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ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ - CURSO DE ESPECIALIZAGAO PROVA DE 2* CHAMADA DE DIREITO PREVIDENCIARIO QUESTOES OBJETIVAS CPV ABC 1 2018 PROVA: 13/06/2018 NOME: MATRICULA: 3 QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Sobre os beneficiérios do RGPS, julgue os itens abaixo e, em seguida, marque a correta sequéncia de verdadeiro (V) e falso (F). 1 - 6 segurado contribuinte individual o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que la domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime préprio de previdéncia social. Il - O dirigente sindical 6 enquadrado como segurado empregado durante o exercicio do mandato eletivo. Ill - O pescador artesanal ou a este assemelhado que faga da pesca profissao habitual ou principal meio de vida 6 enquadrado como segurado especial. IV - E trabalhador avulso quem presta servico de natureza urbana ou rural, em carater eventual, a uma ou mais empresas, sem relagao de emprego. aV,V,V,V b)V,F,V,F c)V,F,F,V OEVF,V e) F, F, F,F 4" QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Sobre as regras do Regime Geral de Previdéncia Social (RGPS) e dos Regimes Préprios de Previdéncia Social (RPPS), julgue os itens abaixo e, em seguida, marque a correta sequéncia de verdadeiro (V) e falso (F). | - Situagao hipotética: Claudio trabalhou como empregado de uma empresa privada durante dezessete anos, quando entdo foi aprovado em um concurso publico federal. Assertiva: Nessa situacao, Claudio podera computar o tempo de servigo na inciativa privada para efeito de aposentadoria no servico public, hipdtese em que os diferentes sistemas de Pprevidéncia social se compensarao financeiramente. ll - Situagdo hipotética: Maria, servidora publica federal, e Haroldo, empregado de uma empresa privada, contrairam nupcias entre si ha mais de vinte anos e nao tiveram filhos. Assertiva: Nessa situagao, caso Maria morra, Haroldo tera direito a receber o beneficio de pensao por morte pago pelo regime de previdéncia social dos servidores publicos federais. Todavia, se Haroldo morrer primeiro, Maria tera direito a receber pensdo por morte a ser pago pelo RGPS. lil - Situagao hipotética: Jogo, advogado, com sessenta e trés anos de idade, foi nomeado desembargador do Tribunal de Justica do Estado do Para pelo quinto constitucional. Assertiva: Nessa situagao, ao completar setenta e cinco anos de idade, Jodo deveré ser aposentado compulsoriamente com proventos proporcionais ao tempo de contribuigdo, beneficio este que devera ser concedido pelo RPPS do estado do Para. - EMERJ - concurs ee hipotética: Artur ingressou no servigo pilblico federal, por meio de dedicagao ico, para o exercicio de cargo técnico que Ihe exigia quarenta horas de magisteri ‘semanal. Apés a aprovacéo em outro concurso publico federal para 0 exercicio do interfer io, Artur passou a exercer os dois cargos puiblicos concomitantemente, sem que um ferisse no outro. Assertiva: Nessa situagao, Artur tera direito ao recebimento de duas aposentadorias por tempo de contribuigao concedidas pelo regime proprio de previdéncia Social dos servidores publicos federais. aV,V.V.V b)V.FV,F o)V,F,F,V a) F,V,FLV e)F,F,F,F 5* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Assinale a alternativa correta a respeito das regras constitucionais da Seguridade Social. z (A) A universalidade da cobertura e a seletividade do atendimento 6 um dos objetivos da seguridade social. (B) A contribuigao social incidente sobre a receita de concursos de prognésticos é uma fonte de financiamento da seguridade social. (C) E vedada a imposi¢ao de contribui¢ao social sobre o importador de bens ou servigos do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (D) As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios destinadas & seguridade social constarao dos respectivos orgamentos e integrardo 0 orgamento da Unido. (E) E permitida a filiagio ao regime geral de previdéncia social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime proprio de previdéncia. 6* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) ‘Acerca da jurisprudéncia dos Tribunais Superiores em matéria previdenciaria, julgue 08 itens abaixo e, em seguida, marque a correta sequéncia de verdadeiro (V) e falso (F). TA acumulagao de auxilio-acidente com aposentadoria pressupée que a lesdo incapacitante e a aposentadoria sejam anteriores a 11/11/1997. It- O Auxilio-creche integra 0 salario-de-contribuigao. Ill - A competéncia da Justiga do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituigaéo Federal alcanca a execugdo de oficio das contribuigdes previdenciarias relativas ao objeto da condenaggo constante das sentengas que proferir, mas n&o os acordos por ela homologados. IV - Aplicam-se ao servidor piblico, no que couber, as regras do regime geral da previdéncia social sobre aposentadoria especial, até a edigéo de lei complementar especifica. a)V,V,V,V b)V,F,V, F c)V,F,F,V @)F,V,F,V e)F,F,F,F -EMERJ- QUESTOES OBJETIVAS Teoma of a 3) Sobre os beneficiérios do RGPS, julgue os itens abaixo e, em seguida, marque a correta sequéncia de verdadeiro (V) @ falso (F). 1 = & segurado contribuinte individual o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que 14 domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime proprio de previdéncia social, 11 0 dirigente sindical é enquadrado como segurado empregado durante 0 exercicio. do mandato eletivo. Ill - O pescador artesanal ou a este assemelhado que faga da pesca profissdo habitual ou principal meio de vida é enquadrado como segurado especial. IV- E trabalhador avulso quem presta servico de natureza urbana ou rural, em caréter eventual, a uma ou mais empresas, sem relagao de emprego. aVVV,V b) V,F,V,F c) V,F,F,V qd) F,V,F,V e) F,F,F,F Gabarito: letra B Tegras do Regime Geral de Previdéncia Social (RGPS) @ dos Regimes {éncia Social (RPPS), julgue os itens abaixo e, em seguida, marque a Correta sequéncia de verdadeiro (V) e falso (F). | ~ Situagao hipotética: Claudio trabalhou como empregado de uma empresa privada durante dezessete anos, quando entdo foi aprovado em um concurso publico federal. Assertiva: Nessa situagao, Claudio poderé computar o tempo de servigo na inciativa privada para efeito de aposentadoria no servigo piblico, hipétese em que os diferentes sistemas de previdéncia social se compensarao financeiramente. I= Situagdo hipotética: Maria, servidora publica federal, e Haroldo, empregado de uma ‘empresa privada, contrairam ndpcias entre si hd mais de vinte anos, e nao tiveram filhos. Assertiva: Nessa situagdo, caso Maria morra, Haroldo tera direito a receber o beneficio de pensdo por morte pago pelo regime de previdéncia social dos servidores publicos federais. Todavia, se Haroldo morrer primeiro, Maria tera direito a receber pensdo por morte a ser pago pelo RGPS. Ill — Situagdo hipotética: Joo, advogado, com sessenta e trés anos de idade, foi nomeado desembargador do Tribunal de Justiga do Estado do Para pelo quinto constitucional. Assertiva: Nessa situacéo, a0 completar setenta e cinco anos de idade, Jodo devera ser aposentado compulsoriamente com proventos proporcionais ao tempo de contribuig&o, beneficio este que deverd ser concedido pelo RPPS do estado do Para. IV = Situago hipotética: Artur ingressou no servigo puiblico federal, por meio de concurso piiblico, para o exercicio de cargo técnico que Ihe exigia quarenta horas de dedicagao semanal. Apés a aprovacdo em outro concurso publico federal para o exercicio do magistério, Artur passou a exercer os dois cargos publicos concomitantemente, sem que um interferisse no outro, Assertiva: Nessa situacao, Artur tera direito ao recebimento de duas aposentadorias por tempo de contribuigo concedidas pelo regime préprio de previdéncia social dos servidores publicos federais. aVVVV b)V,F,V,F o)VF,F,V 4d) F,V,F,V ©) F,F,F, F Gabarito: letra A Teme Sb 9 Assinale a alternativa correta a respeito das regras constitucionais da Seguridade social. (A) A universalidade da cobertura e a seletividade do atendimento é um dos objetivos da seguridade social. (B) A contribuicao social incidente sobre a receita de concursos de prognésticos é uma fonte de financiamento da seguridade social. (C) E vedada a imposigao de contribuigao social sobre o importador de ben i do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. u a (D) As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios destinadas & seguridade social constaré ti i roan fo dos respectivos or¢amentos e integrarao o orgamento da le previdéncia social, na qualidade de E) & . (€) E permitida a filiagdo a0 regime geral d na qué regime proprio de previdéncia. Segurado facultativo, de pessoa participante de Gabarito : letra B teme oy 6) Acerca da jurisprudéncia dos Tribunais Superiores em matéria previdenciaria, julgue 08 itens abaixo e, em seguida, marque a correta sequéncia de verdadeiro (V) e falso F). 