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verde HENRIQUE DE RESENDE MARTINS MENDES GUILHERMINO CESAR Fee INACIO PEIXOTO ROSARIO FUSCO ASCANIO (1907-1928) Mario de Andrade Maria Clemencia José Americo de Almeida Carlos Drummond de Andrade Norah Borges Rosario Fusco Ant6nio de Aleantara Machado Peregrino Junior Murillo Mendes Asconso Ferreira Iidefonso Pereda Valder Martins Mendes Guilhermino Cesar Asclinio Lopes Franeiseo Inacio Peixoto Walter Renevides Henrique de Resende Carlos Chiacchio Vitoria Regia Linoleum Mensagem ao Grupo Verde Ascfnio Lopes na Rua da Bahia Desenho Aseanio Lopes Indireota 0 espritado Canto Novo © Verde Elogio de Voronoft Ascinio Lopes Ascainio Inéditos Aseinio Aspiragao Poema para Manoel Bandeira © mal do parnasianismo TOPICOS E NOTICIAS EZEMPLAR 19200 MAIO DE 1929 CATAGUAZES NUMERO I segunda ANO I fase redagio coronel vieira, 53 cataguazes ASCANIO Este é o numero de Ascanio Lopes. Lonje de ser um numero de fristeza piégas é de uma como- vedora alegria para nés. Alegria comovedora de ainda se poder prestar ao amigo e ao poefa uma homenajem de fina intelijencia. Tardia ou n4o af esf4 a homenajem. N&o seria 0 afraso de sessenfa ou noventa dias que viesse deslusfrar o nosso prelfo aquele que j4 se Infegrou na efer- nidade das cousas. Ascanio senfe, nesfe numero, em derredor do seu nome, os mats brilhantes nomes da infelijencia nova do Brasil. Todos ai esto com um grande e alfo pensamento para ele, para a sua memoria — tao grafa a quantos 0 podéram sentir na sua arfe ingenua de menino-e-moco. Ele vive nesfas paginas — mais vivo do que nunca—senfin- do a comovedora alegria dos seus irmfos, que, hoje, finalmen- fe, Ihe dedicam um numero da revista que ele tanfo amou —a noivinha imaginaria do poeta distante... HHENRIQUEB DE RESENDE Jas petalan vito do. braneas braneas em ‘em pouco tempo do din a flor abro um mundo de petalas petalas brancas, petalan ranean e perfuma on ares indo lentes. Um eheito eneantado le~ viano baling, um eheiro chaman- do, que deve’ de enebriar senti- lo forle. A gento rea ¢ a flor. ois entio ae sepalas or pinhentas mordem Sangue exeorre ein vossa mi m rapinheat nie pode pegar, earece eorla-lo com paged 6) onquanto a Mor hoi nagoa paras pordin [a est: cade ntio a gente lim dos expinhos © poil aquele figa toda cor-de-rose, ehaman ‘le Jango com 0 cheiro gosto honita eada vex Vive 0 dia inieico © semp ando de cor. De rosen vira ¢ carnada ¢ ali pela bea da noite cla amolece envelhecida as —————~ reiras de petalas roxas. as cores a vitor flor niais perfeita do ais nobre, & subli . 0 do aspoto de flor. onde A vitoria-regia roxa toda ro- VITORIA-REGIA Bo Nowe, 79 yn de Bon & lor suprema d hem As vores a agua do Amazonas se ral eiris day embaibas 6 nos rinedes do si forma Ingoas tiy serenns que aié a bulha dox cacauts despenca do are afunda nel. Pois 6 saan lagons que an vitoria mas, tho ealmae! desterrad Eu vi as vitorins-regiae Feito bolas de céucho pinhentas ax folhas novas Imovel, porém ax adullas sabidaa, bri redonda se apoinm nagua ¢ escondem ncla vadera dos e3p “Tempo chofram tambem pra fora dag: piahentos em que nem inseto Vem @ espigam esperanda a manhi fora, manehando de agouro a entma da lagon sd dn. Ea grande for da Amazonia, mais a enorme 0 seu destin de flor. MARIO DE ANDRADE, MENSAGEM AO “GRUPO VERDE” (Hm prosa ) Eu sonhel com vocés: todo o Brasil esplando pra Caftaguazes e Cafaguazes dando as costas a vocés. Cidade pequena é assim mesmo. Tem raiva de quem fica maior do que ella dentro della. Vocés, poefas de cldade pequena (grupo n. 4) fizeram de Cataguazes uma cidade grande. Porque ¢ grande tudo que se vé de longe, inclusive cerfas coisas pequenas. Queiram bem a Cafaguazes que nao quer bem a vocés. Ca- faguazes é pequena, mas vocés sé sio grandes porque saé0 poefas de Cataguazes. José Americo de Almeida Parahyba do Norte VERDE ASCANIO LOPES NA RUA DA BAHIA a de Aseanlo Babia fo wales cap ge Meenas pot ve ecsle capitulo me enche de saudade, Uma nolte Martins de Almeida contou-me que des- cobrira um poeta na pensto onde morava: era de Ca- faguazes © excrevés