. Contudo, a atuagao do Estado na exploracao direta da atividade econémica sé é admitida quando necessaria aos imperativos da sequranca nacional ou a relevante interesse coletivo (CF. art. 173, caput). Nesse contexto, 0 §1°, do art. 173, da CF dispés que a “lei” estabeleceré o estatuto juridico da empresa ptiblica, da sociedade de economia mista e de suas subsididrias que explorem atividade econémica de producdo ou comercializacado de bens ou de prestacao de servicos, dispondo sobre: (a) sua fungéio social e formas de fiscalizagdo pelo Estado e pela sociedade; (b) a sujeigSo ao regime juridico préprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigagées civis, comerciais, trabalhistas e tributdrios; (c) licitagdo e contratag’io de obras, servigos, compras e alienacées, observados os principios da administracdo publica; (d) a constituig&o € o funcionamento dos conselhos de administragao e fiscal, com a participagao de acionistas minoritarios; (e) os mandatos, a avaliacéio de desempenho e a responsabilidade dos administradores. © mencionado “estatuto juridico” das EPs e SEMs no foi editado até hoje. Contudo, algumas regras jé esto claras na Constituic&o e, portanto, merecem destaque. Nesse ponto, as empresas estatais (e suas subsidiérias) que atuarem na exploracao de atividade econémica devem se sujeitar a0 regime préprio das empresas privadas, inclusive no que se refere as obrigagées civis, comerciais, trabalhistas e tributérios. O objetivo dessa regra é evitar que as entidades estatais usufruam de beneficios nao extensiveis 4s empresas privados, o que poderia gerar um desequilibrio no mercado. Reforcando essa regra, 0 §29, art. 173, CF, estabelece que as "empresas publicas e as sociedades de economia mista n&o poderao gozar de privilégios fiscais no extensivos 4s do setor privado”. Assim, se 0 Banco do Brasil S.A., por exemplo, receber uma isencéo fiscal, a mesma regra deverd ser aplicada aos bancos privados. Quanto as empresas piiblicas e as sociedades de economia mista que prestarem servicos ptiblicos, no ha uma regra to clara na Constituigéo Federal. Além disso, o préprio Decreto Lei 200/1967 menciona téo somente a explorago de atividade econémica como inerente as empresas estatais. Todavia, é certo que esse tipo de entidade administrativa presta servico Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br —_ Pagina 6 de 48 Nocies de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi fEstratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendrto TON CUR SOT Teoria e exercicios comentados Prof, Herbert Almeida ~ Aul publico, encontrando respaldo na_legislacéo infraconstitucional, na jurisprudéncia e na doutrina. Nesse contexto, costuma-se dizer que as regras basicas para as SEMs ‘e EPs que prestam servigos pUblicos esto disciplinadas no art. 175 da CF, que estabelece que incumbe “ao Poder Publico, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concesso ou permisséo, sempre através de licitagao, a prestacdo de servicos publicos”. Assim, os regramentos previstos no art. 173 da Constituigéo Federal no alcangam as EPs e SEMs que prestam servicos ptblicos. Tal constataco causa uma diferenca fundamental no regime juridico dessas entidades, conforme iremos observar no tépico seguinte. Todavia, é de se mencionar que nao todo tipo de servico piblico que pode ser exercido pelas empresas estatais. Elas néo podem exercer atividades tipicas de Estado, ou seja, aquelas que sé podem ser prestadas por entidades que possuem personalidade juridica de direito public, como, por exemplo, o exercicio do poder de policia. Por fim, deve-se notar que mesmo quando exploram atividade econémica, as SEMs e as EPs s&o entidades administrativas integrantes da Administragdo Indireta e que, portanto, compem a Administrag&o Publica em sentido subjetivo. Vejamos como isso pode aparecer na prova. E fa'prova! 6. (Cespe — TJ/CNJ/2013) Considere que determinada sociedade de economia mista exerga atividade econémica de natureza empresarial, Nessa situagdo hipotética, a referida sociedade nao é considerada integrante da administragao indireta do respectivo ente federativo, pois, para ser considerada como tal, ela deve prestar servigo publico. Comentario: as empresas publicas e sociedades de economia mista integram a Administracao Indireta em qualquer hipétese, seja as que prestam servico pUblico ou as que exploram atividade econémica. Logo, a assertiva esta errada. Gabarito: errado. 7. (Cespe— AJ/TRT-10/2013) Empresas puiblicas s4o pessoas juridicas de direito privado integrantes da administracdo indireta do Estado, criadas mediante prévia Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 7 de 48 Nocdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi faEstratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazenditio ‘OucUR SOT Teoria ¢ exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aula 3 autorizagao legal, que exploram atividade econémica ou, em certas siluagues, prestam servigo publico. Come! mais um item conceitual. As empresas publicas (e as sociedades de economia mista) sao: a) pessoas juridicas de direito privado; b) dependem de autorizacao legislativa para sua criagao (e extingao); c) atuam prioritariamente na exploracéo de atividade econémica e, eventualmente, na prestacao de servigos publicos. Gabarito: correto. 8. (Cespe - DPF/2013) A sociedade de economia mista pessoa juridica de direito privado que pode tanto executar atividade econémica propria da iniciativa privada quanto prestar servigo piiblico. Comentario: outra muito facil. Uma SEM pode executar atividade econémica propria da iniciativa privada ou prestar servico publico. Portanto, perfeito o item. Gabarito: correto. 9. (Cespe - AFT/2013) A sociedade de economia mista, entidade integrante da administragao publica indireta, pode executar atividades econémicas préprias da iniciativa privada. Comentario: esse item 6 muito parecido com o anterior. As sociedades de economia mista podem executar atividades econémicas proprias da iniciativa privada, como, por exemplo, os servigos bancarios, como faz 0 Banco do Brasil S.A. Assim, a questao esta certa. Gabarito: correto. 10. (Cespe - TNS/PRF/2012) Nao 6 considerada integrante da administracao piblica a entidade qualificada com natureza de pessoa juridica de direito privado que, embora se constitua como sociedade de economia mista, exerca atividade tipicamente econémica. Comentario: novamente, mesmo quando explora atividade econémica, as SEMs integram a administracdo publica. Dai o erro do item. Gabarito: errado. 11. (Cespe - TNS/PRF/2012) As empresas plblicas que explorem atividade econémica nao poderdo gozar de privilégios fiscais nao extensivos &s empresas do setor privado. Comentario: segundo o §2%, art. 173, da CF, as empresas publicas e as sociedades de economia mista nao poderdo gozar de privilégios fiscais nao Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br —_ Pagina 8 de 48 Nocies de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi fa Estratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendaio TON CUR SOT Teoria e exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aula 3 extensivos as do setor privado. Deve-se frisar que essa determinagao se insere no rol das EPs e SEMs que exploram atividade econémica. Gabarito: correto. Regime juridico Em qualquer situagSo, as empresas publicas e as sociedades de economia mista possuem natureza juridica de direito privado. Isso porque essas entidades sao efetivamente criadas com o registro de seu ato constitutivo. As empresas publicas e as sociedades de PRESTE economia mista sempre possuiraéo, Rises a0 personalidade juridica de direito privado. Por outro lado, 0 regime juridico dessas entidades seré sempre hibrido, em algumas situagdes com predominio de regras de direito privado e em outras com predominio do direito publico. O que vai dizer qual o tipo de regra dominante é a natureza da atividade desenvolvida, isto é, se prestam servigos piblicos ou exploram atividade econémica. No entanto, devemos tomar cuidado, pois as questdes de concurso nao costumam ser t&o técnicas. Muitas vezes, as afirmativas tratam o regime juridico como de direito privado, para diferencid-los do regime de direito publico das outras entidades. Portanto, o mais adequado é falar em regime juridico hibrido, mas também pode ser considerado correto se a questéo falar simplesmente em regime de direito privado para as empresas ptblicas e sociedades de economia mista. ‘As empresas pliblicas e sociedades de economia mista que exploram atividade econédmica atuam com predominio das regras de direito privado, porquanto o art. 173, §1°, II, da CF, estabelece que o estatuto dessas entidades se sujeita ao regime juridico préprio das empresas privadas. Dessa forma, essas entidades sé se submetem as regras de direito publico quando a Constituicdo assim o determine, expressa ou implicitamente. Assim, para uma lei administrativa dispor sobre regras de direito publico para uma empresa ptblica exploradora de atividade econémica, tais regras devem derivar do texto constitucional. O entendimento é simples, se a prépria Constituigéo determinou que as empresas plblicas e sociedades de economia mista devem seguir as Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 9 de 48 Nocies de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi Estratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendaio SNe eoy Teoria e exervicios comentados Prof. Herbert Alineida — Aula 3 regras préprias das empresas privadas, somente a prépria Constituigdo podera estabelecer excegées, seja de forma expressa ou de forma implicita. Nesse contexto, o art. 37, caput, da Constituic&o estabelece os principios gerais da Administrag3o Publica (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiéncia), todos aplicdveis 4s EPs e as SEMs, mesmo quando exploram atividades econémicas. Essas entidades também ‘se sujeitam ao concurso ptblico para contratagao de pessoal (CF, art. 37, Il). Ademais, para o desempenho de suas atividades-meio, como a aquisigdo de material de escritorio, obrigam-se a realizar licitaggio publica (CF, art. 37, XXI; e art. 173, §19, III). A organizacao dessas entidades também depende de regras de direito ptiblico, uma vez que dependem de lei para autorizar sua criacéio ou extinc&o, ou mesmo para criagdo de subsididrias, neste Ultimo caso, mesmo que ocorra de forma genérica (CF, art. 37, XIX e XX). Por fim, essas entidades submetem-se ao controle e fiscalizagéo do Tribunal de Contas (CF, art. 71) e do Congresso Nacional (art. 49, X). Por outro lado, as empresas ptiblicas e sociedades de economia mista, quando atuarem na prestacéo de servicos publicos, submetem-se predominantemente, as regras de direito ptiblico. Isso fica muito mais evidente quando as entidades realizam suas atividades-fim, ou seja, quando est&o prestando o servico puiblico para o qual foram criadas. Menciona-se, por exemplo, o principio da continuidade do servico publico e outros. Dessarte, podemos resumir da seguinte forma. Todas as empresas publicas e sociedades de economia mista possuem personalidade juridica de direito privado e regime juridico hibrido. Porém, quando explorarem atividade econémica, sujeitam-se predominantemente ao regime de direito privado. Por outro lado, quando prestam servicos ptblicos, subordinam-se predominantemente a regras de direito publico. Por fim, a atividade preferencial das empresas estatais é a exploragdo de atividade econédmica. Dessa forma, se a questo nao definir qual a area de atuacdo, devemos partir do pressuposto que € a exploragao de atividade econémica. Logo, 0 regime predominante seré de direito privado. Se a questo nao definir a area de atuagao da ate EP ou da SEM, o regime predominante ser4 de aten¢ao direito privado. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 10 de 48 Nocies de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi st atégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendaio Coney Teoria e exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aula 3 Beneficios fiscais © §20, art. 173, CF, dispde que as empresas pblicas e as sociedades de economia mista n&o poderéo gozar de privilégios fiscais néo extensivos as do setor privado. Todavia, a mencionada regra encontra- se no art. 173, que se aplica somente s empresas ptiblicas e sociedades de economia mista que exploram atividade econémica. Com efeito, 0 dispositive nao veda toda concessao de privilégios fiscais, mas tao somente aqueles aplicados exclusivamente as empresas publicas e sociedades de economia mista. Assim, se o ente conceder um privilégio fiscal a todas as empresas de determinado setor, independentemente se so estatais ou néo, nao haverd vedacdo. Ademais, quando a empresa atuar em regime de monopélio, néo existiré nenhuma vedacio da concessao do privilégio, ainda que a empresa explore atividade econémica. O entendimento € muito simples, uma vez que hé monopélio, no existiréo empresas do ramo no setor privado. Imunidade tributaria Nesse ponto, vale trazer um importante entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre a imunidade tributdria recfproca. O art. 150, V1, "a", da CF, estabelece que é vedado & Unido, aos estados, ao Distrito Federal e aos municipios instituir impostos sobre o patriménio, renda ou servicos, uns dos outros. 0 §2° do mesmo art. dispde que essa regra se estende as autarquias e as fundagées instituidas e mantidas pelo Poder Publico, no que se refere ao patriménio, a renda e aos servicos, vinculados a suas finalidades essenciais ou as delas decorrentes. Em nenhum lugar hd meng&o as empresas piiblicas e sociedades de economia mista. Contudo, o Supremo Tribunal Federal vem apresentando entendimento de que a imunidade tributdria reciproca aplica-se as empresas ptiblicas e sociedades de economia mista que prestam servigos pUblicos. O primeiro julgamento do STF nesse sentido ocorreu com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - EBCT, no julgamento do RE 407.099/RS, quando a Corte entendeu que a empresa é “prestadora de Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 11 de 48 Nocies de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi fe Est tégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendaio SecUR Eos Teoria e exercicios comentados Prof. Herbert Almeida — Aula 3 servico publico de prestacgdo obrigatéria e exclusiva do Estado” motivo pela qual esta abrangida pela regra da imunidade tributaria?. Na mesma linha, o STF entendeu que a imunidade tributaria reciproca se aplica a Infraero, empresa pliblica federal, uma vez que presta servigo publico “em regime de monopélio”. Contudo, o entendimento do Supremo Tribunal Federal, ao decidir o caso da Infraero, aparenta-se ser bem mais amplo que o caso da EBCT, vejamos?: ‘A submissiio ao regime juridico das empresas do setor privado, inclusive quanto aos direitos e obrigacées tributarias, somente se justifica, como consectério natural do postulado da livre concorréncia (CF, art. 170, 1V), se @ quando as empresas governamentais explorarem atividade econémica em sentido estrito, nie se aplicanda, por isso mesmo, a disciplina prevista no art. 173, § 1°, da Constituicio, as empresas pUblicas (caso _da INFRAERO), as sociedades de economia_mista_e as suas publicos. (grifos nossos) Em recente posicionamento, o STF firmou entendimento ainda mais amplo, aplicando a imunidade tributaria reciproca a sociedade de economia mista prestadora de agdes e servicos de satide, ou seja, que nem mesmo atuava como delegatéria de servico publico’. Vale dizer, 0 servico de satde, quando prestado pelo Estado, enquadra-se no conceito de servico publico, no entanto ndo ocorre mediante delegacdo, dada sua livre exploracao pelas entidades privadas (CF, art. 199). Diante do exposto, s6 podemos concluir que a imunidade tributaria reciproca, conforme posicionamento recente do Supremo Tribunal Federal, possui uma amplitude genérica, alcancando as empresas ptblicas, sociedades de economia mista e suas subsidiarias prestadoras de servicos pUblicos. Por outro lado, as empresas publicas e as sociedades de economia mista que exploram atividade econémica n&o possuem imunidade tributaria. Vamos exercitar um pouco! RE 407.099/R5. No mesmo sentido: BL aes, BE 398,630/SP, pts shit outros; guano a Cone destacou que a EBCT “6 stado, motivo por que esté abrangida pela imunidade tributdria reciproca”. 3 RE 363.412/8A, “RE 580.264 5, Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 12 de 48 Nocdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi fj Estrategia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendirio TON CUR SOT Teoria ¢ exercicios comentados Prof. Herbert Alineida — Aula 3 E OF broval 12.(Cespe - Técnico Judicidrio/TJ-RR/2012) Embora possuam capital exclusivamente publico, as empresas publicas so pessoas juridicas a que se aplicam, preponderantemente, normas de direito privado. Comentario: como a questdo ndo definiu a area de atuacao da EP, devemos partir do pressuposto que ela explora atividade econémica, afinal essa é a atividade primordial das empresas estatais. Assim, as normas de direito privado serdo aplicadas preponderantemente. Gabarito: correto. 13. (Cespe - Técnico em Administragao/TJ-AC/2012) A empresa publica criada com a finalidade de explorar atividade econémica deve ser, necessariamente, formada sob o regime de pessoa juridica de direito privado. Comentario: em qualquer hipotese as empresas publicas e as sociedades de economia mista sero formadas sob o regime de pessoa juridica de direito privado. Assim, o item esta correto. Contudo, devemos lembrar que o regime juridico seré sempre hibrido, predominando ou um ou 0 outro regime (direito publico e direito privado). No caso das empresas que exploram atividade econémica, as regras predominantes serao de direito privado. Gabarito: correto. Bens Os bens das sociedades de economia mista e das empresas publicas s&o considerados bens privados e, portanto, nfo possuem os atributos dos bens ptiblicos, como a impenhorabilidade e imprescritibilidade. No entanto, tendo em vista o principio da continuidade dos servicos piblicos, a regra para as empresas publicas e sociedades de economia mista que prestam servigo publico é um pouco diferente. Nesse caso, os bens afetados diretamente a prestacao do servico piiblico gozam dos mesmos atributos dos bens piiblicos. Nesse sentido, voltando ao caso da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - EBCT, o Supremo Tribunal Federal possui diversos julgados sobre essa entidade, atribuindo-Ihe os Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 13 de 48 Nogoes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi fa Estratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendaio Ton tunsot Teoria e exercicios comentados Prof. Herbert Almeida — Aula 3 mesmos privilégios da fazenda piblica, como a impenhorabilidade de seus bens (e, por conseguinte, a sujeic&o ao regime de precatérios)°. Assim, podemos resumir 0 caso da seguinte forma. Os bens das empresas publicas e sociedades de economia mista so bens privados. Porém, no caso das prestadoras de servico publico, os bens diretamente relacionados a prestag&o do servigo gozam dos mesmos atributos dos bens publicos. Faléncia A Lei 11.105/2005, que regula a recuperacéo judicial, a extrajudicial e a faléncia do empresario e da sociedade empresaria, deixou claro, em seu art. 2°, I, que suas normas nao se aplicam as empresas publicas e sociedades de economia mista. Dessa forma, independentemente da atividade que desempenham, as empresas ptiblicas e as sociedades de economia mista ndo se sujeitam ao regime falimentar. Ce essacu na prova! 14. (Cespe - Proc DF/2013) As sociedades de economia mista e as empresas publicas exploradoras de atividade econédmica nao se sujeitam a faléncia nem sao imunes aos impostos sobre 0 patriménio, a renda e os servigos vinoulados as suas finalidades essenciais ou delas decorrentes. Comentério: nao importa qual a natureza da atividade (prestacao de servicos publicos ou exploracao de atividade econémica), pois todas as EPs e SEMs nao se sujeitam ao regime falimentar. Quanto @ imunidade tributaria, o entendimento do STF é que ela so se aplica as empresas estatais prestadoras de servigo pUblico. Assim, o item esta correto, pois as sociedades de economia mista e as empresas publicas exploradoras de atividade econémica nao podem falir e nao estado imunes aos impostos sobre patriménio, renda e servicos vinculados as suas finalidades essenciais. Gabarito: correto. > RE 220,906 DF. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 14 de 48 Nogdes de Direito Administrativo p/ ISS-Nitersi fa Estratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendario TON CUR SOT Teoria e exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aula 3 Pres Vimos que as dividas e os direitos em favor de terceiros contra as autarquias prescrevem em cinco anos (Decreto 20.910/1932, art. 198, c/c Decreto-Lei 4.597/1942, art. 29). Para as empresas ptiblicas e as sociedades de economia mista, contudo, nao ha essa regra. Assim, elas devem se submeter ao regramento previsto no Cédigo Civil. O art. 205 do CC dispée que a prescrig&o ocorreré em dez anos, quando a lei nao Ihe haja fixado prazo menor. Em seguida, o art. 206 estabelece diversos prazos de prescrig&o, para varias situacdes. Cremos que n&o ha necessidade de decorar esses prazos, sobretudo quando se fala em direito administrativo. Assim, 0 que nos interessa é saber que as empresas piblicas e as sociedades de economia mista néo gozam do prazo quinquenal de prescricao. jn fa'prova! 15. (Cespe - TJ/TRT-10/2013) As agoes judiciais promovidas contra sociedade de economia mista sujeitam-se ao prazo prescricional de cinco anos. Comentario: ficou facil. As EPs e as SEMs nao se submetem ao prazo quinquenal. Assim, as regras de prescricao estao previstas nos arts. 205 e 206 do Cédigo Civil. Dessa forma, concluimos pela incorrecdo da questao. Gabarito: errada, Diferengas entre EP e SEM As diferengas entre as empresas publicas e as sociedades de economia mista resumem-se em trés: a) forma juridica; b) composigao do capital; e c) foro processual (somente para as entidades federais). Vamos analisar cada uma dessas diferencas. © art 19 As dividas passivas da Unido, dos Estados e dos Municipios, bem assim todo e qualquer direito ou ago contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual fora sua natureza, prescrevem em cinco anos contados dda data do ato ou fato do qual se originarer. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 15 de 48. Nocies de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi fa Estratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendaio TON CUR SOT Teoria e exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aula 3 Forma juridica As sociedades de economia mista devem, obrigatoriamente, ter a forma de sociedade anénima (S/A). Em virtude dessa formacdo societaria, as SEMs so reguladas, basicamente, pela Lei das Sociedades por Agées (Lei 6.404/1976), que possui um capitulo especifico para tratar dessas entidades’. Por outro lado, as empresas publicas podem ser formadas sob qualquer forma admitida em direito. Assim, elas podem ser unipessoais (quando a entidade instituidora possui a integralidade de seu capital), pluripessoais (quando possui capital dominante do ente instituidor associados aos recursos de outras pessoas administrativas). Cumpre frisar, as empresas piiblicas inclusive podem ser formadas como sociedades anénimas. Com efeito, 0 Decreto Lei 200/1967 dispde que as empresas ptiblicas podem revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. Por conseguinte, a doutrina entende que, uma vez que cabe a Unido legislar sobre direito civil e comercial (CF, art. 22, I), poderia ser instituida uma empresa publica federal sob forma inédita, sui generis, nao prevista para 0 direito privado. Assim, a Unido criaria uma nova forma de empresa. Segundo José dos Santos Carvalho Filho’, apesar de o Decreto Lei 200/1967 dispor que as EP podem ser formadas sob qualquer forma admitida em direito, existem algumas formas societarias incompativeis com a empresa piblica, a exemplo das sociedades em nome coletivo (CC, art. 1.039) sociedade corporativa (CC, art. 1.093) e a empresa individual de responsabilidade limitada (CC, art. 980-A). Essas formas societérias sao tipicamente formadas por pessoas fisicas, inviabilizando a formag&o de capital por meio do Poder Publico. Ainda com essa ressalva, devemos manter o entendimento de que as EPs podem ser formadas sob qualquer forma admitida em direito. Dessa forma, podemos entender que as empresas puiblicas podem ser criadas sob qualquer forma admitida em direito e, exclusivamente para a Unido, podem ser criadas sob uma forma juridica inédita. Por outro lado, as sociedades de economia mista seréo sempre constituidas na forma de sociedade anénima. 