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SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORQAMENTO E COORDENACAO FUNDAGAG INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA - IBGE REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA ISSN 0034 - 723 x FR. bras. Geogr, Rio de Janeiro, v. 54, n.3,p. 1 = 124, jul/set. 1992 REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA Orgao oficial do IBGE Publicagao trimestral, oditada polo IBGE, que se destina a divulgar artigos & ‘comunicagées inéditos de natureza tedrica ou empirica ligados a Geogratia e a campos. afins do saber cientifio. Propondo-se a veicular e estimular a produgtio de conhecimento sobre a realidade brasileira, privilegiando a sua dimensao espacial, encontra-se aberia & contribuigéo de ‘técnicos do IBGE e de outras insttuigées nacionais e estrangelras. s originals para pubicagio devem ser enderegados para: Revista Brasileira de Googratia/Diretoria de Goocidncias Av. Brasil, 15 671 - Prédio 3B - Térroo - Lucas - 21241-061 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil Toi. (021}391-1420 - Ramal 223. A Revista ndo se responsabliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados. Edtorada ¢ elaborada pelo Sistema de Editoragao Eletrénica na Diviséo de Documen. tagdo e Processos Graficos - DIPRO/ DEPIN/ DGC, om agosto de 1994 Criagao: Programagao Visual e Capa Pedro Paulo Machado ©1BGE Revista brasileira de geografa’Fundagdo Instivto Brasiiro do Geograta ¢ Estalisica ano 1, n. 1 (1939, jan/mar) - Fio de Janette: IBGE, 1939- “Timestal ipo oficial do IBGE. Insert : Atlas de relagdes internacionais, no perioso de Janvar, 1967 -outide2. 1976, Numeros especiais: vol. 47, n. 12 (anJun. 1885}: Sumérios fe indices acumulados de aulor e assunto dos vols. 1 a0 45 (1999-198); vol. 50, t.1 (1988) :Cidssicos da geograta vo. 50, 1.2 (198): Reflexdes sobre geogratia, ISSN 0034-722x = Revista brasilelra de geograta 1. Goografia- Periésices. |. IBGE. IBGE. CDDL Departamento de Documentacio e Biblioteca (c0u 81 (05) RU-10GE/68-23 Rev, PERIODIC Inmpresso no BrasilPrinied in Brazil SUMARIO ARTIGOS A“CIDADE MUNDIAL" DE SAO PAULO E A RECENTE EXPANSAO DO SEU CENTRO METROPOLITANO Hotona Kohn Codoiro CONSIDERAGOES SOBRE AQRGANIZAGAO INDUSTRIAL DA AMAZONIA — 27 Miguel Angelo Campos Rio GEOPROGESSAMENTO E ANALISE AMBIENTAL—47 soxge Xaver da Siva TEORIA, METODOLOGIA E HISTORIA DO PENSAMENTO GEOGRAFICO - FLAGRANTES DE UM SECULO DE REFLEXAO EM PERIODICOS SELECIONADOS — 63 ie Cavaleant da Cunt Babiana PARQUE SALINEIRO DE MACAU - RN - MODERNIZAGAO TECNOLOGICA x IMPACTOS — 91 ‘demic Araujo da Costa FRIEDRICH RATZEL HOJE - A ALTERIDADE, DE UMA GEOGRAFIA — 105 Liana de Lima Mating CORPORAGAO, PRATICAS ESPACIAIS E GESTAO DO TERRITORIO — 15, Reboto Lobato Corba INSTRUGOES BASICAS PARA PREPARO DOS ORIGINAIS — 123 A" CIDADE MUNDIAL" DE SAO PAULO E A RECENTE EXPANSAO DO SEU CENTRO METROPOLITANO Helena Kohn Cordeiro (IN MEMORIAM 1994)" ALGUNS ASPECTOS DA REESTRUTURACAO DO ESPACO BRASILEIRO NO PERIODO POS-SEGUNDA GRANDE GUERRA Durante os anos 50, reagindo as ruptu- ras de ordem internacional, ou aproveitan- do a reconstrugao da economia mundial no segundo pés-guerra, 0 Brasil, através da Participagao ativa do Estado como promo- tor e coordenador da estratégia do ores mento impulsionou a diversificacdo da sua estrutura industrial, muito além daquela dos seus vizinhos latino-americanos. Nes- ta fase, deu-se a reorganizacdo completa da nossa economia e da estrutura espacial no que se refere aos fluxos de capitais, Prota, Dra a ‘Sao Paulo” UNESP Campus do Ria Gara 1 Gpiete (1985) alma que um tarcio tordismo pertrco instalou'se nos aros 70, migragao do trabalho, processo de produ- G80 e gestdo das atividades econdmicas. ‘partir do take-off econémico do gover- no autoritério em 1968, desenvolveram-se na Regio Metropolitana de Sao Paulo (RMSP) as condigdes que a capacitaram ao desempenho nao apenas de niicleo principal da produgdo fordista periférica em nosso pais (Lipietz, 1985)', mas, sobre tudo, de ponto articulado do conjunto de "cidades mundiais", como centro basico do controle e acumulacao do capitalismo em nivel internacional em nosso terrt6ro. ‘Na estrutura corporativa capitalista, 0 se- tor financeiro tomou-se nesse periodo 0 integrador fundamental do sistema econd- mico mundial, através da transnacionaliza- ‘go do mercado de capitais e da reestrutu- Tagao do capital em escala global, através da reciclagem do capital acumulado (Sha- char, 1983). O capital financeiro vern, por- artamonto de Cartogatia @ Andtse da Informacdo Googrtica da Universidade do Estado de Providenciado por formas inSttuionae,qua slaamn consigbes para sexi tencao pronsona Sa complomontanade traci Tarbes iNoram um pagel sinda que nip, mas intiadote estuurane. as mas inemaconel © 8 acoroe tetas om as bars Vananaclonals. A domnsa socal covsponse @ wna comonacdo espectca do consumo dae fazeas mechae moderns aca, com seuss parcial para os prance do setororcsta doe bane Ge equpamentat doméstions e do oxportagao. F. bras, Geogr, Alo de danoto,64(3): 5:25, ult. 1992. o REG tanto, dominar a economia intemacional, passando a “cidade mundial" a ser a arti: culadora basica do capital (antes que da produgao). Assim, desde a Reforma do Sistema Fi- nanceiro Nacional (1964/1965), reestrutu- rou-se 0 sistema bancario brasileiro,se- guindo os moldes daqueles dos paises ‘adiantados. Por essas normas, foi encami- nhada a formacao de conglomerados, cada vez menos numerosos em funcao de ‘encampacées e fusdes, em detrimento dos banoos regionais e 0 quase desapareci- mento dos locais. Apoiados na expanséo da rede nacional de telecomunicacées, providenciada pela EMBRATEL (fundada em 1967) e, portanto, na rapidez da remes- sa de informac6es pela implantacao dos sistemas de telematica, os bancos passa- ram a recolher a poupanga, a difundir e a facilitar o crédito, expandindo 0 consumo de massa, ‘A"financeirizagao" do espago brasileiro & um dos fenémenos mais surpreendentes do Brasil recente, As instituigdes paulista- nas esto entre 0s grandes responsaveis, por este proceso, pois das duas dezenas de conglomerados que atingiram a escala nacional, doze esto sediados no Centro Metropolitano de S&0 Paulo (Cordeiro & Santos, 1990). Aliés 0 conjunto dos bancos paulistanos domina mais da metade das plantadas nos centros urbanos . is (Cordeiro, 1986/87) ‘A expanséo territorial do sistema banca- rio privado nacional soma-se aquela da rede bancaria de capital transnacional. No periodo pés-70, mais de 65% das sedes de banoos estrangeiros e dos escritérios de representantes de bancos estrangeiros, que negociam no pais, instalaram-se no Centro Metropolitano de Sao Paulo (CMSP). Circunstanciando-o como epicen- tro do capitalismo brasileiro em suas rela- (Ses internacionais, temos também o fato de que a maioria das agéncias brasileiras sediadas nas principais pracas de nego- Clos internnacionais, como integrantes dos grandes aglomerados financeiros paulista- nos (Cordeiro, 1986/87). ‘Como centro de gesido empresarial, a RMSP também é 0 mais importante ponto de controle do espago brasileiro. Nesta fase no s6 ai se sediaram 30% das sede das maiores empresas nacionais e estran- geiros de todos os setores da economia, ‘como vem ocorrendo uma evidente fuga das sedes de tomada de decisdo de em- presas de outras cidades e metrépoles bar- sileiras para Sao Paulo (alias 0 mesmo fenémeno também se destaca no compor- tamento das sedes de instituigdes financei- ras) (Cordeiro, 1986/87). Assim, ao mesmo tempo em que se de- senvolveu no pais uma desconcentacéo do sistema produtivo (Correa, 1989 — 0 cres- cimento industrial da RMSP @ hoje menor do que 0 do Estado de Sao Paulo)—, for- taleceu-se a concentragao do sistema de decisdo em poucos pontos do territério. Avaliando a importancia relativa da acumu- lacéo do capital nas metrépoles brasileiras @ 0 rearranjo espacial dessa trajetoria no periodo pés-68, foi constatada uma con- centragao tripolar do controle do territério nas Regides Metropolitanas de Sao Paulo, Rio de Janeiro e Brasilia, com a lideranca da primeira na rede urbana brasileira. (A Regiao Metropolitana do Rio de Janeiro, que vinha decidindo na lideranga da produ: ¢o industrial em favor de Séo Paulo, des- de os anos 50, passou a perder sua prima- zia politica e de decisdo da economia para Brasilia, depois de 1960) (Cordeiro, 1986/87, Correa, 1989). Nos anos 80, a aglomeragao das empre- sas e a “unificagao” dos mercados mun- diais so fenémenos (re)conhecidos, que ganharam grande alento a partir da acele- ragao das mudangas tecnolégicas. Assim, globalizacdo financeira, risk-management, Novos padres de concorréncia, entre ou- ‘ros intensificaram a solidariedade e a terdependéncia das eoonomias centrais e aquelas de alguns paises em desenvolvi- mento, como 0 Brasil. Contudo, conforme afima Belluzzo (1991), as caracteristicas internas de cada economia, o arranjo insti- tucional entre empresariado @ Estado, 0 estagio de industrializacgo aleancado por estes pases definiram uma resposta ade- quada e particular as transformagdes em curso, apresentando formas diferentes de resolver as condigdes dos problemas da economia mundial. Nesta conjuntura, a RMSP foi desenvolvendo suas condigdes de "cidade mundial", com seu duplo papel na lideranga do controle do territério brasi: leiro e do comando das relagdes no merca- do capitalista mundial. ‘A logica da reestruturacdo espacial bra sileira favorecendo a “cidade mundial” de RBG a ‘So Paulo (Cordeiro, 1986/87) pode ser identiicada na andlise feita por Castells (1985) sobre o sistema de cidades mun- diais, perpassando por todos os seus ni- veis hierarquicos: do internacional ao inter- no das metrépoles. A dindmica espacial do processo dependeré da posicéo relativa das metrépoles no contexto das fungbes e processos da divisio internacional do tra- balho e da dindmica global do capital. ‘Quanto mais elevado for o nivel do pais na hierarquia do capital financeiro, maior sera ‘© papel desempenhado pelos servigos em: presariais das suas metropoles, e vice-ver- ‘sa, provocando profundas transformagdes no migroespapo dos seus cenros de nogo- cios. E justamente essa reestrututagdio no ais importante setor do espago interno da MSP — 0 seu Centro Metropolitano — que buscamos estudar. AS ATRIBUIGOES DE SAO PAULO COMO A MAIS IMPORTANTE "CIDADE MUNDIAL" DO ESPAGO BRASILEIRO Pola expanséo de sua estrutura espacial, imensa populagao e novas fungdes metro politanas, como lider da maior rede urbana do pais e dos contatos interacionais, S40, Paulo fora classificada, por Peter Hall, em 1966, como a décima