joema excellente sobre & terra_natal. ‘a0 “Disrio de Minas”, publicando-o com palavras de Foi esta colsa_de Ascanio Lopes que ‘se publicou ( ite ‘de margo de 1927) ¢ € das melhores Bion "Poems Cronologico.”" > Apresentado a Ascanio, elle sorriu para mim timiden dee dua on ren priavise 6. Flqvel ease mogo com quem seria incapax de ‘manier uma longa couversa ( daht, para que uma longs conversa ) mas em quem enxergsva tina inamente colorida, meigs, séta'¢ encharcads de oes, Nio pretendo en- muito de alma; julgo pordm ier encont de 0 primelro dis. a chave desta, us cheguel abr Desie modo, disente man realmente erlo de Ascanio, eu ful don seus) amigos mals certor- bom tempo) em que se Aomava sorwefeeteil mente td com wits on Conia aria Bstrelia. Entre dex e onze horas 0 pessoal is app: recendo ¢ dlatribuindo-se pelas mesial Biacutln-e’ polien¢ igatra,gontavam-ve iors ivian-te ‘besieirs,"purat¢ sles agelicamente, até se a (oct te lembra, Emile? ‘Almeida? Nave ? chegou quasdo'o Estrella ji entrira em decadencia © jsimelancolieas metinhas om Comia 0 astucar : Sto ao I, que nko. lhe dera ‘spicito teaia comprehender porque nelle {nde nunca’ fomes Co- € como nilo era motivo ew mune apresentados um ao outro, meu bravo sargento ). ihecen apenas os ullimos abencerr hhomem de grande commercio verbal, nem sempre par ticipave dessan farras Ingenuss. O gue ako quer dizer que alo fose bohemio € soube depois que o era muito. Pessava tempos sem vel-o. Era esquivo ¢ filtra- vaste entre a8 arvores da rua. ‘Dizem que optimo tra bathador. Na Secretaria do Interior, 6% secclo, fala-te muito bem do funcelonario Aveanio Lopes. “Deve ser ‘computado para apotentadoria o tempo em que a pro- servi como interina ow provisori ‘elle informagdo que 0 chefe achot bem feita © esclarecedora doa Gloria dx Instruegto hia enneia. com Papcis que guarda letra, recordagoes diveren Ascanto, funccionario que deixava a poesia no cal com 0 chapéo, ao conirario de outros que 16 delxam 6 chapéo e fazem poesia na hora do expediente. Ana Mook Boga MARIA CLEMENCIA, por Norah Borges Diem tambem q estudante displicenie, tal-o ma minha estima, A nossa Escola de € melhor nem peor do que a commum das escolas, de ‘aio, que no dio gosto nenhum de serem equentadee: ‘Mesmo assim Atcanio teve pachorra (ott ) basiante para imaginar uma these, *O direlto a Tamilis sobre o cadaver, exjo titulo suspelto a4 iden Dlague juridieo-literaria, um pouco funebre, Arua nko conboess oes Ascunio Raven 4 Passou por ella como um automovel, Eu mesmo j& = Sccasike de dizer, ha annos, num poema que provocon eral indignacho, sperat de” ser perieltamente taslgnt ‘hem # ha o¢ que deicem & qs tsbem glviaon. © Cbecutros « slienclovos. com © phaol ‘wagado, sem bos ape 18 margo 1929 CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. VERDE ASCANIO LOPES Magro ¢ comprido. Os dlhos prétos cavados entre olheiras funereas-quasi enormes, # cabeleira eréspa e revdlta, jaquetio azul escuro, el desce a rua do Sbbe-des una mio, bengala e pasta, a pasos lentos um m6¢o caminho da Praga de Santa Bi Este mégo é 0 novo fiscal da Escéla Normal, Ascdnio Lop —Hoje estou bem triste, Fusco. Fui obrigado a reprovar di no ultimo ano do curso ! Voe@ si o conhecesse, Antinio de Alefntara Machado, nio ia. melhor. fi antes de tudo, um Bom. Alids todo mundo que déle se aproximasse adivinhal-o-ia ime- diatamente. Homilde © modesto, como os m Porqué sua maior virtude cra a Sinceridade, coitadinho, até no Um —Niio toma remedio nio ? tos e humildes, facilmente se entregava. olhando pri mesinha cheia ds vidros ainda por abrir, perguntei: Nao respondeu. Porém me olhou tio fundo que naquéle momento daria tudo pra no ter me olha~ do assim. E que éle ja sabi “ge i €em edo nosso clamor tenta aleancar os ctos. Nem desespiro, —de nada vale o desespefo ante as coisas irremediaveis.”” Com estas palavr jinfagem das normalisias de 1928 “Peli quem como en tem Forgas p na amargara alegrar-se com a alegria alhei as i sua easa onde raramente chegava um ou outro cartio de seus ami- teve uma palavra de rancor pra esses amigos. Pelo contrario. je