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landi_ (presidente) 1A CATALOGRAFICA PROBLEMAS DE LINGUISTIGA GERAL I ia Novak Maria Luiza Neri Revisio do Prof. Isaae Nicolau Salum ! 1991 sobrecompostos. O sistema é a de oposigdes voltam a tornar-se si reparado, ¢ 0s dois pares 8. Ao presente, je mange ingé que fornece 20 tuma ago acabada i “jen’ai plus “quand fai mang te(por exemplo, Quando jai mangé io € de ordem tempotal; contém duas fungdes que -contjugavad de pert ‘tganizagio temporal, fundada sobre rélagdes e oposigées que siio a 276 = rentes segundo 0 CAPITULO 20 @ natureza dos pronome: Nodebate hoje aberto sobre: de considerar essas formas sma classe, formal e funcior das formas nominais ou di 8 possilem pronomes e, em todas, ido-se As mesmas categorias de expresso (pronomes pes- , demonstrativos, etc) A universalidade dessas formas ¢ dessas nogdes faz pensar que o problema mésmo tempo um problema de linguagem e Tinguas, ou methor, que s6 € um problema di »s pronomes, temos ‘como formando Pronomes nao constituem iodo “dk Uns pertencem a sintaxe daquilo a que chamaremos a: 08 atos discretos e cada ve2 a Deve considerar-se, em rnomes pessoais. Nao € su rioies por uma denominago que os separe. E preciso ver que 8 definigio comum dos pronomes pessoais como contendo os trés termos ev, tu, ele, abole justamente a nogdo de “pessoa”. 238, Extraido de For Roman Jakehwn, Mo & Co. Maia, 1956 7 Esta & propria somente de eu/tu, ¢ falta em ele. Essa diferenga natural sobressairt da analise de eu. za mais geral e mais profunda. O enun- vel ow tipo d Morris chama pragmitico, e que inclu queles. que os empregam. Pode imagi ode grande extensio — um © tu ndo aparecem nem uma dinica ver: conceber um cutto testo falado em que nfo fossem empregados. Entretanto, 0 outros signos da lingua se Gistribuiriam indiferentemente enire esses dois Fora dessa condicao de emprego, que ja é de emprego de ia, uma vez que nio se possam remeter iden- m a sua referencia propria 1m. ser Ginieo, proposto como tal. Qual é, portant qual se refere ew ou. tu? Unicenter eaidade de que & coisa muito sin- gular. Eu so pode definir-se em termos de “locugio”, no em {ermos de objetos, como um signo nominal. Ex significa “a pessos que enuncia a present Instancia diica por del proferidas pela mesma voz, nada ainda me a delas nfo seja um discurso refe seria imputivel a um outro. £ preciso, ex.s6 pode ser identificado pela insti 278 contém ¢ somente por ai. Nao tem valor a nio ser na na qual é produzido. Paralelamente, porém, é tambén tém 0 indicador de pessoa: ese ostenso simultanea a preser referén: Poremos em © agora delimitam incia de discurso que comtém ;€ acreseida de grande ‘ntimero de termos simples ou complexos que procedem da mes- ‘ma relagdo: hoje, ontem, amanha, em trés dias, ete. Niio adianta 29 nada definir esses termos © os demonstrativos em geral pela is den gue cada um dos locutores se propie alternadamente como "? deixis, “sujeito”. Assim, o emprego tem como discurso © nenhuma outra. Se cada lo igem previne esse , lo um signo unico, mas mével, eu, que pode ser locutor, com a c instincia de discurso. De ato, desde propria expresso, essa relago do i que o manifesta, a lingua recorre a uma ue correspondem um @ um aos primeiros, e que se referem nao mais a instancia de discurso mas aos objetos “reais”, aos tempos lugares “historicos”, Dai as correlagdes como eu : ele — aqui : ld fem que cada locutor assume por sua conta a linguagem agora : eto — hoje :no mesmo dia ~ ont és © habito nos torna facilmente insensiveis a essa diferen amanhat no dia se 6 funda entre a linguagem como sistema de signos ¢ a inte ~ hd trés dias assumida como exercicio pelo a diferenca profunda iguagem se torna em instancias de discurso, caracterizadas por esse sistema de referéncias lem a no ser na medida em que si © fato de que essas formas “prono de discurso, em que marcam para cada uma das suas propriag dade” nem a posigdes “objetivas” no espago ou no tempo, mas inst€ncias © processo de apropriagio pelo locutor. . cada vez iinica, que as contém, e reflitam assim O cariter sistematico da linguagem faz com que a jo emprego. A importancia da sua fungio se compa- sao assinalada por esses indicadores se propague rari & natureza do problema que servem para resolver, € que de discurso a todos 0s elementos susceptiveis de ai | no é sendo 0 da comunicagio inter antes de tudo, por processos variaveis segundo 0 solveu esse problema eriando um tipo de idioma, com o verbo. Devemos insistir sobre este ponto: no referenciais com relagdo a “realidade”, sempre disponiveis, “forma verbal” é solidaria da instanc © que se tornam “plenos” assim que um locutor os assume em cada instincia do seu discurso. Desprovidos de referéncia ma- terial, no podem ser mal empregados; nfo afirmando nada, .@ no so submetidos @ condigao de verdade ¢ escapam a toda papel conisfe em fornecer o insirdimiento de uma ., Gonversio, a que se pode chamar a conversio da linguagem em "Y; discurso. E idemtificando-se como pessoa tiiéa proniniciando eu 280 281 tempo, gnero, pessoa, etc. resultam dessa atual dependéncia em face da instincia de discurso, pr “tempo” do verbo, que & sempre relative & figura a forma verbal. Um enunciado pessoal fin sobre um plano duplo: emprega a fungio denominativa ncias de objeto que esta estabelece ivos, e organiza essas referéncias de ‘objeto com a ajuda de indicadores auto-referenciais correspon- dentes a cada uma das classes formais que o idioma reconhece. Sera sempre assim? Se a li por necessidade em instancia tinara também a s6 cot empiricamente que nio. E 0 dominio da A “tesceira pessoa” representa de {ato o membro nao mar cado da correlagio de pessoa. E por isso que niio ha truismo om 10 possivel a que chamamos a “ter ‘mesmas, mas que predicam o proceso de no importa quem ou excelo a propria instincia, podendo sempre isso, ete. s6 server na qualidade de substi- ita la fidvre [= Pedro esté docnte; ele esta com febre]”; substituem um ou outro dos elementos materiais do enunciado ou revezam com eles. Essa fungo, porém, no se prende somente aos pronomes; pode ser cumprida por elementos de outras classes; conforme 0 caso, em francés, por certos verbos: “cet enfant écrit maintenant mieux quill ne _faisait Vannée dernire [= esta crianca escreve melhor agora do que 0 fazia no ano passado]”. E uma fungdo de “re- presentagao” sintitica que se estende assim a termos tomados As diferentes “partes do discurso”, € que corresponde a uma 282 necessidade de economia, s do € até um enunciado inteiro, por um substitute mais, no hé nada de comum entre a functio desses su € a dos indicadores de pessoa. 0 fato de que a “terecira pessoa” & realmente uma “nio- pessoa” certos idiomas o mostram literalmente™?. Para tomar apenas um exemplo entre muitos, eis como se apresentam 0 ptefixos pronominais pos Na verdade a simetria€ somente formal. O g & preciso considerar como distintiva da “terceira pess propriedade 1.* de se combinar com qu: 10; 2° de ndo ser jamais reflexiva da i um numero as vezes bastante grand pronominais ou demonstrativas; 4° de no ser compati © paradigma dos termos referenciais como agi 2st

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