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VI. A INSTITUIGAO SOCIAL-HISTORICA: O INDIVIDYO FA COISA ‘Somos forgados a aficmar que tudo 0 que existe, em qualque? dome nio, Se presta a lima organiza;io conjuntista-identitdria s do ¢ congruen tecom esta, nem totelmente, nem de maneira final, Presta-se # sla inter. minavelmente ¢ no se presta de maneira vasia, oferece-Ihe um porto de spoio parcialmente cficaz, ¢ de tal maneira que ndo podemos pensar esta arganizacio como pura e simples construgio, como imputdvel unicemen le 20 “poder tertfvel do entendimento”. para usar a expressZo de Hegel 86 podemos conjuntizar o que & porque 0 que é, € conjuntizavel; $6 po. demos cetegoriza-lo, porque € categorizavel. Mas toda conjuntizacio, toda categorizagio, toda organizagdo que instauramos /descobrimos mostra-se, cedo ou tarde, parcial, lacunar, Tragientéria, insuficiente mesma, o que é mais importanie, intrinsecamente deficiente, problema: ae finaimente incoerente Esta situagdo ~ que nade tem a yer com a idéi fHesudo assintétion do “cortes epistemal € amplamente ilustrada, como tentei mostrar ‘mn outro lugar, pels historia da ciéneia “‘exata”” por exceléneia, a fica. ‘As quests ¢ as aporias com as quais se dehate a fisica contempori- tea igam-se a um modo de ser subjacente do existente fisice que perma- falaciosa da “pro- plérias sobre os 1 Yer “Selesce modesne et inertagaion philosophigu PSSTSSSFSTSSSISISSC Sass sect sssscs22a2s8 nece inapreensivel por meio da ldgics ident seauissemns re. solve-as - como se deve esperar - através de novas modificegdestesriey, Subsictiria a certeza de que, nfo somente as noves salucdes engendre Tiam, cedo ou turde, novas enigma, mas sobretudo que sua relegfo com fs anteriores permaneceria inteztavel par meio da logics ¢ de ontology Identitdria ~ como permanece a da fisica newtoniana ¢ dx reletividade ‘A situagde se tora incomparavelmente mais agudaquando nor ey tamos do universo fisico, Tentamos mostrar mais acima que as eategeriay 5 delerminagGes centrais da ldgica identitéria desmoronam a9 conta torica ~ 0 que permite compreendet porque nde D6ce ese Set verdadeiramente pensado como tal pela tradigao, Vimos tambén ¢ Neremos ainda mais longamenie, que implicadas pelo mundo das signif agdes © nossa relasdo com este. clas colocam fora de sleance seu modo devser. Encoatramas ® mesma situacao no dominio que agora al mos: o da inslituigho sociel-histérica do individuo (¢ correlativamente dda peroepedo e da colsa), ou sea, da transformagii da monade pslquieg tem individue social para o qual exister Outros indivicuos, cbjetcs, mundo, uma sociedade, iatituigdes ~ todas coises ro tém sentido e existencia para a psique. Tss0 ns levard a discutr ¢ Gquestio de psiqué, que, ne verdade, ndo é separdvel da questo do rosa historico, duas expressOes do imaginario radical, lt como imaginacto ra aqui como imeginério social. A discussdo se fard a partir da cen. cepedo freudians, que nao se trata de eprimorar ou tefacer, mas sin de fsclarecer de outta mancira, « partic destes dois temas que permancceram para ela, ¢ aio por acaso, pantos cegos: a insiiulctlo soctat-histériea es {que como imaginagdo redical ~ isto &, essencialmente como emergin Ga de representagdes ov fluxo representativo ndo sujelto & determina 4 (© modo de ser do inconsetonte O inconsciente, escrevia Freud, ignora o tempo € ignora a contrat do. De certo modo, ndo soubemos Bem como utilizar esse