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PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

PLANO
MUNICIPAL
DE SAÚDE
2006-2009
ELABORAÇÃO

ASSESSORIA TÉCNICA /SMS


Dulcelina Anjos do Carmo
Maria de Fátima Pereira dos Santos
Sara Cristina Carvalho Cerqueira
Stella Maria Pereira Fernandes de Barros

INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA/UFBA


Jairnilson Silva Paim
Carmen Fontes Teixeira
Marcelo Rocha
Cristian Leal

Aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde


em 02 de Agosto de 2006

2
PREFEITO
João Henrique Barradas Carneiro

VICE-PREFEITO
Marcelo Ferreira Duarte Guimarães

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE


Luis Eugênio Portela Fernandes de Souza

SUBSECRETÁRIA DE SAÚDE
Aglaé Amaral Sousa

3
ASSESSORIA TÉCNICA
Dulcelina Anjos do Carmo

ASSESSORIA ESPECIAL GESTÃO PARTICIPATIVA


Heleni Duarte D. de Àvila

COORDENADORIA DE SAÚDE AMBIENTAL


Antônia Maria Britto de Jesus

COORDENADORIA DE ATENÇÃO E PROMOÇÃO DA


SAÚDE
Carlos Alberto Trindade

COORDENADORIA DE REGULAÇÃO E AVALIAÇÃO


Rosana Bezerra Batista Neves

COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO E
RECURSOS HUMANOS
Neusa Maria Cunha Barbosa

COORDENADORIA ADMINISTRATIVA
Antônio Luiz de Araújo Pitiá

AUDITORIA
Aline Freitas Campero
Ana Lúcia S. Cardoso Carvalho

OUVIDORIA
Gleide Lúcia Ramos Góis de Oliveira

FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE


Ana Lúcia Nunes Costa

GRUPO DE TRABALHO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO


NEGRA
Denise Almeida Ribeiro

4
DISTRITO SANITÁRIO CENTRO HISTÓRICO
Sandra Regina Mendonça Lemos

DISTRITO SANITÁRIO ITAPAGIPE


Tásio de Souza Lessa

DISTRITO SANITÁRIO SÃO CAETANO VALÉRIA


Maria Doralice de Sousa

DISTRITO SANITÁRIO LIBERDADE


Geraldo Magela Ribeiro Passos

DISTRITO SANITÁRIO BROTAS


Rosângela Fontes dos Santos

DISTRITO SANITÁRIO BARRA RIO VERMELHO


Andrés Castro Alonso Filho

DISTRITO SANITÁRIO BOCA DO RIO


Cláudia Virgínia Sandes Lima

DISTRITO SANITÁRIO ITAPUÃ


Maria Iraís Lessa Souza

DISTRITO SANITÁRIO CABULA BEIRU


Maria de Fátima Pereira Morais

DISTRITO SANITÁRIO PAU DA LIMA


Maria Helena Belinello

DISTRITO SANITÁRIO CAJAZEIRAS


Carla Oliveira Bueno da Silva

DISTRITO SANITÁRIO SUBÚRBIO FERROVIÁRIO


Marymar Novaes Moreira

5
“Pensamentos e Ações produzem conseqüências.”

Autores e Atores que construíram este Plano:

Profissionais e Trabalhadores da SMS (central, distrital e local)


Conselho Municipal de Saúde
Lideranças Comunitárias

6
ÍNDICE

1.INTRODUÇÃO......................................................................................13

2.ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E SÓCIO-ECONÔMICOS...........15

Perfil Sócio-Econômico..............................................................................16
Educação, Emprego e Renda......................................................................18
Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário e Destino do Lixo..........19
Tipo de Domicílio e Condição de Aquisição e Ocupação dos Domicílios.20

3. ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE.............................................20

3.1. Tendências da Mortalidade..................................................................21


3.2. Tendências de Morbidade....................................................................36
3.3. Percepção dos problemas do estado de saúde......................................42
3.4. Percepção dos problemas dos serviços de saúde..................................45
3.5. Balanço entre a oferta e as necessidades de serviços de saúde............50

4. CONCEPÇÕES, PRINCÍPIOS E DIRETRIZES..............................61

5. MÓDULOS OPERACIONAIS............................................................65
Módulo Operacional I - Vigilância e Promoção da Saúde..........................66
Módulo Operacional II - Atenção Básica à Saúde......................................80
Módulo Operacional III - SADT, ações de média e alta complexidade e
atenção às urgências e emergências............................................................91
Módulo Operacional IV - Fortalecimento da capacidade de gestão (plena)
do SUS municipal.......................................................................................94
Módulo Operacional V - Valorização dos profissionais e trabalhadores da
saúde..........................................................................................................103
Módulo Operacional VI - Qualificação do Controle Social......................107
Módulo Operacional VII - Política de Atenção à Saúde da População
Negra.........................................................................................................111

6. PLANO PLURIANUAL.....................................................................113

7. ANEXOS..............................................................................................120

7
Lista de Tabelas:

Tabela 1 - População residente e taxa de crescimento geométrico, média anual para a


Região Metropolitana de Salvador, Estado da Bahia e Brasil -
1960/1970/1980/1991/1996/2000

Tabela 2 - Taxa de natalidade por distrito sanitário (1000nascidos) - Salvador 2005

Tabela 3 - População residente em Salvador segundo Sexo, Idade e Faixa Etária – 2000

Tabela 4 – Distribuição do rendimento dos 10% mais pobres e do 1% mais rico em


relação ao total de pessoas por cor ou raça no Estado da Bahia e na RMS de Salvador –
2001

Tabela 5 - Pessoas Responsáveis por Domicílios Particulares Permanentes por


rendimento nominal mensal, segundo Região Administrativa Salvador – 2000

Tabela 6 - Domicílios particulares permanentes, por adequação da moradia, Salvador –


Bahia 2000

Tabela 7 - Número de óbitos e Mortalidade Proporcional por Grupo de Causas


(CID10). Salvador, 1996 a 2004

Tabela 8 – População, número de óbitos e coeficiente de mortalidade geral (/1.000hab.)


por Distrito Sanitário de residência. Salvador, 2005.

Tabela 9 – Nascidos vivos, número de óbitos de menores de um ano e coeficiente de


mortalidade infantil (/1.000NV.) por Distrito Sanitário de residência. Salvador, 2005.

Tabela 10 - Coeficiente de Mortalidade Materna (100.000 nascidos) por distrito


sanitário. Salvador, 2005.

Tabela 11 - Coeficiente de Mortalidade (100.000 hab.) por doenças do aparelho


circulatório, por distrito sanitário. Salvador, 2005

Tabela 12 - Coeficiente de Mortalidade por neoplasias (100.000 hab.), por distrito


sanitário. Salvador, 2005

Tabela 13 - Coeficiente de Mortalidade por causas externas (100.000 hab.), por distrito
sanitário. Salvador, 2005

Tabela 14 - Coeficiente de Mortalidade por homicídios (100.000 hab.), por distrito


sanitário. Salvador, 2005

Tabela 15 - Coeficiente de Mortalidade por doenças do aparelho respiratório (100.000


hab.), por distrito sanitário. Salvador, 2005

Tabela 16 - Coeficiente de Mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias (100.000


hab.), por distrito sanitário. Salvador, 2005

8
Lista de Gráficos

Gráfico 1 - Taxa geométrica média anual de crescimento. Salvador - 1960/2000

Gráfico 2 - Número Médio de Habitantes por Domicílio em Salvador - 1980/2000

Gráfico 3 - Distribuição Setorial da Ocupação na Região Metropolitana de Salvador –


2002

Gráfico 4 - Pessoas Responsáveis por Domicílios Particulares Permanentes por


Rendimento Nominal Mensal. Salvador - 1991/2000

Lista de Pirâmides Etárias:

Pirâmide Etária 1 - Pirâmide Etária da População Salvador – 2000

Pirâmide Etária 2 - Pirâmide Etária da População Salvador – 2010

Lista de Figuras:

Figura 1 – Taxa de analfabetismo e analfabetismo funcional, por raça/cor, aos 15 anos


ou mais, na RMS de Salvador, 2001.

Figura 2 – Percentual de população ocupada por grupo de anos de estudo e por


raça/cor, na RMS de Salvador, 2001.

Figura 3 – Coeficiente de Mortalidade Geral (por 100.000 hab.) e óbitos totais,


Município de Salvador, 1996 a 2004.

Figura 4 - Mortalidade Proporcional por Faixa Etária. Salvador, 1979 a 2004

Figura 5 -Taxa de Mortalidade por Grupos de Causas. Salvador, 1996 a 2004.

Figura 6 - Coeficiente de Mortalidade Infantil (por 1.000 Nascidos Vivos) e número de


óbitos em menores de 1 ano de idade. Salvador, 1994 a 2004

Figura 7 - Coeficiente de Mortalidade Geral (1.000hab) por Distrito Sanitário de


residência. Salvador 2005

Figura 8 - Coeficiente de mortalidade infantil (1.000 nascidos) por distrito sanitário de


residência. Salvador, 2005

Figura 9 - Coeficiente de mortalidade materna (100.000nascidos) por distrito sanitário


de residência - Salvador 2005

Figura 10 - Coeficiente de mortalidade (100.000 hab) por doenças do aparelho


circulatório por distrito sanitário de residência. Salvador, 2005

9
Figura 11 - Coeficiente de mortalidade por neoplasias (100.000hab) por distrito
sanitário de residência. Salvador, 2005

Figura 12 - Coeficiente de mortalidade por causas externas (100.000hab) por distrito


sanitário de residência. Salvador, 2005

Figura 13 - Coeficiente de mortalidade por Homicídio (100.000hab) por distrito


sanitário de residência. Salvador, 2005

Figura 14 - Coeficiente de mortalidade por doenças do aparelho respiratório


(100.000hab) por distrito sanitário de residência. Salvador, 2005

Figura 15 - Coeficiente de mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias


(100.000hab) por distrito sanitário de residência. Salvador, 2005

Figura 16 – Proporção de internação por grupo de causas. Salvador, 1996 a 2003.

Figura 17 - Número de Casos Diagnosticados de Tuberculose e Coeficiente de


Incidência (por 100.000 habitantes), Salvador, 1997 a 2005*.

Figura 18 – Número de casos diagnosticados e coeficiente de detecção de Hanseníase


(por 100.000 hab.). Salvador, 1996 a 2005.

Figura 19 – Número de casos de dengue e coeficiente de incidência (por 100.000 hab.).


Salvador, 1996 a 2005.

Figura 20 – Coeficiente de Mortalidade (por 100.000 hab.) e letalidade das meningites.


Salvador, 2000 a 2004.

Figura 21 – Casos notificados de meningite e coeficiente de incidência (por 100.000


hab.). Salvador, 1996 a 2005.

Figura 22 - Casos notificados de coqueluche e coeficiente de incidência (por 100.000


hab.). Salvador, 1996 a 2005

Figura 23 - Casos notificados de tétano acidental e coeficiente de incidência (por


100.000 hab.). Salvador, 1996 a 2005

Figura 24 - Distribuição Espacial dos leitos de Média Complexidade da Rede


Assistencial de Saúde por distrito sanitário. Salvador, 2005

Figura 25 – Proporção (%) dos grupos de Apoio Diagnóstico e Terapêutico, segundo


tipo de prestador. Salvador, 2004.

Figura 26 – Proporção (%) dos procedimentos em Cirurgias Ambulatoriais segundo


tipo de prestador. Salvador, 2004

Figura 27 – Distribuição do número de procedimentos Traumato-Ortopédicos segundo


tipo de prestador. Salvador, 2004

10
Figura 28 – Distribuição do número de Ações Odontológicas Especializadas segundo
tipo de prestador. Salvador, 2004

Figura 29 – Proporção (%) dos procedimentos de Fisioterapia segundo tipo de


prestador, Salvador- 2004

Lista de Quadros:

Quadro 1. Problemas do estado de saúde, segundo grupos populacionais, identificados


nas oficinas de trabalho realizadas nos Distritos Sanitários. Salvador, Bahia, 2005

Quadro 2 - Parâmetros Assistenciais do SUS de acordo com a Portaria MS/MG 1.101


de 12/06/2002

Quadro 3 – Necessidades de procedimentos especializados por ano. Salvador, 2004

Quadro 4 – Necessidades / ano de consultas especializadas. Salvador, 2004

Quadro 5 – Necessidades / ano de internações por especialidade Salvador, 2004

Quadro 6 - Necessidades de leitos hospitalares por especialidade. Salvador 2004

Quadro 7 - Distribuição da rede de serviços de Salvador

Quadro 8 - Configuração da Rede de Serviços Municipal, segundo o Tipo de


Estabelecimento de Saúde. Salvador, 2005

Quadro 9 - Distribuição de leitos hospitalares SUS/Não SUS segundo especialidade.


Salvador, 2005

Quadro 10. Oferta de leitos do SUS segundo especialidades e natureza do prestador.


Salvador, 2005.

Quadro 11 - Número e percentual de municípios com referência para Salvador,


segundo o nível de complexidade. Salvador, 2004.

Quadro 12 – Número de internações em unidades da saúde de Salvador referentes a


pacientes procedentes de outros municípios. Salvador, 2004.

Quadro 13 - Número de internações, Média complexidade, população própria e


referenciada e produção aprovada, segundo especialidades médicas. Salvador 2004

Quadro 14 - Equipamentos de Diagnose e Terapia. Salvador, 2004

Quadro 15 - Estudo de necessidade de consultas especializadas-M2, segundo produção


apresentada. Salvador, 2004
Quadro 16 - Estudo de necessidade de Diagnose, segundo produção apresentada.2004

11
Quadro 17 - Consultas Especializadas – M2

Quadro 18 - Consultas Especializadas – M3

Quadro 19 - Necessidades de atendimento em especialidade (M3), própria e


referenciada, situação apresentada e diferença. Salvador, 2004

Quadro 20 - Parâmetros de Cobertura Assistencial, conforme unidade de medida e


Grupo de Procedimentos da Tabela do SIA/SUS

Quadro 21 - Estudo de necessidade de Alta Complexidade, segundo produção


apresentada. Salvador, 2004

12
1. INTRODUÇÃO
Para a condução da política municipal de saúde, a partir de janeiro de 2005, o exame das
diretrizes do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano da Cidade do Salvador
(PDDU) e dos Planos Nacional e Estadual de Saúde tem possibilitado identificar
convergências de propósitos na perspectiva de implementação do Sistema Único de
Saúde (SUS) em Salvador. A proposta preliminar para a elaboração do Plano Municipal
de Saúde correspondente ao período 2006-2009 (PMS-2006/2009) foi aprovada pelo
Conselho Municipal de Saúde na sua reunião ordinária de novembro de 2005,
designando uma comissão para acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos técnicos
de formulação até a elaboração da versão a ser apresentada na Conferência Municipal
de Saúde em 20061.

Uma das inovações do PMS-2006/2009 consiste na compatibilização, do ponto de vista


metodológico e orçamentário, com o Plano PluriAnual (PPA) que tem como objeto o
setor saúde no âmbito da Prefeitura. No PPA, um dos programas vinculados a objetivos
estratégicos do Plano Estratégico da Gestão Municipal corresponde à Gestão Plena do
Sistema Municipal. Nesse sentido, foram estabelecidos objetivos programáticos e ações
que permitam um conjunto de funções e competências relativas à regulação, controle e
auditoria sobre a rede contratada e conveniada.

Segundo a Lei 6.586/04 (PDDU), o Plano Municipal de Saúde deve ter a vigilância à
saúde como modelo de atuação do setor, com as seguintes diretrizes para o processo de
descentralização:
a) fortalecimento dos Distritos Sanitários – DS e de seu papel no
atendimento de suas áreas de abrangência;
b) autonomia dos DS para o pleno exercício de suas funções;
1
A Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Salvador, em cooperação técnica com o Instituto de
Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA) deu início, a partir de junho de 2005 à
elaboração dos seguintes instrumentos: Plano de Ação da SMS (para o segundo semestre de 2005); Plano
Plurianual (PPA); Plano Municipal de Saúde (PMS-2006/2009); Plano Diretor da SMS. Para a elaboração
do PMS-2006/2007, procurou-se observar a coerência com outros instrumentos de planejamento
vinculados ao Poder Municipal, a saber: PDDU – Lei 6.586/04, a PPI/Pacto de Indicadores da Atenção
Básica 2005 e Plano Municipal de Saúde 2002-2005.

13
c) responsabilidade dos DS pelas ações prioritárias de saúde incidindo
sobre causas e danos.

Portanto, de acordo com a Lei, a Vigilância da Saúde e o Programa Saúde de Família


(PSF) constituem eixos estruturantes da atenção à saúde no Município de Salvador.
Nessa perspectiva, a Vigilância da Saúde se apresenta como um modelo de atenção
capaz de reorganizar as ações de saúde para o controle de danos, de riscos e de
determinantes sócio-ambientais, distanciando-se, progressivamente, de um mero
somatório das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental.

A Programação Pactuada Integrada (PPI), mediante o Pacto de Indicadores da Atenção


Básica 2005, destaca os seguintes eixos programáticos prioritários: saúde da criança,
saúde da mulher, controle de hipertensão, controle de diabetes, controle de tuberculose,
eliminação da hanseníase e saúde bucal. Assim, o Plano Municipal de Saúde 2006-
2009 inclui as ações acima, dando destaque para as doenças imunopreveníveis, raiva e
dengue, além de outros problemas identificados nos sistemas de informação e nas
oficinas de trabalho realizadas nos distritos sanitários.2

2
Para a formulação do PMS-2006/2009 foram adotados os seguintes passos metodológicos:
Momento I - Revisão Documental: a) Revisão do PDDU; Revisão dos Planos Municipais de Saúde de
Salvador 1998-2001 e 2002 – 2005; c) Revisão das propostas e atividades estratégicas incluídas no PPA
2006 – 2009 (elaborado pela SEAD/SMS em junho-julho de 2005); d) Elaboração da proposta
metodológica e do cronograma de trabalho da equipe de planejamento (SMS/ISC); e) Apresentação da
proposta metodológica e do cronograma de trabalho em reunião do Conselho Municipal de Saúde em
23.11.2005.
Momento II - Sistematização de informações para a análise da situação de saúde: a) Resgate dos produtos
elaborados nas Oficinas de Planejamento dos Distritos Sanitários de Salvador, realizadas no período de
abril a setembro de 2005 (levantamento e priorização de problemas de saúde da população de cada
Distrito, árvores de problemas e árvores de objetivos) pela ASTEC; b) Revisão da informação
demográfica, epidemiológica e sócio-econômica disponível para a cidade do Salvador e desagregada por
Distrito Sanitário (dados epidemiológicos disponíveis na COSAM e no CRA); c) Elaboração da versão
preliminar da Análise da Situação atual e da Situação – Objetivo com base nos Objetivos estratégicos
para a saúde (6 programas de ação) definidos no PPA 2006 – 2009, desagregados em função dos
problemas e prioridades definidas pela SMS; d) Apresentação da versão preliminar da Análise da
Situação atual e da Situação-Objetivo (S-O) ao Conselho Municipal de Saúde.

14
Estas ações prioritárias foram objeto de debate durante a 8ª Conferência Municipal de
Saúde, realizada no mês de maio do corrente ano, evento que congregou centenas de
participantes, representantes dos diversos segmentos envolvidos direta e indiretamente
na gestão da política e do sistema municipal de saúde: gestores, trabalhadores e
usuários dos serviços.

As propostas e recomendações emanadas da Conferência constituíram em uma


referência política para a revisão final do Plano Municipal de Saúde 2006-2009, a qual
levou em conta, também, as diretrizes estabelecidas nos recentemente aprovados Pactos
pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão3.

2. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E SÓCIO-ECONÔMICOS


O município de Salvador, capital do estado da Bahia, ocupa uma extensão territorial de
707 km2. A sua organização político-administrativa compreende 18 Regiões
Administrativas (RA) e 12 Distritos Sanitários (DS). Do ponto de vista regional, integra
a Região Metropolitana de Salvador (RMS) ao lado dos municípios de Camaçari,
Candeias, Dias D’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, São Francisco do
Conde, Simões Filho e Vera Cruz. Segundo estimativas do IBGE para o ano de 2000, a
população residente na RMS era da ordem de 3.021.572 habitantes. (Tabela 1 – Anexo
I). Desse total, a participação percentual da capital baiana na população da RMS (81%)
é cerca de quatro vezes maior que a dos demais municípios (19%).

MOMENTO III - Elaboração dos módulos operacionais do plano: a) Definição e organização dos grupos
de trabalho da SMS em função da elaboração dos módulos operacionais (considerando que cada Objetivo
da S-O, seja com relação a problemas terminais, seja com relação a problemas intermediários, demanda
uma discussão especifica na SMS com os setores diretamente responsáveis; b) Estabelecimento de prazos
para o encaminhamento à ASTEC, da versão preliminar de cada Modulo Operacional a ser trabalhado por
cada grupo operativo da SMS envolvido no processo de elaboração do Plano; c) Revisão técnica da
versão preliminar dos módulos operacionais encaminhados à ASTEC; d) Realização de uma Oficina de
Trabalho para conclusão da redação dos módulos operacionais do PMS; e) Apresentação dos módulos
operacionais (síntese) ao Conselho Municipal de Saúde.
MOMENTO IV - Revisão final, editoração, discussão dos Módulos Operacionais do Plano na 8a
Conferência Municipal de Saúde e aprovação no Conselho Municipal de Saúde: a) Revisão final e
editoração do Plano Municipal de Saúde 2006-2009; b) Discussão dos Módulos Operacionais do PMS
2006-2009 na 8a Conferência Municipal de Saúde (maio de 2006) ;c) Aprovação do Plano no Conselho
Municipal de Saúde em 02 de agosto de 2006.
3
O documento das Diretrizes do Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do Sistema único de Saúde,
publicado na Portaria/GM nº399 de 22 de fevereiro de 2006, contempla o Pacto firmado entre os gestores
do SUS, em suas três dimensões: pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão.

15
A observação da Tabela 2 (Anexo I) permite identificar a taxa de natalidade municipal
estimada para 2005 em torno de 14, sendo maior nos DS do Subúrbio Ferroviário e São
Caetano/Valéria e menor nos DS de Brotas, Barra/Rio Vermelho e Pau da Lima. A sua
taxa de crescimento populacional para o período de 1991-2000 foi de 1,8% ao ano,
indicando uma tendência de redução do crescimento populacional, compatível com a
taxa nacional de 1,6% para o mesmo período. (Gráfico 1 - Anexo II).

De acordo com o último Censo Demográfico do IBGE realizado em 2000, a população


estimada para o município foi de 2.443.107 habitantes (Tabela 3 – Anexo I) dentre os
quais é possível identificar uma proporção de 53% de mulheres (1.150.288 hab.) e 47%
de homens (1.292.819 hab.).

A população de Salvador é composta, na sua maioria por negros, o que corresponde a


aproximadamente 83% da população do município, ou seja, cerca de 2.027.779
habitantes. Conta ainda, com 658.222 domicílios e uma média de 3,2 hab/domicílio
evidenciando uma tendência de diminuição do tamanho das famílias em Salvador
(Gráfico 2 – Anexo II).

Considerando a pirâmide etária da população para o ano 2000 (Pirâmide etária 1 -


Anexo III), observa-se um aumento da participação dos grupos populacionais mais
jovens (15-19; 20-24; 25-29 anos), acompanhado de um estreitamento da sua base nas
últimas décadas, especialmente nos grupos de 0-4 e 5-9 anos. Ademais, constata-se um
aumento da participação do grupo acima de 60 anos o que reflete o progressivo
envelhecimento da população. As projeções estatísticas demonstram que a população de
idosos no município tenderá a crescer ainda mais nas próximas décadas elevando a sua
participação em termos proporcionais (Pirâmide etária 2 – Anexo III), o que indica a
necessidade de adequação do sistema municipal de serviços de saúde em função das
demandas deste grupo populacional específico.

Conforme estimativas atualizadas do IBGE para o ano de 2005, Salvador apresentava


uma população de 2.673.560 habitantes que a mantinha na posição de terceira cidade
mais populosa do Brasil (www.ibge.gov.br - Cidades@). De acordo com informações

16
disponíveis no site da Secretaria Municipal de Planejamento de Salvador (SEPLAM), a
população em 2010 deverá alcançar o quantitativo de 2.759.744.4

Perfil Sócio-Econômico
A cidade de Salvador encontra-se em um cenário de desigualdades e marginalização
social, no qual grande parte da população é expropriada do seu direito a acesso a bens e
serviços, bem como do seu direito político. Essa desigualdade é expressa por meio de
diversos indicadores oficiais, que avaliam o grau de desenvolvimento social. Um destes
indicadores é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que representa uma medida
do desenvolvimento em uma perspectiva mais humana, social e sustentável, pois mede a
qualidade de vida através da avaliação do rendimento, educação e longevidade de
países, regiões ou agrupamentos populacionais.Verifica-se que no ano de 2000, o IDH
do município de Salvador era de 0,805, estando na 467ª posição entre os 5.507
municípios do Brasil e ocupando a 1ª posição no Estado (Atlas de Desenvolvimento
Humano, 2002).

O IDH elevado de Salvador demonstra que esta é uma cidade com um nível de
desenvolvimento satisfatório, no entanto ao se verificar o Índice de Gini (0,66), que
avalia a desigualdade social via análise da distribuição de renda, percebe-se que este
desenvolvimento não beneficia a todos os segmentos da população, pois o município
possui uma alta concentração de renda, visto que os 20% mais ricos detêm 70% da
renda, enquanto os 20% mais pobres apropriam-se apenas de 1,6% do que é produzido
no município (Atlas de Desenvolvimento Humano, 2002).

No que se refere à desigualdade racial, esta também é expressa pela desigualdade na


distribuição de renda. No Estado da Bahia, o Índice de Gini para brancos é de 0,71 e
para os negros 0,62. Os brancos concentram maior parte da renda do Estado (Atlas do
Desenvolvimento Humano no Brasil, 2002). No município de Salvador a situação não é
muito diferente, entre os 1% mais ricos 76,9% da renda está concentrada nas mãos dos
brancos, conforme evidenciado na Tabela 4.