sétima world-city, em sua conceituacao relativa a fase do proces- so de metropolizacao das grandes aglome- rages depois do Segundo pés-guerra. AS- cendendo na ordem de expansao e cresci- mento populacional as primeiras posiges no vanking das areas metropolitanas mun- diais” desenvolveram-se, nestas duas tlt mas décadas, as atribuigbes de S4o Paulo para cumprir seus recentes encargos de ‘cidade mundial’, porém, na acepoao reno- vada que se refere aquelas metropoles, pertencentes a um seleto clube intensa- mente conectado por poderosas redes in- temacionais de telecomunicagées, cuja ‘aluago responde pelo controle do merca- do capitalista, em escala global (Shachar, 1983). Representando 0 seu credenciamento para esse papel, podemos destacar pontos relevantes da reestruturagao espacial do espago brasileiro em favor de Sao Paulo. Entre outros: ‘a maior concentragao populacional re- lativa entre as metrépoles brasileiras, abri- gando uma das maiores massas operdrias do globo, que apresenta um tergo da popu lacao ativa da sua area metropolitana (cer- ca de 2,5 milhdes de operarios, em 1988), que ultrapassa aquelas das outras regibes metropolitanas do Brasil) ‘a maior produgao nacional brasileira do setor secundario mais de 30% da produgao nacional) ‘a maior concentragao relativa de sedes das maiores empresas nacionais e interna- cionais de todos os setores da economia. Quase trezentas entre as 1000 maiores empresas do pais (Cordeiro, 1986/87). maior concentragao relativa das sedes de corporagées financeiras nacionais com redes de escala nacional e com agéncias instaladas também internacionalmente (Cordeiro & Santos, 1990). ~ a maior concentracao de sedes de ins- tituigdes financeiras internacionais do pais, algumas das quais possuem redes naci nais. Os tr6s dados acima the conferem a posi¢ao do mais importante ponto de con trole da economia transacional (Cordeiro, 1986/87) ou o mais importante centro de gestio do espaco brasileiro (Correa, 1989). - 4 maior concentragdo relativa de inves- timentos estrangeiros no pais (veja-se 0 montante do patriménio liquido das maio- res empresas de capital multinacional se- diadas na RMSP) (Cordeiro, 1986/87). 0 maior nédulo do sistema de telecomu- nicagdes do pais: do telex (Cordeiro & Bovo, 1989), do consumo da remessa de pacotes de dados por telematica (Dias, 4989), do tréfego de chamadas do sistema telefénico nacional e internacional (dados em Santos, 1992). Essas constatagoes evi- denciam um modelo extremamente con- 2 Os dados preliminares do Conso do, 1991 do IBGE atibuom a Regia Novopoliana de Sao Paule um total de 45 202 5 yande Mexic no Consode 1 Tabavs, de quae © 430427 eatio re Mursipo do sno haul cade conal ca Metple O s0se aptesortoucom 15.150, 7 (dados do Dopaiiamento do Estalstca do Governo fedora Go Menioo), Esees numoros Sspom oseas motepows ha Weranga oo ranking mundi. E imorossaro cBservar que as estinavas de 1089 previam um crecemento mun supers tespectvamante 17. 20 mies. RBG centrador da informago em favor de Sao Paulo’. “0 maior centro difusor dos interesses publicitérios de numerosas firmas e marcas nacionais e intemacionais, salientando a associagao do processo de intemacionali- zacdo e a pratica de publicidade na expan- 40 do consumo de massa. A partir de 1985, Séo Paulo ultrapassa 0 Rio de Janei- ro em ndmeros de agéncias (Ribeiro, 1988) de receita no campo da publicidade (Mi- lone, 1987). @ sede da maior universidade do pais (Universidade de S40 Paulo), com o maior nmero de pesquisadores e a maior produ- do cientifica do pais principalmente dos Setores de ponta (biotecnologias, materias novos, energia nuclear, informatica, eletrd- nica, quimica pura, armamento) e 0 maior numero de publicagdes cientificas do pais (Krzyzanonviski, Krieger, Duarte, 1988), a ampliagdo recente do seu ‘aeroporto intemacional - 0 de Cumbica - para atender 20 maior trafego aéreo nacional e interna- cional de executivos, empresarios, técni- Cos € outros elementos do setor de nego- cios do pais e do exterior. a evidente ampliagao de némero e da methoria do nivel de servigos sécio-cuttu- rais de apoio as elites transnacionais, como escolas de linguas, computacio, tra dutores etc. Na “era da informactio", cresce o papel da "cidade mundial" de Sdo Paulo como 0 centro integrador da maior rede urbana do nosso territério, através da estruturacao ‘cumulativa da rede nacioanal de telecomu- nnicagdes em torno dos eixos de comunica- 0 desenvolvidos pela rede nacional de telex nos uitimos 15 anos (Cordeiro, 1990; Dias, 1989), bem como pela integragao internacionai, que Ihe permite consolidar a mais-valia relacional das empresas, (Silva, 1985). AEXPANSAO RECENTE DO CENTRO METROPOLITANO DE SAO PAULO E AS MUDANGAS NO SEU ESPACO, INTERNO Conforme Castells (1985), 0 alcance glo- bal das empresas exige da "cidade mun- dial” uma "rede de servigos” tecnicamente avancados , de uma infra-estrutura mate- rial, de um conjunto de faciidades de co- municagao e de um meio social que deve- rao estar associados aos seus centros de prestigio". Estes servigoos a tornam mais, ‘vuineravel e dependente das transforma- ‘ges docapital eda tecnologia, o que, mais uma vez, a articula e a submete ao merca- do internacional do capital. ‘Ametropole, privilegiada pela concentra- ¢40 das atividades do sistema transacio- nal, capazes de organizar o macroespago, toma'se a principal emissora de decisdes @ inovagbes no sentido econémico, social, cultural e politico (Harper, 1982). Dentro do espaco metropolitano, o Centro é 0 exem: plo mais significativo da organizagao mi- croespacial desse sistema. fcaaa tn eS ae eet oe eee res are Omega oscuro corer town pee ruanae Te cme seem fa eee Ween econ reto ce gunman Grane anaes ncaa uae eae iebrits. ve itaninian i vemengenms tas Gicamr acne) sey irre celanue tea mas ance Gaae Thaaatee Garay ae bis a Sees Geiser tee stan Suntan aes poy ace, ony ausaarecme uate ato eycortas guia ae Sms Sods a 8 aA BR rai sere ceac tiara ue onanatin tae Seth ead astra Rien aaa ae rene Ge oeroh aan te ue Pcerenm aca gs Beem Renee iors ca onsen carbo ieeecaraestaceich ewok sbi Se aiga Cone atirode ora, Nad tnice tomes eoctoe Sai Sar ee chao ie ese ergs fs eso seta Goan ae Siete arta range mah eine co alaee Se au ba ome SiaGRnats eer e Seneuncaes Semone Suen aaa e iiciguenaeens er ( i (ns cit ae Dicv no watan apodeme ema wae sneer Nae eee ee ee 170m Sarseoaees aren termes omar guna eae (at gey eaeerse aera eh reac eesti ang graces | et Bee necator feats eee epeenae canes tage cane me erature tb Gosche age sigeeiomorncnes caaat ees FPO Eg te PLE Na aa eatin ra se ce eae canon oe senses geste Ts 3 ee Ce ee tas Saoe a aes hs, cnet vance kts hee ome PPLE LIE AS CL RBG © Estado favorece a concentracao geo- gréfica e econdmica nessa area (Santos , 1977), pois partlha , com os monopdlios & oligopélios , da tarefa de coletor de taxas, para a qual organiza e instala um sofistica: do aparelho burocrdtico, cujo tunciona- mento esta em parte a Servigo do setor privado. Portanto, nesse microespago a proximidade entre os dois setores 6 bas- tante providencial. Com o avango das técnicas de manipu- ago de informages e comunicagéo, am- pliaram-se as facilidades para operaciona- lizagdo dos custos de decisdo . Essa efi- ciéncia tomnou-se fator de concentracao das sedes do poder econdmico (Furtado, 1973). De outro lado, apesar dos avangos dos sistemas de telecomunicagdes e tele- matica, 08 momentos de “tomada de deci- séo", de troca de idéias da pesquisa de vanguarda, 05 assuntos confidenciais de negocios sao realizados no confronto face a face. Sao frequientes , direitos e significa- tivos porque a informacéo continua sendo assimilada na mente das pessoa (Claval, 4971; Hall, 1985). Esses fatores sao res- ponsdveis pelo fortalecimento recente dos Centros metropolitanos (cuja decadéncia era vaticinada por numerosos estudiosos da cidade) elou pela criagao de novos ni- cleos nas metrépoles em expansao (Cor- deiro, 1980). No processo de desenvolvimento de S40, Paulo como "cidade mundial" deu-se a am- pliag&o das areas de servigos destinados as novas sofisticadas tecnologias de ge- renciamento e decisdio das operagées fi- naneeiras e empresariais de todo 0s seto- res da economia, buscando aproximacao no seu Centro Metropolitano (Cordeiro, 1980). Como veremos, esse processo en volveu a ocupagao de novas areas. Desta- caram-se fatores de especulagao e consu- mo do espago na diregao indicada pela expansdo da Avenida Faria Lima em dire- do as Avenidas Marginal Pinheiros e Na- GOes Unidas. Projetando-se af novas ul dades do sistema de deciséo, criaram-se equipamentos compativeis com a expan- so da cidade de capital monopolista ou oligopolista que Milton Santos (1988) cha- mou de Metropole Corporativa. Esse esfor- 5 Wostafaso, 0b o impacto da concontacao oi passam a contotar beh ica do “mlagre brasileiro" as 1 000 maioros do patimenioIquida de todas as paquenas © medas empresas do pals (Vieao, Guo 6 ¢0 fo’ feito por e para as grandes empresas egeménicas que formain o seu Comploxo Corporativo. (© processo de expansao do CMSP pode ser relacionado as varias etapas do desen- volvimento paulistano. Assim, da cidade a metrépole, na primeira fase da industrali- zagao (1910/40) desenvolveu-se o Centro Tradicional da Praca da Sé a Praga do Patriarca, com eixo na Rua Direita. Corres- pondendo a fase da industralizacdo da Segunda Grande Guerra (1940 a 1960) formou-se 0 Centro Novo, da Praca Ramos de Azevedo a Praca da Republica, com exo na Rua Bardo de Itapetininga. Numa terceira fase desse processo, tormando-se ‘Sao Paulo a metropole-sede do maior sis- tema urbano do Brasil, depois da mudanga da Capital Federal para Brasilia e, princi- palmente depois do "milagre brasileiro” , ‘expandiram-se os radiais de servigos me- tropolitanos ligando 0 Centro Principal ao novo Centro Paulista, expandindo-o por radials e perimetrais (Avenidas Brasil, Fa- ria Lima, Rebougas, entre outras) (Cordei- 10, 1980). Na década de 80 , com o fortalecimento da cadeia de “cidades mundiais " e a ex- panséio das grandes empresas estatais, conglomerados industriais e financeiros privados nacionais e internacionais, o Cen- tro Paulista no é suficiente para atender &s necessidades da implantagao do seu sistema de gestdo e decisdo. Para tanto, € fundamental considerar que: a) a economia transacional é monopo- lizada por um numero relativamente pe- queno de grandes organizagies publicas ¢ privadas que possuem o poder de decisao, determinando desde a producao do espa~ G0 até a estruturagao interna das cidades®; b) 0 conjunto das sedes das grandes ‘empresas de todos os setores da