pensamente ‘oso, ampliado e tornado ainda mais insistente ao longo da obre \d ~ isso quando nao o fizemos dizer 0 contrario daguile que ciz, transformando o psiquismo auma maquinaria real ou reduzindo-o.a umi a, phamiazra. Nes que sabe ler compreenderdrapidimente em que sentido 0 eno ssirutura 10gica. O inconsclente constitul ym “lugar” onde o tempo {enittio) como determinado por e determinando unit sucessae oe hae ~ n€0 existe, onde Os contraditorios nfo se exeluem mautusns tits precisament, onde nko se pode cogitas deconadiverion, save rae Frerdadelramente um lager, ja que o lugar implies» ordem e 2 dictacks Do material essencial do inconaciente, a cepresentagdo, nada Poder oe Sper se nos mantemos dentro de nosst tégien usual Jd ertamos vote, taedo a coise quando, a propésito do inconsciente(e mesmodda conschen. tfalamos de reptesentacae Separandoca do alesoc de mtemsao ineoers Gentes, 0 que € impossivel de dielto e de lato. O inconselente se cxioe fomo fluxo indissociavelmente representativo/afetive /intencional, Mas Sponumnes que s separegdo sejeefetudveleefetuade e stedhamo-nos A ripresentao coma tal, Come ndo ver que ela escapa aos eaquetnas log Gos mals elementares, que ela fope por todos os lados. que seo pederes fn rubmeté-la h nenhma dat enigencins da deteraigiages Sela por exemlo, 0 sono de Hreud "O amigo R-é mos to, tom una longa barba loura... Este senho Forma wma representacao ou vd Far, € quantas? O que é uma coisn, da qual ado aasomes disk iro Guanto a, 90 ela Suma ou vias? Ou entdo considereimes sapiens pequeno Hans”: 0 que é, para'o pequeno Hans, « represeatueae de sen pai a do cavalo, de sun Tobia c sua velagdo? Nos nos Hucianas neste ge tio easo, quando levades pelo habito da interpretasao. w neces ifcce ee taduzir os daéos do inconsciente erm termos de ingusgem ecm relocoeg fexjadas em e por este, colocamos a tepresentagdo do pale us romreeens tage ou “simbolizagdo” pela animal de Tobia vor tena weakens & Bint, um quid pro quo simples, a colocagdo de uma colse por cava cage ca, Cetamene, ea entrasiemes nese mineo dn intrpretagdo du tradugio em linguagem de vigtia, nada poderlamos deer, Mask atuagao tfetlva naéo € verdadeiremente is Meee del falamos - como sabemos, se € que ja sonhamos, pel vez. Nem 6, alias, preci 2 tod a Klin nos uma recs sorhar para vio. © paqueno Richard de Mex famic ¢ 0 peince 0 grande peixeem cima.” ele nia i que x ¢ (para). de diz que) Se mesmo wampones, oe _, Dissis-s, hi. algum tempo, substituiro desiocamento £4 condensa- cio de Freud pela metonimis e'a metifora, Esta vtminclogia yee eens perag8es do inconsciente/aos modos de funclonament® secvnad uagem de vipa 'diminul a genial deseoberta de Freulle cou sinda mais os tesouros do Sexi0 Capitulo da Interpretagdo dos Senos No mézimo, poderlames ter ditoo inverso: que meldfora,metoniinls ee ovtasFiguras da linguagem de viglia tomartalguma colts das operagBes Linconsien nt ‘Narretve on Child Analysis, 19 'sadieme expitalo Vit do inconsciente, sem poder reconstituir sue, abundancis © riquezs, Na fra preciso, de qualquer forma, submeter o inc fd estrature pry a i Tinglistica, Da mesma forma come, quando se fala da sexu i, assume-te, quase que irresi rhente, o ponto devista do adulto, imputando # eriange uma vivéncia gue nao é'a sua e a partir dal descrevendo sua sexualidade, defermand.g completamente; assim também traduzimos numa linguagem logicisa g modo de ser e de organizago