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Um Deus Dormiu la em Casa (PEGA EM 3 ATOS) Para Tinia Correo PERSONAGENS Averraiio, general de Tebss, ALCMENA, sa esp TessaLa,escrava, Séa, escrave ‘Vorrs ba muLsiaio, ‘Vonts bos sounanos. Vor pe Demacoots. PRIMEIRO ATO CCENARIO: Cas de Anne, eieala. A exguerde, price dando fa arn. Borchers oI dtu Oe ea nr dt “i. Simple grep Un “limos (Uo abrrse 0 pono, Anti ethno pico, voltado pare 4 mate "rove curse ot came) 18 Vor: — Cals! Casi! Demagogés vai fala! Voces: — Fale Demagogs! Fai! Fala, Demagogés! (ar vozes estan pouco a Pouce). ‘Vou DE Denscocés: — Tebanos! 14 & tempo. de os deuses| faerem cesae as desgragas que pesam sobre a cidade. Lai, 0 infortnado, nio consegu afastar os nossos males, © moriew sob a mio de Edipe, gus sdvinow osegrédo da Esfinge, pot ‘um tempo os lornou flzes, Mas a profecia se cumpit, €-0 ross timo rei casado com a préprin mie Joeast, irmo de Sus proptos fies, nfo sobrevivew 4 vergoahs do ines. at= ancou es ofhose,velho e ceo, fot morrer em Colono. Ses fk Ios, Ponce e Etcécles, guerearamse maarame, Tots rmatou-se; Buridice,espisa de Creomte, imi da infeliiesima ‘ainha, matou-s. Antigona, fiha queria de Edip, enterrou © plcpdo temo e matouse. enfrentando o noo ata seo, ese fbom Creonte: «Seu flbo Hemion matousse tempo de ceearem cesimales de Tebas. Demeter nos fl propia as calla, Dio- risos nor deu Este ano 0 melhor vinho de stat pateras. Ae d= forasestio cheas de doce dleo de ova; os vebanhos crescem prometendo mais care pata 0 aliment, mais [8 para a foupa © 7 mas fuentes vsceras para os sarifcios. Marte cedeu lugar a Minecva, e, na primavera déste ano, jéfamor iicar 0s dram bos, quando Piérelas, rel dos Telebsanos, cefcou om ses eke cites a gloriosa Tebas © nos ameaea com a fom’ ¢ 0 saque, E nti, a dvina insprasio baitou sobre o monare,¢ se nomeou ‘Eeneral das nosss tropas © mats valene dos guercte, © mal igoroso dos atetas, um hecet que tem a bravura de Adules, argcia de Ulsses, a honea de Ajax: nosso general Ane (cclamapdes da masa.) Agul estamos, Anise, para aseputa- {8 que confiamos no tev comands. Os mensagetrs vindos de Delfos nos dizem que os deuses te serio propicios! Toma espa- da, Anfiio,e salva as colheitas, ox rebanhos, os laes, as tus Theres, os velos e a8 criangas de Teban! (grande olamapto.) ‘Vor: — Bravo, Demagots! Afi! Fale 0 general! Fala! (Cessam as Vorss: — Fal aclamagées.) “Axrrraiko: — Meus caos sompatrita! (alamordo) Honea ‘ever € 0 que me impse Creomta, med rei © meu amigo, Sou tm uetelo,tm sta, mas no fo dotado de dom dn eaten tao ro aos hknos, Perdoabme se tio falar”, ESteu pofon, amentecomovido com esta manifesto, Mas o memea € Se sete no d pala es, ton vert como iho ofan Pita ‘exs em perio! Avante! Vines para a let! Went ‘nar ses Teltoaos fora das ters de Tbe Com Sano sem devses,o que vos prometo & am bom ponape no taste cada ut des ant lamar ene. Vor: — certo Anfitigo, que nfo areas nos deuses? (Ene sam em cena Alcmena ¢ Tesla, com sna Poms ny oar Avrrratio: — Acredto. na valemia dos Tebanos, ma cignla statpeae no ferro das oss armas! (Bron aguas ma Imision de desaprovagio ‘Tessata: — Nio vais ouvir tw marido, Alemens? AveMENA: — Nio, Anfiido nfo sabe falar em piblic, e ito ‘me envergonha.-Além dso, Hest de novo 4 provecer ws ‘euses, Creonte munca deva' (er dado’ um Te penador 0 isto de general a ‘Tessata: — Parceespreferie que Ge fie em cata enquanto of outros vio defender ‘Tebas. ‘Avemeva: — Meu matdo é um lets. Or aietas no deviam Ser expostos 8 morte nas baths, Deviam ser poupedos para imefborar a espése humaaa. Vor: — Anfirigo! Pede perdlo a Sépiter pelo que disses, antes que a sua cleradesabo mats oma vez sobre Tebas! ANF: — Jpter cola nenhuma! Vou veneer est gue sem precisar de fetigaia!, Vozss: — Blasfémia! ALEMENA: — (horrrizade, balzo, a Testala) Basémia, Teste dt Sempre tempor sto, Nunca, nem mesmo nas grandes data, ‘como hoje, anvesdrio de nosso easamento,consepul Kvélo 20 templo. Durante as libgées, manda reservar a melhor parte do fameiro, a que se oferece os deuses, para comer com ccbols, hos concursostrigicos,ronea coma um jeval,© 56 aeonds ra hora do viaho eda comes TessaLa: — Esta coisas impias Ge tem ensinado a Sin ALeMENA: — Eu amo Anfieigo como tw amas Sica. Amst neu marido desde o primero dia em que ov, nos jogos, derabar ‘ez Etiopes com os puns feckados. Depois, Pndaro declan uma ode em sew louvor: éle tomou a folha em que estiva ‘Serta e om sia enxugou a test, ‘Tessata: — E ainda assim 0 amaste? Aucatena: — Venus o quis. E tu, como amaste 0 tev Sésis? Tessa: — Quando Anfitriio nos comprow para eseravos, vimos qu famos feat vida ineira juntos. EntGo, resolemos Ser favor do destino Voces: — Blastémia, Aatiuit! Vor: — 8 melhor resignares a0 teu pésto, que os devses fo (e ajudarso, [Anrrtnizo: — Os devses nde tém tempo de ajudar 0s morass ‘slo muito oeupados a provar que existem. Creonte mando ° sme qu eu venceste Batata, Sou um militar Compo ordes. EE verdes de eases Creonte qbe rane onto general ‘Vor: — Nio tens médo de ser punido? Podem condena-e & Cieuta ou 8 foguera, ‘Aver: — Cidade lguma condena um general quando pe ha be ALCMENA: — Anirio no devia fazer discuss: isto ‘abe aos militares © im aoe sft, ‘Tessata: — Dirse-ia que tem médo de ie para a guerra, ‘Quer que Creonte 0 dems ‘ALeMENA: — Médo? Mew marido tem médo? ‘Vor: — Tens médo da luta, Aniviio? ‘Anrrrmio: — Quem disse que eu tenho médo da Ita pode ‘vie com dois puns: cu lutarei de eos vendados © desarmado Vozss: — (em aclamaydo) — Bravo! ALeMENA: — Nio, Tessala,afo é mado... Creonte nfo aten- ‘era a0 pedido do'powo. Creonte no desta Aniiso do ‘omando, ‘Tessata: — Por que, se ot deuses podem levar 0 general © ‘Tebas b deol? ALEMENA: — B isto 0 gue mais me apavora... Tu vst, no tbangueter quando ei servi vinho ea" Agua 30 nosso ei? Viste os olhos dle? Como eltaram meus bragoe, met” colo, meu roste? Ouviste quando ‘Creomte gritow para Anfitito: "Amigo, louvado se), pela tua foga, pela tua coragem, © porque iens uma mulher digna dos deuss! Tua mulher merece tima noite com Jépiter, amigo! Muller alouma jé ouviu um nto assim, foto por um vel... Mas Aafio nto gosteu Fatou para Creonte: "Esa mulher € minha, e quem dorme com ela nto & Jupiter, sou eu mesmo." Sabes o que disse Tie Sas, o adivino? Que feta note um homem dormir nets as Evagora.. por que Creonte escoe jostamente Anfo para smandat arava pier? ‘Tessata: — Tu erés que fle...? 10 Ateatesa: — Creo, ‘Tessata: — Eatio quer que Anfitrio morta? Quer que 0 nosso exérito eres? ALCMENA: — Quer. Ibo 6 um supremo galantcio? Quer a fespraga da pita, Ge, que jt soley tants desgragee ‘Creonte€ um viuvo "sharp: ¢ um vivo amargo ¢ eapar de ‘mar como um colegal.