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se0w2016 Decratort 7020 Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos DECRETO N° 7.030, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2009. Promulga a Convengao de Viena sobre 0 Direito dos Tratados, conclufda em 23 de maio de 1969, com reserva aos Artigos 25 e 66. © PRESIDENTE DA REPUBLICA, no uso da atribuigéo que Ihe confere o art. 84, inciso IV, da Constituigéo, & Considerando que 0 Congresso Nacional aprovou, por meio do Decreto Legislative n® 496, de 17 de julho de 2009, a Convengao de Viena sobre o Direito dos Tratados, concluida em 23 de maio de 1969, com reserva aos Artigos 25 e 66; Considerando que 0 Governo brasileiro depositou o instrumento de ratificagao da referida Convengao junto a0 Secretério-Geral das Nagdes Unidas em 25 de setembro de 2009; DECRETA: Art, 12 A Convengao de Viena sobre 0 Direito dos Tratados, concluida em 23 de maio de 1969, com reserva aos Artigos 25 e 66, apensa por cépia ao presente Decreto, sera executada e cumprida tao inteiramente como nela se contém. Art. 22 So sujeitos a aprovagaio do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisdo da referida Convengdo ou que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patriménio nacional, nos termos do art. 49, inciso |, da Constituigao. Art. 32 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicacao. Brasilia, 14 de dezembro de 2009; 188° da Independéncia e 1212 da Republica LUIZ INACIO LULA DA SILVA Antonio de Aguiar Patriota Este texto nao substitu 0 publicado no DOU de 15.12.2009 CONVENGAO DE VIENA SOBRE 0 DIREITO DOS TRATADOS (Os Estados Partes na presente Convengao, Considerando 0 papel fundamental dos tratados na histéria das relagdes intemacionais, Reconhecendo a importancia cada vez maior dos tratados como fonte do Direito Intemacional e como meio de desenvolver a cooperagao pacifica entre as nagdes, quaisquer que sejam seus sistemas constitucionais e sociais, Constatando que 0s principios do livre consentimento e da boa fé e a regra pacta sunt servanda séo universalmente reconhecidos, Afirmando que as controvérsias relativas aos tratados, tais como outras controvérsias internacionais, devem ser solucionadas por meios pacificos e de conformidade com os principios da Justi¢a @ do Direito Intemacional, Recordando a determinagao dos povos das Nagées Unidas de criar condigdes necessérias & manutengao da Justiga e do respeito as obrigagdes decorrentes dos tratados, Conscientes dos principios de Direito Internacional incorporados na Carta das Nagdes Unidas, tais como 0s principios da igualdade de direitos e da autodeterminagao dos povos, da igualdade soberana e da independéncia de todos os Estados, da nao-intervengdo nos assuntos intemos dos Estados, da proibigao da ameaga ou do emprego da forga e do respeito universal e observancia dos direitos humanos e das liberdades epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him 1 se0s2016 Decreto? 7020 fundamentais para todos, Acreditando que a codificagao e 0 desenvolvimento progressivo do diteito dos tratados alcangados na presente Convengao promoverdo os propésitos das Nacdes Unidas enunciados na Carta, que sdo a manutengao da paz e da seguranga intemacionais, o desenvolvimento das relagées amistosas e a consecugdo da cooperagao entre as nagées, Afimando que as regras do Direito Internacional consuetudinério continuardo a reger as questdes ndo reguladas pelas disposigées da presente Convengao, Convieram no seguinte: PARTE! Introducéo Attigo 1 Ambito da Presente Convengao A presente Convengao aplica-se aos tratados entre Estados. Attigo 2 Expressées Empregadas 1, Para os fins da presente Convengao: a)'tratado” significa um acordo intemacional concluido por escrito entre Estados e regido pelo Direito Intemacional, quer conste de um instrumento Unico, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominagao especifica by'ratificagao", “aceitagdo", “aprovagao" e “adesao” significa, conforme 0 caso, 0 ato intemacional assim denominado pelo qual um Estado estabelece no plano intemacional o seu consentimento em obrigar-se por um tratado; ¢)'plenos poderes” significa um documento expedido pela autoridade competente de um Estado e pelo qual so designadas uma ou varias pessoas para representar 0 Estado na negociagao, adogdo ou autenticagao do texto de um tratado, para manifestar o consentimento do Estado em obrigarse por um tratado ou para praticar qualquer outro ato relativo a um tratado; d)’reserva’ significa uma declaragao unilateral, qualquer que seja a sua redacdo ou denominagao, feita por um Estado ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a ele aderir, com o objetivo de excluir ou posigdes do tratado em sua aplicagao a esse Estado; 6)"Estado negociador’ significa um Estado que participou na elaboragdo e na adogéo do texto do tratado; 4)"Estado contratante” significa um Estado que consentiu em se obrigar pelo tratado, tenha ou nao 0 tratado entrado em vigor, Q)'parte" significa um Estado que consentiu em se obrigar pelo tratado e em relagdo ao qual este esteja em vigor; hy'terceiro Estado” significa um Estado que nao é parte no tratado; iy'organizagao internacional’ significa uma organizagao intergovemamental 2. As disposigées do pardgrafo 1 relativas as expressdes empregadas na presente Convengao nao prejudicam o emprego dessas expressdes, nem os significados que Ihes possam ser dados na legislagao intema de qualquer Estado. Attigo 3 Acordos Intemacionais Excluidos do Ambito da Presente Convengo fato de a presente Convengao nao se aplicar a acordos intemacionais conclufdos entre Estados e outros sujeitos de Direito Intemacional, ou entre estes outros sujeitos de Dircito Internacional, ou a acordos epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him 212 se0w2016 Decratort 7020 internacionais que nao sejam concluides por escrito, néo prejudicaré: a)a eficacia juridica desses acordos; ba aplicagéo a esses acordos de quaisquer regras enunciadas na presente Convengao as quais estariam sujeitos em virtude do Direito Intemacional, independentemente da Convengao; c)a aplicagao da Convengao as relagdes entre Estados, reguladas em acordos internacionais em que sejam igualmente partes outros sujeitos de Direito Intemacional. Artigo 4 Iretroatividade da Presente Convengao Som prejuizo da aplicagao de quaisquer regras enunciadas na presente Convengao a que os tratados estariam sujeitos em virtude do Direito Intemacional, independentemente da Convengao, esta somente se aplicara aos tratados concluldos por Estados apés sua entrada em vigor em relagdo a esses Estados. Artigo 5 Tratados Constitutivos de Organizagées Intemacionais e Tratados ‘Adotados no Ambito de uma Organizagao Intemacional A presente Convengo aplica-se a todo tratado que seja o instrumento constitutive de uma organizagao internacional e a todo tratado adotado no Ambito de uma organizagao intemacional, sem prejuizo de quaisquer normas relevantes da organizagao. PARTE Il Conclus4o e Entrada em Vigor de Tratados SECAO1 Conclusao de Tratados Artigo 6 Capacidade dos Estados para Concluir Tratados Todo Estado tem capacidade para concluir tratados. Artigo 7 Plenos Poderes 1. Uma pessoa é considerada representante de um Estado para a adoco ou autenticagao do texto de um tratado ou para expressar o consentimento do Estado em obrigar-se por um tratado se: aJapresentar plenos poderes apropriados; ou bja pratica dos Estados interessados ou outras circunstancias indicarem que a intengdio do Estado era considerar essa pessoa seu representante para esses fins e dispensar os plenos poderes. 