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A, Iza Martins. Por que avaliar? Como avaliar?. Critérios © 1O-ed. Petropolis: Vozes, 2004, (p.13-39 da Introdugao a5. -valiagao) AVAHIAR? OTTO INSTRUMENTOS Intropucio ——aes JUSTIFICATIVA POR QUE AVALIAR ‘Temos questionado centenas de professores sobre o tema avaliagio; 0 mesmo procedimento tem sido tomado com alu- nos de diferentes nfveis de ensino, Todos unanimemente con- cordam quanto a sua necessidade, mas ao mesmo tempo comentam,spbre sua complexidade. Tanto educadores quanto ‘educandos reconhecem o significado de valorar-os resultados ou suas expectativas, seja qual for o aspecto da vida em que estejam eavolvidos. Estamos empenhados em detectar quais as 13 melhores razOes que justificam a inclusio da avaliaglo na instituiggo escolar, e conclufmos: — A melhoria da instrugdo est4 condicionada a uma avalia- ‘fo eficiente e eficaz da organizagao; —O desenvolvimento pessoal sé se concretizaré se how pardmetros que incentivem e motivem o processo de eresct: - mento. COMO AVALIAR E indispensével verificar a extensio das capacidades aprendidas, ou seja, confirmar a aprendizagem do estudante. Embora possamos contar com’uma tecnologia avangada, ainda A interagio do educando com o grupo é fator primordial para que ocorra a aprendizagem. Ndo é fator preponderante, porém, para que se estabelega um prognéstico avaliativo, sen- ‘do mesmo condendvel estabelecer comparagdes do aluno com: © grupo € niio consigo proprio. A avaliagdo dos resultados imediatos da aprendizagem devem ser expressos, segundo nossa reflexao critica, por pala- vras que expressem amor, fé, incentivo, coragem, e nfo rétulos, agressées, muros, grilhdes, prises que impegam 0 individuo de continuar aprendendo, criando, realiizando, realizando-se, A Norifieapio dot resultados se Procestard amvés do vés de palavras cujas conolagbes sejam iguais para aluno a 14 orb tsgughahoot pemeeiaecaceeeetiazoat seguir em termos de \ noveas 1a vie ecua ties, pea oporamidede ue ave de ser al, ccumprindo minha missd0? Eu mudei alguma coisa? Meu aluno ¢ capaz de mudar seu nna educago para a vida, ou melhor, n: © professor precta eo convencer de que € umn gut, um carrasco, ¢ ter humildade para admitir o que diz 2 Call Rogers: “Ninguém jamais ensinou nada a ninguém”. O aluno _ porn par mer © sentimento de realizagao. 0 anerto 6 importante, mae 6 frecageo também, E preciso, com 0s objetivos: Shaver realmente progesso eo sluno vir 05 resultados de seus esforgos. 15, preciso se usar menos a palavra ndo em sala de aula. A auto-imagem s6 seré melhorada se houver auto-estima, se 0 professor orientar 0 aluno para que seus esforcos redundem em A desaprovagio constante & a responsAvel pelo fracasso € evasfio escolar. Nentium grande cientista fez suas descobertas ° sem ter antes fracassado em centenas, talvez milhares de + expetimentos. i oy, izagio. 50 Ro potencial do aluno e darlhe liber- dade para aprender. Se 0 sébio italiano Galileu Galilei,’ no século XVI, desacreditado por seus colegas da Universidade de Pisa, nfo os desafiasse deixando cair dois corpos da Torre inclinada de Pisa, provando que uma pedra pesada e uma leve cafam no mesmo intervalo de tempo, nao terfamos o marco que deu infeio A fisica modema. cee ve desvalori: medo do professor, dos p: ia pel mentos de avaliagio comunicagao, tanto \ i tentando enfatizar, isto sim, a necessidade de o educador conhecer e utilizar uma tecnologia de comunicagdo capaz de reswitados condizentes com 6 seu comprometimento como profissional da-educagao. UceSsO E8C 0 escolar,’ Nao estou tié referindo ao uso de E UTIL SABER Avaliar € 1) Ver se valeré a pena! 2) Ver se vale a pena! 3) Ver se valeu-apena! Avaliar no ¢ rotuar alguma coisa e muito menos alguém! Avaliar 6 atribuirumvalort . 