-. Mas Anfriio parece que desonfia {e'tudo. Por iso desafi os deusese provers 0 Povo, para que esa a0 ei a sun demisso, ‘Tessata: — E como assists, senhora, a td ito? ALeMEWA: — Assim calmanente? Primero, porque sou mulher, {me envaidece ver um rel que deeja a derota de seus exeteltos a desgraga de patra por minha cause. Ey Segundo, porque Sei que iso no acontesers Ao contro de Anftis, en creo nos deuse, com t6da_a minha fe. Sov zeladora do tempo ‘de Apolo, pertego 2 itmandade das Ievadoras da esta de Aipiter, cumpro os sacrfcios, Jupiter me atender Tupiter Sempre f€2 tudo que peso, ‘AnprrmiZo: — Estamos nama guerra... ¢ nfo numa discussio {eoligica. Nao creo nos Jevses, mas vas cedes. Minha mulher, também cre, faré os sacelfcios necessiroe, Ami 0 qu ‘ie compre io € matar os carpeiros dante do alta, mat © ‘nimigo no campo de batatha. Sou 0 vor general © Yo Pro- ‘eto vtsia, Vamos bused. Vamos exmapar os Telzboano®, Se assim Creonte 0 manda. Dias a0 rei que vou defender vesses mulheres, como defendo minba. Dist que traret na posta da Tanga a cabega de um outro re, para que Ele vela de ue 0 seu general € capaz, Diael que vou defender 0 seu peli como ‘efendo '& minha cas, ‘Tessata: — Eu nfo sabia que Anfitido era ciomento “Axrrtio: — Sabet Tebaton, ais esta at ys ash 2 ‘a © pat Pte coats, sf cna Deer 1a) Boise bls! Ata gis fos ge cua row e beta de ata? Um honem’ ur pa Sa bes Pia? Mi lacs blast Enta'd see Ss acto Cait) Oh, Menem to pat Fe 1, com aos u AveqEva: — Bate eabrito € 0 do saci, Anfitiso, Axpirno: — Do sacifcio? Bolas! ses tus deases comem mais carne do que o meu exéteto! Levem isto dagul! NO ‘ia do aniversirio da nossa bods, no ain da minha. batalh, et pent que voot melhoasseése antar, Alpena, (Saem Sait ees.) AveMENa: — E melhor, Voot teré drome. ANFITRI‘O: — Hidromel? Vinho, mulher, vinho... Desde que ‘0 mundo existe, of homens, antes de brgsr © de amar, teen Yio Ou ke hrm ambi tem gma Hie ‘vin! ‘Atesteva: — Nio blasemes mais, Anfitriio... Senio por ‘utes razbes, pelo menos lemibra-te d que somos hoje fais imal importante de Tebas! a mais admirada, a mei respeteda, Os jas, os sacerdoes, 0 propio te, todos nos acolhem eno fesiejam: a soctedade nos prez o povo conlaem the me esti Por que mio havemos de nor sitvar bem? Por que voce hi de passat por atu, viver ent os mereadores © 0% Mbsofor da raga, quando Tebas itera estépronta a receber voce? ANermeiio: — Porgue eu sou um homem necesiro, Os homens necesirioe podem fazer 0 que quetem. E admiey gue oot Togo hop, vena censure, ‘ALEMENA: — Néo estou censurando. Veja: vest a minha i= nica mais nova, que compraste aos marinheits foneios. Este theizo que sens crave da dis, vendo pelos Peras; © fstas sanding so as. que uso para ie a0 templo de Jupiter Ent achas que tudo isto € para Gosura.e? Axermizo: — Nio, nfo.... desulpe, Esow nervoso. A bata me pie nervoso.. Daria tudo para fear em cash, em verde i furar a bariga duns pobree Telsboanosfamigo. Atenesa: — E Toba? “Anritaiko: — Bolas para Tebas! Hé seis meses ev dise ‘Creonte: "Dicme cem homens atari os Telebeanoe dentro mar Jonico. Ble no quis. Em seis meses des se concentaram, 4 fortiiestam, fleram alangas, contstaram metcensrios. Al R enti, Cente we lembra de min. Porque nfo nomsou Bar, ie tambien &acb anise? Por gine ogo eh, 0 Ga do ss ‘hers de casmenta? AveMena: — Porque sabe que voot tm mals var, Anprtniio: — 8 boa... Parece eté que vost est satseita com ito... Ainda nso ouvi tua lamenlogie elo fate dee fe para 8 guerra Avemea: — Porque meu orguo é malor do que o mew Sobressalto: Anti, general da Tebas! ‘AwFiTAo: — J pensaste que esta guerra pode se longa? Que, ompidoo eco, tere de persepue ino, faz recvar at 4 Atcida? Ja pensaste que podereh ter reiada cortada em Corinto e er de enfentar todos os Doris, lindo doy Telboa- row? Nuima tlce dessas Ulises passou vine anos fora de exsal Fe pensaste nite? |ALOMENA: — Eu t esperaei, como Pendope [Awprrniio: — Espero que 0 faga, embora daqui a vinte anos ‘eve voed. Bolas! Se a0 menos sdlassem essa baal! AUeMENA: — (4fapando-0) Vamos, nio figue assim... Ganke 2 guerra votes ‘Awrtrmio: — Voce pensa que é fill gambar uma goer? Até rece que vocé ests Sonos para que eu v4 para esta tid aera! Atcmesa: — Eu, Anflrido? Queso a sua vitéia, nade mais, Axeiraiio: — (numa sibitaofdo) Escute, Alomena... Ea ‘ow nevoso mesmo, Preciso falar Temos que falar mas eis. Ouga bem. Nas guerras, sabe, em tds ab. guerra, fnquanto uns combate, outos fim por aqui ma tetapuarda, sim, sem nada que fazer... Pr exemplo: 6 iho de Deme> neo, ése pelinsa que encaraola of eabeos,coneepua sir dss fers. Outros, mutos oor, feam por aqui. Create, mesmo, or que € que nao vai eomigo defender a tera dle? Enguoats (% maridos de umas vo Tulare morrer, outros continua nos ‘anhos, nos jos, a cantar bobagens ¢ dice porsia. Vase 13 sti me entendendo? Essa gente, Alomens, vel aqui te ime Portunar... (abracando-a, escondendo 0 rosto nas ombroz “els, quase chorande) Eu no quero, Alemena, et mio eto ALeMENA: — Vocé nfo confia em mi? ‘Anrrtaiio: — Confio. Desconfio mas é déles. Um guasda do ‘emitéio de Eeso seduain uma das mai rexpetivels matron, ‘gue estava vendo 0 cadaver do marido, -, Chega 0 momo Gm que... Voce esté me entendend? E maior da oe as nossas (orsas ALCMENA: — Os deuses me proper, ‘Awerrmiio: — La vem voo8 com os douse... Bases seus Aeuses so at 0s primeiror.- ‘Avena: — Um Devs nfo se dignata a preferie a tua pobre ‘Alemena, ‘Awrtrmio: — Quanto isto, estou seguro, Porgue no existe, ‘Mas hi ceios homens... Por que ralo foram invenar ests gern! Atesena: — (quase dlveindo-se, coquette) Imaging, An- frit, se Spier ves ag Aweitaiio: — Isto ¢ tolce. Ey falo de homens. Falo de {Creone, que aio vai & batalha. Falo do flhe de Demoneto, por ‘quem ss mulheres supitam no gerd. Falo disses ancios, que nfo tim forgas para erauer'um escudo, ma fam por si diene pihéias sens 3s mulheres nes portas das cast de cone fet...” Todos és.” Escts, Alemena, esta bem” voed {fa Go rei de Miteno, asada com 0 prineiro bomen de ‘Tebes, Voet deve protegeese, Promsta:= Jures-. Sure que ningoém, ninguém ALEMENA: — Ninguém,tolo... Seo inimigo soubese que vot ‘sti assim, em vez de umn exéeito madara 0 seu male belo Soldado para te tormentr Aweimmiio: — Rscuta, Alemena.. Existem ses que vendem frigo € dio Banquets enquanto faemos a Ever. ‘AucMena: — Eu te serei fel, Anti, Pode ter 9 certs “ ‘Anprtaiio: — Mesmo que seja Creonts? ALeMExa: — Prefro um mais mégo, Axsrmiio: — Alemenat (nowtro tom) Gostaia que tw ds- fesse: ainda que fe um deus AueMena: — Um deus, Antieito? Voot mio esté exigindo emule? Axeitmiio: — © préprio pier! AueMena: — Que bobagem... Vocé nfo cré nos deuses, O ‘proprio Dipter, va I Mat coin uma song Axeurmio: — Eu pensel que numa coisa desses no exsisse ‘condi. Atcaesa: — Eniste uma: que fagas comigo o sscrifcio a Tipe. Avro: — Ora, Aksmend! Avex: — Se vocé acha que Ee no existe, como teme que eu aga Ee shag ent pote de ir apo Ge no © aealma com uma prese? ‘Awetrmio: — Voce pensa que pre acalma? Auemexa: — Vesta, (Ela tomao pela mio. De pessogem, ‘ria para a direa.)Tesal, traga 0 etbrito © ee Snforae! Aveiro: — Esperame junto a0 alae. Ea js vou. (Alomena soi Entra Tes tracendo uma dfs) Tevaa, (Ele etd tito e fala nervosamente.) Tessata: — Pato, ‘Aweimmio: — Tessa, dize: nfo fui sempre bom para tie para Sia? TessaLa: — Sim, Senhor. Sempre tvemos aqui regalas que rates escravos tm em Tebes, ANFirNKo: — Gostatiag de se live, Tesals? Tessa: — Oh, Senor! 