econo- mia transacional e por sous servigos corre- latos forma 0 Complexo Corporativo da Metropole; ©) portant, 0 controle dos processes econémicos, sociais, culturais, politicos mesmo tecnolégicos da nagao emana da forca de comando das grandes empresas organizadsa no Complexo Corporativo do Centro Metropolitano (CCCM), esas do pale Qusm agoet 1964), absorvendo quase 80% das vondas (Cotaaro, 1986187). REG A concentracao das sedes das grandes organizagdes hos ceniros metropolitanos 1ndo ocorre ao acaso. Existem vantagens nessa localizacdo, percebidas pela sua ad- ministragao de cupula (Stephens, 1982). Entre elas, destacam-se: - melhor acesso aos servigos corporati- vos , de todas as ordens, abragendo desde servigos especializados para negécios até atividades ancilares e amenidades urba- as (Stephens, 1982). ~ maior faciidade para contatos inter-or- ganizacionais, contatos esses freqdentes e direitos (Claval, 1971); maior fluxo de informagbes especializa- a ~ minimizaco dos custos de operaciona- lizagao (Furtado, 1973) Acreditando na importancia do desioca- mento locacional do setor de decis’io do Complexo Corporativo para esclarecer as tendéncias de expansdo do Centro Metro- politano, escolhemos um conjunto de ativi- dades caracteristicas do Complexo Corpo- rativo do Centro Metropolitano (CCCM), em dois momentos significativos (1968/87), a fim de evidenciar 0 processo de expanséo nesta etapa®. ‘Assim, foram localizadas amostras for- madas pelas sequintes atividades: 1.as sedes das grandes empresas finan: ceiras e ndo-financeiras, onde se abrigam fungGes transacionais especificas de toma- da de decisdo e de controle do sistema econémico, especialmente: a) as sedes dos banoos comerciais esta- tais e privados, dos bancos estrangeiros ¢ das representagbes de bancos estrangel- ros. b) as sedes das grandes empresas de todos os setores industriais e de servigos de economia brasileira. ("Quem é Quem na Economia Brasileira’, Visdo, 1968/87) & Passados dez anos da realiz lmavetomada da poscusa go 2. amenidades urbanas: foram escolhi- das aquelas que nos pareceram mais representativas da freqléncia dos executi- vos do Complexo Corporativo: a) hotdis de 4¢ 5 estrelas ; b) restaurantes nivel A; ¢) galerias de arte’. O DESLOCAMENTO DAS SEDES DO SISTEMA FINANCEIRO Como vimos, no periodo em estudo, 0 capital financeiro tornou-se determinante ra economia nacional, sobrepujando em importancia © capital industrial. Deu-se a transnacionalizagao do capital e a conglo- meragdo dos grupos financeiros e a espe- cializago em escala nacional. Portanto, as redes regionais esto diminuindo, rema- nescendo pouquissimos bancos locais. AS sedes dos conglomerados financeiros bus- ‘cam a metrépole, havendo mesmo um des- locamento dessas sedes para o CMSP (Cordeiro 1986/87). Ai também se concen- traram as matrizes de bancos estrangeiros e de escritérios de representagées banca- tias do exterior. Em sua maioria, eles atuam numa escala metropolitana, ainda que os mais importantes também constituam re- des de escala nacional (Cordeiro & Santos, 1989). ‘A RMSP firmou-se como o maior centro financeiro do pais, nao 86 como epicentro do capitalismo brasileiro, mas e sobretudo do capital internacional em nosso territério. Duas dezenas de bancos comerciais pau- listanos de capital privado de escala nacio- nal com sedes localizadas no CMSP (Cor- deiro & Santos, 1990) comandam mais da metade das agéncias espalhadas por todo (© nosso espago. Também cerca de 65% .2.de nosso trabalho sobre o Cento Metopolitano de Sto Paulo, tazia-so necossaria 9 sou procosso de expanse, Nao ousamos comhido erent a anage preturda eee ee ee ge ei as ‘ErmotodeSga que decenvavemoe fas gsov eeuda o's, anveneu gusto vaaveafoason cults popvingao {esldont, valores imobitarios © ocupacao funcional (base de Jequisa do campo) (Cordeiro, 1980), Para ander ‘hesea Sytostcadn contin tobe as onasncas do orpansio 6 as gfanaos uaa Se migargas ge esvutra ‘stoma o9 Cont Wotopaliane, nesta uma deca, astaros um prosediment mais simples, 0 prongs 4 [Galzacto das sedes aie grandes empresas © natticees Eancaas'do Complove Corporabve em Sols memonos Sinioavos co poriodo rocante (196887) 7 GBhtome Semen 1883) cu saezn carats que mbgram as avéates do comploxo corporate to ‘menagas aspecintsados Ge negicoe:coretres ators fe 2 Servias especalzades oe compwmonacho editors, raeancers, reas, propaganda et 4 Stvicados snctaresprostam ceruca a proferous espacttca, cote: Go beloes © ospachantes, dos Solos da jcigg de aboratire andiso Sa cvvene medeas a ananiados urbangs, onte ouvas as do haspodagom (hos orostaurantos), cultural (galoias de ate, museus, teavos.cnemas ete RBG das sedes dos bancos internacionais e das representagdes de bancos estrangeiros no pais localizam-se no Centro Metropolitano de S40 Paulo (sobretudo na area do Centro Paulista). Além disso todos os bancos es- tatais e comerciais sediados em outros es- tados tém suas Diretorias Executivas no microespago do CMSP (Cordeiro & Santos, 1989) ‘Todo esse movimento centripeto do setor de deciséo bancéria resultou numa centra- lizacdo altamente significativa no CMSP, a qual vem se deslocando do Cento Princ pal (onde era exclusiva, até meados dos anos 60, a City de Sao Paulo no Triangulo do Centro Antigo) para 0 Centro Paulista e © corredor de servigos metropolitanos da Faria Lima (Mapas 1 e 2)8. ‘© Centro Principal continua a ser impor- tante, porém o Centro Paulista passou a consiituiro maior nicleo do setor financeiro do CMSP, enquanto um corredor de sedes de instituig6es financeiras se desenvolveu também na Avenida Faria Lima. Nao mais existem sedes banodtias em outros muni- cipios do Estado de Sao Paulo. Apenas a sede do Bradesco S/A, em Osasco, se mantém fora do Centro Metropolitano (Ta- bela 1). AS MUDANCAS NA LOCALIZAGAO DAS SEDES DAS EMPRESAS INDUSTRIAIS E DE SERVIGOS Em 1968, a concentragao das grandes empresas no CMSP era no Centro Princi- i pal, com destaque para 0 Centro Novo, que tem como eixo a Rua Bardo de Itapetinin- ga, da Praca da Republica até a Praga Barros de Azevedo. Havia uma tendéncia da expansao oeste, com sedes de empre- sas nas Vilas Buarque e Santa Efigenia, ‘que foi cortada pela construgao do Elevado Costa e Silva (Cordeiro, 1980). Essa con- centragao nao era exclusiva, aparecendo também sedes em alguns bairros centrais. Nessa data, o Centro Paulista estava em inicio de formacao e & Avenida Paulista j& acorriam sedes de varias empresas (Mapa 3). 'No periodo do “milagre econémico” esse quadro se modifica. Fugindo ao Centro Principal, muito saturado, os escritérios centrais das grandes empresas buscam reas de maior prestigio: 0 Centro Paulista @ 08 corredores de servigos metropolitanos, da Rua Augusta e Avenidas Brigadeiro Luis Anténio, Rebougas e 9 de Julho e Faria Lima até o limite da Avenida Marginal Pi- mnheiros (Cordeiro, 1980). O NOVISSIMO CENTRO BERRINI Mais recentemente, notou-se 0 desen- volvimento de uma nova area de concen- traggo de sedes de empresas a sudoeste do Centro Metropolitano, na direcao apon- tada pela expanséio da Avenida Faria Lima. Esse processo se iniciou com a instalagao do Centro Empresarial de Sao Paulo, em 1977, € 0 corredor da Avenida Engenheiro Luis Carlos Berrini, no Brooklin, explorado TABELA1 LOCALIZACAO DAS SEDES BANCARIAS NO CENTRO METROPOLITANO DE SAO PAULO - 1968/1987. CENTRO METROPOLITANO DE [REGIAO ME-| SAO PAULO TROPOLITA-|SAO PAULO| TOTAL anos | centro | Centro Faria | NADESAO Principal | Paulista Lima PAULO 1968 70 x 3 16 8 1987 50. pees 4 eeeeag FONTE: usa aoe Bancos 60 Bast, 1968 «1987 NOTA: Sina convenenal zac Daca nemtnco amigo afm de evtarainaavalzag oe ntrmagso 5 as Bd sade de tancos oxeonns no Estado de So Pao, om 1968, 70 encarta sang Conta Principal CP) ina area do vacisonal Trango Tormado pelas Rluas Boa Vista, XV ca Novembro & wares Pentetao) Doe ‘pela, ieee encontavam ne ogo Moropltanao Sa0 Paulo (AMP) 18 0m ouros Muncie do Estado. ‘Segundo o vaoavo de Cordova (a fo Canto Prinobal, 8. {24 das sedes [dro fn da déeada de 70,0 dosdot ncariae So CMISP. Hoje, este procosco ce ampiou pata a Avenida Farid ramen'o do setorfnazicero ncaa Pinas Nao davemas dear do regstar, no, km toe anos 89, a bealzagao Ga ede do Doulsh Bank © Go oUras Inttuigbesfnancotras como © Mulepic na aroa do Convo Bern REG 2 wos ontawciens os arene 32a te Shoe souuye 50 wasATO wR oFDIMNEAD 3 yENOSSA ‘ulseieD hes YAETAN oPSMa009 © soucouveis3 sooMeE 996 soowye 30 s3035— ONY OYS 30 ONVLMOJONLIN OBLNIO simu sooKwa 3 REG “Toa ‘ae op ongmeg mo Fa 9 op HOU0B RD 8D = 186) nou 69 oun o Ug ety powooiy youney um ssn ‘ung seuog op ont Denon Sw tan “henieg wen oii loupe 1815) 2) ope oH (9161 Wey ess ce) REG 4 RBG 1 pela empresa imobiliéria e construtora Bratke e Collet, singular empresa privada que desenvolveu o mais notavel esforgo de reestruturagao urbana de que temos noti- cia. Nessa area estd ocorrendo atualmente ‘maior oferta de escritorios de Sao Paulo®. Incitando a mudanga, um outdoorna Ave- nida conclui: "Nao 6 0 transito que é ruim, € 0 seu escritorio que esta longe. Mude para o Berrini ‘O novissimo nucleo do CMSP, que cha. mamos de Centro Berrini - nosso "La Dé- fense", ndo planejado - tem como eixo a ‘Avenida Engenheiro Carlos Berrini, que se- gue paralela & Avenida Marginal Pinheiros, No espago entre o bairro residencial de Santo Amaro e as proximidades da Avenida Faria Lima. A Avenida Engenheito Carlos Berrini ainda nao esté integrada ao sistema de grandes avenidas. Todavia, ha um pro- jeto urbanistico de sua ligacdo a Avenida Faria Lima. A area do nucleo Borrini esta merecendo um estudo particular em que nao pode ser esquecida a expansao de escritérios de alto padrao no trecho inter- medidrio do Itaim desde as proximidades da Avenida Faria Lima. Ela sobrepbe-se a uma malhia desconexa de ruas estreitas com lotes vazios ou com velhas casas & espera da demoligéo, que fazem contraponto com edificios modernis~ simos, das mais variadas alturas e formas. Por conta das exigéncias da arquitetura internacional, com novos padrées de esté- tica, de seguranca, acabamentos, instala- Ses, condicSes de estacionamento e, so- bretudo, com controle eletrénicofinformati- zado, surgiram novas " torres " ou edificios “‘inteligentes. Isolados em seus lotes, 540 os mais novos "monumentos da cidade” (Zein, 1991), projetando o prestigio das grandes empresas" (Mapa 4). O deslocamento das sedes das grandes ‘empresas para essa area, que escolheram a face voltada para a Avenida Nag6es Uni: das para sua instalacdo, vem seguindo a tendéncia a aproximacao dos bairros re: denciais da alta burguesia (Morumbi, espe- Cialmente), 0 que ocorre