4
(http://www.seplam.pms.ba.gov.br/ssadados2004/demografia/demografia_index.htm)

17
Tabela 4 – Distribuição do rendimento dos 10% mais pobres e do 1% mais rico em
relação ao total de pessoas por cor ou raça no Estado da Bahia e na RMS de Salvador –
2001.
10% MAIS POBRES 1% MAIS RICO
Branca Preta Parda Branca Preta Parda
BAHIA 17,4 14,3 68,3 73,2 7,5 19,3
RMS 7,8 30,1 62,1 76,9 5,8 17,3

De acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano calculado por raça/cor para


Salvador e Região Metropolitana, observa-se que os brancos têm um IDH de 0,821 e os
negros de 0,704. No ranking mundial do Sistema ONU (163 países), os brancos baianos
ficariam na 40ª posição e os negros ficariam na 100ª posição (PAIXÃO, 1998). Em
Salvador, os brancos possuem rendimento médio familiar per capita de 5,4 salários
mínimos e os negros têm rendimento médio familiar per capita de 1,67 salários
mínimos. Estes dados nos revelam a situação de desigualdade em que se encontra a
população negra da soterópolis.

 Educação, Emprego e Renda


Dados de 2002 dão conta que o município de Salvador tem uma estrutura econômica
que se assenta predominantemente nos setores de comércio e serviços, com uma menor
participação de setores como indústria e construção civil, como fica evidente no
Gráfico 3.

Em Salvador, as informações para o ano de 2000 demonstram que o rendimento médio


mensal das famílias situa-se majoritariamente entre 1 a 3 salários mínimos (SM) com
30,2% da população, sendo significativo o percentual de famílias que possuem renda até
1 SM (19,1%). Cumpre destacar que 13,5% da população foram classificadas como sem
rendimento, o que indica a necessidade de estímulo à geração de trabalho e renda. È
possível ainda observar que as Regiões Administrativas Barra e Pituba concentram as
maiores faixas de rendimento, enquanto as menores se localizam nas RA do Subúrbio
Ferroviário, São Caetano, Tancredo Neves e Pau da Lima. (Tabela 5 – Anexo I e
Gráfico 4 – Anexo II).

18
O acesso à educação, emprego e renda, básicos para a inserção dos indivíduos na
sociedade e para a garantia de uma qualidade de vida digna, não está disponível de
forma igualitária na capital baiana. Os indicadores evidenciam como os negros, apesar
de serem a maioria da população da cidade, são os menos beneficiados.

Do total da população acima de 10 anos, distribuídos entre os grupos de 10-14; 15-19 e


20 ou mais anos, cerca de 1.914.056 pessoas (94,4%), encontram-se alfabetizados
segundo informações disponíveis para o ano de 2000. Em 2001, a taxa de analfabetismo
para pessoas de 15 anos ou mais era de 6,7% na Região Metropolitana de Salvador,
desse percentual 16,6% eram negros e 3,3% não negros. Os analfabetos funcionais, ou
seja, aqueles que sabem ler e escrever, mas que não têm habilidades em outros
conhecimentos, eram 42,6% negros e 10,2% não negros (Figura 1 – Anexo IV). Os
indivíduos negros com 10 anos ou mais apresentavam uma média de 6,5 anos de estudo
e os não negros 9 anos de estudo (IBGE, 2002).

Também em 2001, 57,3% da população negra ocupada em Salvador possuía 4 anos ou


menos de estudo. Para os não negros, a maioria ocupada (71%) possuía 9 anos de estudo
ou mais (Figura 2 – Anexo IV). Esse dado reflete não só a dificuldade de inserção no
mercado de trabalho, mas também a condição dessa ocupação. A baixa escolaridade não
permite o exercício de atividades que exijam uma melhor qualificação. Neste sentido,
mantém-se um círculo vicioso: as pessoas negras e com baixa escolaridade sobrevivem
de sub-empregos, tendo poucas oportunidades de ascensão social.

 Abastecimento de água, esgotamento sanitário e destino do lixo


Os dados mais recentes sobre a situação do saneamento básico em Salvador são de
2000, segundo informações do IBGE. O abastecimento de água pela rede geral ocorre
para 96,7% dos moradores da cidade. A instalação sanitária é garantida na rede geral de
esgoto em 73,9% dos casos, tendo ocorrido um crescimento de 234% em comparação
ao ano de 1991. O lixo é coletado para 93,1% dos moradores e, em sua maioria (66,3%)
esta ação é efetuada por serviço de limpeza.

No tocante a adequação das moradias o Censo Demográfico do IBGE 2000 indica que
apenas 59% dos domicílios particulares permanentes apresentam-se em condições

19
adequadas. Compreendendo-se a condição adequada como aqueles domicílios
particulares permanentes com rede geral de abastecimento de água, com rede geral de
esgoto ou fossa séptica, coleta de lixo por serviço de limpeza e até 2 moradores por
dormitório. (Tabela 6 – Anexo I).

 Tipo de Domicílio e condição de aquisição e ocupação dos domicílios


Com relação ao tipo de domicílio em que residem, cerca de 70% moram em casa,
enquanto 28% residem em apartamentos. Outros 0,3% habitam domicílios
improvisados. Ademais, do total de domicílios 80% foram classificados como próprios,
15% como alugados e 3% como cedidos. Sendo que com relação aos domicílios
próprios 86% já se encontram quitados e 14% estão em fase de aquisição. (IBGE,
2000).

3. ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE

Na análise da situação de saúde podem ser consideradas três dimensões da realidade:


problemas, necessidades e determinantes de saúde. Os problemas representam
discrepâncias entre a realidade observada e a norma socialmente construída; podem ser
problemas do estado de saúde da população (danos e riscos) e problemas do sistema de
serviços de saúde (infra-estrutura, gestão, organização, financiamento, gestão e modelo
de atenção). As necessidades são representadas pelas condições que possibilitam gozar
saúde, podendo ser reconhecidas como necessidades de saúde (carências,
vulnerabilidades, projetos ou ideais de saúde passíveis de serem supridos por vários
setores, como alimentação, saneamento, habitação, lazer, educação, comunicação, arte,
etc.); e necessidades de serviços de saúde (atendidas via consumo de serviços de saúde)
que podem ser expressas em demanda ao sistema de serviços de saúde. Já os
determinantes podem ser identificados como as condições sócio-ambientais que
produzem saúde, ou seja, variáveis ou fatores de proteção epidemiologicamente
relacionados com o estado de saúde da população dos grupos sociais.

Ainda que o presente plano esteja centrado em problemas de saúde (danos e riscos), a
face mais aparente de necessidades, cabe assinalar que as pessoas e a sociedade, cada
vez mais expressam como suas necessidades projetos ou ideais de saúde, a exemplo da
qualidade de vida e da paz. Tais aspirações, portanto, não se restringem a ter menos

20
doenças ou agravos, como a violência, mas apontam para o reconhecimento e
valorização de uma dimensão positiva de saúde e bem-estar. Conseqüentemente, o
Plano Municipal de Saúde de uma cidade como Salvador, prenhe de cultura e
criatividade em todos os espaços, não pode ignorar essas dimensões da realidade,
especialmente quando se valoriza, cada vez mais, uma concepção abrangente de
promoção da saúde e da qualidade de vida. Assim, propostas como cidades saudáveis,
políticas públicas saudáveis, ações intersetoriais, participação social, desenvolvimento
sustentável, empowerment, desenvolvimento local, etc., merecem estar presentes de
modo crescente em planos de saúde.

Uma das vias para possibilitar uma análise de situação de saúde mais próxima da
realidade da população e dos que trabalham em saúde é superar o viés do planejamento
agregado e normativo e estimular a realização de oficinas recorrendo ao planejamento
participativo. Trata-se da possibilidade de criar espaços de diálogo entre gestores,
trabalhadores e comunidade, fortalecendo o controle social. Nessa perspectiva, este
Plano procura apresentar informações epidemiológicas da cidade, sempre que possível,
desagregadas por distritos sanitários, além de dar visibilidade às análises realizadas em
cada distrito sanitário de Salvador nas oficinas realizadas ao longo do ano de 2005.

Concentrando-se a análise da situação de saúde sobre os problemas (e menos sobre as


oportunidades) torna-se aconselhável distinguir problemas do estado de saúde e
problemas dos serviços de saúde.

3.1. Tendências da Mortalidade

Na análise das informações de mortalidade em Salvador, observa-se que apesar das


acentuadas flutuações verificadas na sua evolução há uma tendência de redução do
coeficiente de mortalidade geral, que em 1996 apresentava o valor de 583/100.000
decrescendo para 493/100.000 habitantes em 2004 (Figura 3), correspondendo a uma
queda de 15,5%. Nesse mesmo período, houve pequena redução do número total de
óbitos, de 12.899 em 1994 para 12.767 em 2004, não obstante o crescimento da
população.

21
Figura 3

Coeficiente de Mortalidade Geral (por 100.000 habitantes) e Óbitos


Totais, Município de Salvador, 1996 a 2004.

13.800 600

13.600
580

13.400
560
13.200

540
13.000

12.800 520
óbitos

Óbitos

Coef.
Coef.
12.600 500

12.400
480

12.200
460
12.000

440
11.800

11.600 420
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações Sobre Mortalidade – SIM

A mortalidade proporcional por faixa etária, no período de 1979 a 2004 (Figura 4),
apresenta aumento gradativo da proporção de óbitos em maiores de cinqüenta anos e a
redução dos óbitos em menores de um ano de idade, mudando a configuração da curva
para um formato mais próximo da letra U que caracteriza um nível de saúde regular. O
indicador de Swaroop Uemura, que expressa a proporção de óbitos a partir de cinqüenta
anos, variou entre 37% e 63% para a população total em 1979 e 2004, respectivamente.
Figura 4 - Mortalidade Proporcional por Faixa Etária. Salvador, 1979 a 2004.

70

60

50

40

30

20

10

0
<1 ano 1a4 5 a 19 20 a 49 50 +
1979 1985 1995 2000 2004

Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações Sobre Mortalidade – SIM

22
Acompanhando os padrões de transição epidemiológica do país, observa-se importante
mudança na composição da mortalidade por grupos de causas. As doenças infecciosas e
parasitárias deixaram de representar o maior percentual dentre os óbitos registrados em
Salvador, passando a corresponder a apenas 6% dos óbitos com causas definidas em
2004, ocupando 4º lugar entre os cinco principais grupos de causa (Tabela 7 - Anexo
II). Numa tendência crescente, as doenças cardiovasculares (DAC) ocupam a 1ª posição
em 2004 (25,9%), seguidas das neoplasias (15%) e das causas externas (14,1%). As
doenças do aparelho respiratório (DAR) representaram 12,8% dos óbitos com causa
definida no último ano.

Considerando as taxas de mortalidade dos principais grupos de causa, observa-se que


em 1996 as DIP apareciam na 5º posição apresentando uma taxa de 53/100.000. Em
2004, mantém-se nesta mesma posição, porém, reduz a magnitude do risco, passando
para 31/100.000. Em 1996 as DAC apresentavam uma taxa (/100.000 habitantes) de
168, seguidas pelas causas externas (77), neoplasias (73) e DAR (61). Em 2004, as
DAC permanecem como principal grupo de causa de óbitos, apresentando taxa de 128,
e as neoplasias passam a ocupar a 2ª posição, com 74, seguido das causas externas e
DAR, com 70 e 63, respectivamente. Na Figura 5, constata-se que enquanto as DAC e
as DIP apresentam nesse período uma tendência de redução das taxas de mortalidade, há
uma tendência à estabilidade para as causas externas, neoplasias e DAR.

23
Figura 5 -Taxa de Mortalidade por Grupos de Causas.
Salvador, 1996 a 2004.
/100000 hab.

180

160

140

120

100

80

60

40

20

DIP Neoplasias DAC DAR Causas externas

Fonte: DICS/SESAB - Sistema de Informações


Fonte: MS/SVS/DASIS Sobre
- Sistema de Mortalidade
Informações– SIM
sobre Mortalidade - SIM (Mort. Por
Causas).DICS/SESAB/SIM: Dados 2003 e 2004.

Um importante indicador dos níveis de saúde da população, o Coeficiente de


Mortalidade Infantil, vem mantendo a tendência de declínio, passando de 36,9/1000
nascidos vivos em 1994 para 21,1/1.000 nascidos vivos em 2004 (Figura 6), ou seja,
uma redução de 42,8% em dez anos. Nesse período o número total de óbitos em
menores de um ano de idade reduziu de 1588 para 1252.

24
Figura 6

Coeficiente de Mortalidade Infantil (por 1.000 Nascidos Vivos ) e nº de


óbitos em menores de 1 ano de idade, Salvador,1994 a 2004*.
1800 40

1600 35

1400
30

1200
25

1000

Coef.
20

óbitos
800 coef

15
600

10
400

200 5

0 0

1994
1994 1995 1996
1995 1997 1998
1996 1999 2000
1997 2001 2002
1998 2003 2004
1999

Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações Sobre Mortalidade – SIM


Dados de 2003 e 2004 - Relatório de Gestão da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador.

Na medida em que o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano da Cidade do Salvador


(PDDU) apresenta como diretriz para a saúde o modelo de atenção correspondente à
vigilância da saúde, a análise da situação de saúde deve ser desagregada, pelo menos
por distritos sanitários (DS). Nessa perspectiva, a Coordenação de Informações de
Saúde da SMS produziu dados de mortalidade para este nível de análise, elaborando
mapas georeferenciados para a mortalidade geral, infantil e materna, além da
mortalidade específica para os principais grupos de causas no ano de 2005.

Em relação a mortalidade geral, foram registrados em 2005 o total de 12.753 óbitos de


residentes em Salvador, correspondendo a um coeficiente de 4,8 óbitos por mil
habitantes. Ainda que as informações devam ser examinadas com cautela, já que os
indicadores não foram padronizados, cabe ressaltar que os DS do Centro Histórico,
Liberdade, Itapagipe, Barra/Rio Vermelho e São Caetano/Valéria e Subúrbio
Ferroviário apresentam coeficientes superiores à média da cidade (Tabela 8).

25
Tabela 8 – População, número de óbitos e coeficiente de mortalidade geral (/1.000hab.)
por Distrito Sanitário de residência. Salvador, 2005.

Distrito Sanitário População N° óbitos CMG


Centro Historico 69994 573 8,2
Itapagipe 165058 915 5,5
Sao Caetano/Valeria 244173 1228 5
Liberdade 175405 1210 6,9
Brotas 212910 993 4,7
Barra/Rio Vermelho/Pitub 344337 1873 5,4
Boca do Rio 117437 488 4,2
Itapoan 208762 764 3,7
Cabula/Beiru 378243 1491 3,9
Pau da Lima 269344 806 3
Suburbio Ferroviario 324931 1616 5
Cajazeiras 162963 577 3,5
Ignorado 0 219 0
Salvador 2673557 12753 4,8
Fonte: SMS\CRA\SUIS\SIM

A Figura 7 apresenta de forma mais evidente que o DS do Centro Histórico é a área da


cidade de maior coeficiente de mortalidade geral e os DS de Itapuã, Cajazeiras, Pau da
Lima e Cabula/Beiru como aqueles que apresentaram valores mais baixos desse
indicador.

Figura 7 - Coeficiente de Mortalidade Geral (1.000hab) por Distrito Sanitário de


residência. Salvador 2005

Fonte: SMS\CRA\SUIS\SIM 26
* Dados sujeitos a retificações posterior
Tabela 9 – Nascidos vivos, número de óbitos de menores de um ano e coeficiente de
mortalidade infantil (/1.000NV.) por Distrito Sanitário de residência. Salvador, 2005.
Distrito Sanitário Nascidos Vivos Óbitos <1 ano CMI
Centro Historico 902 20 22,2
Itapagipe 2031 35 17,2
Sao Caetano/Valeria 3828 83 21,7
Liberdade 2516 74 29,4
Brotas 2484 52 20,9
Barra/Rio Vermelho/Pitub 4050 75 18,5
Boca do Rio 1573 17 10,8
Itapoan 2789 37 13,3
Cabula/Beiru 5303 120 22,6
Pau da Lima 2954 59 20
Suburbio Ferroviario 5365 141 26,3
Cajazeiras 2422 48 19,8
Distrito Ignorado 419 15 _
Salvador 36636 776 21,2
Fonte: SMS\CRA\SUIS\SIM
* Dados sujeitos a retificações posterior

Nesse mesmo ano foram registrados 776 óbitos de menores de um ano para 36.636 nascidos vivos,
correspondendo a uma taxa de 21,2 %o. Liberdade, Subúrbio Ferroviário, Cabula/Beiru e Centro
Histórico representam distritos com taxas superiores ao valor médio da cidade. Cabe ressaltar que no
caso de 15 óbitos de crianças não foi possível localizar o local de residência (Tabela 9). A Figura 8
aponta, com maior destaque, os DS de Liberdade e Subúrbio Ferroviário por apresentarem
coeficientes superiores a 25% de nascidos vivos.
Figura 8 - Coeficiente de mortalidade infantil (1.000 nascidos) por distrito sanitário de residência.
Salvador, 2005

27
Tabela 10

Coeficiente de mortalidade materna (100.000nascidos) por


distrito sanitário - Salvador 2005
Óbitos Nascidos Mort.
Distrito Sanitário Maternos Vivos Materna
Centro Historico 1 902 110,9
Itapagipe 2 2031 98,5
Sao Caetano/Valeria - 3828 -
Liberdade 1 2516 39,7
Brotas - 2484 -
Barra/Rio Vermelho/Pitub 2 4050 49,4
Boca do Rio 3 1573 190,7
Itapoan 1 2789 35,9
Cabula/Beiru 2 5303 37,7
Pau da Lima - 2954 -
Suburbio Ferroviario 1 5365 18,6
Cajazeiras 4 2422 165,2
Distrito Ignorado - 419 -
Salvador 17 36636 46,4
Fonte: SMS\CRA\SUIS\SIM
* Dados sujeitos a retificações posterior
As 17 mortes maternas registradas em Salvador no ano de 2005 corresponderam a um coeficiente
de 46,44 óbitos por 100.000 nascidos vivos. Chamam a atenção os DS da Boca do Rio, Cajazeiras,
Centro Histórico e Itapagipe por apresentarem os maiores coeficientes de mortalidade materna, que
variaram de 190, 7 a 98,5/100.000NV (Tabela 10). Na Figura 9 fica evidente a atenção especial
que deve ser conferida pelas equipes dos DS de Cajazeiras e Boca do Rio para a assistência pré-
natal e ao parto no sentido de atuar sobre esses danos evitáveis.

Figura 9 - Coeficiente de mortalidade materna (100.000nascidos) por distrito sanitário de


residência - Salvador 2005

28
Mesmo tendo a cautela já referida quando da análise dos dados pos distrito sanitário, pois os
coeficientes não foram padronizados, chamam à atenção as elevadas taxas de mortalidade por
doenças do aparelho circulatório nos DS do Centro Histórico, Liberdade, Barra/Rio Vermelho e
Itapagipe (Tabela 11). Tendo em conta a tendência à redução observada dessa mortalidade em
Salvador nos últimos anos, a atuação mais dirigida para as populações dessas áreas poderá
contribuir para uma redução ainda maior dos valores desse indicador para a cidade. Este quadro é
congruente com resultados de pesquisa realizada em Salvador5 indicando que áreas da cidade com
condições de vida desfavoráveis também apresentavam taxas elevadas de mortalidade padronizadas
por doenças do aparelho circulatório (Figura 10).

Tabela 11

Coeficiente de mortalidade (100.000 hab) por doenças do aparelho


circulatório por distrito sanitário de residência - Salvador 2005

Distrito Sanitário N° òbitos Populacao Mort. DAC


Centro Historico 146 69994 208,6
Itapagipe 230 165058 139,3
Sao Caetano/Valeria 316 244173 129,4
Liberdade 350 175405 199,5
Brotas 252 212910 118,4
Barra/Rio Vermelho/Pitub 519 344337 150,7
Boca do Rio 107 117437 91,1
Itapoan 176 208762 84,3
Cabula/Beiru 324 378243 85,7
Pau da Lima 193 269344 71,7
Suburbio Ferroviario 358 324931 110,2
Cajazeiras 124 162963 76,1
Distrito Ignorado 51 0 0
Salvador 3146 2673557 117,7
Fonte: SMS\CRA\SUIS\SIM
*Dados sujeitos a retificação posterior

5
Paim, et. al. Desigualdades na situação de saúde do município de Salvador e relações com as condições de vida. R. Ci. méd.
biol. 2(1):30-39, 2003.

29
Figura 10 - Coeficiente de mortalidade (100.000 hab) por doenças do aparelho circulatório por distrito
sanitário de residência. Salvador, 2005

Tabela 12
Coeficiente de mortalidade por neoplasias (100.000hab) por
distrito sanitário residência - Salvador 2005
Mort.
Distrito Sanitário N° Óbitos Populacao Neoplasias
Centro Historico 119 69994 170
Itapagipe 134 165058 81,2
Sao Caetano/Valeria 174 244173 71,3
Liberdade 175 175405 99,8
Brotas 170 212910 79,8
Barra/Rio Vermelho/Pitub 365 344337 106
Boca do Rio 81 117437 69
Itapoan 133 208762 63,7
Cabula/Beiru 225 378243 59,5
Pau da Lima 120 269344 44,6
Suburbio Ferroviario 216 324931 66,5
Cajazeiras 82 162963 50,3
Distrito Ignorado 32 0 0
Salvador 2026 2673557 75,8
Fonte: SMS\CRA\SUIS\SIM
*Dados sujeitos a retificação posterior

Também no que se refere às neoplasias, mais uma vez os distritos sanitários Centro Histórico,
Barra/Rio Vermelho, Liberdade e Itapagipe representam distritos com taxas de mortalidade mais

30
elevadas (Tabela 12). A Figura 11 aponta claramente o DS do Centro Histórico como aquele de
maior mortalidade por câncer.

Figura 11 - Coeficiente de mortalidade por neoplasias (100.000hab) por distrito sanitário de


residência. Salvador, 2005

Fonte: SMS\CRA\SUIS\SIM
* Dados sujeitos a retificações posterior

Tabela 13
Coeficiente de mortalidade por causas externas (100.000hab) por
distrito sanitário residência - Salvador 2005

Distrito Sanitário N° de óbitos Populacao Mort. Causa Ext.


Centro Historico 40 69994 57,1
Itapagipe 104 165058 63
Sao Caetano/Valeria 154 244173 63,1
Liberdade 142 175405 81
Brotas 101 212910 47,4
Barra/Rio Vermelho/Pitub 185 344337 53,7
Boca do Rio 77 117437 65,6
Itapoan 131 208762 62,8
Cabula/Beiru 230 378243 60,8
Pau da Lima 115 269344 42,7
Suburbio Ferroviario 248 324931 76,3
Cajazeiras 97 162963 59,5
Distrito Ignorado 19 0 0
Salvador 1643 2673557 61,5
Fonte: SMS\CRA\SUIS\SIM
*Dados sujeitos a retificação posterior

31
Observa-se na Tabela 13 que são altas taxas de mortalidade por causas externas em todos os
distritos sanitários da cidade, ainda que Liberdade e Subúrbio Ferroviário encontrem-se à frente em
relação às mortes violentas, como se pode confirmar ao exame da Figura 12.

Figura 12 - Coeficiente de mortalidade por causas externas (100.000hab) por distrito sanitário de
residência. Salvador, 2005

Fonte: SMS\CRA\SUIS\SIM
* Dados sujeitos a retificações posterior

Isto se torna mais evidente quando se analisam, separadamente, os homicídios como componentes
das causas externas na tabela 14. Já na Figura 13 referente à distribuição espacial dos homicídios
em Salvador, além dos DS mencionados, aparecem com maiores taxas também os DS de Itapuã e
Boca do Rio. Consequentemente, Liberdade e Subúrbio Ferroviário constituem distritos que
merecem prioridade para os principais problemas de saúde da cidade.

32
Tabela 14

Coeficiente de mortalidade por Homicídio (100.000hab) por distrito


sanitário residência - Salvador 2005

Distrito Sanitário N° Óbitos Populacao Mort. Homicídios


Centro Historico 15 69994 21,4
Itapagipe 63 165058 38,2
Sao Caetano/Valeria 80 244173 32,8
Liberdade 87 175405 49,6
Brotas 40 212910 18,8
Barra/Rio Vermelho/Pitub 88 344337 25,6
Boca do Rio 47 117437 40
Itapoan 87 208762 41,7
Cabula/Beiru 126 378243 33,3
Pau da Lima 68 269344 25,2
Suburbio Ferroviario 157 324931 48,3
Cajazeiras 54 162963 33,1
Distrito Ignorado 5 0 0
Salvador 917 2673557 34,3
Fonte: SMS\CRA\SUIS\SIM
*Dados sujeitos a retificação posterior

Figura 13 - Coeficiente de mortalidade por Homicídio (100.000hab) por distrito sanitário de


residência. Salvador, 2005

Fonte: SMS\CRA\SUIS\SIM
* Dados sujeitos a retificações posterior
33
No que diz respeito a quarta principal causa de mortalidade em Salvador (doenças do aparelho
respiratório), verifica-se que Centro Histórico, Liberdade, Itapagipe e Barra/Rio Vermelho, Brotas
e Boca do Rio representam os DS com taxas maiores que a média da cidade (Tabela 15). E quando
se examina o diagrama da distribuição espacial para este grupo de causas (Figura 14), constatam-
se as maiores taxas para os DS do Centro Histórico, Liberdade e Itapagipe. Chama a atenção o fato
de que este é o único grupo de causa de morte epidemiologicamente importante em que o DS do
Subúrbio Ferroviário não se encontra entre os mais atingidos.

Tabela 15
Coeficiente de mortalidade por doenças do aparelho respiratório
(100.000hab) por distrito sanitário residência - Salvador 2005

Distrito Sanitário Nº de Óbitos Populacao Mort. D.A.R.