7 tei 6,404/1976, arts, 235.240 * Carvalho Filho, 2014, p. 513. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 16 de 48 Nocdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi fEstratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendrto TON CUR SOT Teoria e exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aul Vamos exercitar um pouco! E i na'prova! 16. (Cespe - Técnico Administrativo/ANCINE/2013) As empresas piblicas apenas podem ser criadas sob a forma juridica de sociedade anénima. Comentdrio: as empresas publicas podem ser criadas sob qualquer forma admitida em direito. Logo, o item esta errado. Gabarito: errado. 17. (Cespe - ATA PGPE/MS/2013) As sociedades de economia mista so pessoas. juridicas de direito privado e podem ser constituidas sob qualquer forma juridica. Comentario: as sociedades de economia mista s6 podem ser constituidas em sociedade anénima. Sao as EPs que admitem qualquer forma juridica (desde que compativel). Gabarito: errado. 18. (Cespe — AJ/TJDFT/2013) As sociedades de economia mista podem revestir- se de qualquer das formas em direito admitidas, a critério do poder publico, que procede a sua criagao. Comentario: novamente, sao as empresas publicas que admitem qualquer forma admitida em direito. Assim, o item esta errado. Gabarit : errado, 19. (Cespe - AJ/TRT-10/2013) As empresas piiblicas devem ser constituidas obrigatoriamente sob a forma de sociedade anénima. Comentério: parece replay, mas ndo é! As empresas pliblicas podem ser constituidas sob qualquer forma admitida em direito; enquanto as sociedades de economia mista so podem ser criadas como sociedade anénima. Gabarit : errado. 20. (Cespe — Analista Administrativo/ ANAC/2012) Sociedade de economia mista 6 a pessoa juridica de direito privado, integrante da administragao indireta, criada mediante autorizacao de lei especifica, sob qualquer forma juridica e com capital exclusivamente pubblico. Comentario: a questo apresentou 0 conceito de empresa pliblica e ndo de sociedade de economia mista. Para fixar, vamos escrevé-lo novamente: Seciedade-de-ceonemia-miste Empresa piiblica é a pessoa juridica de direito privado, integrante da administracao indireta, criada Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 17 de 48 Nocies de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi fa Estratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendaio TON CUR SOT Teoria e exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aula 3 ‘sob qualquer forma juridica e com capital exclusivamente publico. : errado. Composi¢ao do capital As sociedades de economia mista admitem a participagdo de capital ptiblico e de capital privado, enquanto as empresas publicas 6 admitem capital publico. No caso das sociedades de economia mista, podem ser conjugados recursos de pessoas de direito publico ou de outras pessoas administrativas com recursos de particulares. No entanto, o controle aciondrio da entidade deve permanecer que o ente instituidor, logo a maioria do capital votante sempre pertenceré ao ente que instituiu a entidade. Nesses termos, 0 Decreto Lei 200/1967 dispde que as aces com direito a voto na SEMs federais devem pertencer em sua maioria & Unido ou a entidade da Administragao Indireta. Por outro lado, as empresas publicas so formadas com capital totalmente publico. No é necessério que o capital pertenca a uma unica pessoa politica ou administrativa, o que se exige é que o ente politico que as instituiu possua a maioria do capital votante. Dessa forma, uma empresa publica federal pode ser formada com capital da Unido, de algum estado- membro, de autarquias e até mesmo de sociedades de economia mista. Vale dizer que as sociedades de economia mista possuem a maioria de seu capital pUblico e, portanto, esto sob controle de uma entidade do Poder Publico. Logo, n&o ha vedacdo a participac&o de capital dessas entidades na composig&o de uma empresa publica. Vamos dar uma olhada em como isso é exigido em concursos. e na'prova! 21. (Cespe - AnaTA MDIC/2014) Parte do capital instituidor de uma sociedade de economia mista é privada, apesar de determinadas relagées institucionais, como organizagao e contratagao de pessoal, serem regidas pelo direito puiblico. Comentério: as sociedades de economia mista sao formadas pela conjugacao de capital publico e privado, porém a maioria do capital social deve pertencer ao ente publico que as instituiu. Ainda que possuam capital privado, essas Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 18 de 48 Nocdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi faEstratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazenditio ‘OucUR SOT Teoria ¢ exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aula 3 entidades se submetem a algumas regras de direito puiblico, como a contratacao de pessoal (concurso puiblico) e a sua organizacao (depende de lei para autorizar a criagéo e extingéo ou para autorizar a criacéo de subsidiarias). Assim, a questao esta perfeita! Gabarito: correto. 22. (Cespe - Ag Adm/MDIC/2014) Adotando-se 0 critério de composicao do capital, podem-se dividir as entidades que compéem a administragao indireta em dois grupos: um grupo, formado pelas autarquias e fundagdes publicas, cujo capital 6 exclusivamente ptiblico; e outro grupo, constituido pelas sociedades de economia mista e empresas plblicas, cujo capital é formado pela conjugagao de capital pliblico e privado. Comentério: o item esta errado, pois as empresas publicas possuem capital totalmente publico, logo nao ha conjugacao de capital puiblico e privado. Assim, 0 item esta errado. Gabarito: errado. 23. (Cespe — ATA/MIN/2013) Empresas publicas so pessoas juridicas de direito privado que integram a administragao indireta, constituidas por capital piblico privado, Comet na mesma linha da questo anterior, as empresas publicas nao possuem capital privado. Assim, a questdo esta errada. Gabarito: errado. 24, (Cespe - Técnico Administrativo/ANTT/2013) O capital da empresa publica 6 exclusivamente piblico, mas ostenta personalidade de direito privado, e suas atividades sao regidas pelos preceitos comerciais. Comentario: aqui podemos delinear varias caracteristicas das empresas publicas: (a) capital exclusivamente ptblico; (b) personalidade de direito privado; (c) atividades regidas pelos preceitos comerciais (CF, art. 173, §1%, Il). Deve-se frisar que quando a questao nao mencionar nada sobre a prestacao de servigos pliblicos, devemos considerar que as empresas pUblicas e sociedades de economia mista se submetem as regras da exploracdo de atividade econémica. Assim, a questdo esta perfeita. Gabarito: correto. 25. (Cespe - Analista PGIPIINPI/2013) As empresas pliblicas sio pessoas juridicas de direito privado, com totalidade de capital publico, cuja criagéo depende de autorizagdo legislativa, e sua estruturacao juridica pode se dar em qualquer forma admitida em direito. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 19 de 48 Nocdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi fEstratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendrto ‘OucUR SOT Teoria e exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aula 3 Comentdrio: aqui a questéo apresentou mais algumas caracteristicas adicionais, como a autorizacao legislativa para a criagéo; e a estruturacao juridica sob qualquer forma admitida em direito. Além disso, nunca é demais lembrar que o capital das EPs é totalmente publico. Correto, portanto, 0 item. Gabarito: correto. 26. (Cespe - Analista em Geociéncias/CPRM/2013) A empresa publica, entidade da administragao indireta, 6 pessoa juridica de direito privado, formada mediante a conjugagao de capital publico e privado. Comentario: nao ha capital privado nas EPs. Assim, o item esta errado. Gabarito: errado. 27. (Cespe - Ana MPU/2013) A empresa publica federal caracteriza-se, entre outros aspectos, pelo fato de ser constituida de capital exclusivo da Unido, nao se admitindo, portanto, a participagao de outras pessoas juridicas na constituig&o de seu capital. Comentério: as empresas publicas admitem a participacao de outras pessoas juridicas, desde que sejam integrantes da Administracéo Publica. Dessa forma, néo hé nenhum impedimento que um estado da Federagao, uma autarquia ou uma empresa publica, por exemplo, possuem parte do capital de uma empresa publica federal. Porém, a maioria do capital devera pertencer a Unido, pois estamos falando de uma EP federal. Com isso, o item estd errado. Gabarito: errado. Foro processual para as entidades federais A Ultima particularidade diz respeito a justiga competente. Segundo o texto constitucional, as causas em que empresa publica federal for interessada na condigdo de autora, ré, assistente ou oponente serdo processadas e julgadas na Justica Federal (CF, art. 109, I). Quando se tratar de empresa publica dos estados ou municipios, a competéncia seré da Justicga Estadual. Por outro lado, as agdes das sociedades de economia mista (de qualquer ente da FederagSo), em regra, serdo julgadas na Justica Estadual (comum), conforme dispde a Simula 556 do STF: “E£ competente a Justica comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista” (grifos nossos). Contudo, quando a Unido intervém na condicéo de assistente ou oponente, as causas envolvendo as sociedades de economia mista sero Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 20 de 48 Nocies de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi Estratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendario TOneuesot Teoria ¢ exercicios comentados Prof. Herbert Almeida ~ Aula 3 deslocadas para a Justica Federal, conforme entendimento apresentado na Simula 517-STF°. Por fim, as causas que envolvam as relagées de trabalho entre os ‘empregados publicos e as empresas publicas e sociedades de economia mista, seréo de competéncia da Justiga do Trabalho. Em resumo: > causas envolvendo EP federal: Justica Federal; > causas envolvendo EP de estado ou municipio: Justica Estadual; > causas envolvendo SEM: Justiga Estadual; + causas envolvendo SEM, mas que a Unido intervenha como assistente ou oponente: Justiga Federal. O quadro a seguir resume as diferencas das empresas publicas e das sociedades de economia mista. Pers Geena) Beemer sey ined meas) Qualquer forma admitida Somente na forma de pelo ordenamento juridico sociedade anénima (S/A). (civil, comercial, S/A, etc.) ou até mesmo formas inéditas (somente para a Unido). rent tee) Capital totalmente puiblico. Admite capital piiblico e privado, mas a maioria do al com direito a voto & publico. EET) com algumas excecdes, as Tramitam na _justiga ptout tester in) causas em que as empresas estadual. publics federais forem interessadas tramitam na Justiga Federal. E, para fechar, vamos resolver uma questéozinha! ° Simul 517 do STF: “As sociedades de economia mista s6 tém foro na Justiga Federal, quando a Unido intervém como assistente ou opoente” (grifos nossos), Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 21 de 48 Nocdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi fj Estrategia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendirio TON CUR SOT Teoria ¢ exercicios comentados Prof. Herbert Alineida — Aula 3 E OF broval 28. (Cespe — AU/TJDFT/2013) Pertence a justiga federal a competéncia para julgar as causas de interesse das empresas pliblicas, dado o fato de elas prestarem servigo publico, ainda que detenham personalidade juridica de direito privado. Comentario: o item possui dois erros. O primeiro 6 que a questéo nao especificou que empresa publica (federal, estadual, municipal), pois somente as causas envolvendo EPs federais séo processadas e julgadas na Justica Federal. O outro erro consiste no “dado o fato”, que da o sentido de que a competéncia da Justica Federal ocorre por causa da prestacdo do servico puiblico, o que nao é verdade. As causas envolvendo empresas publicas sao julgadas na Justica Federal simplesmente porque a Constituico determinou assim, logo alcancaria também as EPs que exploram atividade econémica. Gabarito: errado. FUNDACOES PUBLICAS Conceito As fundagées surgiram no meio privado, em que s&o definidas como a personificagéo de um patriménio ao qual é