16 podem ser resolvidos se a linguagem da su ins Para avaliar podemos usar instramentos que testem. / © perigo esté em que os parametros sejam estabelecidos por \ teteeiros, ¢ no pelo préprio interessado. B estranho, mas em pleno séciilo XX hé quem case-com’a pessoa que os pais querem, comem num restaurante a comida gue outro escolheu, buscam uma profissiio porque dé status, ‘Avaliar implica numa interago plena com a coisa desejada para assumi-la ou rejeité-Ia. vidual, deve ser um prémio, uma gratificago para o agente da aprendizagem ¢ também para 0 professor, sendo inclusive 0 motor de partida, ‘Comparando com um time de futebol ou qualquer outro esporte, o participante ¢ avaliado individualmente e também a conceito, apenas so emitidos pareceres. Creio que a escola deverd se inspirar no exemplo ¢ atribuir ‘9s resultados apenas respeitando algo como: — Parabéns, voce 6 um vitorioso; ~ Parabéns, porém reveja tais contetdos; ou, 17 / Tudo na vida é avaliado, consciente ou inconscientemente;_ = Vocé precisa retomar as metas estabelecidas. Conte comigo para ajudé-lo etc. ‘Cada caso € um caso, cada aluno um mundo, cada profes- sor um mestre. ‘Vamos pensar sobre isto um pouco mais? ‘Vamos tomar decisées? ‘Vamos fazer da avaliago um motivo de satisfagfo, de alegria? Poucos educadores imaginam 0 que pode ocasionar 0 resultado de uma avaliagio: ~‘Tenho conhecimento de adolescentes que se mataram por terem sido reprovados (no Brasil). = No Japio a competigao tem levado muitos escolares a0 suicidio. E isto que descjamos? —‘Tenho percebido que muitos professores aprovam alunos sem pré-requisitos, enquanto outros reprovam por décimos, alunos com embasamento. ‘Temos feito experiéncias com nossos alunos e, através de -estagirios, com turmas e/ou alunos considerados irrecuperd- veis, incompetentes etc. Nés os convidamos a estabelecer um pacto. Os que acei- tarem deverdio observar os seguintes pressupostos: ~ Elogiando o aluno oralmente € por escrito toda vez que tiver sucesso num empreendimento. ~ Nao ridicularizar 0 aluno que nfo logrou éxito e incen- tivé-lo a buscar outros meios de estudo, inclusive sugerindo estratégias alternativas, ‘Nao conhecemos nenhum génio que tenha realizado uma ou mais experiéncias ¢ que tivesse atingido 0 objetivo sem dedicagao ¢ esforgo. ‘Tomas Edison respondeu numa ocasigo que cle nfo teve (999 fracassos antes de criar a lampada elétrica, que apenas teve 999 diferentes experiéncias, que foram exclufdas da feta que buscava atingir. say 18° ee do-se mutuamente. ~ Propicie condigbes de alegria na realizagio das tarefas. ‘Ao Iniciar cada novo perfodo de aula convide os alunos para — Deficientes podem aprender, apesar da limitagdio fisica. Logo, meus alunos podem muito mais. O sorriso, as palavras de amor melhoram as criangas. Uma crianga criada com crftica ou mentiras, também vai ser negativamente critica e mentirosa, — 0 comportamento da crianga vai ser o reflexo do lare da escola, —Nao hé crianga-problema, hé pais-problerna. —O mestre inteligente educa com amor, o tolo implanta a revolta com reclamagoes. — O importante nfo é a