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Resumo
A ingestão de frutas e hortaliças é cada vez mais recomendada devido à presença de carboidratos, minerais, vitaminas,
carotenoides e fenóis, havendo consequentemente um aumento na exploração econômica de diversas espécies vegetais
produtivas. No entanto, algumas espécies que podem ser fontes de macro e micronutrientes ainda são pouco consumidas
e estudadas. Entre estas, encontra-se uma espécie de palmeira amplamente distribuída no território brasileiro e de alta
produtividade de frutos conhecidos como jerivá (Syagrus romanzoffiana Cham.), globulosos, de coloração amarela ao
vermelho-alaranjado e mesocarpo fibro-carnoso e mucilaginoso. O objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização
química da polpa do fruto de jerivá, quanto aos teores de açúcares, vitamina C, ácidos fenólicos, tocoferóis e carotenoides
por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). O teor de vitamina C (6,80 mg/100 g) foi inferior ao de frutos
considerados fontes ou ricos neste nutriente. O carotenoide ajo itá io da polpa do f uto de je i á é o β-caroteno,
representando 70% dos carotenoides totais. Dentre as demais substâncias bioativas, destacaram-se os teores de ácidos
fenólicos, principalmente o ácido p-hid o i e zoi o , µg/g , e de α-tocoferol (18,80 µg/g), superiores aos
encontrados em matrizes vegetais descritas na literatura. A caracterização química da polpa do fruto de jerivá contribui
para o conhecimento das propriedades nutricionais e funcionais do fruto, possibilitando uma maior exploração e consumo
da espécie produtiva.
Palavras-chave: Substâncias bioativas; cromatografia líquida; ácidos fenólicos; vitamina C.
* Embrapa Agroindústria de Alimentos, Laboratório de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), CEP 23020-470, Rio
de Janeiro-RJ, Brasil.
victor.dcmartins@gmail.com
DOI: 10.5935/1984-6835.20150144
1. Introdução
2. Objetivos
3. Material e Métodos
3.1. Coleta de Frutos
3.2. Solventes, Reagentes e Padrões Analíticos
3.3. Instrumentação
3.4. Caracterização de Açúcares
3.5. Caracterização de Vitamina C
3.6. Caracterização de Carotenoides
3.7. Caracterização de Ácidos Fenólicos
3.8. Caracterização de Tocoferóis
4. Resultados e Discussão
5. Conclusão
Figura 1. Palmeira jerivá com cachos de frutos maduros e imaturos. Foto: Sidney Pacheco
acetonitrila:água (75:25 v/v) e tempo de repetido por 4 vezes para que houvesse a
corrida de 20 min. remoção total da acetona. Em seguida, o
extrato etéreo obtido foi transferido para um
balão volumétrico de 50 mL e avolumado
3.5. Caracterização de Vitamina C com éter de petróleo. A quantificação de
carotenoides totais foi feita através de leitura
espectrofotométrica no comprimento de
A determinação de ácido ascórbico onda de 450 nm, utilizando o coeficiente de
(vitamina C) foi realizada empregando-se a a so ti idade ola do β-caroteno em
metodologia de Rosa et al. (2007) com éter de petróleo de 2592.