atribuida uma finalidade social n&o lucrativa. Assim, as fundagdes s&o conhecidas como um patriménio personalizado destinado a realizar atividades de interesse social, como educagao, satide, pesquisa cientifica, cultura, etc. Assim, no meio privado, a fundaggo resulta de iniciativa de um particular, seja pessoa fisica ou juridica, que destaca parte de seu patriménio e a ele destina uma finalidade de carater social. A partir do momento em que a fundacio é criada, ganhando a personalidade juridica prépria, o particular no mais ter poder sobre ela. Vale dizer, a fundacéo teré vida prépria para gerir os seus bens, desde que mantida a finalidade e legalidade da atividade. Nesse contexto, José dos Santos Carvalho Filho dispde que existem trés caracteristicas basicas das fundaces: a) a figura do instituidor; Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 22 de 48 te Nogdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi fest téegia Fiscal de Posturas e Agente Fazendario fran Teoria e exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aula 3 b) 0 fim social da entidade; e c) a auséncia de fins lucrativos. A fundagées ptblicas diferenciam-se das fundacdes privadas basicamente pela figura do instituidor que, naquele caso, se trata de uma pessoa politica, que destinard parte do patriménio puiblico. Vale dizer, as fundagées publicas so instituidas pelo Estado, que separa uma dotagéo patrimonial e a ela destina recursos orgamentarios para o desempenho de atividade de interesse social. Nesse contexto, 0 DL 200/1967 apresenta a seguinte definic&o para fundacao ptiblica (art. 5°, IV): IV - Fundaco Publica - a entidade dotada de personalidade juridica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorizacio legislativa, para o desenvolvimento de atividades que ndo exijam execucao por érgdos ou entidades de direito pUblico, com autonomia administrativa, patriménio préprio gerido pelos respectivos érgdos de direcéo, e funcionamento custeado por recursos da Unido e de outras fontes. Essa definic&o é antiga e no mais se coaduna com a atual disciplina constitucional. A comegar que 0 nosso ordenamento permite que as fundagdes ptiblicas possuam personalidade juridica de direito ptiblico ou direito privado e elas podem ser criadas diretamente por lei ou, ent&o, receber apenas a autorizag3o em lei para a criag3o. Nessa esteira, a Prof. Maria Sylvia Zanella Di Pietro apresenta a seguinte definic&o para as fundagdes publicas: [...] pode-se definir a fundacao instituida pelo Poder Publico como o patriménio, total ou parcialmente publico, dotado de personalidade juridica de direito publico ou privado e destinado, por lei, ao desempenho de atividades do Estado de ordem social, com capacidade de autoadministracdo e mediante controle da Administracéo Publica, nos limites da lei. Dessa forma, podemos resumir as seguintes caracteristicas das fundacées ptiblicas': (a) dotag&o patrimonial; (b) personalidade juridica propria, piblica ou privada; (c) desempenho de atividade atribuida pelo Estado no 4mbito social; (d) capacidade de autoadministracéo; *pi Pietro, 2014, p. 507 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br —_ Pagina 23 de 48. Nogdes de Direito Administrativo p/ ISS-Nitersi fa Estratégia Fiscal de Posturas e Agente Fazendario TON CUR SOT Teoria e exercicios comentados Prof, Herbert Almeida la 3 (e) sujeiggo ao controle administrativo ou tutela por A ca y parte da Administrag&o Direta, nos limites Ematentol -tabelecidos em lei, As fundacgées ptiblicas compreendem um Rarer as patriménio personalizado, afetado a um fim ptengas publico. Natureza juridica ‘A Constituig&o Federal no definiu a natureza juridica das fundagdes piblicas. No entanto, na redacao atual, elas so abordadas juntamente com as empresas publicas e sociedades de economia mista, que recebem apenas autorizacéio legislativa para criagio e, por conseguinte, possuem personalidade juridica de direito privado. Nessa mesma linha, o DL 200/1967 menciona que as fundacdes publicas possuem personalidade juridica de direito privado. Entretanto, a jurisprudéncia e a doutrina admitem a criagdo de fundaces pUblicas de direito publico ou de direito privado. Segundo a doutrina que sustenta as duas possibilidades de natureza juridica, o Estado pode criar uma fundag&o e the atribuir a natureza jul de direito ptiblico, caso em que teré a natureza de uma autar< |; Ou pode atribuir a natureza juridica de direito privado, situacdo em que ela seré administrada segundo os mesmos moldes das fundaces privadas, com as derrogagées préprias de direito ptiblico (como a exigéncia de licitagéio e de concurso puiblico). A jurisprudéncia do STJ'! e do STF também admitem as fundagées publicas de direito ptblico ou de direito privado. Nessa linha, vale dar uma olhada no seguinte trecho do RE 101.126/R) do STF: Nem toda fundacdo instituida pelo poder puiblico e fundagdo de direito privado, - as fundacées, instituidas pelo poder pubblico, que assumem a gestao de servico estatal e se submetem a regime administrativo previsto, nos estados-membros, por leis estaduais séo fundagées de direito publico, e, portanto, pessoas juridicas de direito publico. - tais fundagées sao espécie do género autarquia [.. + Nesse sentido: REsp 207.767/SP; REsp 480.532/RS. *2 RE 101.126/RU; ver também: RE 127,489/DF. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 24 de 48. te Nogdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi Est egia Fiscal de Posturas e Agente Fazendirio TON CUR SOT ‘Teoria e exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aula 3 Nessa linha, as fundagdes piiblicas de direito ptiblico submetem-se ao mesmo regime juridico das autarquias. E exatamente por isso que alguns doutrinadores chamam as fundagdes publicas de direito publico de fundacées autarquicas ou autarquias fundacionais. De acordo com Marcelo Alexandrino e Esclarecendo Vicente Paulo, a diferenga entre as fundagées publicas de direito publico e as autarquias é meramente conceitual. A autarquia é definida como um servico publico personificado, em regra, tipico de Estado. A fundacio publica de direito publico, por sua vez, é um patriméni i destinado a uma finalidade especifica, usualmente de interesse social. Reforca-se, porém, que o regime juridico de ambas é, em tudo, idény Ja as fundagdes publicas de direito privado seguiréo um regime juridico hibrido, ou seja, serao aplicadas as normas de direito privado, derrogadas em partes pelo regime juridico de direito publico, Alguns ‘exemplos de regras de direito ptiblico aplicaveis também as fundagées publicas de direito privado sao a exigéncia de concurso ptiblico; o dever de licitar; 0 enquadramento de seus contratos como “contratos administrativos, nos termos da Lei 8.666/1993; etc. Outras regras serdo discutidas ao longo da aula. Criagdo e extingio A criag&o das fundagées publicas jé foi discutida preliminarmente. As fundaces piblicas de direito piiblico so efetivamente criadas por lei. Dessa forma, elas ganham a personalidade juridica no momento da vigéncia da lei instituidora. Por outro lado, as fundacées puiblicas de direito privado recebem autorizac&io legislativa para criagéo, mas dependem do registro do ato constitutive no Registro Civil de Pessoas Juridicas para que adquiram a personalidade juridica. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 25 de 48. Nocies de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi fEstratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendrto TON CUR SOT Teoria ¢ exercicios comentados Prof. Herbert Almeida — Aul E Wasp rova! 29. (Cespe - Atividades Técnicas de Suporte/MC/2013) Fundacdo publica é a pessoa juridica de direito publico, criada por lei, com capacidade de autoadministragao, para o desempenho de servigo ptblico descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos limites da lei. Comentario: a questdo limitou o conceito para “pessoa juridica de direito publico, sendo que as fundacées publicas podem possuir natureza juridica de direito pblico ou de direito privado. Logo, o item esta errado. Gabarito: errado. 30. (Cespe - Analista em Geociéncias/CPRM/2013) Para a criagdo de uma fundagao de direito publico, é indispensavel a inscrigao de seus atos constitutivos no registro civil das pessoas juridicas. Comentario: as tundagées publicas podem possuir natureza juridica de direito pUblico ou de direito privado. No primeiro caso, elas sao criadas por lei; enquanto, no segundo, elas recebem autorizacao legislativa, mas so adquirem personalidade juridica com o registro do ato constitutivo. Assim, nem sempre tera que ocorrer o registro, pois, no caso das fundagées publicas de direito publico, a aquisigaéo da personalidade juridica ocorre com a vigéncia da lei, dispensando o registro. Gabarito: errado. Atividade Os fins a que se destinam as fundacées publicas devem sempre possuir um carater social. Com efeito, essas entidades n&o possuem fins lucrativos e, por conseguinte, seus recursos extras sero sempre aplicados no aprimoramento das finalidades da entidade. Assim, as fundagGes publicas nao podem ser criadas para exploracao de atividade econémica em sentido estrito; sendo que, para esse fim, 0 Estado deveré criar empresas publicas ou sociedades de economia mista. Nesse contexto, José dos Santos Carvalho Filho ensina que comumente se destinam as seguintes atividades as fundacées publicas: assisténcia social; assisténcia médica e hospitalar; educacdo e ensino; pesquisa; e atividades culturais. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 26 de 48 Nocdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi fa Estratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazenditio Conc ue soe Teoria e exercicios comentados Prof. Herbert Alineida — Aula 3 Um ponto relevante e divergente decorre da interpretag&o da confusa redagdo do inc. XIX, art. 37, da CF, que estabelece o seguinte: “somente por lei especifica poderd ser criada autarquia e autorizada a instituigéio de empresa publica, de sociedade de economia mista e de fundago, cabendo @ lei complementar, neste ultimo caso, definir as areas de sua atuagao”. Dessa forma, deverd ser editada uma “lei complementar” para estabelecer a drea de atuacéio das fundacdes publicas. Todavia, como a mencionada lei complementar ainda néo foi editada, surgem algumas divergéncias. Parte da doutrina entende que essa lei complementar devera definir somente a area de atuac&o das fundacées piblicas de direito rivado; enquanto a area de atuacdo das fundacées publicas de direito publico seré disciplinada na respectiva lei instituidora. Os argumentos so consistentes, uma vez que as fundagdes ptiblicas de direito publico poderiam ser criadas para atividades diferentes daquelas mencionadas acima, podendo desempenhar atividades tipicas de Estado, inclusive relacionadas com o poder de policia. Assim, as fundagées ptblicas de direito publico desenvolveriam as atividades previstas em sua lei instituidora, podendo desempenhar até mesmo atividades tipicas de Estado. Por outro lado, as fundagées publicas de direito privado somente iriam desempenhar atividades nao exclusivas de Estado, como satide, assisténcia social, cultura, pesquisa, desporto, ete. Apesar de existirem posicionamentos diferentes, parece que o entendimento apresentado acima € 0 que seré adotado pelo legislador. Nesse contexto, tramita na Camara dos Deputados o Projeto de Lei Complementar 92/2007, que tem por objetivo dispor sobre as areas de atuacio das fundagées publicas. O art. 19 do mencionado projeto permite a instituigg0 ou autorizag&o de instituig&o de fundag&o pliblica com personalidade juridica de direito puiblico ou de direito privado, para, nesse Ultimo caso, desempenhar atividade estatal que ndo seja exclusiva de Estado, nas seguintes areas: I - satide; II - assisténcia social; III - cultura; IV- desporto; V - ciéncia e tecnologia; VI - meio ambiente; VII - previdéncia complementar do servidor ptiblico, de que trata o art. 40, §§ 14 e 15, da Constituig&0; VIII - comunicagéo social; e IX - promog&o do turismo nacional. * pic 9/2007, Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 27 de 48 Nocdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi faEstratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazenditio TON CUR SOT Teoria ¢ exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aul Parece clara, portanto, a intengéio do legislador de dispor somente sobre as atividades das fundagées piiblicas de direito privado. Ressalvamos, novamente, que se trata somente de um projeto de lei complementar, no sendo ainda uma norma vigente. i o na’ ‘prova! 