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(YA UNOCHAPECO rene comma sade OuMC Reitor: Odilon Luiz Poli Vice-Reitora de Ensino, Pesquisa e Extenséo: Maria Luiza de Souza Lajtis Vice-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento: Claudio Alcides Jacoski Vice-Reitor de Administragao: Sady Mazzioni Diretor de Pesquisa e Pés-Graduagiio Stricto Sensu: Ricardo Rezer Titulo original: Die philosophie des als ob: system der theoretischen, praktischen und religidsen fiktionen der menschheit auf grund eines idealistischen positivismus Este livro ou parte dele ndo podem ser reproduzidos por qualquer meio sem autorizagao escrita do Editor. 193 ‘Vaihinger, Hans Vi28F A filosofia do como se: sistema das ficgdes tedricas, praticas ¢ religiosas da humanidade, na base de um positivismo idealista / Hans Vaihinger ; tradugao de Johannes Kretschmer. ~ Chapecé: Argos, 2011. 723 p.: 23 cm. — (Grandes Temas ; 15) Inclui bibliografias. ISBN: 978-85-7897-036-9 1, Filosofia alema. 1. Titulo. cpp 21-193 Catalogagao elaborada por Caroline Miotto CRB 14/1178 Biblioteca Central da Unochapecé = ARGOS ‘Todos os direitos reservados & Argos Editora da Unochapecd Av. Atilio Fontana, 591-E — Bairro Efapi— Chapecé (SC) - 89809-000 — Caixa Postal 1141 (49) 3321 8218 — argos@unochapeco.edu.br ~ www.unochapeco.edu.br/argos Conselho Editorial: Rosana Maria Badalotti (presidente), Carla Rosane Paz Arruda Teo (vice-presidente), César da Silva Camargo, Erico Gongalves de Assis, Maria Assunta Busato, ‘Maria Luiza de Souza Lajis, Murilo Cesar Costelli, Ricardo Rezer, ‘Tania Mara Zancanaro Pieczkowski Coordenadora: ‘Maria Assunta Busato da hipétese. Lotze™ diz com razao: “toda hipétese nao pretende ser apenas uma figura do pensamento ou meio de ilustra¢ao, mas ainda indicagao de um fato”. “Quem estabelece uma hipétese, acredita ter enriquecido a série dos fatos reais e observaveis pela adivinhagao fe- liz de fatos nao menos reais, porém bem menos expostos a observa- ¢a0”. “O fato em questao deve ser representado como uma realidade existente.” “Ficgdes, no entanto,’ diz ele, “sio pressuposigGes que foram estabelecidas com a plena consciéncia de sua impossibilida- de, ou porque sao contraditérias em si, ou porque nao podem ser vistas, por razes externas, como elementos constitutivos da realida- de? Aqui, Lotze aponta muito acertadamente nao sé para a diferenga entre a ficcao e a hipotese: também a diferenca interna de ambos os géneros das ficcdes é pelo menos sugerida. Capitulo XXII A forma linguistica da ficcao. Andlise do como se (acompanhada de indagacées gerais acerca da teoria da comparacio) Agora trata-se de discutir em seu contexto um ponto que de vez em quando ja se fez notar: a forma como a fic¢ao se expressa na linguagem. O modo de expresso relativo a ficcao evidenciard a gran- de diferenca que a separa em principio da hipotese. Ja as diferencas sobressalentes entre ficcdo e hipétese no que concerne a seus modos de expressio poderiam ter evitado que uma fosse confundida com a 109. In: Logik, p. 399. 110. Op. cit., p. 400 outra. A gramatica é geralmente um campo do qual a ldgica deve re- colher o seu material; pois, a despeito da nao identidade de pensar e falar, a linguagem representa nao obstante um meio empregado pelo pensamento; em consequéncia, a perscrutagao de tais recursos sutis e mais bem-desenvolvidos do pensamento é uma tarefa sumamente importante e, ao mesmo tempo, campo fecundo para a teoria logica. Mesmo que 0 falar e o pensar nao sejam idénticos, ha sim uma cone- xo entre ambos. Por isso, Aristételes teve razo em ligar sua logica a gramatica. Dos modernos, s6 Lambert!" apresentou ideias originais, analisando detalhadamente o significado légico, o valor légico das particulas singulares. As ligacdes das oragées através de particulas sao, propriamente, os relés légicos pelos quais os segmentos indivi- duais se encontram conectados entre si. Nas particulas, comprime-se muitas vezes toda uma cadeia de pensamentos ldgicos. Por essa ra- zo, a andlise légica de uma série dada de pensamentos deveria, antes de mais nada, enfocar as particulas de conexao. Ja nos deparamos varias vezes com os modos de expressao das ficgdes: por exemplo, cada linha curva hi de ser contemplada (se se deixa contemplar, deve ser contemplada) como se consistisse em um numero infinito de linhas retas infinitamente pequenas. Temos aqui uma estranha combinagio. Por ora, nao enfatizaremos a possibilida- de de a primeira oragao vir a ser expressa de forma ora problematica, ora assertérica, ora apodictica; gostarfamos primeiro de concentrar nossa aten¢4o em torno do estranho complexo de particulas, o como se, e de comparar ainda as formas comuns em outras linguas: em 111. Em sua obra Novo Organon. 240

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