You are on page 1of 23
Lenta Marcia Moncetur FREMOSOS CANTARES ANTOLOGIA DA I (ado Ineernacineals oe Catalogs se PH gic 4 Crust Hrapitena ds Lisra, $2 tea Moral Lieve bine shy nseruudas Fontes i fara o polas sibas do mar levade ate fe ath, eee, KX FREMOSOS CASTAR Agradecimentos Muito obrigada a Fernando M ia Hinior, pro- saor da Universidade Federal de Pard, pela cuiciadosa digi agi e fomnalade dos textos das canigas, respon sathuiliclacke que exige a mesma paciéncia de um enpista medieval, Muito obrigada a Yara Peatesehi Vieiza, a Paula Rekericr aré ca Marcie: Ricardo Coelho Muria: mais do gue amigos afetuosos, mais do que colaboradores riparosas ¢ lei alent is, cles sao a “equipe” com quem, tenha are prager de trebalhar, quande menos pela certeza Ge que camungamos ideais similares na que diz respeito a pesquisa ea vida académica. ue aa joao Mongelk Netter, que de um jeites nite proprio tama sempre tude: passivel. INTRODUCAO Preliminares: que poesia é essa? tedricos da Literatu dace cle lermos como olismo" para reterir mia- aries especificas come Romantistma, Realis- no, historicamente circunseritos, ne case, a Um tomento determinado do século XE e ecm cleris- @ gerais muito proprins, de ceria mancira incenfund deias Tecundas como as dele Aemou-se, entre as os, a canstatagac de que uma coisa éa “moda” naman- i atada no tempo e no espage, ¢ eu a “otitude” romantica ¢ realista ¢ sim- mide @ gaa temporal e espac ¢ fos mais diferentes autores, nos qualec do munde, em qualquer épo im G que, mas- trou Auerbach, foram “realistas” tanto o “eldssico” Hamera a “eon point INTRODL OXI XID mo, feegade a materia que importa conkecer nets coma dente" de um lirisnency efirmau, actedita-se, quan i a restaura a magnificer ia “oendids? dat digae greco-romana, Uma prova de que fo injusta ¢ impropria deavio de perspe eUPASSA AS fronteiras da peeuliar éptica nacional brasileira é a posigha in Fernanda Pessoa, cuja extracrdinasia poesia la ceu 4 4 Antig idade hel ou a modernisme riatia, por sobre as deur. elo menos a coe Cam issa a lirica Fovedoresca acpot, a lemnente, ido neg ade Queinis ou do “simbalismo" de nasso “rornanticos" Gangalves Dias do [-luca Pirama, por exempla, Ba qae di zer do “barroco* que deeleu nente sushor ta 6 clas prireipios e da inventividade Go Concretisma’ bri Ou do Modemisma (que se abriu em leque para tendéni varias}, considerande-se que toda manifestagip artistica cemega por ser “moderna” cm seu lempo? Aum olfar mais ligeiro, a impressac é que a Trowaca- Tisrna escapaul 4 largueza inolégica peral, cam poferis a espwcili idade de uma poesia lirlea que, em seus tresentos ane Oeidente medieval’, distingutn-se cas det pela aliange © ica e pela insergda em am- biente feudal de res tematicas, Hasta clix que trovadat” ¢ jucle gue“ em “louver el" ou que be ar pela “dor en, “ramarla” alrés do “namorado” para se idle ne former be areebous, a. magma vine a medieval” —a qual, pow t mo, parece ca ima, sen a forga supratemparal de berm recen- snea lhe tives lose sclugGes anos de incGmada: embera py " idade cle tartas mole ara posteriorments, a ata felgde mais nftida tora envelhecio para a paste de hoje, quande menos por que a poesia rompeu com a miisica insteun pachamento, recurse exterior, para explorer a “rvs de" inkinsecs no poema nur, apron omen geaa q sme 4 precise espera oe TENGE itas, ue Ea se morrer enn si ortas explosivos jencler eo or exemple, a *datagtio” do pe rei ao) Sper freee a madernidade para ser revista na es tea de suas imp use da singularidade de ie faa oe émice ~ 070 issado f ria come “deseoberta” em 1800) etal epamopassers a ler as ervvacls conoei los Ac forte eesisténcia i come Lambe ae que . acortecew antes des AXTV FREMOSOS CANTARES new de que, aquie ak, com muito meis frequencia ese costiina apontar, o artsta lirics da meciewa che- ud bom perto de extericrizar estados de espirito, desafar- kis & passageiros, came aqueles sopras fortuitos que Tanto o formalismo quance a terdtica sie os “defeitos” gue, ao ver de muitos, vitimaram per anos © ‘Travadorisma de expressao Lirica. No primeira caso, 09 arti- living retoricos © gramatica’s, exploradas 3 A exaustio, conver fem para o jago, o ludisme, que 6 da maturega mais intima, t defini sera propria esetncia do lrisma’. Nao é da gain ciéveia, diversio aristecratica e também popular, no alribuir essa possibilidade apenas a textos clikas auto sepunda, a fidelidade a motivos modelares pera a monota- gpnificos (como as Coufisstirs, de Santo Apostinhol, a car- ria da repetigao, Se, qaanta av formalisme, a acusagaa foi (ia (core as de Abelardo e Heloisa) ou, nas novelas de cava- inais facil de rebater ~ qual movimento pactioa, aa lange da adidlogus diretas, quando e dada a pelayraas persana~ ria literasia, naa se revelou “formalista’’} — 0 se hoje se {pense-se em algemas falas de Tristao ¢ Isalday“; para gue os trovedozes ajudaran come pouces a en- Mm dessas técnicas compositivas mais claramente compro- sinara peneara polissemia da palavra eo enorme patencial lidas com uma espérie de auteexame, é nos desviios dos estilistice do versa, a qucstie da “vox” gue fala no beste é eo, & revelia das narmas ¢ das frases feilas, subjacente tais camplexa, porque envolve quesitos como o indivtduc padrées ¢ 4 rigider cas preceitos” — “dissimuladores”, ehividade. ever de Gourevitch - gue o teovador medieval insinua as fuas dores “verdadeiramerte fingidas", mostrancla-se in- potbuguds' Nap se pode esperar encontrs 12, O asiunto, vestioena, faye ace propésitas desta Inteedugia, Para procina, ofa k. Gatreeteh, ver ‘cise. eon Disicidris te presse com a densidade introspective romantica ou com o rivel de verticalidade psicaldgica dos poe Bu COM a A conseiéncia modern de gue “fazer” 6 “tevelas”, Cantudo, ‘l cs oo mescne aul apresecta 6 preciso matizar 09 bes do ck naraadé™ eu coletive” me- dian mens TEwrope mittienete, Paris, Seu, 1997 Ver, 1 ingma-Prat, “Le meédliéviste face mi clin de ts- diovel — aquele que mio se concebe fora Gon paramelros 30- me em hes tenures ces re du Mayen sige en France ais ¢ ideolagicos do grupo erm, que se insere’ —para assumir : : iblicattoorsde Ia Sone Tempo 2 1889 Para alters, “este tipo de cansderapies ‘pacodigens € aaa ents es ci atten ace gelegespertngutes, Lesbo, Estanpa, 1994, p. 159. “OF lexte da ‘wulobbogealie’, da “confide ou diregac suly- is é ate tegeas do peénera so tats que lode L M. Mangels, © it Cree § Gssmulads pel ax, o8 Ingaten-comuns trad a Holes fi sensipia em ibe ink lemsra que a sensibllichace cris Viva na ela de salvagdo individual, cura forte repercussae em suzs imagens PUR, LOBE, p13. . mdo perder de wala que, dentro de Kigica da. amor 20 an ge lie dad ientites dans T _Indlvichuation ow E 1 do que Pagans a tara = £ que va amantes “ae die tucks ‘antultantente 3 Capelfin, De Tratnde sobre ef aor, |. C. Vilal-Quadiss fed, Barcelona, XXVT