do inconsciente, inventando significa adas por leis que até ousamac che. mar de algébricas. Mas o que o inconscfente nos dé, nos forga a pensie © que linguagem elgume e élgebra alguma nos fariam pensar, ¢ radi ifefente, Nao é que um a definido ¢ distinto venha, airaves tum relle de relagdes tio complexas quanto queiramos, mas elas préprias definidas e determinadas, a ocupar o lugar de um 6 igualmente cefinidos to; iso nfo € mais do que a imputagdo ao inconsciente do ponto ce vel em parte, mas totalmente absurde se levadaa das nevessidudes do legein. O sonho: “O amigo R é meu niste xpe=9 amiga R, e existe ¥.y = meu tio, € de acords com as leis do inconsciente, x=y x = y"".O sonho da a representagtc ine consciente tal como ela # na medida em que, falando dela, somos obngx. dos 4 nomear sud {usE0, sua indistingdo ~ as quais nem por isso provo. ‘cam um caos, E isso ndo resulta de operacdes sobrevindas, ulteriores, que mente figuras separadas, claras e dstintas teriam embaralhado; mas sim do se: da paigué que ¢ genese de representagées, na qual, talvez, “o amigo R” se Formon aqui a partir dee em relagde com “meu tio” — mas de Leda ma neira, geralmenie todas ea representagaes “‘separadas", que necessaria mente distingue a logiea da vigilia, formaram-se certamente, a partir dee tin relagdo com um numero infime de representagSes arcaicas que eran, pera apsiqué, "mundo" do qual o longo trabalho de formagto do ia- lividus as separou para fins da exisiéncia em vigilia, ¢ que nos remetem, hor sua vez, 20 enigma de um representar-representacdo origintrio. O Que gera problema nfo esta fusio ¢ ind 1-€ menos inca.as con- fradigdes que ela implics para a légica 'a~ ov melhor, part a légi- ca identitaria, porque tudo o que € vigilia esté longe de ser iden ‘Mas é antes, esta separagio s sua postibilidade, a origem do esquems da discrigdo e seu dorainio parcial sobre o que existe. Ume vee al mergutha- dos, nto é mais o megma representativo-imaginario do inconscieate, mas Simo esquema da discrigho, a idéia de identidade, a efiedcia relativa da Separagio que se tornam fante inesgotavel de surpresa. ‘A representagfio ~ quer ineonsciente ou consciente ~ ¢ de fato inane Liskvel (sem por isso ser absoluLamente simples), Toda decomporisio em clomentes & aqui artefato provisério, toda imposicio de esquemas sep tadores-unificadores € centetiva infeliz de cobrir um ser de dimeasdesit dlefinidas com alguns fragmentos que dele foram errancados. A repre tagio nao tem frontairas, © nenhuma separagio que af possames int ait jamais teria sua pertingncia assegurada ~ ou antes, teria sempre 101 318 pertinéncia assegurada quanto a algums relagto essencial, O que al ise remete a0 que nfo ‘mas ado o solicite sob a éi- (b de ume regra determinada e form como um teorema soli Shas conseqtléncias, ainda que fossem infinitas, um niimero seus sucesso- Ait uma eausa seUS efeitos, ainda que inumerdveis, O abisrmo que separa indefinidade de represcntagio da infinidade matemAtica de ordem mis nada é ainda maior do que 0 que separa o infinito matemAtieo de um Shmero banal; é um abismno de ser, no uma diferenga de cardinalidade, G cue nia se encontra numa representacdo, pode tlve nela se encon- f, 2 para isso no hé neabun nenhum peas ssa é também araaio pela qual ~ou entfio:é apenas umaoutra ma neta de dizer que: ~ @ “relagdo” efetiva essencial entre representagbes, 0 {jz denominamos 2 associagio, nfo propriamente uma