uma comovedora serenidade, comegava o discurso que escrevéra pra para- Mas nés tambem sofrémos com voc’, Ascfnio. Nao acredita ? ROSARIO FUSCO INDIRECTA Nao pela primeira ou do érro poderd ser uma terd fatalmente uma carga a mais para deitar fora. Sem eontar o desinimo de quem de- ois do andar muito percebe que andon errado. G se 0 certo estava no lim de autro eaminho © 0 principio dos caminhos 4 0 mesino com que cara suada e desconcerinda a gente far meia-volia? Ea vaia das galerias? E 0 gOxo dos contrarios ? Por isso 6 que eu digo: é bom parar um pouco © ver so que ‘em © bem antigos, Hi usta ver. A laranja é bonita, viva a laran] amarela a drvore verde: ai Brasil, tudo isso ja ¢ disse © se repotin tantas vezes, tantas vezes. Bonito para nés é nfo discursar ¢ chupar a laranja. Cito palayras do men amigo e cliente Ber- nardo De Bernardi: —Meu filho esti estudando pra futurista, ANTONIO DE ALCANTARA MACHADO i= AS 7 TROMBETAS MISTERIOSAS Aquilo fol aperfando meu pelfe enfermo e meus pobres pul- mées carunchados. 0 ar faltava. De repente, percebi que eu esfa- va diminuindo, diminuindo, afé que fic4ra apenas uma rodilha de dores. © quarfo e o leifo lavrado desapareceram e eu ficéra imo- vel no ar, onde ia adormecer para sempre. Subito soaram sefe trom- befas a arrebentarem meus ouvidos com o seu clangor misterloso. Olhei para o alfo e sete bruxas de maos dadas brincavam uma ci- randa infernal. E do melo da roda fol crescendo, terrivelmenfe, um esqueleto branco, todo branco. As bruxas asquerosas desligaram as mos findando a ciranda e enfao vi perfelfamente que o esque- lefo era a Morte. E ela vinha vindo de foice como nas gravuras, lenfamenfe para mim. A minhalma ficou pequenina. Gritel covar- demente : N&o! n4o quero morrer! Nao posso morrer! Tenho ainda mul- fa coisa a escrever ! As bruxas riram grofescamenfe e uma delas sentenciou alvarmen- fe: a gloria é illuséo! Eu ainda n4o vi a vida, covardes! grifel. Mas a Morte Inexoravel j4 me alcancara. E as bruxas rodeavam- me. Seus bracos viscosos e nojentos anslavam focar-me. Mas a folce do esqueleto j4 la dar-me o golpe. Grifel no ulfimo desespero: Nao! nao me leves! Eu n&o posso deixal-A! E grifel o nome do meu amoér. Imediafamenfe fa mao branca que eu conhecia bem afugentou as bruxas que foram praguejando hor- rivelmenfe. A morfe sumiu-se. Acordel fremendo. Alguem enxuga- va 0 suor frio da minha festa. E pergunfou-me:; —V. esfava sonhando comigo, meu amér? ASCANIO LAOS eS RECORDACOES DA TERRA VERDE (Rio Anabijti, Margo, 28, de 1918.) “@ ESPRITADO donde tu vaes, Zelerino ? fo, no lablrintho do matto verde, como ecquelelot ibalho nfo, mea! ‘minha mie! Vou s6 ao rarador prepardr 4 armadil cia da patetot Vicgem Nossa Senhora —Amanbi € sabbado ula e nds precizamos quebrar 0 jeja noite, Uma gargathada estragalbante de coruja alow tragicamente o silencio negro da floresta. Zefe~ 0 dew um grito e desembesiou na carreira, n'uma ce ou macia no tiuco, banzou de tlltelaagto, para a beira do igarapé, onde amirrou ‘bobuia en cim: ‘Gegua, Zeteriae oalee oi des tro, wun = ™ontaria. tata salt com 9 levee do jaceman at mo.” Dex ame igh, alastou ve Hgere to’, com rem ‘ap meio" dou ror-chut-ehudeehad. ico da fuga, tocou mo clpé destendi- wily dumaade de der. Um brote baque wo DD, Maroeas ficou em casa mattutande, Sexte-eira cute, EZSierig easiu, a carta de ‘chamnbo na’ perae o. Era pecado malar direkt, eatrebuchando a lama viecosa da malta, Gabi elle dis oe judeus ha- que mem palmetra torads pelo coriseo. yaando seu Valentin Es volte negra, cheia de asombresdes, velo en— Ghegou dt matte, com calchos de arsahy 4s coslas, €2- contral-o sem senifcos, stolado na lama, #00 filumi= ae fmagdo placa-pica dos vagalumes. senses a valentin ae uma noite movi- —E’ capaz de topar com_o Curupira. mentade de atirfoal ee 08 wai hinds, outro a ohn tid me conto o “eauso” Famese todes dentro d’'uma montaria efor tol Valentim na floresta. Rezando a ‘Salve Ri “noe mostrai”, errm a noite toda por “furos” e vara- douros, por veredas ¢ alolciros, #6 de madrngads, com os primero ‘carr do aa fo uma cafeperra