perfeigao dos trabalhos, e sim satisfagio da consciéncia. : Tivemos imimeros casos de alunos/mestres que supera- ram um problema ou aparente limitagdo de aprendizagem com a aplicagao desta sistemética. Houve uma ocasigo em que uma aluna cra rejeitada pela turma, pois s6 costumava assinar nos trabalhos de grupo. Por ser mae de uma crianga deficiente, sofria muito com isto. Conversamos com ela, dizendo-lhe: ~ Vocé est4 aqui e agora. Logo, decida-se: quer permanecer na sala ou voltar para casa? ‘Corpo presente, mente ausente niio seryem para nada. Voce se sente feliz. sendo coitadinha? E assim por-diante. ‘Falamos ao grupo para que distribufase’as tarefas de forma eqiiitativa, ¢ que cada um exigisse owntéximo de si mesmo. 19 Resultado: no momento da avaliago essa moga agradeceu a equipe de trabalho por ter sido titil; acreditando antes e acima de tudo em si propria. Solicitamos voluntérios para um projeto: “Adote um alu- no”. A crianga adotada deveria demonstrar evidentes dificul- 3 alunos para “afilhados”. ‘Uma aluna-mestra escolheu um menino de 8 anos, cuja professora falava: este j4 perdeu o ano, cle ndo quer nada com nada; jé falei com os pais, inclusive avisando que ele ja esta A coordenagiio pedagégica, a equipe de orientadores edu- cacionais, todos tinham a mesma opiniiio que a professora, ‘Aaluna comegou ajudando-o nos deveres de casa. Depois elaborou com ele atividades de reforgo, o que fazia inclusive em sua casa, As aulas eram realizadas em forma de jogos. Alguns passeios foram realizados como prémio. Céda vez que atingia uma meta, a crianga era elogiada. Enfim, foi respeitada como ser humano, valorizada ¢ amada como filho de Deus. O resultado foi surpresa para todos os que tinham convicgfio de sua derrota. Este menino veio & faculdade onde trabalhamos. Foi uma das grandes gratificagdes que tivemos em nossa vida, Com os colhinhos brithantes nos mostrou seu boletim. Nés 0 abragamos -eagradecemos a Deus pela alegria que ele sentia. Hoje fazemos um convite no a uma turma de alunos, mas a todos os que realmente se consideram educadores: — Amem a seus alunos! — Amem 0 seu trabalho! ~ Améin a si préprios! ~ Aprimorem cada vez mais suas palavras € atos ¢ diga conosco: “Souum vencedor”. 20 PARTE I CONCEITOS O PROFESSOR E A AVALIACAO professor 6 um educador. Educagio é um ato essencial- mente humano. ‘O homem, porém, é um ser limitado, precisa do outro para viver, para se realizar, para constrair um “mundo melhor”, € este “mundo melhor” esté condicionado aos valores da socie- dade que 6 Hiomem construiu-e reconstr6i permanentemente, © educador seré um agente produtivo e renovador se trabalhar com o aluno, de forma a desenvolver integralmente suas capacidades, acreditando na existéncia de uma vitalidade interior que se direciona para 2 criatividade. X preciso, porém, admitir que a educagao esté relacionada as dimensoes biol6gicas, psicolégicas (cognitiva ¢ afetiva), sociais ¢ espirituais, e que estas ndo coabitam isoladamente, © sim de forma integrada, além de se manifestarem num fluxo global, somativo. ‘Queremios, com isso, dizer que a aprendizagem se processa por uma interagio do individuo que aprende com o objeto a ser ‘conhecido, 0 que ocorre pela ago do sujeito frente ao objeto. ‘Segundo Piaget, “no hé operagio sem cooperagiio”, oque indica a importancia da participagio dos colegas e do professor como problematizador. © professor organizaré as situagdes de aprendizagem, oportunizando