1 = A acumulagéo de auxilio-acidente com aposentadoria pressupde que a lesdo incapacitante e a aposentadoria sejam anteriores a 11/11/1997. I= O Auxilio-creche integra 0 salario-de-contribuigao. Ill - A competéncia da Justiga do Trabalho prevista no art. 114, Vill, da Constituicdo Federal alcanca a execugao de oficio das contribuigées previdenciarias relativas ao objeto da condenagao constante das sentengas que proferir, mas nao os acordos por ela homologados. IV ~ Aplicam-se ao servidor piblico, no que couber, as regras do regime geral da previdéncia social sobre aposentadoria especial, até a edigao de lei complementar especifica. avvv,V b) V, F, V, F c) V,F,F,V d)F,VF,V e) F,F,F,F Gabarito: letra C ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ- CURSO DE ESPECIALIZAGAO PROVA FINAL DE DIREITO PREVIDENCIARIO QUESTOES DISCURSIVAS CPV C 12018 PROVA: 20/06/2018 4" QUESTAO: (Valor - 4 pontos) Pedro da Silva, motorista de maquina industrial, percebendo salario de R$ 1.050,00, foi demitido da empresa Universal Descartaveis Ltda. em 24/2/2013. Uma semana apés sua demissao, em 02/03/13, deu entrada junto ao Ministério do Trabalho em seu seguro- desemprego, o qual foi deferido. . Mesmo durante 0 periodo de percepgao do seguro-desemprego, Pedro e sua familia comegaram a passar sérias necessidades, que afetaram, inclusive, seus dois filhos gemeos que nasceram dois meses apés a demissao de Pedro. Diante de situagéo desesperadora, Pedro passou a praticar pequenos furtos em pontos de 6nibus no Centro do Rio de Janeiro, sendo certo que, em 10/1/14, foi preso em flagrante. Em decorréncia do crime cometido, foi condenado a pena de trés anos de reclusao no regime semiaberto, a ser executada em colénia agricola situada no municipio de Seropédica. Silvana da Silva, esposa de Pedro, foi informada por parentes de que ela e seus filhos fariam jus ao beneficio previdenciario de auxilio-reclusao, razdo pela qual requereu administrativamente tal beneficio. Contudo, a Autarquia lhe indeferiu 0 pedido, sob a alegacéo de que o Ultimo salario de contribuigao do recluso era superior a renda limite normatizada pela Previdéncia Social naquele ano. Irresignada, Silvana ajuizou demanda em face do Instituto Nacional da Seguridade Social - INSS, sustentando, em sintese, que 0 requisito de renda limite seria inconstitucional. Em que pesem as alegagoes feitas pela Autarquia Ré, 0 juizo de primeiro grau entendeu inconstitucional a renda limite e concedeu judicialmente o beneficio de auxilio-reclusao. Inconformado com a decisao, o INSS apresentou recurso de apelagao ao Tribunal, pugnando pela modificagdo da sentenca. Ante 0 exposto, decida a controvérsia a luz do entendimento do Supremo Tribunal Federal quanto renda limite, disciplinada no artigo 201, IV, da CRBF. 2 QUESTAO: (Valor - 4 pontos) _ Unio Descartaveis Ltda., diante da crise que afetou o pais no ano de 2015 e d: precaria condigao financeira que atingiu a empresa, foi forcada a deixar de recolher ee contribuigdes previdenciarias de seus funcionarios. Convém destacar que os valores nao repassados a Previdéncia Social foram utilizados Para © pagamento das contas de servicos publicos, tais como agua, luz e telefone. Portanto, néo hou F 5 . ; Ive por part intengao de reter os valores ndo repassados a Previdéncia para si. Geet Cetera ooresa| a - EMERJ - Tal situagao foi ay is fi . bi foes purada pelo Fisco, que, entendendo ter havido apropriagao indébita Browigeneai, Propés em face de Unido Descartaveis Ltda. agao fiscal com 9 intuito de ki Ver Os valores retidos indevidamente. Contudo, a empresa, sem saber que a acao fiscal j& ‘avia sido intentada, espontaneamente declarou e confessou a apropriacao, efetuando o Pagamento das contribuigbes que haviam sido retidas indevidamente. Diante de tal confissao, o Fisco entendeu por bem enviar os fatos ao Ministério Publico Federal, para que fosse deflagrada agdo penal em face da empresa por conta da Ocorréncia de crime de apropriagao indébita previdenciaria. ‘A luz de tais fatos e diante da jurisprudéncia do Superior Tribunal de Justiga e da doutrina, discorra sobre a apropriagdo indébita previdenciaria e sobre as controvérsias que podem ser depreendidas do caso acima, principalmente sobre a inteng&o do MPF de propor ‘ago penal em face de Uniao Descartaveis Ltda. mesmo apés essa empresa ter confessado o crime e efetuado o pagamento espontaneamente. ATENCAO; Responda uma unica questao em cada folha. PROVA FINAL - CPV GC - PREVIDENCIARIO — 20/06/2018 - EMERJ TEMA 08 41) Pedro da Silva, motorista de maquina industrial, percebendo salario de R$ 1.050,00, foi demitido da empresa Universal Descartaveis Lida. em-24/2/2013. Uma semana apés sua demisséo, em 02/03/13, deu entrada junto a0 Ministério do Trabalho em seu seguro-desemprego, 0 qual foi deferido. Mesmo durante o periodo de percepgao do seguro-desemprego, Pedro e sua familia comegaram a passar sérias necessidades, que afetaram, inclusive, seus dois filhos g&meos que nasceram dois meses apés a demissao de Pedro, Diante de situagao desesperadora, Pedro passou a praticar pequenos furtos em pontos de énibus ‘no Centro do Rio de Janeiro, sendo certo que, em 10/1/14, foi preso em flagrante. Em decorréncia do crime cometido, foi condenado @ pena de trés anos de recluséo no regime semiaberto, a ser executada em colénia agricola situada no municipio de Seropédica. Silvana da Silva, esposa de Pedro, foi informada por parentes de que ela e seus filhos fariam jus ao beneficio previdenciario de auxilio-recluséo, razdo pela qual requereu administrativamente tal beneficio. Contudo, a Autarquia Ihe indeferiu 0 pedido, sob a alegagao de que o ultimo salario de ontribuig&o do recluso era superior & renda limite normatizada pela Previdéncia Social naquele ano. Iesignada, Silvana ajuizou demanda em face do Instituto Nacional da Seguridade Social - INSS, Sustentando, em sintese, que o requisito de renda limite seria inconstitucional. Em que pesem as alegagdes feitas pela Autarquia Ré, 0 juizo de primeiro grau entendeu inconstitucional a renda limite e concedeu judicialmente o beneficio de auxilio-recluséo. Inconformado com a decis4o, o INSS apresentou recurso de apelaco ao Tribunal pugnando pela modificagao da sentenca. Ante 0 exposto, decida a controvérsia a luz do entendimento do Supremo Tribunal Federal quanto renda limite, disciplinada no artigo 201, IV, da CRBF. GABARITO: auxilio-reclusao, previsto no artigo 80 da Lei n° 8.213/91, alterado pelo artigo 116 do Decreto n° 3.048 de 06 de maio de 1999, sera devido, nas mesmas condigées da pensao por morte, aos dependentes do segurado recolhido a priséo que néo receber remuneragéo da empresa nem estiver em gozo de auxilio-doenga, aposentadoria ou abono de permanéncia em servigo, sendo que, por forga da redagao contida na EC n° 20/98, o inciso IV do artigo 201 da Constitui¢o Federal restringiu a concesséo desta presta¢ao securitéria aos dependentes do ‘segurado de baixa renda, O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento, no julgamento do Recurso Extraordinario n° 587.365/SC, no sentido de que deve ser observado o limite de renda legalmente previsto, bem como de que a renda a ser considerada para fins de concesso do auxilio-recluséo 6 a do segurado preso @ ndo de seus dependentes, afirmando expressamente a constitucionalidade do artigo 116 do Decreto n° 3.048/99, encerrando definitivamente o debate. Portanto, assiste razo a Autarquia Ré, devendo ser reformada a sentenga. Paradigmas: Recurso Extraordindrio n° 587.365/SC. TEMA 13 li ria 2) Unido Descartéveis Lida., diante da crise que afetou 0 pais no ano de 2015 @ da precai ‘Condi¢&o financeira que atingiu a empresa, foi forcada a deixar de recolher as contrbuigdes Previdencigrias de seus funciondrios. Convém destacar que os valores no repassados Previdéncia Social foram utilzados para 0 pagamento das contas de servigos publicos tais como gua, luz e telefone. Portanto, néo houve por parte da empresa a intengo de reter 08 valores no