na ——. aun ot encontrar Zelert Quando a moniaria abicow no tijuco, de outro la- ma tijuco, a0 lado dk do do i, Zeletino pulow ps rand Castigo de tado na Franca, que Saris ‘matta, atolando-se 08, ii aan cons." Entegou = hima 2 Dens, penetron fo matino fechad Mia Tito cava com mido, nto, Mas camiataa hes al tolldto de nwombragder agoures. ‘Sem olbiar para iraz, com 0. coraglo a tocinen uma bot Torin de pau prepiron aia, tapeekado na expingards une froma Nerctmiiha’ Ao menor eslaltdo de folba, arrepisvar-se- theo ection um tio earanho contihe pala co vl ‘Medo? Mas elle nunca tivera médo de nada... Resolveram entto esperar. © que tivesse de acon tecer, acontecerin. F com resignaclo e serenidade expes A tan hesitante cheia eseorrla pelos galhos "*ram & movie Sie: cespessos da malts, #0 wF'0 cho. Os froncos see- Os eaboclos, escorados no pi se parao los recantos da cisa, “aziam qu: 1 ou sentados ribu e04, emtragados de clpd ¢ embiras, ergu Uma. ver por outra 0 ealé corre a roda. O silencio mye terioso das soliddes amazonicas apogava os ruldos tristes, da casa humilde. De quando em vez, a dor de um ge- mido arquejante dava ‘motonos na téde do mo- ribundo. Nio havia mais duvida: Zelerino ia mesmo morrer. —Xinewan ji canton no yrreito! Ha muito 0 passaro presago cantava horas a fio 9 seu canto de alegria:~Tele-tele.... No dia em qi bicho canlou como wm ago yrten ae fecha : nega «née i om Iago tio cego possa esconder alguma coisa tio Juminono,.. (Ler é muitas vezes a arte de r nbs cegos). E a poesia é tambem, quasi sempre a arte de relarer'o mysterio que 4 ide dexfes.Purqus ella & sempre qualquer coisa de avesso ao nenti- do da vida, Nao ao senso dn vida. Mas ao sen- into 6, & direogho da vida, A poesia nio 6 cessagio da vide. Ao contrario. © poeta nao parar ® vida. Accelers m vida. Mas accelers, curse da vida. A pocs Ella @ Justa 10 arrepio do. tem) De subir a corrente. De refluir para negar, portanto, essa onanimidade intima eom que ‘caminhamos para o protaismo, para o envelheci- mento, para & chrystahzagho. PIRANDELLO ton allemies, muitos rustos, man nunea ter en- contrndo—e homem. Pirandello vae slém. Nio encontrou nem homei-nagio :—francer, russo ou al- Teo; nem mesmo o homem-profissko :—pedrei~ ro, banque nem mesmo o homem- oon artista, Piru homem de especie alguma. © homem para elle 6 um mytho. O homem VERDE. & uma absirecgio. 0 homem nio existe para Pi- tandello, S6 existem os esiados de espirit E a maior origi obra, em geral. To edia antigi ‘08 mysterio me dievaes, todo o drama’ classic, todo 0 theairo shokespeareano, todas a8 peg: i talistas on symbolistas sto fondadas sobre eneia do homem, Eecraro da Fatalidade, rvo de Deus, na Tdade Media; dilacerado de paixies, no seculo XVIK na plenitude de sua hamanidade complexe, com Shakespeare; alando- se ns hypertrophia do seu seu», com 0 theatro romantico; reduzido a um elo na cadeia do deter- miniemo jureza mais, sordida com 0 natura lismo; pai em imagens ¢ reticencias subje~ ctivas com o symbotismo;— historia literaria, © homem base, ou no segundo plano da obra de arte. Mas sempre existiu. Poi eempre—o homem. Foi mi on menos homem, mas nunea deixou de o ser. Com Pirandello a coisa mudou- 0 homem deaspparece. Nio para que os homens desappa- recam. Nao para que appareca, como na pintura, ums natureza morin ou 0 mando de outros seyes. Rostand—o «artnouveau» do theatro de ha Vin- te annos, ephemero e vasio como 0 +art-nouveal da archifectura dessa époen sem com que se abriu este nosso allucinante seculo XX,—Rostand tambem fez uma pega s6 de ani naes, Como Mueterlinck, de seres irreaes. Como Gil Vieente punha em scena Virinde 0 que Santo Anchieta transportou pa sae selvas. Sim. Podemos eneontrar ao longo de todo © theatro humano esse spparecimento de outros eres, de outras encarnagoes de qualidades mo- raes, de outras especies animaes em scena. Mas o que Pirandello fez nav foi : niquiloa o homem, nio por abol mas desarticulando de todo o ser hi 9 romances de Pirandello, to raveis novellax curtas, que co mpre, ao longo da tin’ no centro, na assentam nesen completa