2. Em virtude de suas fungées e independentemente da apresentagéo de plenos poderes, séo considerados representantes do seu Estado: a)os Chefes de Estado, os Chefes de Govemo e os Ministros das Relagées Exteriores, para a realizagao de todos os atos relativos 4 conclusdo de um tratado; bjos Chefes de misao diplomatica, para a adogao do texto de um tratado entre o Estado acreditante © © Estado junto ao qual estao acreditados; cos representantes acreditados pelos Estados perante uma conferéncia ou organizagao internacional ou um de seus érgaos, para a adogaio do texto de um tratado em tal conferéncia, organizagao ou érgaio. Artigo 8 Confirmagao Posterior de um Ato Praticado sem Autorizagao epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him 3m se0w2016 Decratort 7020 Um ato relative & concluso de um tratado praticado por uma pessoa que, nos termos do artigo 7, nao pode ser considerada representante de um Estado para esse fim nao produz efeitos juridicos, a nao ser que seja confirmado, posteriormente, por esse Estado. Artigo 9 Adogao do Texto 1. A adogao do texto do tratado efetua-se pelo consentimento de todos os Estados que participam da sua elaboragao, exceto quando se aplica o disposto no pardgrafo 2. 2. A adogao do texto de um tratado numa conferéncia internacional efetua-se pela maioria de dois tergos dos Estados presentes e votantes, salvo se esses Estados, pela mesma maionia, decidirem aplicar uma regra diversa. Artigo 10 Autenticagao do Texto O texto de um tratado é considerado auténtico e definitive: a)mediante o processo previsto no texto ou acordado pelos Estados que participam da sua elaboracao; ou b)na auséncia de tal processo, pela assinatura, assinatura ad referendum ou rubrica, pelos representantes desses Estados, do texto do tratado ou da Ata Final da Conferéncia que incorporar o referido texto. Artigo 11 Meios de Manifestar Consentimento em Obrigar-se por um Tratado O consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado pode manifestar-se pela assinatura, troca dos instrumentos constitutivos do tratado, ratificagao, aceitagao, aprovacao ou adesao, ou por quaisquer outros meios, se assim acordado. Artigo 12 Consentimento em Obrigar-se por um Tratado Manifestado pela Assinatura 1. O consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado manifesta-se pela assinatura do representante desse Estado: a)quando o tratado dispée que a assinatura terd esse efeito; b)quando se estabelega, de outra forma, que os Estados negociadores acordaram em dar a assinatura esse efeito; ou c)quando a intengdo do Estado interessado om dar esse efeito a assinatura decorra dos plenos poderes de seu representante ou tenha sido manifestada durante a negociacao. 2, Para os efeitos do pardgrafo 1 a)a rubrica de um texto tem o valor de assinatura do tratado, quando ficar estabelecido que os Estados negociadores nisso concordaram; bja assinatura ad referendum de um tratado pelo representante de um Estado, quando confirmada por esse Estado, vale como assinatura definitiva do tratado. Artigo 13 Consentimento em Obrigar-se por um Tratado Manifestado pela Troca dos seus Instrumentos Constitutivos © consentimento dos Estados em se obrigarem por um tratado, constituido por instrumentos trocados entre eles, manifesta-se por essa troca a)quando os instrumentos estabelegam que a troca produzira esse efeito; ou epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him a se0w2016 Decratort 7020 b)quando fique estabelecido, por outra forma, que esses Estados acordaram em que a troca dos instrumentos produziria esse efeito, Artigo 14 Consentimento em Obrigar-se por um Tratado Manifestado pela Ratificagao, Aceltagao ou Aprovacao 1. O consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado manifesta-se pela ratificagao: a)quando o tratado disponha que esse consentimento se manifeste pela ratificago: b)quando, por outra forma, se estabelega que os Estados negociadores acordaram em que a ratificagao seja exigida; c)quando o representante do Estado tenha assinado 0 tratado sujeito a ratificagao; ou d)quando a intengdo do Estado de assinar o tratado sob reserva de ratificagao decorra dos plenos poderes de seu representante ou tenha sido manifestada durante a negociacao. 2. 0 consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado manifesta-se pela aceitagdo ou aprovagao em condigdes andlogas as aplicdveis a ratificagao. Artigo 15 Consentimento em Obrigar-se por um Tratado Manifestado pela Adesdio © consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado manifesta-se pela adesao: a)quando esse tratado disponha que tal consentimento pode ser manifestado, por esse Estado, pela adesao; b)quando, por outra forma, se estabelega que os Estados negociadores acordaram em que tal consentimento pode ser manifestado, por esse Estado, pela adesao; ou c)quando todas as partes acordaram posteriormente em que tal consentimento pade ser manifestado, por esse Estado, pela adesao, Artigo 16 Troca ou Depésito dos Instrumentos de Ratificagao, Aceitagao, Aprovacao ou Adesio ‘A no ser que 0 tratado disponha diversamente, os instrumentos de ratificagao, aceitagao, aprovagao ou adesao estabelecem o consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado por ocasiao: ada sua troca entre os Estados contratantes; b)do seu depésito junto ao depositério; ou c)da sua notificagdo aos Estados contratantes ou ao depositério, se assim for convencionado, Artigo 47 Consentimento em Obrigar-se por Parte de um Tratado e Escolha entre DisposigGes Diferentes 1, Sem prejuizo do disposto nos artigos 19 a 23, 0 consentimento de um Estado em obrigar-se por parte de um tratado 86 produz efeito se o tratado o permitir ou se outros Estados contratantes nisso acordarem 2. © consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado que permite a escolha entre disposiges diferentes s6 produz efeito se as disposigdes a que se refere 0 consentimento forem claramente indicadas. Artigo 18 Obrigagao de Nao Frustrar 0 Objeto e Finalidade de um Tratado antes de sua Entrada em Vigor Um Estado 6 obrigado a abster-se da pratica de atos que frustrariam o objeto e a finalidade de um tratado, quando: a)tiver assinado ou trocado instrumentos constitutivos do tratado, sob reserva de ratificagao, aceitagao pihwwwplanate gow brecivil_03!