ic ra si. : : Ta atuageo "or opurede pelo Fisco, que, entendendo ter havido apropriag&o indébita Varia, propds em face de Unido Descartaveis Ltda. ago fiscal com 0 intuito de reaver os erinos lotdes indevidamente, Contudo, @ empresa, sem saber que a ado fiscal ja havia sido intentada, espontaneamente declarou © confessou @ apropriacéo, efetuando o pagamento das ibuig iam sido retidas indevidamente. - PrN de tal Confssdo, o Flsco enfendeu par bem enviar 08 falos 20 Minitério Piblico Federal para que fosse deflagrada aco penal em face da empresa por conta da ocorréncia de crime de apropriagéo indébita previdenciéria, : : Bras ce ais fats © dante da jurieprudéncia do Superior Tribunal de Justiga e da doutrina, discorra sobre a apropriagéo indébita previdenciéria e sobre as controvérsias que podem ser depreendidas do caso acima, principalmente sobre a inten¢o do MPF em propor ago penal em face de Unido Descartaveis Ltda, mesmo apés esta empresa ter confessado o crime e efetuado o pagamento espontaneamente. GABARITO:0O crime de apropriagéo indébita previdenciéria est4 previsto no artigo 168-A do Cédigo Penal. Como alude o referido artigo, o crime de apropriagéo indébita previdenciéria consiste em deixar de repassar , a previdéncia social, as contribuig6es, valores a recolher dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional. A classificagao do crime de apropriagdo indébita previdenciéria é tida por parte da doutrina como um delitoomissivo préprio, que se perfaz com a mera omisséo do recolhimento da contribuigéo previdenciéria dentro do prazo e das formas legais, prescindindo, portanto, do dolo espectfico. Para 0 Superior Tribunal de Justiga, o crime de apropriagdo indébita previdenciéria exige apenas a demonstrago do dolo genérico, sendo dispensével um especial fim de agir conhecido como a intengéo de ter a coisa para si Ademais, vale dizer que no crime de apropriagéo indébita previ iéria_ admite-se causa ‘supralegal de excluséo da culpabilidade do agente, qual seja, a inexigibilidade de conduta diversa onsistente na precéria condigéo financeira da empresa, quando extrema ao ponto de néo restar alternativa socialmente menos danosa do que o néo recolhimento das contribuigdes previdenciarias, Conforme Sergio Pinto Martins, 6 extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuicées, importéncias ou valores e presta as informagées devidas & previdéncia social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do inicio da agao fiscal. Ou seja, s6 vai ser extinta a punibilidade se o agente confessar e declarar a divida e ainda assim, fizer 0 pagamento, mas isso deverd ocorrer antes da agéo fiscal. Por isso, se a ac&o fiscal for intentada ou j houver a deniincia pelo Ministério Publico, néo haveré a extingéo da punibilidade. Guilherme de Souza Nucci esclarece que se o Estado no ajuizou agéo fiscal nem ago penal eo débito foi pago integralmente, julga-se exinta a punibilidade do agente. Por outro lado, se o Estado J& ajuizou agéo fiscal, mas nao acéo penal, caberé Perdéo judicial ou aplicaggo do Privilégio previsto na lei. Contudo, ‘Se a agdo penal tiver sido intentada e néo a agao fiscal, néo caberé a extingéo da punibilidade nem concesséo de perdéo ou privilégio legal, sob pena de se praticar contrasenso ao exterminar a pretensao punitiva do Estado quando ele agiu a tempo, Paradigmas: HC 98.272 e RHC 86.0 72 STI @ Guilh : Comentado, jerme de Souza Nucci, Cédigo Penal ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JAI - EMERJ~ CURSO DE ESPECIALIZAGAO PROVA FINAL DE DIREITO PREVIDENCIARIO QUESTOES OBJETIVAS cPvc 12018 4 PROVA: 20/06/2018 NOME: MATRICULA: 3* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Em relagéo ao salario-maternidade e ao salario-familia pagos as seguradas empregadas, é correto afirmar que sao: eae (a), pagos pela empresa que podera compensa-los com as contribuigdes incidentes sobre a folha de salarios. b) pagos pelo INSS. c) pagos pelas empresas sem direito a compensacao. d) pagos pela Assisténcia Social. e) indevidos as seguradas auténomas. 4# QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) José exerceu atividade rural em regime de parceria com Joao, nao tinha empregados, contava com a ajuda de seus familiares para 0 cultivo de subsisténcia e pretende aposentar-se por idade, em 2011, no valor minimo. Nessa situacao, José deve: a) comprovar o exercicio de atividade rural no periodo de 36 meses que antecedem ‘© requerimento do beneficio. b) comprovar o exercicio de atividade rural por contrato de parceria firmado em 2011, por seu parceiro, Joao. c) comprovar 0 exercicio de atividade rural no periodo de 180 meses que antecedem 0 beneficio, por prova testemunhal. (d)requerer 0 processamento de justificagéo administrativa, acompanhada de inicio de prova documental. e) apresentar declaracao de duas testemunhas com firma reconhecida em cartério. 5* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) A respeito das contribuig6es que financiam a seguridade social, nao se pode afirmar: a) que a do empregador doméstico incide sobre a mesma base de célculo da contribuigao do doméstico a seu servico. 7 b) que integram o salario de contribuigo pelo seu valor total o monitante das diarias pagas, quando excedente a 50% da remuneragao mensal do empregado. a ¢) que a instituig&o de contribuigao social por medida proviséria, no exercicio de competéncia residual, é inconstitucional. d) que é possivel exigéncia, por meio de lei ordinaria, do importador de bens ou servicos do exterior. ue a do contribuinte individual que trabalha por conta propria, sem relagao de *) trabalho\eomn empresa e equiparado, tem por base de cAlculo o limite minimo do salario de contribuigao. 6 QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Acerca dos beneficios do Regime Geral de Previdéncia Social, julgue os itens abaixo e, em seguida, marque a correta sequéncia de verdadeiro (V) e falso (F). I - O aposentado pelo RGPS que, apesar de ter-se aposentado, permanecer em atividade sujeita a esse regime no tera direito ao salario-familia, ainda que cumpra os requisitos para tanto. : Il - Nao tera direito ao beneficio de auxilio-acidente o contribuinte individual que for vitima de acidente e restar sequelado. Ill - 0 saldrio maternidade 6 beneficio que exige o cumprimento de periodo de caréncia de 10 contribuigdes mensais. IV- 0 auxilio-doenga sera devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, 0 periodo de caréncia, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos. a)V,V,V,V b)V,F,V, F c)V,F,F,V id) F, V, F,V \ e) F, F, F, F QUESTOES OBJETIVAS ‘TEMA 04 3) Em relago ao salério-maternidade e ao salari correto afihar que sé0: ) pagos pela empresa que podera compensé-los com a salaros. b) pagos pelo INSS. ©) os eis empresas sem det & compensacSo. <@) pagos pela Assisténcia Social ¢@) indevidos as seguradas autnomas. GABARITO: LETRA A“ jo-familia pagos as seguradas empregadas, 6 .s contribuigSes incidentes sobre a folha de ‘TEMA 08 4) José exerceu atividade rural em regime de parceria com JO&0, com a ajuda de seus familiares para o cultivo de subsisténcia e pretende apose! ‘em 2011, no valor minimo. Nessa situagdo, José deve: 2) comprovar o exercicio de atividade rural no periodo requerimento do beneficio. b) comprovar o exercicio de atividade rural por c pparceiro, Joao. ©) comprovar o exercicio de atividade rural no petiodo de 180 meses que antecedem o beneficio, por prova testemunhal. ¢) requerer o processamento de justificago administrative, acompanhiada de inicio de prova documenta ) apresentar declarago de duas testemunhas com firma reconhecida em cartério. nao tinha empregados, contava intar-se por idade, ‘de 36 meses que antecedem © contrato de parceria firmado em 2011, por seu GABARITO: LETRA D Vie ‘TEMA 11 5) A respeito das contribuigdes que financiam a seguridade social, n&o se pode afirmar: a) que ado empregador doméstico incide sobre a mesma base de célculo da contribuig&o do ddoméstico a seu servigo. b) que integram o salario de contribuig&o pelo seu valor total o montante das didri quando excedente a 50% da remuneracao mensal do empregado. mas pages, ©) que.a instituigdo de contribui¢do social por medida proviséria, ni io de competénci residual, é inconstitucional. a Sa ' . + ordinért : 9) yt € Posse ign, por melo dell orn, do imprtador de ben cu senigns do ) quedo contribuinte individual que trabalha por conta prépria, sem rel trabal cam empresa e equbparado, em por base de cAluloo limite minima do salaio te conte. GABARITO: Letra E/~ TEMA 01 6) Acerca dos beneficios do Regime Geral de Previdéncia Social, julgue os itens abaixo e, em Seguida, marque a correta sequéncia de verdadeiro (V) e falso (F). 