em muitas outras metrépoles (Cordeiro, 1980). Como fatores temos: a -transito constantemente congestiona- do, nos outros setores do CMSP; b - necessidades de ampliagdo das ins- talagdes das suas sedes em face do seu crescimento; © - os pregos elevados do solo urbano, desde que os espacos para a construgao de sedes de grandes empresas se am- pliou, em face das necessidades de areas de estacionamento™ ANALISE COMPARATIVA DAS CARACTERISTICAS E PROPORGOES DO DESLOCAMENTO DO SETOR DE DECISAO EMPRESARIAL NA REGIAO METROPOLITANA E NO ESTADO DE SAO PAULO Comparando-se os resultados, nos dois momentos do periodo em estudo (1968 e 1987), da localizagao das sedes das maio- res empresas industrials e de servigos do Estado de So Paulo, pudemos observar: (Tabelas 2 € 3) = a concentracéo dessa localizagao no Centro de Sao Paulo, no periodo de metro- polizagao dos anos 70, evidencia-se com 8 O nove ndcieo do CNSP 6 alenhado, em artigos joralistcos e de urbanism, de "Baitro Bathe”. Degenvolveu-se porinclatva ds Consiutora Brat & Colla puncpal tesponsave! pola promocao "mnobilana da area com um Slog do torerog do orca de 8 a motos uacrados un propo Go naniagae oo 80 ede nso wnon bronfos) @ aprovedo do aingr 100 unades. fam oferecende & maior oletta do osertbros Jo S80 Bo Sao Paulo, 25/1187), conto do uma uniklade do concept “aul (roth 0 arguietnica Jo Catlos Srake, marcada por Slauturas do conerots potondio, expenmantacto ce novos elomas Ge fovosimono, mig das superices sevsios Pavista oe, em toons de mak fo quadrago Uti cetmado em um quarto do progo mado pratcago na Avenida a de vareea sujta a mencaeao.-0 “lone Go Brood porto mesmo aprosorta Gfeuloades para ‘a inctlacto de servicos do nia estutura alm do lato Ge asus dencidade ocupactonal terse multplicaco po! ez fos ultmos guinze anos, Rempiosa Brae & Colt, sem a menor intrferéncia do poder pli, realizoy uma pequona revolueso urbana 3 mas rotivel a iasa Baro Brake, 24-27 out. 1987, Dato, itn unica projets pivado de'argutetirae promacao mobina (Ves wider Numa veao lospecinacorespendou as novss necessdades jo paulo, O Implantagan dae codes das grandes empresas e novos grupos empreshals om duservohimont. 10 WASberio‘Afio v. Roberts Alalo Fino, constloradae coms arqulblgs brasicros repreventantos 0 Intemacional assim se relerem aoe eave projolos na Gortn| (RovietaProjes. 139, mateo 1981, p 23 sone famercangs, por exomplo.é multo natal que o prod sola reprosentatvo da ontéada.- Ja vider ssa idsla para ‘Ss holandaes fo mas afc Eos nao quolam o grant ra fachada| porque em uma endzme proocupagao ont nao stenar,Acabaram scettando, pose Valar do mstoral Gravel um mvesbinenio a longo praca 11 Somparandaos valores mobidnos dos nuceos do CMSP. 0 mete quadradora Avena Pautsia,Or$ 150 mi, na Fara Lina, 69 60 milena Avena Carlos Beri, Gr3 80 ml (raha de Sd0 Paulo, juhows). REG 6 SSF Re Pe ED OF RA wl ny ening cio” Nae “ening ep oun autugien pret ® pata ‘Sepp wen sone pen == joieiun aie ates tus emeseng aug quase 50% do total das sedes das empre- sas estudadas (sendo 41,5% do Centro Principal, enquanto que o Centro Paulista estava iniciando sua carrelra, com quase 6%); - essa concentragao no CMSP ampliado deca ligeiramente em fins da década de 80 (43,0%), oferecendo, porém, uma estrutu- ragao em trés niicleos. Ha, portanto, uma ispersdo maior dessa localizacdo: as se- TABEI des das grandes empresas deixam o Cen- tro Principal (13,5%) para se estabelece- rem no Centro Paulista (13,6%), Avenida Faria Lima e/ou Centro Berrini (estas duas tltimas, juntas, ultrapassam o Centro Pau- lista, com 15,9%); ~ privilegiam 0 Centro Paulista as sedes das grandes empresas de administracao participagao publicas (eletricidade, 4s, met6), imobilidrias, hotelaria, enquanto LA2 LOCALIZAGAO DAS SEDES DAS MAIORES EMPRESAS DE TODOS OS SETORES DE ATIVIDADES NAO-FINANCEIRAS NO ESTADO DE SAO PAULO - 1968 MUNICIPIO DE SAO PAULO | centro Metropolitano REGIAO OUTROS: NUMERO METRO- | MUNICI- oa Centro | Centro | Total TOTAL | POLITA-| PIOS SEDES —principal| Paulista | Parcial | Belrros PARCIAL| NADE | DO | TOTAL | “sko_ ESTADO. | | PAULO | DE SAO | I l PAULO Total asSC«SSC(“‘«‘tSCSC(Ct«‘ SCC mt 760 Industetais 26 02h 185 aS 2 560 De servigos 409 13 tea 82 174 7 19-200 Total MO 5 uo W vO tu Prcentual Industrials 8 $7 25 930 755 80 165 1000 De servicos BAS 6512808705 95 1000 FONTES "Quem ¢ quem ra economia base", Vist, 1968 [Ue eetona de Sao Pas (arsranies a Cass‘caga 196869) G}ARRSP sd nethcconalraca om 1973 ataben ese 1968, Conte, eslveros inhi, ara tee de compararto, nesta. cua, Gimuncipos que weram acorsiuira PMS. TABELA3 LOCALIZACAO DAS SEDES DAS MAIORES EMPRESAS DE TODOS OS SETORES DE ATIVIDADES NAO-FINANCEIRAS NO ESTADO DE SAO PAULO - 1987 ~~ muncibio bE Sho PAULO. ‘BAIRROS: REGIAG | OUTROS NUMERO ‘canes tavceaana] TOTAL] METROPO- | MUNICIPIOS Das se Po Sougg| PAR’ | MTANA DE | DOESTADS [roTaL DES | Cont | Conus | Faris | Carls | Total |Antigos [Novos] ial |SAOPAULO| DE SAO. Princtpal|Peulista| Lima | Berit [Parciall PAULO Total ee) 86280) 6 108 ‘850 Industins 68 GT set 2 500 Deluervie a7) let 7] ole tan eee as feet = Iota oe Tova 5196 52 07 0a Ha OH se7 100 Percen- ‘ual Industiais 196 128 S424 42a 100 gees 24 100 Deserve 138 ie 49 Ga 415 200 13 3) Be we ito ee — a FONTES . “Quem $ aver ra economia basi. Visio, 1987 (sta teetrien a TELESP 1997, % que no Centro Principal aparecem as de servigos tradicionais como armazenagem, comércio varejista (grandes lojas departa~ mentais). Jd 0 Centro Bertini vem receben- do, sobretudo, os escritérios centrais dos grandes grupos empresariais industriais. Ha, portanto, uma evidente preferéncia das atividades de deciséo das empresas de maior porte pelas recentes areas de maior prestigio e seletividade; - nos bairros industriais centrais encon- travam-se, no final da década de 60, nume- rosos escritérios principais de empresas (31,2%), em sua maioria dos setores indus- triais radicionais e de servigos, que exigem grandes terrenos para armazenagem @ es tacionamento. Em duas décadas, houve um certo esvaziamento dessa localizagao (21,6%), ampliada para os bairros centrais, recentes, que seguem, em sua maioria, a diregao sul-sudoeste, da expansao do CMSP ( Ibirapuera, Santo Amaro, Butanté, Jaguaré, Vila Olimpia) '2; ~ houve, portanto, no periodo em estudo, a manutencao de forte concentragao da localizagao dos escritérios centrais das maiores empresas de atividades. néo-fi- nanceiras do Estado no Municipio de So Paulo (cerca de 75% do Estado, correspon- dendo ao Centro Metropolitano mais de 40%, acrescidos de outros 30% nos bairros centrais). ~ 08 outros Municipios da RMSP (sobre- tudo os maiores Municipios industriais de ‘Osasco, Guarulhos, e os do ABCD), viram ampliada a sua participagao no setor de decisio das grandes empresas; no conjunto da RMSP ampliou-se, por- tanto, a concentragéo da localizacao das atividades de decisao das maiores empre- sa de atividades ndo-financeiras do estado (de 85,4% para 87,3%); = 08 municipios no interior do estado ver perdendo sedes de empresas (de 14,6% para 12,7%), devendo ser também indica- da uma nova tendéncia: a da relativa con- RBG centragdo das sedes das empresa nos seus centros regionais mais importantes. Assim, nesta década, reduziu-se o numero de cidades que abrigavam sedes de em- presas (de cerca de 70 cidades em 1968 para 40 nos fins da década de 80),(Cordei- ro, 1986/87), com maior concentragzo em Campinas, Ribeiréo Preto, S40 José dos Campos, Santos, Sorocaba e Piracicaba; - nos maiores municipios industriais da RMSP, destaca-se ainda a localizacao de escritérios centrais de industrias de bens de capital e intermediarios, se bem que as primeiras maiores multinacionais, ai insta- ladas no governo de Juscelino Kubitschek, tenham mudado suas sedes para o CMSP. Nos cents regionais do interior do Estado aparecem sedes de servigo de eletricida- de, telecomunicagées, construgdo e enge- nharia, materiais de construcao, além das industrias tradicionais de tecelagem e ves- tuario, produtos alimenticios e de metalur- gia, maquinas e equipamentos; -'foge a esse padrao de concentragao das sedes nas maiores cidades do interior a agroindistria do agiicar e do alcool, com seus escrit6rios centrais dispersos em cer- ca de uma dezena de cidades médias e mesmo pequenas; -no que se refere aos grupos de controle acionério das grandes empresas, devemios destacar a localizaco das sedes das gran- des empresas industriais de capital nacio- nal ede forma relativamente desooncentra- da, no Centro Metropolitano e, mesmo fora dele, nos bairros centrais antigos e em ‘outros municipios da RMSP e do interior, enquanto que aqueles grupos de capital transnacional (pouquissimos no setor de servigos) vém escolhendo quase que ex- clusivamente os Centros Paulista e Berrini. Quanto as estatais, estabeleceram-se nos Centros Principal e Paulista e no interior (Tabelas 4 e 5). ‘FOS center re eo age, cant Taig Lv rn rt pant oa SEES ea ts ers Pat an rs ees a ase Sais att oss sae nla Sts ect amney lsek Bete Seno“ agla Cetera pea gontt antntns Scsnonoe Gree ceteanees Rungion cease aa cum, ones neue Tees Sie cranes, St Cc an as coir Sa aes met aoieas TABELA4 LOCALIZACAO DAS SEDES DAS EMPRESAS DE TODOS OS SETORES DE ATIVIDADES NAO-FINANCEIRAS POR GRUPOS DE CONTROLE ACIONARIO NO ESTADO DE SAO PAULO - 1987 [_ CENTRO METROPOLITANO BARROS REGO ouraos iro] Faria rin \ntigos | Outros he oe szoes fa [parca Pre [te om hv MEN roa BAUS fr Se _ Presas |" |! DE SAO | CIAL |: une ~~ aie Src INBlel [wBle[ tN Bleli [NBIE] Inisiel | Jaa a enlaplee S inate ete ela cS PT +P] FONTES.. "Quam ¢ quem na economia braslsra’, Visto, 1987, {ip tbetonica da TELESP. 