refagdo; nem nioeagdo em relagdo de termos exteriores um ao outro, nem desimplica- Togica daquilo que s6 teria sentido sendo composto. A denominade ive" associagao, tal como se tente-fhduzi-la em psicandlise ~e que, evi= iemente nfo é nem livre ners no-livre - 6 um detvendar parcial de es. pcos de um co-pertencer, que jamais saberemos dizer se Ja preexistia a {is formulagio ou 6 criado por ela - e esta questio nao ¢ pertinente. A scciagdo ¢ um fio estendido entre os cumes de uma cadeia submersa ¢ {pe freqilentemente se precipits nas fendas das profundidades ocednices. Mas sulcos cumes nao sao ordenados, nade fixe aqui um antes-depcis rmcesfrio, e nunce se sabe se um cume no sc revelara um sitleo, ou vieo= ters, nem se € 0 caso de falar em revelar-se ou transformar-se. Se quicés- izer ado somnen- i as ~ ou qualquer on- lagdo entre representagdes ~ como colccagio de relagbes Liunivocts lermas cistintos € definidos; mas que & mesmo impossivel denomi- srrespondéncia”, no sentido que se dé a esse cerino nia ieoria dos conjontos, de uma relacdo varios/virios. Porque nao scmente esia cor respondéncie seria virtualmente correspondéncia entre uma familia ce quer outras mas sobretudo, « que entra nesta correspon «ie ¢ constantemente redefinido, remodelado, refigurado, suz manei- je al entrar se altera, e esta prSpris alteragio, e no somente seu pro- duo, torna-se termo do que deve ser considerado, O que a representagao nos dé ¢ a “multiplicidade inconsistente”, tle rndo-nos ce uma expressio de Cantor-um tipo de ser que nio somente ‘mesmo tempo Ut € varios, mas para o qual estas determintedes nao slo nem decisivas nem indiferentes. Em verdade, os “aspectos” sob os imos tude 9 que € como um € vérios nunca sAo mais do que sitérios, menos ainde mesmo, pontos de apoio para o progreiso do uF30, como alids todos os termos e os pontos fixas do legein. Mas ex "utpectos" podem ser nos outras casos ~ © existente fisicd, por exem- - determinados “suficientemente quanta ao uso", as relzgdes cons. sobre estes pontos de apoio apzesentam uma estabilidade extra i: © obrigatério € 0 impossivel sf se encantram quiace univer 319 PeeeS eT eT re eT TARTTBABRBARABRIARIWTTT ‘mente mesmo se no o determinam exaustivemente, Nada & a Dresentacdo: aqui o obrigatério é tri Im nar. evazio © 0 impossivel quase rio ite: rclsdo”,constantemente alereda no detenovinenta sai laqulio de quc se tfata, pode aproximner quaiaquer erator" Gor see mant-losindefiidamente separados, De maneira que as proximidere 8) no sao determinadas, ou sto constentemente redetertninadas, ar uma metéfora topologic: bitrariamente perts e arbit 86 todo ponta esté, x0 meamoyne umenite Jonge de quase todo utr Certo, falamos de teptesentacto ~ como poderiamos nic fala? -¢4 aue dela dizemos naa inteiremente vio, Fecemorlo utlizande fragnge tos gue fxamtos, que represertam o papel de pontes de reerencie es Higamos termes da fnguagem, de rasneira que podemes aproxinethee mente saber-pelo menos “de que falamos" mas estariamos poder tequecdssonior que stses termes ado podem wuportar todd © pee ie Operacdes conjuntistas e identtérias: © menot ainda ce com 2 iSong doion Sacco das marene das fvradurae, podemos eventuslingy eelo do cevalo lve fazer uma hela de suave £:do peso do cavalero: mas afo saber quem ele era, o que pretond corria em diveydo ao seu amor ou em dlregdo a sua morte Mas a interpretaco nto restitut uma légica e uma ordem nas repre. sentagdes