desarticul mem. O bhomem denapparece para apparcs em seu logar os fragmentos do homem. O homem ‘a ser um mosaico, Desapparece 0 ser or ganico © funecional; desapparece o ser composto de alma © corpo, desapparece a unidade, a fusio, fa concatenagio, para surgirem apenas os bléeos do mosaico humano. Seria, porém, muito simples © muito inge- nuo se apenas fosee isso. Mas o homem, que Pi- randello anniquila nfo se resigna a essa suppres rsonalidade ~ q slo. File assiste 4 sus prone desarticulagio, ella, do homem pirandelliano. dotractores, como queiram ou mio 0: ox detractores de Pro pode hoje falar de um eer proustiano, ndelliano, como se {alava de uy earacter corneliano ou de uma beroina racini Se o homem pirsndelliano nio 6 todo 0 ho- mem moderno, longe disso,—¢ wu do ho- mea modem, © mesmo que Proust disseoou im- piedosamente, 0 mesmo que Freud revelou em © erro, como sempre, & tomar a parte pelo todo. E generalizar logo. Como hoje em dia se fax a torte © a direito. Um dos caracteres de nos mente a facilidade com que se universalizam to- das as coisas, Um homem atravessa voando 0 e precipitam cem outros para Inzer © mesmo, E é a heeatombe Outr'ora, nos tempos em qui das Nacdes, nem pactos de néo aggressio, nem promessaa iyricas de pax universal, nem radio-te- lephonia,—as guerras se faziam entre exercitos rotisionacs come um jogo de xadrex quasi po- lido, sem que os homens alheios as armas sc im- jcissitudes da guerra permanentes. Hoje, quando os homens se amam lyricamente, quando toda a sorte de con- 8 approxima dia a dia toda a sorte de ho- vivemos todos em familia nesta terrazi- tancias mas univers conscripgio militar do partido suit © partido ds religido do progresso, propée Dilizagio to lusive mulheres Sappée-se acal guerras pelo seu horror, Assim como quem cortasse a cabega para eurar ums dor de denies. © que se dé hoje com o sport, ou com a politica internacional, di-se tambem com as idéas. Freud, por exemplo, faz analyses interessantissi- do sub-consciente, E predominan- alids que époen & justa- ido havia Liga ‘as experiencias Stmagor, deade run tondecA Freud, porém, s6 via at novas verdades que descobrira ¢ passou de um jacto do se1 ou pansexualismo. Pois, desde que o Grande-Pan merreu, comegaram a pullular os pequenos pans © que se den com Fread di-se diariamente com todas at idéas que augem, a cada minuto, ite VERDE, neste nosso mundo exasperado, q idéae que tom jd n&o sabe como pensar. ‘Tal e qual os homens de Pirandello. de tantas © erro de Pirandello serd 0 de todos nis. Querer fazer de nosso canto todo um universo, je, toda a verdade. E Pirandello meemo. E’ Pirandello annie quilando-se pelo proprio ex:remo de sua obser- vagio. Prova demais © portanto prova conira proprios pr © relativiemo do homem-mosaice, do ho- mem-momento, do homem-estads de alma, que- tendo generalizar-se, querendo converter-se em absoluto, nega-se a si mesmo. Se’ on homens fossem apenn: contingentes, contradictorio, inati Pirandello nos revels, se +o homem» realmente nio existisxe como um universo dentro do uni- ‘verso, como um todo dentro de outro todo, ¢ nao yplesmente como parte dexse todo exterior,— entio Pirandello nio teria originslidade algom Errando ¢ que Pirandello aceria. E? porque os homens nto sio apenas o que Pirandello nos diz do homem, ¢ porque o homem pirandelliano nao 6 «todos 0 homem, e sim a excepeio, por isso mesmo é que a arte de Pirandello tem razio. E dahi deriva, como disse, a tragedia do homem pirandellia E’ porque mesmo no theatro ou no roma co pitandelliano, © homem guarda « conscienci i mesmo, que mao ha spenas paradoxo e ar- tificio nesta arte de artificios © paradox O homem 6 a um tempo anidade © mulli- plicidade, Desde que 0 homem medita sobre si, Gue procara resolver esse insoluvel. Discutem os philosophos hoje em dia em tomo do «Parmeni- des» de Platéo como o proprio Platio discutiu 0 problena do Uno ou do Multiplo. Supprimir qualquer desses doi nos seria mutilar o homem. ‘O que hoje em dia se fez, 0 que ha na arie de hoje muitas vezes, como se vé em Proust, ‘em Joyce, em Fargue ow nesse mesmo