1967, NOTA" Sina convencional ublzado: Daso numero’ (1yGrupos' NNaceona, ‘Gil 3 257 ag reautent de aredonsaments Estat). Elestangero), (indesendone) TABELAS: SINTESE DA LOCALIZACAO DAS SEDES DAS EMPRESAS DE TODOS 0S ‘SETORES DE ATIVIDADES NAO-FINANCEIRAS POR GRUPOS DE CONTROLE ‘ACIONARIO NO ESTADO DE SAO PAULO - 1987 “ceo —] REGO NE EpTaD0 DE | sovat meriovoutanojrorat| eamnos | roraL|fepoctraa ovat | SXOPAULS | 7ovAL OSE. MEE SRO AUIS Saat ‘sin [DeSko ANS) "Sue" hy DES Grupos (1) CIAL | Grupos (1) CIAL | “Grupos (1) CIAL |” Grupos (1) eas wisteli|__[wfelels mfsie(i] _[wfsfeta Saal) Ppa Bas po pses poe oe ea Engrs I FONTES: "auem 6. Lista Tewtenica ds TELESP, 108 1yem na economia brasiita’, Visto, 1987. {i} Grupos: NiNaconaly S{Estata), E(Estangei),Iindependente) O DESLOCAMENTO DAS AMENIDADES URBANAS DO COMPLEXO CORPORATIVO: HOTEIS, RESTAURANTES, GALERIAS DE ARTE E OUTROS ESPACOS DE LAZER CULTURAL ‘Acompanhando o deslocamento dos es- critérios centrais das grandes empresas do ‘Complexo Corporativo, mudaram também as atividades que esto entre as chamadas amenidades urbanas, das quais os gran- des hotéis e os restaurantes de luxo sao as mais caracteristicas. Inclulmos nesse con- junto também as galerias de arte ¢ outros espacos de lazer cultural e/ou especulacao financeira, cuja localizagdo, dada a sua relagdo com os investimentos, vem tornd- las integrantes desse microespaco. Em 1968, quando toda concentragéo do sistema financeiro e empresarial estava no Centro Principal, os hotéis do mais alto padrao também af se encontravam. Acom- panhando as exigéncias internacionais e a multiplicagao das viagens dos executivos, ‘oriaram-se novas instalacoes: quadruplica- ram os hotéis de 5 estrelas e dobraram os de 4. Amaioria situou-se no Centro Pauli ta. No fim dos anos 80, aparecem os pr 8) REG meiros na area de expansio do setor de decis’io empresarial do nucleo Carlos Ber- rinj'3 (Mapa 6). E dominante a presenga de estrangeiros nos hotéis de Iuxo de Sao Paulo, vindos dos Estados Unidos, Argentina, Japao, Ale~ manha e Coréia do Sul. Quanto a clientela nacional, a maioria vem do Rio de Janeiro, devendo-se destacar também onimero de executivos do interior do proprio Estado de So Paulo, cujo dinamismo econémico re- cente 6 notavel. Os negécios sao, de longo, a principal razao dessas viagens, seguidos pelos congresses, turismo e compras (Ri- beiro, 1989). Os’ restaurantes seguem, de perto, as tendéncias da expanséio do Complexo Cor porativo do Centro Metropolitano de Sao Paulo, formando uma nebulosa em toro das Areas das atividades de decisdo. Mas ha, durante a semana, uma profunda alte- ragao da clientela: de local favorito dos encontros dos executives para suas con- versas insinuantes de negocios para 0 do lazer familiar burgués dos fins de semana. Em 1968, dos restaurantes nivel A pes- quisados, 60% estavam no Centro Princi- pal, (Centro Novo e vizinhangas). Nos bair- fos centrais antigos (Bras, Lapa, Santa Ce- cilia, Campos Eliseos, Higiendpolis) esta- vam cerca de 15% ;0s restantes nos novos bairros burgueses do segundo pés-guerra (Vila Mariana, Ibirepuera, Santo Amaro, Jardins América e Europa) e corredores dessas vizinhangas (Mapa 5) Passadas duas décadas, ampliou-se a grande nebulosa no entorno dos niicleos do Centro Metropolitano. Podemos distin- guir tés areas de concentracai ‘a) a do Centro Novo; b) ado Centro Paulista, englobando toda a regiao dos Jardins até a Avenida Estados Unidos; cc) a da Avenida Faria Lima em seus cruzamentos das Avenidas Cidade Jardim, 9 de Julho e Juscelino Kubitschek, acom- panhando a tendéncia de expansao do ‘Complexo Corporativo em diregao ao Cen- tro Bertini, Nesta area apenas pequenas casas de lanche e almogo para executivos, se instalaram. Ela ainda é muito deficiente em infra-estrutura de servigos de alimenta- 0. Ocorrem bons restaurantes 36 nos fhotéis de luxo eno Shopping Morumbi (proximo a area)" - (Mapa 6). ‘A producéo de equipamentos culturais corresponde tanto a8 necessidades espe- cificas da busca de identidade cultural, & Obrigago de criar elites técnicas ou cultu- rais, quanto a afirmago recente de legit- midade e prestigio no plano internacional. Nesta senda -lembremos que Sao Paulo é sede da Bienal, um dos enderegos do Circuito internacional das artes, e, seguindo as tendéncias do investimento em arte, a “cidade mundial" de Séo Paulo desenvol- veu um importante mercado financeiro de artes plésticas, sobretudo desde os anos 70. Esse mercado explodiu verdadeira- mente no Plano Cruzado (1986), com um boom euférico de investimentos no se- tor."® Durou pouco, porque a politica finan- ceira tomou-o inseguro, atingindo princi- palmente os especuladores (Rodrigues, 4987). A fim de suprir essa deficiéncia, 13 Dos quinze holds do alto pad:ao exstentes no fm dos anos 70, dos quais és de 5 exolas © doze do 8, apenas {Tes Setavanr fora do Canto Prindpal 9a nos Bye Bos anos 80, tomo ove de’ eciteas e vite da 4 quase gos fo Conte Pavia. No trcero nucleo co ClSP ca area da Avenioa Catlos Bert, jocalzarys¢ 0 [otepuera Park ote, de 4 esvelas no rapuera. oo. Transaménca de 5, ne Avena Nagoes Unidas, om Santo Amat, promo 20 Contto Empresina, Sus eaizaeso rae © casa o propia gurente Go hota em eniievga a teva VEIA {Gadomo Vela Sto Paul, 610771986) moncionss a reesssidads do’ Um hotel Gevdo A reconta mplaniacto das Sedes das empresas nagila Sea Ente os holds do al padiao, loge & ocalzazao na aurdola do MSP, apenas 2 Baise do Sao Bernardo do Campo. cary’ ceri dmnanto, exten fot om wes hott do esol, evonca que 75 500 40% dos mesos 14 Ss cress be acsticagao dos restaurantes selecionads para o nivel Ando sao apresentados, Englobam desde faqs dos hots do 8 oshelae a6 casas do comin pcg de corea de 33 espacaidaces. Talvez por isso sojam Pnamerosos (cerca de 300, Gua Gastonémico do Sto Paul, 3). ‘Rpanais 44: pou maruinnea0 do seu allo padrao, maniér-so ai deede 1968, oto mudaram de onder a8 Con nll odo sos ards paras Saas de suming do Conve Pautsiae Aeris 15 Gomo bm da corregao monotila@ das taxas de jus, 08 nvestdores debxaram de alcar em papéis,passando @ Siroctrem aivos tenis come smoveis, tse ce. haras (cus Nese, Gua do aoe pisteas, hno.ty m5 fowrmar 1901)" Segundo Gouveia (1968),essa tndénci do mercado Drasivitog semohanle ado extrr. Crou-s6 Sande procs paras areias mas corheeldos, cys sas sera grande ade pogoe,Roalzamoe onvovla Simos” marenans* de ane, Sra, Peter Cohn © Paulo Figuavedo (1888), que difetencram 05 aprecadores de re dos especuladcros paras quas arts 6 vista comoinvosimonto, Gresceram mull. apart’ do Pano Crucado, {Sndo dome invesbdorestaguares os ececutvos estangeros que expecularm nas aa 9 dolar, poco proocupagas nas cecasien domorcdo pig psauem comrun cpa Sepenivel pra dlc os apres com aos ios as emprosas que possum planeamonio previo de todas as despasas e apicagses, 2 classe media ala dos profasionals Boras ¢ oes exccutvos dae omprozas saindo ‘thauma Reg RBG RBG 3 empresas privadas de maior visdo passa- ram a promover eventos culturais, tendan- cia essa assegurada pela Lei Samey - in- centivos fiscais aos promotores e divulga- dores de atividades artisticas - ,com bene- icios culturais e financeiros. ‘As galerias de arte, locais de lazer cultu- ral e/ou de investimentos, tm se multipl- cado e vém acompanhando o deslocamen- todo Centro Corporativo de Sao Paulo. Em 41968, de uma dezena de galerias existen- tes em Sao Paulo, a maioria estava no Centro Principal, enquanto que algumas ja acompanhavam’ o surgimento do Centro Paulista (Ruas Augusta e Estados Unidos) bairros de alta burguesia (Mapa 5). ‘Aalmente, nenhuma das qalerias representativas da vanguarda cultural dos aristas de prestigio nacional e intema. ional (segundo a selegao do Museu de Arte Contemporanea), remanesce no Cen- tro Principal. Transferiram-se para novos locais, concentrando-se na area de assimi lacdo do Centro Paulista, (Jardins Paulista, Europa e América), em diregao a Avenida Faria Lima. Jd se evidencia uma intengzio de deslocamento para a area do Nicleo Carlos Berrini'® (Mapa 6). ‘Aliés, as galorias buscam proximidade dos museus e espacos culturais, que, no periodo estudado, fizeram o mesmo roteiro do Centro Principal para o Centro Pau- lista e suas vizinhangas. Se nao comercia- lizam obras, s&0 procurados pelos investi- dores, interossados nas obras de artistas reconhecidos no mercado. Hoje, empresas também investem e patrocinam exposi- oes nessas areas, buscando apoiar pro- gramas culturais e/ou os beneficios da Lei Sarney’”. No governo atual, as condigbes da arte como investimento'vém sofrendo profun- 16 Dente ag de Pinheiro. igs eposeratvas ora sss ciclo, ns: a anes do Pato na Avenisa Angie: a Funda arta Luisa © Oscar Americano o Galeria Mipia nd Avenida Morumb, Galena da Ge Ar Renato Magaisaes Gowela, na Via Marans, @ Substetiio Comercial de Aro e Tabbau Artes Plasteas, no ba das oscilagSes com a crise do mercado mundial, refletindo-se também no movi- mento das galerias, sem alterar, contudo a sua permanéncia no circuito do Complexo Corporativo do CMSP. CONCLUSOES ‘A expansao dos centros metropolitanos das " cidades mundiais " e/ou a sua reor- ganizaco interna vieram contrariar os va- ticinios pessimistas sobre o desprestigio e morte dos centros das grandes cidades. Eles vém sofrendo uma reorganizagao es- acial que se insere nas mudancas profun- das desenvolvidas no processo de metro- polizacao. Tém varias formas: por expan- S40 aureolar, por desdobramento esponta. neo ou voluntario, programado pelo Estado e/ou pelas grandes empresas, que detém © controle do capital aplicado na produgéo de espagos adaptados as novas condigdes tecnolégicas, relacionadas a multiplicagéo da eficiéncia e competitividade no merca- do, Essas forgas estdo presentes no des- dobramento espontaneo do Centro Metro- olitano, com o surgimento dos nucleos do Centro Paulista (anos 70) e Centro Berrini (anos 80), numa extensdo virtual da Aveni- da Faria Lima. E bastante expressiva a absoluta centra~ lidade das sedes de deciso do setor finan- ceiro frente a relativa dispersao dos escri- torios centrais dos outros setores da eco- nomia. Temos ai um exemplo dos padroes concentrado e desconcentrado de organi- zagéo espacial urbana do setor de decisio do sistema transacional da economia, ties Ate’ Escrtora (O° matchand "de arte Paulo Figueirodo, om sua entevita, ocarou que exicto uma cara endéncia de as © espagos euluais segurem em sees #3 S Avenida Nagsets Unde, serine a consoquanan Ga satunacao os Jat, reads ascim agao do Cato Pauls. Asnovas areas Oletocom mals cepago para netalacto, com menoroscustos Strut nao achade de acceso c osacovomenta menconando sua hinge de muaarga para a rowmdlaos 0 Gente Empresarial 17 Galeras e musovs tem amesma orentacdo locacional 0 Museu do Arto do Sao Paulo (MASP) ¢0 Museu de Arte Medora (AM), que satam da Rua Sele ce Abra, onde foram fundacos ros fs das anos 40, respecivamente pasa Ronda Paulsia eo Hare do biaguera, © Mau ce Imagen e do Som (iia) ra Atenza Europa fuseu da Casa Bractioea, ra Avsrica Para Lima. tamem os oapagot,cultuas reprosentakvos do Cente Cultural SaoPauio,na Rua Verguavo,o Eepaco Cultural Chap Chap, na hus 13.de Maio ever aor clados, odos potanto fhe Cento Paultia o suas cofcanate fos baltfos burguoses do sudoests, No Parque do ibfapuera tomas tambam ise Arte Contemporanea da Univerionde de bao Paulo MACIUSP) ro mesma po, aFunsayae Bra iAlom cosses, lemos, fora do CMSP, © Musou Lacar Segal na Via Marana, o Musou de Arte Sacra, na Avena radontes, © MACIUSE tom ume parte Go seu carve eexpesigous na Cade Unweratana, 3] REG ‘Também é