FREMOSOS CANTARES mente abe mesnoo quania se oculta, par mais que rele o individual esteja dissolvide no geral. A Artologia a seguir sbesta-c sem retoques. O *medelo” central explorade pelos trovadores res Ime-se a um paradoxer mew fen ew veal A strevultanciclace slesses dais polos € p que desnorleia e & para esrniugd-los, de angulos 45 vezes insuspeitados, que o poeta canta, Ate a sdtira incide sobre 2 dualidade, quando menos porque essa é a condigao primeira da zombaria - ser duplice. A partir dai, duas observagies precisam ser feitas: 1) a tata entre a Bern ¢ o Mal é das facetas mais marcantes da [dade Média, que cancebe o munde em relagGes analogicas entre a sagra- dee a profane, este espelhanda aguele, o micraccsme beneka per referencia a macrocesmo, © tear religioss da contenda alegoriza-se no eterna confronte entre Deus e sua coorle divina xo Demdnia ¢ suse miliciss infernais. Basta cotejar as cantigas profanas ¢ as Can L para que saltem aos olhos as fra neil da Mulher 2) o Amar assim concebide — sempre ou camor da¥irpem! do por contritioes —veia de lange, da tracigan chiss gneco-romana: Plalaio faécules WIV 2.C.}e Ovidia feécu'a Lac} idas, dertre Gulras, pera sin referéncias por demas cone: que se precise insistir na penctragaa dos conceitos amoro sea da Antiguidade pela [dade Média atora, embora filtra dos pela Optica cristé ¢ vevitelizadas pela “anstotelizagaio" de Is, Besse cont brnvndionssess palog, tambdéon a libecdace dex law para otra swalistarke cialioente ci tons th en quankdade significativa. ¢ foita por Made AT. Mato 7 da m2. WmopucAs XSVET Dcidente no mediewo central’, Peter Dronke ofereee uma bee mostra de poemas conse: eserites nao em pk, mas enn Jilin’, distribuicos por sequéncias, sodvelus, epigramas ebe., © Michel Zink rastreia a clficuldade de tedricas ¢ partas na Idade Média para “adaptar” ao intimismo ctistia a reconhe- clda prondeza da liseratura antiga, ax que chegam en estrei- fe ncissoltivel casamento entre “amar” & “poesia” — este fim, ao-ver do auter, a maior cortibuigaa dos tovaderes 4 pyollgdc de litismo”. 0 merita dees, como, alids, de todo prlista que se preze, foi lerem “maderizado” a tradigan, Os. Provengais, a sua maneira; os palego-porhagueses, também, Resta saber em qué, Quakquer resposta possivel deve ver formulada a partr de exame minuciose das cantigas, li das dentro de seu habitat estética e sociocultural, As fontes manuscritas galego-porluguesas Enquante da poesia chamada “provengal”, que serviu insp:ragao & galege-porlugiiess, restaram em torn de 15 Cancioneiras, mais eu menos 2.442 cantigas (sercdo 256, em alguns desses Canclonelres, acompanhadas da respe live melodia), compastos por 350 poetas Gore os andr Cancioneinos, mais ou menos 1.h64 cantigas cluerm a pauka musical), da ateria de 180 tre © jograis sea e mais alguns testemunhos estac assim distri Buldlos: Cancioneive da Ajuda (Al, cuja denomiragao se deve 1Y Chenoa questio, devi fujgere-se comsultac LM. ects Es a que vise, esta agul apenss situa rygeld w'¥, F.Miesra feowutsrin A estiriaa nate Hipalment:, WOM. e Rig fa Atiel, 20601. ¥ |, ay XXVIEL ‘ SOS CAN TARES a enceantrarse atualmente na Biblisteca do Palacio da Aja- daem Lisboa, contém parte substancial apenas das caiipas de aniov ¢ esta datade de finais do século X11 e principia de ATV, send 0 mais antipo dos trés, contemporanes ao ma- vimenta lrovaderesco; os outnos dais, que retinen os trés se neros de cantigas damon, amiga escintin ¢ mnahdizer), saa c6- pias realizadas na [iilia na prieneira metade do sécuio XVI, aparentadas entre sie passivelmente derivadas do perdido Diora das contigns do eonde D. Perio (datado de 1 Cancioneina da Vatican (1, por pertencer 4 Biblioteca Apos tilica Waticana te ainda lacuinasamente copied, entre os se culos X¥Le¢ X¥IL pelo = Library, da Universidade da Calilérnia, em Berkeley), & Cay cioneive da Biblicteca Naciowal {B) (também conhecidea por Coloeel-Braneuti, devide ao humanista italiane que oman- dow copiar, Angela Colocei, e ao lugar onde fol encontrado em L875, ha biblioteca deconde Paolo Brancutt di Caglil, hoje de posse da Biblioteca Nacional de Lisboa eo mais comple- to de todos, sendo exemplar vinice para cerca de 250 cant:- pas importante, quanto 4 interpretagée deste tiltime Can- cioneira, @ a charnada Tiveke Chloccivna, afevecendo uma lista de nomes e mimeros recanhecids como a catdlago ou indice de autores ¢ textos contides em BY Deis outros testemunhos, de fundamental :nteresse, precisern ser lembrados: o Peyganiiulio Viidel (nome devide ac seu descoridor, oliveeina madrlenhy Pedro Vindel, ¢ hoje em biblioteca de Nova York), contenda sete cavifigas de mit ge de Martim Codax, seis delas acormpanhadas da respectiva pasta musical —tinico documento medieval que se comhece cam textos & milsica de cations de aonge™: eo Pergemarie Sharer (seu descobridor, em 19], foi a professor narke- americana Harvey L, Sharrer], atualmente no Arquivo da ra fategra coe ont Fortiglies!. en Anite ia Cenee Ci XX Sienaieh do Tombs om Lishoa ¢ oferecendo sete awifiges az amias berm musicadas, de D. Dinis. No cimputo geral, sie enormes as difieulelades cor que fim de se haver os estuciosas que se propoem a brabalhar fom esse material: a tinica copia mais ou menos eontem- Petinea aos trowaderes (A) é parcial (56 ction de ain hela de lacunas ¢ muita mutilada em vérins textos’; dos ‘oly opdgrafos ilalianas, Be Vas partes communs a ambos Sorresponder quanto ae mimerc de autores ¢ cantigas, em- bora este aitima apresente duas grandes lacunas” e aquele, or lacunas, tenha sido trarserite por seis diferen- os, cesullande tam eonfunto de “notavel e eviden- Ussirna desordem", emaranhada que Resende de Oliveira Precurou desttinchar®, Por Gltima, 0 filélepos, historiacda- especializadns car neordaen PM Que essas eran not chegaram — além de dalhaa avuleas © Jisemas esparsos —nao represerlam sequer um Leega clo que love ler sic a produgo toral dos trovadores ¢ jograis ga- 23, Ror isso d com seu GA, yh a ae shiva cele; i320 ALR. de Ollivei- ON, FREMOSOS CANTARES Senda assim, ¢ preciso estar cienle de que cada edigio ade um poem, de um autor, ce un peupo de carn 1 docancioneire toda representa uma lestara pessoa, que pode concordar com ou corrigir ecligdes antenares, mas sempre com Mnargern varidvel de erros ¢ de acerias que toca gacimpica [na partiagio, na abaalizagao de sinais, ha grafia dae pelavras, na recensliluigho de verses, na orde- namie das estrofes, na atibuigae de bexbo, na identifieagae de lopdeimos © cilag 50 0 primeiro passe para pere- (rar fe enipmadtioa mundo da lirica trovadoresea d a fam nidade com a prpria cantiga, a segundo 6 com cerlees, 0 co- nhecimento das vitias versdes que ha ow pode haver dela, De podética e de Artes pocticas Qutra dificuldade: as classificagoes genolipieas ¢ a ter- Ininolagia referente a [éenicas de composigze das