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osit12017 Nobitrio da tha da Madeira - tule MIALHEIROS (fol. 121) MIALHEIROS. / Esta familia ou por antiga, ou por extin- / ta, se ndo acha tractada n’ nellas muitos casamen- /tos d’es- te appellido em muita nobreza; pelo / qui origem; ¢ d’os ramos que passirdo a / viver n’esta Ilha, iinica obrig. ‘memorias ge- / nealogicas, achando-se ré preciso darmos alguma no- ticia / da Foi principio d’esta familia Jodo / Gongalves, fidalgo galégo, que viveu em tem- / po d’El Rei D. Jodo 1.°, como da Car- / ta de nobréza que mandou passar 0 dicto / Rei n’o anno de 1439 a seu filho Rodrigo /Annes de Parada, 0 confirmou El-/ Rei D. Affongo 5." n’o anno 1472 a seu / neto Jodo Rodrigues Mialheiro: consta / tudo d’o L® 2 dos Misticas, af ISL, 0 / que &o thebr sepuinte “Dom Affonco por graga de Deus, Rei / de Portugal ¢ d’o Algarve, “et cetera. A/ quantos esta Carta virem fazemos saber / que por Joio “Rodrigues Mialheiro (1) nos- / so Cavalleiro, e Ouvidor em a Nossa Casa / “d’a Supplicagdo nos foi mostrada uma / Carta d°El Rei D. Jodo meu avé, “que / Deus haja, d’a qualo theot € 0 que se segue / = Dom Jodo por “ graga de Deus Rei / de Portugal e d’o Algarve, a quantos / esta Carta “virem fazemos saber que Ro-/ drigo Ennes de Perada, nosso Vassalo, / “Creado de Gongalo Lourengo,nosso Eserivdo/d’a Puridade, ‘nos mostrou um “instrumen- /! (verso) “instrumento publico feito e assignado por mio / de Jodo Affongo de So- “lar. Tabelido d’a Coru- / nha quando estava por estes nossos Reinos, por / “Padre, natural de gallisa, d’apar d’o dicto / logo d’a Corunha, de um logar (1) Com este sinal, na margem externa, estéoteor seguinte: - (1) D'este Joo Rodri-/ gues Mialheiro, flla / barros, Dec. L* Cap. / 3° de Le 102, onde / diz ajudira a ma! tar a0 Rei de Cofal, “a que cha/ mao Parada, que era homem fidalgo de li- / nhagem, segundo “mostrou por um instrumenito de como foi achado por inquirigdo que / “sobre elle foi tirada, que era um fidalgo / de linhagem, e pedindo-nos por “mercé o di- / cto Rodrigo Ennes que o honvessemos por ho- / mem fidalgo, e “Ihe mandéssemos sobre ello / dar nossa Carta; por quanto se entendia / “por ella ajudar; ¢ nés vendo 0 que nos / assim pedia, visto o dicto instru-"mento / © 0 que se por elle mostra, temos por bem / ¢ havemol-o por ho- “mem fidalgo, assim / como elle pide e deve ser, digo assim / como elle “melhor pide e deve ser, ¢ que / haja ¢ lhe sejio guardadas todas as hon- / “ras e privilegios e liberdades que de- / vem de haver e ser guardadas “aos outros /’ fidalgos d’os nossos Reinos , sem outro em- / bargo nenhum “que Ihe sobre ello seja posto, / ¢ em testemunho desto Ihe mandamos dar / “esta nossa Carta dante n’a Cidade de / Lisboa hpsweb archive. orghveb/20030828231233/htp planeta terra,com br:80lazertfaiiapaivalNobiliodallhadaMadeialmiaheiros.nim ue osit12017 Nobitrio da tha da Madeira - tule MIALHEIROS vinte tres dias de De- “zembro, El / Rei o mandou por Femniio Gongalves Li- / cenciado em Leis, “seu Vassalo e do seu / Dezembargo. Vasquiannes a fezerade / mil “quatro centos trintae nove annos = / = A qual Carta parecia ser as-“signada / pel-o dicto Licenciado, e sellada do séllo / pendente d’o dicto “Senhor. = Pedindo- / nos dicto Joo Rodrigues por merc€ que / por “quanto 0 dicto Jodo Gongalves eta / (fol 122) “seu avé, eo dicto Rodriguiannes seu padre, filho / d’o dicto Jodo Gon- “calves, d’os quaes elle lidima-/ mente descendia, o houvessemos por ho- “mem fidalgo, / elle e todos os que d’elle_descendessem, e Ihe mandas- / “semos dello dar nossa Carta, e visto por nos o/ que nos assim pedia em “a dicta carta, e como / te notorio 0 dicto Jodo Rodrigues ser neto e filho / ““d’os sobredictos, temos por bem, ¢ havemol-o / por homem. fidalgo, elle “e todol-os que d’elle / descenderem assim como a elles melhor podem /“e devem ser, e que hajao e Ihe sejo guardadas / todal- as honras, privile- “gios, liberdades, fran- / quezas que hao e devem de haver e ser guardadas / “aos outros fidalgos de solar d’os nossos Reinos, / sem outro embargo “algum que Ihe sobre ello. se- /j4 posto, ¢ em testamento d'ello Ihe man- “damos / dar esta nossa Carta, feita em Santarém cin-/ co dias d’o més “de Abril. Diogo Gongalves a / fez Anno d’o nascimento de Nosso Senhor “Je=/ sus Christo de mil quatro centos ¢ settenta /e dous =Rei = / As pesséas que desta familia passé- / rio a viver a esta Ilha, foro Pedro Gon- /galves Mialheiro, e seu irmao Antonio Mia-/ Iheiro, filhos de Gongalo Mialheiro (1) que, / segundo consta de um instrumento feito em / 1522, (1) Na margem extema, com este sina, esté o teérseguinte: (1) Este Gongalo Mia: Iheiro, que vivew n'a /Alhandra, era filho / de Jodo Rodrigues / Miatheiro e de sua / mulher Maria Gon-/ galves,eirmo de / Jorge Mialfcito, co-/ mo se verén'o tty / Io de Mialheiros, que tenho em meu poder, viveu n'a / sua Quinta d’a Alhandra, que enten- do / nao ser longe de Lisbda; e que pel-a dicta / parte patemna, ero pri- mos-co-irméos de / Luiz Mialheiro ede Joo Rodrigues Mialhei- / ro que é sem duvida o de que se faz men- / ¢30 n’o Brazio que referimos; e que pel-a / materna ero primos, outrosi irmios, de / Rui Gomes d’a Gra, todos d’a Casa d’a / Excellente Senhora, Delles faremos memo- // (verso) ‘memoria n’os seguintes parégraphos. / gle N.° | — Pedro Gongalves Mialheiro, a quem chamé- / ro 0 Amo por ter a educagao de Simao Gongal- / ves d’a Camara, 3.° Capitio d’esta Ju- risdicgdo d’o / Funchal, passou como temos dicto a viver a / esta Ilha, ‘onde o acho occupado n’os empregos d’a/Camara,e governo d’ella pel-os an- nos de 1508, / e morreu n’o de 1521; jaz sepultado n'a Capella | Maior de N.* Sr. d’a Conceigao d’o Calhau; / fez vinculo de sua 3.*, que se conserva em seus / descendentes, ¢ de sua filha Ignez Alvares Fer- /reira, / ps:iwebarchive.orgiveb/2003082823 1253p planta terra. comb OllazeiemiiapaivalNobilaviodalhadaMadeialmithers.nim 24 osit12017 Nobitrio da tha da Madeira - tule MIALHEIROS Casou n’esta Ilha com Grimaneza Gon- / calves, filha de Gaspar Gon- calves Ferreira, / e de sua mulher Catharina Ennes, em titulo / de Fer-reiras, § 2.°,N.°2.