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10-Polioma Raiva Prions PDF
10-Polioma Raiva Prions PDF
Access provided by New York University - Bobst Library on 07/05/15. For personal use only.
Annual Review of Virology 2015.2. Downloaded from www.annualreviews.org Nucleoprotein (N)
Phosphoprotein (P)
Polymerase (L)
Polymerase (L)
b 1
2
Endoplasmic
4 RNA N P M L G reticulum
Transcription
Translocation
5
–
Replication +
–
Golgi
Vírus da raiva
a
Epidemiologia b
No data available 0
Rabies present 1–1,000
101–1,000
Rabies absent
1,001–10,000
Only bat rabies
>10,000
present
Figure 1 | Rabies worldwide. a | The worldwide distribution of rabies virus. The distribution of classical or terrestrial
Nature Reviews | Microbiology
rabies virus (genotype 1 (GT1)) in 2007 is shown in orange. The distribution of rabies virus and other members of the
lyssavirus genus is shown in yellow. The only known lyssavirus-free country is New Zealand (green). b | Number of
human deaths from rabies in 2004. The map indicates the areas in South-East Asia most affected by human deaths
Infecta todos os mamíferos pertencentes às Ordens
caused by rabies for which reliable data exist.
Carnivora e Chiroptera
None of the multiple potential receptors identi- fusing at low pH levels is that the inhibition of fusion
fied seems to be essential in vitro. The finding that a
40000-70000 mortes/ano
single point mutation in the rabies virus glycoprotein
is reversible40. It remains unclear whether uncoating in
primary neurons occurs immediately after internaliza-
can render rabies virus non-neurotropic and reduce its tion or only after transport through the axon in the cell
uptake speed35 can only be explained by the use of two body; this is discussed in more detail below.
different receptors. Differences in speed of uptake and
spread in tissue culture of bat-derived rabies virus and Intracellular rabies virus transport.Azevedo
J Miguel Because the entry
Pereira
a rabies virus vaccine strain also suggest that different site of rabies virus in axons does notFFUL
provide the bio-
Vias de transmissão
A partir do animal infectado
a transmissão aos humanos ocorre por 3 vias:
Mordeduras Inalação de
(90%) Através das mucosas aerossóis
(cortes/arranhões, conjuntiva)
Saliva
Transmissão inter-humana: rara (transplantes)
Virologia - Teóricas
Vírus da raiva
Vírus da raiva
Poder patogénico:
O vírus multiplica-se localmente
ao nível da região da inoculação
(mordedura, arranhão); infecta os
nervos periféricos dessa região
(sem disseminação sistémica);
inicia a difusão ascendente (via
axonal centrípeta ou retrógrada)
ao longo dos neurónios até ao
SNC (encefalopatia)
Após infecção do SNC, vírus O período de incubação é
dissemina-se por via axonal determinado pelo inóculo, pela
centrífuga para vários órgãos e proximidade do local de
tecidos (e.g. glândulas salivares, mordedura em relação ao SNC e
pele, conjuntiva, mucosas nasais e pela densidade de enervamento
digestivas, urina, músculos, dessa região
folículos pilosos)
J Miguel Azevedo Pereira
FFUL
Davis BM, et al. 2015.
doi: 10.1146/annurev-virology-100114-055157
Neuroinvasão do RABV
Exposição/inoculação do
tecido muscular
Replicação no tecido
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muscular
p75NTR
Access provided by New York University - Bobst Library on 07/05/15. For personal use only.
Receptores do RABV NCAM
nAchR
Amplification ?
RABV
Figure 3
The rabies virus (RABV) neuroinvasive strategy. Two possible mechanisms are depicted, both of which have
been observed experimentally. (a) The RABV glycoprotein (RABV-G) interacts with the nicotinic
Virologia - Teóricas
Patogénese da infecção
Fuga ao SI: invasão do SNC, escape à resposta inata, escape à
resposta específica
Resposta inata: IFN tipo I / RABV-P (inibição a dois níveis)
Resposta específica: manutenção da integridade da BHE,
apoptose de linfócitos infiltrados
Ausência de lesões significativas no tecido cerebral; ausência
de destruição dos neurónios
Inibição da inflamação ou de citólise
Perda da integridade estrutural do neurónio (microtúbulos):
degeneração de axónio e dendrites → sinapse
Agregação de mitocôndrias, stress oxidativo
Vírus da raiva
Manifestações clínicas:
Período de incubação: uma semana a vários meses
(em média: 2-3 meses)
Indivíduo infectado pode apresentar:
Raiva furiosa: ansiedade, agitação, hidrofobia,
paralisias, coma, morte (paragem cardio-
respiratória, insuficiência circulatória)
Raiva paralítica: paralisia, coma e morte
Vírus da raiva
Diagnóstico:
A manipulação do vírus da raiva impõe normas de
segurança BSL 3.