quantificação por padronização externa.8 As
amostras de polpa previamente pesadas Após a quantificação total, uma alíquota
foram transferidas quantitativamente para de 1 mL do extrato foi retirada, concentrada
balão de 25 mL com auxílio de 10 mL de a partir da remoção do solvente sob fluxo de
solução aquosa de H2SO4 0,05 M. A extração gás nitrogênio (N2) e solubilizada em 200 µL
foi realizada através de banho ultrassônico de acetona, sendo a determinação do perfil
por 10 min. Em seguida, o balão foi dos carotenoides por CLAE feita segundo
avolumado com a solução anteriormente metodologia de Pacheco et al. (2014),
adicionada e procedeu-se a filtração e a acreditada pelo INMETRO de acordo com a
análise cromatográfica do extrato. Foi ISO 17025 para análises de carotenoides.10 A
empregado um cromatógrafo líquido de alta análise cromatográfica foi realizada em
eficiência Waters® modelo Alliance 2690/5, cromatógrafo líquido de alta eficiência
detector de arranjo de fotodiodos Waters® Waters® Modular composto por bomba 600,
modelo 2996 (quantificação em 242,6 nm), injetor automático 717 plus, com detector de
software Empower®, coluna de troca iônica arranjo de fotodiodos Waters® modelo 996
HPX 87 H BIO RAD 7,8 cm x 300 mm, fluxo (varreadura 300 a 500 nm com quantificação
de 0,7 mL/min, volume de injeção de 20 µL, em 450 nm), software Empower®, coluna
modo de eluição isocrático com solução YCM Carotenoid S-3 (250 x 4,6 mm; 3 µm),
aquosa de H2SO4 0,05 M e tempo de corrida fluxo de 0,8 mL/min, volume de injeção de 15
de 10 min. µL, modo de eluição por gradiente usando
como fase móvel metanol: éter-terc-butil
(80:20 v/v) e tempo de corrida de 28 min. A
3.6. Caracterização de Carotenoides quantificação dos carotenoides foi realizada
por padronização externa, através da
construção de curvas analíticas a partir de
A extração de carotenoides totais baseou- padrões analíticos isolados segundo a
se na metodologia de Rodriguez-Amaya metodologia descrita por Pacheco (2013).11
(2001).9 A amostra de polpa previamente
pesada foi transferido para um gral onde se
adicionou 3 g de celite e 5 mL de acetona e 3.7. Caracterização de Ácidos Fenólicos
procedeu-se a maceração da amostra. Em
seguida, o extrato foi filtrado à vácuo em
funil de vidro com placa porosa sinterizada A determinação de ácidos fenólicos por
conectada a um kitassato. Esta etapa de CLAE foi realizada segundo o método descrito
maceração foi repetida até o esgotamento da por Mattila e Kumpulainen (2002) com
coloração característica de carotenoides no adaptações para se obter as frações de
material sólido. O filtrado foi transferido para ácidos fenólicos livres, os derivados de
um funil de separação contendo 40 mL de hidrólise básica e de hidrólise ácida.12 A
éter de petróleo, sendo o extrato lavado análise de ácidos fenólicos livres se deu pela
sucessivamente com cerca de 30 mL de água extração da amostra previamente pesada
ultrapurificada. Este procedimento foi com 10 mL de solução metanol contendo BHT
(2 g/L)/ ácido acético 10% em água (85:15 Amaya (2001).9 As amostras já pesadas foram
v/v) seguida de extração em banho transferidas para um gral onde adicionou-se
ultrassônico por 30 min. Após a decantação, 3 g de celite e 10 mL de acetona, iniciando-se
foi eti ada u a alí uota de μL pa a a etapa de maceração e extração. O material
análise de ácidos fenólicos livres por CLAE. foi filtrado à vácuo em funil de vidro com
Foi adicionado ao extrato 17 mL de solução placa porosa sinterizada conectada a um
aquosa de NaOH 3 M seguida de agitação kitassato. O procedimento foi repetido por 3
mecânica por 16 h. No passo seguinte, o pH vezes. Posteriormente, o extrato em acetona
foi ajustado para 2,0 com solução aquosa de foi transferido para um funil de separação
HCl 6 M para posterior partição com 15 mL contendo 30 mL de éter de petróleo, sendo o
de solução éter etílico: acetato de etila (1:1 extrato lavado com cerca de 40 mL de água
v/v) em funil de separação. A partição foi ultrapurificada. Este procedimento foi
repetida por 3 vezes. A fase orgânica então repetido até que houvesse a remoção total
foi transferida para balão volumétrico de 50 da acetona. O extrato etéreo obtido foi então
mL e avolumada com solução éter etílico: transferido para um balão volumétrico de
acetato de etila (1:1 v/v), obtendo a fração 100 mL e avolumado com éter de petróleo.
