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er auciale Marcuschi PRG DUE Ag TeXTURL airy ato acto de seu livto, Aula de portugués 130 ¢ saberes escolares, (1997: 1) com um contetdo leve- diferente: “Quando se ensina port tratava'se da questio do en ta da lingua e nao apenas do por 8 de scu estudo. Na realida is em particular ela se ap! ingua portu: gues; da lingua como feita de muitas coisas, Se ado! de vista cria 0 objeto”, parece que a pergunta faz ‘muito bem frisa Ba lid’ no da 108 @ posigdo saussuriana, defer a0, de que “o ponto sentido. Segundo aquilo que se ensina nlo sio as proprias coisas (a pos 12 ou a histria mesma), mas to de conhecimentos sobre as coisas ow um modo, dentre outros ionar com elas (p. 3) dese Esta postura sugere que © ensino, sejaIé do que for, uma visio do objeto e de relagdo com ele. Isto vale para o nosso objeto: a lingua; e mais ainda para os fendmenos aos quais nos dedicamos aqui: 0 texto, os géneros e a compreensdo. Cé ndo essa reflexdo sobre 0 que € que se ensina ou estuda quando se en gua, vale a pena observar utros fenémenos que pode, em parte, 1 ver sofiendo oensina de Portuguésao longo de sua histria, -a Nacional, Lingua Patria omunicagdo¢ Expresso, Portugues. €tambén pontos de vista — ou, particularmente, a campeticio entze eles — que pode explicar, emeerta medida, as pol adefinigio de seu proceso de enunciacio de textos ora escrito? o dominio dew logic e correta em si mesma? o dominio de uma vaziedade linguistica prestigiada socialmente? Dependendo das respostas que forem dadas a esas quests, diferentes pidticas ensinarBo diferentes objtos, com diferentes objetvos. Todas ess prticas, no entanto, poderso ser identificadas pela mesma designagdo: “Portugués. Faz sentido, portant, perguntar 0 que, ao #ensinar essa disciplina, €ensinado. Nao parece restarem diividas q censinamos algo, estamos motivados loa esse aspecto crucial. Sempre que interesse, algum objetivo, Igu- eo ‘© que dari o caminho pata a produgio tanto do objeto da perspectiva, Es larece a pluralidade de teorias e a impossi- bilidade de se dizer qu: ira. Todas tém sua motivagao, algumas podem estar mais bem © fato es vdamentadas e oultras podem ser mais explicativas. ica capaz de conter toda a verdade. Mas nenhuma vai ser 1.2 Andlise da lingua com base na produséo textual ye 0 ensino de lingua deva darse alravés de textos & hoje um consenso ads. Sabidamente, esa 6, também, a ¢ orentagio cental dos PCN. A questio ndo 1¢do deste postulado, mas no modo como isto is so as formas de se trabalhar texto. tant istas teédricos como 3 ‘uma pritica comum na ¢ vas de conduzir 0 trabalho ventadas pela conviegao se ver a lingua nessa perspectiva. Em pri Neste curso, aparecem algumas das a lingua através do texto (falado ou eset sica de que ha boas razbes pa ito lugar, isto € assim por rior ou inferior para ex} desde que na categoria texto se incluam tanto os falados como os escritos , com base em textos pode-se trabalhar: igio de qualquer tipo de problema ling Assim, resumnidamente di nto histérico da lingua: yento auténtico € nao simulado; a) as questoes do de: bb) a lingua em seu fun ©) a5 relagoes entre as diversas variantes linguisticas; )_ as relagoes entre fala ¢ escrita no uso real da lingua: ica da lingua; 8) 0s problemas morfol6gicos em seus v. g) 0 funcionamento e a definigéo de categorias gramati 0s padrées € a organizagdo de estruturas sintitica; iGo do léxico e a exploragio do vocabu nto dos processos semanticos daffingua; ieagdo das intengdes € os processos pragm as estralégias de redagdo e questdes de est essio temtica e a organizacio t6pica; leitura e da compreensio; e) a organizasio m) ap 1) a questio 0) 0 eel )_ 0 estudo dos géneros textuais; ae 4) © treinamento da ampliagio, redugio e resumo de texto; ‘) 5) os problemas residuais da alfabe E muitos outros aspectos facilmente imagindveis, pois essa relagdo no é cxaustiva, nem obedece a alguma ordem ldgica de prob apenas a potencialidade exploratéria no tratamento lingu‘stico com base em textos. Nem por isso deve-se imaginar que o trabalho cor o texto tenha virtu des imanentes naturais, a ponto de se tornar uma espécie de panaceia geral Indica S6 para ilustrar, trago us da listagem acima poderia ser cont no Diduo pe Pexxameuco em 21/08/1839. FURTARK © ANELAO No dia 3 do prezente mer na guada principal, perdeose, ou furtardo do dedo de umn dos indviduos, quando dormia, que estava de guarda no mesmo lugar um ane de ou, tado levrado, © com dous coragzes uidas dentro do ciculo posto no lgar em ele bot fmaz ede se a quem for offereido que nido o compre; pos preteceseproceder contra pessoa em oujo se acha.ASsequrase ao Sar que est depasse do dito anki, que se o esti se he fardardsegredo da aca, ou antes da fraquera, em que catia A pessoa que tocar 0 referido anelio nesta Typ. Receberé Ais de gratifcac, em desuso, ben come do ¢: lo jornalistico da época, da natureza do género indo em que se situa ¢ muitos outros aspec- tos. Ele pode ensejar a busca de mais textos no mesmo jormal ou em do tos antigos para comparagio e abservacio de a0 longo do tempo, noticia, os costumes que revel: o a lingua nao € estanque € Sabemos tum problema do ensino € o tratamento inadequado, para wo dizer desastroso, que o texto vem recebendo, nio obstante as muitasalter- tativas © experimentacoes que esto sendo hoje tentadas. Com efeito, duziu-se 0 texto como motivagdo para o en: 50, a5 categorias de trabalho e as propostas analiticas. sem mudar as formas de aces- Mas o problema nio reside s6 nas formas Wcesso a0 texto e sim nas formas de sua apresentagio. Quanto a essa inadequagio, sabese que os textos ‘scolar, sobretudo nas primeiras séries, padecem de problemas de oxguniz Cee stica e informacional. Por vezes, cles carecem de coesdo, formando ntos de frases soltas e, em outras, a tém em excesso causando enorme volume de repetigdes t6picas. Em qualquer dos casos, o resultado seri, eviden- temente, 5 textos escolares revelam ignorincia e descompasso em relagio a complexidade da produc20 oral dos alunos. Ignoram que o aluno jé fala (domina a lingua) quando entra na escola Hoje a cena ja esté bastante mudada em selagéo as ultimas geracoes de rmanuais didéticos, tendo em vista o processo de avaliagao por parte do MEC no Programa Nacional de Avaliagio do Livro Didatico (PNLD). Jé se cuida mais da presenga de uma maior diversidade de gneras, de um tratamento mais adequado da oralidade e da variagdo linguistica, bem como de un trata- ‘mento mais claro da compreensio. Mas € evidente, como se verd mais a te, que nem tudo ainda € como se gostaria que fosse! Conside uestio de se a escola deve trabathar apenas o testo escrito ou envolverse também com 0 texto oral. Quanto a isso, defi aque parece sugerir que a missio da es lade escrita (ef. Kato, 1987 ¢ Perini, 1985). Creio que a0 da escrita nao se deve ignorar a duz a seu modo e com regras préprias, © processo int fo, da narrativa oral e d se, hoje, uma la €, sobretudo, a escrita repro monélogo, pata citar alguns. E 6bvio que se a escola tem como missio primdra levar o aluno a bem se ipenhar na escrita, capacitando-o a desenvolver textos em que os aspectos o deve servir de motivo para ignorar os processos da comunicaglo oral. A razdo é simples, pois desen: volver tum texto escrito é fazer as vezes do falante ¢ do ouvinte sirmuladamente ‘Mesmo que o texto escrito desenvolva um uso linguist comunicagao face a face, deve, contudo, preservar os papéis qu o, sob pena de nao se interativo nao do tipo cabem 20 escritor e ao leitor para cumprir sua fu Os PONS jd trazem uma série de observagdes sobre 2 oraldade ¢ os ddemais temas. Seria interessante que fizéssemos um levant 1. Para uma iad no contesto do PNLD, sus critsie eur a tditad poe Roxane Roja & Anno A. G. Batt levamento cultura esta, Campinas: Mera ee as posigdes para termos uma nogio clara de qual o tratamento que neste vomento esti sendo sugerido a essa questio?. Neste especial a oralida: nos itens 2.10 a 2.13, urso, vamos dar atenca0 problemas correlatos ao tratarmas os generos text Conclu estas observagdes preliminares, ressalto que no é minha intengao trazet aq dagégica. Vi fatos e do func! acesso a lingua. uma nova gramitica pe strar como se pode operar no ensino 1.3 Quando se estuda a lingua, o que se estuda? A primeira tomada de posigao aqui necesséria é a explicitagio do que se pois como jé Io jd sa refletir a esse respeito, coma o faz Maria de ho Lopes (1984: 245), ao indagarse: leve entender com a expresso “ensino de lingy chega a escola, a crianga, 0 adolescente ou 0 0 que justifica a intervengio escolar num processa de aquisigao que acontece natu ralmente? to, of algumas nots em Laz PCN de Lingua Portugues de 5° Svcs, Sept. Belo Ho og mates, ln Actas do Lisboa, pp. 24-256, 12 Parte | Provessos de produséo textual que tema escola de mi da competéncia de co tervengio da escola? icagdo, seas criancas jd cot ce efica, sen fer Util fazer duas observagoes concepedes tradicionais na area: a este questionamento ¢ a sugestio de resposta oferecida, parece reordenagies de foco em relacio as lugar, ha aqui um deslocamento da fungio da e: como voltada exclusivamente