_sto2007-2010/200Rdeeretal47030 him 522 sonazo%8 Decrtor 7020 ou aprovago, enquanto nao tiver manifestado sua inteng&o de ndo se tomar parte no tratado; ou bjtiver expressado seu consentimento em obrigar-se pelo tratado no perfodo que precede a entrada em vigor do tratado e com a condig&o de esta ndo ser indevidamente retardada SECAO 2 Reservas Artigo 19 Formulagéo de Reservas Um Estado pode, ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a ele aderir, formular uma reserva, a ndo ser que: a)a reserva seja proibida pelo tratado; b)o tratado disponha que s6 possam ser formuladas determinadas reservas, entre as quais no figure a reserva em questo; ou c)nos casos nao previstos nas alineas a e b, a reserva seja incompativel com o objeto e a finalidade do tratado. Artigo 20 Aceitagao de Reservas ¢ Objegdes as Reservas 1. Uma reserva expressamente autorizada por um tratado nao requer qualquer aceitagao posterior pelos outros Estados contratantes, a ndo ser que o tratado assim disponha 2. Quando se infere do numero limitado dos Estados negociadores, assim como do objeto e da finalidade do tratado, que a aplicagao do tratado na integra entre todas as partes & condicdo essencial para o consentimento de cada uma delas em obrigar-se pelo tratado, uma reserva requer a aceitagdo de todas as partes. 3. Quando 0 tratado & um ato constitutivo de uma organizagao intemacional, a reserva exige a aceitagao do érgao competente da organizagao, a nao ser que o tratado disponha diversamente 4, Nos casos nao previstos nos pardgrafos precedentes e a menos que 0 tratado disponha de outra forma a)a aceitagao de uma reserva por outro Estado contratante toma o Estado autor da reserva parte no tratado em relagdo Aquele outro Estado, se o tratado esté em vigor ou quando entrar em vigor para esses Estados; b)a objegao feita a uma reserva por outro Estado contratante néo impede que o tratado entre em vigor entre 0 Estado que formulou a objegao ¢ o Estado autor da reserva, a nao ser que uma intengéo contraria tenha sido expressamente manifestada pelo Estado que formulou a objegao; c)um ato que manifestar o consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado e que contiver uma reserva produziré efeito logo que pelo menos outro Estado contratante aceitar a reserva. 5. Para os fins dos pardgrafos 2 ¢ 4, a ndo ser que o tratado disponha diversamente, uma reserva ¢ tida como aceita por um Estado se este nao formulou objegao a reserva quer no decurso do prazo de doze meses que se seguir a data em que recebeu a notificagdo, quer na data em que manifestou 0 seu consentimento em obrigar-se pelo tratado, se esta for posterior. Artigo 24 Efeitos Juridicos das Reservas e das Objegdes as Reservas 1. Uma reserva estabelecida em relacdo a outra parte, de conformidade com os artigos 19, 20 ¢ 23: a)modifica para o autor da reserva, em suas relagées com a outra parte, as disposigées do tratado sobre as quais incide a reserva, na medida prevista por esta; e b)modifica ossas disposi¢ées, na mesma medida, quanto a ssa outra parte, em suas relages com 0 epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him 6m se0w2016 Decratort 7020 Estado autor da reserva 2. A reserva nao modifica as disposi¢Ses do tratado quanto as demais partes no tratado em suas relagdes inter se. 3. Quando um Estado que formulou objegao a uma reserva nao se opés a entrada em vigor do tratado entre ele proprio e o Estado autor da reserva, as disposigdes a que se refere a reserva ndo se aplicam entre os dois Estados, na medida prevista pela reserva Artigo 22 Retirada de Reservas ¢ de Objegées as Reservas 1, A nao ser que 0 tratado disponha de outra forma, uma reserva pode ser retirada a qualquer momento, sem que 0 consentimento do Estado que a aceitou seja necessario para sua retirada. 2. A nao ser que o tratado disponha de outra forma, uma objecéo a uma reserva pode ser retirada a qualquer momento. 3. Ando ser que 0 tratado disponha ou fique acordado de outra forma: a)a retirada de uma reserva sé produziré efeito em relagéio a outro Estado contratante quando este Estado receber a corespondente notificagao; b)a retirada de uma objegao a uma reserva sé produzird efeito quando 0 Estado que formulou a reserva receber notificago dessa retirada. Artigo 23 Proceso Relativo as Reservas 1. A reserva, a aceitagdo expressa de uma reserva ¢ a objegao a uma reserva devem ser formuladas por escrito e comunicadas aos Estados contratantes e aos outros Estados que tenham o direito de se tomar partes no tratado. 2. Uma reserva formulada quando da assinatura do tratado sob reserva de ratificagao, aceitagao ou aprovagao, deve ser formalmente confirmada pelo Estado que a formulou no momento em que manifestar o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado. Nesse caso, a reserva considerar-se- feita na data de sua confirmagao. 3. Uma aceitagdo expressa de uma reserva, ou objegao a uma reserva, feita antes da confirmagao da reserva no requer confirmagao. 4. A retirada de uma reserva ou de uma objegao a uma reserva deve ser formulada por escrito. SECAO 3 Entrada em Vigor dos Tratados e Aplicacdo Proviséria Artigo 24 Entrada em vigor 1. Um tratado entra em vigor na forma e na data previstas no tratado ou acordadas pelos Estados negociadores. 2. Na auséncia de tal disposigéio ou acordo, um tratado entra em vigor tdo logo © consentimento em obrigar-se pelo tratado seja manifestado por todos os Estados negociadores, 3. Quando 0 consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado for manifestado apés sua entrada ‘em vigor, 0 tratado entrara em vigor em relagao a esse Estado nessa data, a nao ser que 0 tratado disponha de outra forma 4, Aplicam-se desde o momento da adogao do texto de um tratado as disposigées relativas a autenticagao de seu texto, A manifestacéo do consentimento dos Estados em obrigarem-se pelo tratado, maneira ou data de sua entrada em vigor, as reservas, As fungdes de depositario € aos outros assuntos que surjam necessariamente antes da entrada em vigor do tratado. epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him m2 se0s2016 Decreto? 7020 Artigo 25 Aplicagao Proviséria 1. Um tratado ou uma parte do tratado aplica-se provisoriamente enquanto ndo entra em vigor, se: ajo priprio tratado assim dispuser; ou b)os Estados negociadores assim acordarem por outra forma, 2, A nao ser que o tratado disponha ou os Estados negociadores acordem de outra forma, a aplicagao proviséria de um tratado ou parte de um tratado, em relago a um Estado, termina se esse Estado notificar aos outros Estados, entre os quais 0 tratado é aplicado provisoriamente, sua intencdo de no se tomar parte no tratado. PARTE Ill bservancia, Aplic Inter SECAO 1 Observancia de Tratados Artigo 26 Pacta sunt servanda Todo tratado em vigor obriga as partes e deve ser cumprido por elas de boa fé. Artigo 27 Direito Intemno ¢ Observancia de Tratados Uma parte ndo pode invocar as disposig6es de seu direito intemo para justificar o inadimplemento de um tratado. Esta regra nao prejudica o artigo 46. SECAO 2 Aplicacdo de Tratados Artigo 28 Iretroatividade de Tratados A no ser que uma intengao diferente se evidencie do tratado, ou seja estabelecida de outra forma, suas disposigdes ndo obrigam uma parte em relago a um ato ou fato anterior ou a uma situagao que deixou de existir antes da entrada em vigor do tratado, em relacao a essa parte. Artigo 29 Aplicagao Territorial de Tratados ‘Anno ser que uma intengao diferente se evidencie do tratado, ou seja estabelecida de outra forma, um tratado obriga cada uma da partes em relagdo a todo o seu territério. Artiao 30 Aplicacao de Tratados Sucessivos sobre o Mesmo Assunto 1. Sem prejuizo das disposigées do artigo 103 da Carta das Nagées Unidas, os direitos e obrigagées dos Estados partes em tratados sucessivos sobre 0 mesmo assunto serao determinados de conformidade com os paragrafos seguintes. 