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HA-JOON CHANG Maca : deem TT TN A HISTORIA SECRETA RUE VEN TH Prefacio a edicdo brasileira de Luiz Carlos Bresser-Pereira a N79 é SS — re ieee Oe Gonme eS ersiaced Cer Uh) © 2008, Elsovier Editora Ltda, Todos 08 direitos reservados e protegidos pola Loi n’ 9,610, de 19/02/10 ‘ Nenhuma parte deste livro, sem autorizagio prévia por escrito da edilors, poderd ser reproclir transmitida sejam quais forem os meios empregados:elotrOnicos, mactinioos,fotogr Allens gl ‘ou quaisquer outros. Copitiesque: Shirley Lima da Silva Braz evisdo: Mariflor Brenlla Rial Rocha e Edna Rocha Faitorapao Eletrénica: Estadio Castel Elsevier Editora Ltda. Rua Sete de Setembro, 111 - 16° andar 20050-006 ~ Centro = Rio de Janeiro-Ry ~ Brasil ‘Telefone: (21) 3970-9300 Fax: (21) 2507-1991 E-mail: info@elsevier.com.or Escrit6rio Séo Paulo Rua Quintana, 753/82 andar (04569-0111 ~ Brooklin — So Paulo - SP Tel: (11) 5105-8555, ISBN 978-86-352-9084-0 Edigdo original: ISBN 978-190521 1364 Nota: Muito 2olo e téenica foram empregados na edigao desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitardo, impressao ou divida conceitual. Em qualquer das hipéteses, solicitames a comunicagéo nossa Cantral de Atendimento, pare que possamos esclarecer ou encaminhar a questio. Nem a ecitora nem o autor assumem qualquer responsablidade por eventuais danos ou perdas a pessoas ou bens, originados do uso desta publicagao. Central de atendimento Tel 0800-265840 Rua Sete de Setembro, 111, 16° andar ~ Centro — Rio de Janeiro exmail:info@elsevier.com.br site: wwvw.campus.com.br CIP-Brasil. Catalogaeao-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RU cam Chang, Ha-Joon Maus samaritanos :0 mito do livre-comérclo e a historia ssecrata do capitalismo / Ha-Joon Chang ; tradugdo Celina Martins Ramalho, — Rio de Janeiro : Elsevier, 2009, ‘Tradugdo de: Bad samaritan ISBN 978-85-352-3084.0 1. Protecionismo e livre cambio. 2. Capitalism. |. Titulo. 08-4207. cop: 382.71 CDU: 839 .5.012.42 us € a Oliveira revisitados Os mitos ¢ os fatos da globalizagao Era uma vez um fabricante de aucoméveis de um pais em desenvolvimento que, em determinado momento, passou a exportar seus primeiros carros de passagei os Estados Unidos. Até aquele dia, a pequena empresa fabricava apenas produtos de baixa qualidade — cdpias pobres de itens de qualidade dos paises mais ricos. O modelo do carro nao era nada sofisti- cado; apenas um carro compacto e barato (téo ruim que era também cha- jas © um cinzeiro”). Mas esse era um grande momento mado de “quatro 1 Para o pais e seus exportadores se orgulhavam, Infelizmente, 0 produto fracassou. A maioria das pessoas considerava © carro pequeno repugnante ¢ os compradores precavidos evitavam gastar dinheiro sétio cm um carro de familia vindo de um lugar no qual se fabri- cavam apenas produtos de segunda categoria. © carro teve de ser retirado do mercado americano. Esse desastre levou a um debate sério entre os cidadaos do pais. Multos argumentavam, que a empresa deveria ter ficado em seu negécio original, que era a fabricagéo de mAquinas de tear simples. Afinal, o produto que mais se exportava no pais era a seda. Se a empresa nao podia fazer carros bons depois de 25 anos de tentativas, nao haveria fururo para ela. O governo dera ao fabricante do carro total oportunidade para seu: éxito. Ele garan- tiu bons lucros para a empresa no pais por meio de tarifas altas e controle: draconianos do investimento estrangeiro sobre a indtistria automobilistica. Menos de 10 anos antes, 0 governo dera dinheiro ptiblico para salvar 2 em- presa da faléncia iminente. Naquela época, os criticos argumentaram que os carros estrangeiros deveriam ser imporcados livremente e os fabricances de auroméveis estrangeiros, que haviam sido tetirados do mercado hé 20 anos. deveriam se restabelecer novamente no mercado coreano. Outros discordavam. Argumentavam que nenhum pais iria 2 lugar algum sem desenvolver indistrias “sérias” como a indistria automobiliccica Ele: precisavam de mais tempo para fabricar carros que atendessem a todos. 18

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