significativa a busca de loca- lizagao do setor de decis4o empresarial de capital transnacional nas areas recentes mais nobres do Centro Metropolitano - Centro Paulista e Centro Berrini -, consti- {uindo mesmo o grupo mais importante ins talado neste ultimo nicleo. Adinamica espacial do Centro Metropo- fitano de S40 Paulo (CMSP) corresponde a0 seu papel no contexto da hierarquia funcional de todos os setores da economia @ dos processos da divisdo nacional e in- temacional do trabalho. Ela reflete a forma especifica que a dinamica global do capital assume no contexto sécio-politico do pais (Castells, 1985). Assim, no periodo pos-70, a reestruturacao do malor centro de negé- clos e servigos empresariais da metrépole paulistana - epicentro do capitalismo brasi- leiro e lider do sistema urbano do nosso territério - corresponde & expanséo dos selores quatemério e quindrio da econo- tido, é bastante significativa a localizagao das sedes das grandes empresas financei- ras e nao-financeiras de controle acionario transnacional nos recentes nticleos Paulis- ta e Berrini, culo prestigio reflete a impor- tancia da metropole paulistana como * dade mundial ". Para atender a légica do capital, parale- lamente &s mudangas que ocorrem na or- ganizagdo espacial om nivel das relacoes externas - abrangendo desde o paios como, um todo até as regides em particular - também ha uma reorganizagao dos espa- G05 internos das metrépoles corporativas (Santos, 1992). Nesse sentido, o tresdo: bramento da nucleagao do CMSP se con- figura como um notavel exemplo da revia- bilizag4o desses espagos para atender as necessidades de inovagées tecnolégicas exigidas pelos esoritérios centrais das grandes empresas do Complexo Corpora- tivo da cidade mundial " de S20 Paulo. mia, em suas relacées capital/trabalho, em nivel nacional e internacional. Nesse Sen- BIBLIOGRAFIA BELLUZZO, L.G. O Brasil esté fora do mundo? Isto é Senhor, n? 1132, 03 de junho de 1991 CASTELLS, M. Reestructuracion econémica, revolucién tecnolégica y nueva organizacién del territorio. in: METROPOLIS, TERRITORIO Y CRISIS, Echenagusia, J. 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XXIV Congresso Nacional de Holéis ¢ Restaurantes. pp 2/2/26. 4- GALERIAS ~ Listagem de Galerias do Museu de Arte Contemporanea de Sao Paulo (MAC-USP), sem data. - Lista telefOnica de Sao Paulo, Compania Telefdnica Brasileira, 1968, RESUMO © processo de insereao de Sao Paulo no sistema de " cidades mundials *, sistema ess responsavel pelo controle da economia. Este estudo se refere as alteracdes ocorridas na estrutura interna do seu CM, devido & expanséo do seu complexo corporativo, resultante do exercicio das novas fungées como ” cidade mundial ". . Epicentro do capitalismo, a Metrépole de Sao Paulo viu crescer o seu papel de difusao do desenvolvimento econémico nacional pela acumulagao do capital nacional e estrangeiro, RBG 3 ‘além da grande disponibilidade de know-how gerencial, profissional e de criagao cientifica fem sua regio. Estas condicées se vinculam ao crescimento do sistema financeiro privado paulistano, bem como & expansao dos negécios do centro transnacional nopais. Para exercer esse papel, ela velo a concentrar a maior parcela das informaces veiculadas pela rede nacional de telecomunicacdes, que, gracas aos satélites brasileiros, integra, desde os meados dos anos 80, os centros urbanos mais distantes do nosso territorio.. Pudemos constatar que a expanséo do complexo corporativo - conjunto formado pelas sedes das grandes empresas nacionais e estrangeiras de todos os setores da economia e cus gervicos anciares ecomplementares - provecou profundas mudancas no microespaca do CM 2) Deu-se 0 tresdobramento dos nuicleos do GM. Além do Centro Principal, que triplicou de tamanho, surgiu 0 Centro Paulista nos meados dos anos 60. A formacao de um terceiro niicleo, nos fins dos anos 70, ocorreu por iniciativa dos promotores imobiligrios nas areas vizinhas aos melhores bairros burgueses da metrépole, na Avenida Engenheiro Carlos Bertini, a cerca de 10 km do Centro Principal. 'b) 0 Centro Principal, perdeu prestigio. Continua, todavia, a abrigar o antigo setor bancario e muitas sedes de empresas. A parte essencial da recente expansio do setor de deciséo da comunidade financeira jaciona eestrangelra implantou-se no Centro Paulista, onde se reafima uma forte central dade bancéria. © complexo corporativo tem af a sua maior concentracao também pela localizacéo das. sedes das maiores empresas de todos os setores da economia do pais e de ‘seus servicos complementares: restaurantes e hotéis de luxo, galerias de arte e outros. ¢) Contudo, hi uma relativa descentralizagso dos novos escritorios centrais do setor empresarial, que vém se instalando no Centro Berrini. As grandes empresas multinacionais 40 a8 que mais o procuram, marcando presenga na paisagem paulistana pelos edificios “inteligentes” da nova arquitetura internacional. ‘Areorganizagao dinamica do CMSP oferece um excelente exemplo da marca imprimida pelo sistema corporative mundializado no espaco mais nobre da" cidade mundial " de Sao Paulo. ABSTRACT ‘The inclusion of S4o Paulo in the " world cities “ or global ” global cities " system, which led to an overall control of market economy, took place after the 70's. This study deais with the changes caused in its Metropolitan CBD intemal structure by the expansion of tg Corporate headquarters complex which, In turn, was.aresult of exercising its new “world city” inctions. As the core of Brazilian capitalism, the $80 Paulo Metropolis has had an increasingly Important role in spreading economic development, through accumulation of both foreign and domestic capital. Additionally, a great deal of managerial and professional Know-how, as well as scientific creative capacity is available in its area. These conditions can be associated with the growth of its private national financial system, as well as the majority of all foreign banks branches or representative offices. In order to rise up to this role, S4o Paulo receives the greatest portion of all Information broadcast by the national telecommunication network hich, since the mid-80's covers even the remotest urban centers in Brazil. can be seen thatthe expansion of the corporate headquarters complex - a group of big local and foreign corporations from all economic sectors, together with its auxiliary an ‘complementary services has led to striking changes in the Metropolitan CBD micro space: ie Metropolitan CBD was subdivided in three nuclei. In addition to the Main Center, which tripled its size, the Paulista Center came into being in the mid-60's. In the late 70's, on the iniciative of real estate developers operating in areas surrounding the best middle class districts in Sao Paulo, a third nucleus - the Berrini Center - was formed at about 10 Km from the Main Center. b) The Main Center has lost prestige, although some head otfices of old banks and ‘companies remain there. The Paulista Center was confirmed as the site of most of private national and foreign banks head-offices in Brazil. Also the biggest national and international ‘companies headquarters and best amenity services are located in this nucleus. ‘c) However, the managerial or decision making activities pattern is not a concentrated one, since, In the last decade, the big multinacional central offices location preference goes to the Berrin! nucleus, noted for prestigious, in ine with the new international architectural trends. ‘The Metropolitan CBD dynamic reorganization in the urban space and its impressive skyline come off as a symbolic image of the corporate metropolis, definitely the most evident sign of the " world citly " of Sao Paulo. Fiecebido para publicactoem 17 de agosto de 1982. CONSIDERACOES SOBRE A ORGANIZAGAO INDUSTRIAL DA AMAZONIA Miguel Angelo Campos Ribeiro" "Em cada época e lugar para cada grupo cultural, o meio natural, o que é a fonte de recursos para sua existéncia, é percebido e compreendido diferentemente " (Rosas, 1986)". pais a magnitude (Tamanho) segundo o valor da Transformago Industrial (VTI) ou © Pessoal Ocupado (PO) e a composicao do setor industrial (Distribuigao dos géne- fos segundo uma tipologia baseada num indicador de especializacao/diversificacdo, que permite identiticar desde unidades for- temente monoindustriais até aquelas diver- sificadas)®. Outras preocupagées a serem tratadas aqui dizem respeito a identificagdo de es- pacos industriais, para futura andlise de seus respectivos padroes, além das impli- CONSIDERAGOES INICIAIS O presente artigo procura analisar a or- ganizaco espacial da industria na Amaz6- nia2, tomando-se como referéncias princi- *Aralta ecpecazaso do Deparameno o Goograta -DEGEO, da Detra de Geocéncas -DGC, oa Fundgéo neti Brasoka Ge Geogratae Estateien CE Deaico ents razaro os gcdgrats Camarna Vergara Dias, Myrsan Guiomar Games Cost Mesa @Orando Valverde, com ot {uss aagurt aus patos eommecmentos centicos cobs a Amazon Fels meu ng-adecmonia om espacal aia cba Areva Carré, que, arav6s de seu conhecmanto do wspago baste, iacenivou a pecuarnovs Manas ever process de ndustiazato ia Aas, alm da valoa Conrbuigao dead © alesuatas a Reser Serial do Aol, com sus Valosae supotoe,obsorvazbes o Yocas do leas! a Evargesna Kav ‘Gowoaa oe Gwvora pons sugesiteso obsewagSne eins ao fxto teal a Rogerio Leo 8. oe tfsborara as pretas verses ds mapas, a eqs pe Oe lustagdes co DEGEO, aavés ce Fina Oe Mato ca Shae Jose Atego Catado Areica, que cnfecsorcu oe mapas fas, a Vana Mara da Cr Tal da misogrta, _ Aalmpeteses econsderagbes expos sto de mirtia excusia responsaitdage "aout Booker, Send. Contoueao ae Eso Ga dnonsae soc scare ha andlse alent: uma experecla na Amazonia aera raiora, 199, p00 {Estamos considera parser dears a AazbraLepaconsiida plas uridades a eceragt penencents & Regio None (arrazonas, Pra, Tosa, Acre, Randa Ror © Arup), ao Cero Ces Mato roseoe Gols, ado paraioo 159 S)e 20 Nerdesioarartdo, ato trio ce 440 W de Groot ‘IR coratugio de necacor ge especa uaracUverscaran a lzace por Risero@ Amida em seu ago Andlise ca Orga2ac20 paca ga raisna Nerestra aravés de wna Tpcloga de Contos ndustias (OEGEO, Inedio, 1989) rau em conaeeracoo procomiio, en tos percents os Gfarentas gonotos lodustale qua gatopars do toe do VT'0u do PO das mac pos Ececorados, condo esubelecdos cinco gupos assim composts. Foremenle monancusiias. qe apereriam predonranca do um ganereaue ata 750% 01 Mas Goal do VT ou do PO 2. Manone, aoe aprosaniarn pegomnana sem gen"? “5.0% 0 5) 0% Goto 6oVTL outa FO ‘Se uncace, soose euonerhum cure Gonor airace 10.0% da mesma: 3. Pradorineta