para o ensino da escrita. Seu papel cexorbita essa fronteira ¢ se estende para 0 dominio da com eral. Envolve também 0 trabalho com a oralidade. Evi a falar, mas de usar as formas orais em dominadas. Além da escrta e da oralidade, estio ainda envolvidas, no trato de lingu argumentativos © ra © Em segundo lugar, deve-se ter muito cuidado com a nogao de com peténcia comunicativa que nao se restringe a uma dada teoria da informacéo ou da comunicagao, mas que deve levar em conta os ¢ atividades verbais © co- :4o. E nesse contexto que a questdo gramatical e to ar a teflexio sobre a 10 com a lingua, Trata-se de valor saindo do ensino normativo 4, um ensino mais reflexivo. Diante disso, © que pode oferecer a escola a0 aluno? Ci capacidade comunicativa jd se acha m do ele chega & escola o tipo de atvidade ele jd sabe. Nem tolher as eapacidades jé instaladas de interagdo. Assim, a resposta pode ser dada na medi sua formas ndo corriqueiras de cqprunicagio seré com a Iingua no contexto da compreensio, 1 se postula que a esct Jingua, mas usos da oral. O miicleo do traba produgéo ¢ andlise textual. Nessa perspectiva, © .5es de produgao para entender ¢ bem produzir textos. S Iv a significagao, Do fngua materna parte di n esque: cer a lingua, essa mudanca do foco enunciado a enunciagao. Da lave Ce ee ee produgio de géneros textuais uma forma de chamar a ate para areal fungdo da Nesse percurso, 40 do aluno igua na vida didtia € nos seus modos de agice interagir. se que a lingua & varivel e vatiada, as normas gramat las © nao podem ser 0 centro do ensino. ‘Quanto a essas questdes, parece-me que Joaquim Fonseca (1984: 260) nos oferece uma boa sugestio de caracterizagao da aula de lingua na linha em que nos posicionamos aqui. Para 0 autor, ela deveria prvilegiar, numa base de natureza essencialmente li istica, a preparaglo do aluno para 2 produgo dell dos seus discursos e para a avaliagio citica dos discursosalheios ~ no que se conseguiré que ele obtenha uma mai maior sucesso nl descobertade i mesmo € na sua 1m a qual estou de pleno iguistica para 0 acordo, traz. a necessidac de lingua materna ttatase muito mais de se perceber uma linguistica ingutstica aplicada, ito é, uma lingusstica prévia © ‘mentos cientficos bem definidos para poder ser aplicada, No fundo, a aplica io seria uma implicagdo pedagigica do jd sabi Embora eu me decida pela nogio de lingua como eas sociocognitivas e discutsivas, como ainda veremos em detalhe adiante, nigo gostaria de deixar a impressio de 1e ignoro o sistema. Nao existe poss atinar para o sistema, de modo que o traba- ido ela frisa que 30 tém liberdade total de inventar, cada uma a seu tema liberdade irestita de colocé-las de qual ‘modo, as palavras que dizem, ‘quer lugar nem de compor, de qualquer todas elas, confor te do prestigio social ou do nivel de desenvolvi comunidade em que ¢ falada. Quer diz ;ndo existe lingua ser gramitica, Se alguém é falante de uma lingua, cle domina as regras dessa lingua. O problema € que a lingua nao tem regras tio rigidas qu: hhaver alguma variag0, mas no livre nem ilimitada. A gramética no ‘uma finalidade em si mesma, mas para permitir 0 jonamento da Cee ee de uma andlise formal o centro do trabalho com a lingua. Também nao se deve reduzir a lingua & ortografia ¢ as regras gramaticais. Enesse sentido, temos a ver com uma correta identificagio do falante deve saber flexionar os verbos € para obter 0s efeitos desejados; deve sal para no confundir seu ouvinte; deve seguir a c nal naquilo que for necessario a boa comunicacdo ¢ assim por diante. Mas 1 com algum argumento porque faz isso ou aq) \der € no ex de uma lingua deve fazer-se tem para o cidadio. Assim, a primazia do aspect social ou entio textual e discursivo que o ensino assumiu néo deveria abscurecer ico da lingua. Acredito que todos os ser evitados. Nao se deve igno fo que se acha w fo, comunicativo € © aspecto sister esse carter, inevitavelmente. O que deve ser Silva (2004:85) é “o objetivo pedagégico co a ser atingido de caréter 10 isolado num s6 nivel que nao se pode continuar fazendo € um como se este fosse (auto)suficiente, Assim, eu diria que dois aspectos devem ser evitados no trato da lingua: i, recortes com caracteri Portanto, dizer que a a uaa algo n como as questies pragt ). 70 portugut 30 dos.” Novas oct ta uma sie de tabalhor a pes ndo se poder evitar de considerar o funcionamento da lingua em textos teal zados em génerost 1.4 Noséo de lingua, texto, textualidade e processos de textualizasdo ‘ome proposto na introdugio gecal, este curso trabalha a produgdo iva. Cabe agora deixar co lugar, uma série d base para o restante do trabalho. Assim, num primeiro momento, veremos as nogées de cn fei destas notas e deverd persis ue parcialmente vem sendo feito des até o final do curso. Embora nao seja necessério, € sempre fundamental explicar com que nogao de , quando se opera com categor ou discurso, j4 que disto dependerao muitas das posigbes 2 tingdo entre texto e discurso é hoje cada ver. mais complexa, id que em certos casos S30 vistas até is como text das. Mas esta veis. A tendéncia é ver o texto ni setia 0 plano do vo, o plano da enunciacio ¢ efeitos de sentido na sua citculagao sociointerativa e discursiva envolvendo aspectos. Texto e discurso nao distinguem fala e escrita como querem nem distinguem de maneira dicotémica du aneiras complementares de enfocar a produgdo linguistic to. As definigées ma ccomuns para discurso foram: © conjunto de enunciados que derivam da mesma formagao discursiva; © uma prética formacao an: © regularidade de w 1 pritica. Em todas os casos, abservase que discurso € visto como uma pratica e pratica é 0 que per ‘do cair no subj ico. Parece que esta nogio de 6. Adiante vou chamar tengo pata ofato de ete, Primeira Parte | Protestos de produsio textual Entremos agora na analise da € algumas nogoes que dela se tem dado. A lingua pode ser vista — ¢ foi vista — de varios angulos te6ricos, mas definida para o trabalho com a producio sociointerativa rnés adotaremos uma posigio be textual na perspe De acordo com as diferentes posigdes existentes, podese ver a lingua ‘ou estrutura — um sistema de regras que defende a do sistema diante das condi assu la visio formalista) trumento — transmissor de inforn aqui se usa a me da comunicagio); idade cognitiva — ato de de produgio (posigao do ¢ expresso do pensa je humm representada pelo cog nista relaciona os aspectos histéricos e discursives. (a) Quando vista é estudada em 10 uma entidade abstrata, enquanto for riedades estruturais auténomas. Neste caso, & t 1sivos sociais ¢ historicos. Aqui, h 0 da significaggo e os problemas re 0 dif , pois, como se verd, 0 texto observar 0 funcionam que no é uma 20 do sistema, Tratada assim, a de varios distinguir tha dedicamse aos seguintes la como um sisterna homogéneo composto ufdos. Nesta perspectiva, costuma-se geral, os estudos linguisticos nesta li — fonolégico (cuja unidade € o fonema) worfolégico (cuja unidade € 0 morfe (cuja unidade é o sintagma ou a ora¢io) (cuja unidade é 0 sema ou 0 con: ;posicao) No geral, os estudos nesta linha nao ulttapassam a unidade méxima da frase, nem se ocupam do uso da lingua. Na maioria dos casos, trabathamse ee aqui as un dessa perspectiva € tratar os fendmer depreender destas observagdes, nossa perspectiva nao se identifc tipo de andlise, embora sejam relevantes os conhecimento: ses. O problema esté em se ima 1 que a lingua seja apenas isso. (b) Quanto & perspectiva que ndo parece razoével javel e pelo fato de desvin tes, ou sea, seu as nso se torna algo objdtivo e a transmiss Essa especial pelos manuais didaticos, textual. Essa posigao é muito com: io adotada, em a0 tratarem os pi nas teorias lo a lingua como ‘esentaglo, pode-se ini sco de gua a sua condigéo fendmeno mental ¢ ocorre em boa parte dos cog: de entender como € que a cultura, a exper passam para a lingua. A lin fendmeno apenas c ago conceitual. Neste caso, como 01 105 dficuldades 1a envolve WVidades cop idoxo que surge quando se ‘ode nao se conseguir ex 0. Pois 0 como um fendmeno apenas cogs ter social, jd que a cogni De qualquer modo, 0 cogs tum fendmeno nao social admitir € 0 defendido pela ina na imanéneia do cérebro nem p sta, que ndo se endmeno biolégico (ceseito as sinapses cerel 4) Essa posigdo toma a ling, ividade socio ee Assim, a postura geral aqui adotada pode ser caracterizada como textual- discursiva na perspectiva sociointerativa, isto &, consideramos o texto em seu aspecto tanto organizacional intemo como seu Funcionamento sob o ponto de vista enunciativo. Uma excel trabalhos de Ingedore Koch, tuais na perspectiva cognitiva e enunciativa, que ainda seré tratada adiante’ 1.5 Aprofundando a nogéo de lingua por nés adotada ver feita a discussdo te6rica acima, podemos indagar qual a p < voltamos a seguir. igo no se dard na perspectiva (d), chamada textual wa. Nesse caso, nio se deixa de a que a lingua seja -a e constitui-se de um conjunto de si guas bertas, flex 2. De outro ponto de vista, pode-se dizer que a lingu ade sobre a q lente esse contexto e' révio € parcialmente dep aque se situa. Em sum a € um sistema de préticas com o qual os falantes/ouvintes (escritor agées adequadas aos objet: Teitores) agem e expressam suas intengdes c vos em cad pressio externa Podemos lembrar aqui mais uma vez a posigdo de Batista (1997: 21) quando ele afirma trata bon pate dos procestos de rguniags0 open e aspects dap ee ed j-se no sé uma dete ads lugares para os Nalinguagem e através dela, portanto, con zacio da experigncia do real, mas também determ ‘edemarcadas rlagées entre ees narca a posiglo pessoal e 0 voe# indica que o eu n que produzo € de u outro, O nés inclui a mim e 2 imagem no sera a mesma que as duas ant res: 0 nés inclui 0 eu ¢ 0 outro. As identidades construidas e subsumidas no caso dos quantificadores para grupos, por exemplo, todos, alguns, nenhum, poucos ¢ assim por diante, refletem mais do que simples agrupamento, pois envolvem também a construgao de imagens. Portanto, como lembra Batista (1997; 21-2 |, cowpo sobre os outros e sobre o ‘mundo, Falar nao € apenas comunicar algo e sim produzir sentidos, produzir identidades, imagens, experiéncias ¢ assim por diante. “falar € agit” tanto sob Certamente, quando estudamos o texto, nao podemos ignorar o funcio rnamento do “sistema linguistico” com sua fonologia, morfologia, sintaxe, Ié co e semantica; neste caso estamos apenas admitindo que a lingua nao é ca6- tica sim regida por um sistema de base. Mas ele nao é predeterminado de modo explicito e completo, nem é autossuficiente. Se integrado a uma série de nada tém a ver c forma diretamente. Nao obstante a visio acima defendida, é bom ter presente que ha varios aspectos do funcionamento da lingua que sio mais bem e dobservamos no nivel do sistema. Por exemplo, a variacio lingu a correlagio com fatores sociais, mas as fenémenos que sistemati Apenas frisase que as formas nao sao tudo no estudo da lingua e que as formas 6 fazem sentido quando situadas em contextos so 12 € no o seu aspecto externo, ou seja, 0 funcionamento na sociedade e nas relagdes intersubjetivas. istica do século XX, até recen do si icante. Assim, surgi \guistica, tais como 0 fonol6gico, 0 Primeira Paite | Processos de produsio textual ico, 0 sintatico o semantico. Cada vez mais essa petspectiva foi cedendo gar a ideia de isoladamente. Ainda nto obscuro, nessa perspectiva, estabelecer uma “ponte” clara de unido ou processamento integrado desses niveis num todo, sem mene , com os estudos levados a efeito pelos tedricos do texto, do discurso e da conversago, que observam a partir de suas condigdes de produgdo e recepedo, cia “oficial”. As teorias que privilegiavam 0 cédigo (0 signficante) como objeto ado e detem harm condigao de se fazer indagagiies relevantes sobre uma série de aspectos, por exemplo, a relagZo entre a podiam cédigo ndo podia enfrentar a variago e a produgao de sentido em qualquer gua falada e a lingua escrita. Nem da lagar-se sobre os usos soc ua, A centragio do estudo no aspecto que se manifestasse, seja nas formas li ‘Arnogdo de Lingua aqui adotada admite que a lingua € variada e ou seia, gua ¢ contempla pelo menos tués aspectos dessa variagdo ou heterogs Bartsch (1987: 186-190): a da (a) heterogeneidade na cor diversas sistematizagoes complementares, sobre 1oje conhecidas e: ve “tegras variaveis, ee ee od Esse aspecto da lingua en de lingua diferente daquela Assim, pode-se admitir que: rogenea sugere uma compreensdo 1 a qual os manuais didaticos em geral operam. © A lingua € um sistema simbélico -4 e semanticamente lente opaco, nao transparen- © A lingua nao é um simples cédigo auténon fado como um sistema abstrato € homogéneo, preexistente e exterior ao falante; sua ia € relativa to de fatores \cortem para textos produzidos em situa ‘des interativas. & uma atividade’ © Aling de acordo com as pra convengées de us 1m, para a andlise de textos e Jano da enunciaga intes comin sos (em certo sentido, 0 vel observar 0 que fazem os f como se dio conta de que estio fazendo uma d lingua. Também permite trabalhar as relagoes entre or de reteualizapo, Sto Paulo: Cle wir Perte | Protessos de produyio textual como duas modalidades enunciativas complementares dentro de um con- nuo de variagées. Com relagao a0 ensino, essa pos discursivas funcionalmente adequadas. B, nesse caso, a competéncia a, enquanto dominio de formas, passa a ser um subc de adequacio. Assim, a ramatica pode ser minorada perspectiva mais funcional e sociointerativa no funcionamento da Com base no que vimos até aqui, podemios dizer que persistem na ) o.uso da lingua se da em eventos discursivos mente € no em unidades isoladas ceados com base apenas no sistema €) entre os fenémenos rel recem no Ambito da fase; por exem ctvas, as sequéncias anaféricas, as elipses, as repetig&es, 0 uso rias, mas regidas ou globais; idade inte mental que estrutura nosso conhecimento € permite que nosso conhecimento seja estruturado. Enquanto fenémeno empirico, a lingua nao é um sistema heterogénes indggenirads 1 ‘ral eat | Wisterica interatva | cognitiva situada } hii aatelieaasitinincaeewthcantcnere Q existe dizemos ada, isto signifi ete tco ou semdnt oe (0 primeio foi seu antecessor, Femando Henrique Cardoso, Segunda Markun, que negociou a entrevista diretamente com Lula o presidonte disse que no quer falar s6 de crise, mas também de economia e que nao deta nenhuma pergunta sem respsta [J Fraud no Ro € investigada no Detran de Pernambuca 9 € claro no proc wes de producto. 2. Tratase de fraud em Pej a margem do que volta para a divindade. Nao se nega a in al, mas se afirma que as formas Outro exemplo de ambiguidade seria 0 contido na m PRESIDENTE ACEITA FALAR SOBRE CRISE NA TV lula confirma io ao Rada Via segunda e garante que no dear de responder nentua i pergunta ~ Apos seis meses de negocagdes, 0 president Lui ‘ontem a patcipagdo no programa de entrevista Roda Via da TV segunda fer. Lula sero segundo presidente a dar entrevista ao Rods Vita no execico da mardato, ee que o condiciona, No nos aprofundaremos nesse ponto, pois isto deve rctomar mais adian- armas o aspecto da compreensio textual. Ali veremas que uma s de incorporar a produ baseada no cédigo othada na nog ias vezes empregado nessas rellexses pensado em suas propriedades centrais 1.6 Nogio de sujeito e subjetividade tos autores, a reflexdo sobre o funcionamento da lingua em socie n, tudo indica que um dos s correntes de AD (e por extensio, qual le depende da nogio de sujeito que temos os centrais que di inguern as vitias atia 0 sujeilo enquanto ser huma 0s fatores 1 aspectos saci inconsciente? (f. 199: 99: stio da relacdo que ¢ falado. E 2s respostas possiveis (ef. Possenti, pp. 15-17), porto ak use responde aséria isto ,acreditese queo falante agrega 20 teas pode ni see ive que no “eu estou aqui” s6 pod: ndo-se sua unciacdo e que esta envolve erucialmente ofalante, Dizse, em casos como ests, nciado est marcado pela subi rcasos como “inflizmente, p” lea" como sendo 0 ponto de ‘Uma outa forma de ex.) que este en que pot isso cle €disourso, O mesmo se Primeira Parte | Provessos de produsao textuel considerar da maneita acima de jado como falante € a que invoea a televncia da intengéo do falante ao dizer algo através de um certo enuncia do, Se compreender é descabit a intengo do falante[.]temse que acc cetta forma o sujito da enunciagao € responsivel pelo sentido. Para os adversérios desta inida arelagao do lingua impl que a lingua esté& disposigdo de individuos que a utilizam como se ela na histria ica importante desta concepio éa de que se acenhia 0 predominio, se consciéncia i 1guagem, 1e quer dizer e sabe qual a rmaneira de efeitos que que. [.] Os adversitos desta toda entunciagio, desta forma, o estatuto de que se confere 20 J 0 corelato pe pensava at cle pode nto saber o que far de concepgses & substituir a expressio “eu falo” pela expressio “fala conta da relago entre aquele que fala € 0 q los, mas hi ide, oleool faz mal a corpo-e wer na cozinha, preto quando sido dito. Tudo jé foi dito 0 €falado, assueitad sio levados a ocupar nela deterininadas posigSes a pastir das quais podem e devern 1 certas coisas eno outas. Oindividuo que fla €sempxe pot voz Voce no fala, 6 que fala através de voce. O padedepete,ojuizrepete,o alist atura diz sempre 1 mesma coisa, a piadas veiculam sempre o mesmo ponto de vista. (..] Afonte do ido & a formagao discursiva aq iado pertence (se puder pertencer a ‘mais de ura poder fo.) ra que quem fala €0 nosso incor {que is vezes rompe as cadeias da censura e diz o que 0 ego ni ter mais de um se fente x. Nesta posi, Luiz Anténio Marcuse | Prodox fe, no controla o sentido do que di. F liana nos dé exernplos mda agenda” (p.9 jor conversava com uma senhara e lhe perguntou: “a senhora sigdo (Auslage) na Wertheim? © lugar ests completam: Seguramente, a concepeto de su) aqui adotada ndo € a (1 poe um sujeito humano em carne € osso, inten a do sujeito ( ) pura e simplesmente, pois nao se pode admitir um ‘sujcito assujeitado” e que nao tenha vontade, nem um sujcito que scia 56 ia ¢ no inconsciente. O sueito de qui n 0 out. que ocupa um lugar no discurso e que se determina ni O estrutut no expulsou o suj que, como lembra Possenti (p. 20), fo da lingua ¢ enfatizou o sistema jé independe do falante,independe do indivi- E porserautossuficiente, nfo por ser do esto fl Para os marxstas, isto significava eliminar a historia e os condicionamen. is © a0 mesmo tempo eliminava a prézis. O problema do na ao sujeito que € seu produto, sendo ela transparente e auténoma. O sujeito teria morrido nesse caso € nao seria um como jé postu cult to é, no maximo, dono de urna “ estruturalismo € 3 exterior. jivagem da relagio re, nem determinado por uagem ¢ histéria. Em nao sendo totalmente i telagao com o outro e, como Primeire Parte | Processos de prodoydo textucl tat a Emile Benveniste (1976) em seu famoso trabalho “Da ra linguagem”", para quem ager e pel alinguagem fundamenta nae “ego” (p. 256). dade € 0 que 0 ‘sujeito”. Tratase da s seja, “é o ‘ego! que diz ego” (p. 286). Mas este eu se determina na relagio0 © tu, como js dissemos, po 4 conscigneia de si mesmo 36 é postive se experimentada por contrast, Eu ‘empregoeu ando serdtigindo-mesalguém, que srs nami condigdo de didlogo€ que é constitutiva da pessoa, pol Esses aspectos vo se tornar rele servat o funcionamento dos di lugar, tempo, pessoa ou Estas questdes deverio retornar mentos quando nos volt (b) te harmos 4 compreensio textual. 