inconscientes ¢ nde visa determinar seu sentido? Ea freudiana especialmente a meiapsicologia, no se refere toda 0 1m aparelho psiquico conatitulde de t nfo de outra, a lugares, 4 Torgas, a entidades tomadas da ide 0 real ede suas cons trugdes em outros dominios? Perguntamo-nos primeiro como ¢ porque o ser do sonho ow mais ge- mente da representagao inconsciente patria ser suprimiido por seu set rpretado (ou interpretdvel), Sera que o ser da loucura como laucure lo se cla pudesse ser, mesmo integralmente, interpretaca! ido aqui no significa, € claro, suprimido efetivamente por cura da loucura ~ mas sim suprimido antalogicamente), Serd que 0 mode de ser, o nivel de ser © 0 set-assim: do delirio ou da alucinaggo sto anula: dos pelo postulado de que 0 conteiido do delirio ou da alucinagio seriam interpretive's? Sera que 0 ser~or da cor € anulado pelas equages da fied? Tanto a cor ¢ uma equagdo, quanto 0 sonho é a sentido do sonho. Ha agui um desvio quase que imperceptivel - vio grande € a forza da ligicar ontologia herdadz, insinuando-se em todos es dominios - mas decisivo, © fo grave quanto o que, desde 0 nascimento do pensamento clentifico © mais ou menos até Freud, recusava-se a considerar o sentido do sonhe. 0 sonho cra relegado enire as escorias do funcionamento psiquico porque no se dava coma um sentido articulado segundo o8 cAnones da logiea 320 4 igenttério, Do momento on Que a interpretagdo encontra para o sonho fon equivalencia de sentidg, ele se torna’ uma escdria ontclogica, wm fide absolute, um richtiges Niches. Ele seria inteicamente vissolvido pot Mh redugao em seu sentido —e pela explicagio das rezSes pelas quis este [enido se spresenta como esu@ representagto, E porque entio a sentido er geral se apresenta, es6 pode se epresen- tar na psigue como representago? Como poderia qualquer interpretacao, Gu reduglo do imagindrio em teal-racional, eliminer o favo de ser (o Bas ‘ein) do imaginario e seu modo de ser (0. Was-sein) especifica? Mas esta pretensa redugio é uma fisgdo ji ’A verdad terpretagao do sonho é postico singular, o da estabelece en fre ropreseniaglo e sentido s6 velem no contexto da analise, nao sa nem senctaliéveis, nem transpertéveis, nem mesmo so verihckveis na eeep Np avelta deste termo, 1389 nao significa que sejam arbi Sim ser qualquer coiss; mas sua significagio pode ser per retomada —€ numa analise digna desst nome ela sempre o para o sujeito snalisado, sujeito enigmitico por exceléacia, desconhiecido fem o paciente tal como é, nero paciente tal como deveria ser de seor~ do com uma aosma proviamente fizade, mas o pactente tal como se faz € sefard no e pelo processo anal flagdo, como 0 secia a ar ela s6 existe “Todo soaho tem pelo menos um ponta onde ¢ inson- umbigo através do qual é ligada ao desconhecido”. E também: “A pergunta sobre se todo sonho pode set interpre Deutung gebracht werden kann) deve-se responder pele negs que? Nas duas duzias de 1) les, numa disposicdo l6gica sur- preendente, Freud responde, om realidads, a duas perguntas ciferentes ¢ de maneira heterogénea. Ele s0 formula explicitamente uma tinica: Todo sonho & interpretavel? Nao eaistem sonhos no interprctiveis; isso de pende, em suma, da “rclacdo de forcas’” entre as “resisténcias intersores” 0 que o consciente pode mobilizar para os fins da interpretayio. ~ De- pois ele responde a uma pergunia que nao formula explicitamente: Exis. fem sonhes completamente interprets