de cas gener, qu aprasarar VT POsupore’ a 0% do VTi eu 60 PO nl da uieade os qua pelo menos un ulrapasta os 25(0% Gees oa &, Cam enconea ‘Acdversicnso onde predaminam we generos com Vi ou PO superar a Yo,o% de Vil ou do PO om ca undade eu umes perazer 600% ou mals cese oa e§ Divertieados, once sd eneetados vbsganeos com VT eu PO superior a 100%c0 VT (t's9 PO mal ea ungade, quo, soratos, anger um percontuleoror 600% deseo lta as. Geogr, Roe ana, $4 (2) 27-48, set. 1999, RBG cagdes decorrentes do novo modelo indus- trial vigente, numa fronteira de recursos e seus febatimentos nos aspectos social, ambiental e cultural. Apesar de contribuir com menos de 3,5% do VTI total nacional, a Amaz6nia sofreu profundas alteragdes no seu perfil indus- trial nos ulimos 20 anos, em decorréncia de grandes projetos mineradores e madei- reiros, que formam verdadeiros enclaves, como também recebeu uma infra-estrutura de suporte, com a abertura de grandes eixos rodovidrios, da construgao de usinas hidrelétricas eo’ aparelhamento de seus aerddromos. ‘Aindustrializacdo da Amaz6nia pode ser historicamente caracterizada por dois mo- mentos distintos. Um, anterior a 60, ligado & escala regionaiitocal, antigo, tendo como Via principal o rio, e que se estruturava com base no beneficiamento da produgao ex: trativa vegetal, tais como latex para a fabri- cacao da borracha, castanha, madeira, ba- bagu, carnadba, poaia e minérios, além da industrializacdo das fibras de juta e de mal- va. O segundo ligado a escala nacio- naliplanetaria, tendo sua organizacao mais, recente, a partir dos anos 60 @ atingindo seu pice nos anos 70 e 80, novo, e tendo ‘como acesso principal os transportes rodo- vidrio e aéreo. Esta moderna atividade in- dustrial tem-se estruturado, em decorrén- cia de uma politica dirigida pelo Governo Federal, decorrente da estratégia preconi- zada pelo li PND para essa regido. Tal politica induz a penetragao do capital in- dustrial multinacionalestatal que se instala apoiado pelas muitiplas facilidades econd- micas (incentivos, subsidios), e que se es- trutura em grandes projetos de minerago, ‘configurando uma nova reestruturagao da divisdo internacional do trabalho, fornece: dora, principalmente de produtos minerals. ‘A titulo de exemplificagao, no que diz respeito aos projetos com incentivos fiscais, (FINAM) para a Amazénia, referentes ao ano de 1991, de um total de 277 implanta- dos ou em implantagdo, 0 setor industrial participava com 233, sendo que 88 local zados no Para, 67 no Amazonas, 35 no Mato Grosso, 14 no Maranhgo eo restante nos demais estados. Daquele total, 36 fo- ram aplicados no setor alimentar (sendo 15, para 0 Paré e Mato Grosso, respectiva- mente); 30 para o setor madeireiro (20 para © Para); 26 para género material elétrico e de comunicacéo, todos localizados no ‘Amazonas, em decorréncia da Zona Fran- ca de Manaus; 18 para os minerais néo- metalicos (cinco para o Para e Mato Gros- $0) € 15 para motalirgica (oito localizados 0 Para). Modelo industrial concebido para a re- gido apoia-se fundamentalmente em dois agentes econdmicos de grande poder de Criagao/recriacao do espago produtivo re- gional: de um lado, no estado, repre- sentado pelas agéncias de desenvolvi- mento regional e bancos de fomento, além das megaempresas estatais do setor mine- roenergético e, de outro, no setor privado, através dos grandes grupos industriais e/0u financeiros nacionais e estrangeiros, em parte sediados na Regio Sudeste, que, em diferentes tipos de associagoes ‘com 0 governo federal e em consondincia com as estratégias preconizadas pelo I PND, elegeram determinadas porgdes da ‘Amaz6nia para investimentos na atividade industrial. Levaram em conta, além da dis ponibilidade das fontes de recursos natu- rais, a presenga de nés de transportes eo aparato legal e crediticio construido pelos legisladores a tecnocracia federal, com vistas a faciltar e a respaldar as operagdes de ocupacao dos espagos produtivos da ‘Amazonia. Essa politica, que vem se desenvolvendo na Amaz6nia para sua ocupagao, tornou: se problematica, em virtude de provocar a degradagao acelerada do meio ambiente, gerando um alto grau de preocupagao na sociedade. De modo geral, os grandes pro- jetos mineradores, em decorréncia de suas tecnologias implantadas hoje, sofrem con: trole, nao comprometendo de todo o meio ambiente, mas em contrapartida, para a implantagéo dos mesmos, teve-se que buscar a geracdo de energia elétrica, ca~ rente na regio, através da construgao de grandes usinas hidrelétricas, como’ as de Balbina, no Amazonas, Samuel, em Ron- d6nia, € Tucurui, no Paré, que geraram sérios problemas de comprometimento ambiental, sem mencionar a atividade ga- rimpeira, difundida por extensas areas da regio, @ que vem contribuindo para a am- pliagao dos danos irreparaveis sobre a flo- Testa e sua rede hidrogratica, além de pro- vvocar intimeros conflitos de ordem social @ cultural e desmantelar a economia regio- ReG. 8 nal, até entdo estruturada em base extrati- va vegetal (© Quadro 1 procura mostrar sintetica- mente os principais problemas de ordem ambiental verificados na Amazonia. QuADRO1 AMAZONIA LEGAL: PRINCIPAIS PROBLEMAS QUE AFETAMO MEIO "AMBIENTE [ UNIDADES DA | ‘AMAZONIA | PROBLEMAS AMBIENTAIS LEGAL ACRE [confitos tundlarios; desmata: mento; transporte irregular de) | madeira; uso irregular de mo- Iosserra: projetos de assenta- mentos; queimadas. 'AMAPA [Desmatamento; transporte ir regular de madeira; extragao i __|fegular de palrnito._ lemissao irregular de guias, |comérciodeanimaissivestes; lextingao de especies; pesca iegular; contrabando'de pei-| kes oramentals; pesca detar-| {aruga-marinha; contrabando| ldopeles. TOCANTINS/ — |confitos tundidrios; invasio de \GoiAs erras; queimadas: transporte imeguiar de madeira; garimpo: Imerccrio e agrotéxicos; des-| matamerto, produgao de carvéo; uso ire-| [gular de motosserra: queima-| ldas; emissao irregular de lguias; transporte irreguiar de} |__| madeira: invasdo do terras. MATO GROSSO|confltos tundiarios: queima- das;turismodescontrolado;ex- hingao de espécies; contraban- do ‘de peles; pesca de tartaru- lga-marinha: comércio de ani- mais sivestres; garimpo; mer- cirio e agrot6xicos; desmata- eto ara) Jdesmatamento; uso irregular Jde motosserra; quelmadas; lextragao irregular de palmito: lransporte irregular de made'- ra; produgao de carvao. [queimadas; projetos de assen- liamentos; desmatamento; uso {iregutarde motosserra,__ [garimpo, mercirio e agrot6x- cos, invasao de terra. FONE Basterse, Reraao. O Basi abe 0 jo. oe Sarl, 24jon 1901; p1-cacera Ecaogs. MARANHAO PARA RONDONIA RORAIMA Pode-se finalizar tais consideragSes re- produzindo as palavras de Schild Becker, em seu artigo de 1990: "Ja que é atributo do homem a capacidade de planejar, deve- Ihe, em decorréncia, ser cobrado 0 cuidado com as conseqUéncias sociais (longinquas ou imediatas) de suas agdes produtivas no meio natural” (p.101), AESPACIALIZAGAO DA INDUSTRIA NA AMAZONIA. Para se estudar os padrées de distribui- do espacial da indistria, tomando-se como referéncia o Censo’ Industrial de 4985, levou-se em consideragao a magni- tude 'e a composigéio do setor em tela, trabalhando-se com um universo de 53 municipios (Mapa 2), optando-se por duas escalas espaciais de atuagao: a nacio- nal/planetaria, que apresenta, de um modo geral, municipios cujas empresas indus- triais'estéo vinculadas com maior inten: dade, quanto a distribuigao das matérias- primas e mercados, com o Cento-Sul do als @ o exterior e que empregam vultosos capitais para a implantacao de seus proje~ tos, enquanto na regional/local as relagdes so mais intemas, caracterizando aqueles municipios onde 0 setor secundario esta mais atrelado a regido, ou seja, os fluxos de matérias-primas e distribuigdo da pro- dugdo séo feitos nos limites da mesma, sendo que as indistrias empregam maior contingente de mao-de-obra em decorrén- cia de baixas tecnologias. Na primeira escala, a nacional/planeté- ria, aparecem 20 municipios, incluidos en: tre’0s 500 maiores do Pais, segundo o VTI em 1985; na segunda, a regionallocal, so 38 municipios incluidos entre aqueles que apresentaram pessoal ocupado (PO) no referido ano, igual ou superior a 500 em- pregados. A partir dai, diferentes niveis de hierarquia industrial para as duas escalas de atuacdo, atreladas ao indicador de es- pecializagaoldiversificagao. ‘Apesar do cardter inescapavelmente ar- bitrério da escolha dos 53 municipios, as evidéncias empiricas mostraram que tais unidades que emergiram desse corte sao, majoritariamente, as mais importantes ‘quanto & participacao no setor secundario da Amazénia. Os nimeros mostraram que 3 RBG eer TWINLSNGNI SQVIALLY Vd OVOVZINVOYO w931 vINOZYY 2 sen is RBG 08 estabelecimentos de tais unidades res- pondiam por 93,5% do VTI, representavam 82,9% da mao-de-obra empregada na in- dustria na regiao e participavam com '59,2% do total de estabelecimentos indus- triais da Amazonia. A Escala Nacional/Planetaria e Seus 20 Municipios Selecionados O conjunto representado pelos 20 muni- cipios selecionados participa com 86,4% do VTI, 66,7% do pessoal ocupado @ 35.2% TABELA AMAZONIA LEGAL - ATIVIDADE INDUSTRIAL: TAMANHO E COMPOSICAO - DADOS ‘SELECIONADOS PARA 05 20 MUNICIPIOS DA ESCALA NACIONALPLANETARIA - 1985 Taiom | raiow eee Sacto] neresue oweno |SGjuantOba |COMUKTOUA| AEPEESENTANIO) | CARACTERIZACKO ramon | ag ets lee stat | "AeA — ee — iL po | ame ae ae a — mee 1g wine tea mantels 2 eta = “3 or re Siwy nae esa) Sc ee won en tae Eamets Eee wmoween ioe mom Baa BB Oe ee ee ser ams tases Hct ec See ose meme Se Bnet os moma) mom it ns le tet omni mm tt oe 2 8 Ramen ee Seep oe te et ee coment) om mary om ee ee ae oa) es Soy ss Ss) Ses ee FONTE- 19. Hares Epa door tal 185, (OM eto oc ardor Tarlo ura (V2 Framer someon 70M aura Some RBG. do ndmero de estabelecimentos no total da regido. través do Quadro 2 pode-se verificar os municipios components deste conjunto, atrelados ao indicador de especializagao/ ersificagdo © as sels classes de VTI+ Podem-se destacar nesse conjunto (Mapa 3, Tabela 1)municipios onde estao sediadas capitais regionais tradicionais que exercem funcao de localidades cen- trais, fomecedoras de bens industrializa- dos, tais como Belém (PA), Culaba (MT) @ Rio Branco (AC), além de outros que as ‘complementam, como Ananindeua, Casta- nhal e Capanema, localizados na Zona Bragantina, e Varzea Grande, que forma a ‘Aglomeragao de Cuiaba. ‘Ainda nesse mesmo conjunto, distin- ‘quem-se municipios onde foram implanta- dos, a partir de 70, grandes projetos mine- radores e de celulose, formando verdadei tos enclaves, caso de