cantigas, fata a producdn galego-partiguesa, umn tiniea documenta vabrinde o Crneioweina di Bibtioters restau, a Arte de Tranny aver perks bee DIMES ¢ nee actign “As er i pocpect dhs torr M.A, toe. A. Ril te renvenceis”, era 2 fangs. Lisboa, Wf eabalho eu Upp. 35-34 ae sidera a as pre: XXX ) fragmentiria ¢ comecando pelo caphule Ty do ti- telalive ds caniiges de avier e de aivgo, Os demais capitulos, de ¥ a 1X, tretam das eavitigas de escrirase, ae sical flier da fengde (texto dialogade), da contiga de eahia (de di fell definigda ¢ nda represertada nas Cancioneiros} e da tachi ou pardcliay: e 6 se subclividem em infarmagae: fa (hes (estraturas métrica-estroficas), palawnd peedida (verso sem correspondéncia timica na interior da cabrel, cantigas ultima do de uma atelodes (com sentida encadeada da primeira trofel, finds (arremate da cantiga),dobre (reps 7 eT mesma pasigag em cuias di) mais estra- re (tepetigaa de polowas com variegaes mano logicasi, e mais alguma coisa sabre concordircias verbais, bpos riviens, erros como oeefeton (caccfalo) ou rimas er fre sons abertos sons fechadss, f tude. Apesar de sua inegivel impartancia, por ter podide definir com boa margerm de acerte as canti- Ras de rier fimign /esoiniioe Y (etneros agrupados hes dois Cancioneiros maiares), & evidente que a Ate de Thouse — au aquila que dela resteu — nao da conta da eom- plecdade da linea trovadoresca galege-portugucea. Haja visla que nao i noticias da pandetisur (recurso & repe- ligdal ou de Irie-prew (ccorre em peral nas distions parale- Siena: repete-se o 2) y, da estrofe Leomo 1 y, da eateofe UL, da estrafe I como 1 v. da z mente}, ervbora sejam técni¢as que distinguem enfati- tande menos a comente 0 lirisme peninsular, Dal que se recazra com fre- a quéncia as denominagoes de origem provenga., aplica poesia galego-portuguesa muitas vees por “aproximagac” enem sempre felizes no intenbo, porque o texto em exam se enquadra mats nas domitos da excegao do que da reara ereconhece-se antes o que nae é do que a que &. Par exen- plo, chansew ae charge (quando o trovador teoca de serdar}, chanson de foils (descrigae da namorada tecendea), cour (o- omante “despede-se" de sua cama), essoudit (delesa contra initrias ¢ falsas acusagGes}, mats crnsd (queixa conta a dara}, AAKTI alba (separagio dos amantes aa romper de dia, slertacdes por sentinela}, desea? rio: quando a cantiga rompe coma isametria das estrafes} etc, Pense-se, aincda, rev pes fo franta finebre, panegitica pela morte de personagem celebre], que entre os galepa-porlugueses fica quase prat eamente restrito a Pero da Ponte ou a cuptura de modelo pela sitira, na pastorets (didlage entre a cavaleine © a jvistor em um foras americas), em que o trovader antes observa ou descreve do que “conversa” com a moga de campa, ou na sirmeniés (sdtira, em peralagressiva ¢ polemica, versando be- mes Inotais, politiens e pessoas], que os galepo-portugue scs reduziram, no geral, a zombarias e chufas entre pares, Se detescentarmos a essas modalidades “estrangeins" as 1 sis cantigas de ramarig (encontia dos namorados aa pé de uma ipreja ov eraide) e marinas (quando e encontra se da em preserga domarh, com, que os eviticas de hoje pracura- ram definir motives paéticos muita comuns nes Caren neiros galego-porkegucses, temos ci um col de subpéneros © motvos de que a Are de Tener }é palida anc > poucas vezes, oesforgn de “fazer corresponder” a poema a algum desses modelos resulta em desateng’o acs "desvins” @ a0 pormenar enviquecedar Quante avs recursos formais utilizados para aestrutu meio ca cantiga, alguns jd nomeadas acima, ¢ talver, pelos cuidados que os Lrovadares dispensaram 3 modulagdes f1- tiki & somoras do verso, esta mas claramente visiveds & delinmitacdos segundo criterios menos oscilantes: cantigas de ae de refiie teem ou com estribi hol; cobras singeie- ree (timas diferentes orn vada estrafe) ¢ wmissers (imnas re- petidas em. tadas as estrofes); cobras dobies (mesma rime a cada duas estrofes) ¢ alisradag (mesraa esquema de rimas pura ag estroles pares ¢ outro para as ‘mpares|; galavnr- nia (repetigao de palavra na mesme posigae de rima em todas as estrofes) = so algumas estralégias a servign de con- avenge, NTH DCMI Sepyoes de versos e estrofe: pale niligueses linha suas preferéncias. E hem dis tintas das prower crmetre de eleigdo era a octossilaba cassilabo aguday eo poema nao deveria conter mais stra estrofes, de sete versos cada uma, no formato de Meestid, & de quatre, ne formate com refiia. | copiosa € nao rar hermética, Ui ciencada nos quesitos esclarecedares des poemas an folegados, pode ser conferida nas chamadas arte : poses fe", clas quais a mais significativa campilagan para ecriagdo trovadaresca & Las Leys d“Aiors", cuja primeira Wersio se deve a Guilherme Molinler, realizada entre 13301 e-1552, Com relagdo a essas poetics, dois aspectos sda de fotar: Lelas nao diferem substancialmente das tratedos de Onimédtica ede Retorica antigas—atentas que estia ama feira de comegar, desenvalver e terminar bem o discursa, a Metrage, & poemia; a torma das palavras © 4 quakedade da expressan, que entenciam por “ormarnento de stile” (arna- tie diftcs f crvatvs feist ow “coms da retori a utiliza (do eoreta © eficaz dos topos; & calalogagao de ascuntos Mais adequados a uma determinada forma de commporsigda’, Fiitadas por B, Paral, a Avs versjicaforia, de Matthiew de Vendome (1175), a Ph New, de Geothey ce Vinsaut (12081213), 00 a Banstana poeta, de John de Garlande (1220), sio uma boa amostra de que nos séculos XE XII entre as quais os travaderes He go-TOrUpLCsA. oansulte 1, Mealy dos Hautes & 42 E Farsd defne-2s cov wa de imaginaga de, Paris, Henan Champ anse, Prival, 11-120, 4 ¥, Desems9 a ‘orbete citaio aa ola 25, uma instipante ommpacag: avaiewal, XOERTV FREMOSOS CANTARES as lighes de Donato, Cicero ¢ Quintana continuavam em plena vega fe continuarda so minima até a primeira metade do século XVIII}; 2) as poeteas mais especiticamente volta- das para a produgde dos trovacores, de que as Leye @Amors slip exemplares, foram compostas a partir do século XIV" — ern peciade jade decadéneia doTrovaclorisma ~ ¢ tn por fii, no geral, sisteratizar, colocar alpama ordem tedrica, con- ecitual ¢ distnbubiva no conjunto da poesia profana entio “velba” de trés séculos, Sa, portanta, de efeita retroative ¢ eidenciam uma intengas dicitica prospectiva de ensinat a compor a mada dos trovadores. Neste sentida e nesta hora € que se pode compreender o papel desempenhade pelo De venir cloqeentia (304-1305), de Dante Alighieri, em cete- sa do potencial das linguas eigares, celebrizadas pelas mul- tas cantigas que delas fizeram use no medieve europeu, Cabo a pergunta: que lingua é essa, 0 paloge-portuguis? estd nas oripens da formagao de Portugués”, a qual se insere num longo proceso everctiva das varias ‘inguos fs- ladas no Ocdente Peninsular