31. (Cespe - Técnico Administrativo/ANTT/2013) As fundagdes publicas destinam-se a realizagao de atividades no lucrativas e atipicas do poder publico, porém de interesse coletivo. Comentario: essa questao foi dada como correta, uma vez que é quase cépit do livro de Hely Lopes Meirelles. De acordo com 0 autor, ‘As fundagées prestam-se, principalmente, & realizacgo de atividades néo lucrativas e atipicas do Poder PUblico, mas de interesse coletivo, como a educacao, cultura, pesquisa, sempre merecedoras do amparo estatal. Todavia, o item merecia alguns reparos. Em primeiro lugar, o proprio Meirelles coloca o “principalmente”, ou seja, nao sao somente essas atividades. Nessa esteira, as fundagdes publicas de direito publico podem realizar atividades tipicas de Estado, uma vez que possuem natureza de direito publico, equiparando-se as autarquias. De qualquer forma, néo podemos brigar com a banca, mas apenas praticar com as suas questées! © Gabarito: correto. 32. (Cespe — Procurador Geral/AGU/2013) As fundagées publicas podem exercer atividades tipicas da administrago, inclusive aquelas relacionadas ao exercicio do poder de policia. Comentario: essa questao confirma o erro da anterior. As fundagées publicas. podem exercer atividades tipicas de Administracéo, quando possuirem personalidade juridica de direito publico. O “podem” foi empregado no sentido de que existe “possibilidade”, o que é verdadeiro. Gabarito: correto. 33. (Cespe — TJ/STF/2013) A fundac&o publica de direito privado tem sua instituigao autorizada por lei especifica, cabendo a lei complementar definir as areas de sua atuac: Comentario: a questdo limitou sua analise as fundagées puiblicas de direito privado. Nesse caso, a regra esta bem definida na Constituicao Federal (art. 37, XIX): Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 28 de 48 Nogdes de Direito Administrativo p/ ISS-Nitersi Fiscal de Posturas e Agente Fazendario Teoria e exercicios comentados Prof. Herbert Alineida — Aula 3 XIX — somente Por lei especifica podera ser criada autarquia € i de empresa piblica, de sociedade de ‘economia mista e de fundacao, uiltimo caso, definir as areas de sua atuacao; Dessa forma, a criagaéo de fundacées publicas de direito privado é autorizada por lei especifica, enquanto as areas de sua atuacéo serdo disciplinadas em lei complementar. Gabarito: correto. 34, (Cespe — Administrador/FUB/2009) As fundacées piblicas nao possuem finalidade de exploragao econémica com fins lucrativos. Comentario: as fundagées publicas sao patriménios personificados, sem finalidade lucrativa, criadas para um fim publico. Dessa forma, ndo possuem finalidade de exploracdo econémica. Gabarito: correto. Regime juridico Imunidade tributéria Por forca do art. 150, §2°, da CF, as duas modalidades de fundag&o publicas (direito puiblico ou direito privado) fazem jus & imunidade tributaria prevista no art. 150, VI, “a”, da CF, pois a vedacio de instituir impostos sobre patriménio, renda ou servicos, uns dos outros, é extensiva as “fundagées instituidas e mantidas pelo Poder Publico”. A imunidade tributaria se aplicada as FRisicao fundacées publicas de direito pubblico e de ster direito privado. Prerrogativas processuais As prerrogativas processuais, a exemplo do prazo em quédruplo Para contestar e em dobro para recorrer e a sujeicdo ao duplo grau de jurisdig&o obrigatério" aplicam-se somente as fundacées ptiblicas de direito puiblico, no alcangando as fundagées publicas de direito privado. 0 CPC, art. 475,1, ita o duplo grau de jurisdicao obrigatario as “fundagées de direito publica”. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 29 de 48 Nogdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi Fiscal de Posturas e Agente Fazendario Teoria e exercicios comentados Prof. Herbert Alineida — Aula 3 Regime de precatérios O regime de precatérios para o pagamento de dividas, em virtude de sentenga judicidria, previsto no art. 100 da CF, nao se aplica as fundagées puiblicas de direito privado, mas se aplicam as fundacées publicas de direito publico. Fant Resumindo see Imunidade tributaria Prerrogativas processuais (prazos especiais para sim Nao contestar e recorrer) Regime de precatérios sim Nao | Patriménio Os bens do patriménio das fundagdes piblicas de direito publico séo caracterizados como bens piiblicos, protegidos por todas as prerrogativas que 0 ordenamento juridico contempla, como impenhorabilidade, imprescritibilidade e as restrig6es para alienacao. Por outro lado, os bens das fundacées publicas de direito privado, em regra, nfo se enquadram como bens publicos (séo bens privados). Entretanto, quando seus bens forem empregados diretamente na prestacéo de servicos publicos, poderéio receber algumas prerrogativas, como a impenhorabilidade, em decorréncia do principio _da_continuidade dos servicos publicos. Licitagdes e contratos A Lei 8.666/1993 (Lei de normas gerais de Licitagées e Contratos) aplica-se integralmente as fundacdes publicas por determinagao do art. 19, paragrafo Unico, dessa norma. Com efeito, nem a Lei 8.666/1993 nem a Constituigao Federal fizeram diferenca no que se refere a obrigacdo de licitar para as fundagdes publicas de direito publico ou de direito privado. Por conseguinte, independentemente da natureza juridica da fundacao publica, ela deveré licitar e contratar na forma prevista na Lei 8.666/1993. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 30 de 48 Nocies de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi fe Est tégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendaio ‘on Teoria ¢ exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aula 3 Regime de pessoal As fundacées ptiblicas de direito ptiblico aplica-se 0 mesmo regime juridico das autarquias, ou seja, o regime juridico Gnico!. Por conseguinte, enquanto o regime juridico Unico for estatutario, os agentes plblicos dessas entidades serdio considerados servidores ptblicos, ocupantes, portanto, de cargos publicos. A divida surge quanto as fundagdes publicas de direito privado. Os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo!’ destacam que a Constituigéo Federal néo fez nenhuma disting&o quanto ao regime de pessoal para as fundages piblicas de direito publico ou de direito privado. Dessa forma, os autores entendem que, mesmo quando de direito privado, © pessoal dessas entidades seguir 0 regime juridico Unico. No entanto, José dos Santos Carvalho Filho!” entende que o regime estatutario € incompativel com a natureza de uma entidade de direito privado e, por conseguinte, entende que o pessoal das fundagées publicas de direito privado se submete ao regime trabalhista comum, tracado na cut. De fato, o assunto é complicado e nada pacifica, motivo pelo qual as bancas de concurso devem se afastar desse assunto para evitar anulagées. Todavia, independentemente do regime juridico, 0 fato é que se aplicam aos agentes puiblicos das fundacdes as regras constitucionais como a vedacéo 4 acumulacao de cargos e empregos publicos (CF, art. 37, XVII); ea necessidade de prévia aprovacdo em concurso publico (CF, art. 37, II). Foro competente Para as fundagées ptiblicas de direito ptiblico da Unido, o foro competente seré a Justica Federal, seguindo as mesmas regras das autarquias (CF, 109, I)!8. Para as fundacées publicas de direito publico estaduais e municipais o foro competente sera o da Justiga Estadual. 5 Lembrando que a ADI 2.135/DF declarou inconstitucional, iminarmente, a redacao do art. 39, caput, da CF, dada pela EC 19/1998, com efeitos ex nunc. Dessa forma, a partir da decisdo do STF, voltou a vigorar o regime juridico tinico para os servidores da administracao pablica direta, das autarquias e das fundactes pablicas, 2 Alexandrino e Paulo, 2011, p. 61. 2 Carvalho Filho, 2014, p. 534. ** RE 127.489/0F. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 31 de 48 Nocies de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi fa Estratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendaio Conc ue soe Teoria e exercicios comentados Prof. Herbert Alineida — Aula 3 Quanto as fundagées piiblicas de direito privado, é bastante divergéncia sobre o assunto. No ambito doutrindrio, entende-se que 0 foro competente € 0 da Justica Estadual. Podemos mencionar como um dos adeptos deste posicionamento o Prof. José dos Santos Carvalho Filho’. Todavia, 0 posicionamento jurisprudencial é diferente. No CC 77/DF°, 0 STJ entendeu que as “fundagdes publicas federais, como entidades de direito privado, séo equiparadas as empresas publicas, para os efeitos do artigo 109, I, da Constituigéo da Republica". Em julgamento posterior, 0 STJ confirmou este posicionamento no CC 16.397/RJ?!, concluindo que em fundag@es piblicas de direito privado equiparam-se as empresas pliblicas no que se refere ao juizo competente. Conforme consta no art. 109, I, da Constituic&o Federal, compete a Justiga Federal processar e julgar as causas envolvendo empresa publica federal. Dessa forma, ainda que nao seja um posicionamento consolidado, podemos afirmar que a doutrina entende que o foro competente para processor a julgar as causas envolvendo as fundagées publicas de direito privado federais é 0 da Justica Estadual; enquanto a jurisprudéncia entende que o foro é da Justica Federal. Controle do Ministério Publico ério Publico do Estado “velara O Cédigo Civil determina que o Mii pelas fundacées" (art. 66). Trata-se de uma forma de controle destinado a verificar se a fundagao esté efetivamente perseguindo os fins para os quais foi instituida. Nessa esteira, Carvalho Filho dispde que é um controle finalistico realizado pelo érgao ministerial22. O autor ainda acrescenta que essa fiscalizagdo é dispensavel para as fundacées publicas, independentemente da natureza da entidade, haja vista que o controle finalistico jé é exercido pela respectiva Administracao Direta. Também segue este entendimento a Prof. Maria Di Pietro, que entende que © Ministério PUblico também néo deve velar pelas fundag@es publicas. Dessa forma, este parece ser o posicionamento majoritério, inclusive j4 adotado em provas de concurso. » Carvalho Filho, 2014, p. 536. CC TIF. 2 (C 16.397/8 % Carvalho Filho, 2014, p. 535. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 32 de 48 Nocies de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi fEstratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendrto Pucus soe Teoria e exercicios comentados Prof. Herbert Alineida — Aula 3 Ressaltamos, porém, que Hely Lopes Meirelles entende que o Ministério Publico deve velar pelas fundagées publicas de direito privado. De forma ainda mais restrita, o STF, na ADI 2.794/DF, afirmou que & atribuigo do Ministério Publico Federal a "veladura pelas fundagées federais de direito publico, funcionem, ou no, no Distrito Federal ou nos eventuais Territérios”. Todavia, este ndo era o tema central da discusséo da ADI, motivo pelo qual alguns doutrinadores entendem que essa ndo era exatamente a intencéo do STF. Com efeito, devemos mencionar que mesmo que 0 Ministério Puiblico no seja responsavel por velar pelas fundagées publicas, isso ndo quer dizer que ele no exerga nenhum controle sobre essas entidades. Vale mencionar © Ministério Publico continuara exercendo suas funcdes ordindrios sobre as. fundagées puiblicas, porém o controle n&o ocorreré nos mesmos moldes como acontece com as fundagées privadas. isp rova! 35. (Cespe - Atividades Técnicas de Suporte/MC/2013) © Ministério Publico deverd realizar 0 controle sobre as atividades das fundagées publicas, assim como 0 faz em relagao as fundacées privadas. Comentario: nessa questdo, podemos ver que foi adotado o posicionamento de Carvalho Filho e Maria Di Pietro, que entendem que o Ministério Publico nao deve velar pelas fundagées puiblicas. Por conseguinte, o controle das atividades das fundacées publicas néo ocorre da mesma forma como nas fundagées privadas. Por esse motivo, o item esta errado. Gabarito: errado. QUESTOES FGV 36. (FGV — Analista/MPE-MS/2013) A Unio, desejando realizar a exploragao de uma atividade econdmica, resolve criar uma sociedade de economia mista. Com relagao as sociedades de economia mista, assinale a afirmativa correta. a) A sociedade de economia mista deve ser criada por lei. b) A Unido deve possuir ao menos metade de seu capital social. ©) A sociedade de economia mista deve seguir todas as regras trabalhistas da iniciativa privada. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 33 de 48 Nocdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi faEstratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazenditio TON CUR SOT Teoria ¢ exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aul d) O cargo de presidente de sociedade de economia mista 6 privativo de brasileiro nato. ©) A sociedade de economia mista nao precisa realizar licitagdo em hipétese alguma. Comentario: a) a criagdo das sociedades de economia mista é autorizada em lei, porém a sua criagao s6 ¢ efetivada com registro do ato constitutivo no cartério competente —ERRADA; b) as sociedades de economia mista admitem a conjugagao de recursos Publicos e privados. No entanto, o controle aciondrio deve pertencer ao ente jidor, ou seja, a entidade criadora deve possuir mais de 50% do capital social (mais da metade) - ERRADA; c) as empresas estatais (e suas subsididrias) que atuarem na exploracao de idade econémica devem se sujeitar ao regime proprio das empresas privadas, inclusive no que se refere as obrigagées civis, comerciais, trabalhistas e tributarias - CORRETA; 4) para responder a essa questdo é preciso conhecer um pouco da Constituicao. Em seu art. 122, § 32, estabelece que sdo privativos a brasileiros natos os cargos de Presidente e Vice-Presidente da Reptblica; de Presidente da Camara dos Deputados; de Presidente do Senado Federal; de Ministro do Supremo Tribunal Federal; da carreira diplomatica; de oficial das Forgas Armadas; e de stro, de Estado da Defesa. Logo, nao consta neste rol 0 cargo de presidente de sociedade de economia mista - ERRADA; e) as SEMs, no desempenho de suas atividades meio, precisam realizar licitagdes. Ademais, a Lei 8.666/1993 — Lei de Licitagdes e Contratos, traz em seu artigo 12 0 seguinte texto: Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos érgdos da ad direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundagées publica, as empresas piiblicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Unido, Estados, Distrito Federal e Municipios. Dessa forma, errada também essa alternativa. Gabarito: alternativa C. 37. (FGV - Analista Técnico Administrativo/SUDENE-PE/2013) As entidades da administracao publica podem ser criadas e subordinadas ao regime juridico de direito pUblico ou ao regime juridico de direito privado. No entanto mesmo quando sujeitas ‘ao regime juridico de direito privado se subordinam a certas regras impostas a toda a administragao. Tendo em vista essas peculiaridades, assinale a afirmativa correta. a) As entidades da administracdo publica que se constituem como empresas piblicas so criadas diretamente por meio de lei. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 34 de 48 Nocdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi faEstratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazenditio TON CUR SOT Teoria ¢ exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aul b) Apenas as autarquias sujeitas ao regime juridico de direito publico necessitam de lei autorizando sua criacdo. c) As autarquias entidades de direito piblico sao criadas por lei, enquanto as ‘empresas pliblicas e as sociedades de economia mista tem sua criagao autorizada em lei. 4d) A lei nao cria diretamente nenhuma entidade, apenas autoriza a sua criagao. ) As empresas publicas e as sociedades de economia mista, pessoas juridicas de direito privado integrantes da Administragdo Publica, podem ser criadas independentemente de autorizagao em lei. Comentério: as empresas pliblicas, as sociedades de economia mista e as fundagées pilblicas de direito privado tém sua criacdo autorizada por lei, Dessa forma, somente com o registro do ato constitutivo no érgéo competente é que elas sero efetivamente criadas (adquirem personalidade juridica propria). Dessa forma, 0 erro da alternativa A é afirmar que as empresas publicas séo criadas por lei, sendo que sao apenas autorizadas por lei. A alternativa B, por consequéncia, esta errada por dizer que as autarquias s4o as unicas que necessitam de autorizacao legal para criacdo, quando, na verdade, sao as EPs, as SEMs e as fungoes publicas de direito privado que necessitam de autorizagao legal para a criacao. Por outro lado, as autarquias e fundagées pliblicas de direito publico sao efetivamente das pela lei. Dai o erro da opcao D Aalternativa E, por sua vez, esta errada, pois a criagdo dessas entidades, como ja vimos, depende de autorizacao legal. Por fim, a nossa alternativa correta é a letra C. Gabarito: alternativa C. 38. (FGV — Técnico Administrativo/INEA-RuJ/2013) A definicao de “pessoa juridica de direito privado com capital exclusivo do governo tendo por finalidade a exploragao de atividade econémica’ refere-se a a) autarquia corporativa. b) empresa de economia mista. c) empresa publica. d) autarquia institucional. ) fundacao privada. Comentario: vamos comecar retirando das nossas alternativas as entidades administrativas que nao tem como finalidade a exploracéo de atividade econémica — letra A, De E. Agora, nos sobram as empresas de economia mista e as empresas puiblicas, sendo que as SEMs admitem a participacao de capital publico e de capital privado, enquanto as EPs sé admitem capital publico. Gabarito: alternativa C. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 35 de 48 Nocdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi faEstratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazenditio TOneuesot Teoria ¢ exercicios comentados Prof. Herbert Almeida — Aul 39. (FGV - Técnico I Administrativa/MPE-MS/2013) Com relago as Sociedades de Economia Mista Federais, analise os itens a seguir. 1. Sao pessoas juridicas de direito privado. Il, Possuem foro privilegiado na Justica Federal. Ill. Gozam de isengao dos impostos federais, mas nao dos Estaduais e Municipais. Assinale: a) se somente o item | estiver correto. b) se Somente o item II estiver correto. c) se Somente o item Ill estiver correto. d) se somente os itens | e Il estiverem corretos. @) se todos os itens estiverem corretos. Comentario: | - as SEMs so pessoas juridicas de direito privado, integrantes da Administracdo Indireta do Estado - CORRETA; Il — as agées das sociedades de economia mista (de qualquer ente da Federacao), em regra, serao julgadas na Justi¢a Estadual (comum). No entanto, quando a Unido intervém na condi¢ao de assistente ou oponente, as causas envolvendo as sociedades de economia mista serao deslocadas para a Justica Federal - ERRADA; Ill - as empresas publicas e as sociedades de economia mista, em regra, nao possuem a imunidade tributdria reciproca. Por isso que a questao esta errada. No entanto, ressaltamos que o posicionamento do STF esta evoluindo para atribuir a imunidade tributaéria as empresas pUblicas e as sociedades de economia mista (e suas subsididrias) prestadoras de servicos publicos — ERRADA. Assim, a alternativa correta é a A (se somente o item | estiver correto). Gabarito: alternativa A. 40. (FGV- Advogado/BADESC/2010) No direito brasileiro, existem duas diferencas fundamentais entre as sociedades de economia mista e as empresas piblicas. Assinale a alternativa que explicita essas diferengas. a) composig&o do capital e forma juridica. b) personalidade juridica e forma de extingao. ¢) forma juridica e controle estatal. d) forma de criagao e personalidade juridica. e) controle estatal e composicao do capital. Comentério: em nossa aula indicamos trés diferencas entre as empresas plblicas e as sociedades de economia mista. No entanto, uma delas s6 ocorre Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 36 de 48 Nocdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi Fiscal de Posturas e Agente Fazendirio Teoria ¢ exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aula 3 no Ambito federal. Por isso que a questéo fala em “duas diferencas fundamentais”. Pers enone Peer) rors) Qualquer forma admitida na forma de ordenamento juridico sociedade anénima (S/A). (civil, comercial, S/A, etc.) ou até mesmo formas inéditas {somente para a Unido). eet etic Capital totalmente piiblico. Admite capital publico e privado, mas a maioria do capital com direito a voto é puiblico. Tice csmency Com algumas excecdes, as Tramitam na _justica, Pee cuclt erin) casas em que as empresas estadual. publicas federais forem interessadas tramitam na Justiga Federal. Portanto, a forma juridica e a composic¢éo do ca fundamentais das EPs e SEMs. Gabarito: alternativa A. 41. (FGV - Técnico de Gestéo Administrativa Legislative ADV/AL-MA/2013) A administragao indireta 6 composta por varias pessoas juridicas, dentre essas pessoas juridicas encontram-se as empresas pUblicas. A respeito das empresas pblicas, assinale a afirmativa correta. a) Poderao assumir qualquer forma em direito admitida com excecao da forma de sociedade anénima pois necessariamente o capital da empresa publica deve ser totalmente piblico. b) Estao subordinadas hierarquicamente ao ente criador. c) Poderao ser pluripessoais. d) Desenvolverdo atividades econdmicas sem realizar licitagdes ou concursos publicos. @) Esto sujeitas ao regime juridico de direito publico por serem pessoas juridicas de direito publico. Comentario: a) as empresas publicas podem ser formadas sob qualquer forma admitida em direito, inclusive como sociedades anénimas — ERRADA; b) sao vinculadas a administracao direta, sem sofrer subordinacao, ou seja, sem controle hierarquico - ERRADA; c) podem ser unipessoais (quando a entidade instituidora possui a integralidade de seu capital) ou pluripessoais (quando possui capital dominante do ente Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 37 de 48 Nocdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi fEstratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendrto Dueuesot Teoria ¢ exercicios comentados Prof. Herbert Alineida — Aula 3 instituidor associados aos recursos de outras pessoas administrativas) - CORRETA; ) as empresas publicas devem realizar licitagao, para escolha das pessoas com quem irao firmar contratos, e se obrigam a realizar concurso para escolha de seus empregados publicos ~ ERRADA; @) possuem personalidade juridica de direito privado, estando sujeitas ao regime juridico hibrido (aplicagao simultanea de regras de direito publico e de direito privado, conforme o caso) - ERRADA. Gabarito: alternativa C. 42. (FGV — AREJAP/2010) Em relacéo as entidades da Administragéo Publica Indireta, é correto afirmar que: a) as sociedades de economia mista sao pessoas juridicas de direito privado, criadas por autorizacdo legal e se apresentam, dentre outras, sob a forma de sociedade anénima. b) os bens que integram o patriménio de todas as empresas plblicas tém a qualificagao de bens publicos. c) as fundagées publicas nao se destinam as atividades relativas a assisténcia social atividades culturais. d) os empregados de empresas piblicas e sociedades de economia mista podem acumular seus empregos com cargos ou fungées ptiblicas da Administracao Direta. ) as autarquias podem celebrar contratos de natureza privada, que sero regulados pelo direito privado. Comentari a) as SEMs so pessoas juridicas de direito privado, criadas por autorizacao em lei especifica e sempre sob a forma de sociedades anénimas. Assim, o “dentre outras” tornou o item errado ~ ERRADA; b) os bens das sociedades de economia mista e das empresas publicas sao considerados bens privados e, portanto, ndo possuem os atributos dos bens pUblicos. No entanto, quando essas empresas publicas prestam servicos plblicos, os bens afetados diretamente a prestacao do servico pblico gozam dos mesmos atributos dos bens publicos - ERRADA; c)a Constituigao Federal estabelece que cabera a lei complementar dispor sobre a area de atuacao das fundagées publicas (art. 37, XIX). Todavia, até o presente momento a mencionada lei nao foi editada. Assim, é necessario recorrer a doutrina, que estabelece como areas de atuacéo das fundacées pul desempenho de atividades de interesse social, como assisténcia médica e hospitalar, educagao e ensino, pesquisa cientifica, assisténcia social, atividades culturais, entre outras. Logo, as fundagdes