mesmo nos sonhos mais bem interpretados, deve-se frei Ker uma parte na obscuridade © conclui al complementacio da interpretagi ago & uma ne "Nos sonbios mais bem interpreta a deixar uma parte na obscuridad lerpretago, que surge Um novelo Ge pensal do sonho que nao se Ch “Epitegordnes zl deixa detenredar, « que também ni forneceu outras con conteido do sont, Base € 0 umbigo do sonho, « parte onde a no descorhecido, Os pensar Surso de interpretagde, deve mente vnivereal (our dsvern obrigatoram fone algemenn... petmanece: sem eomplementacko fogem por et Jados da rede enirslagada de nosso mundo de pensamentes. De im pe mais denso deste renda emerge entio 0 desejo do sonho, como oops Io de seu mictlio'.” Ovdeseo do sonia, aquito que, na concerts Freud, fornece seu sentido, “emerge de um ponto mais certo dea ree da’; 0 “umbigo do sonho"’ é um “novelo de pensamentos do sonho q i nfo se deixa desentrelacar’’. O ponto mais denso, mai 0, thais impor tante do sonke é "ingondével"; 1 exploregdo de seu panto ce pode completarse - nio porque nio sejemos sufcienvemene tes, nfo dediauemos tempo sufleiete para tal, ou encontreme clas muito fortes~ mas pela natures da coisa meoma: porous vee tmentos do sonho mliser gan algemetn dover permanccer sen coer Trentacio. Mssenganseligenein nie pode osexpressurnce rage i missenexprime #necessdae abs perdvel genx (otalmente) redabra 0 allgemein (universcaneey Fogem pat todas os lados ne rede entrclagade de nosso mines op io magmas em im magima, O sentide do sono pr uit Freud fielmente, nfo pode ser plenumente estebelecidy, decna da, porque & por esséncia, ntriosccament magia" (oh re Abschhus)interminave, indeterminado, apeiron ndefnice tase Ch nto: infinite ¢ defnido e Geterrnnade) © sentido dos ho €condensacao do incaptivel, ericulacao do que niowe ders O sentido do wonho tal como.o fornecea nterpreinqaa éaseta ue completa, determina e faz com que se concluam os "pestsaisaees ue por si mesman nto ae podem conclu. A interprelagto formu cen duz estes pensamentos na linguagem dos jutzos e das intengSes; mas, ‘io indissociavelmente representagdes/intengdes/afetos. Esta indissoc Dilidade ¢ iamibém sul pone Em que consise 0 sertido estabelecio pele interpretacto? Nos ca S05 importantes, em formar varios segmentos de ssndos sonietig para a Logica de valia, descjos incompativels, 4 ambivalcia Gov os, os mesmas imagens tomadas em encadeamentos que oe deveioe wit ou enular mutuamente. O gue ela restitul como sentido nfo ty sentido ~ oué impossivel de acordo com as regras da ldgice identitéria. £ sicuagto intoleravel eo equema de sera Oiinconsclente 6 de ato, ranstormiade idee ag Fepousy em funcionamen 1. Gesammelie Werke tp, 16 nota be 9, 529-530 A {anion Standard Ci 1987, p. 440) eon 322 mo jf por Freud mesmo ago comega e & levada a 7 posigdo umas as ovtias; a dade de conscincias em i auigdo" torne-se confito de instfincias, a cx mise #00 4 forine de cOgitosclaros€ d p fas, uma capacidade de prazer/cesprazer pars si, uma instrumen. Spracional inderendente, cberente ¢eflcas, A 9 ; tingio-indeterminagdo na e pela qual existe 9 inconeciente, + eralmente a psique, inclusive o cons 05, visdes préprias ¢ bern 8 eonfusfo ~ con- da pola cosnistncia, « composigho de viros dscursos que best ingute para perceber que cade am é plenamentecoerente pers sh = eae unis pesoe peleuiea ‘0 bteria sempre ni eas, E cxito qu Gistinte, que sabe o que quer © como ob fosse a oposiedo