a partir dos sécuios VIL e TX, No “espaga linguistice palege-portugues", come o cham [vo Castro” ja naguele lempa era possivel identificar duas grandes areas: uma, de dialetes setentriona’s (gaega-portu- fis sturo-leonés, castelhana, navarre-araponds, catalio); outta, para a cenita-sul de claletos mais conservadares corm iat Winnie Pe fe aut *retingule que comesponde a farxa velder- sitado emt td Indes pale Whar # a orient par -™ cil da Peninsula Perl sith [ovhis ee come ale noes As Guadiana’, w,qquaertorls a Calien te A enleeeeel al da punviniess de Oviedo, XXX 0 00 latin vulgar, reduto de drabes, berberes da Mau- hiepano-godas, mogizabes ¢ jadeus, Dentre os varios He promaveram as encontros e intersepdes linguisti ses grupos dialesais estéa chamada Reconguis belicosas avangos em sentica meridional “go portugues lambém até o sul peninsulas, pagan”, Maso que the conferia prestigio foi terse tornaske a Mev de predilegae dos trovadores, movimenty ini a j ra mictade do século XIL quando, atravessando o is) Portas e joprais da Provenga coregaram a visitar cites régias peninaulices © lage conguistaram. tam- os ncios nobillirquicos castelhanas e cataldes", Came, disso, Santiago de Compostela, na Galiza, eta venta remrinagae ce enorme populavidade, para onde acer romedtos das mais diversas repioes, era natural quit espa pansio do lirisma realizasse seu trajelo galego portu- contar que fol nessa lingua que os prdprios reis, D. Dinis e D. Agonso X, au nobres da estirpe de ur, ls, Conde de Harwelos, compuseraim os seus cantares'. Hanca ebtce o gelego-porlugues va poesia colabarau para principalmente no campo da fonésica, a trabalho com S8. “Nome dado ae pracessa pe fin cy E Rin de Innelts, Zehar, 1889. p, Vid =. "A cwnlugic verde [ Casita, os irovadosea galegos, porlugussese cascolhanas fdawe Média “cscrevians tedcs na: fareet ingus, has ef Vinguia ark ‘rpancho"™, er 8 203, pp 221 AAAI FREMOS KES PROOCAD XXXVI aimécreca e arima ajudasse a eonstruir a histaria da prondn- (ue pert as narmas da pramatica; se, na notage da cia portuguesa ac longo des tempos’ Hiteloclia trovadoresea, os problemas maiares dparecem nig Convem lenmbrar que o potencial ritmica da linguagem Mio altura dos sons, mas quanta a sua duragie relati- poética foi explorada pelos trovedores junto com a muisiea, fundamental aos recursas moerdnicos de que os poetas pais os poemas era feites part ser cantados e apresenta- yersam, 56 resta lamentar que as cantigas palego-portu- dos em performances pablicas*, Bois tipos de atividades saa wees naa disponham da pauta musical correspondente, feridas pelos pesquisadares’: ce um lado, em cincutta ide para sempre percidas possibilidades de acréscimos prircipalmente littrgico, o estude vientifica e tedricn da Porlantes i interpretagda de textos que tanta se benef musica como lisciplina do qaadreium, tadigao bem repre- os “desavios” e do pormenor, e louvar a sorte de poder sentada pelo De jaatiwtone musica, de Bodeio (sécule VP, ralguina coisa de musica de D. Diris e, prinejpalmen- tratedo fundamental por tada a Idade Média (os primeiros do belo eqicioveira de aanign de Martins Codex, quase em Inanuscrites musicais comhecides datam derséculo PX: naes- fotalidad leva ca misica profana, do fim do sécula XIN; de autre, as Jil come estruturadas no Peaganiihe Fadel, as cantipas caufitends, praticas nvusizais tealizadas no ambite de wma jogtal de crigem galega estio dispostas em. ardern se- cultura ciniinentemente orel, em sintonia com as dangas, cial e compoem uma espécie de “ciclo narrative’ acer leatro e todas as ‘mpvicagnes a eles adstritas’, mesmo quan- dos ormores de uma moeinhs, comtades por ela as “on- dovessa cultura era refinadta e aristoerdtica, servinda-se mui- do mar de Vigo*". A aceitarmas tal organizagae, a can jas vezes de métoclos afetades de nterpretagao”, As cantipas WVorepresenita momento crucial, de superior belega, em trovadorescas saa uma bela cenmonstragio de enteccuza- vzinha, sem 6 puarda de mae ou amipas, frerente © mento de maces distintos de entender a musica i ela mostia-se disponivel”; Se os padres moda's da miisica dos travadores eam comeebidos a imapem do versa clas Ay Deus, 22 sab! or meu amiga comen serheyr estou en Vigo! Emu te ta! dda Forseca aponta a ducti confibes sintétion de lati Ay Deus, ab’ ura meu aruda rom'eu en Vigo senheyra manho! Heine! is XPT), Lisbon, lenps Rrnplics aqui fetaa, ye entre & reptidie: nas igfeizs (a miceg TINE Berkeley e Les Ary SONVUL FREMOSOS CANTARES Corn’ eu senheyra estou en Vigan enulbas gardas non ey comigo! 4 Bose ieamenadsat Com’ eu en ¥iga senkeyea marho, e nuthas garcas migo nen trae! V2 Eww eanonedat E nuthas gardas non ey comiga, alhes que choran mige! nada! 8 fardas migo man try alhes que cheran ambas! ergas m: 18 Ean siarrornada! {BT28L:V B87; LPL i copra alternadas ay mami: estou, pecmmneguy ¥. A: andes + Ui exgue salvo, h excegha de, gum que me Que esta amesira desperte o desejo de tere auvis Mar- tim Codax, cujo cancioneira, numericamence bia exdgue — palmente guanda eotejade, por alinidedes nusivais, coer as Chaitignes ale Sanita Marin =, tra até nds os ecos sonores do que deve ter sido aquela face oculta cla lirics profane ga lege-portuguesa © panorama histérico-cultural A poesia trovedoresca medieval é fendmens ce ocorreén- cia ampla. O modelo provengal — porque @ da Proverga que chegam as primeiras meanifestajoes com feigad especiiica™ 0. Cora Guilherme [X, Duque de Acqalsirin (071 1127). Mer Psa come plone feel, beige, i XXMDN, ©, epercute ¢ é imitada no Norte da Frange, entre ves na Alemanha, com os Mixiesiagers; ¢ na Ikilia, Je os trovadores compeem em provengal, Na Peninsula ica, ha pelo menos trés macleos regianais: «da Catalu 4,1 sple se pode acreseentar Aragan, onde a conviven tom Os provengals Joi estrella ¢ duradeura, até por proximi- slides fronteirigas, o que retardou o aparecimente do catalda Some Tirgua de poesia; o da regido mais central, onde ha Melvins de Itevadores Gequentanda desde muito cede as tes tépias e sonhoriais de Castela e Leao fem um poem dle 1153, Marcabry slude a Afonse'VIl); ¢, por dltrna, ar ) gelepe-portugués”. Qualquer que seja a leilura que se wa desses poetas, dois aspectos precisam ser levadas em yas sermelhancas: talves em furwae da tranes co v todos eles se sevviram de urna ceive literdria, que es- Jabelece quase uma relagao de cousalidade entre pénero ¢ Wema —ur cert Wo snecdes dete conceber o amor ¢ a sativa, ui va- influinda na linguagers e nas fenceitos, come ainda virios anes, décadas ¢ sérulas. podem separar 2 ascensae, a apogeu eo declinio de Erisme trovaderesca nos varios lugares. Para ler bem esses, coma he er outros poetas, ave ha farrvula espage-temporal ‘da “unidade na diversidade" continua seve valida, Com variagdes para mais ou para menos, entre os s6- fulos Mlle XIV situa-se a produgio lirica teovadaresca