1.7 Noséio de texto e linguistica de texto inguistico observivel quer dizer fendmeno linguist ‘mente formal] 958} 1976). De sbjetividade ning nal e EOUSP, pp testo uma unidade de 8). Progra se ou nto, podemse us de dseoure De eae Do eke € 0 resultado de uma agdo ronteiras so em geral definidas ge € funciona, Esse fendmeno ndo € apenas uma extensio da frase, mas uma entidade te ‘oma ja disse Charol anilises do por seus vineulos com 0 Exige explicagdes que exorbitam as conhecidas vel O texto pode ser ti tum tecido estruturado, uma entidade si tiva, uma entidade de comunicagao e um artefato sociohist6rico. De certo modo, podese afirmar que o texto € uma (re}construcio do mundo e nao uma simples tefiagdo ou reflexo. Como Bakhtin dizia da li n que ela ‘refata’ o mundo € nio reflete, ta to 0 texto oral como 0 escrito discursivas, igualmente relevantes ¢ fi Aqui, enuncio a nogdo de texto que vamos adotar neste cur- so. Ela foi desenvolvida por Beaugrande (1997: 10) ¢ “A texto & um ever comunicaivo em qe comer | aces ing se cogntas | — | ‘Muitos sio os aspectos que devem ser a definigao, Em resumo, ela envolve tepitaton ds dicour, Paris Acme 0 de uniade 60 test, Pars 0 au emquesed gutta: (2 6 letramento, Comm 3 jedade. Nao ponas Nasegundsp — rgida nos meados dos anos 60 do sécullo dda compreensio de textos orais ¢ escritos Sob um ponto de vista mais téenico, a ur pode s do das operacdes linguisticas controladoras da produgao, cons ‘orais em contextos naturais de uso, a como 0 estu scursivas € cognitivas reguladoras to de textos escritos ou Ar parte da premissa de q ciona nem se dé em unidades isoladas, tais como os fonemas, 0s resumidos numa expressio (90es interfrésticas. Constatava-se que certas propriedades linguisticas de uma ndacco ds empresa ~+ tefone da enpeess > enpes + ender tone -> Seguindo as posigdes t que um texto, enquanto ide em que vive. E e do discurso, por Ce pois isto seria equivocado, jf q lum texto ndo se pauta pela boa forma ‘co tal como a frase, por exemplo. isat 0 texto como uma realidade e nao Como se vers agora, va ‘uma virtualidade. Pois 0 texto do é apenas um sistema formal e sim uma realizagao linguistica a que chamamos de evento comunicativo e que preen: che condigées no meramente formais. Um texto € uma proposta de s pagao do seu leitor/ouvinte. Na prod fenémenos estritame icos. lo € ele 96 se completa com a patici do de um texto, nao entram apenas 3, por exemplo, um texto como a charge reproduzida abaixo em que temos apenas um ato de fala (verbalmente produzido) e urna sequéncia de imagens em que elementos lingui 10s interagem para produzit os ef terpretacdo do evento representado por esse texto deve levar em con ta pelo menos o seguinte: =~ personagem em questio (no aso, José Serra, o M no ano de 20 da Saiide — a visita desse M langamento de u — © ato de langar ovos, tomates ou tortas em perso omo sinal de protesto nao € uma ag a Sto Paulo e a agressio por ele sofrida com o ovo em seu rosto; ©) servese de um sistema sem tase de um (trae dal, como todas as charges) © ato de fala “Joga a mae!” deveria ter funcionado como uma of contudo, um gaiato o interpretou tae jogou uma galinha, supos vatiar, a dep a por voc# e eu (dois sujeitos que historicamente situados podemos dar boas gargalhadas) ou pelo p texto i teralmente’ na sua fungo refere a ‘mie do ovo'. A interpretacio pode le situad da charge). texto, mesma oferecendo representagdes cognitivas oposta 1 é a versio mais correta? Ambas s Considerando a definigdo de texto de Beaugrande (199 peteebemos aqui o que significa produzir um texto como um evento spectos apontados: 1. aspeetos lingu! 2. aspectos soci Henrique do geral, todas os textos jca que o autor € 0 leitor de um texto no estio isolados, seja no ato de produgdo ou de recepcdo. Tendo em v e considerando ainda os se postulou em relacdo aos crtérios da textu: outros pontos do t indicados, Essas rel .g8es envolvidas particularmente na esquem: ‘gdes devem ser muito bem entendidas, po Além disso, nao fora do texto, pois isso Bia ir con zaglo fd desenvolvida até o presente © a postulada. Nao vamos aqui tratar dos uso, mas eles 9), Resta ainda ve rados tal como sar que ndo se pode imagina Lois Anténto Marcustht | Provyao textual, anclize de géneres compreensio, © esquema a seguir deve dar uma ideia, mesmo que vaga, de como distibuem os critérios gerais da textualidade. rexToetco ee autor ten lotr t Process ¢prdtto eer centgwagtaIngston saga comuricativa vt covettauonoe owe un CoonnecuerTos wncusicos) COONEDMENIOS OF MUNDO) scotabiiade —_itertertaidade informatie ——itorioalehde stuido isando esse esquema enc lugar, 0s ts grandes pilares ade que sio umn um leitor (receptor) e um texto (o evento). Nosso (3) © quadro acima prope as sete condigdes da textualidade que, tal como nbrado, no constituem principios de formagao textual e sim critérios de aces es, Também seria equivocado igustica, tal como se tem feito ‘momentos, como lembra 0 proprio Beaugrande (1997). Por exem- Umm dos equivocos mais comuns na identificado o texto com uma frase am) 0), quando, na te nose da Ur cor idade, o texto é uma unidade teorica- jada. Também nao € se postu texto seria “uma sucessio coesa e cacrente de cnunciados E bom frisar da expressio ‘e ios da textualidade que esses aspectos da textualidade funcionem como if que sio apenas critérios que no caso de sua aust io! para a nogio de ‘eri devese a0 ada por esses critérios. A textualidade € o resultado de um processo de textualizagio. A textualidade € o evento final resultante das operacdes produ £8 a0 eatdlogo telef nico, tais como os listas que 7 | encontramos diariamente em jot uma lista de nomes na fotexto, s6 que opera a fim de textualizar aquele um jornal, um antincio ma lista de compras cons 8 critérios, nao aleatoriamente, ublicitério devers ser diferente daquela qué praticamos com receita de cozinha ou uma ata de uma reunido ou wm testamento, mas isto se do lada do sistema linguistico e sim de nossa insergio na sociedade. Estas de con imas observagdes most que é relevante ter uma nogdo 0 se estabelecem e desenham os géneros textuais, jd que 0 coni esses generos reflete uma das formas de organizagio da sociedade cles atuam (detathes a este respeito na SEGUNDA FAKTE deste curso} Nao hé duvide de que podemos nos deparar com artefatos linguisticos Nesses casos, trata-se aquele discurso ensino fundamental Produsimos textos por procesosd Conseguimos oferecer condigdes de acesso a algum sentido, seja por ausér de informagées necessirias, ou por auséncia de contextualizagao de dados o eno simplesmente por inobserncia de restigdes na linearizagéo e vols de relagses Iigicas ou incompatbilidades informatvas. Contudo, ndo conver confundir Preendido. As vezes, 9 que nao entendo hoje entendo an Ccorre, porém, que o aspecto lingu! pode encerrar em si todo o potencial de tex! jo opera sozinho € ndo zagio, Este € 0 fato mais Primelre Ports | Processos de produyéo textual importa ssa perspectiva tedrica, pois se, por u 1m artefato auténomo, por outro, no é lado, 0 texto ndo é m set num limbo sociocognitivo. © grande eo sistema sande (1997) quando afirmava na da UV é providenciar a ponte entre o sistema real da lingua Enquanto artefato estrtamente texto no passa de uma pos a ideia de que o texto conduz 0s contetidos, pela metafora da lampad: le que 0 texlo contém as condigées do processamento de contetidos ‘em contextos socialmente relevantes. Mais do que um transportador, texto seria, nesse 250, um guia ou um holofote. Produzir ¢ entender textos nao € uma simples atividade de codificagio e decodifiagio, mas um complexo pro- cesso de produgio de sentido medi idades inferenciais. Este sera 0 particular da TeRceina pxere deste curso. A partir deste ponto, seréo oferecidos alguns elementos para uma melhor izagio dos critérios de textualizacéo. Antes de iniciar 0 estudo desses fendmenos, gostaria de sugerir como leitura 0 trabalho de lrandé Antunes (2005), Lutar com palavras: coesdo e coeréncia, Nessa