Amostras: saliva, LCR, biopsias cutâneas; post-mortem:
tecido cerebral do hipocampo ou do bolbo raquidiano
Técnicas:
I.F. ou I.P. para detectar os corpos de Negri (CN)
Isolamento do vírus em células de neuroblastoma murino
(presença do vírus confirmada por pesquisa dos CN)
Pesquisa de antigénio viral por EIA
Pesquisa de RNA viral por técnica de RT-PCR
Vírus da raiva
Tratamento
Vírus da raiva
Prevenção:
Família Polyomaviridae
Família Polyomaviridae
Família Polyomaviridae
Epidemiologia:
Reactivação
Poliomavirus -
patogénese
Vírus JC:
Receptor: molécula com ácido siálico (α-2,6)/receptor da serotonina
Entrada por endocitose dependente da clatrina
Descapsidação ocorre no núcleo e a replicação e transcrição são
dependentes de polimerases celulares
Morfogénese no núcleo e a libertação ocorre por lise celular
Vírus BK:
Receptor: molécula com ácido siálico (α-2,8)/gangliósidos GD1b e
GT1b
HO CH2OH
6
H OH H –OOC O
4
5
2
HO C C C 6 3 1
O 2 O O
OH
doi:10.1038/nrmicro3346 H H OH 5
4
3
HN OH
C O Neuraminidase
CH3
H OH H –OOC
HO C C C 6 O 2 O
4
H H OH 3 HO
5 CH2
HN OH
6
O
4
5
C O 2
3 1
O
CH3 OH
Globular
head
Leu 194
Sialic acid
His
183
Trp 153
Glu 190
Hinge
Ser 228 Gly 135
Ser
136
Leu 226 J Miguel Azevedo Pereira
Tyr 98 Ser 145
Asn 137 FFUL
Vírus JC - patogénese
A primo-infecção é assintomática no indivíduo imunocompetente e
ocorre maioritariamente durante a infância (5-8 anos de idade)
Latência ao nível das células epiteliais renais e de células sanguíneas
(linfócitos B principalmente); possibilidade de latência ao nível das
células gliais (SNC) e na medula óssea.
Reactivações podem ocorrer com frequência (10-33%) nos indivíduos
imunocompetentes; são mais frequentes na mulher grávida e nos
imunodeprimidos (doentes com SIDA e transplantados - rim e medula)
Reactivação: associada a excreção urinária, normalmente assintomática
Nos imunodeprimidos a reactivação viral pode levar à infecção dos
oligodendrócitos, provocando uma doença desmielinizante denominada
leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP ou PML)
Vírus JC - LMP
A LMP inicia-se por fraqueza motora, distúrbios na
fala, transtornos visuais e do comportamento,
evoluindo em pouco tempo (meses) para uma síndroma
demencial associada a várias deficiências neurológicas
e à morte. O vírus encontrado é do tipo rearranjado.