contatodo alunocom o ambiente, de forma real, significativa. E preciso conhecer a clientela para utilizar téeni- cas de acordo com a realidade interna ¢ externa do sujeito. ‘A isto chamamos consirilivismo. A avaliagio consistiré em estabelecer uma comparayéo do que foi alcangado como ‘qué se pretende atingir. Estaremos avaliando quando estiver- 23 mos examinando 0 que queremos, o que estamos construindo © 0 que conseguimos, analisando sua validade ¢ eficiéncia (= méxima produg%o com um mfnimo de esforgo). A avaliagio nos df resposta a estas perguntas: ~Os objetivos foram alcangados? —O tempo previsto foi suficiente? ~O programa foi cumprido? (tarefa) ~ Outros objetivos foram alcangado§ de maneira indireta? O professor, ao avaliar, devers ter em vista 0 desenvolvi- ro. 4A avaliagdo também tem como pressuposto oferecer a0 professor oportunidade de verificar, continuamente, se as ati- vidades, métodos, procedimentos, discursos e técnicas que ele utiliza estiio possibilitando ao aluno alcance dos objetivos Propostos. Assim, o professor avalia a si, o aluno ¢, ainda, 0 processo ensino-aprendizagem. / ‘Também ao aluno devem ser oferecidas oportunidades de avaliar, no somente a si, mas o trabalho do professor ¢ as. atividades desenvolvidas. Mas, para acreditarmos na presenga do aluno no processo de avaliagio precisamos também acredi- tar que sua agio serd tanto mais produtiva quanto maior signi- ficago os objetivos tiverem para ele, levando-o a buscar meios de alcangé-los. Os alunos se sentirdo estimulados para novas aprendizagens 20 verificarem o aleance gradativo de seus objetivos. Jersild (1965, p. 8- auto-aceitagio do profe que a “autocompreensio ¢ a Paratanto€ necessério que 0 professor volt-se paradentro de si proprio, conhecendo-se, aceitundo-se, observando: 0“eu” fl aren diese ‘metas que serlo tingidad atravecr = “Da articulagio de toda a vida escolar em tomo da atividade dos alunos”: ~ Do privilegiar a evolugo s6cio-afetiva, caracterizada : ‘ : ituigdo de diferentes grupos de trabalho, responséveis coletivamente pela realizagao das tarefas escolares” (Cuidado sc., Paulo Freire, p. 112-14). Da avaliagio formativa que teré por pressuposto 0 acom- Fesponsévels, que através de uma participagio ativa e dislogo permanente buscargo defender resultados condignos com a edueagio dos novos tempos. + O ALUNO EA AVALIACAO Serd que o aluno reconhece para que serve a avaliag&o? Cremos que a percentagem das escolas que informa ao aluno seus objetivos dé para contar apenas usando os dedos das mos::~ Isto 6 profundamente lamentével. Seré que algum educador ja” foi encapuzado, obrigado a encontrar um caminho ou alcangar.”_* alguma coisa? 25 ‘Noentanto, 0 aluno, precisa, deve, ¢ cobrado de coisas que desconhece, que ndo sabe para que servem e que servirdo de prova de sua habilidade ou competéncia. Outro dia presenciei uma mie falar: fulano, pée 0 casaco. O rapaz, de 17 anos, pergunta: — Por qué? — Porque eu estou com frio; poe logo _ senio vais pegar um resfriado. O esposo desta mesma senhora,. = alto funcionério, foi viajar precisou telefonar para casa porque havia esquecido qual a camisa e a gravata que deveria usar no 3° dia. Sabem o que isto significa? Simplesmente que professor, pais, escola, enfim, todos os responsiveis pela educacio necessitam adotar métodos, tecnologias com- patfveis com valores definidos que favoregam o desenvolvi- mento pessoal. Sérgio Kieling argumenta: “Toda