obra, tems uma visio clara do fendmeno da coesio ¢ eoeréneia, bem como dos demais aspectos da text: cexemplos analisados. Em alguns mo- rmentos, nos ateremos a esses exemplos observando alguns mentos da Tingua ¢ do texto. operacion: idade, com intimes 1.10.1. Coe Os fatores que regem 2 conexdo teferenci ealizada por aspectos mais © a conexio sequencial (realizada especificamente semantic rmentos conectivos) em especial no nivel da cotextualidade, geralmente co- scidos formam parte dos crtérios tides como constitutivos da testualidade, Para muitos, a coesio € 0 critério mais imporgnte da test Sao dessa opinio, sobre nao distingue! réncia (ef. detalhes em Marcuschi, 1983 ¢ Koch 2000) Os processos de coesto dao conta da estruturagdo da sequéncia [super hecimentos e sentidos. Cee eee ee dda pela boa \¢io bem-formada, o Saliento que, tal como o faz.a maioria dos autores emt Beaugrande/Dressler (1981), entre coesio e coete rém, que a coesio diga respeito a questées distingao tem sua razio de ser em outros aspectos distingo, com formagao das sentencas ¢ pela s que €, evidentemente, um absurdo. ia uma supersimplificagao do sisterna d Para muitos estudiosos do mam uma espécie de gr testo & 0, 05 mecanismos da coe texto. Porém, a expresso gram Jo podemos aplicar ao texto as nogdes Jado, podemos realizar enunciados as de frase, tomando-os independente- Jemos que vacios enunciados corretai imediata, podem texto nao € uma simples sequéncia ia deve preencher certos requisites. A a um subconjunto importante por outro lado, s: dos, quando postos sequéncia aceitivel. Isso quer dizet de frases bem formadas. Essa sequ Isso significa que os fatores concorrentes para a formacio de texto sio nso fomagom mais amplos que os para a sentenca (S), se macional. Axiomatizar a competéncia nas como perspectiva teérica, mas impossivel -2 que ndo possamos ofr. aspectos especificos de T. Contudo, a ‘uma teoria unificada geral izagao de pat as porgées nao form que chamamos textos va que as nogdes de corre que ser revists. | | Retox is para porgdes gora 20 problema das cate no aqui sio propostas, elas a textual e na suposigao da ras textuais, podemos dizer amente fundamentadas étese sociointerativa. A compe ina vez.que ele se comunica por textos € mnpeténcia fazer parte, obviament ‘uma sentenga de gramética gerativo-transformai do que, tal como no modelo axiomitico da poderiamos seguir com especificagées, — conhecimentos pessoais ¢ ago do sistema que “geraria” todos os textos de — capacidade de memorizagio; que uma proposta dessa natureza teria intuitive de um apai into de conhes Nao resta divida objegdes inici i: entos circunst mento de normas sociais jo de teenologias de vatios ti assim por diant. ndlite de géneros « compresnsio A maior ou meno que haja graus de de text ‘de modo que “di E claro que nem sma maneita ¢ talvez alg t0 pouco, notar que nesse texto 14 praticamente enut faca uma ligagio uma “mesolagem 1s de cada parigrato aha de Pala. quote een. 5 8 jbo de 3000 | JOSS OE SOUZA | Brasil do 8 | BRASILIA - Bas bacharelBografia bordoda,bhante Bam beree. Bambamba.Bico bacana, 0. Gastante blabla ita haruho. Bobagem, bestia, bee, Batente banho-matia. Dissolabiuta.Baqueta bébada, {ras ita, Breu, Brite boa. Baracobarent, Barat, Bacio. Bacteria, Bebé buchudo, borocox. Bolsa baie, Boca banguela. Bariga balla Barbragom.Bastara boi, bao de dois. Cee brat Belgica. Brancura. lect. Badelaco brega Boa bisa Bens. Banquetes. Brindes iho besta. Boranca bifocal, BMA: blndagem, Bolsa balofa: baba, baby. Brasil bordel, Bancadas bandokiras, buscando boqunhes, brechas,benesses. Brum, bombo, hastidor baratn, Golfo. Barganha, Bazar, Ganda banda, Bando bndalto. Baiana, Barbalho. Briga esta, Bagunca. Brasil benemereate, Goran Bresla bondosa. Banquo bejlado, beneficiad,bafejado, Ban carota recada Balnoste brad Bem-bom. Bocaire. Boch, bom-bocado het, bode. Bras Barada, Borrasca. Baro, Buraquera, Botoco. Baguo. ita. Bs. Bochincho.Bebedera Bofete, Bordoada,Berro. Bool, Gaal. Bazuca.Bsioneta Bala. Bangue-bangue. Bit. Bloque, Boleti, Bila, Bispo. Besta. Beruedera, am, poréim, que upos de morfemas produgdes extensio das pois elas so comunic contexto de uso. Levado ao extremo, isso resul a Segundo acertada a tos de coesvidade, Para muitos, a coesio € do, sabe-se que a co presenca no garante a text Isto pode ser 0 do texto de Josias caso do texto de Ricardo Ramos, echo abaixo também trazemos le Ricardo Ramos, supe: ialmen queéncia das sei eae ARCUTTO FECHADO Ficardo Ramos Chines, vaso, descarga. Pa, saboet, Agua soova, creme dena. ua, espoma, creme de bare, pie espuma, te, gc, Sabonete, ua i gn guetta Creme para cabo, pote Ceca cams, abotoatas, cla, melas, saps aval, ple, Cater, ius, ocamentos cant, coves, leo rg, magn de cigars, aa de ston, Joma (.) Deke, cba, un puso do oa esqurdoe da visto. A mma intermedia, no a de mio loge em ado ontom Farts, ago, por mort, distri, desi, Lino, de enés timo, esuecimento muda, Muheres também, com os seus tomes (.) Ito pra Po ac qr ver mas? Aco que sn Cue bo foo lin, agra meso esta persed en wo. Pa, cag Passo es tae ana no fo est prota Aer eu fe do aga cx. Gude oon. Paso que si Ete més, fa pra 0 cto. (.) Te; aver Uma sombra no chéo, un seguro que se destlorou, una gana de pasarihos ta cca de opera a bara e mais cinco isis, que doem quando cove. Una limpada de eabeceira, um cao vemelha, ums colce eos seus retalhos. Um envelope com ftogais, no aqule ur (.) neste cas0, que hoje ja saldo em banco € podem ser acessado: PORQUE € DOMINGO ‘ubem Machado {evant tarde com vagar e simulacto de soso exarinou os dentes no espalho do benhero tendo o carr para a frente da casa lavouo tendo paraiso vestido © short tomou um er e fez baba ps sapato sem meia camisa esporte fora das calgase bubeu cairinha fscuindo futebol no bar da esquinae comprou uma garafa de vnho tés guarands e comeu femais no almoco e folheou o grass jornal pensanda & s6 desgraga no mundo e bocejou iversas vezes e coctilou e ecabou indo deitar no quarto e acordou as quatro horas com regica pensando vou visaro Ai ele nl vai estar mas vou asim mesmo e pegou as chaves do cao disse 8 mulher vou dar uma volta eradau no vols por rues dscetas ches de sl | 0 rio liga no futebol e batucada na casa do Ai no tinh nngubm pensouentio vou sé 0 Pauinho e fi mesmo e par sorte o Paulino estava em casa de cine casaco de pijama vio 26 0 port eel nia qus entrar e gozou com a cara do Paulinho 0 teu time ro & de nada est ‘empatand logo camo ante as chavs do caro no dedo e o Pauinho disse 0 jogo ainda nso 6 de um soriso amarao © denis 0 Paulinho disse que descobriy que 0 Saris ru ng brace qu nga mis com aque cra see ole apradecou bo activa no pads mb qe tf st perguntou se ele queria café e ole disse que nio e perguntou a e enquanto sentava na potrona e via comeu um pedago de pudim ¢ a ‘a caznha e ele gitou 0 qu quebrau ai dentro © deu um arato e tara quase no fim a muher disse que queria sai cam a Sophia ida um pouco mais de televiséo © e fechou a casa e deu corda no | Jodo vai 8 padaria. A padaria€ Feta de tijolos. Os tlos so caissimos. Também 0s rissimos. Os msseis so langados no espaga. Segundo a Tera da Relatvidade 0 espago & Ce ed De modo geral, podemos dizer, com Kach (1989: 19), que “o conceito de coesdo textual diz respeito a todos os processos de sequencializagao que asseguram (ou tornam recuperiv 0s elementos que ocorrem na como fa centre Seguindo a sugestio de Halliday/Hasan esses autores visio muito diversa daquela a so € coeréncia), podemos distinguit 4. Conjungao (aditiva, adversativa ete.) 5. Coesio lexical (repetign sinonimia, colocagdo ete.) Um esclareci desses hor obtido se consi textual dentro mas pode ser eramos as estratégias e stinguem e que vem sendo Jim desses me baseada, sobs tos ligados a si outro funda-se na organizagio sequencial en Essa dupla di segui iando por base a funcio dos mecenismoscoesiv proponho 4 ia de duas grandes modalidades de coesio: a coesio referencial(eferenciagio, remissio) ea coesio sequen se considere a exist Vejamos alguns det: mo da coesio referenci ‘Chamo, pois de esto referer faz remissio a outa) element verso textual. Ao pr jemento dereferéncia ou Primeira Pere | Processos de produxdo textual iedo referencial dex as que oper esse esquema que, posteriormente sero detidamente trabalhadas. fa uma visto geral dessas estratégias de organi: do texto, observernos a seguir um quadro das principais f FORNAS DE COESAO REFERENCIAL formas renisivas nie referencias [aoe os = pronones pessoas = promos substantnes ~ sdetios pronominal = prs vrais = hips = names senscas = pronames ajios referencial. A nogdo de formas remissivas diz respeito ao fato de uma forma remeter a outrae, nesse caso, ti sito, Mas algumas dessas f vista pa diz respeito & nal que é usado para fazer no ao seu f las as andforas pree 1 slo referenciais € Estes dois conjuntos podem ser assim explicitados: I as referenciais: so todos os 8, 05 grupos no! fenciais: tratase de formas que nao te autonomia referencial (sb referem coneretamente, tigos ¢ ot pronomes. Ele podem de mancira fais cl estabelecer uma relagiio de identidade referen ido. Estas formas po res como