básica. Uma alíquota de 1 mL do extrato foi retirada,
concentrada a partir da remoção do solvente
Para a obtenção da fração ácida, foi
sob fluxo de gás nitrogênio (N2) e solubilizada
adicionado à fase aquosa 2,5 mL de HCl
em 200 µL de acetona. O perfil de tocoferóis
concentrado, seguido por aquecimento em
foi determinado por CLAE segundo o método
estufa à 85°C por 35 min. Em seguida, o pH
de Pacheco et al. (2014), com adaptações no
foi novamente ajustado para 2,0 com solução
gradiente da fase móvel e na adição do
aquosa de NaOH 3 M para uma nova partição
detector de fluorescência.10 A análise
com éter etílico: acetato de etila (1:1 v/v).
cromatográfica foi realizada em
Das frações básica e ácida foram retiradas
cromatógrafo líquido de alta eficiência
alíquotas de 1,0 mL seguidas por
Waters® modelo 2690/5, detector de arranjo
concentração, dissolução em metanol e
de fotodiodos Waters® modelo 2996
análise cromatográfica. A análise das frações
(varredura 210 a 600 nm) e detector de
descritas foi realizada em cromatógrafo
fluorescência modelo 475 (Ex 290 nm a Em
líquido de alta eficiência Waters® Alliance
320 nm), coluna YCM Carotenoid S-3 (250 x
modelo 2690/5, detector de arranjo de
4,6 mm; 3 µm), fluxo de 0,8 mL/min, volume
fotodiodos Waters® modelo 2996 (varredura
de injeção de 15 µL, modo de eluição por
210 a 600 nm com quantificação em 260nm),
gradiente usando como fase móvel metanol:
software Empower®, coluna Thermo BDS
éter-terc-butil (97:3 v/v), tempo de corrida de
HYPERSIL C18 , ; , μ , flu o de
28 min. A quantificação foi realizada por
1,0 mL/min, volume de injeção de 10 µL,
padronização externa a partir do preparo de
modo de eluição gradiente usando como fase
solução pad ão de α-to ofe ol e -tocoferol.
móvel uma solução aquosa de H3PO4
As concentrações dos padrões foram
0,0015% e acetonitrila, com tempo de corrida
confirmadas por espectrofotometria de
de 28 min. A quantificação dos ácidos
absorção na região do ultravioleta/visível
fenólicos (ácido p-hiroxibenzoico, ácido
(UV/Vis), mediante os coeficientes de
cafeico, ácido siríngico, ácido p-cumárico,
absortividade molar de cada tocoferol em
ácido ferúlico, ácido sinápico) foi feita por
seus comprimentos de onda de máxima
padronização externa.
absorção de energia.13
2,84 a 4,89 g, sendo 65,36 ± 4,37% (m/m) de encontrado por Goudel.1 Em resumo, o
polpa e 34,64 ± 4,37% (m/m) de semente. conteúdo aquoso da polpa do fruto
Logo, os frutos são constituídos representou quase a metade do fruto inteiro,
predominantemente da polpa, o que em média 41,37%.
também foi constatado por Goudel (2012), o
A análise de açúcares revelou um teor
qual determinou para o jerivá porcentagem
total de açúcares solúveis de 6,60 ± 3,56
de polpa de 59,29 ± 2,76% (m/m).1
g/100 g. O cromatograma está exposto na
A umidade da polpa variou entre 63,0% e Figura 2 e as respectivas estruturas químicas
63,5%, apresentando média de 63,25 ± na Figura 3.