2. Quando um tratado estipular que esta subordinado a um tratado anterior ou posterior ou que nao deve ser considerado incompativel com esse outro tratado, as disposigdes deste ultimo prevalecerao. 3. Quando todas as partes no tratado anterior sao igualmente partes no tratado posterior, sem que o tratado anterior tenha cessado de vigorar ou sem que a sua aplicagao tenha sido suspensa nos termos do artigo 59, 0 tralado anterior sé se aplica na medida em que as suas disposigdes sejam compativeis com as do tratado posterior. beptvw.planato.gov-brlecii_ 03 te2007-2010/2008eeereol47030.hem az sonazo%8 Decrtor 7020 4. Quando as partes no tratado posterior nao incluem todas a partes no tratado anterior a)nas relagées entre os Estados partes nos dois tratados, aplica-se 0 disposto no pardgrafo 3; b)nas relagées entre um Estado parte nos dois tratados e um Estado parte apenas em um desses tratados, o tratado em que os dois Estados so partes rege os seus direitos e obrigacdes reciprocos. 5. 0 pardgrafo 4 aplica-se sem prejuizo do artigo 41, ou de qualquer questo relativa a extingao ou suspenséo da execugao de um tratado nos termos do artigo 60 ou de qualquer questo de responsabilidade que possa surgir para um Estado da concluséo ou da aplicagéo de um tratado cujas disposigées sejam incompativeis com suas obrigagées em relagao a outro Estado nos termos de outro tratado. SECAO 3 Interpretacdo de Tratados Artigo 34 Regra Geral de Interpretagao 1. Um tratado deve ser interpretado de boa fé segundo 0 sentido comum atribuivel aos termos do tratado em seu contexto e a luz de seu objetivo e finalidade. 2, Para os fins de interpretagao de um tratado, 0 contexto compreenderd, além do texto, seu preambulo e anexos: a)qualquer acordo relativo ao tratado ¢ feito entre todas as partes em conexdo com a concluséio do tratado; qualquer instrumento estabelecido por uma ou varias partes em conexo com a conclusdo do tratado e aceito pelas outras partes como instrument relativo ao tratado. 3. Serdo levados em consideragdo, juntamente com o contexto: a)qualquer acordo posterior entre as partes relativo a interpretacdo do tratado ou a aplicagao de suas disposigdes; b)quaiquer pratica seguida posteriormente na aplicagao do tratado, pela qual se estabelega o acordo das partes relativo a sua interpretacao; c)quaisquer regras pertinentes de Direito Intemacional aplicaveis as relagdes entre as partes. 4, Um termo seré entendido em sentido especial se estiver estabelecido que essa era a intengao das partes. Artigo 32 Meios Suplementares de Interpretagao Pode-se recorrer a meios suplementares de interpretago, inclusive aos trabalhos preparatorios do tratado e as circunstancias de sua conclusdo, a fim de confirmar 0 sentido resultante da aplicagao do artigo 31 ou de determinar 0 sentido quando a interpretagao, de conformidade com o artigo 31 a}deixa o sentido ambiguo ou obscuro; ou b)conduz a um resultado que é manifestamente absurdo ou desarrazoado, Attigo 33 Interpretacdo de Tratados Autenticados em Duas ou Mais Linguas 1. Quando um tratado foi autenticado em duas ou mais linguas, seu texto faz igualmente fé em cada uma delas, a no ser que 0 tratado disponha ou as partes concordem que, em caso de divergéncia, prevalega um texto determinado. 2. Uma versao do tratado em lingua diversa daquelas em que o texto foi autenticado sé sera considerada texto auténtico se o tratado o previr ou as partes nisso concordarem epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him 9m se0s2016 Decreto? 7020 3. Presume-se que os termos do tratado tem o mesmo sentido nos diversos textos auténticos. 4, Salvo 0 caso em que um determinado texto prevalece nos termos do pardgrafo 1, quando a comparacao dos textos auténticos revela uma diferenga de sentido que a aplicagao dos artigos 31 ¢ 32 ndo elimina, adotar-se-4 0 sentido que, tendo em conta o objeto e a finalidade do tratado, melhor conciliar os textos. SECAO 4 Tratados e Terceiros Estados Artigo 34 Regra Geral com Relaco a Terceiros Estados Um tratado nao cria obrigagées nem direitos para um terceiro Estado sem 0 seu consentimento. Artigo 35 Tratados que Criam Obrigacdes para Terceiros Estados Uma obrigagao nasce para um terceiro Estado de uma disposigao de um tratado se as partes no tratado tiverem a intengao de criar a obrigagao por meio dessa disposicao e 0 terceiro Estado aceitar expressamente, por escrito, essa obrigagao, Artigo 36 Tratados que Criam Direitos para Terceiros Estados 1. Um direito nasce para um terceiro Estado de uma disposigao de um tratado se as partes no tratado tiverem a intengao de conferit, por meio dessa disposi¢ao, esse direito quer a um terceiro Estado, quer a um grupo de Estados a que pertenga, quer a todos os Estados, e 0 terceiro Estado nisso consentir. Presume-se 0 seu consentimento até indicagao em contrario, a menos que 0 tratado disponha diversamente, 2, Um Estado que exerce um direito nos termos do paragrafo 1 deve respeitar, para 0 exercicio desse direito, as condigdes previstas no tratado ou estabelecidas de acordo com o tratado, Artigo 37 Revogacao ou Modificagao de Obrigagdes ou Direitos de Terceiros Estados 1. Qualquer obrigagao que tiver nascido para um terceiro Estado nos termos do artigo 35 6 poderé ser revogada ou modificada com o consentimento das partes no tratado e do terceiro Estado, salvo se ficar estabelecido que elas haviam acordado diversamente. 2. Qualquer direito que tiver nascido para um terceiro Estado nos termos do artigo 36 nao poderé ser revogado ou modificado pelas partes, se ficar estabelecido ter havido a intengao de que o direito nao fosse revogavel ou Sujeito a modificagdo sem o consentimento do terceiro Estado. Artigo 38 Regras de um Tratado Tomadas Obrigatérias para Terceiros Estados por Fora do Costume Internacional Nada nos artigos 34 a 37 impede que uma regra prevista em um tratado se tome obrigatéria para terceiros Estados como regra consuetudindria de Direito Internacional, reconhecida como tal. PARTE Iv Emenda e Modificagao de Tratados Artigo 38 Regra Geral Relativa a Emenda de Tratados Um tratado podera ser emendado por acordo entre as partes. As regras estabelecidas na parte II aplicar- se-do a tal acordo, salvo na medida em que o tratado dispuser diversamente. epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him 1022 se0w2016 Decratort 7020 Artigo 40 Emenda de Tratados Multilaterais 1. A no ser que 0 tratado disponha diversamente, a emenda de tratados multilaterais regerse-4 pelos paragrafos seguintes. 