A LMP encontra-se em indivíduos com síndromas
linfoproliferativos, com tuberculose, com sarcoidose,
em transplantados e em doentes com SIDA (a LMP
faz parte dos critérios clínicos de SIDA do CDC - fase
C)
Vírus BK - Patogénese
Poder patogénico:
É igualmente um vírus oportunista afectando sobretudo os
transplantados de medula ou renais
Associado a nefropatias que surgem em consequência de uma
replicação viral intensa ao nível das células epiteliais tubulares renais de
que resulta a perda da função renal
Estas nefropatias são por vezes confundidas com rejeição do
transplante (rim)
Pode surgir vários anos após o transplante
Nas crianças a infecção pode-se manifestar por glomerulonefrite
Nos transplantados de medula têm sido descritas cistites hemorrágicas
devidas ao BKV
Família Polyomaviridae
Diagnóstico
O diagnóstico da LMP baseia-se num conjunto de dados clínicos,
imagiológicos (RMN) e virológicos; a confirmação do diagnóstico é
conseguida por análise histo-patológica de biopsias cerebrais (post-mortem)
No diagnóstico virológico só a detecção do DNA viral, por técnica de
PCR seguido de hibridação, ou as técnicas de hibridação in situ (ISH)
com sondas marcadas, tem interesse prático
A sensibilidade neste caso é de 100% a partir de amostras cerebrais e de
75% a partir do LCR; esta menor sensibilidade usando o LCR deve-se à
irregular passagem do vírus JC do parênquima cerebral para o
compartimento meníngeo
A presença do JCV na urina ou nos leucócitos sanguíneos não permite
diagnosticar a LMP
JCV detectado
por ISH numa
biópsia cerebral
Família Polyomaviridae
Diagnóstico:
O diagnóstico da nefropatia devida a BKV baseia-se
na citologia urinária (presença de “decoy cells”) e no
estudo anatomo-patológico da biopsia renal para
distinguir duma rejeição do transplante
BKV detectado
por ISH em
células do
sedimento urinário
Família Polyomaviridae
Tratamento e prevenção:
Prions
Também conhecidos por: “vírus lentos”, “agentes transmissíveis
não convencionais” e “virinos”
São responsáveis pelas encefalopatias espongiformes sub-
agudas transmissíveis (EEST)
Responsáveis por infecções no ser humano, e nos animais
(ovinos e bovinos)
A primeira descrição de uma doença provocada por prions (a
scrapie dos ovinos) ocorreu em 1730 no RU
Em 1936, dois veterinários franceses, Cuillé e Chelle,
demonstraram o carácter transmissível não bacteriano da
scrapie e o seu período de incubação excepcionalmente longo
J Miguel Azevedo Pereira
FFUL
Virologia - Teóricas
Scrapie
Prions
Tentativas de isolamento viral frustradas
Resistência à inactivação
Prions
Hipótese:
Exemplos de EEST
Kuru
Espécies envolvidas: Homem
Ligada ao canibalismo em certas tribos da Papua Nova-Guiné
Doença de Creutzfeld-Jakob (DCJ)
Espécies envolvidas: Homem
Iatrogénica: hormona de crescimento; transplante de córnea, etc.
Familiar: susceptibilidade herdada devido a mutação no gene da PrP
Nova variante: infecção adquirida por via alimentar pelo agente da
encefalopatia espongiforme bovina (BSE)
Kuru
Exemplos de EEST
Exemplos de EEST
Scrapie
Espécies envolvidas: Ovinos
Transmissão vertical e horizontal da infecção
Fisiopatologia da
infecção
A PrPc é uma sialoglicoproteína de 33-35 kDa
maioritariamente expressa na membrana dos neurónios
Envolvida em vários processos biológicos: neurotransmissão,
olfacto, proliferação e diferenciação de células precursoras
neurais, manutenção da bainha de mielina, transporte de iões
(Cu2+ e Zn2+), e ainda actividade de destoxificação e
neuroprotecção
Devido à alteração na estrutura secundária/terciária induzida
pela PrPsc, a PrPc acumula-se progressivamente. Porquê…
Fisiopatologia da
infecção
a
CHO CHO GPI
N-181 N-197
1 22 CC HC
232
Signal OR PK-resistant fragment MA
23 51 231 254
S-S
90 111 134 179 214
Disordered Well-ordered
NMR structure NMR structure
b
Aguzzi et al. 2008
Biochemical properties
PrPC PrPSc
Rich in α-helices Rich in β-sheets
Loop Soluble Insoluble
O PK sensitive PK resistant
+
NH3 NH
No aggregation Aggregation
Mannose
N-acetylgalactosamine
H 3N + Glucosamine
PrPC
(II) (I)
PrPSc
Raft
Caveolin
Clathrin
Dynamin
Golgi RE
EE LYS: Lysosome
EE: Early endosome
ER RE: Recycling endosome
LE
LYS LE: Late endosome
Fisiopatologia da
infecção
Órgãos alvo e replicação:
Primeiras células-alvo: células do sistema reticulo-endotelial;
principalmente quando a contaminação se dá em zonas
periféricas (via oral - placas de Peyer, venosa ou sub-cutânea -
gânglios linfáticos e baço); o agente persiste neste órgãos durante
todo o tempo da infecção
O agente propaga-se às fibras nervosas autónomas, colonizando
o SNC
O título infeccioso vai aumentando ao longo do tempo de
infecção até à morte do hospedeiro
No SNC a acumulação de PrPsc é citotóxica e é responsável
pelas manifestações clínicas da infecção
J Miguel Azevedo Pereira
FFUL
Virologia - Teóricas
Fisiopatologia - prions