Presidente Figueire- do (AM), com a exploragao da Cassiterita (Minério' de estanho) na localidade de Pi- {inga, pela Minerag&o Taboca S/A; Oriximi- 1a (PA), com a exploracao da bauxita para produgéo de aluminio na area do rio ‘Trombetas, pela Mineracao Rio do Norte; Maraba (PA), com o ferro e 0 manganés de Carajas, explorado pela Companhia Vale ‘QUADRO 2 AMAZONIA LEGAL ‘TIPOLOGIA INDUSTRIAL - 1985 / ____ INDICADOR DE ESPECIALIZACAO/DIVERSIFICACAO ] } 7 2 3 ages |e est roms | Forte- |Monoindustrisis| Com Com _| Diversiti- | CLASSES mente Predominancia |Tendéncia cados | DEVT! | Monoin- de Dois Géneros| a Diversi- L | austrias fleacdo | [7 Pimuteato Manaus (AM)_—_| — t 7 | [eato [Presidente TBaiem(PA| 2 | Figueiredo} | Jam) ___} | [3 médio | Oriximind SaoLuis (MA) 2 (PA) ae == [4médio |Macapa |Almeirim (PA) [Porta Velho (RO) a iS (AP) | Varzea Grande @ | i © 5 médio |Gapane- |Castanhal(Pa) |Maraba(PA) | Culaba a @ |paixo [ma (PA) |Ananindeua (PA) | (MT) 3 | lariquemes (RO) | g Rio Branco (AC) 3 ___limperatriz (MA) [Bako | Paragomi-|Ji-Parand (RO) 3 nas (PA) Sinop (Mt) | | [Totals gruposdo) 6 «| 5 7 2 20 indicador do Es- | pecializagao! Diversiticagao ae } 1 FONTE -1BGE, Congo inaustial, 196, “Para Vl fram extadeleciias eis dasses, apart dos seus atrentes valores (om ml ents) wgones om 1968, resulta: ‘Muscisis com Vilma ala, cu soa aca de G7 5000000: 2 Muncepas com Vall, eo Cre 1 S54 96700 6 C89 76% 75.0.8 Manes cam V1 mao one C626 701 00 C4 789 49,004 Munn cm VTi media ene Gr #97 $10.00 cr 284 80100; 5 aelpox eam Vl mao baxo, enve C°4 194 859,00 eC TO" BOT 00. €8 Munfos com VT bao, com ‘alors inororesa 0 00,00 do Rio Doce (CVRD), através do Projeto Grande Carajas, além de Aimeirim (PA), com a exploragao do caulim e a produgéo de celulose em Monte Dourado, pelo Pro- jeto Jari. Num outro subconjunto, desta- ‘cam-se municipios que passaram por pro- cessos induzidos de implantago indus- trial, como no caso de Manaus (AM) que corresponde a implantago de um enclave de importagao/exportagao, com a presen- ‘gada Zona Franca que comegou a funcio- ar em 1972, operando com indistrias liga- das ao género material elétrico e de comu- Neagéo @ transpories. Sua imporancia @ ¥éncia inicia-se a partir do final da cada de 60, com a criagao da SUPRAMA (Superintendéncia da Zona Franca de Ma- aus), em 1967, tomando-a 0 pélo hege- ménico do setor secundirio na regio. elos dados do Censo Econémico Indus- trial -1985 (IBGE) Manaus ocupava anona osigao em VTI no Pais entre os 500 maio- es municipios industriais e a primeira na regio, enquanto Belém detinha a 50? ea segunda posigées, respectivamente. Ma- aus possui uma caracteristica sui generis como produtora de componentes eletréni- cos, em plena selva equatorial e absorve- dora de expressivo contigente de mao-de- obra, ligada direta ou indiretamente aquele setor. Outro exemplo de localizaco industrial induzida diz respeito a Sao Luis (MA), in- serida no Projeto Grande Carajas, com 0 setor metalirgico capitaneado pela Alooa- Alumar. Qutro subsonjunto agrupa municipios onde a exploracao madeireira é realizada por grandes empresas, como em Impera- triz (MA) Paragominas (PA), Ji-Parand (RO) e Sinop (MT), municipios mais recen- tes ou que passaram por revitalizagao. Sdo centros urbanos ligados a expansdo da {ronteira de recursos, seguindo eixos rodo- virios federais como as BRs-010 (Belém- Brasilia); 364 (Cuiabé - Porto Velho) e 163 (Cuiaba - Santarém) - (Mapat).. No conjunto de municipios analisados cima, 0 indicador de especializacao/diver- Sificagdo aponta para o predominio do pa- dro monoindustrial, sendo que seis muni- cipios apresentam percentuais de VTI num REG nico género (Mapa 3, Tabela 1 ) superior 4 75,0% de seus totais @ cinco entre 55,5% @ 70,7%. Quanto a distribuico dos mes- mos, hd uma supremacia do género Mad: ra, que aparece em nove municipios, ocu- pando o primeiro e 0 segundo lugares, Secundada pela Extragdo, de Mineral como ocorrréncia em seis localidades, & Minerais ndo-metalicos em és. ‘Apresenga do género Madeira esta atre- lada a expansao das frentes nos trés eixos rodovidrios federais jé mencionados, atra- vés da implantacao de grandes serrarias, @ a extracdo de mineirais vincula-se aos grandes empreendimentos minerais pra exportagéo. 0 Quadro 3 procura mostrar as maiores empresas mineradoras com exploragao de minas na Amaz6nia Legal, segundo a pro- ducdo bruta (ROM) em 1988. A Escala Regional/Local e Seus 33 Municipios Selecionados conjunto representado pelos 33 muni- cipios selecionados tem participacao pe- ‘quena quando comparado ao conjunto an- teriormente analisado, com relacao ao VTI 20 pessoal ocupado e ao numero de esta- belecimentos, apresentando valores per- centuals de ordem de 7,11 %, 16,15% e 24,00%, respectivamente, no total da re- ido. Apesar de tais valores serem até certo. onto inexpressivos, cabe dizer que os mu- Ricipios_inseridos nesse grupo tém papel importante no contexto intra-regionall, S0- bressaindo os ramos tradicionais. ‘través do Quadro 4, pode-se verificar os municipios componentes desse conjunto, quando correlacionados a0 indicador de especializacao/diversificagao e as cinco classes de POS Nesse conjunto (Mapa 4, Tabela 2) apa- tecem municipios tradicionais, localizados em diferentes porodes do espago amaz6- nico, tais como os situados nas proximida- des ‘da capital paraense e na regio de furos e ilhas, dentre eles: Abaetetuba, Iga- rapé-Miri, Afud, Breves, Muand e Portel, ‘onde sobressaem 0 ramo de laminados € ‘T Parao indicador de especializagaoxéversiicagio, obedecou-¥e aos mesmos critéros ustzados para o corjunto anerior, sero que {serous rar vebalhados em fetarao go Pessoa Oc.pado, Para 0 PO fram exabelecsas cinco Gasses, part os Sout ‘Stoce valores computagee om 31/121005, rosutando, 1. Muncipes com PO Ale, ou ca. acima ce 2000 ororegadoe: 2 Munkipes com PO Mido Ato, eve 1733 ¢ Teas emprogades: 3 Mure(os com PO Mido, enee 12400 1028 ompreqados: & Muntipes com PO Méde Bane, enteSb0 eosempregadosies Muncsos corn PO Bato, com valores rio erences. td REG QUADRO3 AMAZONIA LEGAL - MAIORES EMPRESAS MINERADORAS COM EXPLORACAO DE MINAS - 1985 EMPRESAS MUNICIPIOS Co MINERIO EXPLORADO MINERADORAS _|_EXPLORACAO DE MINAS. /Mineragao Rio do Norte [Oriximina (PA) [Aluminiofbauxita ‘Mineracao Taboca S/A. JUrucara (AM) Estanho/cassiterta| [Mineragao Taboca S/A Presidente Figueiredo (AM) | Estanho/eassiterita [Mineragao Taboca S/A [Sao Felix do Xingu (PA) [Estanhoicassiterta Mibrel Mineragao Brasileira Esta-|Novo Aripuana (AM) Estanhoveassiterita inho Lida, (Companhia Vale do RioDoce __| Maraba (PA) Ferro — Industria E Comércio De Minérios| Macapa (AP) (Manganés SA. IMineragao Porto Estrela SA | Ata Floresta (MT) ‘Ouro. [Mineragaio Novo Astro Lourenco (AP) (Ouro. = FONTE-- acatago oe NOTA: as ompronas inti, exraco « procesamerio, Sto Palo, 13124) 86-88. ‘orssnadas ca Par pata a mor hngao da prosuga bua (ROM) super a +000 000 va, quapRo4 AMAZONIA LEGAL - TIPOLOGIA INDUSTRIAL - 1985, INDICADOR DE ESPECIALIZAGAOIDIVERSIFICAGKO | 7 2 3 [Totals Fortemente | Moncindus- Diversitica- | CLAS- Monoindus- | trials, dos | SES ‘rials DEPO Tato IAgailandia [Abactotuba | 2 i) (Pa) { - _ 2MédoAR |Itacoatiara_|Benevides | Santarém [3 (ant PA) a) ‘Breves (PA) |Vihena (RO) |igarapé-Min ie Rollm de (Pa) Moura (RO) lafva(PAa) & ondonépotis w | _ at) @ |4MédioBaixo|Santana do |Portel (PA) [Muana (PA) |Araguaina 14 g /Araguaia (PA)|Sao Felix do |Santa Isabel |(TO) 3 Barra do |Xingu(PA) — |oo Pard (PA) s Bugres (MT) |Pimenta [Altamira (PA) 3 [Bueno (RO). |Cacoal (RO) | lJuinaiT) [Boa vista (eA) | Aripuana (ant a Caceres (MT) BBako _|Xinguara PA) [Gurupa (PA) [Barra do a Colder (MT) lJaru' (RO) |Gargas (MT) ICod6 (MA) [Caxias (MA) __|Bacabal (MA) = Totals Grupes 4o]6 15 2 f x Indicador oe Espe- eiicagao, Divers- icagio. - ! FONTE -18GE, Ceneo Indust, 1985. REG 31 CUERo oanna3s soavwoiza7as sols o1sne) TWILSNGNI VISOTOdIL Twos7 vINOZWWY don RBG x TABELA 2 AMAZONIA LEGAL - ATIVIDADE INDUSTRIAL: TAMANHO E COMPOSICAO - DADOS ICIPIOS DA ESCALA REGIONALILOCAL - 1985 (conan) "Soe SSP | cesosusnenesonarios ae = camcrenaseko ae : ‘ epee ge reg eg ggg a) gomemes Somes Sonprtonness aa om ey eee ee ee eee coe om Mtoe tn ee, ee wee eel Bey 6b 8 Oo ee drt ee oe oa gg eS eee oe peor oH Bie a rae aa . Prodktos: ee ee ee cee Smo oO oO 0 5 ee 8 pti tt Oe ee ee ey 7 had See on eS ences ee ee oe Pe pear | meee) og 6 Ee 8 sent ob ws o s ey ee ee ee ton ee nu mt mw en oe por oe cosa am et 8 RBG TABELA2 AMAZONIA LEGAL - ATIVIDADE INDUSTRIAL: TAMANHO E COMPOSICAO - DADOS ‘SELECIONADOS PARA OS 33 MUNICIPIOS DA ESCALA REGIONAL/LOCAL - 1985, {Conese Fosigip promt 06] "mance |'mocine "0 "o> | cevenoe ua nepnesexrarwos oweno | contynro | coniuwro @ caractenzacto sumecinos| vn |pessoat| Seesie:| ("oa on __ ‘mipoLos Cir" vote crn| ons} agLect | auaztoen | ayazbren avn eee Mewar oR Princ ee Nestea 708 Chem) mS aw 4 Pn ten 4538 Perini odo wun meet mew 2 Mara 729 Perini de oe ob commu me sk 1 Poatcsaenee {957 Pred oi pict " lggrapbatvin 214k 1190s 2a Mason S17? Paring c el age demas ms oer a a 59 Pron ainertnae 2800 forint de eo Grete ieee ert ore Ta a Nata 230i og Goldener) 19186888 6 48 Masia 17828 Foterete Moranduzea Pro sere oa ingen) 17555 Made 767 Foard Peder io on SaredoGagme 16607 Sah s0 Parke sinatee 228 Todincascenacto wn Mire ndomisine 1303 ital eres, war ence ne cng ToT $2 Protons S157 Pron i gb me mm 26M omens {202 Pits gh. FONTE - INGE. Tanngboe speci do Conse Indusval, 505 (()'0s muneipos esto ercenados sogunda ovlr de ranstormario instal (VTD. (2) Foran eprsertagos somes os goers (Gv porazem 70% ou mals co POdormnpo RBG {eavanoo woss3d0 ooNnoxs SoavNo1a3 35 SOLdOINAN) con vonpeeae WISLSNONI WI9O710dIL eles coun coq] wast VINoZVAY SBLNVUOaLNI Sola}DINN GON VIONZHUOIO 36 ‘Nvuo.O OGNNOSS S2LNUNINCOZNG COUANZO don compensados, produtos alimentares e mi- erais ndo-metalicos, os do vale médio amaz6nico, como Itacoatiara (AM), com importancia no ramo madeireiro, e Santa- rém (PA), com uma maior diversificagao de géneros, como alimentar, madeira, téxtil; ho Maranhéo, Caso de Cod6, Caxias Bacabal, onde ha predominancia de dois generos na composicto industal:no Mato rosso, como Caceres, Barra do Gargas e Rondonépolis, onde os géneros alimentar, minerais nao-metalicos e madeira tem pa- pel de destaque. Convém ressaltar a especializagao de Barra do Bugres, no género quimica, ligada a produ- {40 de alcool carburante, proveniente do plan- lode cana-de-agcar na regio, em decorrén- cia da politica do Pro-Alcool. ‘Algm desses municipios mais antigos e ta-

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