Centro Historico 91 69994 130
Itapagipe 126 165058 76,3
Sao Caetano/Valeria 108 244173 44,2
Liberdade 138 175405 78,7
Brotas 131 212910 61,5
Barra/Rio Vermelho/Pitub 253 344337 73,5
Boca do Rio 67 117437 57,1
Itapoan 78 208762 37,4
Cabula/Beiru 134 378243 35,4
Pau da Lima 68 269344 25,2
Suburbio Ferroviario 139 324931 42,8
Cajazeiras 69 162963 42,3
Distrito Ignorado 32 0 0
Salvador 1434 2673557 53,6
Fonte: SMS\CRA\SUIS\SIM
*Dados sujeitos a retificação posterior

34
Figura 14 - Coeficiente de mortalidade por doenças do aparelho respiratório (100.000hab)
por distrito sanitário de residência. Salvador, 2005

A mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias, quinta causa de morte em Salvador, apresenta
taxas ainda elevadas em praticamente todos os distritos sanitários. No entanto, Liberdade, Centro
Histórico e Itapagipe são os distritos que apresentam os maiores coeficientes, como se pode
observar na Tabela 16 e Figura 15.

Tabela 16

Coeficiente de mortalidade por Infecciosas e parasitárias


(100.000hab) por distrito sanitário residência - Salvador 2005

Distrito Sanitário Nº Óbitos Populacao Mort. D.I.P.


Centro Historico 34 69994 48,6
Itapagipe 72 165058 43,6
Sao Caetano/Valeria 92 244173 37,7
Liberdade 74 175405 42,2
Brotas 60 212910 28,2
Barra/Rio Vermelho/Pitub 106 344337 30,8
Boca do Rio 32 117437 27,2
Itapoan 46 208762 22
Cabula/Beiru 100 378243 26,4
Pau da Lima 59 269344 21,9
Suburbio Ferroviario 100 324931 30,8
Cajazeiras 43 162963 26,4
Distrito Ignorado 10 0 0
Salvador 828 2673557 31
35
Fonte: SMS\CRA\SUIS\SIM
*Dados sujeitos a retificação posterior
Figura 15 - Coeficiente de mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias
(100.000hab) por distrito sanitário de residência. Salvador, 2005

Fonte: SMS\CRA\SUIS\SIM
* Dados sujeitos a retificações posterior

3.2. Tendências de Morbidade


Utilizando-se a base de dados do Sistema de Informação Hospitalar (SIH) do SUS, foi
realizada a análise de tendência da participação relativa das hospitalizações por grupos
de doenças, selecionando-se para comparação os grupos que se destacaram como
principais causas de óbito em Salvador (Figura 16).

36
Figura 16
Proporção de Internações por grupo de causas.
Salvador, 1996 a 2003.

5
%

0
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

DIP Neoplasias DAC DAR Causas externas

Fonte: Ministério da Saúde/SE/DATASUS/ - SIH/SUS

Apesar de não estar entre as três principais causas de óbito, as doenças do aparelho
respiratório aparecem como principal causa de internação entre 1996 e 2003, com uma
participação média anual de 7,3% das internações, sendo observado maior aumento na
participação relativa em 1999 (8,29%), voltando nos anos seguintes a assumir uma
tendência de estabilidade.

Já as doenças cardiovasculares, primeiras causas de óbitos em Salvador, representaram


no período analisado a 3ª causa de internações, observando-se uma curva com poucas
oscilações e um pequeno aumento em 2003. As causas externas que ocuparam o 3º lugar
como causas de óbito em 2004, contribuíram com uma participação média de 5,5% do
total de internações neste período, sendo observada maior proporção em 2003 (6,68%),
destacando-se como 2ª principal causa de hospitalizações nesse ano, seguida das DAC
(6,61%) e neoplasias (5,3%).

No que se refere às doenças infecciosas e parasitárias, enquanto é percebida uma


redução na mortalidade para o período em análise, nota-se um aumento proporcional

37
gradativo em relação ao total de internações no município de Salvador, tendo
representado 3,54% das internações em 1996, passando a representar 4,91% em 2003.

De acordo com os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação


(SINAN), embora se observe uma queda da mortalidade e da letalidade da tuberculose
entre 1998 e 2004, verifica-se um aumento de casos diagnosticados nos últimos quatro
anos (Figura 17), o mesmo ocorrendo com a hanseníase (Figura 18).

Figura 17 - Número de Casos Diagnosticados de Tuberculose e Coeficiente


de Incidência (por 100.000 habitantes), Salvador, 1997 a 2005*.
4.500 180,00

4.000 160,00

3.500 140,00

3.000 120,00
Coef.

2.500 100,00
Nº Casos
Coef.
2.000 80,00

1.500 60,00

1.000 40,00

500 20,00

0 0,00
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Fonte: SMS – Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação – SINAN


* dados preliminares

38
Figura 18
Número de casos diagnosticados e coeficiente de detecção de
Hanseníase (por 100.000 habitantes), Salvador, 1996 a 2005*.

600 25,00

500
20,00

400

15,00

Coef.
Casos

300
Coef.

10,00

200

5,00
100

0 0,00
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Fonte: SMS – Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação – SINAN


*dados preliminares

No que diz respeito a dengue (Figura 19), constata-se um “silêncio epidemiológico”


após a epidemia de 2002, exigindo o reforço das atividades de controle no sentido de
evitar nova epidemia em torno de 2008, visto que esta doença tem se apresentado em
ciclos/ondas epidêmicos com intervalo em torno de seis anos.

Figura 19
Número de casos de dengue e coeficiente de incidência (por 100.000
habitantes), Salvador, 1996 a 2005*.
35.000 1600,00

1400,00
30.000

1200,00
25.000

1000,00
20.000
Coef.

Casos

800,00
Coef.
15.000
600,00

10.000
400,00

5.000
200,00

0 0,00
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Fonte: SMS – Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação – SINAN


*dados preliminares

39
Na Figura 20 observa-se o comportamento da mortalidade e da letalidade das
meningites cujos valores em 2004 equivalem-se aos observados no ano 2000. Já a
incidência (Figura 21) apresenta um aumento nos dois últimos anos.

Figura 20

Coeficiente de Mortalidade (por 100.000 habitantes) e Letalidade das


Meningites. Salvador, 2000 a 2004.

1,8 10

1,6 9

8
1,4

7
1,2
6
1
Coef.

Mortalidade
5

%
Letalidade
0,8
4
0,6
3

0,4
2

0,2 1

0 0
2000 2001 2002 2003 2004

Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações Sobre Mortalidade – SIM


CIS/SESAB - Dados de óbito de 2003 a 2004.

Figura 21
Casos Notificados de Meningites e coeficiente de Incidência (por
100.000 habitantes). Salvador, 1996 a 2005.

1200 50,00

45,00
1000
40,00

35,00
800
30,00
Coef.

Casos
600 25,00

Coef.

20,00
400
15,00

10,00
200
5,00

0 0,00
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Casos 1006 620 850 684 825 734 647 895 811 499
Coef. 45,49 27,61 37,38 29,70 33,77 29,53 25,39 34,55 31,29 18,66

SMS – Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação – SINAN

40
Doenças controláveis por imunizantes como coqueluche (Figura 22) e tétano acidental
(Figura 23) apresentam taxas de incidência menores. Entre aquelas redutíveis por
saneamento, destacam-se a esquistossomose (44,3), especialmente no Subúrbio
Ferroviário (230,3), hepatite (7,8), febre tifóide (0,9) e cólera (0,1), esta correspondendo
a dois casos no DS São Caetano/Valéria. No que diz respeito às zoonoses, aparecem a
leptospirose (4,2) – especialmente no Subúrbio Ferroviário (9,44) e em São
Caetano/Valéria (7,54) e leishmaniose visceral (0,3).

Figura 22

Casos Notificados de Coqueluche e Coeficiente de Incidência (por 100.000


habitantes), Salvador, 1996 a 2005.

90 4,00

80 3,50

70
3,00

60
2,50
50

Coef.

2,00
40
1,50
30

1,00
20

10 0,50

0 0,00
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Casos 77 41 10 17 71 16 7 12 19 16
Coef 3,48 1,83 0,44 0,74 2,91 0,64 0,27 0,46 0,73 0,60

Fonte: SMS – Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação – SINAN


*dados preliminares

41
Figura 23
Casos Notificados de Tétano Acidental e Coeficiente de Incidência
(por 100.000 habitantes), Salvador, 1996 a 2005.

60 2,50

50
2,00

40
1,50

coef.
30

1,00
20

0,50
10

0 0,00
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Casos 48 15 16 29 16 14 18 10 16 6
Coef 2,17 0,67 0,70 1,26 0,65 0,56 0,71 0,39 0,62 0,22

Fonte: SMS – Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação – SINAN


*dados preliminares

Com relação às DST, chamam a atenção a sífilis no adulto (23,88) e a congênita (2,5),
especialmente no Centro Histórico (57,3 e 17,8, respectivamente). Além disso,
aparecem o condiloma acuminado (45,8), as síndromes do corrimento uretral (30,4) e do
corrimento genital (9,5), bem como o herpes genital (9,3), com variações entre os
distritos.

3.3. Percepção dos problemas do estado de saúde


O levantamento inicial realizado pelas oficinas dos distritos sanitários, envolvendo
trabalhadores de saúde, representantes de usuários e equipes gerenciais permite a
identificação de problemas do estado de saúde segundo grupos populacionais (Quadro
1 – Anexo V).

Destacam-se entre as crianças, as infecções respiratórias agudas6, escabiose,


verminose7, pneumonias, problemas oftalmológicos8, violência/maus tratos9, violência

6
DSPL, DSSF
7
DSBR, DSI, DSItapuã

42
sexual10, carência alimentar11/fome/desnutrição12, desmame precoce13, cárie/doença
periodontal14, trabalho na infância15, abuso e exploração sexual16, uso de drogas17 e
utilização de crianças no tráfico de drogas18 .

Gravidez precoce e não planejada19, consumo de drogas20, violência/maus tratos21,


prostituição22/abuso sexual23, DST24, má alimentação/fome25, depressão, problemas de
sexualidade26, cárie/doença periodontal27 e "necessidade de identidade"28 aparecem
entre os adolescentes.

No caso das mulheres adultas, são mencionados: cárie e doença periodontal em


gestantes, gravidez não planejada29, aborto, DST30, violência31; câncer de mama e de
útero32.

No que tange aos homens adultos, são ressaltados: hipertensão arterial33, diabetes,34
sobrepeso/obesidade, tuberculose35; stress36; violência37; aumento do uso de alcool e de

8
DSI
9
DSI e DSBRV
10
DSItapuã (população negra)
11
DSSCV
12
DSBRV e DSC
13
DSI
14
DSB, DSC e DSI.
15
DSI
16
DSCH
17
DSL
18
DSItapuã
19
DSL, DSSF, DSPL, DSB, DSI, DSCH (população negra), DSItapuã , DSBRV e DSCB.
20
DSSCV, DSI, DSCH, DSItapuã, DSC e DSBRV (grande número de pessoas, principalmente crianças e
adolescentes, que utilizam substâncias psicoativas).
21
DSI, DSItapuã e DSBRV
22
DSI e DSCH
23
DSCH e DSItapuã (população negra)
24
DSBRV
25
DSI e DSBRV
26
DSItapuã
27
DSI
28
DSBR
29
DSBR, DSB, DSItapuã e DSBRV
30
DSB, DSItapuã e DSBRV.
31
DSItapuã
32
DSI e DSBRV.
33
DSBR, DSSCV, DSBRV, DSItapuã, DSC e DSI
34
DSSCV, DSBRV, DSItapuã e DSI.
35
DSCH e DSBRV
36
DSL e DSItapuã
37
DSItapuã

43
drogas38; dependência química (crack)39; aumento do número de pessoas em situação
de rua e em exclusão social40; HPV41; DST/AIDS42; deficiência física; leptospirose;
neoplasia43; problemas mentais44; anemia falciforme45, gripes46; e aumento do índice de
hipertensão sem controle na população negra47.

Quanto aos idosos, o destaque é para hipertensão48 e diabetes49, inclusive as suas


complicações50; depressão51; suicídio52; aumento do número de casos de osteoporose;
problemas intestinais (constipação); aumento da incidência de quedas53.

Além desses problemas identificados para grupos específicos da população, outros são
referidos para a população em geral: aumento dos casos de leptospirose54/ratos55,
dengue, tuberculose, cárie56, especialmente adolescentes e adultos57; problemas
gengivais58; raiva canina, diabetes, hipertensão arterial, câncer em jovens59, DST60,
"desdentados"61, problemas de estética (saúde bucal), mortes violentas decorrentes do
uso de drogas ilícitas62; crescimento do uso do álcool e drogas gerando violência na
população carente e negra.63; baixa estima da população negra.64

38
DSBRV, DSC e DSItapuã (população negra)
39
DSCH
40
DSBRV
41
DSCH
42
DSBRV
43
DSBRV
44
DSItapuã (população negra)
45
DSI
46
DSItapuã
47
DSL
48
DSL, DSBR e DSCB
49
DSPL e DSBRV
50
DSSCV
51
DSSCV, DSItapuã e DSI.
52
DSItapuã
53
DSBRV
54
DSSCV, DSCB e DSI
55
DSB
56
DSSF, DSSCV, DSItapuã e DSBRV
57
DSCB
58
DSItapuã
59
DSI
60
DSI e DSCH
61
DSItapuã
62
DSBR
63
DSCB
64
DSC

44
Constata-se, desse modo, que alguns problemas de saúde perpassam todos os grupos
populacionais, a exemplo da violência, consumo de drogas e cárie/doença periodontal
(Quadro 1 – Anexo V).

De um modo sintético, pode-se destacar como principais problemas de saúde da


população de Salvador:
 Doenças do aparelho circulatório, hipertensão e diabetes.
 Neoplasias: colo de útero, mama, pele e pulmão.
 Violência em suas diversas formas.
 Depressão e abuso de álcool e drogas.
 Cárie dental e doença periodontal.
 Dengue, raiva (animal) e outras doenças infecciosas e parasitárias.
 Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS.

3.4. Percepção dos problemas dos serviços de saúde


No que concerne aos problemas dos serviços de saúde, apesar de as oficinas dos DS
examinarem-nos em relação a eixos temáticos como saúde da criança, saúde bucal,
saúde mental, etc., é possível sistematizá-los em função dos cinco principais
componentes de um sistema de serviços: infra-estrutura, organização, gestão,
financiamento e modelo de atenção. Considerando sua distribuição nos distritos, de
acordo com as oficinas, os problemas se concentraram, especialmente, na infra-
estrutura, na gestão e no modelo de atenção.

Assim, em relação à infra-estrutura, destacam-se: falta de unidades de saúde para


atender a demanda; insuficiência de consultórios e de unidades de 24 horas65; número
de leitos hospitalares insuficiente; estrutura física das Unidades de Saúde insuficientes
ou inadequadas em especial aos que atendem doenças contagiosas66, comprometendo o
desenvolvimento das atividades dos servidores e a satisfação do usuário67 e o acesso ao
idoso; espaço físico deficiente na maioria das Unidades para atender a demanda68; falta
de maternidade69; falta de espaço para atividade física e mental para a promoção da

65
DSI e DSC
66
DSItapuã
67
DSCB
68
DSBRV
69
DSItapuã

45
saúde do idoso;70 falta de estrutura física e funcional de unidades71, com dificuldade de
acessos para odontologia72 e para atender a demanda de glaucoma; falta de insumos73 e
recursos humanos e de uma rede de serviços, particularmente em saúde mental74; falta
de centros de referência para saúde mental75, fisioterapia e saúde bucal; escassez de
geriatra76, endocrinologista77, fisioterapeuta, nutricionista, gerontólogo e assistente
social; inexistência de serviços especializados; baixa qualificação do pessoal; falta de
capacitação de profissionais e de supervisão e sensibilização de RH; falta de
atualização/ capacitação dos profissionais em saúde bucal78; falta de ambulância79; falta
de carro para visitas domiciliares e de medicamentos específicos80; falta constante de
insumos; falta de manutenção dos equipamentos; insuficiência de Recursos humanos;
diminuição do aproveitamento do THD (saúde bucal); existência de duas equipes de
saúde da família para uma equipe de saúde bucal81.

No que diz respeito à gestão, foram mencionados os seguintes problemas: irregularidade


no fluxo de insumos e burocracia no processo de aquisição82; falta de análise de dados,
indicadores (saúde bucal), avaliação e de conselhos locais de saúde; falta de
planejamento83 adequado para as ações e reformas estruturais das Unidades de Saúde84;
deficiência na participação social e organizacional em saúde85; falta de continuidade do
funcionamento dos conselhos locais de saúde86; centralização de informações e
decisões87; problemas de comunicação/informação entre unidades e usuários88; perfil
inadequado de alguns gerentes para trabalhar com a comunidade organizada89;

70
DSSF e DSItapuã
71
DSSCV
72
DSCH e DSPL
73
DSItapuã, DSI e DSB
74
DSI e DSB
75
DSSF
76
DSItapuã e DSBRV
77
DSItapuã
78
DSBRV
79
DSItapuã
80
DSI
81
DSBRV
82
DSItapuã
83
DSI, DSBRV
84
DSBRV
85
DSSCV, DSSF
86
DSBR
87
DSCH
88
DSItapuã e DSC
89
DSB

46
despreparo de alguns profissionais em oferecer atendimento humanizado90; falta de
motivação dos funcionários no trabalho e baixos salários; não cumprimento de carga
horária dos profissionais91; insatisfação e insensibilidade de profissionais; falta de
integração92, intercâmbio e de educação permanente em saúde para os profissionais;
falta de implementação de políticas públicas (saúde mental) e avaliação de programas
sociais (De volta para a casa) e de uma política de saúde bucal para o distrito; ênfase na
produtividade em detrimento da qualidade; baixa visibilidade das práticas e políticas de
saúde; demora nos resultados de exames; falta de valorização da saúde bucal93; falta de
atenção especializada e de prioridade para a marcação de consultas (idoso)94; falta de
informação dos usuários acerca dos serviços oferecidos pelo SUS95 e ao idoso sobre o
funcionamento da unidade de saúde; falta de cumprimento do Estatuto do Idoso96; falta
de manutenção dos equipamentos97; desinformação dos usuários sobre oferta de
serviços; solução de continuidade dos serviços por conta de nova gestão;
desabastecimento das unidades; falta de trabalho coletivo Comunidade/ Unidade;
desconhecimento de número e condições dos estabelecimentos submetidos a VISA
existente na área do DSBRV em 2005; capacitação insuficiente dos ACS nos conteúdos
da Vigilância à Saúde; centralização das ações de Vigilância Sanitária;98 vigilância
epidemiológica sem cobrar solicitação de exames de laboratório para esclarecer suspeita
de doenças exantemáticas; notificação ausente em pediatria; vigilância epidemiológica
não alcança o paciente por conta de falta de transporte e telefone; vigilância ambiental
não interfere no acúmulo do lixo; falta de prioridade de vagas para os ACS na marcação
do SAME e do papel do PACS pelos profissionais de saúde99.

Quanto ao modelo de atenção, os seguintes problemas foram registrados: dificuldade de


acesso aos serviços de saúde (idosos)100; baixa resolutividade das unidades básicas de
saúde101; deficiência no acolhimento dos usuários de serviços de saúde102; baixa

90
DSBRV, DSItapuã DSSF
91
DSBRV
92
DSItapuã
93
DSI
94
DSItapuã
95
DSItapuã
96
DSItapuã e DSBRV
97
DSItapuã
98
DSBRV
99
DSItapuã
100
DSBRV
101
DSPL

47
cobertura vacinal dos menores de um ano103, de cinco anos104, do PSF105 para os
adultos106 e idosos107; inexistência de padronização dos serviços de saúde108, com
comprometimento da assistência109; falta de protocolos para os serviços oferecidos e
para pacientes especiais em saúde bucal (inclusive portadores de doenças sistêmicas)110;
falta de atendimento integral ao portador de transtorno mental111; falta de atendimento
psicológico e de atenção à saúde mental da criança; ausência de trabalho de
desmistificação da doença mental junto à comunidade112; insuficiência no atendimento e
acompanhamento de doenças crônicas (HA e diabetes)113; falta de ações preventivas
para o câncer de próstata114; falta de programa direcionado ao idoso com atendimento
domiciliar115; falta de orientação sexual na vida do idoso; atividades repetitivas, sem
motivação mesmice na metodologia de orientação sobre as questões de saúde aos
diabéticos, hipertensos e idosos116; discriminação no atendimento da população negra117
118
e falta de percepção da questão racial ; desconhecimento dos agravos que atinge a
população negra119; falta de atividades culturais120 e educativas, especialmente em saúde
bucal nas escolas121 e em planejamento familiar122; oferta insuficiente de exames de
rotina e complementares para a saúde da mulher123; insatisfação da clientela, devido a
deficiência dos serviços prestados (saúde da mulher)124; falta de humanização no pré-
natal, parto e puerpério125; falta de acompanhamento pós-parto; grande demanda
reprimida126, especialmente para atendimento curativo em saúde bucal; deficiência na

102
DSB, DSL, DSI e DSBRV (idosos)
103
DSCB
104
DSI e DSBRV
105
DSItapuã
106
DSSF
107
DSItapuã
108
DSI
109
DSCH
110
DSBRV
111
DSB
112
DSI
113
DSSCV
114
DSItapuã
115
DSI e DSC
116
DSItapuã
117
DSPL
118
DSSCV, DSBR e DSI
119
DSBRV
120
DSI
121
DSI
122
DSCH e DSItapuã
123
DSSF e DSC
124
DSL
125
DSItapuã
126
DSI, DSItapuã e DSBRV.

48
prevenção (saúde bucal)127 e no acesso ao tratamento odontológico128; dificuldade de
acesso ao atendimento curativo (acordar de madrugada para conseguir uma consulta);
grande demanda para o serviço/ déficit de cobertura em saúde bucal129; ausência de uma
política pública direcionada aos usuários de drogas ilícitas e álcool( principalmente
jovens e adolescentes).130

Os seguintes problemas foram ressaltados, no que tange à organização dos recursos:


dificuldade de vaga em maternidade; falta de definição e insuficiência quanto a
131
referência e contra-referência de pacientes, ausência de Unidade de Referência em
132
saúde bucal) ; baixa integração entre os serviços de saúde; ausência de um sistema
informatizado para a medicação em saúde mental; e falta de registro do quesito cor nas
fichas de atendimento133; intersetorialidade incipiente134; precariedade no
desenvolvimento das ações da Vigilância Epidemiológica (Notificação, Investigação,
Busca Ativa e fechamento de casos no DSBRV em 2005).

Chama a atenção o fato de os distritos reunidos não identificarem problemas no âmbito


do financiamento. Apenas um135 registrou a falta de recursos financeiros, assim mesmo
para resolver pequenos problemas.

Contudo, foi mencionado um outro conjunto de problemas remetidos mais à população


e ao ambiente e menos ao sistema de serviços de saúde, a saber: desigualdade sócio-
econômica para mulheres; agravamento da vulnerabilidade social e conseqüente
aumento da demanda por serviço de saúde136; ausência dos homens nos serviços e
desinteresse em saúde137; falta de conscientização dos pais para a importância da vacina
em dia138; falta de condições higiênico-sanitarias de estabelecimentos que

127
DSL
128
DSBR
129
DSBRV
130
DSCB
131
DSI, DSItapuã e DSBRV
132
DSBRV
133
DSI.
134
DSI e DSBRV.
135
DSBRV
136
DSItapuã
137
DSPL e DSCB
138
DSItapuã

49
comercializam alimentos139; desemprego140; falta de higiene; educação deficiente; falta
de esclarecimento quanto aos direitos, serviços e recursos de saúde; desconhecimento
dos direitos e deveres relacionados à Saúde na comunidade141; falta de mobilização da
comunidade em torno da saúde142; enfraquecimento das associações e organizações143;
falta de convívio familiar; falta de motivação e evasão escolar144; reduzida mobilização
e organização de entidades comunitárias; falta de socialização e de reflexão
desenvolvida pelos grupos que discutem a questão do negro na sociedade; deficiências
do saneamento básico145; condições ambientais precárias; dificuldade de trabalho em
área de risco146; desvalorização do idoso; falta de responsabilidade da família com o
idoso147; abandono do idoso pela família, pela sociedade e pelos serviços de saúde, com
desvio ou inversão da responsabilidade financeira sobre o mesmo; “medo de dentista”;
ausência de equipamentos comunitários e pouca representatividade das lideranças. 148

3.5. Balanço entre a oferta e as necessidades de serviços de saúde

Além da apreciação dos problemas dos serviços de saúde, a partir da percepção dos
participantes das oficinas, cabe analisar estimativas de necessidades de serviços de
saúde, tendo em conta Parâmetros Assistenciais do SUS (Quadro 2 – Anexo V)
utilizados na Programação Pactuada Integrada (PPI)149 e confrontando-as com oferta
dos serviços municipais e dos contratados.

Com base nesses parâmetros, a população de Salvador (2.592.239 habitantes)


necessitaria de 5.184.478 consultas, sendo 3.266.221 básicas, 1.140.585 especializadas,
622.137 de urgência, 155.534 de consultas pré-hospitalar e trauma, além de 1.296.120
consultas em odontologia no ano de 2004. Fica evidente, desse modo, a impossibilidade
das 127 unidades da Secretaria Municipal de Saúde, voltadas fundamentalmente para a
atenção básica e urgências, serem capazes de dar conta dessas necessidades de serviços

139
DSBR
140
DSItapuã e DSBRV
141
DSCB
142
DSBRV
143
DSL
144
DSItapuã
145
DSSF, DSItapuã e DSC
146
DSI
147
DSBRV
148
DSI.
149
Baseado na Portaria MS/MG 1.101 de 12/06/2002:

50
de saúde dessa população. Mesmo recorrendo à compra de serviços na rede contratada,
é de se esperar uma oferta insuficiente na atenção básica e, especialmente, na média e
alta complexidade.

