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Capitulo § >ordada por Sénia Mota (20 da letra na aquisigto da escrita ¢ vio Giovani Burgarell, ita Trindade (na UFGO, * Assim também, Gl ador com 0 dado e dé andamento BE. Um Projeto Integrado® fot ‘A abordagem conexionista de aquisi¢ao da linguagem Jngzid Finger a Francisca Lier-DeVitto, Nele, adas, Desse Projeto participaram 4 Carielo da Fonseca que desde com a teorizagio desta proposta ‘que 0 arcabougo conceitual desta original (0 que nos empenhamos ‘© no espago académico nacional $ $e internacional. Esse reconhecimento tem expresso, também, em estu : x Fg eos aaa care ee ree 2 Aspectos bisicos do modelo: i 5 {cio da década de 1980, os draméticos avangos nas 16 ina Carielo da Fonseca (2002) e de Lourdes Andrade (2003). freas da Neurociéncia e da Computagio deram vazio a uma nova escola nas Ciéncias Cognitivas em geval ~ mais 0s ‘eforgos de teorizagAo”e caminhos a percorret. de pensamento na Psicolog _ Reafirmamos, neste final de artigo, que o interacionismo rendew teoria: um conjunto de proposigies probleméticas consistentes das, que nds nos empenhamos para apresentar e discutir, Ele Stuslmente também na Linguistica - denominada conexionismo® A cv emergente drea de investigagio resulta, dentre explosio do interesse ness Sutras coisas, da recente gama de estudos sobre 0 funcionamento dos hheurdnios e sobre os graus de plasticidade do cdrtex cerebral, que tem espeito da estrutura niimero de ” i i | ‘A partir do i | | | gerado teerias cada vez mais precisas e conidvel funcionamento do cérebro humano, Embora wm express estudos conexio: cognitivose perceptuais, € nistas investigue o funcionamento de dom: aplicagio desse modelo ao estudo da linguagem '] Rgradepo a leitura culdadosa 06 oo “Zi Oo eros que passim, porventura ter permanecido no texto sod wérsia na literatura, provavelmente devido a0 ani vidas opel tnico que a linguagem exerce em nossas ‘Mais especificamente com relagdo aos estudos sobre o provessamento tum importante fator que tem norteado as pesquisas é a considerasdo das ‘em termos de objetivos e métodos, entre osenfoques linguisticos i 5 3 é ei somente é possirel evido ao conhesimento inaio que as criangas possuem, mbora possamos supor que os individuos 6s conexionistas afirm: 08 s por restringir a aprendizagem’ possuem capacidades por processar todas as faculdades cognitivas humazi Embors os conexionistas admitam a existéncia de diferentes sis Processdozes no cérebro (ou sea, diferentes algoritmos de aprendizager), 0s principios que subjazem a esses diferentes processadores sio os mesmoe, Segundo essa visto, portanto, a natureza do hardware mental restringe @ cognigio ¢ o que é universal sio os principios que a governam. Além disso, ao defenderem que aaprendizagem é moldada pelas demandas do ambiente, ‘8 defensores de modelos conexionistas sugerem uma “nova forma de smo": embora aceitem a postulagio de ua estrutura cercbral inata responsivel por restringir a aquisicdo da linguagem, questionam se essa é constitufda de médulos especializados de acordo com o tipo de input a ser processado ou se incluem qualquer tipo de conhecimento prévio especiiico de estruturas gramaticais, simbélico a0 processamento do input: os 's como dotados de uma arquitetura ‘mental complexa, formada por formas diferentes de processamento par. tipos distintos de input (regular ou irregular, con aixa frequéncia, etc), 20 passo que os cor ico de processamento capaz de dar conta de to. estimulo”" Ao defenderem que uma € latente no ambiente e pode ser e juagem, mas também no que diz respeito a outros aspectos da cognigéo humana. f com sto de que o Processamento cog : turoniais, ou zedes conexionistas, que aaada mais sfo do que uma técnica de mocelagem computacional baseada em uma analogia a neurdni BM Ashonlager caneronits de aii da nguagern Thoin de squid ingegem Sabe-se que 0s processos cognitivos humanos envolvem o uso de um, grande mimero de neurdnios, queso capazes de desempenbar muitas das computagies mais bisicas em paralel” A informagao sobre um sinal de input ou meméria de eventos passados, por exemplo, é distribuida através de muitos neurdnios e conexdes. Assim, a operacio de computacdo bisica envolve um neurdnio passando a outrosneurdnios ainformagao relacionada A soma dos sinais de input que 0 atingem, Como veremos mais adiante, 0 conexionismo, inspirado por modelos de processamento da informagio no eérebro, concebe a aprendizagem como tum processo que ocorre como consequéncia da mudanca nos pesos das conexes entre neurOnios, que, por sua vez, afetam também a infiuéncia que esses neurOnios possuer tins sobre 0s autos. 