1-0 aposentado pelo RGPS que, apesar de ter-se aposentado, permanecer em atividade sujelta a esse regime ndo terd direito ao salério-familia, ainda que cumpra os requisitos para tanto. I= Néo tera direito ao beneficio de auxilio-acidente o contribuinte individual que for vitima de acidente e restar sequelado. Ill- 0 salério maternidade é beneficio que exige o cumprimento de periodo de caréncia de 10 contribuigées mensais. IV- 0 auxilio-doenga sera devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for 0 caso, 0 periodo de caréncia, ficar incapacitado para 0 seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos. AE,VFLV ) F,F,F,F GABARITO: letra D ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO MER. ~ J CURSO DE ESPECIALIZAGAO PROVA FINAL DE DIREITO PREVIDENCIARIO QUESTOES DISCURSIVAS CPV AB 1 2018 PROVA: 20/06/2018 1" QUESTAO: (Valor - 4 pontos) Em certa comunidade carente, foi constituida uma sociedade cooperativa, que gira sob a denominag&o social de COOPLIMP Cooperativa de Trabalho. Seu objeto social é a prestagao de servicos gerais para a empresas, por meio de seus associados. Em 2016, a COOPLIMP firmou seu primeiro contrato, com a sociedade Bon Prix Lida. O contrato versa sobre a colocacao de vinte cooperados a disposi¢ao do contratante, pelo valor mensal de R$ 50.000. Sabendo-se que no inicio de fevereiro de 2016, a COOPLIMP emitiu nota fiscal de servigos (NFS) no valor avengado, responda, fundamentadamente, aos seguintes questionamentos: a) qual a categoria de segurados dos cooperados da COOPLIMP? b) cabe & Bon Prix Ltda ou a COOPLIMP arcar com a contribuigéo previdenciaria patronal sobre a operacéo? ¢) de quem é a responsabilidade pelo recolhimento da contribuigao previdenciéria do cooperado: dele préprio, da cooperativa ou do tomador dos servigos? ) @ contribuicao citada do item anterior tem por base de calculo o valor bruto da NFS, a remuneragdo distribuida ao cooperado ou outro valor? 2 QUESTAO: (Valor - 4 pontos) Antonio Pedro trabalha na Autarquia Municipal de Limpeza Urbana, onde ingressou por concurso ptiblico, em 1990, na fungao de operador de Usina de Lixo. Tal fungdo é considerada insalubre, por conta da exposi¢ao permanente a niveis de tuido acima de 85 decibéis. Contudo, os operadores sempre fizeram uso de Equipamentos de Protecdo Individual fornecidos pela autarquia, o que diminuia de forma eficaz o ruido ao qual estavam expostos. A fim de questionar a possibilidade de deferimento de aposentadoria especial, Antonio Pedro dirigiu-se ao setor de Recursos Humanos da autarquia, mas teve seu pedido negado com base em dois fundamentos: 1)N&o ha lei ou regulamento que possibilite a aposentadoria especial para o servidor Pptiblico daquela autarquia. 2)Os Equipamentos de Protegao Individual fornecidos descaracterizavam a insalubridade. Na qualidade de Procurador da referida autarquia, opine, fundamenta coe do pedido de Antonio Pedro e da fundamentacao da negativa pelo Setor Ge Reures Jumanos. ATENCAO: Responda uma Unica questo em cada folha, - EMERJ - acca eee eee ee eee eee eee eevee eens ee eae ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ~ EMERJ- CURSO DE ESPECIALIZAGAO PROVA FINAL DE DIREITO PREVIDENCIARIO QUESTOES OBJETIVAS CPV AB 1 2018 PROVA: 20/06/2018 MATRICULA: 3* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Com relacdo aos beneficiarios do RGPS, assinale a op¢ao correta. a) A pessoa fisica que tiver deixado de exercer atividade remunerada abrangida pela previdéncia social mantera a qualidade de segurado, independentemente de contribuigées, pelo periodo de até doze meses. Esse prazo sera prorrogado por até dezoito meses, caso se comprove o pagamento de pelo menos cento e vinte contribuicdes mensais ininterruptas. b) Para efeitos previdenciarios, presume-se que 0 filho e o enteado com menos de vinte e um anos sao economicamente dependentes do segurado. c) Para que o companheiro de segurado do mesmo sexo integre o rol de dependentes, de modo que faga jus aos mesmos direitos que os casais heterossexuais no que diz respeito ao recebimento de pens4o por morte, é indispensavel que se comprove, além da vida em comum, a dependéncia econémica. d) O brasileiro civil que trabalhe fora do pais para organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo, ainda que I4 domiciliado e contratado, sera segurado da previdéncia social como empregado. e) De acordo com a jurisprudéncia pacificada do STJ, 0 trabalho urbano de um dos membros do grupo familiar nao descaracteriza, por si s6, os demais integrantes como ‘segurados especiais. 4* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Considere que, apés a morte de Claudio, seus familiares tenham procurado a Previdéncia Social para promoverem inscrigéo como dependentes do “de cujus", a fim de requererem os beneficios a que tém direito. Nessa situagao, é exigida prova de dependéncia econémica para a inscrigdo de: a) Filho invalido com mais de 21 anos; b) Enteado menor de 21 anos; c) Companheira que mantinha unio estével com o segurado; d) Filho menor de 21 anos e) Conjuge. .EMEPRT_ 5* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Nao 6 segurado empregado da previdéncia social: ae . a) brasileiro que trabalhe para a Unido no exterior, em organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, domiciliado e contratado fora do Brasil, e néo segurado da Previdéncia social do pais em que esteja trabalhando. ») brasileiro domiciliado no Brasil, mas ajustado para trabalhar em sucursal de uma grande empresa de minera¢do brasileira no exterior. : ©) brasileiro domiciliado e ajustado no Brasil para trabalhar em empresa importadora de equipamentos de informatica, com sede no exterior, mas cuja maioria do capital votante pertenga a grande empresa brasileira de capital nacional. d) brasileiro que trabalhe na Bélgica, em organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo, contratado e domiciliado naquele pais, e que nao esteja vinculado ao regime de previdéncia social belga. e) brasileiro que preste servico, no Brasil, a misséo diplomética belga, tenha residéncia permanente no pais, e que nao esteja amparado pela legislacao previdencidria belga. 6* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Tendo em vista os principios e diretrizes da Seguridade Social, nos termos do texto da Constituigéo Federal e da legislagéo de custeio previdenciaria, assinale a opgao INCORRETA. a) Equidade na forma de participacao no custeio. b) Universalidade da cobertura e do atendimento. ¢) Irredutibilidade do valor dos beneficios e servicos. d) Diversidade da base de financiamento. ___ @) Uniformidade e equivaléncia dos beneficios e servigos as populagées urbanas e rurais. PROVA FINAL - CPV AB — DIREITO PREVIDENCIARIO — 20/06/2018 - EMERJ TEMA 11 4)Em certa comunidade carente, foi constitulda uma sociedade cooperativa, que gira sob a denominacao social de COOPLIMP Cooperativa de Trabalho, Seu abjeto social ¢ a prestagdo de servigos gerais para a ‘empresas, por meio de seus associados. Em 2016, ¢ COOPLIMP firmou seu primeiro contrato, com a sociedade Bon Prix Lida. O contrato versa sobre fa colocagao de vinte cooperados a disposicdo do contratante, pelo valor mensal de RS 50.000 Sabende-se que no inicio de fevereiro de 2016, a COOPLIMP emitiu nota fiscal de servicos (NFS) no valor avengado, responda, fundamentadamente, aos seguintes questionamentos: 2) qual a categoria de segurados dos cooperados da COOPLIMP? 8) debe & Bon Prix Lida ou a COOPLIMP arcar com a contribuigao previdenciaria patronal sobre a operacao? ©) de quem 6 a responsabilidade pelo recothimento da contribuicao previdenciéria do cooperado: dele proprio, da cooperativa ou do tomador dos servicos? 