Assim, considerando-se, por exemplo, consultas médicas em especialidades básicas,


verifica-se a necessidade de 3.784.555 consultas/ano, enquanto a rede própria da SMS
poderia produzir 2.413.989 consultas. Com a compra de serviços na rede complementar,
“sobrariam” ainda 119.282. Este suposto excesso ocorreria, especialmente em clínica
médica e pediatria, já que haveria um déficit de 55.001 consultas de urgência e 12.166
de ginecologia.

De acordo com tais estimativas, apenas os DS de Cajazeiras e de Pau da Lima


satisfariam integralmente as necessidades de consultas em especialidades básicas. Já o
DS da Boca do Rio destaca-se por apresentar déficit de consultas em todas as
especialidades básicas enquanto São Caetano-Valéria só não tem falta em clínica
médica. Tais distritos, portanto, carecem de consultas até para pediatria.

O déficit em urgência ocorreria especialmente no D.S. de Barra-Rio Vermelho


(169.416), Brotas (97.389), Liberdade (87.554), Itapagipe (62.095), Cabula-Beiru
(43.626), São Caetano-Valéria (35.512), Centro Histórico, (34.924), Subúrbio (23.214),
Itapuã (1.197).

Em ginecologia, faltariam consultas para o DS São Caetano-Valéria (65.570), do


Cabula-Beiru (43.254), Liberdade (37.646) Subúrbio (27.717), Barra-Rio Vermelho
(22.107), Itapuã (10.253). Chama, ainda, atenção à falta de 19.599 consultas de pré-
natal em Cabula-Beirú e 12.799 em São Caetano/Valéria. Constata-se, dessa forma, a
premência de contemplar a atenção à saúde da mulher, reiterada como prioridade desde
os tempos dos programas de saúde materno-infantil. Do mesmo modo, a necessidade de
reforço dos serviços de urgência parece inadiável.

Tendo sido o Município de Salvador habilitado na gestão plena do sistema municipal de


saúde (GPSMS), conviria assinalar algumas necessidades de serviços mais
especializados e de internações hospitalares, como se pode observar no Quadro 3:

51
Quadro 3 – Necessidades de procedimentos especializados por ano. Salvador, 2004.
PROCEDIMENTOS ESPECIALIZADOS NECESSIDADE/ANO
Hemoterapia 207.379
Cirurgias ambulatoriais especializadas 129.612
Procedimentos traumato-ortopédicos 259.224
Ações especializadas em odontologia 103.690
Cirurgias oftalmológicas 29.552
Exames ultra-sonográficos 77.787
Terapias especializadas150 103.690
Hemodinâmica 1.555
Radiodiagnóstico 259.224
Terapia Renal Substitutiva (diálise) 161.756
Radioterapia 3.733
Quimioterapia 4.355
Ressonância magnética 2.074
Tomografia computadorizada 10.369
Ainda que se proponha reorientar o sistema de serviços de saúde a partir da mudança do
modelo de atenção, não se pode ignorar a modificação do perfil demográfico e
epidemiológico em Salvador a exigir consultas especializadas conforme o Quadro 4.

Quadro 4 – Necessidades / ano de consultas especializadas. Salvador, 2004

Tipo de consulta Necessidade/ano


Consultas Especializadas 1.140.585
Alergologia 10.369
Cardiologia 22.812
Cirurgia Geral 119.243
Dermatologia 57.029
Angiologia 10.369
Endócrinologia 20.738
Gastroenterologia 36.291
Hematologia 5.184
Medicina Física 62.214
Nefrologia 5.184
Neurocirurgia 5.184
Neurologia 62.214
Oftalmologia 145.165
Oncologia 15.553
Otorrinolaringologia 77.767
Proctologia 10.369
Psiquiatria 114.059

150
Endoscopia, alergologia, centro de atenção psico-social, reabilitação, etc.

52
Reumatologia 20.738
Tisiologia 51.845
Traumato-ortopedia 150.350
Urologia 46.660
Outros 25.922

Do mesmo modo, as estimativas realizadas apontam para necessidade de internações em


certas especialidades como se verifica no Quadro 5.

Quadro 5 – Necessidades / ano de internações por especialidade


Salvador, 2004.
Internações por especialidade Necessidade / ano
Cirúrgica 41.476
Clínica Médica 68.435
Cuidados Prolongados (Crônicos) 1.659
Obstétrica 41.994
Pediátrica 31.107
Psiquiátrica 7.258
Tsiologia 270
Psiquiátria (Hospital Dia) 1.037

Tais internações requerem cerca de 6.000 leitos hospitalares, reconhecendo taxas de


tempo médio de permanência estabelecidas pelos parâmetros do SUS (Quadro 6).

Quadro 6 - Necessidades de leitos hospitalares por especialidade.


Salvador 2004.

Especialidade Necessidade/ano
Cirúrgica 1.141
Clínica Médica 2.022
Cuidados Prolongados (Crônicos) 415
Obstétrica 726
Pediátrica 1.063
Psiquiátrica 1.167
Reabilitação 363
Tsiologia 26
Psiquiatria (Hospital Dia) 207

Portanto, os cidadãos, as autoridades, a opinião pública e, especialmente, os integrantes


do Conselho Municipal de Saúde de Salvador, precisam ter a exata consciência da
insuficiência da infra-estrutura do SUS no âmbito municipal.

53
Esta infra-estrutura pode ser examinada através da caracterização da Rede de Serviços
de Saúde do Município de Salvador, a partir de um estudo realizado pela
Coordenadoria de Regulação e Avaliação da SMS.151 Constata-se que a rede SUS
representa 43,1% da rede de estabelecimentos registrada no Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de saúde (CNES). Os estabelecimentos do SUS apresentam um maior
número na atenção básica (centros de saúde/unidade básica) e uma menor presença
relativa em relação aos serviços especializados e à assistência hospitalar (Quadro 7).

Quadro 7 - Distribuição da rede de serviços de Salvador

Tipo de Estabelecimento CNES SUS


Centro saúde/ unidade básica 99 91
Ambulatório de especialidade 333 133
Consultório isolado 288 40
Hospital especializado 29 22
Hospital geral 31 23
Hospital/dia - isolado 14 4
Policlínica 124 52
Pronto socorro especializado 22 22
Pronto socorro geral 5 5
Unidade de apoio diagnose e terapia 139 67
Unidade mista 2 1
Unidade móvel de nível pré-hospitalar - urg/emerg. 1 0
Unidade móvel terrestre 15 15
Total 1.101 475
Fonte: CNES / SIA/SIHSUS

Antes de assumir a gestão plena do sistema municipal de saúde, a SMS era responsável
em dezembro de 2005 pela gerência de 124 unidades, incluindo as 15 unidades
correspondentes ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) (Quadro 8 –
Anexo V).

Entre os 7.951 leitos hospitalares registrados em dezembro de 2005 (Quadro 9 - Anexo


V), 5748 destinavam-se ao SUS, embora apresente um menor número de leitos de UTI.
Leitos cirúrgicos e de clínica médica, embora em termos absolutos sejam maiores no
SUS, representam um pouco mais da metade de leitos dessas especialidades.

151
Coordenação: Maria Lucimar Lira Rocha. Corpo Técnico – Martha Itaparica; Antoniel P. Barros;
Alencar Sousa.

54
No que diz respeito a oferta de leitos do SUS, segundo o DATASUS em agosto de
2005, 47,1% eram públicos, 32,7% filantrópicos e 20,1% privados. A maior oferta
pública destina-se à obstetrícia, tisiologia e pediatria, enquanto a privada concentra-se
em psiquiatria e, em menor escala, cirurgia (Quadro 10 - Anexo V).

Considerando que em termos médios a assistência médica supletiva alcança 25% da


população, o SUS deveria dispor de pelo menos 75% dos leitos existentes. Esta situação
torna-se mais grave diante da pressão da demanda de outros municípios da Região
Metropolitana de Salvador e, especialmente, do interior do Estado, tal como se pode
observar nos quantitativos estimados do pacto 2003 e no Anexo V (Quadros 11, 12, 13,
15, 16, 17 e 18).

A distribuição espacial desses leitos por distritos sanitários (Figura 24 - Anexo IV)
indica também desigualdades, de modo que há DS sem hospitais e maternidades,
enquanto outros dispõem de leitos para as quatros especialidades básicas.

No Quadro 14, verifica-se o peso dos equipamentos reconhecidos como de média e alta
complexidade disponíveis em Salvador, embora nem sempre acessíveis aos usuários do
SUS.
Quadro 14 - Equipamentos de Diagnose e Terapia. Salvador, 2004.

Tipo de Equipamento Necessidade Existente Em Uso


Mamógrafo convencional 11 47 46
Mamógrafo c/ Esteriotáxia - 15 14
Tomógrafo Computadorizado 27 35 34
Ressonância Magnética 5 12 12
Aparelho Ultrassonografia - 90 89
Aparelho Ultrassonografia c/
Ecógrafo - 113 103
Aparelho Ultrassonografia c/
Doppler - 126 123
Raio X Odontológico 107 179 173
Raio X 100 mA 107 96 92
Raio X 100 a 500 mA 107 47 42
Raio X Fluoroscopia - 21 21
Raio X Densiometria Ossea - 15 15
Raio X Hemodinâmica - 14 14
Fonte: CNES

55
Chama a atenção, ainda, certas discrepâncias para os aparelhos que disponham de
parâmetros indicativos de necessidade. Assim, enquanto tomógrafos e ressonância
magnética a oferta seja maior que as necessidades, a situação é inversa no caso dos
aparelhos de Raio X.

Ao se estimar a necessidade de serviços de saúde referente a consultas especializadas


(M2), verifica-se, também, expressivo desequilíbrio. Assim, enquanto em cardiologia e
cirurgia geral há um déficit notável, mesmo considerando o potencial de atendimento da
rede contratada, no caso de oftalmologia, ortopedia e psiquiatria há uma superprodução
por referência às necessidades estimadas (Quadro 15 – Anexo V).

Do mesmo modo, neurologia e urologia se apresentam como situações críticas em


termos de necessidades não atendidas, enquanto ginecologia/obstetrícia, pneumologia,
gastroenterologia, angiologia e otorrinolaringologia apresentam superprodução de
atendimentos, quando considerados os parâmetros estabelecidos (Quadro 16 - Anexo
V).
Essas distorções podem encontrar possíveis explicações (Quadro 17-Anexo V), ao se
verificar o peso dos serviços privados de ortopedia e de oftalmologia na composição das
consultas especializadas. Desequilíbrios equivalentes podem ser constatados em relação
às consultas especializadas na categoria M3. (Quadro 18 - Anexo V).

O Quadro 19 aponta as especialidades (M3) com maiores carências relativas,


destacando-se a tisiologia e a reumatologia, além da genética clínica, homeopatia e
cirurgia do tórax. Um dos estrangulamentos na oferta de serviços no SUS reside nos
serviços de apoio diagnóstico e terapêutico.

56
Quadro 19 - Necessidades de atendimento em especialidade (M3), própria e
referenciada, situação apresentada e diferença. Salvador, 2004.

SALVADOR / ANO
Especialidades - M3 NECESSIDADE/ANO NECESSIDADE
APRESENTADA DIFERENÇA
PRÓPRIA REFERENCIADA GLOBAL

ALERGOLOGIA E IMUNOLOGIA 10.694 6.349 17.043 42.153 25.110


ANGIOLOGIA 10.694 6.349 17.043 26.191 9.148
ONCOLOGIA S/ QUIMIOTERAPIA 16.041 6.349 22.390 110.451 88.061
CIRURGIA CABEÇA E PESCOÇO - 6.349 6.349 29.746 23.397
CIRURGIA PEDIATRICA - 6.349 6.349 38.162 31.813
CIRURGIA PLASTICA - 6.349 6.349 40.082 33.733
CIRURGIA TORACICA - 6.349 6.349 2.982 -3.367
CIRURGIA VASCULAR - 6.349 6.349 8.043 1.694
DERMATOLOGIA 10.694 6.349 17.043 62.270 45.227
ENDOCRIN. E METABOLOGIA 21.388 6.349 27.737 38.626 10.889
FISIATRIA - 6.349 6.349 26.164 19.815
GASTROENTEROLOGIA 37.430 6.349 43.779 47.953 4.174
GENÉTICA CLINICA - 6.349 6.349 2.022 -4.327
GERIATRIA - 6.349 6.349 26.997 20.648
HEMATOLOGIA 5.347 6.349 11.696 31.614 19.918
HOMEOPATIA - 6.349 6.349 1.039 -5.310
INFECTOLOGIA - 6.349 6.349 13.521 7.172
NEFROLOGIA 5.347 6.349 11.696 21.467 9.771
NEUROCIRURGIA 5.347 6.349 11.696 22.707 11.011
NEUROLOGIA 64.165 6.349 70.514 101.061 30.547
OTORRINOLARINGOLOGIA 80.207 6.349 86.556 116.964 30.408
PNEUMOLOGIA - 6.349 6.349 71.530 65.181
PROCTOLOGIA 10.694 6.349 17.043 31.765 14.722
REUMATOLOGIA 21.388 6.349 27.737 15.629 -12.108
TISIOLOGIA 53.471 6.349 59.820 8.967 -50.853

A figura 25 ilustra a dependência ao setor privado em três dos cinco grandes grupos de
serviços.

57
Figura 25 – Proporção (%) dos grupos de Apoio Diagnóstico e Terapêutico, segundo
tipo de prestador. Salvador, 2004.

8,3
24,0 20,5 23,6 19,9
19,7
5,9
8,8

48,7
54,9

72,0 74,2
67,5

30,8
21,1

Patologia clínica Radiodiagnostico Ultra-sonografia Diagnose Terapia

Privado Público Filantrópico

No caso das cirurgias ambulatoriais a necessidade global estimada seria de 157.927


(133.678 + 24.249). Entretanto o total de Cirurgias Ambulatoriais em Salvador em 2004
foi de 442.210, realizando 180,0% da necessidade global (Figura 26 – Anexo IV)

Distorções semelhantes podem ser vistas em relação aos procedimentos traumato-


ortopédicos. Enquanto a necessidade global seria de 299.307 (267.356 + 31.591)
procedimentos, foram realizados 808.762 com uma superprodução de 170,2% (Figura
27 – Anexo IV), em que só no setor privado verificaram-se 759.050 itens.

Em menor escala, algo parecido ocorreu com o setor público no caso de odontologia
(Figura 28 – Anexo IV). Diante de uma necessidade global estimada em 124.497
ações, a produção apresentada foi de 152.651, superando em 22,6% a necessidade
global.

Em fisioterapia (Figura 29 – Anexo IV), as distorções são ainda mais evidentes. Em


2004, Salvador registrou um total de 3.570.397 sessões de Fisioterapia em que 86,6%
concentram-se em M2, enquanto os 13,4% estão no M1. Foi realizado 658,2% a mais da
necessidade global (470.889), com destaque para o papel do setor privado.

No Quadro 20 observa-se que para todos os grupos de procedimentos os parâmetros


alcançados foram maiores que os recomendados.

58
Quadro 20 - Parâmetros de Cobertura Assistencial, conforme unidade de medida e
Grupo de Procedimentos da Tabela do SIA/SUS.
Parâmentros Parâmentros Unidade de
Grupo de Procedimentos
Recomendados Alcançados Medida

7. Proced Especializados Prof médicos,


0,6 a 1,0 3,17 proced/hab/an
outros nível superior e médio o
7.1 Cons. Médica Urgência(pré-hospitalar e
0,06 a 0,09 18,21
trauma % tot. do grupo

0,44 a 0,66 33,78


7.2 Cons Médicas Especializadas % tot. do grupo

0,10 a 0,25 44,66


7.3 Demais proced desse grupo % tot. do grupo

0,05 0,16 proced/hab/an


8. Cirurg. Amb. Especializadas o

0,1 0,3 proced/hab/an


9. Proced Traumato-Ortopédicos o

9.1 Cons Ortop c/ Imobil Provisória 0,07 3,34 % tot de


consultas

0,04 a 0,06 0,06 proced/hab/an


10. Acões Espec. em Odontologia o

30 a 50 165,07 % tot de
11. Patologia Clinica consultas

2,36 1,09 % tot de


12. Anatomopatologia e Citopatologia consultas

5a8 18,23 % tot de


13. Radiodiagnóstico consultas

1,0 a 1,50 9,9 % tot de


14. Exames UltraSonográficos consultas

5a6 28,2 % tot de


17. Diagnose consultas

8a9 66,77 % tot de


18. Fisioterapia ( por sessão) consultas

2a3 5,15 % tot de


19.Terapias Especializadas ( por terapia) consultas

0,5 1,06 % tot de


21. Próteses e Órteses consultas

1 0,12 % tot de
22. Anestesia consultas
Fonte: PT/MS 1101/02/ SIA/SUS

59
Algo semelhante ocorreu com os procedimentos de alta complexidade quando a
produção apresentada, com exceção da hemodinâmica com um déficit de 12%, foi
sempre superior às necesssidades (Quadro 21 do Anexo V).

Em síntese, podem ser destacados como os principais problemas do sistema de serviços


de saúde do Município de Salvador:
 Baixa infra-estrutura e capacidade instalada, inclusive da rede básica;
 Deficiência da política de qualificação e valorização de profissionais e trabalhadores
de saúde;
 Indefinição dos modelos de atenção a serem implementados (desenho da
distritalização obsoleto, heterogeneidade de modelos organizacionais das unidades de
saúde, incipiente descentralização das vigilâncias, deficiências dos serviços de SADT e
do sistema de referência e contra-referência);
 Ineficiência gerencial e baixa capacidade de gestão;
 Insuficiência e má alocação e distribuição dos recursos financeiros.

Os quadros, tabelas e figuras apresentados referentes à análise da situação de saúde de


Salvador demandam, todavia, por uma reflexão no sentido de articular a informação
sobre os problemas de saúde identificados, a partir das bases de dados disponíveis (SIM,
SINAN, SIH), com os problemas relativos aos serviços de saúde. Do mesmo modo, os
serviços que são utilizados pela população nem sempre são registrados nos sistemas
oficiais de informação, enquanto os principais problemas apontados/percebidos pela
comunidade, mereceriam uma análise mais detalhada, especialmente pelos distritos
sanitários. O estudo de consultas/atendimentos por tipo de diagnóstico nos últimos anos
disponíveis e o número total de consultas poderia enriquecer tal análise. Claro que não
se calculariam indicadores epidemiológicos, mas, poder-se-ia inferir aspectos
interessantes a partir da confrontação da informação da morbimortalidade a partir de
diferentes fontes de informação.

No caso das estimativas de necessidades com base nos parâmetros do SUS, algumas
medidas propostas pelo grupo técnico da SMS/CRA foram consideradas na elaboração
dos módulos operacionais do presente plano, a saber: a) Reordenação dos recursos
disponíveis para a atenção básica que se constitui de porta de entrada para atenção
especializada dos usuários; b) Reprogramação dos procedimentos/serviços de média

60
complexidade, visando garantir a assistência para a população própria e das referências
intermunicipais, considerando os fluxos e os recursos alocados na PPI/MAC; c)
Levantamento da capacidade de oferta de serviços de média e alta complexidade da rede
pública municipal e estadual, visando subsidiar o processo de contratação dos serviços
de saúde de forma complementar; d) Elaboração de um plano de investimento para
ampliação de serviços especializados na rede pública municipal.

4. CONCEPÇÕES, PRINCÍPIOS E DIRETRIZES.

No Capítulo 4, da versão revisada do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de


Salvador (PDDU) reconhece-se a saúde como um direito social e universal, derivado do
exercício pleno da cidadania, de relevância pública, organizada institucionalmente em
serviços cujas ações evitem e/ou reduzam agravos à saúde, assegurando condições
para a manutenção e sustentação da vida humana, e de bem-estar da população.

Nessa perspectiva, o PDDU apresenta, presentemente, as seguintes diretrizes para a


Saúde:

I- direcionamento da oferta de serviços e equipamentos à problemática e às necessidades


específicas da população do Município, de forma a contemplar as especificidades étnicas, de gênero e
culturais da população, bem como a condição de pólo regional da RMS e do estado como um todo;
II- reorientação do modelo de atenção à saúde no município, na perspectiva da Vigilância
da Saúde, de forma a reorganizar as ações de saúde para o controle de danos, de riscos e de
determinantes socio-ambientais que incidem sobre o perfil epidemiológico da população;
III – consolidação do processo de implementação do Programa de Saúde da Família,
entendido como estratégia de mudança na organização da atenção básica de saúde no município,
enfatizando ações de promoção da saúde e da melhoria da qualidade de vida da população;
IV- aperfeiçoamento da organização espacial da distribuição da rede de saúde no
Município, segundo Regiões Administrativas, redimensionando-a de acordo com as características
sócio-econômicas, epidemiológicas e demográficas de Salvador;
V- ampliação e otimização da rede de referência e prestação de serviços, com prioridade
para as áreas periféricas, e incorporação de hospitais sub-regionais e padrões locais no
dimensionamento e operacionalização das Unidades Básicas de Saúde, UBS, e ambulatórios;
VI- incorporação definitiva do atendimento odontológico à rede básica de serviços de saúde
do Município;
VII- garantia de acesso dos usuários aos serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, e
assistência farmacêutica integral.;
VIII- desenvolvimento e implementação de política de Alimentação e Nutrição com vistas à
segurança alimentar e melhorias do estado nutricional da população;
IX- formulação e implementação de política de valorização dos profissionais e
trabalhadores da saúde, adequada ao novo modelo de atenção à saúde;

61
X- implementação de medidas de planejamento e orçamentação de interesse do setor de
saúde, subordinadas aos princípios da equidade, universalidade, efetividade, hierarquização e
regionalização.

Dessas diretrizes, cumpre destacar duas questões centrais: a reorientação do modelo de


atenção152 e a reorganização dos serviços de saúde153. São questões interrelacionadas,
embora exijam uma distinção analítica para melhor fundamentar e orientar as opções
políticas e as escolhas técnicas.

No que se refere à reorientação do modelo de atenção, o PDDU explicita que a sua


perspectiva é a Vigilância da Saúde154. Esta opção apresenta um conjunto de
implicações. Em primeiro lugar, compromete-se com o controle de danos, riscos e
determinantes sócio-ambientais que incidem sobre o perfil epidemiológico da
população, preocupando-se não apenas com a demanda por serviços, mas com as
necessidades de saúde, individuais e coletivas. Em segundo lugar, a Vigilância da Saúde
dialoga com outras combinações tecnológicas mais conhecidas tais como a assistência
médico-hospitalar (inclusive os serviços chamados de SADT e de média e alta
complexidade), a saúde bucal, a assistência farmacêutica, as vigilâncias
(epidemiológica, sanitária, ambiental e nutricional) e as ações intersetoriais para a
promoção da saúde e da qualidade de vida da população. Em terceiro lugar, reconhece a
estratégia da saúde da família como componente orgânico ao modelo, além valorizar

152
Para fins da formulação deste Plano, Modelo de atenção à saúde pode ser definido como combinações
tecnológicas estruturadas para a resolução de problemas e para o atendimento de necessidades de saúde,
individuais e coletivos. Modelos de atenção ou modelos assistenciais são uma espécie de “lógica” que
orienta a ação e organiza os meios de trabalho (saberes e instrumentos) utilizados nas práticas de saúde.
Combinam tecnologias em função de problemas de saúde (danos e riscos) que compõem o perfil
epidemiológico de uma dada população e que expressam necessidades sociais, historicamente definidas.
Não são normas nem exemplos a serem seguidos mas sim racionalidades diversas que informam as
intervenções em saúde. Ver: Paim, J.S. A Reforma Sanitária e os Modelos Assistenciais. In: Rouquayrol,
MZ & Almeida Filho, N. Epidemiologia e Saúde. 6a ed. Rio de Janeiro, 2003, p.567-586.
153
Alguns autores incluem na noção de modelo assistencial a forma de organização das unidades de
prestação de serviços de saúde, ou seja modelo de prestação de serviços de saúde (MPSS), envolvendo: a)
Estabelecimentos - unidades de produção de serviços desde os mais simples aos mais complexos: centros
de saúde, policlínicas, hospitais; b) Redes - conjunto de estabelecimentos voltados à prestação de serviços
comuns ou interligados (SRCR): rede ambulatorial, hospitalar, laboratorial; c) Sistemas - conjunto de
instituições de saúde submetidas a leis e normas que regulam o financiamento, a gestão e a provisão dos
serviços: SUS e Sistema de Assistência Médica Suplementar (SAMS). Daí a preferência pela expressão
“modelos de organização dos serviços de saúde” ou “modelos de organização de sistemas e serviços de
saúde”. Ver: Teixeira, C.F. & Solla, J. Modelo de Atenção à saúde no SUS. In: Lima, N.T (org). Saúde e
Democracia: história e perspectivas do SUS. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2005. p.451-479.
154
“A noção de Vigilância da Saúde (...) incorpora (...) a análise concreta das práticas de saúde em
sociedades históricas, quer se expressem como ‘políticas públicas saudáveis’ – conjunto de ações
governamentais e não governamentais voltadas à melhoria das condições de vida das populações – quer
se expressem como ações de ‘vigilância sanitária’ e ‘vigilância epidemiológica’, além das diversas formas
de organização das práticas de assistência e reabilitação’ dirigidas a indivíduos e grupos”. Op cit p.462.

62
propostas alternativas como acolhimento155, oferta organizada156, ações programáticas
de saúde157 e Cidades Saudáveis158. Em quarto lugar, ao anunciar a perspectiva da
Vigilância da Saúde, o PDDU aponta, inicialmente, para a integração institucional e
operacional das vigilâncias com os laboratórios de saúde pública, a saúde ambiental e
ocupacional até alcançar, em uma etapa mais avançada, as características fundamentais
desse modelo: a) intervenção sobre problemas de saúde, (danos, riscos e/ou
determinantes); b) ênfase em problemas que requerem atenção e acompanhamento
contínuos; c) utilização do conceito epidemiológico de risco; d) articulação entre ações
promocionais, preventivas e curativas; e) atuação intersetorial; f) ações sobre o
território; g) intervenção sob a forma de operações159.