Pirandel Io, 6 & observacko mais attenta do multiplo, qu do até hoje se pensou mais vivamente em obser- var o uno. O homem nfo desapparece nem se artilicializa, por se conhecer. Embora soja certo que coregamos a nos conhecer demais, ou x pen- sar que comegamos a nos conhecer de sim por deante. O homem de hoje yensa demais. ha um homem, hoje em dia, que que neaba descobrindo que 0 in sem fim. E que, do homem 6 justamente seatir sem fim, 0 polos huma- pensamento ¢ E converter em ‘ego © pensamento—applicar a um objecto, 8 um ser, & uma cessencias, emfim 9 sentimen Pirandello, portanto, esta no limite do «pon- ify. A's vezes em pleno, ‘Todas as verdades parciaes se convertem em sponeil> ao pretende- Tem converierse em verdades totues. Assim o relativisino psychologico de Pirandello, A sua ne- agio da immanencia ¢ da transcedencia. A sua ‘Telectagdo an apparenc Digo mal, alids, delectagio. ‘Tudo o thea- tro, toda a humanidade pirandelliana, & perfeita- mente, é essenciulmente—tragica. Nio ha prazer algum nessa permanencia no desartieulado. Nessa vertigem dos limites du razio. Ha sempre a con- aciencia terrivel de uma terrivel tragedia interio © mundo pirandeltiano,—e talvez por isso 4 que o sinto tio profundamente, & que hoje eo- mo ha quatro annos repito que nada, no pale despertoa em mim um tal sentimento de angustia ‘como esses «Seis Personagens em busca de Au- tors, que maream um momento capital no theatro de todos os tempos e de todos os povos,—o mun- do pirandelliano 6 um mundo abandonade. ‘mundo que se abandons. 0 homem © homem despreoecupado, 9 homem familia hourade ot filho de familia dess- je, 0 homem que sinda hoje em dia pode rir-ne, sem sentir no fundo do espirito um ranger de caveiras,—esse homem bemaventurado sim é © homem que se shandona, que se deixa ir, que vive, como dizem as persenagens de Valery’ Lar baud, «a godersela» ‘io 6 de forma alguma o homem pirandel- abandono. « a muito di ‘Y@ a comtingencin E a tragedia 6 muito maior. fem todas 9a cuisas, man ado se resigna 4 con- tingeneia. VG 0 accasv, como um louco inconsei- cule, distribuinde gulpes 4s cegas e nko acredita ‘Accuse. Ve a obliquidade fatal dos mordendo todo © «puro» do universo ido morde 0 mais puro dos agos, ¢ iio se submete a0 ji je dinsolugio, ve teressados em perp 09 homens fechados entre si, fechados em si mes- mos, incomprehendides @ incomprebensiveis, vé tudo isso, V6 todo esse abandono, ¢ no entanto nfo pode mais entreabir se num sorriso de des- prendimento © quando ri, 6 de esquecimento ou de sarcusmo. teeiproca, ¥é 0 6 ease ser que se io que ha de terrivel- mente tragico no fundo de todo esse fogo de ar tificio jm, a arte moderna, no que ella tem de menos intecionalmente moderno, isto 6, a arte que nasce realmente do nosso tempo, desta época Assombrosa que vivemos,—essa arte que é um romance de Waldo Frank ou uma peca de Piran- dello, um poema de Léon Paul Pargue on uma paging de Joyee, um conto de Virginia Wolf ow uma novella de Julien Green, toda essa arte ani- mada, como bem disse Robert Honnert «de ré- volte et de puretés, desde o dogmatisimo inais orthodoxe de Maritain, até as impreeagies mais blasphematorias de Louis Aragon, no «Pa: ‘ou de Henri Lefebvre nas paginas re- todo esse pensamento toda exsa arte toderma, que 08 eriticos superti. ciaes chamam de exgotada, ou de falsa, ou de insensivel, reflecte esse terrivel sentimento de sbandono’ que nos mata. E* uma arte profunda- meate grave. Uma arte profundamente tra Os mais fracos, toda a mésse dos inquietos ou dos delicados, bem como toda a fauna doi personagens pirandellescos, ficam na angustia in- ceasante desse isolamento, deesa dilaceracio, des- ne abandono. Os mais fortes reegem, triturando- se ou triturando os demais. Mas nenhem deixa de sentir em si essa onda que parece por vezes asphyxiar 0 homem moderno. ndello, portanto, nie 6 o srtificia, ndo 6 © paradoxo. Pirandello, como disse admiravel- mente o seu melhor biogtapho, o «melhur= no dizer do proprio Pirandello ei entrevista que dava aqui ha poucos dies («Walter Luigi Pirandello. Londrea, 1926, pge. 229 © segs.) é—sn