euro Pela, sendo o sécalo XIELoseu comnento de esplendor na Pe- Hinsvla Tsérea, No cendzio da [dade Média Central foi que fed poesia tomou Lorna identiteria e é ali que ela se exnli- vd. binge, Mac, Allanea 1998 se mpl co pp XL PREMOSOS CANTARES ta, 4 par da prosa rewianoe épica-cavaleiresca que tanto dewe 4 Fertil imaginagiio de Chrétien de ‘Trayes, obra dataca cle L892 1141. Dentre as varias tratwsformagoes por que passa o Ocidente, aesse logo per jada de trezentos anos, na am mitt das estraturas ecomdmicas, poitieas, sactas, mentais “—algutmas de forte significagao come os powos mados de vida ne campa, o deservolyimento das cidades e de for- mas de comércio burguesaa, a eriagda das universidad nacionalizagda das linguas comegande a desbanecar a la Capareeimentocke uma outta espiritualidade com. Céster {fern dada ern 1098} ¢ com as Oedens Mendicantes na figura en blemuitiea de S, Francisco de Assis (1182-1226) ~, todas inter- ligados ¢ interaginde cinamicanente, a questao co Feud alis- ino é vital para compreender a natureza interna do lirisma Iravadoresco", pelo menos no que tange 4 relagae amaresa ~ bu a estilizagan dela — entre o homem ea mulki Nascida como consequéneia de desaparecimenta do Impéria Romane clo Oeidente eda iwasde de tribas barbe- fas gerndinicas, a sociedade feudal —cufa evolugda & lenta ale o momento de que treateros — tem esta definigaa ¢lis- siva de Ganshof: *,,. canjunte de inst fiigbes que cram e gulem obrigagdes de obediéncia e serviga — sobretude mi fila —da parte de unm homer Livre, chamade vwssaia, para cam oulra homer livre, chamade senior, © obripagdes de pratecgdo e sustente da parte do sewtier para corm a wasaniy sobrigacao de sustento lem come efeite, na maior parte dos cases, & concessio pele senhor aq seu vassale de um bem chamade fede", Trala-se, portanto, de uma celacie can- tratuel —6 centric feude-vassdlicn ~ que, em scciedade ca- BL 2. 0 parr desans mucdengns A varios TL. Frarso siliense, 21, feeus ent boon, agate por (A hice Misia. Noacwinenie do Cideate 2* ed Paulo, Bina Hetesse, aust aprofundar x qyiestda do'*Feudalisno wabwedlou | Mattos, eon Pragati ce Lina seve LI ) come a medieval, cvia lagos hierdvquices de uma de parentesco artilicial entre sen hor ¢ vassalo,.o que do por trés atos: a “homenagem” = declaragio Ido dese/o de servi: a "juramenta de fidelidade*— en“ Thblia” ow veliquias de santos, as vezes selaca com, beljo, o “investidura" —quanda o senor entregava ao vas- Sulgum objeto simboligands o feude concectde, O tear listico dessa roca, que com o passar do temp vai bo - do feigges cada vex mais espiritualizada: per isso orvidas pela litica trovadoresca — nae esconde sua ori- militar: alguém recruta © comtrata oulrois) por neces- ede defesa e paga-lhe{s) um preg: por esse brabalhe, Nait-se pequenos exdreltas em donning senhoriais e ervolve-se a cavalaria, Essaé a cara da spa guerrel- que, além dos barberos, teve que enfrentar atorda su- ara, concenttada principacmente na Peninsula tbérica. ho momenta de que bratamos, o espircte geral é de Crt das, de “guerra santa”, com toda a eristandade unida p e pela cong! de Jerusalém, Numa ten anos ideals mondisticos eos da cavalerla, apa- -hamaclas Crdens Militares (Hosp plicies — de 1118), que cine a fie jad fe guereeira” (como um Galaag), pronto pera matar en. frome de Cristo, dos em instadrar a chamada “Pax de Deus", os fa eine ameag micas, nae a Refor ma peeeae pr ops od dociero, a pregagie spostalica, o envnpalum, © qarde as atian 38, Com plens refisan nes mavelas de cavileria des acute XI e MI, phircipslm) annele 8 fei 2 do Rei Anhine seus “vassaloe da Tivels Red: z ols saya Urbain fl ng Cemellie de Clermont ers 1085, mene 1001 com perinde che mane pro- v8 Caer a lade ene LISP LG Duby, 0 nao eid, Lisboa, Edigies TO 198%, XLII {ds matrimoniais uninde reines em rivalidade colocam na ordem do dia o tema das linhagens ~ io importante pata a convivio artistico entre travadores e jogtais — nasee o Cory dado Portucalense, Assim que Alanso¥l posalve peelit aj dita guetreitas frances para conter as vunea salisteitas pre~ tensdes de Vusuf ben ‘Tasufin [por vola de 190) 4s férteis terras de Al-Andalus, no meio da d elogagio enviada eslava Kaimunde de Borgonha, filhe segunda”, que possula ape has um candade sem impartdncia na repo de Jura econ outtes, satu ce sua lerea natal em busca de melhores eon- digées de vida. Por vitérias Conseguidas, casau-se corm Lr raca, filha lepitima de Adonso V1, © recebeu COND galardon 0 governo da Galiza ¢ de Mprticade, Mas precisou de auxil 7 que the fol oferecicie na pesca ca peimo D. Ale nique de Dror genha, lamben filho segunda destocada paraa Hisnania e easada com D. Teresa, filha ilegitima da raesimna rei, qe coreeden ac gente), em 1086, Ppat Coimbra, a Galiza sob a autoridade de D, Raimunda. Surpia pela pri mein we#, EOI os ros Minhe e Teja, um espace palitica- Mente unica, que iotivoy ietermindyvels querelas entre es dois condados, A soluedo veia cam Afensa He nriques, filhos de D. Teresa o 1, Raimunde, primeite rei de Portugal par sarenta © sels anos (1139-11 85)", anda Assitalem-se s dessa conjuntara de Medieve hisprinien, mais especificamente galega-partugués, com fortes retlevos na configuragio das gas: 1) por qua- Se sele seculos, os mug popular F danas [mouree". ne itaginaric. dalus, apoasaram-se de ararde Fembara nos tillimos ares, aragas tern thazied FREMOSOS CANTARES: XLUT i" sivas dos cristaos ~ prineipalmente dos senhores cla Norle — e @ sua propria cisao interne, oreing de Granada (euja que Was berriteriais ¢ humanas en- sco ¢ jundeus estavamn Longe de ser ho- eas, porque hae i (ruculimanos vivendo: mas sempre se absorven- $'. Bom exemplo dessa sociedade tet peema curte, de enorme varie- arrcinata as wanna hispanc-drey na macalidade culta de arabe © ae ico literdrias, Para as tiarje se reivindica, em meio a ca, urna das fortes de inspivagac das ev porbaguesas; 2) le e jd bem ances, Portugal vive 4s turras com Leao , sempre ne hemor de ser hovamente: anexacla corons, ou de, na case da Galiza, aesistir a preemi- eo de Compostela sobre o antiga esplender bispade Ee Brepa — censras cue, a noraeste peninsu pivam la abengie do papade em Roma. Regen se durante mvite bompo tragmentadas por partilha be acordos suc fas interinas (iri F is motivas de zambaria} ede ui poser répip fortemente Hilizader, dando ensejo a corles que atuaram corr i incertiveram manites AQOeS | " doresea: Monso IX, de Lede {corada em 1188, ul: daquele reing independente}; Fernando fl, a i, “Terea de bron XIII", expecsicameste ps 158, cyverbete “Kaan”, em OLMGP quoi, Fiskirts medieia! da Peas fring, Leskoa, Eatampa. xLIV nis (1279-1325), de Tortagal, foram algur oa principais reirados en: que os Monarcas trouxeram jograis ¢ trowade hes para a set eonvivio”, quande naa se tornaram oa mece: nas da prochigaa deles, Em suna, cam