no caso dos pronomes pessoais. enti referir algo por analog Vejamos brevemente alguns aspectos relativos aos processos de fssica de H: esse respeito. pronome é um cesquema abaixo, como al textual de acordo com a visio clissica, a ENDGFoRA (cone 1 nin cast) aN afore « (vetrospeta) (re (elertca a um eometo conto eeo 2 tea) ) is muned teas tno au ocesto de etabicaco xsd, ©: Os nves gover Veja toos os dis no toed 2s pr ma ha tm tempo. ‘As pronominalizagées ou pré-forrnas pronomi 0. no se baseia em qu pois cle nao € eeferen ccognitivas mais sobre a referenciacio exofirica e endoférica pr6-formas aplica-se 3 secuperagio de diretamente nele. A exdfora depende pelos pronomes de I* ¢ 2? como tu sabes. — como vood sabe ipalmente quando ha da pronomis Guimaries [A VELA AO DIABO £ seas unhas roessem as meninos? STON MEMORIA tse prablema era possivelTeresinto inuietouse trés ora saltandothe pula inane, Va espagarem-se, € menos meigas, as catas da nia, Zc, ameninhamente ficads em Solu ‘As mulheres, sis de enganos. Teresinho clamou, quebmuse — jas coisas rabiseavam ‘queria a profusdo,Desamor,enfado, inconstinca, de tudo culpa a ele, em seu conecer. Temelerse de perdé Embor,em lg Fi isin um dlese, Aleook Amavea com toda vo para tanto néo howvesse ou houwesse,andara de incerteza & ns, AR bebe 0 nl a de seu coracio, A de que se lembrou:novena,herica. Devia, cada manh om igre, acender vel ede joehos ard a, a algum, 0 mesmo, santo — que no poi saber nem ver qual, para‘ bom efo, método moveria Deus, so som de sia pao, por miei ~ dado no bot, mo na marie ~ segurando-he com Zia 0 futuro, ‘Sem pejo ou vacilar, comezou,rezando errado 0 pare nosso, porém aficmadamente, po, tiiteso.Entrava ne 5 vezes na Bia. Haid, 1a consegundo, ¢ reanimava se; nada pula mais que a esperanca. poets humans somos — era nao olhar nem conhecer o seu Santo, Na hara, sm, pensava em Tica: vezes, outrossim, pensasse um risuinho em Dena, nto, corago em fara de seta, ofiando janes e paedes. juem sabe, cismou, velee ajelharse,s6, no dessem Primeire Porte | Processos de produsdo textual razaivel sendo também una de-méo, sua com o agi, ar recursos? Deus 6 curva e fntn oorreuthe Biena (05 REVOLTOSOS ANCHEL OE QueROZ Isto € uma histria vel, passouse la por 1826. 0 pais andava num stuardo politica tao complicada quanto a de agora. Nao, minto. Tanto néo. Era um complicado eiferente, mais fa pel. Havia gente de armas na mio, contudo nao era assim por ra mais uma poquena questo de ‘democrticas, nenhum dos combatentes disputava sobre a qu tarde optou pelo marsismo — . ©. Prestes, salu da briga foi para @ Russia). Ademsis, 0 ova em geral, embora nao se pronunciasse abertamente, por meda de represslias do Governo ou descrenca nas possiildades da luta, 0 pove de coracéo estave os chamados 3505, seh legenda e bravura dos jovens tenentes — os feitas dos dos 5 4e Julho, a imolaclo dos 18 de Copacabana. Acima de tudo, aquela marcha épica da Coluna Prestes pels fundies ignorads do Brasil falna ds imagnacdese suscava 0s mais ardenes entusasmos. Creo mesmo que feito nenhum, a histrta nacional, tocara tanto o crago do pavo. 0s mocos "genesis ecoronés”(.). a quando observamos texto ve ge 4 ose" a este cespel a exposicio de Desvendando os segredos do texto. da textualizagao. Ve cem sua jé citada = O povo descia a lat calor intenso, pessoas que sd0 aria sim ¢ ele era pode. negada e com isto afi teferente. Tem um uso tico da escrita. dificuldade maior de nome por ele referido. resolvida por dado pode ser um item lexical ou um sintagma ¢ até uma orag30), a andfora a nouto ponto t antecedente. antecedente com um consequente. Assim, sempre € pos corresponde. No geral, a andfora tagdo ou compreensio, pois ela apresenta c 984: 43), entre os critétios que au dew iam na resolugé ‘um consequente explicitado égjia a, na medida em ygicamente com seu ta-se de uma relagio de 0 elemento pron: niimero ete., ou conge sm sempre funcione; jor consisténcia tex mento que num certo espar sequentes, leva a se referir elem« antecedentes € , seres animados com se cos de produsio textual dos, agdes de certo tipo com agdes do bém o peso de cada um desses eritérios diferenciado 0 da preferéncia da fungao tema tomase a nogao de tema como uma noso sinttica, 0 funcionalista da frase. O segu Iguns, por exem; -a, sdo particularmente fortes. Nes na relagao tema fe exemplo de Pause (1984 rema, da perspe 44) pode: mostrar iso: (1) Pelas 23.59 h aparec voando em direeao sul que deixava de repente, esse objeto deixado assur no horiz iu a forma d Para a solug (a) objeto luminoso (b) este sendo “objeto”, embora “les- 10 do antecedente Ihe confere um status especial. Os fatores ou prinetpios acima enun: que a reconstrugio do antecedente para um elemento wages do tipo: \dos levam a postu aférico co « jcas (congruéncia entre o antec: ) informagées semanticas (0 p: te) ormagies temiticas (0 tema de uma frase oud um txt) informagdes de contetido textual (0 que ja se i referente pronominalizado} ica (in lo ref formou sobre nagées de sentido que © préprio lexema tos do individuo, expecta igo, inferéncias possiveis ete.) eee ee tic conhecimentos € produzir que independem da corre Esse tipo de dependéncia processos de textualizagao. 1.10.2. Coeréneia -ontinuidade textua no se esgotam nas proptieda- 10 cédigo. Isto exigh nogio de lingua rapasse esse patamar mente sobre a questio. Embora tais relagdes integradas ¢ convergentes que permitam a consinugio de sentidos ps fou pelo menos deem pistas para seu acess. Veja-se 0 caso com palavras, Subi a porta e feche a escada, Tirei minas rages e recei meus sapats. Desiguei a cama e detime na Tuto pore te me dou um bajo de boa nite. ‘utae andoimo) inicio do capitulo: ‘Apés introduzir esse poerna, a autora se indaga, logo n Seria ese tet incoerente?& posse descobir nee agua ps para “dizer"a mn ‘arrumagio linear que resulta sem sentido? A porta sobe? A gente fecha a escada? A. Nao ha dei nhecimentos Para Chav da interpretagai alana — exec erence a Pini Primeira Parte | Processas de produsio textual resultado de uma série de atos de ent se encadeiam sucessiva € que formam um conjunto ¢ no um todo. Para Charolles, somente uma andlise de process atar a coeténcia. Se- guramente, a coeréncia é em boa parte uma ativdade realizada pelo receptor de um texto que atua sobre a proposta do autor. E, nesse aff, 0 receplor segue as pistas (deixadas pelo autor nas operages de coesio textual) como pri tos indicadores interpretativos. De todo modo, a coeréncia € uma atividade ‘a € no uma propriedade imanente 20 texto. Liga-se, pois a ativi- dades cognitivas e no a0 c6i interpreta fncia 6, sobretudo, uma relagao de sentido que se manifesta entre dos, em gerat de maneira global e nao localizada. Na verdade, a cho dos prs observavel como fendmeno empiric, mas se € outras. (Para maiotes de hes, ef. Koch/Travaglia, 1989 e 1990; Marcuschi, 1983; Koch, 2000). A coeréncia, se 1981), diz respeito 20 mode come os componentes dou ou seja, os co tose relagdes subjacentes ao texto de suped imente acessveis¢ rele nites si,enteando 0 Relagdes de coeténcia sio maneitas. Por exemplo, na se pode ser tomado como causa e out interpretado em fungdo do outro. respeito de se — Meus vizinhes devem ter saido porque a televisdo ainda esté ligada e as luzes da varanda estao acesas. no esti querendo visio I a luzgcesa estd sugerindo € que as Iuzes Nees © at inhos sairam. Pois ele sabe que quando os la hora e que quando saem, 05 rumam agir daquele modo. A sugestio de coeréncia entre os enunciados ¢ 0 bom uso daquele “porque” funda-se num conhecimento pes: soal do enunciador daquela sequéncia e no numa relago semantica entre 5 enunciados sequenciados. 1 de generos sompreentto ceed Isso quer dizer que a coeréncia nao se dé como um mo de ena to sucessivo to para elemento, ia. E também 0 Esta € uma situagio n acima no conto “Circuito fechado”, de Ricardo Ran de Josias de Souza. iado para enunciado € numa relagio de Ela € uma funcdo que em muitos casos se di global io holistica, A cocréncia nao é uma realizaczo lo P de forma clara da coesza textual. 