podem se destinar as atividades telativas a assisténcia social e atividades culturais - ERRADA; Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 38 de 48 Nocdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi faEstratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazenditio TON CUR SOT Teoria e exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aul ) vejamos o que estabelece a Constituigéo Federal sobre a acumulagao de cargos: Art, 37. [...] XVI - é vedada a acumulacdo remunerada de cargos publicos, exceto, ‘quando houver compatibilidade de hordrios, observado em qualquer caso 0 disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou cientifico; c) ade dois cargos ou empregos privativos de profissionais de satide, com profissdes regulamentadas; XVII - a proibicéo de acumular estende-se a empregos e fungées e abrange autarquias, fundacées, empresas piiblicas, sociedades de economia mista, suas subsidiarias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder publico; Logo, 6 possivel perceber que a vedacao a acumulagéo de cargos alcanca também os empregados de empresas publicas e sociedades de economia mista - ERRADA; e) perfeito. As autarquias sao entidades de direito publico, sendo reguladas pelo direito publico. Contudo, em algumas hipoteses, da mesma forma como na administragéo direta, as autarquias realizaréo atos e contratos de direito privado, sendo entao regidas pelo direito privado. Séo exemplos de contratos de natureza privada os de locacao de iméveis e veiculos - CORRETA. Gabarito: alternativa E. 43. (FGV - ACVSEFAZ-RJI2011) Em relacdo ao regime juridico das empresas pUblicas federais, 6 correto afirmar que a) so pessoas juridicas de direito publico, integram a administragao descentralizada federal e gozam de todas as prerrogativas processuais aplicdveis & fazenda piiblica. b) so pessoas juridicas de direito publico, integram a administragao direta federal e, quando prestadoras de servicos pliblicos, seus bens sao impenhoraveis. c) so pessoas juridicas de direito privado, integram a administragdo indireta federal e se submetem ao controle do Tribunal de Contas da Unido. 4) so pessoas juridicas de direito privado, integram a administracdo central federal e somente podem ser criadas por lei, adotando a forma de sociedade anénima. @) so pessoas juridicas de direito privado, integram a administracao hierdrquica federal e, quando exploradoras de atividade econémica, estdo dispensadas da observancia de procedimento licitatério. Comentario: antigamente, existia o entendimento de que as empresas publicas e as sociedades de economia exploradoras de atividade econémica nao se submetiam ao controle do Tribunal de Contas da Unido. No entanto, em 2005, © STF mudou esse entendimento, concluindo que os tribunais de contas Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 39 de 48 oe Nogdes de Direito Administrative p/ ISS-Niterdi stratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendario TOneuesot Teoria ¢ exercicios comentados Prof. Herbert Almeida ~ Aula 3 possuem competéncia para fiscalizar as empresas estatais exploradoras de atividade econémica. Nesse sentido, vejamos a ementa do MS 25.092/DF”°: EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. TRIBUNAL DE CONTAS. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA: FISCALIZACAO PELO TRIBUNAL DE CONTAS. ADVOGADO EMPREGADO DA EMPRESA QUE DEIXA DE APRESENTAR APELACAO EM QUESTAO RUMOROSA. I. - Ao Tribunal de ‘Contas da Unio compete julaar as contas dos administradores e demais responsdveis por dinheiros, bens e valores pUblicos da administracdo direta e indireta, incluidas as fundagGes e sociedades instituidas e mantidas pelo poder puiblico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuizo ao erario (CF, art. 71, IT; Lei 8.443, de 1992, art. 19, 1). II. - As empresas piblicas e as sociedades de economia mista, integrantes da administracéo indireta, esto sujeitas a fiscalizacdo do Tribunal de Contas, ndo ‘obstante os seus servidores estarem sujeitos ao regime celetista. III. - Numa acéo promovida contra a CHESF, 0 responsavel pelo seu acompanhamento em juizo deixa de apelar. © argumento de que 2 nao- interposic3o do recurso ocorreu em virtude de nao ter havido adequada comunicacéo da publicagdo da sentenca constitui matéria de fato dependente de dilacdo probatéria, 0 que nao possivel no proceso do mandado de seguranca, que pressupde fatos incontroversos. IV. - Mandado de seguranca indeferido. (STF, MS 25.092/DF, Relator Min. CARLOS VELLOSO, Tribunal Pleno, julgamento em 10/11/2005, publicaco no DJ 17/3/2006, p. 6) Dessa forma, podemos concluir que as empresas publicas federais sdo pessoas juridicas de direito privado, integram a administracao indireta federal e se submetem ao controle do Tribunal de Contas da Unido (opcao C — correta). Aalternativa A esta errada, pois sao as autarquias e as fundacées publicas que gozam de todas as prerrogativas da fazenda publica. A opcdo B esta errada, pois as empresas pliblicas sao pessoas juridicas de direito privado, que integram a Administracao Indireta. Além disso, s6 serdo impenhordveis os bens afetados a prestacao dos servicos publicos. A alternativa D também possui erros, pois as. EPs federais integram a administracao descentralizada (indireta), sua criagdo 6 autorizada em lei e elas podem adotar qualquer forma admitida em direito, inclusive sociedade anénima. Por fim, os erros na op¢ao E sao: elas nado integram a administracdo hierarquica (ndo ha hierarquia entre as administragées direta e indireta); e s6 estado dispensadas da licitagdo no exercicio da atividade fim da empresa. Deste modo, correta a alternativa C. Gabarito: alternativa C. 44. (FGV - Adv/SEN/2008 - adaptada) As fundagdes governamentais de direito ptiblico nao esto abrangidas pela prerrogativa da imunidade tributéria, relativa aos % Disponivel em Ms 25.092/0E Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 40 de 48 Nocdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi fEstratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendrto Dueunsot Teoria ¢ exercicios comentados Prof. Herbert Almeida — Aula 3 impostos sobre a renda, o patriménio e os servigos federais, estaduais e municipais, vinculados a suas finalidades essenciais. imunidade tributéria se aplica as fundagées publicas de direito impostos sobre patriménio, renda ou servicos, uns dos outros, é extensiva as “fundacées instituidas e mantidas pelo Poder Publico”. Gabarito: errado. 45. (FGV - AL/SEN/2008 - adaptada) Tendo em vista a necessidade do controle finalistico da instituigao, as fundacdes governamentais de direito publico submetem- ‘se ao velamento por parte do Ministério PUblico, como o exige o Cédigo Civil. Comentario: de acordo com o Cédigo Civil, 0 Ministério Publico do Estado “velaré pelas fundagées" (art. 66) exercendo sobre elas um controle finalistico. Contudo, esse entendimento nao alcanga as fundagées publicas, uma vez que © controle finalistico ja 6 exercido pela Administracao Direita. Alguns autores afirmam que o controle é extensivel as fundagées publicas de direito privado. De qualquer forma, quanto as fundagées piiblicas de direito_ptiblico, o entendimento é pacifico na doutrina, ou seja, o Ministério Publico nao deve velar Por essas entidades, motivo pelo qual 0 item esta errado. Gabarito: errado. 46. (FGV - AL/SEN/2008 - adaptada) Fundagdes governamentais nao podem assumir a forma de entidade autarquica. Comentario: as fundacées pliblicas de direito ptiblico submetem-se ao mesmo regime juridico das autarquias. E exatamente por isso que alguns doutrinadores chamam as fundagées publicas de direito publico de fundacées autarquicas ou autarquias fundacionais. Por esse ponto, a questao esta errada. Gabarito: errado. 47. (FGV - FRE/SEAD-AP/2010 — adaptada) As fundagdes pliblicas podem desempenhar atividades relativas a assisténcia médica e hospitalar e nao esto submetidas a Lei Federal 8666/93. primeira parte da assertiva esta correta. Isso porque comumente se destinam as fundagées publicas as seguintes atividades: assisténcia social; assisténcia médica e hospitalar; educagao e ensino; pesquisa; e atividades culturais. Todavia, a Lei 8.666/1993 aplica-se integralmente as fundacées publicas, independentemente da natureza juridica da entidade. Dai o erro da questao. Gabarito: errado. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 41 de 48 Nogdes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi Estratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazenditio TON CUR SOT Teoria e exercicios comentados Prof, Herbert Almeida — Aula 3 Concluimos por hoje. Em nossa préxima aula, vamos estudar os atos administrativos. Espero por vocés! Bons estudos. HERBERT ALMEIDA. Attp:/www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorProfessor/herbert-almeida-3314/ QUESTOES COMENTADAS NA AULA 1. (Cespe ~ Ad/TRT-ES/2013) A PETROBRAS é um exemplo de empresa piblica. 2. (Cespe - Adm/MIN/2013) Sao caracteristicas comuns a empresas pliblicas sociedades de economia mista, entre outras, personalidade juridica de direito privado, derrogacao parcial do regime de direito privado por normas de direito publico desempenho de atividade de natureza econémica. 3. (Cespe — Bibliotecdrio/MS/2013) A criagao de uma sociedade de economia mista pode ser autorizada, genericamente, por meio de dispositive de lei cujo contetido especitico seja a autorizacdo para a criacao de uma empresa piiblica. 4. (Cespe — AJ/TJDFT/2013) Pessoas juridicas de direito privado integrantes da administracao indireta, as empresas puiblicas sao criadas por autorizacao legal para que 0 governo exerga alividades de cardter econdmico ou preste servigos piiblicos. 5. (Cespe - Atividades Técnicas de Suporte/MC/2013) O Poder Executive nao poder, por ato de sua exclusiva competéncia, extinguir uma empresa publica. 6. (Cespe - TJ/CNJ/2013) Considere que determinada sociedade de economia mista exerca atividade econémica de natureza empresarial. Nessa situagao hipotética, a referida sociedade nao é considerada integrante da administragao indireta do respectivo ente federativo, pois, para ser considerada como tal, ela deve prestar servigo piblico. 7. (Cespe — Ad/TRT-10/2013) Empresas piblicas so pessoas juridicas de direito privado integrantes da administracao indireta do Estado, criadas mediante prévia autorizagao legal, que exploram atividade econémica ou, em certas situagdes, prestam servigo publico. 8. (Cespe - DPF/2013) A sociedade de economia mista ¢ pessoa juridica de direito privado que pode tanto executar atividade econémica propria da iniciativa privada quanto prestar servigo puiblico. 9. (Cespe - AFT/2013) A sociedade de economia mista, entidade integrante da administragao publica indireta, pode executar atividades econdmicas préprias da iniciativa privada. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 42 de 48 Nocies de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi fEstratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendrto SecUR Eos Teoria e exercicios comentados Prof. Herbert Almeida — Aula 3 40. (Cespe - TNS/PRF/2012) Nao é considerada integrante da administracao publica a.entidade qualificada com natureza de pessoa juridica de direito privado que, embora se constitua como sociedade de economia mista, exerga atividade tipicamente econémica. 11. (Cespe - TNS/PRF/2012) As empresas plblicas que explorem atividade ‘econémica nao poderao gozar de privilégios fiscais nao extensivos as empresas do setor privado. 12. (Cespe - Técnico Judiciario/TJ-RR/2012) Embora possuam capital ‘exclusivamente piblico, as empresas pliblicas sao pessoas juridicas a que se aplicam, preponderantemente, normas de direito privado. 13. (Cespe - Técnico em Administrac&io/TJ-AC/2012) A empresa publica criada com a finalidade de explorar atividade econémica deve ser, necessariamente, formada sob 0 regime de pessoa juridica de direito privado. 14. (Cespe - Proc DF/2013) As sociedades de economia mista e as empresas publicas exploradoras de atividade econémica nao se sujeitam a faléncia nem sdo imunes aos impostos sobre 0 patriménio, a renda e os servigos vinculados as suas finalidades essenciais ou delas decorrentes. 15. (Cespe — TJ/TRT-10/2013) As agdes judiciais promovidas contra sociedade de ‘economia mista sujeitam-se ao prazo prescricional de cinco anos. 16. (Cespe - Técnico Administrativo/ANCINE/2013) As empresas ptiblicas apenas podem ser criadas sob a forma juridica de sociedade anénima. 