9) a contibuigao citada do item anterior tem por base de célculo o valor bruto da NFS, distribulda ao Cooperado ou outro valor? remuneraco. GABARITO 2)0 trabalhador associado a cooperativa que, nessa qualidade, presta servigos a terceiros, € enquadrado ‘como contribuinte individual (art. °, § 15, IV, RPS). b)Nessa operagdo ndo hé cota patronal, umia vez que 0 STF julgou inconstitucional a contribuigao a cargo do tomador, de 15% do valor da NFS, prevista no inciso IV do art. 22 da Lei 8.212/1991, Frise-se que 0 julgamento se deu em sede de repercussdo geral, o que atrai as disposigbes do art. 19 da Lei 10.522, as quais impedem que a RFB constitua créditos tributérios relativos a tal matéria. ©)A responsabilidade da cooperativa de trabalho, conforme preceitua o § 1° do art. 4° da Lei 10.66/03. )A base de calculo ¢ 0 salario de contribuigdo, de acordo com o caput do art. 20 da Lei 8.212/1991, uma vez que © cooperado em tela contribuinte individual TEMA 07 2)Antonio Pedro trabalha na Autarquia Municipal de Limpeza Urbana, onde ingressou por concurso publica, em 1990, na fungao de operador de Usina de Lixo. Ta unbo @ consterada ineaubre, por conta de exposio pemanents 2 nivels de ruido acima de 85 is Contudo, 0s operadores sempre fizeram uso de Equipamentos de Protegao Individual fornecidos pela ‘autarqula, o que diminuta de forma eficaz ruldo ao qual estavam expostos. A fim de questionar a possibilidade de deferimento de aposentadoria especial, Antonio Pedro dirigiu-se a0 setor de Recursos Humanos da autarquia, mas teve seu pedido negado com base em dois fundamentos: ‘)Nao ha lel ou regulamento que possbite a apesentadoria especial para’ o servidor publica daquela autarquia. 2)0s Equipamentos de Proteco Individual fomecidos descaracterizavam a insalubridade. Na qualidade de Procurador da referida autarquia, opine, fundamentadamente, acerca do pedido de Antonio Pedro da fundamentagao da negativa pelo Setor de Recursos Humanos, RESPOSTA SUGERIDA: Exposigdo a ruldo acima de 85 decibéis - 25 anos ‘SUMULAVINCULANTE 2 m r ase lasVinoulantes “ te a LSV.h: Aplicam-se ao servidor piblico, no que couber, as regras do regime a d , i | da_previdencia social ‘aposentadoria especial de que trata o arti ° are easel be acial sobre cominniater savectne a artigo 40, § 4°, inciso Ill da Constituigdo Federal, até a edic&o de lei QUESTOES OBJETIVAS TEMA ot '3)Com relagao aos beneficiérios do RGPS, assinale a opco corrata. 2) A pessoa fisica que tiver deixado de’ exercer atividade remunerada abrangida pela previdéncia social Mantera a qualidade de segurado, independentemente de contribuigSes, pelo periodo de até doze meses, Esse prazo sera prorrogado por até dezoito meses, caso se comprove 0 pagamento de pelo menos cento @ Vinte contribuigées mensais ininterruptas. ) Para efeitos previdenciérios, presume-se que o flho @ 0 enteado com menos de vinte @ um anos s80 ‘economicamente dependentes do segurado. ©) Para que o companheiro de segurado do mesmo sexo integre 0 rol de dependentes, de modo que faca jus ‘20s mesmos direitos que os casais heterossexuais no que diz respeito ao recebimento de pensao por morte, & indispensdvel que se comprove, além da vida em comum, a dependéncia econdmica. 4) O brasileiro civil que trabalhe fora do pals para organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo, ainda que lé domiciiado e contratado, sera segurado da previdéncia social como empregado. @) De acordo com a jurisprudéncia pacificada do ST4J, 0 trabalho urbano de um dos membros do grupo familiar nao descaracteriza, por si $6, os demais integrantes como segurados especials. GABARITO: LETRA E TEMAG2 4)Considere que, apés a morte de Claudio, seus familiares tenham procurado a Previdéncia Social para romoverem inscrigdo como dependentes do "de cujus”, a fim de requererem os beneficios a que tém direito. Nessa situagao, é exigida prova de dependéncia econémica para a inscrigo de: «) Filho invalido com mais de 21 anos; 'b) Enteado menor de 21 anos; ¢) Companheira que mantinha unio estavel com 0 segurado; 4d) Filho menor de 21 anos ) Conjuge. GABARITO LETRA B TEMA 13 5)Nao € segurado empregado da previdéncia social: 2) brasileifo que trabalhe para 2 Unido no exterior, em organismo oficial internacional do qual o Brasil ¢ membro efetivo, domiciiado e contratado fora do Brasil, e n8o segurado da previdéncia social do pais em que esteja trabalhando. ) brasileiro domiciliado no Brasil, mas aj mineragdo brasileira no exterior, C) brasileiro domiciiado @ ajustado no Brasil para trabalhar em empresa importadora de equipamentos de informatica, com sede no exterior, mas cuja maioria do capital votante pertenca a grande empresa brasieira de capital nacional. justado para trabalhar em sucursal de uma grande empresa de GABARITO : LETRA D TEMA OL 6) Tendo em vista os principios e diretrizes da Seguridade Social, nos termos do texto da Constituigso Federal ¢ da legislago de custeio previdenciéria, assinale a opgto INCORRETA. 8) Equidade na forma de participagdo no custeio, ) Universalidade da cobertura e do atendimento. ¢) Itredutibiidade do valor dos beneficos e servigos. 4d) Diversidade da base de financiamento, @) Uniformidade e equivaléncia dos beneficios e servigos as populag6es urbanas @ rurais. GABARITO: letra C ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO = EMERJ - CURSO DE ESPECIALIZAGAO PROVA FINAL DE DIREITO PROCESSUAL PENAL QUESTOES DISCURSIVAS CPV AB 1 2018 PROVA: 20/06/2018 4* QUESTAO: (Valor - 4 pontos) Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de ROMERO ROMULO contra ato do Tribunal de Justica do Rio de Janeiro que denegou a ordem em que pretendia cassar a decisdo que indeferiu a remic&o da pena do paciente pelo trabalho. Sustenta o impetrante que o paciente teve o pedido de remigao negado em razao de © trabalho desenvolvido ter sido prestado fora do ambiente carcerdrio, 0 que caracteriza constrangimento ilegal, pois esto preenchidos os requisitos exigidos pela Lei de Execugao Penal para que o beneficio se coneretize. Em razo disso, postula a concessdo da ordem para que seja reconhecida a remigao da pena nos moldes preconizados na Lei 7.210/84. Considerando a situago hipotética acima descrita, esclarega se a ordem deve ser concedida, abordando, para tanto, o posicionamento do Superior Tribunal de Justiga acerca do tema. 2* QUESTAO: (Valor - 4 pontos) ZE ALFREDO, militar, foi denunciado, entre outros corréus, perante a Justica Estadual e condenado como incurso nas sangées dos arts. 159, §1°; 180, caput, 288, pardagrafo unico, e 317, §1°, todos do Cddigo Penal, a pena privativa de liberdade de 20 anos de reclus&o, além do pagamento de 50 dias-multa. Interposto recurso de apelacdo pela defesa, o Tribunal a quo deu provimento ao apelo, absolvendo ZE ALFREDO da condenacao que Ihe fora imposta por infrago aos arts. 159, §1°; 180, caput, e 288, paragrafo Unico, todos do Estatuto Repressivo, com fundamento no art. 386, VI, do Cédigo de Processo Penal. Nesse interregno, o Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ordem em habeas corpus, impetrada por um dos corréus, anulou parcialmente 0 processo e declarou a incompeténcia da justia comum, com exce¢ao do delito de associagao criminosa, para julgar os crimes militares, determinando a extensdo da ordem aos demais corréus militares. Em consequéncia, nova denuncia foi ofertada perante a Justi ili imputando a ZE ALFREDO os delitos previstos nos arts. 244, §1°; 319; Ge a a Tf ee e 53; e nos arts. 308, §1°; e 324, todos do Cédigo Penal Militar. a a Senvineia fot eon pelo aulz Auditor Militar. Inconformada, a defesa de ZE ALFREDO impetrou ordem di a Corte Estadual, no qual pleiteou o trancamento da agao mara feng Tituse de Irnposebidede de se prolatar nova sentenga condenatéria em desfavor do paciente, tendo fa a ocorréncia it jt ic i { om vist o transito em julgado do acérdao absolutério proferido pela justiga -EMERJ - | | ! ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ~EMERJ- CURSO DE ESPECIALIZAGAO PROVA FINAL DE DIREITO PROCESSUAL PENAL QUESTOES OBJETIVAS CPV AB 12018 PROVA: 20/06/2018 MATRICULA: 3* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Assinale a op¢do correta no que se refere & execugao penal. a) Preso provisério que cometer fato tipificado como crime doloso enquanto estiver no estabelecimento prisional poder ser submetido a regime disciplinar diferenciado. b) E ato privativo do julzo da vara de execugdes penais aplicar as sangdes disciplinares de suspensdo de direitos e de isolamento na propria cela ao condenado que cumpre pena em regime fechado. ©) Compete ao juizo prolator da sentenga decidir os incidentes de detragao, remisséo e suspensdio condicional da pena. d) Ocorrendo abolitio criminis apés o transito em julgado da sentenga penal condenatéria, caberé a vara de execug6es penais competente, mediante revisdo criminal, conhecer e aplicar a lei mais benéfica. e) E cabivel recurso de agravo em execugdo, no prazo de dez dias, contra decisao do juizo da vara de execugao penal que negou pedido de conversao de pena privativa de liberdade em restritiva de direitos. 4" QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Em relagao a remig&o, é correto afirmar que a) © preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuard a beneficiar-se com a remigao. b) 0 tempo remido nao podera ser computado para a concessao de livramento condicional e progressao de regime. ¢) 0 condenado que cumpre a pena em regime fechado, semiaberto ou aberto Poderd remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execugdo da pena. d) 0 condenado que foi punido por falta grave no perderd 0 direito ao tempo remido Por constituir direito adquirido do preso. Entretanto, ficard prejudicado o requisito subjetivo necessario para a concessao de beneficios. _ €) as atividades de estudo, no ensino fundamental, no ensino médio, inclusi Profissionalizante, ou no ensino superior, deverao ser desenvolvidas de forma presencial ¢ certificadas pelas autoridades educacionais competentes dos cursos frequentados. -EMERJ - 5* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Acerca do trabalho do condenado e da remigéo, assinale a opgao correta segundo a LEP e o entendimento do STJ. a) O STJ sedimentou 0 entendimento de que é vedado 0 trabalho extramuros a0 condenado em regime fechado, mesmo mediante escolta. b) Aquele que estiver cumprindo pena privativa de liberdade ou que estiver preso provisoriamente sera obrigado a trabalhar na medida de suas aptidées e capacidade. ©) A decisio que concede a remigao na execucdo penal tem carater meramente declarativo. Assim, o abatimento dos dias trabalhados do restante da pena a cumprir fica subordinado a auséncia de posterior punig&o pela pratica de falta grave. d) A remigéo, cuja aplicagao restringe-se exclusivamente ao trabalho interno, é uma recompensa aqueles que procedem corretamente e uma forma de abreviar 0 tempo de condenagao, estimulando o préprio apenado a buscar atividades laborativas licitas e educacionais durante o seu periodo de encarceramento. : e) O condenado que executar tarefas como prestagdo de servigo @ comunidade devera ser remunerado mediante prévia tabela, néo podendo sua remuneragao ser inferior a um salario minimo. 6* QUESTAO: (Valor - 0,5 pontos) Com base no entendimento pacificado dos tribunais superiores, é correto afirmar que © excesso de linguagem comprovadamente existente na decisao de prontincia ocasiona a) a proibicéo da entrega de copia da decisdo de prontncia aos jurados que eventualmente a requisitarem. b) a nulidade absoluta da deciséo de pronincia e dos atos processuais ‘subsequentes, independentemente de demonstragdo de prejuizo causado ao réu. c) a nulidade relativa da decisdo de pronincia e dos atos processuais subsequentes, se demonstrado prejuizo ao réu. d) a proibigao da leitura da decisdéo de prontincia pela acusagéo durante o julgamento no plenario do juri, para evitar que os jurados sejam influenciados. e) o desentranhamento e envelopamento da deciséo de prontincia, providéncia adequada e suficiente para cessar a ilegalidade e contemplar o principio da economia Pprocessual. PROVA FINAL - CPV-AB 20/06/2018 QUESTAO RETIRADA DA PROVA REGULAR - CPV-C- 1°2016 Tema 03 — Da remigdo. Requisitos, Efeitos. Perda dos dias remidos. Ampla Defesa Contraditério. Jurisprudéncia. Do livramento condicional. Conceito ¢ nogio. Pressupostos. Condigdes do livramento. Suspensto e revogagio. Da execugo das penas restritivas de direito, Generalidades. Alteragdio da forma de cumprimento das penas de prestagio de servigos. scrigho do cas retor Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de ROMERO ROMULO contra ato do Tribunal de Justiga do Rio de Janeiro que denegou a ordem em que pretendia cassar a decisaio que indeferiu a remigdo da pena do paciente pelo trabalho. Sustenta 0 impetrante que o paciente teve o pedido de remigio negado em razo de o trabalho desenvolvido ter sido prestado fora do ambiente carcerério, 0 que caracteriza constrangimento ilegal, pois esto preenchidos os requisitos exigidos pela Lei de Execugdo Penal para que beneficio se concretize. Em razio disso, postula a concessto da ordem para que seja reconhecida a remigdo da pena nos moldes preconizados na Lei 7.210/84. Considerando a situago hipotética acima descrita, esclarega se a ordem deve ser concedida, abordando, para tanto, o posicionamento do Superior Tribunal de Justiga acerca do tema, Resposta: Stimula 562 do STJ: "E possivel a remigdo de parte do tempo de execucdo da pena quando o condenado, em regime fechado ou semiaberto, desempenha atividade laborativa, ainda que extramuros." "RECURSO ESPECIAL. PROCESSAMENTO SOB 0 RITO DO ART. 543-C DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL. RECURSO REPRESENTATIVO DA CONTROVERSIA. EXECUGAO PENAL. APENADO EM REGIME SEMIABERTO. REALIZACAO DE TRABALHO FORA DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL. REMICAO DE PARTE DA PENA, POSSIBILIDADE. RECURSO NAO PROVIDO. 1, Recurso Especial processado sob o regime previsto no att. 543-C, § 2°, do CPC, cle o art. 3° do CPP, e na Resolugdo n. 8/2008 do STJ. TESE: £ possivel a remicio de parte do tempo de execucio da pena quando o condenado, em regime fechado ou semiaberto, desempenha atividade Jaborativa extramuros. 2. O art. 126 da Lei de Execuedo Penal nfo fez nenhuma distinedo ou referéncia, para fins de remicko de parte do tempo de execucio da pena, quanto 20 loeal em que deve ser desempenhada a atividade laborativa, de modo que se mostra indiferente o fato de o trabalho ser exercido dentro ou fora do ambiente carcerdrio, Na verdade, a lei exige apenas que o condenado esteja cumprindo a pena em regime fechado ou semiaberto, 3. Se o condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto pode remir parte da reprimenda pela frequéncia @ curso de ensino regular ou de educago profissional nao ha razbes para no considerar o trabalho extramuros de quem cumpre eee ee como fator de contagem do tempo para fins de remigo, as ao ; mmenagem, sobretudo, ao principio da legalidade, nfo cabe testrinoi concessio de remi 2 NAO cabe restringir a futura igo da pena somente aqueles que prestam servico nas dependéncias do an eral PROVA FINAL ~ CPV-AB 20/06/2018 estabelecimento prisional, tampouco deixar de recompensar 0 apenado ques cumprindo a pena 10 regime semiaberto, exerga atividade laborativa, ainda que extramuros. 5. A inteligéncia da Lei de Execugdo Penal direciona-se a premiar © apenado que demonstra esforgo em se ressocializar e que busca, na atividade laboral, um incentivo maior & reintegragdo social ("a execugo penal tem por objetivo efetivar as disposig6es de sentenga ou decisto egiminal e proporeionar condigBes para a harménica integraglo social do condenado € do interado" - art. 1°). 6A ausdnela de distinco pela lel para fin de remicio, quanto espéele ou ao local ema S.A alstbaiho é realizado, espetha a prdpria fancko ressoclalizadora da pena, inserindo ave fenado no mercado de trabalho ¢ no préprio meio social, minimlzando suas chances de recidiva delitiva, shanentes, por deficiéncia estrutural ou funcional do Sistema Penitenciério, as condigdes que permitam a oferta de trabalho digno para todos os apenados apros A atividade laborativa, nfo se hé de impor ao condenado que exerce trabalho extramuros os Onus decorrentes dessa ineficiéncia. a supervisio direta do préprio trabalho deve ficar a cargo do patrto do apenado, cumprindo & administragSo carcerdria a supervisio sobre a regularidade do trabalho. 5, Uma vez que 0 Juizo das Execugdes Criminais concedeu ao recorrido & possibilidade de realizagio de trabalho extramuros, mostra-se, no minimo, contraditério o Estado-Juiz permitir a realizagao dessa 5 idade fora do estabelecimento prisional, com vistas & ressocializago do apenado, ¢, 30 mesmo tempo, ilidir 0 beneficio da remiga0. 