sociedade humana de- pende da educagio, assim como a educagao depende de todas. as dimensdes do ser humano. O trabalho em educagio, que «queira atingir a profundidade a ponto de contribuir para uma transformagio'da sociedade, precisa levar em conta essa di- mensio de totalidade. Recomendamos ao professor se basear no construtivismo em qualquer nivel, desde o pré-escolar até auniversidade.” Lembra Sérgio Frano que o construtivismo nao € um método ou um-conjunto de receitas para se dar aulas; é, sim, ‘uma teoria cientifica que explica 0 processo do conhecimento do ser humano, Jussara Hoffmann em sua obra Avaliagdo, Mito & Desafio, ‘efirma: “A fungio seletiva e eliminat6ria da avaliagio é res- a perspectiva de uma ritica ¢ responsAvel de todos na problematizagao das situagdes”, § fundamental ver o aluno como um ser social ¢ politico sujeito do seu proprio desenvolvimento. O professor nao pre- cisa mudar suas técnicas, seus métodos de trabalho; precisa, isto sim, yer 0 aluno como alguém capaz de estabelecer uma relacdo cognitiva afetiva com'oineio circundante, mantendo ‘uma ago interativa capaz. de uma‘transformagiio libertadora, 26 te ‘que propicie uma vivencia harmoniosa com a realidade pessoal social que 0 envolve. O aluno, a meu ver, € uma vitima. Os professores, em sua maioria, cansados, carentes finan- Fangs ‘Segundo Blodm) conforme as fungbes que desempenho, classiicarse'savaTiagio em trés{modalidades:] ABS YH DIAGNOSTICA ‘Visa determinar a presenga ou auséncia de conhecimentos ce habilidades, inclusive buscando detectar pré-requisitos para novas experiéncias de aprendizagem. Permite averiguar as causas de repetidas dificuldades de aprendizagem,.... ‘Apavtir dé uma avaliagao diagnéstica segura, providéncias para estabelecimento de novos objetivos, retomada de objeti- ‘Yos niio atingidos, elaboragdo de diferentes estratégias de reforgo (feedback), levantamento de situagses alternativas em termos de tempo e espaco poderdo e deverdo ser providericia- ‘9u quem sabe todos os estudantes to as habilidades e os contéddos que. A auto-avaliagio deverd estar presente, inclusive neste momento. Acreditamos, inclusive, que esta deverd serutilizada do 1® a0 3? grau, Atualmente ésta tem sido pouco explorada, e quando utilizada a tendéncia é de que alunos. brilhantes se atribuem ‘graus menos elevados-do que aquelés que nao adquirem 0 conhecimento ou habilidade almejada, . ~ Auto-avaliagtio ‘deve ser.uma aprendizagem jé explorada- ‘has séries iniciais para que, através da-educagao, o aluno seja- capaz dé parar, pensar, concluir € continuar a escalada do conhecimento com pés firmes, consci tindo seu proprio progresso. Afirma- sujeito, € ndo 0 objeto da ago educativa; no entarito, ele pr6prio nflo participa do:processo de, Sta avaliagdo, apenas reeebe, direta ou indiretamente, o resultado de sua vit6ria ou fracasso. E-the comunicada apenas a sentenga final. O diagnéstico se constitui por uma sondagem, projegao € beacon ds situagdio de desenvolvimento do aluno, dando- Ihe elementos para verificar o que aprendeu ¢ como aprendeu. £ uma etapa do proceso educacional que tem por objetivo verificar em que medida os conhecimentos anteriores ocorre- ram eo que se faz necessério planejar para selecionar dificul- dades encontradas. “Alunos ¢ professores, a partir da avaliagao diagnéstica de forma integrada, reajustardo seus planos de ago. Esta avaliago deverd ocorrer no infcio de cada ciclo de estudos, pois