1s Awrrrnio: — Eu prometi que libertaria Sésia se vencesse a ‘bata. Ew prometo que te ibeeo tam se. ‘Tessar: — Farel o que quieres. Awerenio: — romete que vgités mina mulher. ‘Tessata: — (ofendida) Senbor, eu nio sou uma esp, ¢ sim [Axrriniio: — Excuta, Nao entendeste. Quero. que vies ‘Alemena, para que ninguem se sproxime dela —entende? [Ninguém, Enguanto. eu esuver fora imp? Anrrtaiio: — Promete ou nio, Tesla? Por favor, promete- Se soubesses como estou afte, ‘Tessata: — E como pode ‘Tessata: — Se Tebas vise 0 seu general nese estado, AnrrtaiZo: — Tessa, promete ‘Tessata: —E como podereiimpedic que alguma coisa acontesa, se'tiver de acontecer “Anrrimiio: — Protege-2. De qualquer modo, Por todos of ‘modos. Com: teu proprio corp, ‘Tessara: — Com meu préprio corpo? Nio aches demas? ‘AxrrtmiZo: — Qveres ou no queres ser ive? Se no fzees ‘como eu peso, liberate! Si, et continuardseerava, ‘Tessata: — Podes it descansado,.. Em toca eu t peso que rotjasSésia no combate. Com to proprio ecado, o precio Avritaio: — Prometo, Tesala. (Ble ena para o quarto.) ‘Tesssta: — (chamondo aD.) Sésia, vem! (Entra Sésia com tum eabrito.) Como eu ate dizendo: eto senhorn me conto «que 0 tel Creone elogou as gracas dela. Por isso, Anti ‘Tsconfia que a nomescio seja um preteto para afsstilo de sa, Yoo acha ito possnet? NO Sésta: — Muito provivel, muito provivel. Vocé sabe como 16 “Tessata: — Pois eu acho absurd. Sésix: — Por que absurdo? Absurdo & Anti ter ciimes de fom re velho: or res velbesinspiram acco. Por que voce acha bsurdo que Creonteessja tentando sedusic Alemens? ‘Tessata: — Porgue nesta casa no é Alomena que interessa 2 le. Sou ca Sésmq: — Tessaat Nio seja baba... Sera possvel? Noo é possi, Reiinho miersvell Como € que voee sabe dso? ‘Trssata; — No banquete quando se retrou, passou por mim Esse” “Wak hoje A noite a0 palcio, beleza. A semtinela t© ‘Seixas entrae™. Que divs dst? Sésta; — Digo que éste rei € um patifet 34 no bastva a jem Ail fazer 0 que fe, ter quato flhos de seu proprio ftho & fe enforear, deixar na tere ios qe se estogaham, que 32 Srrancam of olfos es matam..- Reizinbo de mela tel, ‘Tessata: — Voet est com eime do velb, Sosa? Sosa: — Eu?... Eu... Eu estou € com ravat Mil vézes ipo, com toda_a pousa vergonia dentro de casa. Ao menos fsets coits feavem em familia. Edipo nio, se mctia com 2 familia dor oston. Teal, por favor, que fol que Yoo! res- pondew? ‘Tessa: — Como & que uma escava pode responder so conv tee um ret Sos: — Tesla! ‘Tessata: — Quem sabe, Sésia, ¢ dist depende « nossa Hber- dade? sosia: — ro! Que fol que vocé disse 30 rei? Responds, ‘Tessara: — Bu disse... Too, eu ato disse nada AwFitmiio: — Bolast Vem ou no vem &s cabrito? ‘Tessata: — AUG logo. Pobre Alemena... VE voet, Sési com certeza ela val pedir a Tupi, nesie sacrifice, que 0 dite Creonte vir hoje aqui. Mal sabe que ev € que ” (Retinsse,& F,levando 0 cabrio, Sésia fca pesseando de um lado para‘uare,desatinado:) ‘Yor be Aneto: — Com mil trovdes, mulher! Por que hés e reservar para Jpiter justamemte 0 melhoe. peril Bass 4 bobagem! Faga a'sua oracio enquanto eu espero na sls Conta a F) Vor oe Atemsra: — (quase chorando) Antti... Antic tiga. Nio atrala «eétera dos deusee Awertniio: — Os deuses & que atraem a minhat (V8 Sésa) ‘Que ests fazendo a, em wwe de polr mines armas Ss: — Ah, Senhor... AS armas esto polis. © inimigo ‘er © proprio rosto de pavor no reflex do teu escudo Avermn — Que tens? Tambémm nto queres i para a gueta? Sésta: — Se me permies uma confidéncia;nio. Senhor, dira- ‘me ficar tomando conta da eas, ‘Awrrmaiio: — Estés com médo da Iota? J4 dise que te tbst= ‘és: — retro ser eseravo vivo 8 ser ers moto Axrrmaiio: — Toda drania comesa quando 0 povo acredita Beste proverb, Sésta: — Ea sou um simples ecravo. Ne guerra nio vatho nada, Deixa que eu fique aqui. Por causa das. sehoras ‘Anerrmiio: — Quem ousard penetiat na casa do general, ene ‘ania eT? fs Sésta: — Acontece cada coisa na retaguarda ‘Axrrtniio: — Hem? Que coisa? Subes de alguma coisa que possa acontecer? ‘és: — Néo, mio... Mae ouvi augios, © ceg0 Tie ssse que um homer pasar a noite nest ca, ‘Awrmasio: — Voce também acted em profcas? Que ioment : : 8 Sésu: — Ele nfo sabe quem é. Disse que alguém estaré aqui E preferivel que seju cu & um outro, alo achas? Assim, 9 po fect se cumpre ea gente fea deseansado. ANIITRIKO: — Bobagem de Tixésis! Bobagem, ouviste? Sésta: — Pode ser que sein bobagem, mss quando éle disse (ve Epo era fio de Josasts, acertou dietsho, ANFtio: — Eseuta, Sin, por favor: vost acha que... voo8 cha que mine mulher ¢ fei? Sésu: — Ainds Awetrmio: — Por que “sinds"? Conte 0 que sabe, vames. Sésta: — Senor, achas que Tessula me fe? ANFITMKO: — Ora, Tessala! Eu quero saber se Alemena € fel, fo Tessa! Sésta: — 0 que the posso responder & que Tirsiasnio disse fonde vai doemir o homem que passa noite neta cas ‘Axrrrmio: — Por todos os deuses de Olimpo, Sixa, vos! me lira setenidade de que tanto precio para’ comanda! Sésia, scutes que tal se..." se més vllissemas de vo. aquly de bole? Sosia: — Anfivido! Durante a batahs? Eas eropas, quem comands? ANFIIIKO: — E, isto & que & um bursco. Bolis para as tropas! Se Creontescha que deve me despragae,éle que se desace! Sésia,eseue: vamos volar do campo de baths. Sésta: — E tua muther? Que dtd cla? E Tessa? ANFItRIZo: — £. Eu também nio tahs pensado nso, Mas, Fspera! Que iia! Tiresias Val aotrar mals do que pense Sabe quem vai passara noite agui? Nao é um homem. no, vn deus: Tupiter Sésua: — Deixa de brineadeira! Vocé pensa que é consito Pars um matido ser enganado por umt devs em ez de se enga- fad por'um homen? 9 Aveiro: — Nso entendeste? Jopite. Ey mesmo. Sipter ‘mudado em Antiviso. Jupiter fazendo una dat suas geacinhas Ae bilontra. Deus velhaeo! Nao entendeste? Sosa: — Que iit Aveiro: — Posso até mandse Tessa asir de casa. Para aurar mais eet, Sista: — Ah, isto € que nfo! Anfirifo, meu Senhor, ut Suplico: Tessala flea em casa. Ofha: dena eu vir amber. De Mercirio, Ea venho de Merci, AANFITRIKO: ~ ist! Os dos! Vocé de Merci, ede Biter. Corre ao depésito. Hi 1S, entre unas cols vethas, algumas qe se aproveitam. Traga'o ralo de ferto dourado que serve Para a sima dioiiaca. E omanta. Hé na corinha uns pomios qe Alemea voi sacrifcar.." A caroice desea mulher © capac de depredar' um Jardim Zodkégio! Torce 0 pescogo de um Pombo © cortalhe ss aces, para amartae nos tes pes. E Sein im cao pu 2 csi, Rost 0 ead dh pra de fermi, de,Esclipio (Sis sa covrendo, pela ALcMPNA: — Centrando, sequida de Tessla) — Ante ‘meu amor, porque me Tazesintrromper 0 sacicio? Awprrmio: — Descupe, Almens, mas hora da patida se snruina Po a Teoh ue cine o arn" Ata 9 Ge interesa a Dupe ¢ 0 cabrio endo quem o mate (4 tt {eo ue Alemene, Tesla vee pela fore SEs) Ateatena: — Se soubesse 0 que sete wna espisa quando 0 mario parte paras goer [Avrrtaizo: — Que que cla sente? ‘cue: — 0 rena choo home 2 qu fama. Porgue a vida que le arisen ©-8 Nia que provura too é para eoocar aes pes a nous ingsslas Como & Bota ‘8 otha aida, € como not tena orp! Como manor {tes isis, tes slamare éxtessmbolos que ssn cote mem val morte! (Ghorande,abavada e-Anfiriao) Poe ie cnistem Severs? or gue? 20 ‘Awrrrniio: — Talvez para que a gente possa dar mais valor 2p Axes: — Que orgulbo dif éte de saber que um homem futa por née, B, no emanlo, seria