No que diz respeito à reorganização dos serviços de saúde, o PDDU destaca a


consolidação do PSF como estratégia para apoiar a mudança na organização da atenção
básica de saúde no município, o aperfeiçoamento da organização espacial da
distribuição da rede de saúde e a otimização da rede de referência, com prioridade para
as áreas periféricas. Esta opção conduz a outras implicações. Em primeiro lugar, as
unidades de saúde da família (USF) deverão se tornar hegemônicas160 na estruturação da
rede, de modo que as unidades básicas de saúde convencionais (UBS) sejam
transformadas, progressivamente, em USF, com a exceção dos serviços de pronto
atendimento, urgência e emergência, assim como os Centros de Atenção Psico-Social

155
Volta-se para a demanda espontânea, estabelecendo vínculos entre profissionais e clientela com vistas
a uma atenção mais personalizada e humanizada. Requer mudanças na recepção do usuário, no
agendamento das consultas, nos fluxos de atendimento e na programação da prestação de serviços.
156
Esta proposta privilegia o nível local buscando conciliar a idéia de impacto epidemiológico com o
princípio de não rejeição da demanda. Procura redefinir as características da demanda, isto é,
contemplando as necessidades epidemiologicamente identificadas e mantendo relações funcionais e
programáticas com a “demanda espontânea” no interior da unidade de saúde. Assim, uma unidade de
saúde ao se orientar pela oferta organizada estaria preocupada em atender indivíduos, famílias e
comunidade que constituem "demanda espontânea" por consulta, pronto-atendimento,
urgências/emergência etc. e, ao mesmo tempo, organizaria as suas ações sobre o indivíduo, grupos
populacionais e ambiente, utilizando normas técnicas e protocolos assistenciais com vistas ao controle de
agravos, doenças e riscos prioritários, mediante intervenções intra e extra-murais..
157
Esta alternativa aos programas especiais ou verticais foi construída recompondo as práticas de saúde
no nível local através do trabalho programático. Aproxima-se da proposta da oferta organizada embora
concentre suas ações no interior das unidades de saúde.
158
Proposta derivada de conferências internacionais sobre Promoção da Saúde e apoiada pelo
CONASEMS, desde 1995. Supõe um conjunto de intervenções inter-setoriais, através de políticas
públicas saudáveis, a partir de iniciativas provenientes da liderança do Prefeito, de dirigentes ou de
grupos sociais organizados.
159
Paim (2003) op. cit.
160
Hegemonia no sentido de direção política, cultural e técnica, não na acepção de domínio ou
dominação.

63
(CAPS). Em segundo lugar, o PSF tende a deixar de ser um programa focal para áreas
periféricas e pobres, tornando-se uma estratégia comprometida com o princípio da
universalização. Em terceiro lugar, o aperfeiçoamento da distribuição espacial da rede
levará em conta as características sócio-econômicas, epidemiológicas e demográficas de
Salvador, priorizando as necessidades. Em quarto lugar, a condição da Cidade do
Salvador como pólo regional da RMS e do estado como um todo impõe um
dimensionamento da pressão da demanda de outros munícipes sobre o SUS de Salvador
e um entendimento permanente com gestores municipais e com a gestão estadual do
SUS no sentido de equacionar os problemas da referência/contra-referência e do
ressarcimento à SMS da Prefeitura de Salvador, considerando a Programação Pactuada
Integrada (PPI) e as resoluções da Comissão Intergestores Bipartite (CIB).

64
5. MÓDULOS OPERACIONAIS

Considerando o caráter modular do planejamento estratégico-situacional, a estrutura do


Plano Estratégico da Gestão Municipal (PEG), os tópicos dos últimos planos de saúde
do Município de Salvador, os problemas de saúde e dos serviços de saúde analisados e
os eixos temáticos que foram objetos de discussão das oficinas de trabalho realizadas
pelos Distritos Sanitários, o Plano Municipal de Saúde de Salvador (2006-2009)
apresenta os seguintes módulos operacionais:

I – Promoção e Vigilância em Saúde

II – Atenção Básica à Saúde

III – SADT, ações de média e alta complexidade e atenção às urgências e emergências.

IV - Fortalecimento da capacidade de gestão (plena) do SUS municipal

V - Valorização dos profissionais e trabalhadores da saúde

VI - Qualificação do Controle Social

VII - Política de Atenção à Saúde da População Negra

Os sete módulos operacionais acima desdobram-se em 19 linhas de ação, cada qual sob
a responsabilidade de um dirigente da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de
Salvador, a quem caberá coordenar as ações estratégicas realizadas pelos órgãos afins.
Cada linha de ação, por sua vez, apresenta objetivos específicos que se expressam em
uma ou mais ações estratégicas, cada qual sob a responsabilidade de um técnico da
SMS.

65
MÓDULO OPERACIONAL I
VIGILÂNCIA E PROMOÇÃO DA SAÚDE

OBJETIVO GERAL
Desenvolver ações de vigilância e promoção da saúde e melhoria da
qualidade de vida da população, com ênfase na comunicação e
educação em saúde.

Linha de Ação 1
Promoção da Saúde e da Qualidade de Vida

OBJETIVO ESPECÍFICO 1
Promover articulações intersetoriais para o desenvolvimento de intervenções
voltadas à melhoria da qualidade de vida da população, considerando:
determinantes sócio-ambientais - educação, emprego, habitação, saneamento,
renda, etc. e riscos - tabagismo, sedentarismo, alcoolismo e condutas inadequadas
no trânsito, violências, sobrepeso, alimentação incorreta, sedentarismo, abuso de
drogas, etc.
danos - DAC, hipertensão, diabete, obesidade, neoplasias, acidentes, agressões e
homicídios, cárie e doença periodontal, DIP, etc.

AÇÃO 1
Identificação, levantamento e articulação de ONGs e grupos organizados localizados
nos DS envolvidas com saúde e qualidade de vida para a realização de parcerias.

Órgão Coordenador: DS
Técnicos Responsáveis: Coordenadores de DS
Órgãos Envolvidos: COSAM, ONGS

AÇÃO 2
Levantamento e inserção nos mapas dos DS de escolas, creches e órgãos públicos
instalados para mobilização de parcerias.

Órgão Coordenador: DS
Técnicos Responsáveis: Coordenadores de DS
Órgãos Envolvidos: COSAM, SEPLAM, ONGS

66
AÇÃO 3
Articulação de parcerias com órgãos governamentais e não governamentais para o
desenvolvimento de ações intersetoriais voltadas para a promoção da saúde, da paz e da
qualidade de vida, considerando os problemas prioritários de cada distrito e a proposta
dos Municípios Saudáveis.161

Órgão Coordenador: COSAM


Técnicos Responsáveis: Antônia Maria Brito de Jesus
Órgãos Envolvidos: ONGS, Coordenação dos DS, Outras Secretarias Municipais,
Universidades, PNUD

OBJETIVO ESPECÍFICO 2
Fomentar ações de saneamento ambiental, voltadas à prevenção e ao controle de
doenças, conforme o disposto no Art. 17 da Lei 8.080/90.162

AÇÃO 1
Articulação da comunidade e de órgãos estaduais e municipais responsáveis por ações
de saneamento ambiental (coleta de resíduos sólidos, abastecimento de água, melhoria
sanitária domiciliares etc.), ordenamento do solo, urbanização e proteção ambiental.

Órgão Coordenador: ASTEC, COSAM


Técnicos Responsáveis: Antônia Maria Brito de Jesus
Órgãos Envolvidos: COAPS, CRA, DS, SEAD, SESP, SEMIN, SEPLAM, FUNASA,
Universidades, Comunidade

OBJETIVO ESPECÍFICO 3
Estimular o desenvolvimento de atividades físicas e culturais, voltadas para
promoção da saúde e qualidade de vida de grupos populacionais prioritários.163

AÇÃO 1
Formulação e implantação de projetos para a realização de atividades físicas nos
Distritos Sanitários, em ordem de prioridade para idosos, adultos, jovens e adolescentes.

Órgão Coordenador: COSAM


Técnicos Responsáveis: Antônia Maria Brito de Jesus
Órgãos Envolvidos: ASTEC, GTSPN, COAPS, DS, Secretarias de Desenvolvimento
Social, SMEC, Secretaria Municipal de Esporte e Lazer

161
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde
162
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde
163
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

67
AÇÃO 2
Articulação com as Secretarias Municipais afins (Desenvolvimento Social, Educação e
Cultura, Esportes e Lazer, etc.) para o desenvolvimento de programas, projetos,
operações e ações em comum.

Órgão Coordenador: ASTEC, COSAM


Técnicos Responsáveis: Dulcelina Anjos do Carmo
Órgãos Envolvidos: GTSPN, COAPS, DS, Secretarias de Desenvolvimento Social,
SMEC, Secretaria Municipal de Esporte e Lazer

Linha de Ação 2
Comunicação e Educação em Saúde

OBJETIVO ESPECÍFICO 1
Desenvolver ações de comunicação e educação em saúde164

AÇÃO 1
Apoio às equipes dos Distritos Sanitários para a execução de ações de educação popular
em saúde em função dos problemas e grupos populacionais prioritários, com destaque
para a população negra.

Órgão Coordenador: GT-CES, ASTEC, ASCOM


Técnicos Responsáveis: Tetê Marques
Órgãos Envolvidos: Coordenações de nível central da SMS, Conselhos distritais e
locais de saúde, Escolas públicas dos DS, ONGs

AÇÃO 2
Intensificação da educação e comunicação social em saúde para vigilância, prevenção e
controle de zoonoses.

Órgão Coordenador: GT-CES, ASTEC, ASCOM


Técnicos Responsáveis: Tetê Marques
Órgãos Envolvidos: Coordenações de nível central da SMS, Conselhos distritais e
locais de saúde, Escolas públicas dos DS, ONGs

AÇÃO 3
Implementação da educação em vigilância sanitária prioritariamente em alimentos e
medicamentos

Órgão Coordenador: COSAM/ VISA


Técnicos Responsáveis: Ana Simões
Órgãos Envolvidos: COAPS, SMEC, Universidades, SENAC, PROCON

164
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

68
AÇÃO 4
Desenvolvimento de um processo educativo junto à comunidade acerca das questões
alimentares e nutricionais

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Marta Rocha
Órgãos Envolvidos: COSAM/ VISA, DS, Outras Secretarias Municipais

OBJETIVO ESPECÍFICO 2
Fornecer suporte técnico referente às ações de comunicação e educação em Saúde
do Trabalhador, em todos os níveis de atenção.

AÇÃO 1
Capacitação de profissionais e trabalhadores de distintos níveis de atenção em Saúde do
trabalhador, de acordo com a programação anual.

Órgão Coordenador: Equipe do CEREST/SSA


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: COSAM, CESAT, DRT, FUNDACENTRO, Universidade

Linha de Ação 3
Vigilância em Saúde

OBJETIVO ESPECÍFICO 1
Organizar o sistema de Vigilância em Saúde no âmbito municipal.

AÇÃO 1
Implantação e implementação de ações de Vigilância Ambiental como componente da
Vigilância em Saúde.

Órgão Coordenador: COSAM/ VIAM


Técnicos Responsáveis: Ulisses Nascimento
Órgãos Envolvidos: CDRH, CAD, COAPS, DS

AÇÃO 2
Implantação e implementação das ações de média e alta complexidade em Vigilância
Sanitária

Órgão Coordenador: COSAM/ VISA


Técnicos Responsáveis: Ana Simões
Órgãos Envolvidos: CAD, DS

69
AÇÃO 3
Implantação e implementação das ações de média e alta complexidade em Vigilância
Epidemiológica

Órgão Coordenador: COSAM/ VIEP


Técnicos Responsáveis: Cristiane Cardoso
Órgãos Envolvidos: CAD, DS

OBJETIVO ESPECÍFICO 2
Implementar a descentralização das ações de vigilância à saúde, mediante a
garantia de pessoal, infra-estrutura, insumos e recursos financeiros.165

AÇÃO 1
Estabelecimento de estratégias de descentralização da vigilância em saúde, compatíveis
com a capacidade e peculiaridades de cada DS.

Órgão Coordenador: COSAM


Técnicos Responsáveis: Antônia Maria Brito de Jesus
Órgãos Envolvidos: COAPS, DS, Equipes do PACS/PSF.

AÇÃO 2
Aperfeiçoamento das ações básicas de VISA nos DS.

Órgão Coordenador: COSAM/ VISA


Técnicos Responsáveis: Ana Simões
Órgãos Envolvidos: CAD, DS

AÇÃO 3
Descentralização das ações de vigilância, prevenção e controle de zoonoses para os
níveis distrital e local de forma integrada com as outras vigilâncias.

Órgão Coordenador: COSAM/ CCZ


Técnicos Responsáveis: Adelina Amoedo
Órgãos Envolvidos: CDRH, CAD, COAPS, DS

165
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

70
OBJETIVO ESPECÍFICO 3
Prevenção e Controle das Doenças Imunopreveníveis.

AÇÃO 1
Garantia da oferta regular da imunização nas unidades públicas de saúde

Órgão Coordenador: COSAM/ VIEP.


Técnicos Responsáveis: Ana Rita Vasconcelos
Órgãos Envolvidos: COAPS, CAD, DS

AÇÃO 2
Monitoramento da cobertura vacinal de rotina, com ênfase na prevenção e controle do
sarampo, pólio, tétano neonatal e acidental.

Órgão Coordenador: COSAM/ VIEP


Técnicos Responsáveis: Ana Rita Vasconcelos
Órgãos Envolvidos: COAPS, DS
AÇÃO 3
Implementação de campanhas de vacinação de acordo com o calendário do Programa
Nacional de Imunização (PNI).

Órgão Coordenador: COSAM/ VIEP


Técnicos Responsáveis: Ana Rita Vasconcelos
Órgãos Envolvidos: COAPS, CAD, DS

OBJETIVO ESPECÍFICO 4
Prevenção e Controle das Zoonoses, com destaque para a Dengue e outras doenças
transmitidas por vetores.166

AÇÃO 1
Implantação de ações descentralizadas do Programa Municipal de Controle da Dengue

Órgão Coordenador: COSAM/ CCZ


Técnicos Responsáveis: Adelina Amoedo
Órgãos Envolvidos: COAPS, CDRH, DS

AÇÃO 2
Implantação do Plano de Controle de Roedores

Órgão Coordenador: COSAM/ CCZ


Técnicos Responsáveis: Adelina Amoedo
Órgãos Envolvidos: DS

166
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

71
AÇÃO 3
Consolidação e qualificação do Programa de Vigilância e Controle da Raiva Animal

Órgão Coordenador: COSAM/ CCZ


Técnicos Responsáveis: Adelina Amoedo
Órgãos Envolvidos: COAPS, CDRH, DS

AÇÃO 4
Implantação de ações de vigilância e controle da Leptospirose, Esquistossomose,
Leishmaniose, Filariose e de outros agravos transmitidos por animais ou vetores.

Órgão Coordenador: COSAM/ CCZ


Técnicos Responsáveis: Adelina Amoedo
Órgãos Envolvidos: COAPS, CDRH, DS

OBJETIVO ESPECÍFICO 5
Prevenção e controle da AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis.

AÇÃO 1
Implementação de ações de prevenção, detecção precoce e tratamento de portadores de
DST/AIDS.
Órgão Coordenador: COSAM/ VIEP
Técnicos Responsáveis: Maria do Socorro Chaves
Órgãos Envolvidos: COAPS, DS

AÇÃO 2
Apoio para a realização de ações de detecção e tratamento de gestantes HIV positivo na
rede municipal

Órgão Coordenador: COSAM/ VIEP


Técnicos Responsáveis: Maria do Socorro Chaves
Órgãos Envolvidos: COAPS, DS

72
OBJETIVO ESPECÍFICO 6
Controle da Tuberculose e Eliminação da Hanseníase.

AÇÃO 1
Intensificação das ações de controle do Programa da Tuberculose e Hanseníase em
Salvador, assegurando os insumos necessários e a capacitação para o diagnóstico
precoce e tratamento nas unidades de saúde sob responsabilidade dos DS.

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Rosana Fialho
Órgãos Envolvidos: COSAM , CAD, CDRH, DS, UBS

OBJETIVO ESPECÍFICO 7
Prevenção e Controle de doenças crônicas e agravos não transmissíveis (DANTs)

AÇÃO 1
Análise da situação das principais DANTS de relevância no município, com
monitoramento semanal, mensal ou anual, a depender da sua estrutura epidemiológica.
Órgão Coordenador: COSAM/ VIEP
Técnicos Responsáveis: Cristiane Cardoso
Órgãos Envolvidos: COAPS, DS, Outras Secretarias Municipais, Superintendência
de Engenharia de Tráfego (SET)

AÇÃO 2
Implantação de unidades sentinelas para vigilância das DANTS prioritárias

Órgão Coordenador: COSAM/ VIEP


Técnicos Responsáveis: Cristiane Cardoso
Órgãos Envolvidos: COAPS, DS

AÇÃO 3
Implementação do controle da Hipertensão Arterial e do Diabetes Melitus, garantindo a
oferta regular de medicamentos nos DS, com ênfase no grupo de mais de 40 anos.

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis:Cristina Gomes e Gislaine da Silva
Órgãos Envolvidos: CDRH, DS

AÇÃO 4
Implementação da Vigilância Epidemiológica da Anemia Falciforme junto aos DS

Órgão Coordenador: COSAM/ VIEP


Técnicos Responsáveis: Cristiane Cardoso
Órgãos Envolvidos: COAPS, NGI, GTSPN, DS

73
OBJETIVO ESPECÍFICO 8
Prevenção e controle de agravos relacionados com a violência social em suas
diversas formas.

AÇÃO 1
Implantação da vigilância epidemiológica das violências, com ênfase na prevenção e
controle da violência doméstica em mulheres, crianças, adolescentes e idosos.

Órgão Coordenador: COSAM, COAPS


Técnicos Responsáveis: Cristiane Cardoso
Órgãos Envolvidos: GTSPN, SEMUR, SMEC, Superintendência de Políticas para
as Mulheres, Rede de Saúde Contra a Violência à Mulher, DS

AÇÃO 2
Implantação do atendimento, com protocolos assistenciais, para pessoas vítimas de
violência.167

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Tânia Nogueira
Órgãos Envolvidos: CDRH

AÇÃO 3
Organização e implantação da vigilância epidemiológica de casos e suspeitos de
homicídios.

Órgão Coordenador: COSAM/ VIEP


Técnicos Responsáveis: Cristiane Cardoso
Órgãos Envolvidos: COAPS, GTSPN, Fórum Comunitário de Combate a Violência

AÇÃO 4
Implantação do monitoramento e vigilância dos acidentes de trânsito, com prioridade
para os atropelos.

Órgão Coordenador: COSAM/VIEP


Técnicos Responsáveis: Cristiane Cardoso
Órgãos Envolvidos: DETRAN, Superintendência de Engenharia de Tráfego

167
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

74
Linha de Ação 4
Vigilância à Saúde do Trabalhador

OBJETIVO ESPECÍFICO 1
Garantir a atenção integral à saúde do trabalhador, desenvolvendo ações de
promoção, proteção, recuperação e reabilitação, com base territorial.168

AÇÃO 1
Implantação da Política Municipal de Saúde do Trabalhador (ST)

Órgão Coordenador: COSAM/CEREST


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: Câmara Técnica Intersetorial de ST, DS, CESAT, DRT, INSS,
Universidade

AÇÃO 2
Articulação e fortalecimento das relações intra e intersetoriais para a operacionalização
da Política Municipal de Saúde do Trabalhador

Órgão Coordenador: COSAM/CEREST


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: Câmara Técnica Intersetorial de ST, DS, CESAT, DRT, INSS,
Universidade

OBJETIVO ESPECÍFICO 2
Descentralizar as ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador.

AÇÃO 1
Implementação das ações de Vigilância da Saúde do Trabalhador -VISAT no âmbito da
SMS

Órgão Coordenador: COSAM/CEREST


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: DS

AÇÃO 2
Organização e implantação das ações de Vigilância à Saúde do Trabalhador nos DS

Órgão Coordenador: COSAM/CEREST


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: DS

168
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

75
AÇÃO 3
Descentralização das ações de VISAT e fornecimento de suporte técnico especializado
para os municípios da área de abrangência do CEREST/SSA

Órgão Coordenador: COSAM/CEREST


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: Secretarias municipais das áreas de abrangência, SESAB

OBJETIVO ESPECÍFICO 3
Realizar ações de vigilância de ambientes e processos de trabalho, em
articulação com as vigilâncias sanitária, ambiental e epidemiológica.

AÇÃO 1
Articulação intra e intersetorial para a realização das inspeções de ambientes de trabalho

Órgão Coordenador: COSAM/ CEREST


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: DRT, FUNDACENTRO

AÇÃO 2
Realização do mapeamento de risco nas inspeções de ambiente de trabalho

Órgão Coordenador: COSAM/ CEREST


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: DRT/ FUNDACENTRO

AÇÃO 3
Articulação com a vigilância epidemiológica para estabelecimento de fluxos de
informação, processamento e análise de indicadores de agravos à saúde, relacionados
com o trabalho.

Órgão Coordenador: COSAM/CEREST


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: CRA, DRT, FUNDACENTRO

76
OBJETIVO ESPECÍFICO 4
Garantir a notificação dos acidentes graves, óbitos e doenças relacionadas ao
trabalho.169

AÇÃO 1
Implantação da rede sentinela em Saúde do Trabalhador, através da identificação das
unidades sentinela.

Órgão Coordenador: COSAM/CEREST


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: CESAT, CIAVE, SESAO, Hospital Roberto Santos, Hospital
Geral do Estado

AÇÃO 2
Implantação da notificação de acidentes de trabalho nos serviços de atenção à urgência
e emergência

Órgão Coordenador: COSAM/CEREST


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: Hospital Roberto Santos, Hospital Geral do Estado

AÇÃO 3
Criação do núcleo de informação do CEREST/SSA

Órgão Coordenador: COSAM/CEREST


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: CRA, NGI

OBJETIVO ESPECÍFICO 5
Promover ações de proteção à saúde aos trabalhadores do setor informal,
considerando os riscos inerentes a cada atividade.170

AÇÃO 1
Elaboração e operacionalização de projeto de proteção à saúde dos trabalhadores do
setor informal

Órgão Coordenador: COSAM/CEREST


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: DRT, ONGS

169
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde
170
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

77
OBJETIVO ESPECÍFICO 6
Contribuir para a Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Trabalhador
Adolescente em Salvador

AÇÃO 1
Implementação da “Atenção Integral à Saúde de Adolescentes Economicamente
Ativos” no âmbito do SUS municipal

Órgão Coordenador: COSAM/CEREST


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: DRT

AÇÃO 2
Colaboração para afastar do ambiente de trabalho crianças ou adolescentes em situações
de trabalho identificadas como ilegais, particularmente no tráfico de drogas.

Órgão Coordenador: COSAM/CEREST


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: DRT

OBJETIVO ESPECÍFICO 7
Promover ações de Saúde do Trabalhador junto aos Agentes Comunitários de
Saúde (ACS) e outras agentes de saúde

AÇÃO 1
Identificação das concepções dos ACS sobre seu trabalho

Órgão Coordenador: COSAM/CEREST


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: COAPS
AÇÃO 2
Identificação, junto aos ACS, dos tipos de violência sofrida no exercício do trabalho e
as estratégias efetivadas no seu enfrentamento.

Órgão Coordenador: COSAM/CEREST


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: COAPS

AÇÃO 3
Identificação de formas de vitimização indireta dos ACS, quando expostos ao exercício
do trabalho.

Órgão Coordenador: COSAM/CEREST


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: COAPS

78
OBJETIVO ESPECÍFICO 8
Garantir o atendimento integral aos suspeitos e portadores de doenças
relacionadas ao trabalho, através da rede de saúde em todos os níveis de
complexidade.171

AÇÃO 1
Implantação de ambulatório do CEREST/SSA enquanto serviço assistencial
referenciado, de média e alta complexidade em ST.

Órgão Coordenador: COSAM/CEREST


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio
Órgãos Envolvidos: COAPS

171
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

79
MÓDULO OPERACIONAL II
ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE
OBJETIVO GERAL
Reorganizar a atenção básica, privilegiando a estratégia de saúde da
família e desenvolvendo ações integrais de acordo com eixos temáticos
prioritários.

Linha de Ação 5
Estratégia de Saúde da Família

OBJETIVO ESPECÍFICO1
Aumentar a cobertura do PSF nas áreas dos DS (incluindo as Ilhas)

AÇÃO 1
Ampliação do número de Unidades de Saúde da Família de acordo com as prioridades
definidas (adequar/construir e equipar)

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Ana Paula Chancharulo
Órgãos Envolvidos: CAD, CDRH
AÇÃO 2
Composição das equipes de saúde da família (ESF) das USF dos DS (selecionar,
contratar e capacitar).

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Ana Paula Chancharulo
Órgãos Envolvidos: CAD, CDRH

Linha de Ação 6
Atenção Básica em eixos temáticos prioritários

OBJETIVO ESPECÍFICO 1
Humanizar o atendimento na Rede Municipal de Saúde em Salvador

AÇÃO 1
Implantação da Política Nacional de Humanização em todas as Unidades de Saúde de
Salvador, com recorte racial e de gênero.

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Gleide Góes e Elide Oliveira
Órgãos Envolvidos: CDRH, UFBA-ISC

80
AÇÃO 2
Reorganização das unidades de saúde para a garantia do acolhimento do usuário nos DS

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Carlos Alberto Trindade
Órgãos Envolvidos: CAD, CDRH, UFBA-ISC

OBJETIVO ESPECÍFICO 2
Contribuir na garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente, inclusive em
relação ao abuso e a exploração sexual e comercial.

AÇÃO 1
Estabelecimento de prioridade para crianças e adolescentes no atendimento dos serviços
de saúde, inclusive de saúde ocular.