das outras instancias jc esta descrigfo nf & pura e simples flegfo ‘orresponde niko sortente 8 ade, pelo inenos 0 que cos & a estd bem longe de is nfo oretolia pelo menos para 0 prdprio Freud. po de descovriro que denominou al jae ungdes itcompaivels nem um minuto te sun mde dheta de ‘suas indameras mdosesquerd vagem do Ego (Ichspalt jente pode operar so ciente que nfo sobrevi sede ignorar 0 que faz 08 préprioe conceitos de prazer/desprazer, como termos distinta. como exractoristicns origi apesar dos esforcos visando redt ho pertence so dom! t loemanifestagio continue de imaginagdo radicel, seu modo de ser € o de A questi da origem da representagio do trabalho de Freud consistiu, talvez, na descoberta do Iwé ~ no deaverddar das dimensSes mais pro. nagao radical. Mas também podemos di- bre visa, ou conduz inevitavelmeate a rect \osfera positivista que imente ~ e por trds da ekmente imaginério da fundas do que denor er que grande parte FLIFTFTE TL TTPPAWDATTAUTIWRAIWAATIAT Ee ae Fria agri C2mecOU procurando os totes “rea” Cones it 214U8, de sun orgenizacd,« fnalmerie re eo comenanies Sux etencainiial na resigade pont ute ortespendente fet ca nos neursticos an Feta imenta dees ngestoliade de areitar na rere fa Mero imenso de cenas -dugdo de um; ae das por pacientes; a pesquisa de oosain abandonada, mas com do Homem des lobes: © por firme lum material real como suporte, ours ,# transferencia (paradoxal do @ ontoganese niéo propor’? ecesséria e suliciente de fanu nurinsecamente contracitéria) parg rt 1a verificacio “posltiva” de staat logénese da esperanga tedricn de sobre a psigué. fmabinacio, sem que esta scja reconhecida o {ato em Freud, através da importance ae compat contetido, s fonte de sua force” tars 28 sl por interns lof obrigagdo da dete? nz des Triebes it Sobretuda: porque & esie conionder jo momento em que tocemos de perto estas questBes surge uma sé. tie de paradoxos, i chuesentacio 86 pode formar-se nae pela psiqué; ata aficmscte lis, mais do que redundante, # psigue ¢ fey presentagdes acompanhades de um aici fencional Esta represeatacdo, afirma Froud mar-se sobre instrugdes da puisio - que, no ade 20 na ee BUtO) nt priqué, devendo pois nelt excene hada 20 mutismo. Uma primeira ponte deh a2 © "corpo"; um primeira nucleo repres dosonforme, ou methor, relativo as exigencies cairo a alma c 0 corpo, antes que todo procall ido instaurado, Certo: podesse dive PIQUE € 0 foto, expec le uma aleto, a forma ou sa induc fsnga por um adulto sole 4 como real — finalmerts Fen ma estonia evidentes ~ ao ares nto de condensate ¢ de acumlacto de todos ot mistron da “ga Gein alma e do corpo" : : onde tira a pique 0s elementos ~ matetiais¢ orgenizecte - deria proptios do Croudistno, tem uma venorh ie far com que tudo sa dels Gr Suas representasdoes quanta 1 soa os conteidos, nos pergunieinos comio e porglieencontraria cla elena {ego que nfo elt mesma seus proprioe produ Est an ima. os elementon da represeitacdo do “teal”, fasemed wine agee «do sem sentido (como tomar de alguém 0 que eae algiemn nie eens funedo de uma elaboragio pstquica que pode pros gutir, segundo os sueltos¢ os momentos, ox resultados mate di ches inssporedos, A tentative gradualista de resolver Gualquer outro lugae apenas urna csquiva faeces iborgdas, em cade etape, de maneire my © mais “desen- ae etunsto. de ttelidade de “experiencia” anterion Matias re

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