Go mais tocante para © rosso amor, sls fesse covarde-e por wma mulher decide fugir a0 combate ANFremio: — Vocé acha, Alemena? (A D. aparece Sésa, inazendo embnulhados no mania os petechos: cadicen, rio, taco, er Anfriso 0 v6, ,abragedo a Alemend,f sinclar ‘que dle posse depressa. Sis eravessa a cena, cautelosamente, eialdE-) ‘Aventesa: — Voot teria coragem de fie & batatha? (Comer ‘entardecer.) ‘Awprtmiio: — Voet esi a lado dos Tebanos ou dos Teleboa- ‘Avcntesa: — Ax mulheres nio tim pitria: sé podem esolher nto amor ¢& sli. Anrirniko: — Raio de guerta! Aueaania: — Seria bom se 08 guereitos odiassem a suera. Se ‘os sadados de um exétcto,formados para a Batala, de repent {2 entrofhassem e finssem rubs de sangue nas faces © c= ‘ondefsem at Tangs 09 escudos, 0s Punhas, © vollassm part Sas eas, cablsbatos, tremulos de vergonha, E depois, reur hides no ager, se apertsssem as mies, dizcado: cumprimos nosso ever Awrurmio: — Isto sio iis da India ¢ no da Grécia civic Tada, Se todos nos fOsemos foguss, estariamos dominados pelo primeira Bando de Citas que desosse do. Volga, A guera € maior que nos, Alemena, ¢ esti sempre em nosss ports: ot Geerotamos’o Teleboanes, ou Tebas estar destrulda, Infliz mente ¢ asim. Ey se tdo fase, Tanatfilo, 0 fabricate de fetdos ¢ Tancas, ji tera flo. 'Nio € ésté © momento de ‘scotimos a fuctenfnfelizmente tenho gue partir ara la. A fuera ¢ uma Yealidade de moribundos: a paz, um sonho de Sobreviventes. Veja Venus aparece, do euto ado do tempo a de Cadmo. Devo it, Traga miahas armas. (gritando) Sésiat (lemena sal a'F. Entra Sésa.) Entio? Tad pronto? Sista: — No fundo da quadtga, Anfitiso. Os cavalos extio strlados, (para dentro) Tessala! Meus togos! (Eniram, pla porta & ., Alemena com as armas de Anfirido, 4, pela pora dD. Tesla com at de Sita. Ele! toma es Tanase enfam os escudos nos puntos. Anjiriao e lcmens despedemse aE, Sia ¢ Tesola D.) ANFIERIIO: —~ Voce me esperati com todo 0 seu amor? ALeMENA: — Todo, Antitriso ‘Tessas: —Nio se meta a muito vlente. Mais vile sr eseravo dos Tebanos que dor Teeboanoe, Sosa: — Serei o mals lento no ataque, ¢ 0 mals veloe na retrada, ALcMENA: — Volta coberto de shéat “ArriniZo: — De posira,principlmente, Menda preporar um iho pare quando eu cheese ‘Tessata: — Cuidado com 0 reumatimno, Levas contigo remediat Sésw: — Anfisido tem uma branqune do Epiro que & étima ara esquentar 0 corpo, ‘TrssatAa: — Na hora de caae os despojes, nfo fique por tino Sésta: — Levo duns saolas de couro, ANFITRio: — Hel de eszerte a taga em que o rei Pérelas tier Bebido imho hoje ALeMeNa: — No te arrsques muito, ‘Axrrtniio: — Alemena... esta: s¢alguém vie agu ALeMENA: — Ninguém vie Sésta: — Voce promete que nio si de cass? ‘Tessata: — Nom para dar uma voliha na pea? Sosta: — Nem, Tessata: — Ab, Sésit ALCMENA: — Val, Anfitito. A vitéla te espera. IE depois ela, eu te espero, Que Jupiter te scompaane. (Bellanse Sésié € Tesala blamese). ‘ANerenio: — Que Jpiter essa neta cass, Alcmens ‘Aenea: — Ces em Sipter? Ces em Jupiter? Ent teremos vitro? Quero dere as mesmas palavras que a escrava Aida ‘ise 20 capita eeipelo Radamést “Rittona vincitor Axrirmio: — Obrigado, obrigado AueateNa: — Estou tio contnte porque invocaste Jupiter, Anfiito, ANFITRKO: — Hi certas horas da. vida da gente om que os euses sdguirem um grande prestige. (Alomena e. Tesla “proximamese uma da ulna ¢ cochicham. Ouve-se 0 galopar alos cavaas eo rlar da quadrige) Tessata: — Senhora! Eu quia ainda pedie-vos um favor. Avema: — Posa, Tesla ‘Tessat: — Podics... dormir no mev quest, © ew dormir no vosso? Desculpsh 9 ova. Aveatena: — Tessala, és tio bo... Quanta dedicacéo, quanto factfco... Pois eu queria pedirtes mesma coisa enio ous, ‘Obrigada,Tesela. Assim faremos ‘Tessata: — Obrigada Senhora, Lemamente, Alomena volse pora a jnela, por onde se vé 9 exeurecer, e, de cosas para 0 pablico,ergue 0s das brosos. Tessala acompanhina. anfurao, ao pereer que Alcmena Sai recor, senvase destespetasamente no portico.) 2 [Avestesas — Deus dos deuses e dos mortis, vencedor dos ‘Tinks, poi dos deuses dos hess, eseuta © que te pede menor ‘etwas adoradoras. Ob, Jupiter, Senhor dot relehpages, asim. ‘como 0 teu roto dorme no colo de Juno, faze que Anttilo volte a dormir nos meus brags... Deus dos trovees¢ dos co- riscos, que eatias os homens © os dees, asim como smoste [Leda ch. cisne celeste, © assim como amaste Europa, oh tou diving, raze de volta © mortal que me dew o destino, para que fu snta 0 seu braco repousada'no meu vente. Senhor do Olimpo, chuva de uo no colo de Danae, suisidide de onda sabre 0 corpo de To nas praias do Eeito, fe Alea, para gue dée eu tenha um fiho, ‘spsa se chamard Hercules, lia Je uno sera mais forts os homens. (Pela mela pssa um relimpago © oue-se 0 rlur do wrovao.) Ob, Jupter, gue owves 4 minha pres, se souberes ‘como & doce a pele de Alemena 40 seu smado. Anttila, atene ‘exis acs meus ropes ¢ de volta tards 0 meu hero Tessata: — Amen AwFITRo: — (Levamae ¢ erguendo a expat) — Adew! Sésiq: — Imitando eémicamente com a langa.) — Adews! (Saem or dts.) 4 conta ceraselenamente enantio as dat esto Imdni ™ SEGUNDO ATO Pormito,'a porta ails para rus, rutrecd de cle fund exter mel © pr gare Anna ee Pde Una vou: — (fora, 20 longe) Seminla de Tebas, alerta! ‘Ours vor: — (idem) Alera estou! 1 Vou: — (ibidem) Vés 0 campo de bataha, sentinels? 24 Vor: — (idem) As fogucras do acampamento, que co- ream 8 apags! LF Vou: — Crés que jf combatem? 2 Vou: — Cibidem) Hi uma nuvem de p6 para os lados de Evatt 1.8 Vor: — Que os deuses protejam nosso exército © noso general Anfitio! (A porta ao fundo abrese e,furtivamente, fnram Anfanco e Sd. O'primetro trax na mio 0 vaio de Sipiter, coroa d cabega e, sobre os ombros, um largo manto. O Segundo tem asas nos pés, wm easco a cabeca e na mdo um duce, Afriao fz Sésia um sina de silencio.) ‘Axrimno: — Fecha a porta Sia, Nada de rudos 12 Vou: — (ora, longe) Seninela do Nore, a0 vite um Awerratio: — Quiet, Sésia 2s 24 Vor: — (fora ange) Um vats? De que ldo 0 viste? 14 Vors:— dem) Pacceame que algun cons na dee ‘da casa do general, ee = 24 Vor: — (idem) Otha mais ¢ fla menos, soldado! ‘Sésia: — Fomos apanhados, senhor! Auriraio: — Apanhidos, coisa nenhuma! E escte: dagui or dante io é esravo, nem eu sou senhoc. Sabet bean ta ap Sosa: — Se, Senor ANETTRIio: — Entio mostre maior majestade. Um deus nfo ‘anda ttémulo © encurvado como voce esta. Faga como co (Assume unt ar estupendo, avo e serene.) Qs talk ‘Sési — Ab, Senor, nema Ee em pessoa seria tk imponente! ‘Mas ago devas sex tho majesteno ques Tope madode a Alito ee ‘AvrriniZo: — A culpa € dos deuss, que vém 2 terra com ése 4 tradicional de nouveausriche Aches que teu seaher ae bastante imponente? Sésin: — 0 gue qusto dizer € que, we tens de rpresenar 9 pal de Siero papel de Aafia, no dewes eee east Afiuio no papel de Joie. Do scam moo os wa Sen {azendo 0 papel de Metco no papel ee Sota devo ore Sec do ae guano eu ca Sa, orgs Mev ver ito bem fazer o papel de Ssia mo papel de Merce Ach tee ‘evens Ser nats tial Ge Contato eames aur eat «sim uma aventura amoresa: se os amity eaoheren Prsena papi em vez de vivo, multe de Co ids Siam ven ASTITAKO: — Mas € preciso que