a varidvel tempo pode favorecer ou prejudicar as trajetérias subseqtentes, caso.ndo se faga tima reflex cons- tante, erftica, participativa: FORMATIVA ¥ realizada com 6 propésito de informar-o professor ¢ 0 aluno Sobre o resultado da aprendizagem, durante o desenvol- ‘vimento' das. atividades escolares. Localiza deficiéncias na ‘organizaco do ensino-aprendizagem, de modo a tar reformulagdes no mesmo e assegurat 0 alcance dos obj féctianiada formativa no sentido que indica como os alunos éstko se modificando em dirego aos objetivos. Paraque se processe aavaliagdo formativa deve-se observar: J) Selegto dos objetivas e contetidos distribufdos em pe- ‘quenas. unidades de ensino. As. tinidades, previstas deverio contar com’ participagio junos.,O aluno deverd no apenas conhecer, mas ver os Jos, para que se exigaje no processo: 2) Formutagio, de objetivos com vista a avaliaggo. em termos de comportamento observaveis, estabelecendo critérios de tempo, qualidade e/ou quantidade. 3) Blaboragdo de um quadro ou um esquema te6rico que permita a identificagto das éreas de maiores dificuldades. 4) Corresfo de ecros ¢ insuficincias para reforgo dos comportamentos bera-sucedidos ¢ eliminagao dos desacertos, assegurando uma étima seqliéncia do ensino-aprendizagem (feedback de. aglio). 5) Selegdo adequada de alternativas terapéuticas para aju- dar o aluno a se recuperar de alguma insuficiéncia no processo ensino-aprendizagem. Ex.: utilizagéo de estudos dirigidos que propicie revisio de pré-requisitos. Organizagfo de grupos de monitoria para assessoramento e elaboragao de atividades de reforgo, etc. 34. 6) Conforme Erica Grassau, para que se processe a avalia- elo formativa devernos: senut) SbF © ave 56 quer avaliar e para que servem os »_b)-Obter as evidéncias que descrevem 6 ‘everifo qué nos. interessa, @) Bstabelecer-os critérios ¢ os niveis de eficiéncia para’ comparar 0s resultados. 4d) Emitir um jufzo de valor que sirva de base para agdes foturas (Grassau 1975, p. 29). pan ee Amesma autora apiesenta as tarefas que devem ser desen- cadeadas para que o processo formative ocorra: * “1)Bspecificar 0 que desejaavalar.« 9 reno pi que 2° avalia.. " 2) Determitiar os objetivos que, se deseja alcangar. 3) Selecionar as variéveis relevantes. para se obter. win: iriformagao objetiva. eT i objetivos educacionais e estabelecer crité- ios para se emitirem jufzos valorativos. 5) Construir instrumentos para obter as informag6es. 6) Fixar uma améstra qué servird de ‘base para obter as informagées relevantes. 1) Processir ¢ analisar os dados coletados para obter informagBes que permitam um didgnéstico do que desejamos avaliar. 8) Tomar decisdes para executar a ago desejada (Grassa 1973, p. 30). eee SOMATIVA Sua fungo 6 classificar os alunos ao final da unidade, semestre ou ano-letivo, segundo niveis de aproveitamento apresentadios. 35 Segundo Bloom et alii, a avaliagio somativa “objetiva avaliar de maneira geral o grau em que os resultados mais amplos tém sido aleangados ao longo e ao final de um curso”. ‘No momento atual a classificagio do aluno se. processa segundo .o-rendimento aleangado, tendo por parimetro os Abjetivos previstos. __ Nossa opiniio é de que nfio-apenas os objetivos individuais devam servir de base, mas tambémi o rendimento apresentado pelo grupo. Por exemplo, se em.ntimero x de questdes a.classe toda ou uma percentagem significativa.de alunos nao corres- ponde aos resultados