2. Qualquer proposta para emendar um tratado multilateral entre todas as partes deverd ser notificada a todos os Estados contratantes, cada um dos quais terd 0 direito de participar: a)na decisao quanto & ago a ser tomada sobre essa proposta; b)na negociagao ¢ conclusao de qualquer acordo para a emenda do tratado. 3, Todo Estado que possa ser parte no tratado poderd igualmente ser parte no tratado emendado. 4. 0 acordo de emenda no vincula os Estados que jé $40 partes no tratado e que néo se tornaram partes no acordo de emenda; em relagdo a esses Estados, aplicar-se-d o artigo 30, pardgrafo 4 (b). 5. Qualquer Estado que se tome parte no tratado apés a entrada em vigor do acordo de emenda seré considerado, a menos que manifeste intencao diferente: a)parte no tratado emendado; & b)parte no tratado nao emendado em relagao as partes no tratado nao vinculadas pelo acordo de emenda. Artigo 44 Acordos para Modificar Tratados Muttilaterais somente entre Algumas Partes 1. Duas ou mais partes num tratado multilateral podem concluir um acordo para modificar 0 tratado, somente entre si, desde que: a)a possibilidade de tal modificagao seja prevista no tratado; ou bJa modificagao em questo ndo seja proibida pelo tratad Ando prejudique o gozo pelas outras partes dos dircitos provenientes do tratado nem o cumprimente de suas obrigagies indo diga respeito 2 uma disposigdo cuja derrogagdo seja incompativel com a execucao efetiva do objeto e da finalidade do tratado em seu conjunto. 2. A no ser que, no caso previsto na alinea a do pardgrafo 1, 0 tratado disponha de outra forma, as partes em questao notificarao as outras partes sua inteng&o de concluir 0 acordo e as modificagdes que este introduz no tratado. PARTE V Nulidade, Exting’o e Suspensdo da Execucdio de Tratados SECAO1 Disposicdes Gerais Artigo 42 Validade e Vigéncia de Tratados 1. A validade de um tratado ou do consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado sé pode ser contestada mediante a aplicagao da presente Convengao, 2. A extingo de um tratado, sua deniincia ou a retirada de uma das partes s6 podera ocorrer em virtude da aplicagao das disposigdes do tratado ou da presente Convengao. A mesma regra aplica-se & suspensao da execugao de um tratado, Attigo 43, epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him wen se0s2016 Decreto? 7020 Obrigagdes Impostas pelo Direito Interacional, Independentemente de um Tratado ‘A nulidade de um tratado, sua extingdo ou dentincia, a retirada de uma das partes ou a suspenséo da execugdo de um tratado em conseqiiéncia da aplicagao da presente Convengao ou das disposigées do tratado no prejudicaréo, de nenhum modo, o dever de um Estado de cumprir qualquer obrigagao enunciada no tratado & qual estaria ele sujelto em virtude do Direito Intemiacional, independentemente do tratado._ Artigo 44 Divisibilidade das Disposigdes de um Tratado 1. 0 direito de uma parte, previsto num tratado ou decorrente do artigo 56, de denunciar, retirar-se ou suspender a execugao do tratado, s6 pode ser exercido em relagao a totalidade do tratado, a menos que este disponha ou as partes acordem diversamente. 2. Uma causa de nulidade, de extingéo, de retirada de uma das partes ou de suspensao de execucao de um tratado, reconhecida na presente Convengao, s6 pode ser alegada em relagao a totalidade do tratado, salvo nas condigdes previstas nos pardgrafos seguintes ou no artigo 60. 3. Se a causa diz respeito apenas a determinadas clausulas, sé pode ser alegada em relagdo a essas cléusulas e desde que: aessas cldusulas sejam separdveis do resto do tratado no que conceme a sua aplicacéo; bjresulte do tratado ou fique estabelecido de outra forma que a aceitagao dessas cléusulas nao constituia para a outra parte, ou para as outras partes no tratado, uma base essencial do seu consentimento em obrigar-se pelo tratado em seu conjunto; c)nao seja injusto continuar a executar o resto do tratado. 4. Nos casos previstos nos artigos 49 © 50, 0 Estado que tem o direito de alegar 0 dolo ou a comup¢ao pode fazé4o em relagao @ totalidade do tratado ou, nos termos do pardgrafo 3, somente as determinadas cléusulas 5. Nos casos previstos nos artigos 51, 52 e 53 a diviséo das disposigées de um tratado nao permitida. Artigo 45 Perda do Direito de Invocar Causa de Nulidade,Extingdo, Retirada ‘ou Suspensao da Execugao de um Tratado Um Estado nao pode mais invocar uma causa de nulidade, de extingao, de retirada ou de suspensdo da execugao de um tratado, com base nos artigos 46 a 50 ou nos artigos 60 e 62, se, depois de haver tomado conhecimento dos fatos, esse Estado’ ajtiver aceito, expressamente, que 0 tratado é valido, permanece em vigor ou continua em execugao conforme 0 caso, ou bjem virtude de sua conduta, deva ser considerado como tendo concordado em que 0 tratado é valido, permanece em vigor ou continua em execugo, conforme o caso. SEGAO 2 Nulidade de Tratados Artigo 46 Disposig6es do Direito Intemo sobre Competéncia para Concluir Tratados 1. Um Estado no pode invocar 0 fato de que seu consentimento em obrigar-se por um tratado foi expresso em violagao de uma disposigao de seu direito intemo sobre competéncia para concluir tratados, a nao ser que essa violagao fosse manifesta e dissesse respeito a uma norma de seu direito intemo de importancia fundamental. 2. Uma violagao ¢ manifesta se for objetivamente evidente para qualquer Estado que proceda, na matéria, epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him woe. se0s2016 Decreto? 7020 de conformidade com a prética normal e de boa fé. Artigo 47 Restrigdes Especificas ao Poder de Manifestar 0 Consentimento de um Estado Se 0 poder conferido a um representante de manifestar o consentimento de um Estado em obrigar-se por um determinado tratado tiver sido objeto de restricéo especifica, 0 fato de 0 representante nao respeitar a restrigao ndo pode ser invocado como invalidando o consentimento expresso, a no ser que a restrigao tenha sido notificada aos outros Estados negociadores antes da manifestacao do consentimento. Artigo 48 Ero 1. Um Estado pode invocar erro no tratado como tendo invalidado o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado se o erro se referir a um fato ou situagao que esse Estado supunha existir no momento em que o tratado foi concluido © que constituia uma base essencial de seu consentimento om obrigar-se polo tratado, 2, O paragrafo 1 nao se aplica se o referido Estado contribui para tal erro pela sua conduta ou se as, circunstancias foram tais que o Estado devia ter-se apercebido da possibilidade de erro, 3. Um erro relativo a redago do texto de um tratado nao prejudicaré sua validade; neste caso, aplicar-se- Ao artigo 79, Artigo 49 Dolo Se um Estado foi levado a concluir um tratado pela conduta fraudulenta de outro Estado negociador, 