fallencia do como wlogia qi tre Pirandello e Shaw pode ser apenas uma de contrarios. Shaw é um homem que aere- na vatureza, no homen), no mundo, n0 pro- gresso—ehis wil is Paritan, for it is’ painfully ‘Ao conscious of the final fact in the universes. passo que Pirandello s6 vé a inconsistencia todos os lados,—seu mundo 6 formado pela deusa aceaso. E Starkie lembra, para applicar aos dois dramaturgor, a comparagao feita por Ches- tertoa no eu liveo sobre Shaw: ¢ na ultura», Estaremos talves mais proximos do homem eulto, depois que deixamos de erer no intangivel do. Super-Homem © da Super- E, sobretado, mais proximos talver da TRISTAO DE ATHAYDE Fica, com a transerigio que hoje ofere- cemos aos nossos leitores dos cayitutes * Poesia’ "Pirandello" extratros dos “estudos” (2. e- Fie) de Tridtiio de Athayde, inaugurada a nos {a Teira mensat de amostras dos methores livros ‘te auiores nactonais que nos forem remetidos, além da apreciacao que deles faremos na com petente sepa. Pretendemos, com isso, contribuir—embora nodeslamente, para a mais intense propagan- ida do livro brasileiro; nao a5 entre Not, ‘mae lambem~e principaimente, em todos os denis pattes suiamericanos onde “verde” cireula. N. da BR. a VERDE, SANATORIDO —poemas inéditos de Asctnio Lopes— apareceré bre- vemente em primoroso volume, editado por “verde” @ acrescido (além das pa- ginas de saudade que ora publicamos em homenagem ao morto querido) de um pequeno estudo sobre o poeta, notas biograficas ote. JOSE DE ALENCAR Passou a 2 de maio o contenario do nascimento do grande romancista brasileiro, José Martiniano de Alencar. Para nés outros que alentamos a mes. ma inquietacdo natural, a mesma an- sia de brasilidade que foi a constante Obseeatio do maravithoso posta de Ira- cema, nio poderia passar despereedido esse grande acontecimento. Paisagista abominavel, mas sem- pre imaginoso, Alencar foi um esban- jador de pensamentos adimirayeis em pessimo estilo de comparagées quasi sempre infelizes, como era o seu. E si, pela forga de perderam suas penouagert mnie as veslidade gee nharam, de outro modo pela facilida- - de com’ que as retemos na memoria. Pery, Cecy, Iracema sio typos imortaes, que valem por si s6s, sem ezagero, toda uma literatura. Nao fosse, porem, Alenear a ani- mador dessas figuras @, talvez, a essa hora—ja o teriamos esquecido... LEIA fruta de conde JACKSON ++-Jackson de Figueiredo possuia a suprema alegria de admirar. Este prodigio de emogdes jamais teve a mesquinhez de negar o testemunho da sua admiragio aos escriptores ¢ artis- tas, de que estava separado pelos idé- aés, Entendia-se com elles em uma inef- favel zona de sensibilidade esthetica. ‘Tal homem, tal pensador, tal eseri- ptor, faz uma falta consideravel 4 in- telligencia brasileira. Era um extraor- dinavio estimulante intellectual. Os seus proselytos perderam um chefe maravilhoso, incomparavel no fervor da acoao. Os seus antagonistas néio ter’io mais o encanto quotidiano dos seus eseriptos de cireumstancia, em que se consubstanciava uma doutrina dogmatica, forte, esplendidamente or- ganisada, a provocar a replica © 0 per- petuo debate, Para 08 seus amigos que melan- colia na saudade de tanta mocidade, de tanto fulgor, de tanto coragio. GRAQA ARANHA VERDE, MOV! A proposito das nofes de Cataguazes, publica: das por Henrique de Reserde em n°, d’ 0 Jurnal de 7—4- 999, Mario de Andrade esereveu no Diario Nacional de Sio Panto (n° de 9—4—929) as we- palaeras que achamos oportuno trans- de Resende, pelo numero de do- tere um geitinho de da possivel influgncin exercida por um_ eseriter ia sobre os poctas moidernos de Catagua- tou. © que eu censure & Henrique de Resende 40 nto é assunto com que a gente se amo em jornal. Simplesmente porgué no tem impor- taoeia nenhuma. Nao é possivel a gente conce. her a formacio dum expirito vem inflaéncias, fru- to unicamente de Catsguszes como existe infy- Gncia dos mogos de Cataguazes leis de pricolo- gia. Quanto A originalidade, si historicamente ela & duma importeneia capital na evolucio das arte: ela niio tem nenhom valor conceitual nx gio da