10. Recurso especial representativo da controvérsia nfo provido.” grifet (STJ. Terceira Secdo, Resp 1.381.315/RJ. Relator Ministro Rogerio Schietti Cruz. Julgamento em 13/05/2015). para fins de remigo pelo trabalho, ndo diferencia a Lei de Execugtio Penal se a hipétese ¢ de trabalho intemo ou de trabalho externo, Nesse sentido, aliés, € a orientaglo reiterada do Superior Tribunal de Justica, entendendo que "a ‘nica imposigdo contida no art. 126 da Lei de Execugées para a concessto da remigfo € a de que o condenado cumpra pena em regime fechado ou semiaberto, nada explicitando acerca do local desse trabalho. Logo, possivel a remigdo da pena naqueles casos em que 0 preso trabalhe fora do estabelecimento prisional” {AVENA, Noberto, Execueio Penal esquematizado, 2 ed, rev. ¢ atual, Rio de J: Forense, So Paulo: Método, 2015, pag. 261). PROVA FINAL - CPV-AB 20/06/2018 QUESTAO RETIRADA DA PROVA REGULAR - CPV-B - 19/2016 Tema 07 - Teoria geral das nulidades, Evolugio da teoria das nulidades. Invalidade e ineficdcia dos atos processuais. Formas e atipicidade dos atos processuais, Principios Constitucionais e a ineficdcia dos atos processuais. Sistemas de nulidades no proceso penal. Momento de reconhecimento. Formas de arguicao. Efeitos. Descricdo do caso concreto: ZE ALFREDO, militar, foi denunciado, entre outros corréus, perante a Justiga Estadual, e condenado como incurso nas sangdes dos arts. 159, §1°; 180, caput; 288, paragrafo tinico, e 317, §1°, todos do Cédigo Penal, & pena privativa de liberdade de 20 anos de reclusdo, além do pagamento de 50 dias-multa. Interposto recurso de apelagao pela defesa, o Tribunal a quo deu provimento ao apelo, absolvendo ZE ALFREDO da condenagao que Ihe fora imposta por infragao aos arts. 159, §1°; 180, caput, e 288, paragrafo tnico, todos do Estatuto Repressivo, com fundamento no art. 386, VI, do Cédigo de Processo Penal. Neste interregno, o Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ordem em habeas corpus, impetrada por um dos corréus, anulou parcialmente o processo e declarou a incompeténcia da Justiga comum, com excegdio do delito de associagdo criminosa, para julgar os crimes militares, determinando a extensdo da ordem aos demais corréus militares. Em consequéncia, nova denincia foi ofertada perante a Justica Militar do Estado, imputando a ZE ALFREDO os delitos previstos nos arts, 244, §1°; 319; c/c art. 70, Il, "g" e "I", e 53; nos arts. 308, §1°; e 324, todos do Cédigo Penal Militar. A denincia foi recebida pelo Juiz Auditor Militar. Tnconformada, a defesa de ZE ALFREDO impetrou ordem de habeas corpus perante a Corte Estadual, no qual pleiteou o trancamento da aco penal, em virtude da impossibilidade de se prolatar nova sentenga condenatéria em desfavor do paciente, tendo em vista a ocorréncia do transito em julgado do acérdao absolutério proferido pela justiga comum, Considerando a situag4o hipotética acima descrita, esclareca se a ordem deve ser concedida, abordando, para tanto, o posicionamento doutrindrio e © jurisprudencial acerca do tema. Resposta: "CRIMINAL. RHC. EXTORSAO MEDIANTE SEQUESTRO, CORRUPCAO PASSIVA E PREVARICACAO. MILITAR. AR. CONDENACAO PERANTE A JUSTICA COMU! ESTADUAL, ABSOLVICAQ DECORRENTE DE RECURSO DE APELACAO. TRANSITO EM JULGADO. INEXISTENCIA. ANULACAO PARCIAL DO PROCESSO DETERMINADA PELO STF. INCOMPETENCIA ABSOLUTA. NOVA DE) QEERTAD A A JUSTICA, MILITAR. TRANCAMENTO DA ACAO PENAL. MIOLACAQ AQ PRINCIPIO NE REFORMATIO PEJUS INDIRETA, INOCORRENCIA. RECURSO DESPROVIDO, = . I. Hipotese em que o recorrente, militar, foi processado Perante a Justi a 5 ica Comum do Estado do Mato Grosso do Sul, vindo a ser condenado em primei jurisdi i rela Tbical easton ecires sonny Primeiro grau de jurisdic&o e absolvido IL, Anulacéo parcial do proceso por incompeténcia absolut; Orgao julga r determinacdo de Supremo Tribunal Federal, antes do chat ee fans ee absolutério, tendo sido ofertada nova denincia perante a Justica Militar Estadual, PROVA FINAL - CPV-AB- 20/06/2018 renal IIL. Tendo a Suprema i anteriormente & publicagdo do iprema Corte anulado parcialmente 0 processo 7 Beériio pproferido pelo Tribunal a quo em grau de apelagdo, nfo hé que $e falar em transito €m julgado do aresto. » Ty geatde 3 ESO vento i consolidado nesta Cort, endo desretada a mulidade 20 Peer ee tpeténcla absoluta do Juizo, due pode ser reconhesida em duet ee Processo por eam pe igdo, o novo decisum a ser proferido pele Orso indicante ‘competente nao estd adstrito ‘20 entendimento firmado no julgado anterior. \V. Violagdo ao prinefpio ne reformatio in pejus indireta que nflo se reconhece. VI. Recurso desprovido.” 2 vinta Turmas RHC 16.485MS, Relator Ministro Gilton Dipp, Jalgaments em 16/12/2004), ‘Trecho do voto-vista do Ministro Arnaldo Esteves Lima hee tida como minoritéria, encontramos a posig&o do saudoso Ministro ASSIS BLED. que, no julgamento do Resp 66.081/SP, exarou 0 voto condutor do acérdao ne wottlo de que "(.) Nao ha que se falar em reformatio in peius indireta quando o processo é semlado, em virtude de incompeténcia absoluta do Juizo, ainda que em sede de recurso ai asivo da defesa. Seria uma aberratio iuris, como consta de votos proferidos no RE 87.394 GAT) 881.018), admitirse que a sentenga mula de juiz incompetente, mesmo depois de gnulada, continuasse limitando 0 pleno exercicio da jurisdigao por parte de juiz competente” (Resp 66.081/SP, Rel. Min, ASSIS TOLEDO, DJ 26/2/1996, p. 4.038). Penso que assiste razo aqueles que integram essa segunda corrente, que também ja encontrou amparo na jurisprudéncia menos recente do Supremo Tribunal Federal, segundo a qual "(..) ‘Anulado por vicio formal o processo penal, e com ele a sentenga condenatéria transitada em julgedo para a acusagdo, nio pode o acusado, na renovagio do processo, vir a ser condenado a pena maior do que aquela que Ihe imputou a sentenga anulada. Ressalva, em termos, da hipétese de incompeténcia absoluta’ (RE 87.394/RI, Rel. p/ acérdio Min. XAVIER DE ALBUQUERQUE, DJ 28/12/1978). Minha filiagdo a essa posigdo decorre do fat de que a incompeténcia em razio da pessoa (ratione personae) ou da matéria (ratione materiae) & de caréter absoluto, motivo pelo qual pode ser alegada ou reconhecida de oficio a qualquer momento e em qualquer grau de jurisdicdo, impondo a anulag&o do processo desde o seu inicio (ab initio), Em outras palavras, declarada a incompeténcia absoluta do Juizo em razdo da pessoa ou ‘da matéria, os atos processuais praticados, em especial os decisérios, deixam de existir, tendo em vista que estes nem mesmo podem ser ratificados pelo Juizo competente, razio pela qual nfo hé como agravar uma situacio inexistente, sem qualquer validade para a ordem juridica, tendo em vista a necessidade de nova decisio relativa ao recebimento da dentincia pelo Juizo declarado competente, com a renovacso da fase instrutéria, na qual novas provas poderdo ser produzidas até a prolacdo da sentenca valida." "HABEAS CORPUS. SENTENCA ABSOLUTORIA PROFERID, MA POR ABSOLUTAMENTE INCOMPETENTE. OCORRENCIA DE TRANSITO EM TULGADO. a EEEORNaTS) IN PEJUS. ORDEM CONCEDIDA. , |. De acordo com a jurisprudéncia deste Superior Tribunal de Justi 1 i a de incompetéci pine ie a se enquadra nas hipéteses de nulidade abeolta ‘omens wvia, a sentenga prolatada por juiz absolutamente incoi ; ‘transitar em julgado, pode acarretar o efeito de tornar definitiva eabsolvigae ese a PROVA FINAL — CPV-AB 20/06/2018 a Vez que, apesar de eivada de nulidade, tem como consequéncia a proibiglo da reformatio in Pejus, oo a 2. O principio ne reformatio in pejus, apesar de nfo possuir caréter constitucional, fe parte se ordenamento juridico complementando o rol dos direitos € garantias individuais jé previs na Constituigio Federal, cuja interpretagto sistemética permite a conclusto de que a Magna Carta impde a preponderincia do direito a liberdade sobre o Juiz natural. Assim, somente se admite que este tltimo - principio do juiz natural - seja invocado em favor do réu, nunca em seu prejuizo. : : 3. Sob essa ética, portanto, ainda que a nulidade seja de ordem absoluta, eventual reapreciagfo da matéria, nfo poderd de modo algum ser prejudicial ao paciente, isto é, a sua liberdade, N4o se trata de vinculago de uma esfera a outra, mas apenas de limitagiio incipiolégica. : : 4 Ordem concedida para tomar sem eftto a decisto proferida nos autos da aco penal que tramita perante a 1* Vara Federal da Sego Judicidria da Paraiba.” grifei : (STS, Sexta Turma, HC 146.208/PB, Relator Ministro Haroldo Rodrigues, Julgamento em 04/11/2010), "Ladro outro, caso a deciséo tenha sido proferida por juizo absolutamente incompetente, é importante saber, a priori, se se trata de deciséo absolutéria, ou de decisio condenatéria ou absolutéria imprépria. Deciso absolutéria ou extintiva da punibilidade, ainda que prolatada com suposto vicio de competéncia, é capaz de transitar em julgado e produzir efeitos, impedindo que o acusado seja. novamente processado pela mesma imputagdo perante a justica competente, De fato, nas hipoteses de sentenga absolutéria ou declaratéria extintiva da