Alemens pense que cu nfo sou cu, sim, Jopite, ‘isin: — f éte todo problema do testo gro, senboe. Os ets do iepreeative mee 2 Aum: No ta as cite pn ctr nga de Meretro. Into é um sects ear com quot tmtnis pens aanot a imotaad, im dev no esa {Bore ere Be quaigucr modo sober bem o papel” Fase ‘itor qe pden, Vane A: ~ (grea fla co, de modo eogiet, camo wn Sty Eallcnsinas sears -Peno a Noara de anantar {ve Ji ent em vse ex! 0: — Aa) Asim no, Sit Vo parece pe. Asem ‘ovo n0 mercado! Extés amuncando Iupiter ov uma bala ‘Mais grandeza! Sésta: — (cto, herldico) Alemena, © Senor esti conosco! yeFERGo: — Mais grande, mis arebatamento, mais oe abtadavel aqui E voce tem uma alestraencantodor Auentexa: — (eherando) Ob, no sou dipna dos devses [APITRKo: — (obresalteze € consoloa) Néo, mo 6 iso, ALeMENA: — Entlo, porque no me queres? Axeurmtio: — (sem saida) E que... estou fieando veto, ‘ALeMENA: — Nio 6 possivel. Os devses no envelhecem. ‘Axrrtmiko: — Enelhocem. sim, minha filha. A eternidade ‘dos deuses é uma invengao dos sicerdotes. Ble é que querem ‘AveMeva: — Mas tu 6 um deus! Entio no sabes fazer milagre? Aerio: — Ai esté um milagre de que deus alum € capex Atenas — Mas ests no corpo de Anfiriio. Ait & Jovem, vigroso, arene Se adguite to bem forma fia ‘ieTtadememcat ene dle ov oor st. ANereRfo: — (quseiritado) Mas, anal de coma, por que Gres que eu wu ain, se fi so teu mano?” [AteMtEv4: — Pot vsldads feminine por &. Quem arearé ihe um deus dora em minha eich 'se €0 dsr gue nods SEowtce ene no Sis? ANFITAIO: — (num sat) Pretendes conte que eu este agut Atcwexa: — Nio a todo o mundo, & claro, Mas algumas Smigns mocreriam de inve ‘Awermmiio: — Eno te envergonharis de transformar teu ‘marido num marido enganado? ALeMENA: — Eaganado por um deus... Isto até poderia serie para comvenéo, ‘Asrrtmiio: — Achas que dle ficaria orpuoso? ” ALoweNA — Ent nfo é cao para orgulh? Ele é ‘eparao Otimp, quando mores TNS? #le podern até Aveiro: — Fuze todo mando? fempenho em salar a alma de tou Avena: — Faso ‘Anprmntio: — F esta 6 a mantra que encontraste? ALEMENA; — No momento, € @ mais rpida, ANFITRIO: — (quase para si mesmo) B ioctl! ALCMENA: — Inervel por qué? “ANtttaiZ0: — (caindo em si) Eu... eu devia vie mais véaes 4 {ETB pia Yer come exo eves muiers.- Qual! © mondo ‘ALEMENA: — Se é um deus que o di Axrmtiio: — © mundo est perdido porque hi mulheres que, a aur a earrelra dos mark Ratner ctr dos mars, io capars de fazer ots Aten: —E quem dseg ise que eu quero favorece catia de ‘eu mari? Exlou me entesnndn por fe, por descr ge ew ma 1 port por deve ie POF submissio a0 sobrenatrl. NOo peg nada tae Pedirei meu marido, ito 3 Pedi aide, isto sim, que compreenda 0 meu sae ‘Awrirao: — Alemena, teu marido no got nemesis mesmo qur fe comgor” N° ewan awe tao Atewtena: — Ble eé que no exists davia'uma prova de wa taieniy © MW ste he ANFrTRIRO: — Prova? Voe$ pena que cst aura Pensa que estas cosas deixam ALEMEN: — Quando digo provs,Jipter, digo um filho, ANriratio: — (espantadissino) Um fio... meu? ‘ALEMENA: — Claro! Nio € assim que eostumas fazer? 0 [ANFITRIKo: — (encabulado) De fato... Mas que te Teva a ‘ror que um devs possa te dar um Sho? Avena: — Os precedenes do devs. A certeza de que mio So wma mulher que poss despercbida, mesmo 2 Jupter. A convioyt de que mio este Agu Somente para te roteer, [AXFiTRio: — His de conve que tudo isto resume uma grande pretensio. de wun parte. Por que So pedes um fio att mario? ‘ALeMEsa: — A Anite? Ore, no seria a mesma cosa. AANriTRIKO: — (um espanto) Como? Nio seria mesina coi? [AteneNa: — Claro que ado. Um fiho de Anfirido serd um Iortal come outro qualguer; teu filho seré fhe de devs. “Tessata; — (irrompe novamenre, seguida de Sésia) Senhora, feahora! Merci, de, 0u 16 queim seja (desfona Sosa) quet {qe tenbamos um kot Sésta: — Ente? Nio é o que os dewsesfazem quando descem ‘Avcstena: — Tessla, minha filba, w 6 uma eseraval Nio_ ompreendes a gloria que isto representa? Awerrniio: — Nio queres um flho de Merero, mulher? ‘Tessata: — Eu Axrrrmio: — Mulher! Atende a0 pedido do deus! Dithe um fino! E suma-se dagul, bolas! ‘Tessata: — Jupiter, nfo por favor... Bu tsupico, Bu amo o rmeu Sétia, alo quero enganélo... (Orgulho de Sésia.) ‘ALcMeNa: — Mereiio! Tu queres um ftho? Queres um iho mew? Sésa: — (0 auge do espanto) © qué? ‘Atcstena; — Vem, Mersirio (lomathe a mo).. Deimos Tipiter eTesala conversando aqui e... (Ligeiro movimento fem diego do quarto.) Sosa: — Mas, Dona Alemena. “" ‘ANFrniio; — Mulhet! Largue ée hom... Large ése deus! AtemEA: — Se ni ‘io me queres dar um fio, eu dar ne00, Vem, Metco. (Gesto de Sis u Anfirce sein Su alee, (Cet de Sian antigens ANFITRO: — (avangando para os PETES, mind Paro dis separates) Te ‘cela deste mulert Leva tu estva pa domo? Malhee Sst; — Esl bem, papi (a essley £ com tte chit. Vamos embuor, (fomuea pels oto Sate Pera fort, pel porta do ierior da cau) MB? € 87a ANFIIRIO: — E aio me vole me hae! (Els sem Ti pny MA AHH ES gue cos Atenas — Vocé & um des eng {sa jtamente © que voce nio quer fare, 72" %° Meveito ANT; — ANFTRLiO: — (semandove, sucumbide) Se soubeses a ta ‘We cu tenho de ser deus neste momento! Gur hens igs tt -ALENENA: — Anda falta multo pera carer 9 dia, ‘ANerTmo: — Como demoest tea: — De minh vi ARERR Pe monk vio mihas amin poses ser sr AANttinio: — Queres que cu me Hat cue fata, pds ‘inds ctor nae “NA Poves -ALOMENA: — Jip! No rcomecimes! fe. passa @ mao nos cabelos de Anite @ evan town: — Deve ser lon Sts aso, ans comes nak Sims. Pobre ANFITRIRO: — Oh, Alemena, eu datia tudo para ser Anfitio! 2 AteMENA: — Seja, flo... Voot nfo €7 Vook ato tem 0 ‘mesmo foso, of mesmos gstos de meu marido? [Awertntio: — Alemena. ‘Atestesa: — Pobre pte... Vem. Ev faei com que te Sint a-qual Anfitiio. = (obrigao a levantarse) Ver Axrireio: — Alemena, ¢ tex marido? AtcMENA: — Dsite © meu mario, cit, (Espento de Ane da) Deve ser faigane a dvindade, no? (ocriiao) Pobre ‘deus, et aqui, humulde, trémulo como um pissar pres ‘Ove castigo, Jupiter! Maicr que o de Prometeu, eee estar Scorrentado‘deternidad, por iso ter de Jsprezar 0 momento {fe passa, o rove momento que of moras tem para o amor [Axritmiia: — (acercine também, embora contrafeto) Aleme- ‘a, eu sou Anti ALeMeNa: — Sim, Jipiter, tu é Anfitrifo... (Enlaam-se ‘elamese- Enlpaos, encaminham-se para 0 quarto [AMPITRo: — Se soubesses, Alemena, © quanto eu te amo. ‘Aestenn: — Oh, ouvir sto de um deus... Vem, opie Como querss amarme? Como eta de ouso, come fo com ‘Danae, some cine, como foi com Leda...? Com ui tour? ‘CAbropamrse, Jd quaseentrando no quar.) [ANFIIRIKO: — (inerrompendo a fase de Alemena, e atrando ‘ao cho a coroa de louros que trazia @ cobeca)” Como um hhomem, Alcmena, quero amare como homem.(Entram no ‘quate. cena permanece vasa esilenios). 18 Vor — (fora, longe) Seatinela do Non, ate 2 Vou: — (idem) Sentinela de Tebas,aleta esto! 18 Vor: — (ibidem) sts ouvindo alguma coisa, sentinel? 