desejados, esta habilidade,-atitude ou informagiio deveria ser desconsiderada ¢ retomada no novo platiejamento, pois ficou-constatado que a aprendizagem nao ocorreu. | Conicluindo, a elassificagiio deve se processar conforme. parfmetros individuais’e grupais.. ORSETRYOS /FINKLEDADES (FUNCOES)pA avALIACAO “Tomando pot base a definig&6 de J.L. Mursell, “aavalisgio um sistema intencional ¢ discriminat6rio de verificaga0 que, ‘tem'por objetivo tornar a aprendizagem miaiscfetiva”, concluf- ‘mos que esta, como processo, objetiva melhorar a aprendiza- gem; a validade. deste posicionamento, embora parcial, € significativa quanto & énfase dada 2 avaliagio como processo educativo. * A importncia da avaliagio, bem como seus procedimen- tos, tém variado no decorrer dos tempos, sofrendo a influéncia das tendéncias de valorago que se acentuam em cada época, ‘em decorréncia dos desenvolvimentos da ciéncia e da tecnolo- gia. Considera:se a avaliagiio dos resultados do ensino-apren- dizagem de grande relevincia porque permite: 1) oferecer informagbes fundamentais para 0 processo de tomada de decisbes quanto ao curriculo; 2) melhoray o processo ensino-aprendizagem. 36 Segundo Robert Stalze (1967), a avaliagdo educacional tem seu aspecto formal e informal. © aspecio informal se evidencia em sua dependéncia aos objetivos impl{citos, as normas intuitivas e julgamentos subje- tivos; 0 aspecto formal, por sua ver,.decorre de objetivos bem formulados, de comparagdes controladas de instrumentos fide- dignos. Ui programa de avatiagao se constitui por fungbes gerai Segui roe e or fungoes gerais Sto flungGes gerais da avaliagao: 1) fornecer as bases para o planejamento; a sy i ic: 3) ajustar polfticas e préticas curriculares. obiativies / poms Si sspecificas da avaliagao: 1) facilitar 0 diagnéstico; Et 2) melhorar a aprendizagem e 0 ensino (controle); ‘3)-estabelecer situagies individuais de aprendizagem; 4) interpretar os resultados; 5) promover, agrupar alunos (classificagao). ‘Segundo Cook, 1961, essas fungdes estio intimamente relacionadas. as fungdes primordiais da ‘educagiio, que so a integrativa ¢ a diferenciada. ‘Quando cumpre a educagdo sua fung&o integrativa, busca tomar as pessoas semethantes em idéias, valores, lin ajustamento intelectual e social. n grupo, x i is, preparar as pessoas segundo suas com- peténcias particulares, formando-as para profisses e ativida- des especificas. Parauma visualizagio mais clara do processo, observemos 0 quadro a seguir; i 37 ———————EEEEEe a DA AVALIAGAO’ CORRETO Sime hla ia aan sie’ satel ame Saat coopers aetiemts ince Pope oe dae, dentine Oe ge oe wet - eee as de repedides. — Localizat deficiéncias na onga~ ter amtcre ei See neseneme Senate cpio —cmpasni nin Gimme ce" ae f= gene mere comme Shu es da estas mdangas i. gion 7) -Nonoteomsenre sli Dwae oe hoi omens toca FEST ganna Perera cutee “Iii imine’ NSE al es eeees od {= a 8 B88 2 £3 EP ge 2.8 BE gs 5 ae igist Be Peeohis? e be BE iE. Be PAPE TDP Ue PAA DUD He Gp g os e. 23° g Bg SERS go a . g es THtHaieD DE Dulin gf PHEGSGEESE OR ERE Goad zoek Eee 3t e gecearese 2S FRE Bok gE hei Bee af e peeellee | oa dba Wid igi 3e2 L FeRebcee Fo GPE GREG E78 weg Ty goa. Fake 78 i i FE GE G3 eae ig GBR ge goa Tboge ga B Ss eas e g: ¥s ke 20 of 3 3% pied 74) Gb rbapae ll 2 & 2 z Bog 8 Be & 2 2 = ge 2 8 ZB a = & i i Poe Pip a iy rio zB & : 28 a & & #6 25 892 2 2 FR OR babar FF

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