punibilidade, ainda que roferida por juizo incompetente, como essa deciso nfo é tida por inexistente, mas sim como nula, € como 0 ordenamento juridico nfo admite revisdo criminal pro societate, no ser& Possivel que o acusado seja novamente processado Perante o juizo competente, sob pena de violagdo ao prinefpio do ne bis in idem, o qual impede que alguém seja processado duas vezes Pela mesma imputagio. Esse principio, cabe lembrar, restou consagrado na Convengiio Americana sobre Direitos Humanos: o acusado absolvido por sentenca passada em julgado do poderd ser submetido a novo processo pelos mesmos fatos (Dec. 678/92, art 8, n° 4 (LIMA, Renato Brasileiro de, Manual de Processo Penal, 3 ed, tual, Bahia: Editora JusPodivm, 2015, pag. 335), “Tosesse Renal 3.04 revs ampl, © atual, Bahia doce: WZ tuna. 7 Distnas UP Hduestions_ O2 voor da quoter 4 i [ica wn Tl Anoamg Pwo Pontos. \ PROVA FINAL - CPV-AB 20/06/2018 QUESTAO RETIRADA DA PROVA REGULAR - CPV-A- 1°2016 © Tema 01 Assinale a opsdo correta no que se refere & execugdo penal. isbri ‘pi ime doloso enquanto estiver no 1) Preso provisério que cometer fato tipificado como crime doloso enqi cjapetetenta pisional poderd ser submetido a regime disciplinardiferenciado, | b) E ato privativo do juizo da vara de execugdes penais aplicar as sangSes disciplinares de suspensto de direitos ¢ de isolamento na prépria cela ao condenado que cumpre pena em jime fechado. eee ; 6) Compete 20 julzo prolator da sentenga decidir os incidentes de detragio, remiss © dio condicional da pena. ‘ @ Ocorrendo abolitio criminis apés 0 trinsito em julgado da sentenga penal condenatéria, Gaberd a vara de execugSes penais competente, mediante revisdo criminal, conhecer ¢ aplicar a lei mais benéfica, : ; ¢) E cabivel recurso de agravo em execugo, no prazo de dez dias, contra decis4o do juizo da vara de execugo penal que negou pedido de converstio de pena privativa de liberdade em restritiva de direitos. (2015 - CESPE - TJ-DFT - Juiz de Direito Substituto) art. 66, I; art. 197 c/e RESPOSTA: LETRA A - art. 52; art. 47; art. 66, III, "c"' e " art. 66, V, "c", LEP c/e art. 586, CPP. QUESTAO RETIRADA DA PROVA REGULAR - CPV-B - 19/2016 © Tema 03 Em relagdo a remigao, ¢ correto afirmar que a) 0 preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuaré a beneficiar-se com a remigo. b) o tempo remido nao poderé ser computado para a concessio de livramento condicional e progressdo de regime. ¢) 0 condenado que cumpre a pena em regime fechado, semiaberto ou aberto poderd remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execuo da pena. do ssa ae fi panido por falta grave nfo perderé o direito ao tempo remido por constituir direito adquirido do preso. Entretanto, ficaré prejudicado isi jet necessario para a concessdo de beneficios. ms eee ) as atividades de estudo, no ensino fundamental, no i lio, i i _ ativi do, e b ensino médio, inclusive profissionalizante, ou no ensino superior, deverdo ser desenvolvidas de forma presencial ¢ certificadas pelas autoridades educacionais competentes dos cursos frequentados, (2015 - FUNIVERSA - Secretari 5 i i ene aN ia da Crianga - DF - Especialista Socioeducative - Direito RESPOSTA: LETRA A - art, 126, § todos da Lei 7.210/84, 5 art. 1285 ar. 126, eaputs art. 1275 art, 126, §24, PROVA FINAL - CPV-AB 20/06/2018 QUESTAO RETIRADA DA PROVA REGULAR - CPV-C -1°/2016 © Tema 03 ‘Acerca do trabalho do condenado e da remigao, assinale a opgao correta segundo a LEP € 0 entendimento do STJ. a) O STY sedimentou o entendimento de que é vedado 0 trabalho extramuros 20 condenado ‘em regime fechado, mesmo mediante escolta. . . by Aquele que estiver cumprindo pena privativa de liberdade ou que, estiver Preso isori é obrigado a trabalhar na medida de suas aptiddes e capacidade. ede a remigdio na execugéo penal tem cardter meramente declarative. 'A decisiio que conc i ©) A decisto q da pena a cumprir fica subordinado a Assim, 0 abatimento dos dias trabalhados do restante ‘auséncia de posterior puni¢go pela pratica de falta grave. . d) A remigio, cuja aplicagdo restringe-se exclusivamente ao trabalho interno, é uma vocmpensa’ Agueles que procedem corretamente ¢ uma forma de abreviar o tempo de Tendenagdo, estimulando o proprio apenado a buscar atividades laborativas licitas ¢ educacionais durante o seu perfodo de encarceramento. ; ©) 0 condenado que executar tarefas como prestagéo de servigo & comunidade deverd ser C2 munerado mediante prévia tabela, no podendo sua remuneragao ser inferior a um salério minimo. (2015 - CESPE - DPE-RN - Defensor Piiblico Substituto) rt. 30, RESPOSTA: LETRA C - art. 31, caput e pardgrafo tinico; art. 126, caput ¢ §8°5 todos da Lei 7.210/84. "CRIMINAL. HC, HOMICIDIO QUALIFICADO. EXECUCAO DE TRABALHO EXTERNO. REQUISITOS LEGAIS. VIGILANCIA DIRETA, POR ESCOLTA. DESIGNACAO DE POLICIAL. —_IMPOSSIBILIDADE _PRATICA. INCOMPATIBILIDADE ENTRE O TRABALHO EXTERNO E A NECESSARIA VIGILANCIA. INTERPRETACAO SISTEMATICA DA LEI. FREQUENCIA A CURSO DE NIVEL SUPERIOR. IMPOSSIBILIDADE PELAS MESMAS RAZOES UTILIZADAS AO EXERCICIO DE TRABALHO EXTERNO. PROGRESSAO DE REGIME. LEI N° 8.072/90. CONSTITUCIONALIDADE. INEXISTENCIA DE OFENSA AO PRINCIPIO DA INDIVIDUALIZACAO DA PENA. ORDEM DENEGADA. L. Nao obstante esta Corte ja ter decidido pela possibilidade de concessio de trabalho externo a condenado em regime fechado, tem-se como indispensavel, 4 concessio da benesse, a obediéncia a requisitos legais de ordem objetiva e subjetiva, além da vigilincia direta, mediante escolta. IL Sobressai a impossibilidade pratica de concessio da medida, se evidenciado que nao h4 como se designar um policial, diariamente, para acompanhar e vigiar 0 preso durante a realizagio dos servicos extramuros. IL. Tampouco se pode alegar que a Lei n.° 8.072/90, a0 nao proibi Iégica de uma interpretagao sistemdtica que, devidamente procedida, la incompatibilidade entre a execugio de trabalho externo ora tratado ¢ a nevessaria vigilincia, indispensivel & concessio do beneticio, aeaareceseaia PROVA FINAL - CPV-AB 20/06/2018 IV. Revela-se igualmente incompativel a saida do paciente do cércere para assistir As aulas na Universidade, posto que o Estado néo teria condigdes de proceder & necessiria fisealizagio do cumprimento da pena que Ihe foi imposta pelo cometimento de crime classificado como hediondo. V. A condenag&o por homicidio qualificado, delito elencado como hediondo pela Lei n° 8.072/90, deve ser cumprida em regime integralmente fechado, vedada a progressio, ‘VI. Constitucionalidade do art. 2°, § 1°, da Lei dos Crimes Hediondos jé afirmada pelo STF. VIL A vedagao de progressiio de regime prisional institufda pela Lei n° 8.072/90 no ofende ao Principio Constitucional da Individualizagio da Pena. Precedente. VIII. Ordem denegada." (STU. Quinta Turma, HC 44369/DF. Relator Ministro Gilson Dip. Julgamento em 13/09/2005). QUESTAO RETIRADA DA PROVA DE. SEGUNDA CHAMADA - CPV-ABC - 1°/2016 « Tema 07 Com base no entendimento pacificado dos tribunais superiores, & correto afirmar que 0 excesso de linguagem comprovadamente existente na decisto de proniincia ocasiona a) a proibigdo da entrega de cépia da decisio de proniincia aos jurados que eventualmente a requisitarem. b) a nulidade absoluta da decisio de promincia e dos atos processuais subsequentes, independentemente de demonstrago de prejuizo causado ao réu. ©) a mulidade relativa da decisto de pronincia e dos atos processuais subsequentes, se demonstrado prejuizo ao réu. d) a proibigio da leitura da decisto de promtincia pela acusagdo durante 0 julgamento no plendrio do ji, para evitar que os jurados sejam influenciados. ©) o desentranhamento e envelopamento da decisao de prontincia, providéncia adequada e suficiente para cessar a ilegalidade e contemplar o principio da economia processual. (2016 - CESPE - TJ-AM - Juiz Substituto) RESPOSTA: LETRA B. “RECURSO ORDINARIO CONSTITUCIONAL EM HABEAS CORPUS - EXCESSO DE LINGUAGEM NAPRONUNCIA - ENVELOPAMENTO - INSUFICIENCIA. Reconhecido 0 excesso de linguagem dapronincia, causa de nulidade absoluta, cumpre anuli-la, determinando-se que outra seja prolatada, nfo sendo suficiente o desentranhamento e o envelopamento da decisio, em atencio a0 parégrafo dnico do artigo 472 do Cédigo de Processo Penal e 4 vedagiio aos pronunciamentos ocultos." (STF. Primeira Turma. RHC 127.522/BA. Relator Ministro Marco Aurélio. Julgamento em 18/08/2015). five Pina. voor: I Tame} : rR

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