1s global, embora ter claro a E importante, no ¢ set concebidas como sa ter, en 05 casos, um desenvolvimento local. Nisso ela se distingue entidade cogn smarcadas na superficie textual isfvel Outra perspectiva é tomar essa mesma conti cocréncia) designando-a, como o fazem os estru mente Greimnas, de isotopia". A isotopia fundase tanto na co conterido quanto numa ordenagao léxica estruturada em torno de um espa ‘mental criado por um item lexical ou uma sequéncia lexi bbém como fixagio de uma orientacao intencional global pretendida pelo au- tor e que permite 2o leitor uma interpretagdo nessa perspectiva. As pi esse tipo de coeréncia que se da com base em disfuncoes. Pode ser até mesmo um ponto de vista do leitor que estabelece a coer Asi pode apontar para coeréncia), mas ela € um tg bilidades interpret texto. E claro que 6 texto deve per coeréncia, poi 1. Pode dar-s contririo, nao haveria possbi tem E importante sar que a coeréneia& um aspecto fundan fo mais na mente do 14, no entanto, um funcionamento da isotopia jé no ni leitor € no ponto de vista do rece textuais. Mas essa questio deve ser vista com cautela para nao introd aqui um fator de subjetividade que venha a mascarar todo 0 processo de pro- dugao textual. A ou das relagoes imediatas dos el ais. Ve se este exemple: — A atriz beifou 0 namorado acaloradamente 0 € histérico e soc r6prio e nao ten se estd produzindo uma predicagao isotopicamente adequada. J4 no ocorre- ria 0 mesmo se disséssemas: A pedra-pomes beijou 0 namorado acaloradamente de todos eles. Assim, a coeréne ios vos dos quais procede o texto em questio. Sei sar apenas o texto em si ara tratar a coerél equivocado ar Pois neste caso nfo haveria congruéncia semantic: J que se estai adequado em co predicando entre classes de semas diversos. [st com certeza,situagées que independem da perspectva do ficar a falta de cocréncia uma sequéncia, como 0 caso do aos no bolso, contemplando o sol da 5". Mas isso no passa de uma br ro (P.Chara iva ou de ne dos enanciados, tal 1992; 35) no coeréncia tems tém na continuidade temiitica a garantia da u ico tern uma centralidade muito grande nessa forma o, a coeréncia se dam A isotopa € un teo ada, dr 'tertvidade, 20 282), Pode diet que “no plano funcional coerncia di produzida pels sotopia conditions a Tblidade dos texioe” Po outa lado, “do ponto de vista do “nunciatro stops contturuma grade de eto que toms homogenea superficie do eto, que de ver a questio, c na relagio de enunciado a enunciado. A coeréncia do qual gicam os enunciados textuais. emt eee 2 de givcros e compreensio © imais comum € usar a isotopia como critério para a observagio seman- ca de textos completos e nao de simples enunciados. Veja-se aqui o exemplo fazido por Fiorin (1989: 82) para mostrar que a isotopia se dé com recorréncia de um trago seméntico comum no texto € que orienta a 28 abaixo. compreensio, tal como lembrado na Este exernplo € passeio, as pessoas da f jas de ves © combinaram alugisla no O pastor alemio,n gana tratarse da capela dae 108 seguintes temo Senhora. nda de ir la frequentemente; prazer de co esse fica a 12 casa. E muito cémmodo, nessecaso, é prefer lapara pasar 4 o dia intero.Alguns vio pé, at para qualrocentas pessoas 1ga sentado, pois os asent 136 a0 lado dos adultos todas eantam em mo entanto, se chegar Tudo o que se recalheé paraas expec verscus semelhantes le que todos possarn dever tio hurmano. desempenho d Embora esta seja uma pega de hurnor, t ico que do texto. Na ¢ dé em fungio de um deslo- 2 nacrativa inteira e, em consequéncia, 0 de que esse sentido jé se achava de algum rito no texto € catta, Segundo observa Fi isotopia da higiene para a isotopia do cult, originando ass ra € feita com base uma sobreposigo de isotopias. A em dois planos seménticos distintos na sua cor sobreposica raposigao. Uma espécie de isot6pica atuando simultaneamente. As isotopias tém uma grande semelhanga com o que se designa com: frames (enquadees cognitivos) toda a estrutura cognitiva do text fos gerais que controlam ais. A rigor, te as regras gramaticais que entram em ago idade ¢ sim os processos ar da cooperacdo. na posigla teér legica, sequéncia temporal, inclusio ete. (ordem ¢ ji, nao tau a continuidade textu progressio tematica trazendo contexidos Nei contemy para os papéi apesar de o principio estariam aqui eliminadas, isto ndo ocorte, pois especificos que devem ser analisados em cada dois problemas nessa pos as as rela ee ee ‘uma espécie de insu Logico- ria de descattéla, mas aponto para seu cariter redutor. ca ¢ estratégica. O texto € ssa perspectiva, Nao gosta: ‘A coeréncia pode ser vista tanto na sua relacio microestrtual im ita apla relages interlocutivas (nos processos mente sequéncia dos enunciados) como na relag&o macroestrutural ou jinterativos). E ev que a compreensio de texto estars enor afetada pelo jogo das relagdes entre o trés planos de observacio. O texto nao se dé apenas como um cor sncia de enunciados. As jcais, saliéncias etc.) tos do receptor para at to de tépicos que se unem na fidencias a A coeréncia po nha de Charolles (19! texto para levar as sucessivas revisdes da parte do leitor nas perpassa 0 interpre- tagies textuais 1.10.3. Intencionalidade ceritério da intenei lidade, centrad texto, considera a intencao do autor como er ‘Com base na intencionalidade, costumase dizer que ‘enunciado, um testo s80 produzidos com um obj set captada pelo leitor. Como se not ato de fala, um tivo, uma finalidade qu deve se esa posigao nao chega a decidir uma primazia do autor, isto jé desloca todos as principios da dialogicidade para um plano de subjetividade inaceitavel. Por isso mesmo, deve-se ter: questio da intencionalidade que no costuma s la com a hada nos textos. identificar a intencionalidade porque nao se sabe 20 certo 0 que observar. Também ndo se sabe se cla se pois ambos tém intengSes. Mas o problema fica ;emos analisar a ‘io da textualidade. Setia mais conveniente vé- 0 texto e nos pracessas produtores de coeréncia, sujeito que ela subentende. Tudo se passa sido € como se ele fosse ums fon impossivel e nio e bre a questi. independente € a em consondincia com o que j4 postulamos a Em um andlise desse prine‘pio, nalidade serve para manifesta a acio disc to. Portanto: ue a intencio- iva e coerente, ainda que essa intenc? nem sempre se lena conversagio usu Certamente, cabe aqui lembrar, como o faz Favero, que o principio de ‘com suas quatro méximas conversaci is, tal como propostas como opera a intene n testo, A wlidade, sobretudo no caso de funcionar na pers das implicaturas, é uma forma indireta de se dizer 0 se quer num texto € € responsivel por boa parte de imp! ‘amos que a intencionalidade em Grice (1975) nao é mesmo que a intencionalidade de Austin ou de Searle. * 1.10.4, Aceitabilidade no vimos hé pouco, respeito & atilude do receptor que recebe o testo como uma © coes0, ou seh pretivel e co Produc textual, andlice de gbneror « compreensio eles por parte do Nesse caso, ese pi E impor da textualidade — Hoje levantei cedo e tom n tdxi para a un Seria um et formado ¢ inaceitivel do’ p Mas vel. A aceitabilidade de que trata ¢ sim se estende a0 plano do sentido. cal por violar na medida 8 prete! s5es do proprio autor, icas ou gramaticais que buscam efeitos especiais. Com isto, vé-se que as relagdes as est *¢ aceitabilidade € gramaticalidade so muito co Jjexas, Se tomarmos, por exemplo, as obras de Guimaraes Rosa, servar que muitos de seus textos cor dos que sob o ponto plenamente aceitave a agramatic: as nem por isso deixam de ser ac por seus 1.10.5. Situacionalidade O critério da situaci situagao (social, cul fato de relacionarmos 0 even- ) em que ele ocorte (ef 0 interpretative, mas também para nar @ texto ao se Tom gird uma série de agdes mais ou menos consol género telefo rai igdo exi- vio constituic 0 ages & os cumprimentos as despedidas. Assim serd c r exemplo, uma ata de redagao escolar, que exigitio dete Sm certo sentido, todo il deve operar. A si AO TEXTUAL Este pr dada situagai controlada e orientada. A rigs jonalidade é dada jd pelo amento. situac dade € supe sentido situado. Nao ha ‘em sentido estrito, poder nos dizer que asi texto se adequar Se um texto no podera se “ancorar” em contextos de pouco proveiteso. Sob varios pontos de vista, a situacionalidade nio forma um principio auténemo, na sdida em que € muitos casos um aspecto de outros crité rios. No fundo se trata de um eritério ret visto isoladamente, r 1.10.6, Intertextualidade Bes entre um dado texto € 08 outros textos cias anteriores, com ou sem mediacio. Ha cconsenso quanto ao falo de se a 1 todos os textos comungam vam algum relevs hoje com outros tex! , OU seja, ndo existem text aspecto intertextual, pois nenhum texto se ac viz Antnio Marcuse = de gineros ¢ eompreensio de qualquer texto € 0 conjunto das relagde texto 0 vio de da G no de modo mais ampl xpressio ‘transtextualidade’ para designar o fendme- ngue os seguintes tipos de relagies transtextuais (cf. Diciondrio de andlise do discurso, 2004, p. 289): supe a presenca de um texto © a paratext te dito, ersas classes as ncontra em rl classe ertextualidade e intertexto, scursivos que aparecern © 4 as regras do intertexto se manifestar, que podem ser diversas ele, Além disso, iscursos do mest externa (entre di sos de campos discu sivo da tealogia e da c imento dos tipos ¢ géneros de texto na medida em que os relaciona e relagio como a de arquitextualidade de Ger roveitosa re polifonia (1991: 529.54) quando este afirma que “todo texto nele, em niveis varidveis, sob formas mais ou menos reconheci todos 0 textos teriam uma configuragio heterogénca € um campo ger Para Maingueneau, o “intertexto € um componente decisivo das co ges de produgdo discursiva”. Daf a lembranga de Koch, que cite Krist trodutora da nogao de intertext “Qualquer texto se constiéi como um mosaico de citagdes € € a absorcio e transforma- aro texto” go de um 991: 532) que a amente determinado get como a epapeia em um ou- tro contexto ndo épico s6 para obter um efeito de ser tertestualidacle exp ido especial by caso de 3 provérbios ete rlextuslidade wente porque tem importa abora No contexto da intertextualidade, também se costuma tratar do q\ Authier-Revuz (1982) chamou de heterogeneidade mostrada e heteroge Re ee ee dade constitutiva, Pode-se dizer que se trata do prob di identificéveis ou 1808 “outros” (0 que equ alguns aspectos da questio: . discurso em outro dis- eeer na forma inhao de discursos € ge! io como algo isolado. E esse f a que se fagam interconexdes dos mais var ipos para os dois textos jd corm dos de R Ramos ¢ Josias de Souza 1.10.7. Informatividade Seguramente, este critério € 0 mais Sbvio de texto dos, pois se € coctente é porque desenvolve algum t6pico, ou seja, refere conteddos. essencial desse principio € postular que num texto deve ser possivel distinguir entre o que ele quer transmitic € 0 que € possivel extiair dele, ¢ ndo € pretendido. Ser informativo significa, pois, ser capaz de diri- mir incertezas A igor, a informati de expectativa ou falta de cexpectativa, texto oferecido. idade diz respeito a0 gr e conhecimento ou desconhecimento e mesmo incerteza d certo é que ninguém produz textos para ndo dizer absolutamente nada, ido. A infor- CContudo, nao se pode confundir informagio com c gio € um tipo de contetido apresentado a0 I bvio. Perguntar pelos contetidos de um texto ndo € 0 pelas informagées por ele trazidas. Assim, um ato de fal vago € no computacionalmente claro. 