28 Vor: — Uibidem) No oug0 nada L2 Vox — (ibidem) Dieses wm ruido de bjs... um ruido de chuva., Um tatalar de esas.» um trope Je TOU, 24 Vou: — (iblem) Soldado! A solidto te enche de amor. echoes oma ec 6 TERCEIRO ATO Beau ablre f mesma 180 gras, om reopso do eponte es Ba, Fame Ae cng ch oat ce sl Tm cr ele ay sie de pice ‘Tessata: — Eu te juro, Alemens, que eram és Atcaa: — (muito afta, enguamto tricota um sapainho de ranca.) Nao pode ser, nas pode se Tessata: — Nao o notate? Por um minuto sequet? Alcina: — Nao aes... nso, Nao note. No pot ‘Que te leva a crer que féssem éles? Lee Tessa: — Depois que mi ¢ Antisgo me expulsses dai Atouteea: — (interrompento) Depois que ev ¢ Jipter te ‘expulsamos dagui com Mercivio, ° Sac Sas ee “ ALeMENA: — E enti, vost codeu ‘Tessaia; — No cei, no. Prete nfo ceder, para castigar 0 lime die AucMeNa: — Que chime? Nao vés que, ¢ Aafitibo tivesse “eciigo voltar do-eampo de bathe, nio aria Six. como ‘estemunha? E que motives tera Siva para ter cme de voce? Tessata: — Ab, senbora, esa € outra hiss, que jf agora eu poss revelar.”Creontetinha podido gue cu pasasse « note ho palieio. E Sia sabia dio, ALestENA: — O rei? Entdo © rei ira fazer convites a uma ‘Tessata: — Por mais inceivel que paregs, é verdad, ALeMENA: — Creonte tentou seduzi-me 4 mim, © nio a vost, Tessata: — Por muito que isto firs a tua vaidade, lamemto coniradizerte, Ea'mim que Creonte des, ALCMEKA: — Isto no fere a minha vaidade. Se 6s cobigada por ume eu fa amads por um deus, Tessata: — Nio foi, senor, jurote que mio foi. Era Antic trio. Quando eu me reese! Sésia — ou a Merciti, como quieres — ee senfouse a um canto, dkse que nfo iia desta ‘isn até que amankecese, para ter certeza de Que ev nio ia 40 encontr de Crconte. Eu asepute que tal nio aconteceia porque The sou fel — © pocque prometera a Antti fear de ‘uarda a fim de que ninguem viese agi de noe para dar Eumprinento profecia de Tiss. AvcMeNa: —E, para me guardaes, me deixate com Spt bo quarto. ‘Tessata: — Deitel porque alo era Tipiter; era tou mario, Ateurexa: — Tesla, pegote que ndo insists. 34 imaginste © ridiculo em que feo peramte Antico, se ver sido ee? Tessata — Realmente, & 0 eiimulo do ridiewo teres dormido «com teu mado, 4s Aucatsa: — (quase chorando) Era Spite, Tesla era Iie pier ‘Tessata: — Depois, quando» aurora abriu no horizons ot seus dedos vermelhos, Sista dew um sally aststado, ALenexa: — Dign Meteo, ‘Tessata: — Vi Ii. le deu um salto, asustado, ¢ exclamou A bata” E sa corsendo para esta sala. Chegou a potta do teu quarto, e visas vere chamou Anfiisd. Poe que nia ‘hamou Jupiter, ow papal? AveMeNa: — Porque estava ineressado em convencerte de ‘que era Sia js que como Mercia no arranjars nada ‘Trssata: — Ji era tarde demais, Tew mado AucMeNs: — (corigindo) Sipiter, TessaLa: — V4 li. Jipiter, sake do teu quarto, © os dois comeram pela rua fora Avena: — (quase mum sonho) — Levantowse, gritou “adeus" ¢, anes que cu tvesse colido tm imo bea} havin partio... ‘Tessas, ev sou a mas feiz dss mulheres? (Enura Sia corre, excuto} Sésta: — Viva! Vitériat Lowvados sejam os deuss ALcMeNa © TEssaLa: — (correndo para Séxio) Anfitito ‘yenoeu? Tebas est live? Sésta: — Live! A virzeaesté cheia de cadiveres e de prison ees! 208 grits dos nosos soldados, que celebram sila de Anise, se junta a Tamentagao dos feridos! A populagio ‘Tebas cone para cekbrar'a glein do n0:s0 general, © port recolher 0 saque! (para Tesla) Vai ver 0 que et Wouxe, ‘mulher: punks Tavrades, cates de our, moedas, Atcamva: — Louvado se Sipe! Tesla, prepara um eat fir. 0 mais branco, 9 mats gordo, pata oseclisa! (a 36s) ‘Onde esta 0 teu senhor? o « SOs1A: — Dirigivse para 0 palicio. Foi kvar @ noticia a Crete 45 ‘Auesteva: — Prepara as énforas, Tesla. E um bonko para Aoi (sig encarandy Sta) Eset, Sh onde ‘Sésta: — Eu? No campo de bataha, Alemena, Onde podetia feu esta, senfo 20 lado de Antic? (Sino! de Alemena'a Tes. Salo, como quem diez "Ew nao disse?) ‘Trssata: — Nlo estveste aqui, fantasiodo de Mercia? Sésta: — (espamto smulado) Eu..? ‘Tessyta: — Es faltando um pombo na gala. Quem o tiou ae? Sésta: — Sei lit Achas que dei para fortar pombos? Tessata: — io seram at asas dle que usaste nos pés esta Sosia: — Cingéauo) No estow entendendo nadst ‘Tessata: — Sena estiveste aqui esta nite! Sosia: — Eu, nlo. (sibita indignagao e desconfanga) Quem fetéve agul esta note mulbet? Aueaens: — (afta) Ninguém, Siva, Tessa teve um po- ‘sao Sésua: — Tene certezs? Atoms: — Podes estar certo de que Jipter protege esta casa. Preparem o scrifcio. Quero esperar Anfitrto com tt St honras que merece, (Rethomsse Tessilo e Sia, dlemena ‘feat cabelas, a Hiiea e vem encostaree d frente da cena, como a indicar gue Anfiriso entrant pela porta principal, A firido aparece pela porta dos fundos. Vem suctmbldo e ea Bibaicor) ALeatenn: — (vendor) Anfisio! (corre para cle) Eu esperava ‘que viesses em triunfo! Que sconteceu? ‘Awerrmiio: — Nada, Vencemos ALCMENA: — E por iso vens sisim abot? F entas pela porta dos fundos, ome um criminosa? Ess consada? ” [Awrrrniio: — Sim... etou cansado. A gueria me ecabranka ALeMENA; — Vamos, hoje € um dia de gli Mande prepae ‘rte um banho. E depos faremos 0s steificios ‘AsertniZo: — Sacicios coisa nenhumal (explain) De uma ‘er por todas, bolst Vamos acabar com os sarificos nesta tenes: — Por favor, ndo, Anfitiio! Nio blasfemes, logo Ino, Temos que agradectr os doutes ta Viti [Axprtniio: — Agradeer cosa neuhuma. ALeMesA: — Mas que tens, final, omem? (Jenteafaptslo) Awritnio: — (esgnivandose) Nada... A gucera. A guerea sonia, ALeMEua: — Mas foi a guerra que te deu a glia Avermio: — A gléra ésérida Atma: — Por que woltas assim? ANFITRo: — Porgue... Porque... Se tvesses vino, Aleme= ta. Nio existe gray nao ense nada. No fim da butaa, ‘vance a€ onde me pareceu ser a tena do rei Teleboano. Abs © pano com a espada eentc. Fle estva diane do altar, ceria Sima taga cea de sangue, gemendo uma prese, invocand ie pter Marte Minerva Quando me vi, laa vlou dss mics, Com os olhos abertos, peepuntou: "Tu és Anfitiio?™ Depois fatou: "Peed! a butte, hero. Poupe-me, Serel teu esrave, tinka mer srk tu ecrav, meus fihos sero teus eserves ‘Mas poupe-me a vial E 4 tua generositade de vencedor que cuspid" Ainda era posivel darthe fuga, mandé- embora, mostrar a loucura que’ cometea_ 90 cere ume cidade como ‘Tebae com um bando de maltrpies. Quis darthe ga, ev te jumo que quis datlbe fuga Mandei que éle se levanatic. Pobre velho tremia, © me olhava com uns olbos onde. havin Esrinho e grathlio. Eu pergunel: "De que serve 2 vida sm bora, Piételas? De que te seve a vila como escravo?™ Ele tne tomou as diss mis, e me disse!“ que eu amo, Anfiii, ft'amo.