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Ana Karina Cardoso e Maria José
Órgãos Envolvidos: DS, Unidades de Saúde

AÇÃO 2
Apoio às atividades do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA) e de
órgãos afins nas atividades de promoção, vigilância, educação, comunicação
e atenção da saúde

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Ana Karina Cardoso e Maria José
Órgãos Envolvidos: COSAM, GT-CES, GTSPN, CEDECA

OBJETIVO ESPECÍFICO 3
Reduzir a morbimortalidade infantil por doenças imunopreveníveis, afecções do
período neonatal e acidentes.

AÇÃO 1
Vacinação de menores de 1 ano com o esquema básico do PNI nos serviços de saúde e
durante as campanhas de vacinação

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Carlos Alberto Trindade
Órgãos Envolvidos: COSAM/ VIEP, DS, UBS

81
AÇÃO 2
Melhoria da atenção pré-natal, parto e assistência neonatal.

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Tânia Nogueira
Órgãos Envolvidos: VIEP, DS, UBS

AÇÃO 3
Implantação da vigilância ao óbito infantil nos DS

Órgão Coordenador: COSAM/ VIEP


Técnicos Responsáveis: Cristiane Cardoso
Órgãos Envolvidos: COAPS, GTSPN, DS

OBJETIVO ESPECÍFICO 4
Desenvolver ações de controle das Infecções Respiratórias Agudas (IRA) e
escabiose na população infantil dos DS.

AÇÃO 1
Implantação de ações normatizadas para a atenção de casos de IRA e de alergias
respiratórias nas UBS e nos serviços de pronto atendimento, urgência e emergência.

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Ana Karina Cardoso
Órgãos Envolvidos: DS, Unidades de Saúde

AÇÃO 2
Implementação de ações de prevenção e controle da escabiose, especialmente junto às
creches, escolas e famílias cadastradas pelo PACS/PSF.

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Ana Paula Chancharulo
Órgãos Envolvidos: DS, UBS, Equipes PACS/PSF

82
OBJETIVO ESPECÍFICO 5
Reduzir a freqüência da desnutrição grave e moderada em crianças, incluindo:
a redução da incidência do baixo peso ao nascer e o controle da deficiência de
Ferro e de Vitamina A.

AÇÃO 1
Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças de 0 a 6 anos nas
UBS, incluindo vigilância alimentar e nutricional.

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Marta Rocha
Órgãos Envolvidos: COSAM, DS, UBS, Escolas municipais

AÇÃO 2
Promoção de práticas alimentares saudáveis, ao lado da prevenção e controle dos
distúrbios nutricionais e metabólicos.

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Marta Rocha
Órgãos Envolvidos: DS, UBS, Escolas municipais, ONGs, Pastoral da Criança

OBJETIVO ESPECÍFICO 6
Implantar o Programa de Saúde do Adolescente na rede municipal, com ênfase nas
questões relativas à sexualidade.172

AÇÃO 1
Elaboração de projeto, definição de cronograma e implantação das ações do Programa
de Saúde do Adolescente (PROSAD) nos DS.

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Maria José
Órgãos Envolvidos: CDRH, DS, Unidades de Saúde

AÇÃO 2
Implantar ações de educação sexual para adolescentes e prevenção de problemas
correlatos nos DS, especialmente gravidez na adolescência.

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Maria José
Órgãos Envolvidos: DS, Unidades de Saúde

172
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

83
OBJETIVO ESPECÍFICO 7
Implementar o programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher.173

AÇÃO 1
Implementação da Assistência ao Pré-Natal nos Distritos Sanitários

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Tânia Nogueira
Órgãos Envolvidos: DS, Unidades de Saúde

AÇÃO 2
Implementação do Planejamento Familiar na rede nos DS

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Tânia Nogueira
Órgãos Envolvidos: CDRH, CAD, DS, Unidades de Saúde

AÇÃO 3
Implantação do atendimento ao climatério nos DS

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Tânia Nogueira
Órgãos Envolvidos: CDRH, DS, Unidades de Saúde

AÇÃO 4
Implementação da ações de detecção precoce de câncer de mama e de útero em
mulheres a partir de 30 anos nos DS

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Tânia Nogueira
Órgãos Envolvidos: CDRH, CAD, CICAN, DS, Unidades de Saúde

AÇÃO 5
Organização da referência para tratamento dos casos diagnosticados de câncer de mama
e de útero em serviços especializados

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Tânia Nogueira
Órgãos Envolvidos: CDRH, CAD, CICAN, DS

AÇÃO 6
Implementação do Plano Municipal de Redução da Mortalidade Materna

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Carlos Aberto Trindade
Órgãos Envolvidos: SESAB, Comitê de Mortalidade Materna, DS

173
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

84
AÇÃO 7
Implementação da vigilância do óbito materno nos DS

Órgão Coordenador: COSAM/ VIEP


Técnicos Responsáveis: Cristiane Cardoso
Órgãos Envolvidos: COAPS, GTSPN, DS

AÇÃO 8
Articulação com as maternidades para a melhoria da acessibilidade, acolhimento,
qualidade da atenção e humanização ao parto.

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Tânia Nogueira
Órgãos Envolvidos: DS, SESAB, UNICEF

OBJETIVO ESPECÍFICO 8
Desenvolver ações de Saúde do Homem174

AÇÃO 1
Apoio à implantação da oferta organizada nos DS para o controle da Hipertensão
Arterial, diabetes, obesidade, tabagismo e alcoolismo.

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Carlos Alberto Trindade
Órgãos Envolvidos: COSAM, DS, Unidades de Saúde

AÇÃO 2
Implantação de ações de prevenção e detecção precoce do Câncer de próstata

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Carlos Aberto Trindade
Órgãos Envolvidos: DS, Unidades de saúde, SESAB

174
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

85
OBJETIVO ESPECÍFICO 9
Melhoria do acesso, qualidade da atenção e humanização do atendimento da
população idosa no Sistema Municipal de Saúde.175

AÇÃO 1
Implantar e implementar as ações do Programa de Atenção à Saúde do Idoso, de acordo
com o Estatuto do Idoso

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Carlos Aberto Trindade
Órgãos Envolvidos: CAD, CDRH, DS, Unidades de Saúde

AÇÃO 2
Organizar a rede assistencial de atenção à saúde do idoso

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Carlos Aberto Trindade
Órgãos Envolvidos: CRA, CAD, CDRH, DS

OBJETIVO ESPECÍFICO 10
Implantar o programa municipal de atenção ao consumo abusivo de álcool e
outras drogas

AÇÃO 1
Implantação de ações de Redução de Danos nos DS

Órgão Coordenador: COAPS, COSAM


Técnicos Responsáveis: Carlos Alberto Trindade e Antônia Maria Brito de Jesus
Órgãos Envolvidos: DS, Unidades de Saúde, Centros de Estudos e Terapia ao
Abuso de Drogas (CETAD) e Aliança de Redução de Danos Fátima Cavalcanti
(ARD-FC)

AÇÃO 2
Implantação da rede de atenção ao usuário de álcool e outras drogas

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Carlos Aberto Trindade
Órgãos Envolvidos: DS, Unidades de Saúde, Centros de estudos e terapia ao abuso
de drogas (CETAD) e Aliança de Redução de Danos Fátima Cavalcanti (ARD-FC)

175
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

86
OBJETIVO ESPECÍFICO 11
Organizar a rede assistencial de Saúde Mental em Salvador

AÇÃO 1
Implantação de Centros de atenção Psico-Scoial (CAPS) e Residências terapêuticas
(RTs) nos DS

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Maria Célia da Rocha
Órgãos Envolvidos: CAD, CDRH, DS

AÇÃO 2
Melhoria técnica e estrutural dos CAPS já implantados

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Maria Célia da Rocha
Órgãos Envolvidos: CAD, DS, CAPS

OBJETIVO ESPECÍFICO 12
Organizar a rede assistencial de Saúde Bucal.

AÇÃO 1
Melhoria do acesso da população ao tratamento odontológico nas UBS e nas unidades
de atendimento odontológico de emergência

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Eliana Rosa
Órgãos Envolvidos: DS, UBS, UAO

AÇÃO 2
Implantação e implementação do Programa Brasil Sorridente, valorizando a atenção
básica.

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Eliana Rosa
Órgãos Envolvidos: DS, UBS, UAO

AÇÃO 3
Implantação de Centros de Especialidade Odontológica

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Eliana Rosa
Órgãos Envolvidos: CAD, CDRH, DS, UBS, UAO

87
OBJETIVO ESPECÍFICO 13
Garantir o atendimento integrado ao portador de deficiências físicas na rede
municipal176

AÇÃO 1
Elaboração e implantação de projeto para a organização da rede de atenção ao portador
de deficiência física

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Carlos Alberto Trindade
Órgãos Envolvidos: CAD, CDRH, DS, APAE, APADA, ION, ABRE, IBR, AESOS,
PESTALOZZI, CEPRED

OBJETIVO ESPECÍFICO 14
Implantar o Programa de Controle da Anemia Falciforme177

AÇÃO 1
Implantação de serviços para realização de exame de eletroforese em 100% das UBS
que realizam atendimento pré–natal

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Carlos Alberto Trindade
Órgãos Envolvidos: GTSPN

OBJETIVO ESPECÍFICO 15
Garantir o atendimento integrado aos portadores de Albinismo e de Lúpus178

AÇÃO 1
Organizar a atenção aos portadores de Albinismo

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Carlos Alberto Trindade
Órgãos Envolvidos: CRA, DS, Unidades de Saúde, APALBA

176
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde
177
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde
178
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

88
AÇÃO 2
Organizar a atenção aos portadores de Lúpus

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Carlos Alberto Trindade
Órgãos Envolvidos: CRA, DS, Unidades de Saúde.

OBJETIVO ESPECÍFICO 16
Formular e implantar a política municipal de assistência farmacêutica.179

AÇÃO 1
Promoção do uso racional de medicamentos

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Adriana Domingues de Souza
Órgãos Envolvidos: ASTEC, COSAM, GT-CES, DS, Entidades representativas dos
profissionais de saúde, Universidades

AÇÃO 2
Revisão e atualização da Relação Municipal de Medicamentos (REMUME)

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Adriana Domingues de Souza
Órgãos Envolvidos: DS

AÇÃO 3
Implantação da Central de Abastecimento Farmacêutico nos DS

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Adriana Domingues de Souza
Órgãos Envolvidos: CAD, CDRH, DS

AÇÃO 4
Implantação de ações de farmacovigilância nos DS

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Adriana Domingues de Souza
Órgãos Envolvidos: COSAM/VISA, DS

179
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

89
AÇÃO 5
Garantia da oferta regular de medicamentos para portadores de Anemia Falciforme,
Hipertensão, Diabetes, transtornos mentais graves (psicoses e depressão), bem como ao
grupo portador de albinismo e aos pacientes renais crônicos.

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Adriana Domingues de Souza
Órgãos Envolvidos: CAD

90
MÓDULO OPERACIONAL III
SADT, AÇÕES DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE E
ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS.

OBJETIVO GERAL
Reorganizar as ações de apoio diagnóstico e terapêutico, urgência e
emergência e as de média e alta complexidade nos setores público e
contratado de forma regionalizada, hierarquizada e articulada com a
atenção básica através dos distritos sanitários.

Linha de Ação 7
Apoio diagnóstico e terapêutico

OBJETIVO ESPECÍFICO 1
Ampliar e reestruturar a rede de serviços de apoio diagnóstico e terapêutico

AÇÃO 1
Implantação de centrais de análises clínicas nos DS

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Arabela Leal
Órgãos Envolvidos: CAD, NGI, CDRH, DS

AÇÃO 2
Implantação de Laboratório Central

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Arabela Leal
Órgãos Envolvidos: CAD, CDRH, DS

AÇÃO 3
Adequação física dos laboratórios e postos de coleta da rede própria da SMS,
racionalizando e normatizando via protocolos à demanda.

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Arabela Leal
Órgãos Envolvidos: CRA, CAD, COSAM/VISA

91
Linha de Ação 8
Ações de Média e Alta Complexidade

OBJETIVO ESPECÍFICO 1
Ampliar o acesso do usuário aos serviços de maior complexidade, garantindo a
universalidade, equidade e integralidade do atendimento.

AÇÃO 1
Organização da rede de atenção de média e alta complexidade de acordo com os
modelos assistenciais e de organização de serviços propostos neste Plano.

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Carlos Alberto Trindade
Órgãos Envolvidos: CAD, CRA, ASTEC

AÇÃO 2
Regulação do elenco de procedimentos especializados de média e alta complexidade
conforme Programação Pactuada Integrada/Média e Alta Complexidade.

Órgão Coordenador: CRA


Técnicos Responsáveis: Rosana Bezerra
Órgãos Envolvidos: ASTEC, COAPS, CAD

Linha de Ação 9
Atenção em urgência e emergência e atendimento pré-hospitalar

OBJETIVO ESPECÍFICO 1
Melhorar a qualidade da assistência pré-hospitalar de urgência e emergência.

AÇÃO 1
Consolidação e operação do SAMU 192

Órgão Coordenador: SAMU


Técnicos Responsáveis: Ivan Paiva Filho
Órgãos Envolvidos: COAPS, CRA, CDRH

92
OBJETIVO ESPECÍFICO 2
Qualificar os serviços de Pronto Atendimento de Urgência e Emergência da rede
municipal.

AÇÃO 1
Readequação e ampliação da estrutura física das unidades de Pronto Atendimento

Órgão Coordenador: CAD


Técnicos Responsáveis: Antônio Luiz Pitiá
Órgãos Envolvidos: COAPS, CRA, CDRH, DS

AÇÃO 2
Recuperação e aquisição de equipamentos para os serviços de Pronto Atendimento

Órgão Coordenador: CAD


Técnicos Responsáveis: Antônio Luiz Pitiá
Órgãos Envolvidos: COAPS, CDRH

AÇÃO 3
Qualificação e atualização dos profissionais e trabalhadores de saúde que atuam nos
serviços de atenção às Urgências e Emergência do município, com ênfase na
humanização do atendimento.

Órgão Coordenador: CDRH


Técnicos Responsáveis: Neusa Maria Cunha Barbosa
Órgãos Envolvidos: COAPS, CRA, DS

93
MÓDULO OPERACIONAL IV
FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE GESTÃO
(PLENA) DO SUS MUNICIPAL

OBJETIVO GERAL
Fortalecer a capacidade de gestão do Sistema único de Saúde no
âmbito municipal mediante condução política, planejamento,
organização da rede e apoio gerencial aos serviços públicos de saúde.

Linha de Ação 10
Condução Política do SUS Municipal

OBJETIVO ESPECÍFICO 1
Consolidar a articulação da SMS com MS, SESAB e outras Secretarias de Saúde

AÇÃO 1
Pactuação na transição para a Gestão Plena do SUS Municipal

Órgão Coordenador: Gabinete


Técnicos Responsáveis: Secretário
Órgãos Envolvidos: ASTEC, CRA

AÇÃO 2
Participação pró-ativa na Comissão Intergestores Bipartite Regional

Órgão Coordenador: Gabinete


Técnicos Responsáveis: Secretário
Órgãos Envolvidos: ASTEC, CRA

OBJETIVO ESPECÍFICO 2
Desenvolver articulação com outras Secretarias da PMS.

AÇÃO 3
Criação de Fórum para o desenvolvimento de ações intersetoriais, organizando comitês
intersetoriais para problemas específicos (violências, saúde ambiental, controle da
dengue, etc.).

Órgão Coordenador: Gabinete


Técnicos Responsáveis: Secretário
Órgãos Envolvidos: ASTEC

94
OBJETIVO ESPECÍFICO 3
Aperfeiçoar o processo de gestão participativa.180

AÇÃO 4
Institucionalização de instâncias colegiadas de gestão, incluindo conselhos gestores de
unidades de saúde.

Órgão Coordenador: Gabinete


Técnicos Responsáveis: Secretário
Órgãos Envolvidos: CMS

AÇÃO 5
Fortalecimento da participação social na gestão do SUS municipal.

Órgão Coordenador: Assessoria de Gestão participativa


Técnicos Responsáveis: Heleni Duarte
Órgãos Envolvidos: CMS

OBJETIVO ESPECÍFICO 4
Estruturar o processo de gestão descentralizada da SMS com os Distritos
Sanitários.

AÇÃO 1
Reestruturação administrativa, financeira e técnica dos Distritos Sanitários.

Órgão Coordenador: Gabinete


Técnicos Responsáveis:Secretário
Órgãos Envolvidos: ASTEC, DS

OBJETIVO ESPECÍFICO 5
Implantar a Política de Comunicação no âmbito da SMS.181

AÇÃO 1
Estabelecimento de uma agenda com a mídia.

Órgão Coordenador: ASCOM


Técnicos Responsáveis: Augusto César Barrocas
Órgãos Envolvidos: Gabinete

180
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde
181
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

95
AÇÃO 2
Incremento da utilização das tecnologias de informação e comunicação na SMS
(Intranet e site da SMS)

Órgão Coordenador: ASTEC


Técnicos Responsáveis: Tetê Marques
Órgãos Envolvidos: ASCOM, NGI, CAD

OBJETIVO ESPECÍFICO 6
Fortalecer o sistema municipal de Auditoria.182

AÇÃO 1
Reorganização dos processos de trabalho em Auditoria.

Órgão Coordenador: Auditoria


Técnicos Responsáveis: Aline Freitas Campero
Órgãos Envolvidos: CDRH

OBJETIVO ESPECÍFICO 7
Estabelecer canal de comunicação permanente com a população usuária do SUS
municipal.183

AÇÃO 1
Implementação da Ouvidoria Municipal de Saúde.

Órgão Coordenador: Ouvidoria


Técnicos Responsáveis: Gleide Góes
Órgãos Envolvidos: Assessoria de Gestão participativa

Linha de Ação 11
Consolidação do Planejamento Municipal de Saúde

OBJETIVO ESPECÍFICO 1
Consolidar a articulação da SMS com o Planejamento Estratégico da PMS

AÇÃO 1
Participação pró-ativa no processo de planejamento municipal

Órgão Coordenador: ASTEC


Técnicos Responsáveis: Dulcelina Anjos do Carmo
Órgãos Envolvidos: SEAD, SEPLAM, UFBA- ISC

182
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde
183
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

96
OBJETIVO ESPECÍFICO 2
Elaborar e implementar o Plano Diretor da Secretaria Municipal de Saúde

AÇÃO 1
Implementação da reorganização administrativa da SMS

Órgão Coordenador: ASTEC


Técnicos Responsáveis: Dulcelina Anjos do Carmo
Órgãos Envolvidos: Coordenações do nível central da SMS, DS

OBJETIVO ESPECÍFICO 3
Desenvolver o sistema de planejamento descentralizado do SUS municipal
(UBS–DS-SMS).

AÇÃO 1
Reforço ao planejamento participativo e ascendente na SMS

Órgão Coordenador: ASTEC


Técnicos Responsáveis: Dulcelina Anjos do Carmo
Órgãos Envolvidos: DS, UFBA-ISC

OBJETIVO ESPECÍFICO 4
Desenvolver o processo de programação anual das ações e serviços de saúde

AÇÃO 1
Aperfeiçoamento das metodologias, processos e instrumentos de planejamento,
programação, acompanhamento e avaliação nos níveis central, distrital e local.

Órgão Coordenador: ASTEC


Técnicos Responsáveis: Dulcelina Anjos do Carmo
Órgãos Envolvidos: Coordenações do nível central e DS

Linha de Ação 12
Organização da rede e fortalecimento da gestão dos distritos e serviços
de saúde

OBJETIVO ESPECÍFICO 1
Elaborar/ implementar a proposta de mudança do modelo de atenção à saúde no
SUS municipal184

184
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

97
AÇÃO 1
Redefinição do desenho macro-organizacional do SUS municipal (número e limites dos
DS), de acordo com as regiões administrativas, as zonas de informação (ZI) e setores
censitários.

Órgão Coordenador: ASTEC


Técnicos Responsáveis: Dulcelina Anjos do Carmo
Órgãos Envolvidos: Coordenações do nível central, DS, UFBA-ISC

AÇÃO 2
Reorganização da rede de serviços de saúde em cada DS, de acordo com os modelos de
atenção e de organização de serviços definidos neste Plano.

Órgão Coordenador: ASTEC


Técnicos Responsáveis: Dulcelina Anjos do Carmo
Órgãos Envolvidos: Coordenações do nível central, DS, UFBA-ISC

AÇÃO 3
Apoio ao processo de elaboração e implementação do projeto assistencial das unidades
de saúde em cada DS.

Órgão Coordenador: ASTEC


Técnicos Responsáveis: Dulcelina Anjos do Carmo
Órgãos Envolvidos: Coordenações do nível central e DS, UFBA-ISC

AÇÃO 4
Formulação de plano de investimentos para a ampliação da infra-estrutura ,
considerando as prioridades das regiões administrativas e DS.

Órgão Coordenador: CAD


Técnicos Responsáveis: Antônio Luiz Pitiá
Órgãos Envolvidos: Coordenações do nível central e DS, UFBA-ISC

OBJETIVO ESPECÍFICO 2
Elaborar/ implementar a proposta de mudança do modelo de gestão no SUS
municipal185

AÇÃO 1
Criação da carreira de gerente de Unidades de Saúde e de Distritos Sanitários.

Órgão Coordenador: CDRH


Técnicos Responsáveis: Neusa Maria Cunha Barbosa
Órgãos Envolvidos: ASTEC, DS

185
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

98
AÇÃO 2
Definição das “modalidades de gestão” a serem utilizadas ou priorizadas no âmbito do
SUS municipal (OS, OSCIP, terceirizações).

Órgão Coordenador: Gabinete


Técnicos Responsáveis: Secretário
Órgãos Envolvidos: Coordenações do nível central

AÇÃO 3
Definição da equipe gerencial mínima para os Distritos Sanitários

Órgão Coordenador: CDRH


Técnicos Responsáveis: Neusa Maria Cunha Barbosa
Órgãos Envolvidos: ASTEC, DS

Linha de Ação 13
Regulação da oferta e utilização de serviços de média e alta
complexidade

OBJETIVO ESPECÍFICO 1
Implantar o sistema de regulação, controle e avaliação municipal.

AÇÃO 1
Criação do comitê gestor municipal para acompanhamento do processo de
implantação/funcionamento do complexo regulatório.

Órgão Coordenador: CRA


Técnicos Responsáveis: Rosana Bezerra
Órgãos Envolvidos: COAPS

AÇÃO 2
Implantação do complexo regulatório municipal

Órgão Coordenador: CRA


Técnicos Responsáveis: Conceição Benigno
Órgãos Envolvidos: COAPS, CAD, CDRH

AÇÃO 3
Descentralização de ações do Controle e Avaliação para os Distritos Sanitários,
inclusive a regulação do SADT.

Órgão Coordenador: CRA


Técnicos Responsáveis: Conceição Benigno
Órgãos Envolvidos: COAPS, DS

99
AÇÃO 4
Desenvolvimento de metodologias/instrumentos para avaliação das ações de saúde
compatíveis com o planejamento de saúde da SMS.

Órgão Coordenador: CRA


Técnicos Responsáveis: Rosana Bezerra
Órgãos Envolvidos: ASTEC, COAPS, DS

Linha de Ação 14
Gerenciamento dos recursos financeiros e materiais

OBJETIVO ESPECÍFICO 1
Promover a autonomia e capacidade do Fundo Municipal de Saúde para gerir os
recursos advindos das 3 esferas de governo.186

AÇÃO 1
Desvinculação dos recursos financeiros da saúde do sistema de caixa único.

Órgão Coordenador: FMS


Técnicos Responsáveis: Ana Lúcia Nunes Costa
Órgãos Envolvidos: SEFAZ

AÇÃO 2
Execução da gestão independente dos recursos financeiros oriundos de tributos de
competência federal, estadual e municipal.

Órgão Coordenador: FMS


Técnicos Responsáveis: Ana Lúcia Nunes Costa
Órgãos Envolvidos: SEFAZ

AÇÃO 3
Elaboração e adoção de normas específicas na aplicação dos recursos destinados ao
financiamento das ações e serviços de saúde.

Órgão Coordenador: FMS


Técnicos Responsáveis: Ana Lúcia Nunes Costa
Órgãos Envolvidos: MS, SESAB

186
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

100
OBJETIVO ESPECÍFICO 2
Regularizar o abastecimento de materiais/ medicamentos nas Unidades de Saúde
dos Distritos Sanitários.187

AÇÃO 1
Formulação e implementação a política de medicamentos do município de Salvador,
definindo a logística da distribuição de forma regular e oportuna para a prevenção do
desabastecimento e de perda dos prazos de validade.

Órgão Coordenador: COAPS


Técnicos Responsáveis: Carlos Alberto Trindade
Órgãos Envolvidos: CAD, NGI, CDRH, DS

OBJETIVO ESPECÍFICO 3
Ampliar a capacidade instalada (rede física e equipamentos) do SUS municipal.188

AÇÃO 1
Construção,reforma e aquisição e instalação de equipamentos as UBS de acordo com a
proposta de mudança dos modelos de atenção e de organização de serviços.

Órgão Coordenador: CAD


Técnicos Responsáveis: Antônio Luiz Pitiá
Órgãos Envolvidos: ASTEC, COAPS

Linha de Ação 15
Sistema de Informação em Saúde

OBJETIVO ESPECÍFICO 1
Reestruturar o sistema de informação em saúde no SUS municipal

AÇÃO 1
Integração, compatibilização e descentralização dos sistemas de informação em saúde.

Órgão Coordenador: CRA


Técnicos Responsáveis: Tânia Cristina de Jesus
Órgãos Envolvidos: COSAM, COAPS, DS

187
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde
188
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

101
AÇÃO 2
Implementação do Cartão Nacional de Saúde – CNS junto aos DS.

Órgão Coordenador: NGI


Técnicos Responsáveis: Cláudio Porto
Órgãos Envolvidos: COAPS, CRA, DS

AÇÃO 3
Adequação do Sistema de Informação à política de atenção a saúde da população negra.