°/ De quem houve. / 2~Ignez Alvares Ferreira, mulher de / Jorge Dias Homem, filho de Rui Fer- / nandes Homem e de sua 1" Mulher Gui-/ mar Dias, em titulo de Homens Sou- / zas, § 1.°,N22./ 2- Filippa Mialheira, mulher de Simao / Mendes de Vasconcelos, filho de Pedro Men- / des de Vasconcellos. / 2. Mecia Ferreira, mulher de Pedro de / Castro, d’o Porto Sancto, §2°/ Antonio Mialheiro, irmio de Pedro / Gongalves Mialheiro, § 1.°, N.° 1.°, viveu tam- // (fol. 123) tambem n’esta Ilha, ¢ era ja fallecido pel-os / annos de 1522, segundo cons-ta d’aquelle documen- /to de que fizémos mengio n’o principio d’estas / Me-morias. / Casou n’esta Ilha com Anna Ferreira, / irmaa de sua cunhada, e filha tambem d’o dicto / Gaspar Gongalves Ferreira, ¢ de Clara Ennes, / em titulo de Ferreiras, § 2.°,N.°2.°/ ‘De quem houve. / 2—Gongalo Mialheiro, que se achou n’o / Anno 1513 n'a tomada de Azamér com /mandante de quatro Caravellas d’as vi- / te com que foi & dicta conquista o Ca- / pitdo Simao Gongalves d'a Camara, ¢ / continuando n’o servigo d°EI Rei foi Ca- / pitio d’o Castello dS. Jorge d’a Mina / pel-os annos de 1522, ultima memo-/ ria que d’elle temos, / 2~ Jodo Mialheiro. / 2- Pedro Mialheiro, § 3.°/ 2 Jodo Mialheiro, filho 2.° de Antonio Mia-/ Iheiro. / Casou com Brigida Gongalves, filha / de Aparicio Gongalves, ¢ de Clara Affon- / ¢0, ¢ neto de Affongo Alv Colombreiro / Mulero (1), um d’os primeiros ¢ nobres po / voadores d’o logar d’a Ribeira Brava, / que entendo ser tambem ascendente d’o in- / signe Grammatico o Padre Manuel Alva- / res d’a Companhia de Jesus, natural d’o / dicto logar. hpsweb archive. orghveb/20030828231233/htp planeta terra,com br:80lazertfaiiapaivalNobiliodallhadaMadeialmiaheiros.nim a4 ositi2017 Nobile da tha da Madeira ula MIALHEIROS. De quem houve. / 3 —Clara Mialheiro, que easou 1° vez. / com Dominico Espinola, Ca-valleiro Ge- // (verso) Genovez, s. g. ; 2." vez casou com Luiz, / Mendes de Vasconcellos em 11 de Junho de / 1559, d’o qual foi primeira mulher, e era / filho de Joanne Mendes de Vasconcelos, / e de Leonor Rodrigues Neto, em titulo J de Vasconcellos, § 3 Izabel Ferreira, que casou em 8 de Se- / ptembro de 1562 com Pedro de _Valdavesso, / filho de Pedro de Valdavesso e de Leonor Marchena, em titulo de Valdavessos, § 1.*,N.° 2." 3-D. Briolanja Escocia, que se recebeu / em 19 de Junho de 1556 com Rui de Souza Pereira, filho de Francisco de Souza, e / de D. Izabel de Barrédo, em titulo de / Souzas Pereiras Mascarenhas, § 1.°,N°3.°/ §32/ N..2- Pedro Mialheiro,filho 3.° de An-/tonio Mialheiro, § 2.°.N.° 1 Casou com Beatriz Gongalves, irmai de / sua cunhada, ¢ filha tambem dés dictos / Aparicio Gongalves e Clara Affongo. / De quem houve. / 3— Anna Miatheira, mulher de Pedro / Pinto, (1) Na ondem externa, com este sinal, esto teér seguinie: = —(1)__Este Affongo Al-/ vares / d's Capella de St* Ca: / tharina ©, Sebastifo / n'a Egreja de S, Bento / d's Ribeira Brava hpsweb archive. orghveb/20030828231233/htp planeta terra,com br:80lazertfaiiapaivalNobiliodallhadaMadeialmiaheiros.nim 48

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