moures de urs lado e castelhane-leone- ses de outro, os palego-porugueses ¢, depois, os purtugueses eos galepos tiverant dese havercam ama tealidade de guer- MM, com ceos evidentes ma prose opica, mas transparente Mente exposta também nas cantipas — quando mens pelo inokiva topica da pariida para o fossede, em suas versoes da “sbandona”, da “espera”, da “saudade", da “trai ira”, A representagéa imapdtica dessa realidade, nos eparmeio dé Mulher, ali valoricaca pelo amor sem Ci de amarte gue aassedia. Aum olka ligeiro, tal es- latulo parece nao condizer coma tradicional figura histiri ca feminina, juridieamente inexpressiva, ser yor propria © eréregue @ guarda do pai ou de marido, servinda de hepa dutora indispensivel & continuagin da especie, bareada no convents em caso de desobeditneia au espotiada, na misicia, em siluagio de viiwez, cundenada pela [greja come instru- menve de luxéria e detentora de artimarthas demoniacas'’. acon procdubwaw cmtes seribesy Taste, nurs Galea que, em da eubatncge a sua willy tink Conelosisen’ Hogans tcl 1985, pp 147 xu; 65.0) refrata hastdrion de rather, ag lang dhs ferpase das elycliaagies SCOMLSrti motagse —o gue aqui apis so insinua, Fara cca: i ficw da Idee Addin, vor C Klapisch-tuber tuit i rortarnenbiy 15 Para 1 XLY J inversda de papdis a que as trovadores subme- dama, poderesa na conguista — 0 que soa, de int- fis a frivalidades de salda -, estd, na verdade, soli- ada nas ciretrizes sociais e ideoligicas do Tela menos duas delas podem ser ‘embra~ sajudar es compreender um nove conceite de rela comvergir para o primeira filhe resulbou em pineGmoda para o6 demais inmdos, desprovides ¢ ben “arranjar-se” mediante casamentos srovelloses com lras(os) que pudessem Thes garantir o sustenta, ¢ le- a lgreja a intencr severamente nas unibes corsarngul ide tendércia endagamical’, bern come a refletir se a funyao da cuuther oo posto de sever favias; 2) na or- desse raciocinis, a pura s ca da Virpem Maria - culo mariang, incentivada por Berard de Clacaval 12-1153} — torrou aseento ne sécule XID coma em casa Ha, modelo de-virtode, estcicismo e perseveranga, cons fecas implicagbes da matervidade ¢ da ngéreia dames - sbserviente a vontade mais forte qu lisse con imuite Snimista de “mulher honrada” serve decontya fea ropdo de “hones” para a nobreza — conn de material’ — ¢ ajuda na moralizagao dos costu al a conclusio? huina gratide 2 fica limitada ac seu tempo. B Facego-porhiguesa é uma grande poesia, sab a mecha sshelan, EP Rey Ake! tec.) Madri, 22. XLI, p. 48 sevisadas pele critica, codon” areagida pelaa cHeAcs, de Jancira, Guanabera, 1388, sphsipies de den wn XLVI FREMGSOS CANTARES que a erigit ¢ a feigao repetitiva que temou, Uma coisa é a Sesto, pessoal e intransterivel, varidvel segundo eada letcor eeada momenta hishoriee: ovtra, hem diferente, & o reconhe- crmenta critiea, objelive & cientitica, das cunéribuigaes daque- la “moda” para a arte padtica vubsequente, Nao é necessdria enfetizat, em solo ibércen @ até fora dele, a longevidade das ligdes trovacireseas — ainda muito vivas nos séculos XVI © XVIL distorcidas no séeule XEX, desmaiadas mas perkeita- mente audiveis na madernidede e plenas da pyjanga cas j “redescahertas" no sécula XX, Que a voz airosa de [ode Raiz de Castela Branca, poeta do Cancioneine Gena! eompi- lade par Garcia de Resende em 1516, fazendo eco ans fre- masos cantares de trovadores ¢ jograis na criaedo de uma das joias do linisrio universal, possa dar a dimension das te- soutos que veladamente se desvelam testa Antalopia: BIBLIOGRAFIA GERAL cle Favtidas, plosadas pare) Impresen em Selaranea por Cantiga Sua Partinda-se de 1855 | 1: Boletin Oficia: ‘stacks, 1983, 3 vi). mins de Santa Masia stalia, 1986, 3, GLADE, |. fed), Las Leys d’Amois, § 1 119-1530), 4 vy, dle Trower do Ceneionetne de Biitioteen | ,orlica e fae-similada de G. Tawa, Lisboa, Colibs, no medicaid |, Mavaxecheyerria (ed.J, Macei, Sirnela, Senhora, partern tan trisses Av, Metmara fed), Madr, qe nunca the Listes vistes sultes RONGURS por ningueM. ‘Toulenise, Pri- da rtorte m. tem mil veres ye da vida, Parbern tan testes os tristes, Vio fora dle: bem, que Nunes toa teistes wistes uelros nenhuns jor ninguden,*! milade do cochee existent: Timgzensa Nacional-Casa da Moeda, 1982. 0 porheonds da Bibviotwen da Vaticanta (edeice 4803), Rd, fac-similada, Lisboa, Centra de Estudes Filaldgi- -cos/[nstitute de Alta Cultuta, 1973, AD, A. Trateda do amor onrtés, S8n Paulo, Martins Pontes, 2000. Edigae bilingue esparihola: De Amore Tre 04.9 Cancimeie Beni, 5 ¥, Lisboa, Centro da 1 cn Brastieera, 1473 ee LVI PREMOSOS CANTARES jada sobre el aweor, LC, Vidal-Quadras ted, Barcelona, El Festin de Esopo, 1985, COHEN, B. fed. 560 Cant Letras, 2003. PARAL, E. Les arts pochiues dw XE et Heneré Champion, (962. Historia Compostelana. EP. Rey (ed), Macri, Akal, 1994, “La Tavala Calocelans Autori ughesi", E. Gongalves fed), em Argueas do Contre yea! Porfogaies, X, 1976, Pp. 387-448, LAPA, M, Ry (ed). Camas i’caarnin e de usd elicer dos cast: i vlinatis galea-pomtueneses, 34 ed. Lisho, Jodo Sida Costa, 199 baler Sauett Jacoby fo, Santiage de Compostela, Xunta de Gale 192 Lirica pre 13 Amige, Porta, Campo das it NUE siéete, Paris, wit aon, Suivage de c bE peste- igaedos Ramon Piheit:, 14%, 2 y, M1. R, Gongalves fed}, Lisboa, Calibsri Cuutuas deamiar das ty shea, Conte dis | ate te feng des trovdones welewn-por tages bea, tte de Livre Brasileira, 1974, 3, d. para o inglés de MM. I. : University of Texas Press, 1979, VASCONCELOS, C.D (ed). Coneéoneiea dia Ay eimpr. de Halle (104), Lisboa, Imprensa Nacional- Casa da Maeda, 1990, 2 ¥, fa. ‘Cae ‘tin Livro ah Antologias ALVAR, Ce BELIRAN, ¥. dattulngia deta paesée gafiego. Jaci, Alhiorsbra, 1985, Trouviadares, tenants, in el sigte XP a fines dol siglo X11), Hager (De princi ilingue, Madr, Alianza, 1495, 1A ORAL XLIX J. Locus Aroemas, Aiticiagin Wi lirica tieetiecal ririswla thence (aii, deabe, mo- Hrabe, pr gilvice-portagseds, cask Wcntallen, iwdo bilingue. Barcelona, Galaxia Gutenberg-Cireula ale | boa, Tearema, 1998 VIEIRA, ¥. BF. J]. Crestomvatio craton, ¥ ed, Lisbos, Chissica, 1971, reanciancinade autign, 3 ed, lisboa, Assitio & Alvim, 1996, RIQUER, M. de. Las trevadares, Historia fiteraria y textos, led. Barcelona, Ariel, 2001, 3 -ALINDE, A. G. Antolagts de Alfonso X, ef Saitia, 3° ed, Buenos Aires, Espasa-Calge, 1926, L PREAIS Ruesd, Porta, Lella & Irmdes, 1987, Edigdes monograficas ALVAR, C. Lis porsias de Pero Garciee d’Ayiinea, Pisa, Pacini, 1986 (sep. de Stili wedantasiné evalgar), v.32), “PRD FILAG, Lov. de, As cuitigas de Pore Meogo, 3* ed, tiago de Compostela, Laiovento, 1995, BERETTA, M.S. Fernie Gareta Esganacenfin — _ sapoll, Liguori, 1a?, BLANQUER, A]. Cancivieirn de Pero da Poste, Graneda, Tat, Tons, BLASCO, P. Les cher louste Guiberk CAMARGO, ©. O. et allt, Textos medicnais