0 Estado pode invocar a fraude como tendo invalidado o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado Axtiao 50 Comupgio de Representante de um Estado Se a manifestagao do consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado foi obtida por meio da corupgao de seu representante, pela ago direta ou indireta de outro Estado negociador, o Estado pode alegar tal corrupcao como tendo invalidado 0 seu consentimento em obrigar-se pelo tratado. Artigo 54 Coagao de Representante de um Estado Nao produziré qualquer efeito juridico a manifestagao do consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado que tenha sido obtida pela coacdo de seu representante, por meio de atos ou ameagas dirigidas contra ele. Artigo 52 Coagao de um Estado pela Ameaga ou Emprego da Forca E nulo um tratado cuja conclusdo foi obtida pela ameaga ou o emprego da forga em violagdio dos principios de Direito Intemacional incorporados na Carta das Nacdes Unidas Artigo 53 Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito Internacional Geral (jus cogens) E nulo um tratado que, no momento de sua conclusao, conflite com uma norma imperativa de Direito Intemacional geral. Para os fins da presente Convengdo, uma norma imperativa de Direito Intemacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade intemacional dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogagao é permitida e que s6 pode ser modificada por norma ulterior de Direito Intemacional geral da mesma natureza SECAO 3 epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him 1322 se0w2016 Decratort 7020 Extincfio e Suspensao da Execucdo de Tratados Artigo 54 Extingdo ou Retirada de um Tratado em Virtude de suas Disposigdes ou por consentimento das Partes A extingdo de um tratado ou a retirada de uma das partes pode ter lugar: ade conformidade com as disposigdes do tratado; ou b)a qualquer momento, pelo consentimento de todas as partes, apés consulta com os outros Estados contratantes, Artigo 55 Redugdo das Partes num Tratado Multilateral aquém do Numero Necessario para sua Entrada em Vigor ‘Ando ser que o tratado disponha diversamente, um tratado multilateral ndo se extingue pelo simples fato de que o nimero de partes ficou aquém do numero necessério para sua entrada em vigor. Artigo 56 Deniincia, ou Retirada, de um Tratado que ndo Contém Disposigdes sobre Extingdo, Deniincia ou Retirada 1. Um tratado que nao contém disposigao relativa a sua extingao, e que ndo prevé deniincia ou retirada, ndo 6 suscetivel de deniincia ou retirada, a nao ser que: a)se estabelega terem as partes tencionado admitir a possibilidade da dentincia ou retirada; ou b)um direito de denuincia ou retirada possa ser deduzido da natureza do tratado. 2. Uma parte deverd notificar, com pelo menos doze meses de antecedéncia, a sua intengao de denunciar ou de se retirar de um tratado, nos tetmos do paragrafo 1 Artigo 57 ‘Suspensdo da Execugo de um Tratado em Virtude de suas Disposi¢des ou pelo Consentimento das Partes ‘A execugao de um tratado em relagao a todas as partes ou a uma parte determinada pode ser suspensa a}de conformidade com as disposi¢des do tratado; ou b)a qualquer momento, pelo consentimento de todas as partes, apés consulta com os outros Estados contratantes Artigo 58 ‘Suspensao da Execugao de Tratado Multilateral por Acordo apenas entre Algumas da Partes 1. Duas ou mais partes num tratado multilateral podem concluir um acordo para suspender temporariamente, e somente entre si, a execugao das disposigées de um tratado se: a)a possibilidade de tal suspensdo estiver prevista pelo tratado; ou b)essa suspensdo nao for proibida pelo tratado e: i)nao prejudicar 0 gozo, pelas outras partes, dos seus direitos decorrentes do tratado nem o ‘cumprimento de suas obrigagées, lijnao for incompativel com o objeto e a finalidade do tratado. epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him san se0w2016 Decratort 7020 2. Salvo se, num caso previsto no pardgrafo 1 (a), 0 tratado dispuser diversamente, as partes em questao notificardo as outras partes sua intengéo de concluir 0 acordo © as disposigées do tratado cuja execugao pretendem suspender. Artigo 59 Extingio ou Suspensdo da Execugao de um Tratado em Virtude da Conclusdo de um Tratado Posterior 1. Considerar-se-4 extinto um tratado se todas as suas partes concluirem um tratado posterior sobre 0 mesmo assunto e: a)resultar do tratado posterior, ou ficar estabelecido por outra forma, que a intengao das partes foi regular 0 assunto por este tratado; ou bjas disposigdes do tratado posterior forem de tal modo incompativeis com as do anterior, que os dois tratados nao possam ser aplicados ao mesmo tempo. 2, Considera-se apenas suspensa a execugao do tratado anterior se se depreender do tratado posterior, ou ficar estabelecido de outra forma, que essa era a intengao das partes, Artigo 60 Extingao ou Suspensao da Execugdo de um Tratado em Conseqiiéncia de sua Violagao 1. Uma violago substancial de um tratado bilateral por uma das partes autoriza a outra parte a invocar a violagdo como causa de extingao ou suspensdo da execugao de tratado, no todo ou em parte, 2. Uma violagao substancial de um tratado multilateral por uma das partes autoriza’ a)as outras partes, por consentimento unanime, a suspenderem a execugao do tratado, no todo ou em parte, ou a extinguirem o tratado, quer: i)nas relagdes entre elas @ o Estado faltoso; iijentre todas as partes; bjuma parte especialmente prejudicada pela violagao a invocé-la como causa para suspender a execugao do tratado, no todo ou em parte, nas relagdes entre ela ¢ 0 Estado faltoso: c)qualquer parte que ndo seja o Estado faltoso a invocar a violagéo como causa para suspender a execugao do tratado, no todo ou em parte, no que the diga respeito, se o tratado for de tal natureza que uma viola¢ao substancial de suas disposigdes por parte modifique radicalmente a situagao de cada uma das partes quanto ao cumprimento posterior de suas obrigagdes decorrentes do tratado. 3. Uma violagao substancial de um tratado, para os fins deste artigo, consiste: u a)numa rejeigao do tratado nao sancionada pela presente Convenga b)na violagao de uma disposi¢ao essencial para a consecugio do objeto ou da finalidade do tratado. 4, Os pardgrafos anteriores nao prejudicam qualquer disposi¢ao do tratado aplicavel em caso de violagao. 