1.11 Avaliagéo dos sete critérios da textualidade Vejamos neste mo ese, aspectos relatives aos sete critérios tratados até aqui. Segundo Beaugrande/Dressler (1981: 20), estes eri cognicao; processamento; Esses critérios no podem ser transformad s ¢ adequados. Eles nao sio princi mado, O 0 textfial. E isso néo & de maneita como operamos com eles en- em regras consti de t boa formagdo textual to, tornando-os efi como 4 foi sobejamente observéslos como principios de acess0 a0 set ido pelos ‘principios, quanto critérios. Daf dizer-se, comunicati, como Beaugrande (1997: 10), que o texto € um evento is. O que wwetgem ages linguisticas, cognitivas ¢ s grande problema esti em resolver essa convergenela de maneira sati ¢ adequada. Pee Seed A nogdo de feta nesse cas € de natureza sintética € yoje retomada por vérios au nte ao tema ente pela Escola de na e rema, Essa nogio funcional de t mente seméntico pt quivale ao sujeito do enu © qual se fala. Por ¢ na frase . — Paulo comprow u inciado, Contado, 0 tpico fas a fase e pode ser caractrizado pela entoacio ou por “Tratase de uma visio em que forma e fungio ocesso de 1 pr ale a uma distingéo de igmtico, assim como © todos os casos, tratase de ntico e o pragmstico no a ga), Nao é nessa linha que traba- va do tpico discursivo. n dado a p nente, Assim, em qual n qualquer situagSo da fal i, apesar de alguém sempre propor um teragao verbal espontinea entre indi t6pico dis procedimentos p: que falam Brown & Yale (198: smarcado. Esse aspecto, tido como o processo de centraga 3s dois processos, a organicidade, ¢ a delimitabi da nogdo.do tépico discursive, te | Provessos de produsdo textual Aqui, adoto a discursiv, aq pico discursivo e 01 ado ico discursivo é e em porgdes maiores ¢ se desenvolve 105 processos enunciati tuma interagdo face a face, por exemplo, A nogao de tpico discursi los que a nocdo de t6pico frasal, inclus ‘mos mais globais ¢ até mesmo a passagem de ts a nogio de t6p discusivos, tas ¢ ¢ discursiva em ter os antigos para novos. C je fendmenos no as interrupgoes ipuagio tépica. O ivo com outras esteatégias, construgdes paralelas, topic 50 oral € 0 escrito tém organizagdo imento t6p) amente diferenciadas, sn vista suas con- digdes de producio. A conversagio, por exempl ca interativame 20 passo que o texto escrito segue um base de suposigdes sociocognitivas ¢ algumas ‘© tempo e 0 espac real e a eser id que aor tempo defasado (nao 36 e' 0 & produgio). iso jc também em r se trata da interagao nos bate-papy Heinemann/Viehweger (1991: 32) incluem a la de Praga, que pos- tulava a perspectiva funcional da frase entre as graméticas de texto de natureza | Processos de produséo textuel hoe Os seres wis ta a Tra traz a informacio sobre a qual é falado, ou seja, a infor- ial dada); Aa (que traz 0 que se diz sobre o tema, conhecida como informa: date esto amen de epee ‘mo auento da pos haan, 3. roesso com tana dao (tomas queso ders en hiptna) ‘Os aris diese em vis Atel tral e ge rem puros na forma aqui pr dos com o predominio de relagao ressao informacional e plano textual idependentes entre si, Assim © t6pico - ado - novo © figura -f Até hoje, Chafe 6 esses modelos, Heinemann /V Vichweger ‘Todos esses modelos téim do ponto de vista de que 0s textos es s frases. A gramatica de frase ias de frases que mar Essa coesividade vem marcada de vista de estaticidade tira o dinamismo textual. lelos ignoram as relagaes exis- textos, Por fim, resta observa Primera Parte | Provessos de produséo textyal 1.13 Processo referencial se admite que a quest tual como na compreensio. Besse cor dos, sendo que man de tpica © 0 probl podese di s basicas no tratamento da referencia ninante nos ‘a concepcio semmanticos, & a que se jetiva © veal linguagem como transpatente e referencialista (exter extensional entre ‘a experiencia ¢ Esta Para esses autores, discretizados e po 10 linguagem como 0 mundo esto previamen acionados biunivocamente. A referénci2, eit OU ua expres ade we toma a lingua como, atividade © po 3s referentes sefam sistematicame cobjetos do mundo, tendo em vista que se caracterizam como objetos de dis- largamente postulado, por exemplo, por Mondada (1994) e nessa segunda posigdo que nos situamos para resolver a ques J no caso da posicao texto como evento, no se «¢ organizagio top ye numa ali tio da relagio entre processos referenciais (referenct Je discursiva. Aqui os sentidos fund: ca (coeréncia) na ali ago e coprodugio que 05 con partilhados tem oe de referencia passa a te ica em geral mento em q processos de categorizagao, debatidos em sala de Central seria um trabalho de pes mento permanente de termos-chave para a montagem de um glossrio, ies podem ser buscadas tanto neste ‘manual como em diconéras e em outras fontes fomecidas no final da parte histérca. 'sso é fundamental para que se domine a base terminologjca de manera mais ténica, (2) LOSSARIO SOBRE A QUESTA TEXTUA: rcir a montagem de um gossério para tratar do texto Entre os termos mais importantes, estariam estes (que devem ser amplados). lors catiora contexta crferécia cotexto dado novo Atco beta de dicersa defnigdes de lingustica de texto e defnigdes de texto nos fazendothes uma analise erica, ‘io diferentes e em que diferem. (e)Comparar 0 uso aforas em bulas de remédio, recitas cuinéras, noticias de los e resumos de congressos. eristcas, (@) Tomar 10 colecdes de livros didaticos do tas de lingua e texto neles expostos ou ide subjacentes aos mesmos. iF quas os concetas deste tipo condigdes de uso) entre (1994: referéncia a cebem sua referéncia a uma exter te auténomos, dores. O ex: para esclarecer esse 392 353 354 j 385 2386 30 358 359 360 361 382 363 eee ico de gineros¢ compreensde jacdo é aqui usada no iter de relagao pré-fabric la (3 margem das do e a linguagem. Tal como observa Mondada ), a0 se considerar autora, como 5 is do que “a maneira como 0 texto faz a exterioridade”, interessa “a mat aco, 0 que acarreta também uma atribuigao bservam Maeschler & Rebou! (1994: 3505s), por nio serem descritivamen- 1m a referéncia cancieta mediante outros indica- 4 seguir apresenta interessante si esso de saturacao referencial. Veja se: isto discursiva (1) FOOT telefonema Me eu tava i dentro. ‘mas sabe que eu nda me seri de absoltamente nada a mo ser uma coca- cola. Porque eu vi passando mas eu tae to agniada to tensa sabe. & [a Ye mas diz que foi tere ne porque 0s meias das cadeiras eram estrtas e nao dava pra cle pass né B 6 oto. ai fcava um avan iva uma coisa fia ‘quando vem pra cd vem chegando...fica aqui espera af que eu vo pag um ra min. pegavam de dois trés \e—nardestinn 6 fogo via ave mata ache ee rem a gravagao completa ha 357 como sendo o g¢ a falante referiase a0 inl daquele er ainda fica a identificagao do refer pegé um” na indefinido urn refere salgadinho ou docinho, isto é, 05 frios que estav servides pelo gargom naqué tel. O curioso nesses e-em muitos fonemma é que as falantes, segs ranga o que estio querendo dizer e o que estio re Para a anélise da relagdo entre referenciagdo ¢ coeréncia", sera essen- cial considerar que, numa perspectiva macro, um texto consteéi ide com base em a (1) progressao ref 2) progressao tépica Esclarecendo as relagées de diferenca e semelhang: s0s, pode-se lembrar, grosso modo, que: tre 0s dois proces 0, continuidade ¢ retomada de refere estratégias de designagao de referentes e f nar cadeia referencial Progressdo t6pica di. respeito ao(s) assui ratado(s) a0 longo do texto. Nao hi estudos detalhados rel principiv, jue sejam independentes, em biuntvocos. o esses dois aspectos. Mas, em ‘no sejam também + so coleteminados Contud, sea contnuidade een serve de base pata 0 desenvolvimento de um t6pico, a presenga de um tépico ofetece to somente as condigées possbilitadoras e preservadoras d dade teferenc ‘mas nio a n base A progressao referen 31, Ene especto ands deve ser objeto de intenss, pis é complexe seguramente

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