5.1.2 Como se di a representagio mental? A fim de tomar mais claros os pressupostos bisicos da abordagem conexionista, & necessirio que apres i algumas caract nivel simbélico de “representag3o” ~ a chamada nento” (FODOR, 1983), Para cles, mals complexas ~ expressdes 01 © conteiido semantico de uma estrutura simb contetido semantico de suas partes sintiticas, De acordo com esse modelo, © processamento cogaitivo nada mais ¢ do que manipulagées dessas estruturas de sfmbolos, com base em certas “regras”. Assim, em modelos 7 Rigas sapodes bese o cabo fhm comm qi a eo cérebro humano exista tanto em termes de estrutura como de fanconaieno, Asn, como no clho, em que todos 0 epics pe einai tea pedo on clissicos, sfo_as propriedades estruturais das representagdes mentais que definem 0 output a ser selecionado a partir de determinado input. Segundo Fodor e Pylyshyn (1988), a postulasdo de estruturas cons tifica-se em fungao da sistematicidade e da produtividade da capaci iguistica humana, Dessa forma, o apelo & existencia de regras, aqui, 6 pois, segundo essa concepeio, sto justamente essas regras que determinam a combinagio de estruturas simbélicas e a produgao de novas estruturas. Em outras palavzes, no paradigma simbélico, © processamento da informacio se dé a partir de regras formalizadas linguisticamente, De acordo com McClelland ¢ Rumelhart (1988, p. 217), para os defensores dos modelos tradicionai cesplicita como proposigdes, ¢ so usadas pelos mecanismos de producto, compreensio e julgamento da linguagem, Outa caracteristica importante do modelo simbélico € a sua “serialidade’, ou seja, um processamento baseadio em regras € ordenado em sequéncia, com umm passo implementaco acada vez. Os defensores do conexionismo, por sua vez, alegam insatisfago com a concepcio simbélica, pois, segundo eles, apesar do forte apelo de recorrer-se a simbolos, regras e processos légicos, ao reduzir todo conhecimento 10 Tegras, os sistemas simbélicos tornam-se frigeis € muito inflexiveis para modelar toda a capacidade cognitiva humana. Alegam que estudos rigorosos tém demonstrado que o eézebro huumano possui um alto grau de flexibilidade no tratamento da informagao, além a capacidade de preencher lacunas quando necessétio. Aléi disso, esses estudiosos propagam que t2m obtido mais sucesso do que seus adversétios nd reprodugio de atividades de processamento cognitivo tipicas de seres bumanos. Tais autores defendem, ainda, que, em co utilizadas pelos cientistas para a modelagem cognitiva deveriam possuir a mesma anatomia do cérebro humano. ‘Apesar da discordncta entre os paradigmas simbélico e conexionista sbyn (1988),emalgumamedida,ambospodemserdenominados representacionalistas, em fungio de defenderem a postulacio de estados representacionalscomo parte essencial deuma teoria da cogniciio (ou seja,hé A hose cenezionisa de cain dalinguagens conexionistas, entre eles, Smolensky (1988a, 1988b), Responsdvel pela ladas nas abordagens clissicas seriais de processamento. A nova forma” formulagio de um modelo muito particular de conexionismo, em seu de representar conhecimento que aparece nesse modelo ocorze através trabalho, On the Proper Treatment of Connectionism, Sm dos pesos das conexdes entre as unidades que compSem as redes. Como 2 existéncia de estados mentais representacio afirmam Bates e Elman (1993), diferente de anilise ~ nivel subconceitual -, di e conceitual. Segundo ele, uma andlise completa da cognicéo humana no pode se dar sem 2 consideragao desse nfvel. Denomina paradigma asrepresentanes regrasincozporadas em redesconszoristas euljecab 6liss pera nia para oa dlagertcopaliina propontoten oe 3 rodernaem reetnevoniis¢compreende eatmenteoGuetira artigo, Para ele, os paradigmas simbélico e subsimbélico “so enfoques de i ieee te ee no é parecido com na ‘© momento, a resposta parece ser qu ihamos visto antes." g & i z f <” (1988b, p. 63). Os niveis conceitual e subconceitual “sio niveis - a ndnticos: Eles se referem a mapeamentos entre modelos formais ¢ o que a J eles representam” (1988, p. 63) Além disso, o autor defende, ainds, que 5 2 icamente representadas no paradigma simbél : = jcamente representadas no pars 2 cy eto de subsimbolos” (1988a, p. 3) 3 : Lakoff (1988, p. 39) descreve, com maior precisio, os trés niveis 3 if defendidos por Smel = aspecto do céebro fisco (ous e 0 conexionismo escolhs modelar: Esse & 0 ni a estrutura para os padtbes de a da interarao do si da rede neuronal do cérebro que 0 conexionismo modela: esse é 0 <4 porque contextos semelhantes de pcetual Ti A conceltual quant aspectos das redes neuronais do cérebrofisco es No paradigma simbélico, as unidades basicas de representacio sio , a0 passo que as unidades de processamento ago nos modelos "eoras de agus da ngage ie exisiem slo as chamadas gem’, que nada mais sio do Num sistema _conexionista, 0 regras” ou “procedimentos de apre s 3 ou equagdes responsiveis por gerenciar as alteragdes nos pesos das conexdes em uma rede, Esses algoritmos envolvem formulas zmatemiticas que determinam a mudanca nos pesos das conexdes a partir 3 deestfmulos que servem como vetores de ativagdo para algum das unica acontece da seguinte forma: uma rede ~ orgonizagio particular de elementos de processamento interconectados ~ é pareada com um algoritmo matemitico que guia/ deconj alcula os, repeticio dos fornecimento de um sistema no qual as solugdes a problemas particulares ‘Possam ser computadas (otimizacéo combinatéria). ‘Com ase na suposicio de que toda aprendizagem necessariamente envolve modificacdes nos pesos das conextes, com vistas a formalizar os processos de aprendizagem, muitos desses sofisticados procedimentos de aprendizagem para tedes neuroniais foram desenvolvides pelos conexionistas. tomam comabase dois ri estado ment s — possa ser descrito como um mnal de valores numéricos de ativagdo que atuam sobre yniais numa rede, De acordo com 0 segundo, todo o tipo de ‘meméria 6 criado em consequtncia de algum tipo de modificagio do peso dda arquitetura das conexdes entre as unidades neuroniais ¢, numa red pesos das conexdes sio geralmente representados como uma matriz, dimensional, 1s modelos conexionis determina que 5 5.2 Concepcio de linguagem io da Tinguagem, duas wmentais permeiam a investigagio: a modularidade da Jinguagem, ou sej, @ especificidade de dominio do conhecimento que os sereshumanos sam paraa linguagem esua localizacoem partes especiicas do cérebro e a quantidade e a qualidade da infocmagto linguistica que se ssupée Ser determinada de forma i Quanto & modularidade da linguagem, diferentemente dos enfoques linguisticos tradicionais, que concebem a existéncia de um érgio mental especializado tesponsivel por lidar com tipos espectiicos de informacio relevantes para alinguager, segundo a abordagem conexionista, nao existe ipo de conhecimento inato da linguagein que seja de dominio especifico ou localizado. Nese modelo, © conhecimento Linguistico adquirido através de processadores que slo inatos e localizados, mas nfo de dominio especitico, ou sej, eles podem também processar informagio de ‘outros dominios (BATES, 1954), Além disso, defendem que o conhecimento linguistco ndo ¢ localizado em regioes particulares do cérebro e que o idadee éaltamente diferenciado no momento ide ¢ & qualidade da informagio ling amente, 0 enfoque mais inatista do deb: gue & determinada ge defendido pelos tedricos Capitulo 2 para detalhes de: primdrio da lingua é a sua Os conexionistas, por outro lado, situam-se no extremo oposto e 3 possivel em termos de conhecime geneticamente. Embora nio contestem ast ‘A abordagem conexionits de gusSo da ngungem “eosin de agus daingagem, 10s de aprendizagem na tentativa de dar conta do fendmeno igio, sagerindo, inclusive, que € ndo somente posstvel, mas também proviveh que a tarefa de adquirir uma lingua seja determinada pot algoritmos de sprendizagem que operam em umn input rlativamente fragmentado, Assim, as teorias mais recentes de aquisigo da baguagem ppropéem que o conhecimento gramatical ndo é inato, mas mantém a idela dde que o aprendizado da lingua seja restringido pela ar a cognitiva, 'As representagbes nao sio inatas e o conhecimento de dominio especifico € produto do cesenvolvimento da lingua, ot seja, 0 cérebro humano mio cispoe de partes espectficas dedicadas & aprendizagem e a0 processamento da lingua; portanto, os principios que regem a aquisiglo da lingua so 0s Faesmos usados para quaisquer outras habilidades. Esses modelos destacara famente”interativa dos processos cognitivos, ilustrando a natureza laramente como os processos relacionados 4 linguagem interagem ‘com outros tipos de processos cognitivos. Em outras palavras, supde-se ie restrigdes genéticas, na interagdo com fatores amblentais externos fernos, dio origem eo que os seres humanos possuem em termos de nguagem. Nesse contexto, ume questo empiri permeia ‘os estudos de aprendizagem conexionista diz respeito 4 investigagio da qualidade da experléncia da crianga e da natureza do input fornecido a ela, a iades ricas podem ser recuperadas a parti de iy ?Portanto,a aprendizagem da lingua, segundo os conexionistas, ocorre ‘com base em processos associativos e nao através da construgio de regras abstratas, como defendem os linguistas de orientagio mals tradicional. De acordo com o modelo conexionista, a mente humana é predisposta a procurar porassociagdes entre elementos e, apartir de ligagdes entre esses elementos. As conexdes das redes neuron mais fortes 8 medida que essas associagSes continuam a o

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