obra-prima. E pensando no diluvio de Piritos que nem bem surgiram, desnpareeeram sem dar o que prometiam ao movimento moder- no brasileiro, tenho eerteza que pra muitos foi a yaidade pitit de originslidade que o* dexarmou. Se calaram por uma deficiencia que era falsa! Exiate influéncia do tal exeritor paulista so- bre os mogos de Cataguazes como existe influ- Gncia dos mogos de Catnguazes sobre Gexe exeri- tor panlista. Maior do que imaginam, muito maior. F mais elevada principalmente, nao ne resuininds A uma simples e desimportante aevitagho de en- coetes gramaticais. Essa influéneia reciproea foi ‘a bonitn das amizades sinceras, cartendeiras, ehe- ias de sinceridades, até bratas ceria Treo foi 0 que © mundo nio poude ver ¢ mio gosou. Porém 0 que o mundo nao viu e podia ver € que tambem o eseritor paulista ando tudando muito e&- \dores de “Verde”. Catou neles intetieos e as voues populares que 8 rapazinda foi w primeira a registrar, ¢ quando easido chegou, andou tudo empregando nos es- eritos dele E si un ow dois mocos de Cataguazes nn- wutra poesia ficaram exatinhamente o ¢s- ta escrevendo, quero saber s6 que importancia tem isso! Extes mogos tale-q MENTO Jos ox mogos do munde, tm que sofrer a lei da espera. Bi continnerem inflénciados toda a vida, serio nulidades.° Si fixerem originalidade & forga, se cabotiniearlio. Talvez movimentem um nica da nessa Musa porém nio sera por itso que the daréo um pensamento a ‘Tem que esperar que nem ex mesmo esperei me debaiende num esircitissime Pi E outros eabiculos inda mais inconi MARIO DE ANDRADE> bus no prélo © Compéndio da Historia da Misica, de Mario de Andrade. Arvaro Moreyra anuncia para $a 0 apareei+ mento de Circo (poemas), edigéo Pimenia de Melo, Ee todo fim de jalho ou principio de agos- to saint Pocoins de Henrique de Resende. © volume virk acompanhade de uma noticia historiea sobre 0 movimento verde de Catsgua- zes—por Renato de Almeida, um dos mais ilus- tres escritores da moderau geragio brasileir Raintce ‘As mézes de dezembro @ janeiro acaba de sair o n°. especial (2 e 3) de areo e flecha—a revista do: Babi Publica: um esplendide artigo de Chiacchic, poesias de Carvolho Pilho, Eugenio Gomes, Pinte de Aguia, (deste tambem um magnifico estudio ), notieiario ete. A revista de antropolagin aparece sgora da quartas-feira como suplemento literario do Disrio de 8. Paulo. =a h. que soubemos a Phebo Br Cataguazes ja inicion 08 preparativos para a fi magem de Songue Novo, sob a diregho de Hom- berto Manro. Lais Soréa que fer 0 galan do Brasa Dor- mida teri papel secundario neste filme. 0 n'. de marco d° A Ordem » esplendida re- vista de cultura religiosa que se pablica no Rio de Janeiro sob ax vistas de Tristio de Athayde € Biola Bar io Perillo Gomes, em howenagem a memoria de seu fundador—Jakson de Figueiredo. Traz colaboragio de D. Sebastiio Leme, Contreiras Rodrigues, Ronald, Graga Arabs, Peril- lo Gomes, Tristdo de Athayde, Claudio Gans, Au- gusto Schmidt, Tristao da Cunha, Tasso da Silveira, lo Are, Sergio Beargue do Hollands, Alea: | er Brasileiro ja esti no cou 5". n°. Vom GR CADE A RECEBIDOS ‘Tristéo de Athayde: “eatudos” Edigho Terra de Sol—Rio—928. Mario de Andrade leien” Edigho Chia “Ensaio Sobre Mésiea Brari- —8. Paulo—928. Paulo Prado: “Retrato do Brasil” Edigho May: enca—S. Panlo—928. ‘Tasso da Silveit ra de Sol— ‘Alegria Criadora” Edigdo Ter- — 928. * Alba de Mello: “Espelho de Loja” Ediedo Ti 5. Paulo—929. Guilhermino Cesar e Feo. Inacio Peixoto: “Meia pataea” Edigio Verde—Catagunzes—928, Martina de Oliveira: “Patria Morens’”—S. Paulo 928, VERDE TEM AS SUAS TODOS OS NOVOS DO Himberto Zarrilli—: “Libro de Imagens” Edigio do Autor. Montevidéo—928 Antonio de Alcantara Machado: “Laranja da Chi- na”.—3. Paulo—928. Ascenso Ferreira: “Catimbi” 2 edisio, Recife— Mario de Andrad: “Macunaima’’—S, Paulo—! Rosario Pureo: “rata de Conde”. Edigao de Verde —Cataguazes—929. Carvalho Fitho: “Rondas"”—Bahia—928. Manoel Maia Junior. ; “da tristeza resign Anta—Edigio Rio—$29. PAGINAS ABERTAS A BRASIL E DO MUNDO. eee

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