0,25%, teor semelhante ao de 65,41 ± 0,41%
300,00
250,00
200,00
MV
150,00
100,00
50,00
1 2
3
0,00
1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00 10,00 11,00 12,00 13,00 14,00 15,00
Minutes
Figura 2. Cromatograma de açúcares obtido por CLAE-IR: (1) frutose (tr = 4,2 min); (2) glicose
(tr = 4,8 min); (3) sacarose (tr = 6,7 min). Nota: O pico de maior intensidade refere-se ao
solvente empregado
A quantificação foi feita por padronização relatados por GOUDEL (2012) seguem esta
externa a partir de padrões comerciais. metodologia.1
Foram obtidas, por meio de curva analítica,
A quantificação dos teores de vitamina C
as equações da reta para cada açúcar: frutose
(Figura 4) foi realizada por padronização
(y = 3,21*103x - 1,45*104 e r2 = 0,9998);
externa a partir de padrão de ácido ascórbico
glicose (y = 3,34*103x - 1,91*104 e r2 =
comercial (y = 1,70*106x - 5,70*103 e r2 =
0,9998); sacarose (y = 3,35*103x - 1,74*104 e
0,9993). Os teores obtidos estão entre 5,90 e
r2 = 0,9998).
7,67 mg/100g, conforme cromatograma
Os teores de frutose (F) (2,56 ± 1,12%) e obtido por CLAE-DAD (Figura 5).
glicose (G) (2,27 ± 0,94%) são superiores aos
O teor médio de 6,80 ± 0,88 mg/100 g é
encontrados em frutos, como em alguns
inferior ao encontrado por GOUDEL (2012)
cultivares de manga madura – Mangifera
empregando uma técnica titulométrica para
indica L. (F = 2,32% e 2,40 %; G = 0,05 % e
os frutos maduros de jerivá (9,21 mg/100 g).1
0,44 %); e pêssego Biuti – Prunus pérsica L.
Essa diferença pode ser explicada tanto por
Bastsch, após sete dias de refrigeração a 4 °C
fatores edafoclimáticos (condições do solo e
(F = 0,1 %; G = 0,1 %).14,15 Em relação à
de clima), pelo estádio de maturação do fruto
sacarose, observou um teor na polpa do fruto
e também por fatores analíticos, visto que os
de jerivá de 1,77 ± 1,50%, menor que os da
métodos titulométricos são de menor
manga (4,92 a 9,05 %) e da uva-do-japão –
precisão, sensibilidade e seletividade que a
Hovenia dulcis Thunberg (3,65%). Esta última
cromatografia líquida de alta eficiência.
também apresentou teores de frutose e
glicose superior do jerivá.14,16 Frutos conhecidos como fontes ou ricos
em vitamina C também apresentaram
É importante destacar que todos os
maiores teores que a polpa de jerivá, como a
resultados de frutos apresentados utilizaram
acerola – Malpighia glabra L. (941,4
metodologias baseadas na técnica de CLAE,
mg/100g); o caju – Anacardium occidentale L.
no qual os açúcares foram identificados e
(219,3 mg/100g) e a laranja lima – Citrus
quantificados separadamente.
sinensis L. Osbeck (43,5 mg/100 g), sendo
Frequentemente, é utilizada a descrição do
superior apenas aos teores encontrados em
teor de carboidratos totais em frutos,
outros frutos, como o jambo - Eugenia
resultado da composição centesimal para
malaccensis L. (3,8 mg/100 g) e a melancia -
expressar os teores de açúcar. Os teores de
Citrullus vulgaris Schrad. (6,1 mg/100 g).17
carboidratos na polpa do fruto de jerivá
0,040
242,8
0,035
0,030
321,2 335,5
0,025
0,020
AU
0,015
0,010
0,005
0,000
1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00 10,00 11,00 12,00 13,00
Minutes
Quanto à análise de carotenoides (Figura totais (57,59 ± 4,67 µg/g) de polpa foram
6), foram detectados e quantificados, através aio es ue a a e ola µg/g de β-caroteno
de curva analítica (Tabela 2), 4 carotenoides: e 29,7 µg/g de carotenoides totais) e a
luteína (1,21 ± 0,66 µg/g), 13-cis-β-caroteno e ou a µg/g de β-caroteno e 56 µg/g de
, ± , µg/g , β-caroteno (40,11 ± 0,53 carotenoides totais), porém menor que o
µg/g) e 9-cis-β-caroteno (4,65 ± 1,97 µg/g) buriti, um fruto de palmeira considerado rico
(Figura . Os teo es de β-caroteno, e a ote oides µg/g de β-caroteno e
carotenoide majoritário, e carotenoides 446 µg/g de carotenoides totais).19
0,70
3 B 451,5 478,2
0,60
0,50
A 444,3 473,3
0,40
AU
0,30
0,20
0,10
1 2 4
0,00
2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 20,00 22,00 24,00 26,00 28,00
Minutes
Coimbra e Jorge (2012) determinaram, por Crepaldi et al. (2001) para o fruto do
por espectrofotometria, um teor de licuri, também do gênero Syagrus, de 26,1
carotenoides totais no óleo da polpa de jerivá µg/g de polpa.20
de 1219 µg/g, valor 20 vezes superior em
Quanto à análise de ácidos fenólicos, não
relação à polpa do fruto.5 O maior teor de
foi identificado nenhum ácido na forma livre.