5. Os parégrafos 1 a 3 ndo se aplicam as disposigdes sobre a proteco da pessoa humana contidas em tratados de cardter humanitério, especialmente as disposi¢des que proibem qualquer forma de represélia contra pessoas protegidas por tais tratados. Artigo 64 Impossibilidade Superveniente de Cumprimento 1. Uma parte pode invocar a impossibilidade de cumprir um tratado como causa para extinguir 0 tratado ou dele retirar-se, se esta possibilidade resultar da destrui¢ao ou do desaparecimento definitivo de um objeto indispensavel a0 cumprimento do tratado. Se a impossibilidade for temporéria, pode ser invocada somente como causa para suspender a execugdo do tratado. epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him 1822 se0w2016 Decratort 7020 2. A impossibilidade de cumprimento ndo pode ser invocada por uma das partes como causa para extinguir um tratado, dele retirar-se, ou suspender a execugao do mesmo, se a impossibilidade resultar de uma violagao, por essa parte, quer de uma obrigagéo decorrente do tratado, quer de qualquer outra obrigagao internacional em relagao a qualquer outa parte no tratado. Artigo 62 Mudanga Fundamental de Circunstancias 1. Uma mudanga fundamental de circunstancias, ocorrida em relagdo s existentes no momento da conclusao de um tratado, @ ndo prevista pelas partes, ndo pode ser invocada como causa para extinguir um tratado ou dele retirar-se, salvo se: a)a existéncia dessas circunstancias tiver constituido uma condigéo essencial do consentimento das partes em obrigarem-se pelo tratado; e bjessa mudanga tiver por efeito a modificagao radical do alcance das obrigagées ainda pendentes de ‘cumprimento em virtude do tratado. 2, Uma mudanga fundamental de circunsténcias néo pode ser invocada pela parte como causa para extinguir um tratado ou dele retirar-se: a)se 0 tratado estabelecer limites; ou b)se a mudanga fundamental resultar de violagao, pela parte que a invoca, seja de uma obrigagao decorrente do tratado, seja de qualquer outra obrigagao intemacional em relagdo a qualquer outra parte no tratado, 3. Se, nos termos dos pardgrafos anteriores, uma parte pode invocar uma mudanga fundamental de circunstancias como causa para extinguir um tratado ou dele retirar-se, pode também invocé-la como causa para suspender a execugao do tratado. Artigo 63 Rompimento de Relagées Diplomdticas e Consulares O rompimento de relagées diplomaticas ou consulares entre partes em um tratado nao afetard as relagées juridicas estabelecidas entre elas pelo tratado, salvo na medida em que a existéncia de relagdes diplomaticas ou consulares for indispensavel a aplicagao do tratado. Artigo 64 Superveniéncia de uma Nova Norma Imperativa de Direito Intemacional Geral (lus cogens) Se sobrevier uma nova norma imperativa de Direito Intemacional geral, qualquer tratado existente que estiver em conflito com essa norma toma-se nulo e extingue-se SECAO 4 Processo Artigo 65 Processo Relativo a Nulidade, Extingao, Retirada ou Suspensdo da Execugao de um Tratado 1. Uma parte que, nos termos da presente Convengdo, invocar quer um vicio no seu consentimento em obrigar-se por um tratado, quer uma causa para impugnar a validade de um tratado, extingui-lo, dele retirar-se ou suspender sua aplicaeao, deve notificar sua pretensdo as outras partes. A notificagao indicard a medida que se prope tomar em relagao ao tratado @ as razdes para isso. 2. Salvo em caso de extrema urgéncia, decorrido 0 prazo de pelo menos trés meses contados do recebimento da notificagdo, se nenhuma parte tiver formulado objegdes, a parte que fez a notificagao pode tomar, na forma prevista pelo artigo 67, a medida que propos. 3. Se, porém, qualquer outra parte tiver formulado uma objegao, as partes deverdo procurar uma solugao pelos meios previstos, no artigo 33 da Carta das Nagées Unidas. epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him 1822 se0w2016 Decratort 7020 4. Nada nos pardgrafos anteriores afetard os direitos ou obrigagdes das partes decorrentes de quaisquer disposigées em vigor que obriguem as partes com relagao a solugdo de controvérsias, 5. Sem prejuizo do artigo 45, 0 fato de um Estado nao ter feito a notificagao prevista no pardgrafo 1 ndo o impede de fazer tal notificagéo em resposta a outra parte que exija 0 cumprimento do tratado ou alegue a sua violagao._ Artigo 66 Processo de Solugao Judicial, de Arbitragem e de Conciliagao Se, nos termos do pardgrafo 3 do artigo 65, nenhuma solucdo foi alcangada, nos 12 meses seguintes & data na qual a objego foi formulada, o seguinte proceso sera adotado’ a)qualquer parte na controvérsia sobre a aplicagao ou a interpretagao dos artigos 53 ou 64 poderd, mediante pedido escrito, submeté-ta a decisdo da Corte Intemacional de Justica, salvo se as partes decidirem, de comum acordo, submeter a controvérsia a arbitragem; b)qualquer parte na controvérsia sobre a aplicagdo ou a interpretagdo de qualquer um dos outros artigos da Parte V da presente Convengao podera iniciar 0 proceso previsto no Anexo & Convencdo, mediante pedido nesse sentido ao Secretério-Geral das Nagées Unidas. Artigo 67 Instrumentos Declaratérios da Nulidade, da Extingdo, da Retirada ‘ou Suspensao da Execugao de um Tratado 1. A nofificagao prevista no paragrafo 1 do artigo 65 deve ser feita por escrito. 2. Qualquer ato que declare a nulidade, a extingdo, a retirada ou a suspensdo da execugao de um tratado, nos termos das disposigdes do tratado ou dos pardgrafos 2 e 3 do artigo 65, serd levado a efeito através de um instrumento comunicado as outras partes. Se o instrumento nao for assinado pelo Chefe de Estado, Chefe de Governo ou Ministro das Relagdes Exteriores, o representante do Estado que faz a comunicagao poderé ser convidado a exibir plenos poderes. Artigo 68 Revogagao de Notificagées e Instrumentos Previstos nos Artigos 65 e 67 Uma notificagao ou um instrumento previstos nos artigos 65 ou 67 podem ser revogados a qualquer momento antes que produzam efeitos. SECAO 5 Conseaiiéncias da Nulidade, da Extinedo e da Suspensfo da Execuco de um Tratado Artigo 69 Conseqiléncias da Nulidade de um Tratado 1. € nulo um tratado cuja nulidade resulta das disposigées da presente Convengéo. As disposigdes de um tratado nulo nao tém eficacia juridica, 2. Se, todavia, tiverem sido praticados atos em virtude desse tratado: a)cada parte pode exigit de qualquer outra parte o estabelecimento, na medida do possivel, em suas, relagdes miituas, da situagao que teria existido se esses atos nao tivessem sido praticados; bjos atos praticados de boa fé, antes de a nulidade haver sido invocada, néo serao tornados ilegais pelo simples motivo da nulidade do tratado. 3. Nos casos previsto pelos artigos 49, 50, 51 ou 52, 0 pardgrafo 2 nao se aplica com relagao a parte a que & imputado 0 dolo, 0 ato de corrupgao ou a coagao. 4, No caso da nulidade do consentimento de um determinado Estado em obrigar-se por um tratado epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him we se0w2016 Decratort 7020 multilateral, aplicam-se as regras acima nas relagGes entre esse Estado e as partes no tratado. Artigo 70 Consegiléncias da Extingo de um Tratado 1. Amenos que 0 tratado disponha ou as partes acordem de outra forma, a extingdo de um, tratado, nos termos de suas disposigdes ou da presente Convengao: ajlibera as partes de qualquer obrigaco de continuar a cumprir o tratado; b)ndo prejudica qualquer direito, obrigagao ou situagao juridica das partes, criados pela execucao do tratado antes de sua extingdo. 