-. Eu-ame miaha mulher, eu amo meus fos, © Bo 6 ne fax agnratme desesperadamente 4 vida." Eu ie lembvel Seeita quem também ato... E, lemibrando-ine de ti, lembrel- Ine de Creonte, € do jrsmento que the fz. Eno ergul a ‘ipa Paces sinda perguntou- "Vals fazer to, hero” FE ‘sua bea ainda te movia quando The corte a eabega.. Seus {ihos fear me othando, como s0 estivesse por teis_duma Inascaratrgiea Esptei a cabeca na Tanga e volte para Tebas "Ro pasar os sas davameme vives. Dirgbme para a raga dd palate, onde 0 povo se aglomeou. Creonte eio 20 pético. Enliei'alanga no chao, d= modo que os olhos de Pételas Ficasem fixando os clos de Creont Sem dizer uma pala, corr para © povo a vem, e, a frente dele, Demagogss, pata Shivatme, (Um prinde socio. Acabepa' de Anjinio etd pend sibre pelo, ele a ertue,encara Alemena,¢ sith, Ueserperado.) Alemena, tu me és fel? Alena! Fala! ‘Auemea: — (corre para dle, tema abrogslo, le se afasa) ve tens, Anis? [Asritmiio: — Tu me taste, Almena, tu me tle! Avenena: — Anfitio! Avriraiio: — Ex sei que me tras! Eu sei que esta note Bize, die, Ni estéve slguem agu esa note? Nao se cumprit 2 preci? [Ateateva: — Por gue jlgas que alguém et@ve aqui esta noite? [Asrirmiio: — Porgoe, .. Pore... as sentineasviram tuzes so feu quar. Auestexa: — Era eu, que fez, Axrrtaiio: — Rezavas? Ateatesa: — Pea Jipter a tua vitria Awetraio: — A Jupiter? ALeaENA: — Por favor, Anfitvio, ANFITRIO: — (tomando-he oF pulses) Quem estéve aqui, ute? o [ALEMENA: — Iipiter, Ani, dle prprio... Velo proteger smo. Tia tua forma, 2 ua Yor, oF cus gests. Awerrmiio: — Entdo Jipiter etéve aqui? No vs a tose que ‘ies? Jupiter cosh nenhuma! Eu estve aqui, eu! E tu acreditas= te que era Jupiter, acreditate que era um outro, ¢ te deiaste Beata © 0 te level». Oh--» (debe subre o “ellomo" © Chora.) ALcMEKA: — No, no eras tu... Tw estavas ma guerra ‘Anerrmiio: — Ni era eu, era um outo,.. Jiiter que se, Btu recsbess te cute Avena: — © deus dignow-se a vir casa de Alemens. ANERIK0: — E pronto! Bastow para que Alemena enganasse 0 ‘marido.-. Como Sabes que no era ev? Que diferenga hava? AveMENA: — Nenhuma, Anfitio. AANrRifo: — Mentes!_Era eu! Eu mesmo! Eu, Aniriéo! Eu te dise que era eu, E nto acreditaste,. E me levaste para ‘© qustto" Teusoibosbridbavem mals do que quando comige, ‘Taos mos estavam mse macia. Nunca 0 tev Perfome fo to cruel... E teu colo, como afava o teu color. E tas pleas tnham um sabor de prec, um sabor que nio era para ‘0s meus ouvidos.. E teu ventre ema, como a anca de Un Potro abe... E feu beljo o teu melhor bai, no era pars Inim, era para és tew devs laselvo cujo corpo adoraste is 4d que 0 mew earnho, mais do que todos os meus crinbos! ALeMENA: — Era 0 teu corpo, Anfitiio. Tal como o te corpo, escondeu-se nos meus biagos como se no Tess um ‘evs, mas tw mesmo, ANFIERIZo: — E por que o amste, por qué? ALeMENA: — Se eras tu, eu no te tt AneiTaiio: — Traste-me, sim, embors fe eu. Féste melhor ‘do que para mim, foste como nunca fos ALCMENA: — 1a, tambsm? Acoso no fste melhor? Onde spreads, sen fora de cas, em Corinto, em Lesbos, 8 amar so ANFLERIIO: — Nio procures atacarme para te defenderes, Congo a manobra. Sou um estates AveMeNa: — Um eseatagsta que abandona a bataha. Se ‘sdmites 2 minha taisd, teas que admitie a tua: quando me amaste como Jipiter, no amaste a tua mulher, e sina mulher Ae Antiiso. Como ousste sedusla? Como’ ousastesmulat tuna divindade que do tens, para amar uma mulher que 50 te pevtncla? ‘Axrrrmiio: — Tu me scusas? Eu € que sou culpado? Bu & que enzo? Tu me" nga eagunt ea eta defended 2 patria ALeMeNa: — Defendendo a pris? Deixate os soMdados tue ‘nd Sem cee, para vires fazer uma masearada! Aveiro: — No entamo, dseste que nada te orgulatia mais Go que minha desergao For amor. teats: — Hoje 0 povo todo te sada nas rua, no sabe gic femase ec dining, cai vnhs ear Anrrraiio: —E nfo sabe que a mulher do seu general recebe ‘ramos em cas, enguanto ele 1a, Que verponha, Alemena! [ALeMENA: — Que vergonha, Anti ‘vou # mascarada e ise 2 Tes [Axrrtniio: — Mil vézes Tesala que apesar de esrava, 12> ‘emouse a Merci. ‘AveMeva: — Tessa, que tu puseste a fiscalizar twa espsa Awrrteiio: — Eu também t disse que ado era Jipter; eu te isso que era Aafia ALeMeNa: — E quando disses, eu absi a porta da rua © Imostet que o teu lugar no ert AGU Awriemtio: — E acaso 0 lugar de Hite ora aquitl Acaso ovis reeusar teu corpo a eu mando e entregéto 20 primero ‘oe oporecesse‘¢-dhstsee! “Eu nio sou uy sou 0 teu deus" st ‘Aueatera; — Dizes isto porgue ndo tens £8. A mioha #6, 2 fntengio do mew sicrcio @ que ts de 2 vita no combate. Tupiter to proteia por minha causa; , enquanto dsiaste as teapas. ao abandono, cle cetamente lnspirouas,levando-as [Anrrtaiko: — Acabarés diendo que, enquanto eu etava aqui, ‘teu Jupiter, masearado e-Aniivio, comandava. os meus Soldadc Auestens: — E por que ni? Se dle no estivesse ao lado do {en enérelio, haveria de ter atendido as. press do pobre ei Preis, que tu malate infil injstamene ANrireiio: — Injstamente! Era um rel inimigo. Um vencido, Lense: — Nio. Tu o mataste por ciime, Por eitme de ‘Crconte. Para tazer a caboya de um velho esptada a Ponta fs uma Tanga e mosiila 20 nosso ei, como um aviso, como ‘vem diz: "Veja de que eu sou capaz"! E no entanto aaste tim "eho... Matasealgném que implorava a tua misercor- fin. Matate wi idefeso, tu, um alta, cu, um forte... Tudo pporgoc, cwondida ats de tua. grandes, dos tus miscuos, ‘Ss ta coragem, ests uma alma inerta etemerosa, uma aa ‘ie se negara cter nos deuses que nok poveram, mus Yee Set Serdade a prfecia de um. eego numa praca publica. io € ‘erdade? Quando souteste do otieulo temste pla minha honra, mibora digs que no ees em Tesiavas. Tu, que no acredilas tno deus, patsaste ano screditar em iim, na minha vituds, acsituste somo ert 0 primero rumor de que algoem entraria fut eaen do general de Teas e The wolra & espa! Awrrtniio: —E no entant dso alguim wo, e te poss. O ‘riculo campriase ALcMexA: — Entio por que nio erés nos dewses que 0 inspira- ram? Poe que afimas qua no existe o sobrenaural, st tm ‘ue wm gato prto erase nat (ent? Tu fostetope, Aafia, Milgte © mals sagrado da minha f, aguilo que o mais laseivo 4 homens jamais poderia faze? Tw inslteste a minha Gage" de espsh © amesquiahaste a minha casa. CAnfirido fst ecabranhadisine. 2 ANFITRIKO: — (apc, cheio de convigdo) Alemena, eeu. fsouta. vow confesare... para que io jlgues que sou tio nav» Sou apense clameni, eumento do todos, inclusive dos ‘ewes ‘gue. adoras, Owe, Alemena... Vou dierte uma cio, que é um sasrifsio para a minha howa de mado: eu fio sve agit ontem a noite Ndo estive. Fol Sopiter quim {steye. Primeio, 2 pafeca me deixou abalado. Depots, quando ‘uv uns soldados dzerem que tisham visto Tuzese ouvido vozes fm norsa casa, tive a cenza de que algoém viera agul. Tive ined, Aken... sve medo de que fs algum dos da reta- fuarda.. tive médo de que fe Creonte. Aucnans: — Creonte eobiga Tesala, Awrrrmiio: — Coma? Cobiga Tessala, ¢ no a voce? Aucatexa: — Nio te alegras? ‘Aweurniio: — E um jnsulte! Cebigar uma eserava, © nfo a Soce?lE de amargar's. Poe eve médo quo tle me tivesse hpomeado general si para aastarme de casa. Por iso ago" ‘quando vole, vin seabrunbado... precisava saber quem tinh ‘ado agus. vera que me diseses.