Órgão Coordenador: GTSPN


Técnicos Responsáveis: Denise Almeida Ribeiro
Órgãos Envolvidos: CRA, NGI

AÇÃO 4
Implantação de um software específico para o gerenciamento de pessoal na SMS.

Órgão Coordenador: CDRH


Técnicos Responsáveis: Neusa Maria Cunha Barbosa
Órgãos Envolvidos: NGI, SESAB

OBJETIVO ESPECÍFICO 2
Implantar Política de Tecnologia de Informação

AÇÃO 1
Implementação do processo de informatização na SMS. (âmbitos central, distrital e
local).

Órgão Coordenador: NGI


Técnicos Responsáveis: Cláudio Porto
Órgãos Envolvidos: CAD, DS, Unidades de Saúde

102
MÓDULO OPERACIONAL V
VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS E
TRABALHADORES DA SAÚDE

OBJETIVO GERAL
Desenvolver processos de gestão do trabalho e de educação
permanente em saúde, qualificando a administração de pessoal.

Linha de Ação 16
Educação Permanente em Saúde

OBJETIVO ESPECÍFICO 1
Implantar e Implementar a Política de Educação Permanente com o objetivo de
transformar o processo de trabalho em eixo definidor e configurador de demandas
educacionais.189

AÇÃO 1
Desenvolvimento de metodologias que propiciem a reflexão sobre as práticas educativas
no cotidiano do trabalho em saúde, relações na produção do cuidado e análise do
contexto da gestão e das práticas de saúde.

Órgão Coordenador: CDRH


Técnicos Responsáveis: Daniela Fontoura
Órgãos Envolvidos: COAPS

AÇÃO 2
Implantação dessas metodologias junto às equipes das unidades de saúde, nos DS e do
nível central da SMS.

Órgão Coordenador: CDRH


Técnicos Responsáveis: Daniela Fontoura
Órgãos Envolvidos: COAPS, DS, Unidades de Saúde

AÇÃO 3
Fomento da cultura de compartilhamento do saber através da criação de espaços de
discussão da política de EPS nos níveis central, distrital e local.

Órgão Coordenador: CDRH


Técnicos Responsáveis: Daniela Fontoura
Órgãos Envolvidos: DS, UBS

189
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

103
AÇÃO 4
Desenvolvimento das áreas temáticas de gênero, raça, prevenção à violência, direitos
humanos, acolhimento e humanização nas ações de capacitação e aperfeiçoamento dos
profissionais de saúde.

Órgão Coordenador: CDRH


Técnicos Responsáveis: Daniela Fontoura
Órgãos Envolvidos: GTSPN, COAPS, COSAM

AÇÃO 5
Viabilização de processos contínuos de capacitação e aprimoramento profissional em
áreas críticas da gestão do SUS Municipal.

Órgão Coordenador: CDRH


Técnicos Responsáveis: Daniela Fontoura
Órgãos Envolvidos: DS, UBS, SMS, SESAB

AÇÃO 6
Apoio aos DS na criação de espaços e ferramentas para a divulgação e troca de saberes
entre profissionais e trabalhadores de saúde.

Órgão Coordenador: CDRH


Técnicos Responsáveis: Daniela Fontoura
Órgãos Envolvidos: DS, ASTEC, NGI

Linha de Ação 17
Administração de Pessoal

OBJETIVO ESPECÍFICO 1
Reformular e implantar o Plano de Carreira, Cargos e Salários - PCCS, em
consonância com as diretrizes do Sistema Único de Saúde.190

AÇÃO 1
Orientação para a organização dos trabalhadores do SUS em estrutura de carreira,
observando os requisitos de valorização, através da eqüidade de oportunidades.

Órgão Coordenador: CDRH


Técnicos Responsáveis: Nair Fábio
Órgãos Envolvidos: SEAD, Comissão de revisão do PCCS

190
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

104
AÇÃO 2
Promoção de compromisso solidário entre gestores e trabalhadores do SUS.

Órgão Coordenador: CDRH


Técnicos Responsáveis: Neusa Maria Cunha Barbosa
Órgãos Envolvidos: SEAD, Sindicatos

AÇÃO 3
Incentivo às ações permanentes de qualificação dos trabalhadores e profissionais de
saúde.

Órgão Coordenador: CDRH


Técnicos Responsáveis: Neusa Maria Cunha Barbosa
Órgãos Envolvidos: SEAD, Sindicatos

OBJETIVO ESPECÍFICO 2
Definir o quadro básico de pessoal em função das necessidades de ações e serviços
de saúde, na perspectiva da gestão plena.191

AÇÃO 1
Definição do quadro básico de pessoal em função das necessidades de ações e serviços
de saúde, na perspectiva da gestão plena.

Órgão Coordenador: CDRH


Técnicos Responsáveis: Nair Fábio
Órgãos Envolvidos: COAPS/DS/ASTEC

AÇÃO 2
Criação de novos cargos para atender as necessidades de ações e serviços de saúde,
segundo as prioridades estabelecidas neste Plano.

Órgão Coordenador: CDRH


Técnicos Responsáveis: Nair Fábio
Órgãos Envolvidos: COAPS, DS, ASTEC

AÇÃO 3
Realização de Concurso Público para provimento de vagas do quadro básico de pessoal.

Órgão Coordenador: CDRH


Técnicos Responsáveis: Neusa Maria Cunha Barbosa
Órgãos Envolvidos: COAPS, DS, ASTEC

191
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

105
OBJETIVO ESPECÍFICO 3
Valorizar o servidor municipal de Saúde.192

AÇÃO 1
Implementação do Programa de Valorização do Servidor

Órgão Coordenador: CDRH


Técnicos Responsáveis: Nair Fábio
Órgãos Envolvidos: ASTEC, COAPS, DS, SEAD

192
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

106
MÓDULO OPERACIONAL VI
QUALIFICAÇÃO DO CONTROLE SOCIAL
OBJETIVO GERAL
Promover a participação social em saúde e efetivar a gestão
participativa.

Linha de Ação 18
Controle Social

OBJETIVO ESPECÍFICO 1
Ampliar o debate sobre a Política Municipal de Saúde.193

AÇÃO 1
Organização e realização da 8a Conferência Municipal de Saúde.

Órgão Coordenador: Assessoria de Gestão Participativa


Técnicos Responsáveis: Heleni Duarte
Órgãos Envolvidos: CMS, Entidades representantes de trabalhadores de saúde,
usuários e prestadores públicos e privados.

AÇÃO 2
Organização e realização da Conferência Municipal de Vigilância Sanitária..

Órgão Coordenador: COSAM/VISA e Assessoria de Gestão Participativa


Técnicos Responsáveis: Ana Simões e Heleni Duarte
Órgãos Envolvidos: CMS, Entidades representantes de trabalhadores de saúde,
usuários e prestadores, SESAB/DIVISA

OBJETIVO ESPECÍFICO 2
Desenvolver um processo de capacitação permanente dos diversos segmentos da
sociedade para o exercício do controle social do SUS municipal.194

AÇÃO 1
Elaboração e implementação de um plano/programa de capacitação permanente dos
conselheiros de saúde, lideranças comunitárias e programadores de emissoras de rádio
comunitárias.

Órgão Coordenador: Assessoria de Gestão Participativa


Técnicos Responsáveis: Heleni Duarte
Órgãos Envolvidos: CDRH, DS, GTSPN, Conselheiros, Universidades

193
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde
194
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

107
OBJETIVO ESPECÍFICO 3
Qualificar a atuação do Conselho Municipal de Saúde195

AÇÃO 1
Criação de Comitês/Grupos técnicos para monitorar a implementação dos módulos
operacionais e ações estratégicas do Plano Municipal de Saúde 2006-2009.

Órgão Coordenador: ASTEC


Técnicos Responsáveis:Dulcelina Anjos do Carmo
Órgãos Envolvidos: Coordenações nível central, CMS, Assessoria de Gestão
Participativa, DS

OBJETIVO ESPECÍFICO 4
Ampliar a participação popular na gestão do SUS.196

AÇÃO 1
Democratização de informações que facilitem o acesso da população aos serviços de
saúde.

Órgão Coordenador: Assessoria de Gestão Participativa


Técnicos Responsáveis: Heleni Duarte
Órgãos Envolvidos: COAPS, ASTEC, DS, Comunidades

AÇÃO 2
Envolvimento de representantes da população no planejamento e avaliação do sistema
de saúde nos DS.

Órgão Coordenador: Assessoria de Gestão Participativa


Técnicos Responsáveis: Heleni Duarte
Órgãos Envolvidos: ASTEC, CRA, DS, Comunidade, ONGs

AÇÃO 3
Realização de Fóruns Distritais de Saúde.

Órgão Coordenador: Assessoria de Gestão Participativa


Técnicos Responsáveis: Heleni Duarte
Órgãos Envolvidos: CMS, Conselho Distrital de Saúde, DS e Comunidade

195
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde
196
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

108
OBJETIVO ESPECÍFICO 5
Implantar os Conselhos Distritais e Locais de Saúde.197

AÇÃO 1
Mobilização da população para a criação e funcionamento dos Conselhos Distritais e
Locais.

Órgão Coordenador: Assessoria de Gestão Participativa


Técnicos Responsáveis: Heleni Duarte
Órgãos Envolvidos: DS, CMS, Servidores e Comunidade

AÇÃO 2
Promoção da participação de representantes das religiões de matriz africana nos
Conselhos Locais e Distritais de saúde.

Órgão Coordenador: Assessoria de Gestão Participativa


Técnicos Responsáveis: Heleni Duarte
Órgãos Envolvidos: GTSPN

AÇÃO 3
Monitoramento do funcionamento dos Conselhos Distritais e Locais criados.

Órgão Coordenador: Assessoria de Gestão Participativa


Técnicos Responsáveis: Heleni Duarte
Órgãos Envolvidos: CMS

OBJETIVO ESPECÍFICO 6
Estabelecer rede de intercâmbio entre os diversos conselhos municipais de políticas
públicas.

AÇÃO 1
Elaboração da Agenda Intersetorial Pactuada, articulando com o Fórum Intersetorial e
Comitês Intersetoriais.

Órgão Coordenador: Assessoria de Gestão Participativa


Técnicos Responsáveis: Heleni Duarte
Órgãos Envolvidos: CMS, demais conselhos (meio-ambiente, educação, justiça)

197
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

109
OBJETIVO ESPECÍFICO 7
Criar as instâncias de Controle Social da Saúde do Trabalhador no município.198

AÇÃO 1
Formação do Conselho Gestor do CEREST/SSA

Órgão Coordenador: CEREST, Assessoria de Gestão Participativa


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio e Heleni Duarte
Órgãos Envolvidos: CMS, Centrais Sindicais e outras representações de usuários e
trabalhadores

AÇÃO 2
Fortalecimento da Câmara Técnica Intersetorial de Saúde do Trabalhador – CTIST

Órgão Coordenador: CEREST, Assessoria de Gestão Participativa


Técnicos Responsáveis:Angélica Riccio e Heleni Duarte
Órgãos Envolvidos: CMS, Centrais Sindicais e outras representações de usuários e
trabalhadores

AÇÃO 3
Institucionalização da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador Municipal –
CIST/SSA.

Órgão Coordenador: CEREST, Assessoria de Gestão Participativa


Técnicos Responsáveis: Angélica Riccio e Heleni Duarte
Órgãos Envolvidos: CMS, Centrais Sindicais e outras representações de usuários e
trabalhadores

198
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

110
MÓDULO OPERACIONAL VII
POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA POPULAÇÃO
NEGRA

OBJETIVO GERAL
Formular e implementar políticas de prevenção de agravos e riscos,
assistência e vigilância da saúde da população negra.

Linha de Ação 19
Formulação e implementação de políticas de proteção e atenção da
saúde da população negra.

OBJETIVO ESPECÍFICO 1
Dar visibilidade aos agravos prevalentes na população negra

AÇÃO 1
Montagem da rede de informação para o monitoramento dos agravos prevalentes na
população negra de Salvador

Órgão Coordenador: GTSPN


Técnicos Responsáveis: Denise Almeida Ribeiro
Órgãos Envolvidos: COSAM/VIEP, CRA

AÇÃO 2
Implantação do Observatório da Saúde da População Negra de Salvador.

Órgão Coordenador: GTSPN


Técnicos Responsáveis: Liliane Bittecourt
Órgãos Envolvidos: COSAM/VIEP, CRA, Fórum Comunitário de Combate a
Violência.

111
OBJETIVO ESPECÍFICO 2
Implementar as ações de Combate ao Racismo Institucional na Saúde199

AÇÃO 1
Sensibilização dos profissionais e trabalhadores de saúde para o combate ao racismo
institucional.

Órgão Coordenador: GTSPN


Técnicos Responsáveis: Denise Almeida Ribeiro
Órgãos Envolvidos: CDRH

AÇÃO 2
Criação do comitê técnico municipal de saúde da população negra. (pesquisadores,
representação da sociedade civil, etc).

Órgão Coordenador: GTSPN


Técnicos Responsáveis: Denise Almeida Ribeiro
Órgãos Envolvidos: ASTEC

OBJETIVO ESPECÍFICO 3
Desenvolver ações de saúde junto às religiões de matriz africanas.

AÇÃO 1
Formação da rede municipal de centros religiosos de matriz africana que desenvolvem
atividades de saúde.

Órgão Coordenador: GTSPN


Técnicos Responsáveis: Denise Almeida Ribeiro
Órgãos Envolvidos: SEMUR, ONGs

OBJETIVO ESPECÍFICO 4
Preservar a cultura de saúde das áreas remanescentes de Quilombos Urbanos.

AÇÃO 1
Desenvolvimento de ações de saúde nas áreas remanescentes de Quilombos Urbanos.

Órgão Coordenador: GTSPN


Técnicos Responsáveis: Denise Almeida Ribeiro
Órgãos Envolvidos: SEMUR, ONGs

199
Deliberação da VIII Conferência Municipal de Saúde

112
6. Plano PluriAnual - PPA

ÓRGÃO: 11 – Secretaria Municipal de Saúde - SMS


ENTIDADE: 1111 – Fundo Municipal de Saúde – FMS
UNIDADE: 111110 – Gestora do Fundo – GF
PROGRAMA: 001 – Modernização Administrativa

Descrição da Ação Unidade Tipo Produto Unidade Ano Metas Valores (em R$ 1.000)
Responsável (Bem ou Serviço) Medida Físicas Tesouro Outras Extra-
Fontes Orçamento
021 - Ampliação da SMS-FMS P Tecnologia Unidade 2006 1 1.770 2.850 -
Tecnologia de Ampliada 2007 1 1.500 2.980 -
Informatização da SMS 2008 1 500 3.100 -
2009 1 500 3.300 -
Total 4 4.270 12.230 -
019 - Modernização das SMS-FMS P Instalação Física Unidade 2006 1 1.500 - -
Instalações Físicas da Modernizada 2007 - - -
SMS 2008 - - -
2009 - - -
Total 1 1.500 - -
020 - Modernização dos SMS-FMS P Área Administrativa Unidade 2006 2 2.710 1.680
Serviços da SMS Modernizada 2007 3 3.080 1.820
2008 3 1.000 2.090
2009 4 500 2.370
Total 12 7.290 7.960
TOTAL DO PROGRAMA NO PPA 13.060 20.190

113
ÓRGÃO: 11 – Secretaria Municipal de Saúde - SMS
ENTIDADE: 1111 – Fundo Municipal de Saúde – FMS
UNIDADE: 111110 – Gestora do Fundo – GF
PROGRAMA: 012 – Atenção às Urgências e Alta Complexidade

Descrição da Ação Unidade Tipo Produto Unidade Ano Metas Valores (em R$ 1.000)
Responsável (Bem ou Serviço) Medida Físicas Tesouro Outras Extra-
Fontes Orçamento
140 - Manutenção do SMS-FMS A Atendimento Unidade 2006 110.000 8.070 10.000 -
Serviço de Atendimento Mantido 2007 120.000 9.080 11.500 -
Médico Pré-Hospitalar de 2008 130.000 9.880 14.000 -
Urgência e Emergência 2009 145.000 10.320 16.000 -

Total 507.000 37.350 51.500


TOTAL DO PROGRAMA NO PPA 37.350 51.500

114
ÓRGÃO: 11 – Secretaria Municipal de Saúde - SMS
ENTIDADE: 1111 – Fundo Municipal de Saúde – FMS
UNIDADE: 111110 – Gestora do Fundo – GF
PROGRAMA: 013 - Gestão Plena do Sistema Municipal de Saúde

Descrição da Ação Unidade Tipo Produto Unidade Ano Metas Valores (em R$ 1.000)
Responsável (Bem ou Serviço) Medida Físicas Tesouro Outras Extra-
Fontes Orçamento
141 - Ampliação e SMS-FMS P Unidade de Saúde Unidade 2006 20 2.524 10.000
Adequação da Rede de Ampliada/Adequada 2007 18 2.500 7.000
Unidade de Saúde de 2008 15 1.000 7.000
Média e Alta 2009 15 500 7.000
Complexidade
Total 68 6.524 31.000
142 - Implantação do SMS-FMS P Sistema Implantado Percentual 2006 100 2.000 1.010
Sistema de Regulação, 2007
Controle e Avaliação do 2008
Sistema de Saúde 2009
Total 100 2.000 1.010
143 - Promoção das Ações SMS-FMS A Ação Promovida Unidade 2006 294.000 32.320 263.209
de Alta e Média 2007 308.700 33.026 276.245
Complexidade 2008 324.300 34.600 278.438
2009 341.000 37.580 296.571
Total 1.268.000 137.526 1.114.463
144 - Manutenção do SMS-FMS A Sistema Mantido Percentual 2006 100 500 - -
Sistema de Regulação, 2007 100 3.700 1.200 -
Controle e Avaliação do 2008 100 3.900 1.300 -
Sistema de Saúde 2009 100 3.200 1.460 -

Total 100 11.300 3.960


TOTAL DO PROGRAMA NO PPA 157.350 1.150.433

115
ÓRGÃO: 11 – Secretaria Municipal de Saúde - SMS
ENTIDADE: 1111 – Fundo Municipal de Saúde – FMS
UNIDADE: 111110 – Gestora do Fundo – GF
PROGRAMA: 014 – Vigilância Sanitária, Ambiental e Epidemiológica

Descrição da Ação Unidade Tipo Produto Unidade Ano Metas Valores (em R$ 1.000)
Responsável (Bem ou Serviço) Medida Físicas Tesouro Outras Extra-
Fontes Orçamento
145 - Promoção das Ações SMS-FMS A Ação Promovida Unidade 2006 1.170 1.000 2.410
de Vigilância 2007 1.200 1.180 2.590
Epidemiológica 2008 1.280 1.300 2.790
2009 1.350 1.500 2.950
Total 5.000 4.980 10.740
146 - Promoção das Ações SMS-FMS A Ação Promovida Unidade 2006 2.610 2.500 7.170
de Vigilância Sanitária e 2007 2.720 2.870 7.810
Ambiental 2008 2.830 3.290 8.890
2009 2.960 3.700 10.250
Total 11.120 12.360 34.120
147 - Promoção das Ações SMS-FMS A Ação Promovida Unidade 2006 160 100 560 -
de Imunização 2007 170 120 600 -
2008 180 140 700 -
2009 190 160 800 -
Total 700 520 2.660
TOTAL DO PROGRAMA NO PPA 17.860 47.520 -

116
ÓRGÃO: 11 – Secretaria Municipal de Saúde - SMS
ENTIDADE: 1111 – Fundo Municipal de Saúde – FMS
UNIDADE: 111110 – Gestora do Fundo – GF
PROGRAMA: 015 – Valorização dos Profissionais de Saúde

Descrição da Ação Unidade Tipo Produto Unidade Ano Metas Valores (em R$ 1.000)
Responsável (Bem ou Serviço) Medida Físicas Tesouro Outras Extra-
Fontes Orçamento
148 - Capacitação, SMS-FMS A Profissional Unidade 2006 200 950 830 -
Formação e Qualificado 2007 230 1.100 870 -
Desenvolvimento dos 2008 260 1.250 900 -
Profissionais de Saúde do 2009 280 1.400 920 -
Município.
Total 970 4.700 3.520
TOTAL DO PROGRAMA NO PPA 4.700 3.520 -

117
ÓRGÃO: 11 – Secretaria Municipal de Saúde - SMS
ENTIDADE: 1111 – Fundo Municipal de Saúde – FMS
UNIDADE: 111110 – Gestora do Fundo – GF
PROGRAMA: 016 – Atenção Básica à Saúde

Descrição da Ação Unidade Tipo Produto Unidade Ano Metas Valores (em R$ 1.000)
Responsável (Bem ou Serviço) Medida Físicas Tesouro Outras Extra-
Fontes Orçamento
151 - Adequação das SMS-FMS P Unidade de Saúde Unidade 2006 25 4.500 2.360 -
Unidades Básicas de Adequada 2007 10 2.360 2.600 -
Saúde 2008 10 2.420 2.750 -
2009 10 2.500 2.890 -
Total 55 11.780 10.600 -
152 - Promoção das Ações SMS-FMS A Atendimento Unidade 2006 2.700 31.945 25.136 -
Básicas de Saúde Realizado 2007 2.850 32.602 26.530 -
2008 3.000 34.040 28.100 -
2009 3.150 35.540 29.878 -
Total 11.700 134.127 109.644 -
153 - Desenvolvimento SMS-FMS A Ação Realizada Unidade 2006 150 100 267 -
das Ações de Recuperação 2007 180 120 175 -
Nutricional 2008 200 140 184 -
2009 230 160 93 -
Total 760 520 719 -
154 - Ações de Atenção a SMS-FMS A Família Atendida Unidade 2006 210.000 43.150 28.350 -
Saúde da Família 2007 221.000 44.778 34.600 -
2008 230.000 45.610 41.700 -
2009 240.000 46.650 47.250 -
Total 901.000 180.188 151.900 -
155 - Informação, SMS-FMS A Ação Educativa Unidade 2006 334 350 250 -
Educação e Comunicação Realizada 2007 350 230 350 -
Social em Saúde 2008 368 265 368 -
2009 386 150 470 -
Total 1.438 995 1.438 -

118
156 - Realização de SMS-FMS A Programa Realizado Unidade 2006 5 2.000 2.534 -
Programas de Atenção à 2007 5 2.300 2.520 -
Saúde Odontológica 2008 5 2.680 2.890 -
2009 5 3.070 2.976 -
Total 20 10.050 10.920 -
157 - Realização de Feiras SMS-FMS A Feira Realizada Unidade 2006 4 100 300 -
Educativas de Saúde 2007 5 110 330 -
2008 4 125 370 -
2009 5 140 420 -
Total 18 475 1.420 -
352 - Promoção das Ações SMS-FMS A Atendimento Unidade 2006 324 - 3.434 -
de Saúde da População Realizado 2007 305 - 3.500 -
Negra 2008 308 - 3.500 -
2009 292 - 3.302 -
Total 1.229 - 13.736 -
TOTAL DO PROGRAMA NO PPA 338.135 300.377 -

ÓRGÃO: 11 – Secretaria Municipal de Saúde - SMS


ENTIDADE: 1111 – Fundo Municipal de Saúde – FMS
UNIDADE: 111110 – Gestora do Fundo – GF
PROGRAMA: 051 – Apoio Administrativo do Poder Executivo

Descrição da Ação Unidade Tipo Produto Unidade Ano Metas Valores (em R$ 1.000)
Responsável (Bem ou Serviço) Medida Físicas Tesouro Outras Extra-
Fontes Orçamento
501 – Manutenção dos A 2006 15.540 650 -
Serviços Técnicos e 2007 16.320 780 -
Administrativos 2008 17.565 930 -
2009 17.067 1.100 -
Total 66.492 3.460
TOTAL DO PROGRAMA NO PPA 66.492 3.460

119
7.ANEXOS

120
ANEXO I

Tabela 1 - População residente e taxa de crescimento geométrico, média anual para a Região Metropolitana de Salvador,
Estado da Bahia e Brasil - 1960/1970/1980/1991/1996/2000
População Residente (hab) Taxa de Crescimento (% anual)
Municípios
1960 1970 1980 1991 1996 2000 1960/70 1970/80 1980/91 1991/96 1996/00 1991/00
Camaçari 21.849 33.273 89.164 113.639 134.901 161.727 4,3 10,4 2,2 3,5 4,7 4,0
Candeias 18.484 34.195 54.081 67.941 69.503 76.783 6,3 4,7 2,1 0,5 2,5 1,4
Dias D´ávila - - - 31.260 37.916 45.333 - - - 3,9 4,6 4,2
Itaparica 25.276 8.391 10.877 15.055 17.975 18.945 - 2,6 3,0 3,6 1,3 2,6
Lauro de Freitas - 10.007 35.431 69.270 97.219 113.543 - 13,5 6,3 7,0 4,0 5,6
Madre de Deus - - - 9.183 9.961 12.036 - - - 1,6 5,1 3,1
SALVADOR 655.735 1.007.195 1.502.013 2.075.273 2.211.539 2.443.107 4,4 4,1 3,0 1,3 2,5 1,8
São Francisco do Conde 18.455 20.738 17.838 20.238 24.213 26.282 1,2 -1,5 1,2 3,7 2,1 2,9
Simões Filho - 22.019 43.571 72.526 78.229 94.066 - 7,1 4,7 1,5 4,7 2,9
Vera Cruz - 12.003 13.749 22.136 27.628 29.750 - 1,4 4,4 4,5 1,8 3,3
RMS 739.799 1.147.821 1.766.724 2.496.521 2.709.084 3.021.572 4,5 4,4 3,2 1,6 2,8 2,1
ESTADO DA BAHIA 5.990.605 7.583.140 9.597.393 11.867.991 12.541.745 13.070.250 2,4 2,4 1,9 1,1 1,0 1,1
BRASIL 70.191.370 93.139.037 119.002.706 146.825.475 157.079.573 169.799.170 2,9 2,5 1,9 1,4 2,0 1,6
Fonte: IBGE - VII Recenseamento Geral do Brasil - 1960 - Estado da Bahia
Censos Demográficos, 1970/80/91/2000 e Contagem da População, 1996, Volume 1.
Nota: Os municípios de Simões Filho, Lauro de Freitas e Vera Cruz foram criados após 1960, respectivamente em 1961, 1962, 1962. Os municípios de
Dias D'Ávila e Madre de Deus foram criados após 1980, respectivamente em 1985 e 1989.