porhigieses, Can digas de Pere Gonies Barreca, Araraquere, ness, 1Y88. —— Pextos ane Caritignes de [nao Seroaite, Ataracquara, 1 » Texins te Ad Cureton, de Pero Gareke Burgalés, Paris, Ca as de Bernal de Bo- rants he Newiey Perit DOR, A. Cancaners de Payo Gomez poeks (sighs XID, ec. fae-sinvlada da CUNHA, CO Iitprense Nacienal, 1954, FERREIRA, M. PO som de Martin Codax, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1986, itis coraneiis — 7 carters aD! Ref Dom Dinis, Kassel, Reichenberger, 2003, FERREIRO, M. ls comtigas de Radeigu’ Eanes ae Vaseoricetes, Santiago de Composte.a, Lafovento, 1992. Hiv Conan, Rio de Jaret, 38 CANTARES SPINA, 8. A tinted troaadovesca, 3° ed., 5a0 Paulo, Edusp, 1991, TORRES, A. 2 datologia di poosie trooadoresca aalega-parti= GERAL ul TO caucioneta de Pero Meenniz de forsee, gO de Compostela, Certra Ramén Pele, 2007, ALVES, F. fod). Canctunetros dos trowadores do mar , mprense Nagional-Casa da Moeda, 1999, WPL. Dor Afowse Lopes ae Briar, Cantigas, Ales- 4, Fdizion! dell‘Orse, 2008, ML. Bewiet de Beware: poesie, Bari, Adriatica, JOH eimzoniere av Ferman Vell CAguila, lapa- me, W977 H.R. Dus Lieterbnel des Kenigs Deus um Portage, » Max Niemeyer, 1894, INLG. "Le poesic di Pedr’ Amigo de Sevilha”, An- Ni Xin. 2, 1868, pp. 189-334, Jeancodeit de Pero Moon, Vigu, LING, O. “As cantigas de D. Joan Gareia de Guilhade, pvedor co século ME", Ronsswisele Forsckinger, Band 1908, pp. 41-719, eis de 0) font Gu, YE Vieire fong,), Nites oH canzoriere ve de Guillode 2 estudas a eR], Edufl, 2007, stein? di Gaeedia, Pisa, Pacini, Harte ou Hg, 19). is AL ni. 2, 1969, pp. 155-92, as de Fern Paez de Tamealancos, jiovento, 1992, CUO. LS, Martin Maya — te porsie, Roma, Ateneo, L848. WAL da © Cashans diet Rel O, Dai, Lishoa, Clas- 1942. RUSSO, VB. As poesisa de Martin Soares, Vigo, Ga- a, 1992, JET. M. Estewine Fernandez @'Eloas: (f canzaeere, Adriatiea, 1979, “Le ‘cantigas’de Juyao Bolseyro", Aniati: sezione na, Napoli, VL, t. 2, 1964, pp. 237-235, LI RODRIGUEZ, J. L. El cancionera de jor Aings de Savitiagn, Vigo, Unt idade de Santiago de Compostela, 198) SPINA, 5. els ovutigas de Dera Maytelda, Rio de Janeira, Tem - po Bresiere Porlaleza, Universidade Federal da Ceara, 1983, “LAVAL, GA poesia de Airis 1, FL Perrier’ FREMOSOS CANTARES HAMA Geras. LI M; PEREIRD, C. PM: FONTAINA, L.T. Nor. Hon and @ poesia frokadansicn galega-peirtyeie ea A SOrUurias Universidade a ea 2007. Nites. Vigo, Galaxia, 1992, o — fe poesie, Bari, Adriatica, Larousse da Brasil, 1987, De la fin'amor”, em Coliices de cision 1969, Pp. 265-85, ZILLL C. jokan Baveca — pocsie, Bari, Adviatica, 1977, leg filer oa, Caminks, 1993 remaltico do Octden- 2 inn BaurwsF EB 54 lo, Imprensa OA- ifitas, 2 ed, | do, 202, 2, L Diciowdino da idade Média, Ria de Ja- 5 Loo, A.“Glossatio” da Dewinda de Sante Grant Ria de Heino, Insticuto Nacianal de Livre, 1962, 0. 3. BS, M. Dictotuirio oe terinos ftsnivios, 12! ed., S40 Pau- p Cult: 4 Obras de referéncia AL ME DA, Fh de. Dic fonidna de termras erat r cadiiel Media fe neti 2000), CUEVAL fondria enctelapdien fb rligibes, PetrdpolistR], Vozes, 1995, RON, M. Perit fergie des Ihérdsios clr Michel, 20 ecdieunt, Ria ale Janei- LOS, CM. Glossizio da Carelonetre da Ajuids rp, Furdagaa Casa de Rui Baroosa, 1988, v2: BC vista Lositivie, val. XSUL], 19203, Rio de [anei- ___— Inditoe do vocabuiirio de porhegnds medical, Ria de Ja- l ucerna, 1990, neire, Ministéria da CultorefFundagio Casa de Rut Bar bosa, 1944, v.41. do portagnds medicoal fern CD-ROM, Fur- * fase f1s7a- 1485); 2! face Sanches da Couto, ues, Paris, Al- 2 ale dagéo Casa de Rui Barbosa, (189-2000; DATS, i Distousteis Culbara, 1 Eneiclapedia Einauai, Liskea, Imprenga Nacional-Casa ca Moeda, 1887, v.11 (Orel'Fsecto, Argumentagio, WA. M.A. “Os estudos sobre a Ceneioncita la Ajuda: @slado da cuestiOn”, em Carasies lig eo Canela. i ide ox, M. Brea tooard,), Santiago de Cam Munta de Galicia, 2005, pp, 45-120, ifcngde portameesa, $40 Paulo, Edusp, 1999, Munesis, Sao Paule, Perspectiva, 1971 Ao Paulo, Abril LIv FREMOSOS CANTARES BARHITES, M.A celta papain na ddide Medan e no Rewas- comenta 0 comtiete de Paypal Rabelais, Sa Paulo, Paci 187. BALTRUSAITIS, J. Le Afoyer Ape jiculestiqne: Faris, Flamina- rien, 1981, HARCALA, GP "Tipalesia da palayra-rima galego-porlu puesa”) em Thera Cantat, Estudios sole puesta hispanic wiedieval. J.C. Rigalle E. M.D, Martirws (orps.), Santia- go de Compostela, Servicio de Publicaciing de la Uni- versidad, ae pp. 93-108, Ci PO Suncionamerr: rd na ne Canciorel- ui cine he Alwda howe, M. Brea (coord), Santiaga de Compostela, Xunta cle Galicia, 2005, pp. 18-254, BASCHET, J. Le set du Pine, Abrahen et ti paternite dans MOee is, Gallimard, 2000, BEDS 1 vA EAL Dy (dire). 2A 1 Mayen age, Pari BEFRNAERT, PML ED boi fenguit y vinueas eve da Babd loa? BELTRAN, Vo Pétion, poesia i sociedad eu te tivicd neadicnel, Santiago de Compostela: Universidad, Servica de Publi cacions & Intercambia Cientities, 2007 (Anuaria Galepa ro da a de Filoloda, Amexo 59). BIAZARRL HO. “La pote em Revista de Hidad norrativa del vefrin”, tira Medieval, Aleala de Henares, Uni- ald, 021, 1977, pp. 9-83 BLOCTL, R HL Misggiwn inedieetl ea inuenigeo de aener re ial, Rio de Janeiro, Editera 34, 1995, ERBECEE, WW. forges). Amerie i ‘Mdode Adina, usp, 1596. CALVENTE, T. J. “El Prefacio del Breae ecanpendiane artis re. thorica de Mastin de Cordosa, Eciciem, traduccidin y es- tudie”, em Revista de Potica Adedieval, Alcala de Hema- tes, Universidad de Alcald, ri 2, 1998, pp. 227-42, ee Barselona, Pen! ihe L¥ de; PRGNATARL Dy CAMPOS, H. de. Teoria } i. Tenias criiiens & ong, fos (950-7960), Aho Paulo, Duas Cidades, 1973, Wht provengais, 83a Paulo, Companhia das Letras, werd, 2) ec, SAa Paulo, Perspecti- 20, pp. 9-11). LSON].C, “Contrafacta galego-porta “en Medioces v Litentue, Actas del ¥ Congrese de ti aredes (ar ‘Granada, 1995, v , pp. 479-97 Jf. The Formalists”, em Nova York, Wal LP. Magia, nting the Middle OL, pp, 1eL-204, veticisy ev el Oeeidenhe ilo Hozizerte, 1077 fh peng. np, 196, wenlkey Soweto hoa, Presenca, “109% I retl, |, Serrac e OM ¢ doblas na a lirica palega ahead, Actas def ¥ Con- ong, Granada, 1495, ¥. IT, jacid e MowNiele a pewske beeadoresca, ne oriticd tectwad, Bio ce Janeiro, Tempo Brasilei- dectier tatwig, Rio 157. “Literatura latina y lenguas roman- ol Congresse de AHLM, AL Sascimen- LVI FREMOSOS CANTARES WckRAD LNIL toe C,C, Ribeiro (orgs.), Lisboa, Cosmos, 1993, ¥. TL D)JUNIOR, H. A inde Média Neseinenta do Ori- pp. 35-44. WP ed, Sao Paulo, Brasiliense, 2001 DIONISIO. |. “Candigces de produgde da cantiga: os paga- WOT, FL. Que é a feadalisme?, Lisboa, Puropa- Ame mentos com panos", em Acts do NIX Congres intera- y 1974 cional de Linguistica e¢ Filoiexia Rooninions, RB, Lorenzo 17 (dir. Lire te maruscrit médiéoal, Gbserver et alécri- lorg.), A Coruiia, 1994, pp. 683-95, DRAGONETTL R. Le uninage des sources, Vart du faux dang Je roman enédseveal, Park USF, DRONKE, 2 ba lirica ert dn Edad Media, Barcelona, Seix Bar- “THR, ‘Abehudlas ata a fiinda®, erm O camber des ral, 1978, tage de Compostela, Xunta de Galicia, . bat indintdewtidad jneticn en lo Exod Media, Madri, a Alhambra, 181 SEVITCHL, A. Liv uvissienice set inated das 1 Eurcpe G."O modelo cortis", em Historia das matheres, A Heuer, eu), LUG Media, C.K, AGber (dir), Porta, Afrontamento, E nrataliddal et da Edad Media, 22 edl., T, py. 331-81 Henos Aires, Biblos, 1998. DURAN, [. 