--- Quando me con- fescate que Hiiter ete aqul, seat um eoocme alivio.. Um nlvio que elo podia demonstra. EU tha que mostrar ‘que estavaofendid, embora Toss Jupiter... Tinka de dat 3 ntender que & minha e de niaguém mais... Eu aio poderia fnunca, depois de tus confisio, replica: “Ak, feizmente fol Jupiter. Aina bem.» Tratesé-o bem? E como vata familia 42k, como. vio ae msas, ¢ dona Juno, 139 boa senor (i prociranls provacar 6 so de Alomeno) Est perebendo? ioe flava Bem. Posse om home ou fsse Jupiter, et tiaha que mostrar a indignagdo que compete 8 um mari ‘An, ah, ah! Fellzmente fot opie. minha boa Alemens. Eli ais gue tw maid deleata a ata para vir te esa? Nao 6 verdae, Alemena? Que tlic, nio ahis? Aueatess: — (olheo, entre swprésa ¢ comiserada, siia) Fotos muito, Anfiio, fase demai E se eu te disse que tksde 0 primsiro momenio, desde que esbrce com Tapiter nesta Shiny cured gue eras tu? Se ew ve usr que me. pres a 33 ‘acompanharte até o fim da farsa? Se eu te dsser que no sabes farct'o papel de Jipter, © s6 conseguesfater 0 dé mando que fuspeits Se eu te diser que sabi, e te deisel na humilacio sum groteco, porque me lisonjeava o teu pavor-e me diver. tia ere simular tm deus em quem no eres? Eu sabia que eras tle, Eu sabia, general covarde ‘Aweremiio: — Nio, Alemena! Nao era eu! Era Jipte! ALeMENA: — Como, se mio rts que de exists? ANITA; — Nao exio? Como ao creo? Poi se eo ze inpteu no comando. do eteco? Nio’ me dev a wisn? ‘io me deo agra com qo tanto suuva? Nio me dev toe motos pars que tt onus de mim? Enguants ct oo ‘undava ‘os Tebaos, sea Que uma forga seme Se inspira, me empresas uma Taide, ume AteMENa: — Eno c1és noe dewses? ANrrtnifo: — Crsio. Do fondo da minha ala, ALeMENA: — Como tu & sérdido! Estés convert |ANFrTRIK0: — (lume) Estow convertiso, ALeMENA: — Podes ir embora. Quetes tua mulher, quetes a via © por iso fazes uma transagio abjeta. Admies que et Scja capaz de me entregar a outrem, a um devs, que se) com tanto que ito te d® eportunidade de pasar por bravo deme ext, & contanto que io note fre! dos pease com Awrrtaiio: — (num desespéro) Eu te amo, Alemens! AueMENa: — (Urnca) Coma amas 0s deuses? Axrrtniio: — Podes dizer tudo, menos que eu nio te ame, AveMexa: — Tens que escolber ents sees um covarde ou tum mado enganado, Sésta: — (entando 2d F., esbufnido) Senhor, Senhor! A ci dade lncea vem para‘ Axmrmmiio: — Vis, Alemena, & a ghia “Tessata: — (enirando esbofrida) As mulheres de Tebas vm tans para ef ‘AvriTno: — A glia, Alemena! ‘Tessata: — Nie, nlo, € a vergonhat Sési: — £ 9 vergonhat Tessata: — A cidade itera diz quo a profecia comprise. Dizem que um homem este nents cats, no teu quarto, ene quanto Anfirio combatia... A cidade esd orgulbosa de Seu {ener e tran ramos de houro para a sua fronte- Mas tos ‘s homens, as: mulheres, os vethos es ering, tds esto fnfureidos conta Alemena. Dizem que cla Ye trait enguanto| estas Tebas Sésu: — E 0 cprébri, & a vergonhat Muitas_ apanhacam pedras no camiaho, para aiar &adfera! Os prpris prisons fos, que reonhecem a bravura de Aafia, achat que mereces 4 more, porque degradaste © vencedor do ei Pitsae! ‘Trssata: — Que fazer, Alemena, que fazer? (Ouvenese at vo ‘do maliddo que se aprosima. Para melhor eet, com pre= Sumiveimente @ mulidio se postard diane do portico, portant tna plata, send” aconselhdel instloralto-flates. mo propio rein da pltéa. O rida da trba eresce cada vec mak) Usa voz: — Que morra Alemens! Ovres vor: — Que morta a adhere! Ovtma vo: — Gléria a Anfitio, © morte para Ak mens! ‘Ourea vor: — As pedrast As pedeas! (Alas pedras entram pela feta D,, eniradas de fora. Sésia e Tera, aban ‘Alemena anda, nervsamerte, de im lado para outro, Anfiiad tem os ohas fora das sebtas_O ro cresce cada vez mal, At oses continiam: “Abeizo Alemena! Que morra a odie! ‘Que sia expua de Tebas! Anis. entese-noe ats mulher) AtcMeNa: — (cone para Anirido) Que devo fazer, Aafiio? ‘Que deve fazer? ANFITRIO: — Nio sei... no sol... Vou dicthe que fai fu que estve agul ss ‘Aucutena: — F ses repeldo pelos que te exaltam a braver? E muito steiicio.- Obrigada. Eu eaeentosoaiaha a cnalhat (alluntase para 0 pértico, em frente.) Axritaiio: — Nao abras a porta, Alemena! Nio sabes 0 que mul em Bora de ttat Aucuena: — E wu? Seri que sabes? (Sobe a pequena escaia do portico, « fz um gsto como quem abre, pasando de encon- trove slo» dots batontes da porta. Neste’ momento, of wros 44e muda erescem asustadoramente. “Aditera!"Adiltera! Morraa aditera!™.) Aucuena: — (lentando dominar « mulidGo) Tedsnos! ‘Usa voz: — Quem dormin contgn, Alemena? ‘Ourea vor: — Quem depradou o eto de An iso? Aucnena: — Tebanos! Ouvime, antes de condenaeme! Veo ‘ve aul estio todos os eidsdios de Tebas, or mais pobre, 0: fais rics, os que foram 20 campo de batha eos gue fiesam na etaguarda +» Indaga, de easa em casa, cm tbda a parte, que omem esgye ausente no lr, que homem steve aurente da bataha.- Este sera.o que dovmiu com a mulher de Aiisot ‘Una vor: — Diga quem 6, Alemenal ‘Ourea veo: — Tambémn o casigaremes! ‘Ourma voo: — Vergonha de Tebas! ALEMENA: — Ouvisme por favor... Ouvime pelos deses ‘Una vou: — And falas nos doves, sae ALeMENa: — Se eu podesse dizer quem fol... Se eu pudesse ‘ize quem fo, entio ainda estas mais enveigeuhades. Una voz: — Entfo, confess? AueMess: — Confess. Estéve um homem aqui, Fazl de mim que qulerdcs. O nome dtl cu munca dich (Vosesensurde= fedoras, Entre las ouverse: “Agerremo-ll Seguenvina! Prose tata) 56 ‘Tessata: — Anti salva! Die que foste tv ‘Awertaiko: — (A Testala e Sésia) 86 lbertarevoets se me prometerem nanea falar nesta historia. (Astentimento dos dots, Tilt levantese, abado, e se encominho para 0 piriico ‘ho aparece, os wirot da mutad30 trensformarnse em alc imoci. “Anfio! Anji! Gloria de Tebes"" Anjirido ergue mio, como quer val fle). Una vor; — Envota « adlera, Anfisigo! Esta prositvta mio 6 digna do tu nome! ‘Axetrntio: — Tebanos! Deixal que vos eonfese,embora isto {ej um segredo que nunca devia ser revelado. Auemena: — Nio 0 digss, Aniiio, ‘Awrtrmio: — & um segrdo que deveria ir comigo para 0 fimulo.. Mis se assim 9 engi. - EU set que alguem passou 2p tn ca, A profes cumin (Bscamopdes: Soh” Eu ee. Mas pode procurar em ida a cidade ‘Teas, que este homem ino apaesers... Porgue éb € ALeMENa: — (numa Forivel anita) No digss, pelo nosso ‘Aveiraizo: — Enquanto eu defends Tebas,enquanto ew de- fendi ‘on vossos lates, os vorsoe fh, a8|vosas, mulheres, figuem esteve aguiss- e fol um milagre... foi Jupiter, Nowso Senor (eselamagses “Al” Demacoods: — Anfiteio entio «i & ANFItRiio: — (inerrompendo-o) Bolas, Demapog6s. Sou 0 fe pensas! Sou sorno, Mas sou @ hei desta dade! (Voces raver) [Asrtiniio; — Nonca, nunca vos deera ter dito so. Ea {Sin preted inventar que fl eu propia. que ful Jo impo {tata para vir amar minha mulher Mes io tia & Senin para o oss exer para 9 nossa vite. Por Teg eres eu aon, so cor ego 1s Tei um deus que onrou eta hamnie morad, & Hue Soria do se afte 8 minha Akemena =~ Pods ze gv 7 8,0 vosso general, sou um mardo enganado,... Pods sottir quando eu passe, mas eu pasaelimpivido no mie org ae Fomem, decidadio, e de mortal... Quantos, quanos de sos ‘io davis um pedago da vida, a’ lira, fortuna em toa 4 poderdes dizer que os amantcs de vossis caps sSo devong «nto pobres homens como nds... Oléra a Tebss, cup hos teceberam 0 beijo de Minerva'no campo da Ila, cafes ten Theres receberm o beijo de Jupiter no leito de aoe! Gina & AAlemena, a mais pura das mulheres de Tebas! Gora a Dopten {sbanos, gue aeescenta pra 4 nossa gna (a tala place) “NUNC, SPECTATORES, JOVS SUMAH CAUSA LAKE PLALbITE” (Aclamasces ensurdecedora. Anfinio e Alemena se abracam, ‘eradecendo a manifesacde. Sosta Tessole crram 0.5 PANO se A Rapésa e as Uvas (PCA EM > ATO) ‘0 mot on (Ero, Fatale) Pora Nidla e Lica

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