121
Tabela 2 - Taxa de natalidade por distrito sanitário (1000nascidos) - Salvador 2005

Dist Salvador CNES Nascidos vivos Populacao Tx nat


Centro Historico 902 69994 13
Itapagipe 2031 165058 12
Sao Caetano/Valeria 3830 244173 16
Liberdade 2516 175405 14
Brotas 2484 212910 12
Barra/Rio Vermelho/Pitub 4050 344337 12
Boca do Rio 1573 117437 13
Itapoan 2790 208762 13
Cabula/Beiru 5303 378243 14
Pau da Lima 2955 269344 11
Suburbio Ferroviario 5366 324931 17
Cajazeiras 2422 162963 15
Salvador 36222 2673557 14
Fonte: CRA \ SUIS\ SINASC
* Dados sujeitos a retifiação posterior

Tabela 3 - População residente em Salvador segundo Sexo, Idade e Faixa Etária –


2000

Faixas Etárias Total Homens Mulheres


0 - 4 anos 208.200 106.372 101.828
5 - 9 anos 206.096 104.586 101.510
10 - 14 anos 223.479 112.172 111.307
15 - 19 anos 281.615 137.004 144.611
20 - 24 anos 275.117 129.554 145.563
25 - 29 anos 227.408 105.895 121.513
30 - 34 anos 207.711 96.194 111.517
35 - 39 anos 190.980 87.963 103.017
40 - 44 anos 164.256 75.777 88.479
45 - 49 anos 127.545 58.321 69.224
50 - 54 anos 96.728 44.205 52.523
55 - 59 anos 66.061 28.712 37.349
60 - 64 anos 53.589 22.371 31.218
65 - 69 anos 40.099 15.557 24.542
70 - 74 anos 30.322 10.958 19.364
75 - 79 anos 19.497 6.874 12.623
80 anos ou mais 21.269 6.297 14.972
Não declarada 3.135 1.476 1.659
Total 2.443.107 1.150.288 1.292.819
Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2000

122
Tabela 5 - Pessoas Responsáveis por Domicílios Particulares Permanentes por rendimento nominal mensal, segundo Região
Administrativa Salvador – 2000
Rendimento Nominal Mensal
Região Administrativa Até Mais de Mais de Mais de Mais de Mais de Sem
Total
1 SM¹ 1 a 3 SM 3 a 5 SM 5 a 10 SM 10 a 20 SM 20 SM Rendimento
I – Centro 2.954 5.528 3.969 5.958 3.504 1.394 2.049 25.356
II – Itapagipe 9.402 12.795 5.777 5.404 1.850 470 4.919 40.617
III - São Caetano 12.085 19.104 7.061 4.206 842 153 7.993 51.444
IV – Liberdade 10.374 16.339 7.430 6.356 1.754 335 5.780 48.368
V – Brotas 7.525 12.811 6.700 9.671 6.680 3.633 5.436 52.456
VI – Barra 778 1.720 1.527 4.483 6.030 6.312 1.192 22.042
VII - Rio Vermelho 9.488 15.160 5.778 6.351 3.834 2.389 4.996 47.996
VIII – Pituba 234 686 976 3.718 6.180 7.905 897 20.596
IX - Boca do Rio 3.242 6.339 3.141 5.687 5.402 2.942 2.420 29.173
X – Itapuã 10.732 15.702 5.442 6.072 4.211 2.728 7.274 52.161
XI – Cabula 6.889 12.044 4.929 5.631 2.601 641 4.596 37.331
XII - Tancredo Neves 11.089 17.670 5.687 4.445 1.057 184 9.132 49.264
XIII - Pau da Lima 10.674 17.261 7.072 6.957 2.201 449 9.167 53.781
XIV – Cajazeiras 7.496 13.913 5.480 3.080 538 85 5.791 36.383
XV – Valéria 4.153 6.946 2.139 1.033 179 42 3.369 17.861
XVI - Subúrbio Ferroviário 17.140 22.482 7.423 4.894 1.087 216 12.588 65.830
XVII – Ilhas 209 223 50 31 6 1 99 619
Total 124.464 196.723 80.581 83.975 47.956 29.879 87.700 651.278
% 19,11 30,20 12,37 12,89 7,37 4,59 13,47 100,00
Em 1991 114.299 163.964 54.739 56.531 32.776 17.949 33.807 478.065
% 23,91 34,30 11,45 11,82 6,85 3,75 7,07 100,00
Fonte: IBGE - Censo Demográfico de 2000
(1): O Salário Mínimo (SM) de referência é o de Julho de 2000 : R$151,00
Elaboração: PMS/SEPLAM/FMLF/GERIN/SISE/GEO, 2002

123
Tabela 6 - Domicílios particulares permanentes, por adequação da moradia, Salvador – Bahia 2000
Domicílios particulares permanentes
Mesorregiões, Código
Microrregiões Adequação da moradia da
e Total Semi- Unidade
Adequada Inadequada Geográfica
Municípios adequada
(1) (3)
(2)
Salvador............................................................................. 651 008 383 974 264 952 2 082 2927408
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000.
(1) Domicílios particulares permanentes com rede geral de abastecimento de água, com rede geral de esgoto ou fossa séptica, coleta de lixo por
serviço de limpeza e até 2 moradores por dormitório.
(2) Domicílios particulares permanentes com pelo menos um serviço inadequado.
(3) Domicílios particulares permanentes com abastecimento de água proveniente de poço ou nascente ou outra forma, sem banheiro e sanitário ou
com escoadouro ligado à fossa rudimentar, vala, rio, lago, mar ou outra forma e lixo queimado, enterrado ou jogado em terreno baldio ou logradouro,
em rio, lago ou mar ou outro destino e mais de 2 moradores por dormitório.

124
Tabela 7 - Número de óbitos e Mortalidade Proporcional por Grupo de Causas (CID10). Salvador, 1996 a 2004
Ano
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Causas Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

I. DIP 1.167 9,0 942 7,7 1.011 7,7 1.008 7,7 888 7,0 876 6,7 836 6,2 853 6,8 802 6,3

II. Neoplasias 1.619 12,6 1.641 13,4 1.726 13,1 1.702 13,0 1.791 14,1 1.836 14,1 1.912 14,1 1.885 15,0 1.909 15,0

III. D.sangue org. Hemat. 109 0,8 98 0,8 85 0,6 92 0,7 77 0,6 89 0,7 112 0,8 113 0,9 95 0,7

IV. D. Gland.end.nut. 881 6,8 781 6,4 793 6,0 833 6,4 768 6,1 824 6,3 884 6,5 831 6,6 832 6,5

V. T. mentais 53 0,4 47 0,4 60 0,5 61 0,5 55 0,4 74 0,6 69 0,5 61 0,5 66 0,5

VI. D.sist.nerv. 223 1,7 183 1,5 205 1,6 193 1,5 170 1,3 183 1,4 180 1,3 154 1,2 157 1,2

VII. D.olho e anexos - - 1 0,1 1 0,1 - - - - - - - - 1 0,0 0 0,0

VIII.D.ouvido e ap.mast. 7 0,1 1 0,0 5 0,0 3 0,0 3 0,0 1 0,0 4 0,0 3 0,0 2 0,0

IX. DAC 3.726 28,9 3.555 29,0 3.788 28,8 3.437 26,3 3.414 26,9 3.693 28,4 3.661 27,0 3.249 25,8 3.313 25,9

X. DAR 1.348 10,5 1.197 9,7 1.358 10,3 1.390 10,6 1.473 11,6 1.402 10,8 1.561 11,5 1.442 11,4 1.628 12,8

XI. D.ap.dig. 663 5,1 660 5,4 658 5,0 680 5,2 620 4,9 627 4,8 682 5,0 632 5,0 710 5,6

XII. D.pele tec.subc. 34 0,3 38 0,3 47 0,4 49 0,4 38 0,3 49 0,4 67 0,5 48 0,4 43 0,3

XIII.D. sist osteomusc. 45 0,3 40 0,3 68 0,5 72 0,6 73 0,6 64 0,5 115 0,8 85 0,7 86 0,7

XIV. D.ap.geniturinário 295 2,3 256 2,1 238 1,8 254 1,9 276 2,2 280 2,2 289 2,1 281 2,2 318 2,5
XV. Gravidez parto e
puerpério 15 0,1 17 0,1 15 0,1 19 0,1 14 0,1 25 0,2 21 0,2 18 0,1 17 0,1

XVI. Alg.afec per.perinatal 611 4,7 602 4,9 696 5,3 1.004 7,7 878 6,9 903 6,9 838 6,2 702 5,6 582 4,6

XVII.Anomalias Cong. 173 1,3 177 1,4 163 1,2 159 1,2 128 1,0 89 0,7 118 0,9 102 0,8 98 0,8
XVIII.Sint sinais e afec. m.
def. 230 1,8 212 1,7 393 3,0 438 3,4 456 3,6 354 2,7 302 2,2 245 1,9 304 2,4

XX. Causas externas 1.700 13,2 1.830 14,9 1.845 14,0 1.659 12,7 1.561 12,3 1.646 12,6 1.886 13,9 1.896 15,0 1.805 14,1
TOTAL 12.899 100 12.278 100 13.155 100 13.053 100 12.683 100 13.015 100 13.537 100 12.601 100 12.767 100

Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM (Mort. Por Causas)

125
ANEXO II

Gráfico 1 - Taxa geométrica média anual de crescimento. Salvador - 1960/2000

5,0
4,5 4,4
4,0 4,1

3,5
3,0 3,0
2,5
2,0
1,8
1,5
1,0
0,5
0,0
1960/70 1970/80 1980/91 1991/00

Fonte: IBGE – Censos Demográficos

Gráfico 2 - Número Médio de Habitantes por Domicílio em Salvador - 1980/2000

5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
1980 1991 1996 2000

Fonte: IBGE

126
Gráfico 3 - Distribuição Setorial da Ocupação na Região Metropolitana de
Salvador - 2002

Outros
12%

Indústria
9%
Serviços
57%

C. Civil
7%

Comércio
15%

Gráfico 4 - Pessoas Responsáveis por Domicílios Particulares Permanentes por


Rendimento Nominal Mensal. Salvador - 1991/2000

250.000
2000
200.000
1991
Pessoas

150.000

100.000

50.000

-
Rendimento
Até 1 SM

1 a 3 SM

3 a 5 SM

5 a 10 SM

10 a 20 SM

Mais de 20

Sem
SM

127
ANEXO III

Pirâmide Etária 1 - Pirâmide Etária da População Salvador - 2000

75 - 79

60 - 64

45 - 49 Homens
Mulheres
30 - 34

15 - 19

0-4
150.000 100.000 50.000 0 50.000 100.000 150.000

Pirâmide Etária 2 - Pirâmide Etária da População Salvador - 2010

75 e +
70-74
65-69
60-64
55-59
50-54 Homens
45-49
40-44 Mulheres
35-39
30-34
25-29
20-24
15-19
10-14
05-09
00-04

200000 150000 100000 50000 0 50000 100000 150000 200000

128
ANEXO IV

129
Figura 24 -Distribuição Espacial dos leitos de Média Complexidade da Rede
Assistencial de Saúde por distrito sanitário. Salvador, 2005

LEGENDA

Clínica Média
Obstetrícia
Pediatria
Cirurgia

130
Figura 26 – Proporção (%) dos procedimentos em Cirurgias Ambulatoriais segundo
tipo de prestador. Salvador, 2004

10,1%

52,5%
37,4%

PRIVADO PÚBLICO FILANTROPICO

Figura 27 – Distribuição do número de procedimentos Traumato-Ortopédicos segundo


tipo de prestador. Salvador, 2004

759.050

21.188 28.524

PRIVADO PÚBLICO FILANTRÔPICO

131
Figura 28 – Distribuição do número de Ações Odontológicas Especializadas segundo
tipo de prestador. Salvador, 2004

n 149.237

150.000

120.000

90.000

60.000
682 2.732
30.000

-
Privado Público Filantrópico

Figura 29 – Proporção (%) dos procedimentos de Fisioterapia segundo tipo de


prestador, Salvador- 2004

24,7%

7,1%
68,2%

PRIVADO PÚBLICO FILANTRÔPICO

132
ANEXO V
Quadro 1. Problemas do estado de saúde, segundo grupos populacionais, identificados
nas oficinas de trabalho realizadas nos Distritos Sanitários. Salvador, Bahia, 2005.
Problema / Grupo Crianças Adolescentes Mulheres Adultos Idosos População
populacional
IRA/Pneumonias x
Escabiose x
Verminose x
Problemas oftalmológicos x
Violência/maus tratos x x x x x (carentes/negros)
mortes violentas
decorrentes do uso
de drogas ilícitas
Violência sexual/ abuso e x x
exploração sexual (prostituição)
Carência x x
alimentar/fome/desnutrição
Desmame precoce x
Cárie/doença periodontal x x x x
Consumo de drogas x x x x
alcool alcool
crack (carentes/negros)
Trabalho na infância/ uso no x
tráfico de drogas.
Gravidez precoce e não x x
planejada
DST x x x
Depressão x x
Sexualidade/identidade x
Aborto x
Câncer de mama x
Câncer de útero x
Neoplasias x x x
Hipertensão arterial x x x
(negros)
Diabetes x x x
Sobrepeso/obesidade x
Stress x
Problemas mentais x
Pessoas em situação de x
rua/exclusão social
HPV x
AIDS x
Deficiência física x
Leptospirose x x
Tuberculose x x
Dengue x
Anemia falciforme x
“Gripes” x
Suicídio x
Quedas x
Osteoporose x
Problemas de estética em x x
odontologia/"desdentados"
Problemas intestinais x

133
Quadro 2 - Parâmetros Assistenciais do SUS de acordo com a
Portaria MS/MG 1.101 de 12/06/2002

CONSULTAS MÉDICAS = 1 2 Hab./Ano


ATENDIMENTOS ODONTOLÓGICOS 0,5 Hab./Ano
CONSULTAS BÁSICAS DE URGÊNCIA 12 % de 1
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR 3 % de 1
CONSULTAS MÉDICAS BÁSICAS 63 % de 1
CONSULTAS MÉDICAS ESPECIALIZADAS 22 % de 1

Quadro 8 - Configuração da Rede de Serviços Municipal, segundo o Tipo de


Estabelecimento de Saúde. Salvador, 2005

Tipo de Estabelecimento N° Observação


Unidade Básica de Saúde 91
Aristides Novis, Osvaldo
Ambulatório de Especialidades * 5 Camargo e Rubim de Pinho
Policlínica 2 CAE Centro e Adriano Pondé

Pronto Socorro Geral 9


Pronto Socorro Especializado 2 1º e 2º UAO
Unidades Móveis 15
Total 124**
Fonte:CNES - 20/12/2005 (* falta incluir CAPS - Dr. Adilson Sampaio, o CEO 13º CS e a Unidade de
Saúde da Família Prof. Guilherme Rodrigues da Silva, inaugurada em 2006**)

Quadro 9 - Distribuição de leitos hospitalares SUS/Não SUS segundo especialidade.


Salvador, 2005
Leitos por especialidade
SUS NÃO SUS
Cirúrgicos 1.604 1.042
Obstetricos
506 177
Clínica Medica 902 489
Cuidado Prolongado
686 8
Psiquiatria 955 -
Tsiologia 91 2
Pediatria 577 130
Reabilitação 133 -
Hospital Dia (psiquiatria) 67 37
UTI 227 318
Total 5.748 2.203
Fonte: CNES 16/12/2005

134
Quadro 10. Oferta de leitos do SUS segundo especialidades e natureza do prestador.
Salvador, 2005.
Oferta SUS
Leitos por
Privado Público Filantrôpio Total
especialidade
n % n % n %
Cirúrgicos 313 19,7 752 47,4 520 32,8 1585
Obstetricos 36 7,1 435 86,0 35 6,9 506
Clínica Medica 58 6,3 545 59,4 314 34,2 917
Cuidado Prolongado 15 2,2 86 12,5 585 85,3 686
Psiquiatria 680 71,2 245 25,7 30 3,1 955
Tsiologia 3 1,8 128 77,6 34 20,6 165
Pediatria 41 6,7 413 67,9 154 25,3 608
Reabilitação 0,0 0,0 133 100,0 133
Hospital Dia 29 63,0 17 37,0 0,0 46
(psiquiatria)
UTI 10 3,4 158 53,9 125 42,7 293
Total 1.185 20,1 2.779 47,1 1.930 32,7 5.894
Fonte: Tabaih/Datasus - Arqvuio CHBA 08/2005

Quadro 11 - Número e percentual de municípios com referência para Salvador,


segundo o nível de complexidade. Salvador, 2004.

Total de Municípios M1 M2 M3 Internação


do Estado da Bahia n % n % n % n %
417 8 1,92 198 47,5 277 64,4 231 55,39
Fonte: Doc Pacto/2003

Quadro 12 – Número de internações em unidades da saúde de Salvador referentes a


pacientes procedentes de outros municípios. Salvador, 2004.

Municípios
Total de
Especialidades Lauro de
Camaçari Feira de Santana Pojuca Internações
Freitas
Clinica Médica 24 - 112 - 136
Obstetrícia 70 - 1209 27 1306
Pediatria 12 - 205 - 227
Cirurgia 151 14 18 - 183
Total 257 14 1.544 27 1.848
Fonte: Doc Pacto/2003

135
Quadro 13 - Número de internações, Média complexidade, população própria e
referenciada e produção aprovada, segundo especialidades médicas. Salvador 2004

Programação de Internação -
Total de Produção
Especialidades População DIF
Internações aprovada
Própria Referenciada
Clinica Médica 61.385 7.715 69.100 24.623 -44.477
Obstetrícia 43.437 1.199 44.636 42.327 -2.309
Pediatria 31.478 3.562 35.038 19.151 -15.887
Cirurgia 37.183 9.354 46.457 67.442 20.985
Total 173.483 21.830 196.231 153.543 -42.688
Fonte: Doc Pacto/2003

Quadro 15 - Estudo de necessidade de consultas especializadas-M2, segundo produção


apresentada. Salvador, 2004

SALVADOR / ANO
Especialidades - M2 NECESSIDADE/ANO NECESSIDADE
APRESENTADA DIFERENÇA
PRÓPRIA REFERENCIADA GLOBAL
CARDIOLOGIA 106.942 4.988 111.930 97.156 -14.774
CIRURGIA GERAL 122.984 4.366 127.350 118.664 -8.686
OFTALMOLOGIA 149.719 4.406 154.125 463.269 309.144
ORTOPEDIA 155.066 2.932 157.998 726.354 568.356
PSIQUIATRIA 117.637 5.733 123.370 137.237 13.867
PRÉ-ANESTÉSICA (Consulta) - - 3.965 3.965,00
Total 632.507 22.425 654.932 1.546.645 891.713
Fonte: CRA/SMS - SIASUS/DATASUS / IBGE, Portaria MS/GM 1101/2002.

136
Quadro 16 - Estudo de necessidade de Diagnose, segundo produção apresentada.2004
SALVADOR / ANO
Especialidades Diagnose NECESSIDADE/ANO NECESSIDADE
APRESENTADA DIFERENÇA
PRÓPRIA REFERENCIADA GLOBAL

ALERGOLOGIA 1.791 20.714 22.505 66.128 43.623


ANGIOLOGIA 936 2.146 3.082 9.996 6.914
CARDIOLOGIA 208.457 3.389 211.846 9.290 -202.556
GINECOLOGIA / OBSTETRICIA 50.129 1.630 51.759 211.877 160.118
NEUROLOGIA 78.495 6.053 84.548 8.458 -76.090
OFTALMOLOGIA 66.384 98.904 165.288 988.648 823.360
OTORRINOLARINGOLOGIA 10.908 6.784 17.692 85.656 67.964
PNEUMOLOGIA 4.919 14.796 19.715 58.797 39.082
UROLOGIA 2.326 5.434 7.760 3.643 -4.117
GASTROENTEROLOGIA 11.416 15.074 26.490 62.987 36.497
FISIATRIA 2.700 - 2.700 - -2.700
DEMAIS PROC. DO GRUPO 17 - 229 229 2.721 2.492
Total 267.356 175.153 442.509 1.508.201 1.065.692
Fonte: CRA/SMS - SIASUS/DATASUS
PTGM 1101/2002 DOC. PACTO / SIASUS

Quadro 17 - Consultas Especializadas – M2

QUANTIDADES POR TIPOS DE PRESTADORES

Especialidade - M2 PRIVADO PÚBLICO FILANTRÔPICO SINDICATO* SALVADOR

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %
CARDIOLOGIA 12.163 12,5 52.533 54,1 32.460 33,4 0 0,0 97.156 6,3
CIRURGIA GERAL 11.228 9,5 66.659 56,2 40.777 34,4 0 0,0 118.664 7,7
OFTALMOLOGIA 323.363 69,8 79.848 17,2 57.590 12,4 2.468 0,5 463.269 30,0
ORTOPEDIA 612.148 84,3 65.585 9,0 48.621 6,7 0 0,0 726.354 47,0
PSIQUIATRIA 7.202 5,2 104.883 76,4 25.152 18,3 0 0,0 137.237 8,9
PRÉ-ANESTÉSICA (Consulta) 0 0,0 1.722 43,4 2.243 56,6 0 0,0 3.965 0,3
Total 966.104 62,5 371.230 24,0 206.843 13,4 2.468 0,2 1.546.645 100,0
Fonte: CRA/SMS - SIASUS/DATASUS
* Sind Emp Com da Cidade de Salvador (CNES - 000632)

137
Quadro 18 - Consultas Especializadas – M3
QUANTIDADES POR TIPOS DE PRESTADORES
Especialidade - M3 PRIVADO PÚBLICO FILANTRÔPICO SALVADOR
Nº % Nº % Nº % Nº %
ALERGIA E IMUNOLOGIA 40.193 95,4 1.960 4,6 0 0,0 42.153 4,1
ANGIOLOGIA 1.720 6,6 10.100 38,6 14.371 54,9 26.191 2,5
ONCOLOGIA S/QUIMIOTER.1ªCons./seg 7.810 7,1 54.173 49,0 48.468 43,9 110.451 10,6
CIRURG. DA CABEÇA E PESCOÇO 0 0,0 18.410 61,9 11.336 38,1 29.746 2,9
CIRURGIA PEDIÁTRICA 0 0,0 19.089 50,0 19.073 50,0 38.162 3,7
CIRURGIA PLÁSTICA 2.708 6,8 24.200 60,4 13.174 32,9 40.082 3,9
CIRURGIA TORÁCICA 0 0,0 2.841 95,3 141 4,7 2.982 0,3
CIRURGIA VASCULAR 2.985 37,1 5.058 62,9 0 0,0 8.043 0,8
DERMATOLOGIA 10.297 16,5 26.317 42,3 25.656 41,2 62.270 6,0
ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA 0 0,0 34.678 89,8 3.948 10,2 38.626 3,7
FISIATRIA 19.921 76,1 0 0,0 6.243 23,9 26.164 2,5
GASTROENTEROLOGIA 10.701 22,3 25.259 52,7 11.993 25,0 47.953 4,6
GENÉTICA CLÍNICA 0 0,0 2.022 100,0 0 0,0 2.022 0,2
GERIATRIA 0 0,0 11.672 43,2 15.325 56,8 26.997 2,6
HEMATOLOGIA 702 2,2 26.805 84,8 4.107 13,0 31.614 3,0
HOMEOPATIA 0 0,0 1.039 100,0 0 0,0 1.039 0,1
INFECTOLOGIA 0 0,0 13.460 99,5 61 0,5 13.521 1,3
NEFROLOGIA 1.366 6,4 18.571 86,5 1.530 7,1 21.467 2,1
NEUROCIRURGIA 0 0,0 20.443 90,0 2.264 10,0 22.707 2,2
NEUROLOGIA 3.756 3,7 46.255 45,8 51.050 50,5 101.061 9,7
OTORRINOLARINGOLOGIA 43.643 37,3 27.852 23,8 45.469 38,9 116.964 11,3
PNEUMOLOGIA 19.685 27,5 37.765 52,8 14.080 19,7 71.530 6,9
PROCTOLOGIA 4.697 14,8 18.397 57,9 8.671 27,3 31.765 3,1
REUMATOLOGIA 3.811 24,4 2.675 17,1 9.143 58,5 15.629 1,5
TISIOLOGIA 0 0,0 4.756 53,0 4.211 47,0 8.967 0,9
UROLOGIA 5.404 5,5 59.711 60,6 33.345 33,9 98.460 9,5
ACUPUNTURA 0 0,0 1.515 100,0 0 0,0 1.515 0,1
Total 179.399 17,3 515.023 49,6 343.659 33,1 1.038.081 100,0
Fonte: CRA/SMS - SIASUS/DATASUS

138
Quadro 21 - Estudo de necessidade de Alta Complexidade, segundo produção
apresentada. Salvador, 2004

NECESSIDADE /
GRUPO DE PROCEDIMENTO ANO APRESENTADA
PRÓPRIA
HEMODINÂMICA 1.604 1.411
TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA 166.830 195.755
RADIOTERAPIA (por especificação) 3.850 177.753
QUIMIOTERAPIA (custo mensal) 4.482 47.754
BUSCA DE ÓRGÃOS P/ TRANSPLANTE - 2.685
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 2.139 11.262
MEDICINA NUCLEAR - IN VIVO 7.486 8.553
RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA 535 5.523
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 10.694 22.817
MEDICAMENTOS - 6.732.165
HEMOTERAPIA 213.885 562.416
ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES - 194.848
PROC. ESPECÍFICOS P/ REABILITAÇÃO - 927.948
Fonte: PTGM 1101/2002 DOC. PACTO / SIASUS

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