8.6 SANCHEZ, A.V; “Expresstanes fijas en las [ and canso", em M. E. Schaffer; A.A vantipas gallego-portuguesas”, ern Meitiosan y Litenat . Merheoal ened Rennissnnice Spanien Pov fe. clctas def Vo Congresa @ AALAL |. Paredes forg. il) Shedies ix Honor af Arter L. Asking, Woodbridge, Granada, 1995, 4 TM, pp. 261-71, 2006 JEAUBONNE, FAs ations | O decline da fade Média, Lisboa, Ulisseia, Vepa, 1977, FEREARI A. tlago de © FERREIRG, M. sities 1 Lecicologs, Santiago de Compostela, Laiover- to, 1999,.2-y, ROL M, ef alli, A edd ai A Corufa, Baia Laat, Hes do patnarcado, Lisboa, OY, A. Les origines de in pode tyeigie ee France wie ¢ Age, Paris, Champian, 1923, CH-ZUBER, C. Glin}, Heskinia das nudieres A idade la, v2, Porto, Afortamento, 1990) “Observations histork tes el sociolagiques i des Groubacours", em Critters de eforiisetian infil, VL, 6 pp, 27-51 z fe esie cantar Salve as evbwiogs ex- 0 gaegp-poritnigueses, da poesia lobaderesce eat 200, reais Maaias do movida, Coimbra, Almedina, 985. FRANCHINI, fi, Los debates litenarios en ta Evia Miia, Mae dri, Laberinta, 2001, FRANCO JUNIOR, 2. 0 aie (000 Teper de utedo oer i perange?, 520 Paulo, Companhia das Lets, 1 {i tenitiee portivenesd, Gaoca wediecal, 5" Viranda os Séculosl. ed ‘olmbra, Coimbra Editera, 1964, —.. Fewdatismn, Weng sociedade relagosa, guerreina & canna rama portugeesa medievel, wesd, S80 Pauls, Moderna, 1999, Ho de fancire, Instituto Nacional de Livro, 1965, LVUl FREMOSOS CANTHRES WuiekAt LEX LE GOFF, |. O manmithoso ¢ 0 qualidiana ne Ceidente medip- tail, Lishoa, Edigdes 70, 1985, —. “Le troubadour, le rouvere”, ern Hires ef merueiiles die Moyen Age; Paris, Seuil, 2005, pp. 219-25, LE JAN, ER. “Les femmes, la venpeance ot la construction des récits au haut Mayen Age", conferéncia apresenta- da na Universidade de Sao Paulo em 3003/2006, LLORCA, CM. “Retdrica y poctica er: la Edad Media: apuntes para una teoria composicional cel cliscurse lite- tario”, em Actas adel Ye Congreso de in AHLM, J. Paredes (org), Granada, Universidad de Granada, 1995, v. Tf, pp. 171-81. | COR, Aurs mesclatz at angen, Sobre a primeine ale rowidores gaiego-porteguese, Porta, Guarecer, OL. ver der Wi. (org), Propaestas tedeico-mectadte: ie pert el dele Mtereture Inispinicn snedteveel, 1 anénema de Mesceo, 200 Curlerisd M, “Fernando Pessoa ¢ a cantiga sravadaresca”, Hriando Desson: o espellie ea esfinge, 2! ed. Sia Pau trix, 1998. MLL, 1. Bl ct alii, Moetariges ¢ rumas: @ Ces LLORCA, CM, “La teoria literaria y los estudins literating 1 i (sdeulos AUNT), CotiaP Ibis, 1997, medievales: presente y future de uma relacidn necesa- tia", ern Revista de Poctioe Medicaal, Alealé de Henares, ui 2, TS98, pp, 158-73, MACEDO, wr wa ide Média, 5 ed., Séa Paulo, wbinas cevtedies, Lat deguerea 1, Madri, Taurus, 162, f. “Odom entre histiria ¢ antropolagia, Fga- ras medievais do coader", em Savi, Sao Paule, nt 3, 203, pp. 164-93, MALEVAL, M. da AT) Poesis neino, Agora da Tha, 2002, 1 MARQUES, A. HL de ©” A sociedade mediewal Porheeiese, i ile critica eentin 3° ed, Lishoa, Sé da Casta, 1974, (args). M reaLibras, 203 MASSINL-CAGLIARL G. Cancianeius mediconis gelegn-pors ©. The Guat ani the Nigitingnte, Mus aud tens Jo Danio, Martins Fontes, 2007. ; (200-7304, Berkeley e Los Angeles, Univ LMA, BW, Pstreturns clemientares ircoentisias, Ele He da Calitérnia, 1989, ; 7 mentees pant ina gramdtion da partugids arcawo, Lisboa, t AL M. Line distoire symbolique dv Mayen Age Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1989, |, Faris, Seni), 2004. , , , MATTOSOD |. Portugal medienal, Nowtas imterpeetupies, Lisboo, ipo vie texto: filotogia © Htermtuans Ina [mprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985. a 70, 1979 es ; __.. Prignisritos de aie composigao mediena!, Lisboa, Es- 8 juglarescas en la Esparia Mecte- tampa, 1987, nes artiscicas”, ern Flesivs, fveeos y —.. Rieos-homens, aifangées e camaleiens, A nobyezd niedieenal porlagiesa nos séculos Se XM Lishoa, Guimaraes, 1998, Hunt ale Congas, Vigo, Galaxia, 1998. RA, AR. Depots do alo trouadoresce: et estei= feds eros das sécilas fesex niundo, Lisboa, Na- nedtenwl io Brasil, Rio de Ja- (, L. Funese J. MM. x Ci lura Medieval, Madr, Polifeme, 1999, pp, S-109, Lx FREMOSOS CANTARES RAMOS, M.A. “O cancioneiso ideal de D, Carolina”, em : . Proposta priret waned fettiara do teste Caricioneiie de Ajuda cen amas deg antiaga de Com- ; pastela, Xunta de Galicia, 2004, pp. 13-40, Be icricics, Jisbea, In nprensa Nacional-Casa _. Recensao critica a D. Divis, Cancionetra, ed. de Nusa 168 icine, erm Reone critique de Phitolagie Romene, Ul, pp. 3-69, lire guingu-portuguesa, Lisboa, Corvanica- REDONDO, FG, Aetes pavtices mevievales, Madi, Laberin- ta, S000, RICHARDS, |. Sew, desoie ¢ denagia. As mnorias rat tdede | Média, Rio de Janeiro, Zahar, 1993 ROUGEMONT, D. de. O amore a Ocidente, Ria de Janeire, Guanabara, 1988, RUCQUOL, A, Histivia mediennl da Pentisula fberice, Lisboa, Estampa, 1995. SCHMITT, |. América, A imaginagdo eficaa™, Signum, Sao Paulo, of 3, 2001, pp, 15 "Ol corp boa, Col H OEXLE, OG, Las enainers antietios de i iustaire der Mayer Age cut France ef en Allethagie, Paris, Soxbarine, 2003. SERES, G. "La ficeién y la ‘verdad del entendimiento’: al- Bunas consideractones de podtica medieval", em Revis- tar de Paetica Medieval, Aleala de Henares, n° 4, 20010, pp. 153-88. SOLTO CABO, 7A. e VIEIRAY. F. "Para um now eruqua dhamency histirica-leerdria de Aimas Fernandes, cite “Carpancha’™, crn Revista de Literati Adedtenal, nf XL, Alcala de Henares; 2003, pp. 2 -F 8, SPINA, 5. Da fonmalsine esiéhen trevederesca, Boletim da Ba- culdade de Filosofia, Ciércias © Letras da USP. L966, a Na aiadrugnda des formas poétings, Sio Paula, Atica, us L&I nal dos trobadores golego- porbugueses 6 a dona exp thera Cantar, inisp * Rigall e E. Tompostela, Servi- lad, 2002, pp. 674, “Pay Scarez de Taveirds y la care de] Conde ce WW, om © cantar dos trobaderes, Santiaga de Cam- XMunta de Galicia, L993, p S21. Iistina des superstigies, Lisboa, Europa- aetiite onl Sep, Lise ire, Pars, PUE, 1985. nes chi 5 3 sit de persicagis vorninica wvedienal, Sac Paulo, eu, SALE K. “Gaston Paris ef | unite de la Romania", en ML Zink (dir.j, sige de Gastort Fivis, Paris, Crdi- Je Jacab, 20M, pp. 1F#-92, Paris, Seuil, 1972,

You might also like