carotenoides no óleo pode ser compreendido
A etapa de hidrólise, tanto básica quanto
pelo caráter apolar desses compostos.
ácida, auxiliou na detecção de diferentes
Devido à sua extensa cadeia carbônica e à
substâncias, anteriormente ligadas na forma
presença reduzida de grupamentos polares,
de éter ou éster. Um exemplo de reação de
ocorre uma maior concentração dos
hidrólise é a reação de formação de sais de
carotenoides na fração lipídica. É possível
ácidos carboxílicos a partir de ésteres pela
destacar que o teo de β-caroteno, de 40,11
adição de bases fortes (Figura 8).
µg/g de polpa, foi superior ao determinado
0,14
0,12
0,10
1
0,08
AU
0,06
0,04 4 5
0,02
2 3 6
0,00
OH
1 2
217,0 309,3 HO
O
HO
O OH
OH 226,4
274,8 O
3 4
322,4 HO 322,4
237,0 O
217,0 OH
234,6 O HO OH
0
O
O O
5 6
Figura 10. Comparação entre os espectros de UV/Vis dos ácidos fenólicos presentes no extrato
da polpa do fruto de jerivá, em vermelho, e dos padrões, em azul
O ácido p-hidroxibenzoico foi o ácido µg/g e 2,3 µg/g). O morango apresenta uma
fenólico de maior concentração na polpa do concentração de ácido p-cumárico acima do
fruto (83,84± 18,28 µg/g), representando em jerivá (26 µg/g), enquanto a bebida à base de
torno de 64% dos ácidos quantificados. Este café é bem superior em relação ao ácido
se encontra em teor superior no jerivá, ferúlico (90 µg/g).12
comparando-se com a framboesa (26 µg/g), a
A identificação de tocoferóis baseou-se
cenoura (55 µg/g) e o morango (75 µg/g).12
ape as os pad ões de α-to ofe ol e -
Os ácidos p-cumárico (21,37± 3,75 µg/g) e
tocoferol. A análise empregada detectou na
ferúlico (25,99± 6,04 µg/g) tiveram teores
polpa do fruto de jerivá apenas a presença do
acima dos encontrados, por exemplo, em
α-tocoferol (Figura 11), sendo obtida uma
tomate (respectivamente, 9,5 µg/g e 3,0
curva analítica a partir do padrão para a
µg/g), cenoura (respectivamente, 1,45 µg/g e
quantificação (y = 3,42*105x + 9,85*103 e r²
14,2 µg/g) e vinho rosé (respectivamente, 7,6
0,9986).
1200,00
1000,00
800,00
600,00
Fluorescence
1
400,00
e
200,00
0,00
-200,00
2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 20,00 22,00 24,00 26,00 28,00
Minutes
Figura 11. Cromatograma, por detecção por fluorescência, do extrato de tocoferol da polpa de
je i á, o desta ue pa a o α-tocoferol (pico 1, tr = 11,7 min)
8
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