17. (Cespe - ATA PGPE/MS/2013) As sociedades de economia mista sao pessoas juridicas de direito privado e podem ser constituidas sob qualquer forma juridica. 18. (Cespe — AJ/TJDFT/2013) As sociedades de economia mista podem revestir-se de qualquer das formas em direito admitidas, a critério do poder piiblico, que procede sua criagao. 19. (Cespe - AJ/TRT-10/2013) As empresas piblicas devem ser constituidas obrigatoriamente sob a forma de sociedade anénima. 20. (Cespe — Analista Administrativo/ANAC/2012) Sociedade de economia mista é a pessoa juridica de direito privado, integrante da administragao indireta, criada mediante autorizagdio de lei especifica, sob qualquer forma juridica e com capital exclusivamente publico. 21. (Cespe - AnaTA MDIC/2014) Parte do capital instituidor de uma sociedade de economia mista é privada, apesar de determinadas relagées institucionais, como organizacao e contratagao de pessoal, serem regidas pelo direito puiblico. 22. (Cespe - Ag Adm/MDIC/2014) Adotando-se o critério de composigao do capital, podem-se dividir as entidades que compéem a administragao indireta em dois grupos: um grupo, formado pelas autarquias e fundagdes pliblicas, cujo capital 6 ‘exclusivamente publico; e outro grupo, constituido pelas sociedades de economia Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 43 de 48 Nocies de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi fEstratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendrto Wounsot Teoria e exercicios comentados Prof, Herbert Almeida ~ Aul mista e empresas publicas, cujo capital é formado pela conjugacao de capital puiblico e privado. 23. (Cespe - ATA/MIN/2013) Empresas ptiblicas sao pessoas juridicas de direito privado que integram a administragao indireta, constituidas por capital publico e privado. 24. (Cespe - Técnico Administrativo/ANTT/2013) O capital da empresa publica 6 exclusivamente publico, mas ostenta personalidade de direito privado, e suas atividades so regidas pelos preceitos comerciais. 25. (Cespe — Analista PGIPI/INP/2013) As empresas ptiblicas so pessoas juridicas de direito privado, com totalidade de capital puiblico, cuja criagéo depende de autorizagao legislativa, e sua estruturagdo juridica pode se dar em qualquer forma admitida em direito. 26. (Cespe - Analista em Geociéncias/CPRM/2013) A empresa publica, entidade da administragao indireta, 6 pessoa juridica de direito privado, formada mediante a conjugacao de capital ptiblico e privado. 27. (Cespe - Ana MPU/2013) A empresa publica federal caracteriza-se, entre outros aspectos, pelo fato de ser constituida de capital exclusivo da Unido, nao se admitindo, portanto, a participagao de outras pessoas juridicas na constituigéio de seu capital. 28. (Cespe — AJ/TJDFT/2013) Pertence a justica federal a competéncia para julgar as causas de interesse das empresas piiblicas, dado 0 fato de elas prestarem servigo publico, ainda que detenham personalidade juridica de direito privado. 29. (Cespe - Atividades Técnicas de Suporte/MC/2013) Fundagao piiblica 6 a pessoa juridica de direito publico, criada por lei, com capacidade de autoadministragdo, para o desempenho de servico piblico descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos limites da lei. 30. (Cespe - Analista em Geociéncias/CPRM/2013) Para a criagdo de uma fundagao de direito piiblico, 6 indispensdvel a inscrigo de seus atos constitutivos no registro civil das pessoas juridicas. 31. (Cespe - Técnico Administrativo/ANTT/2013) As fundacées piiblicas destinam- se & realizagao de atividades nao lucrativas e atipicas do poder ptiblico, porém de interesse coletivo. 32. (Cespe — Procurador Geral/AGU/2013) As fundagdes pUblicas podem exercer atividades tipicas da administragao, inclusive aquelas relacionadas ao exercicio do poder de policia. 33. (Cespe — TJ/STF/2013) A fundacdo ptiblica de direito privado tem sua instituigao autorizada por lei especifica, cabendo a lei complementar definir as dreas de sua atuagao. 34. (Cespe - Administrador/FUB/2009) As fundagdes piiblicas nao possuem finalidade de exploragao econémica com fins lucrativos. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 44 de 48 Nocies de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi fa Estratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendaio TOneuesot Teoria ¢ exercicios comentados Prof. Herbert Almeida — Aul: 35. (Cespe - Atividades Técnicas de Suporte/MC/2012) O Ministério Puiblico deverd realizar 0 controle sobre as atividades das fundagdes piblicas, assim como o faz em relagao as fundagées privadas. 36. (FGV - Analista/MPE-MS/2013) A Unido, desejando realizar a exploragao de uma atividade econémica, resolve criar uma sociedade de economia mista. Com relagao as sociedades de economia mista, assinale a afirmativa correta. a) A sociedade de economia mista deve ser criada por lei. b) A Unido deve possuir ao menos metade de seu capital social. ©) A sociedade de economia mista deve seguir todas as regras trabalhistas da iniciativa privada. d) O cargo de presidente de sociedade de economia mista é privative de brasileiro nato. @) A sociedade de economia mista nao precisa realizar licitagao em hipétese alguma. 37. (FGV — Analista Técnico Administrativo/SUDENE-PE/2013) As entidades da administragao publica podem ser criadas e subordinadas ao regime juridico de direito ublico ou ao regime juridico de direito privado. No entanto mesmo quando sujeitas a0 regime juridico de direito privado se subordinam a certas regras impostas a toda a administragao. Tendo em vista essas peculiaridades, assinale a afirmativa correta. a) As entidades da administracao publica que se constituem como empresas piblicas so criadas diretamente por meio de lei. b) Apenas as autarquias sujeitas ao regime juridico de direito publico necessitam de lei autorizando sua criacdo. c) As autarquias entidades de direito piblico sao criadas por lei, enquanto as empresas pliblicas e as sociedades de economia mista tem sua criagao autorizada emlei. 4d) A lei nao cria diretamente nenhuma entidade, apenas autoriza a sua criagao. ©) As empresas publicas e as sociedades de economia mista, pessoas juridicas de direito privado integrantes da Administrag&o Publica, podem ser criadas independentemente de autorizagao em lei. 38. (FGV - Técnico Administrativo/INEA-RJ/2013) A definicao de “pessoa juridica de direito privado com capital exclusivo do governo tendo por finalidade a exploragao de atividade econémica” refere-se a a) autarquia corporativa. b) empresa de economia mista. c) empresa pliblica. d) autarquia institucional. @) fundagao privada. 39. (FGV — Técnico Il Administrativa/MPE-MS/2013) Com relago as Sociedades de Economia Mista Federais, analise os itens a seguir. |. Sao pessoas juridicas de direito privado. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 45 de 48 Nocies de Direito Administrativo p/ ISS-Niterdi fa Estratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendaio TOneuesot Teoria ¢ exercicios comentados Prof. Herbert Alineida — Aula 3 Il. Possuem foro privilegiado na Justica Federal. Ill, Gozam de iseng&o dos impostos federais, mas ndo dos Estaduais e Municipais. Assinale: a) se somente o item | estiver correto. b) se Somente o item I estiver correto. c) se Somente o item Ill estiver correto. d) se somente os itens |e II estiverem corretos. @) se todos 0s tens estiverem corretos. 40. (FGV — Advogado/BADESC/2010) No direito brasileiro, existem duas diferengas fundamentais entre as sociedades de economia mista e as empresas publicas. Assinale a alternativa que explicita essas diferengas. a) composi¢ao do capital e forma juridica. b) personalidade juridica e forma de extingao. c) forma juridica e controle estatal. 4d) forma de criagao e personalidade juridica. e) controle estatal e composigao do capital. 41. (FGV - Técnico de Gestéo Administrativa Legislative ADV/AL-MA/2013) A administracao indireta é composta por varias pessoas juridicas, dentre essas pessoas juridicas encontram-se as empresas publicas. A respeito das empresas piblicas, assinale a afirmativa correta. a) Poderdo assumir qualquer forma em direito admitida com excegéio da forma de sociedade anénima pois necessariamente o capital da empresa pliblica deve ser totalmente piiblico. b) Esto subordinadas hierarquicamente ao ente criador. c) Poderao ser pluripessoais. d) Desenvolverdo atividades econémicas sem realizar licitagdes ou concursos publicos. e) Esto sujeitas ao regime juridico de direito publico por serem pessoas juridicas de direito publico. 42. (FGV — ARE/AP/2010) Em relacgao as entidades da Administragao Publica Indireta, & correto afirmar que: a) as sociedades de economia mista séo pessoas juridicas de direito privado, criadas por autorizagao legal e se apresentam, dentre outras, sob a forma de sociedade anénima. b) os bens que integram o patriménio de todas as empresas plblicas tém a qualificagao de bens publicos. c) as fundacées piblicas nao se destinam as atividades relativas a assisténcia social e atividades culturais. d) os empregados de empresas piblicas e sociedades de economia mista podem acumular seus empregos com cargos ou fungdes publicas da Administragao Direta. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 46 de 48 Nogoes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteréi Estratégia Fiscal de Posturas ¢ Agente Fazendaio Dueuesot Teoria ¢ exercicios comentados Prof. Herbert Alineida — Aula 3 €) as autarquias podem celebrar contratos de natureza privada, que serao regulados pelo direito privado. 43. (FGV - ACVSEFAZ-RJI2011) Em relacéo ao regime juridico das empresas publicas federais, 6 correto afirmar que a) so pessoas juridicas de direito piblico, integram a administragao descentralizada federal e gozam de todas as prerrogativas processuais aplicdveis a fazenda publica. b) so pessoas juridicas de direito publico, integram a administragao direta federal e, quando prestadoras de servigos puiblicos, seus bens sao impenhoraveis. c) so pessoas juridicas de direito privado, integram a administracao indireta federal ese submetem ao controle do Tribunal de Contas da Unido. 4d) so pessoas juridicas de direito privado, integram a administracao central federal @ somente podem ser criadas por lei, adotando a forma de sociedade anénima. ©) so pessoas juridicas de direito privado, integram a administracdo hierdrquica federal e, quando exploradoras de atividade econémica, estéo dispensadas da observancia de procedimento licitatério. 44, (FGV - Adv/SEN/2008 - adaptada) As fundagSes governamentais de direito iblico ndio esto abrangidas pela prerrogativa da imunidade tributéria, relativa aos impostos sobre a renda, 0 patriménio e os servigos federais, estaduais e municipais, vinculados a suas finalidades essenciais. 45. (FGV - AL/SEN/2008 - adaptada) Tendo em vista a necessidade do controle finalistico da instituigao, as fundagdes governamentais de direito publico submetem- se ao velamento por parte do Ministério Publico, como o exige 0 Cédigo Civil. 46. (FGV - AL/SEN/2008 - adaptada) Fundagdes governamentais nao podem assumir a forma de entidade autarquica. 47. (FGV - FRE/SEAD-AP/2010 — adaptada) As fundagdes pliblicas podem desempenhar atividades relativas a assisténcia médica e hospitalar e ndo esto submetidas & Lei Federal 8666/93. Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 47 de 48 Nogdes de Direito Administrativo p/ ISS-Nitersi stratégia Fiscal de Psturas e Agente Fazendiro TOneuesot ‘eoria ¢ exercicios comentados Prof. Herbert Almeida ~ Aula 3 GABARITO Le 11.€ 21.€ 31.€ 41.€ 2.€ 2.€ 22.E 32.€ 42.E 3.E 13.€ 23.E 33.€ 43.€ 4.C 14.€ 24.€ 34.C 44. 5.€ 15.E 25.€ 35.€ 45.E 6E 16.€ 26.E 36.€ 46.E 7.C I.E 27.6 37.C a7.E 8.C 18.€ 28.6 38.C 9.¢ 19.€ 29.E 39.A WOE 20 EAA REFERENCIAS ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrative descomplicado. 19° Ed. Rio de Janeiro: Método, 2011. ARAGAO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2012. BANDEIRA DE MELLO, Gelso Anténio. Curso de Direito Administrative. 31% Ed. Sao Paulo: Malheiros, 2014, BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questées. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrative. 27% Edicdo. Sao Paulo: Atlas, 2014. 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