2. Se um Estado denunciar um tratado multilateral ou dele se retirar, o pardgrafo 1 aplica-se nas relagées entre esse Estado e cada uma das outras partes no tratado, a partir da data em que produza efeito essa dentincia ou retirada. Antigo 714 Conseqiiéncias da Nulidade de um Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Diteito Intemacional Geral 1. No caso de um tratado nulo em virtude do artigo 53, as partes sao obrigadas a a)eliminar, na medida do possivel, as conseqiiéncias de qualquer ato praticado com base em uma disposigao que esteja em conflito com a norma imperativa de Direito Intemacional geral; e bjadaptar suas relagées miituas & norma imperativa do Direito Intemacional geral. 2. Quando um tratado se tome nulo € seja extinto, nos termos do artigo 64, a extingzo do tratado allibera as partes de qualquer obrigagao de continuar a cumprir 0 tratado; b)no prejudica qualquer direito, obrigagao ou situagao juridica das partes, criados pela execugao do tratado, antes de sua extingao; entretanto, esses direitos, obrigages ou situagées 86 podem ser mantidos posteriormente, na medida em que sua manutengao ndo entre em conflito com a nova norma imperativa de Direito Intemacional geral Artigo 72 Consegiiéncias da Suspensio da Execugao de um Tratado 1. A nao ser que o tratado disponha ou as partes acordem de outra forma, a suspenso da execugao de um tratado, nos termos de suas disposi¢des ou da presente Convengao: ajlibera as partes, entre as quals a execugdo do tratado seja suspensa, da obrigago de cumprir 0 tratado nas suas relagdes mituas durante o periodo da suspensao; b)ndo tem outro efeito sobre as relagSes juridicas entre as partes, estabelecidas pelo tratado. 2. Durante 0 periodo da suspenséo, as partes devem abster-se de atos tendentes a obstruir o reinicio da execugao do tratado._ PARTE VI Di Di Artigo 73 Caso de Sucessao de Estados, de Responsabilidade de um Estado e de Inicio de Hostilidades As disposigdes da presente Convengao nao prejulgaro qualquer questéo que possa surgir em relagao a um tratado, em virtude da sucessdo de Estados, da responsabilidade intemacional de um Estado ou do inicio de hostilidades entre Estados. Artigo 74 epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him 1322 se0s2016 Decreto? 7020 Relacées Diplomaticas e Consulares e Conclusao de Tratados © rompimento ou a auséncia de relagdes diplomaticas ou consulares entre dois ou mais Estados néo obsta & conclusdo de tratados entre os referidos Estados. A conclusdo de um tratado, por si, nao produz efeitos sobre as relagées diplomaticas ou consulares Attigo 75 Caso de Estado Agressor As disposigdes da presente Convengao nao prejudicam qualquer obrigagao que, em relago a um tratado, possa resultar para um Estado agressor de medidas tomadas em conformidade com a Carta das Nacées Unidas, relativas a agressao cometida por esse Estado PARTE VIL D ios, Notifi rr Re Artigo 76 Depositarios de Tratados 1. A designagao do depositério de um tratado pode ser feita pelos Estados negociadores no préprio tratado ou de alguma outra forma. O depositério pode ser um ou mais Estados, uma organizagao intemacional 0 0 principal funciondrio administrative dessa organizacao. 2. As fungdes do depositario de um tratado tém cardter internacional e 0 depositario ¢ obrigado a agir imparciaimente no seu desempenho. Em especial, nao afetard essa obrigacao o fato de um tratado nao ter entrado em vigor entre algumas das partes ou de ter surgido uma divergéncia, entre um Estado e o depositario, relativa ao desempenho das fungdes deste tltimo, Attigo 77 Fungdes dos Depositérios 1. As fungdes do depositario, a ndo ser que o tratado disponha ou os Estados contratantes acordem de outra forma, compreendem particularmente: a)guardar o texto original do tratado e quaisquer plenos poderes que the tenham sido entregues; b)preparar cépias autenticadas do texto original e quaisquer textos do tratado em outros idiomas que possam ser exigidos pelo tratado e remeté-los as partes e aos Estados que tenham direito a ser partes no tratado; c)receber qualsquer assinaturas ao tratado, receber e guardar quaisquer instrumentos, notificagdes e comunicagées pertinentes ao mesmo; d)examinar se a assinatura ou qualquer instrumento, notificagdo ou comunicagao relativa ao tratado, est em boa e devida forma e, se necessério, chamar a atencao do Estado em causa sobre a questo; e)informar as partes e os Estados que tenham direito a ser partes no tratado de quaisquer atos, notificagées ou comunicagées relativas ao tratado; ‘informar os Estados que tenham direito a ser partes no tratado sobre quando tiver sido recebido ou depositado 0 niimero de assinaturas ou de instrumentos de ratificagao, de aceitagao, de aprovagao ou de adesdo exigidos para a entrada em vigor do tratado: g)registrar 0 tratado junto ao Secretariado das Nagées Unidas; hjexercer as fungées previstas em outras disposigdes da presente Convengao. 2. Se surgir uma divergéncia entre um Estado e o depositério a respeito do exercicio das fungdes deste Ultimo, 0 depositario levard a questao ao conhecimento dos Estados signatérios e dos Estados contratantes ou, se for 0 caso, do érgao competente da organizagao intemacional em causa, Artigo 78 Notificagées e Comunicagdes epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him 1922 se0w2016 Decratort 7020 A no ser que o tratado ou a presente Convengao disponham de outra forma, uma notificagdo ou comunicagao que deva ser feita por um Estado, nos termos da presente Convengao: a)serd transmitida, se ndo houver depositério, diretamente aos Estados a que se destina ou, se houver depositario, a este tiltimo; b)serd considerada como tendo sido feita pelo Estado em causa somente a partir do seu recebimento pelo Estado ao qual é transmitida ou, se for 0 caso, pelo depositario; c)se tiver sido transmitida a um depositério, sera considerada como tendo sido recebida pelo Estado a0 qual 6 destinada somente a partir do momento em que este Estado tenha recebido do depositario a informagao prevista no paragrafo 1 (e) do artigo 77. Artigo 79 Corregao de Erros em Textos ou em Cépias Autenticadas de Tratados 1. Quando, apés a autenticagao do texto de um tratado, os Estados signatérios e os Estados contratantes acordarem em que nele existe erro, este, salvo decisdo sobre diferente maneira de comegao, serd corrigido: a)mediante a corregao apropriada no texto, rubricada por representantes devidamente credenciados; b)mediante a elaboragao ou troca de instrumento ou instrumentos em que estiver consignada a corrego que se acordou em fazer; ou c)mediante a elaboragdo de um texto corrigide da totalidade do tratado, segundo o mesmo processo utilizado para o texto original. 2. Quando 0 tratado tiver um depositario, este deve notificar aos Estados signatérios ¢ contratantes a existéncia do erro @ a proposta de corrigi-o e fixar um prazo apropriado durante o qual possam ser formulados objecdes a corregao proposta. Se, expirado o prazo: a)nenhuma objegao tiver sido feita, 0 depositério deve efetuar @ rubricar a corregao do texto, lavrar a ata de retificagao do texto e remeter odpias da mesma as partes e aos Estados que tenham direito a ser partes no tratado; b)uma objegdo tiver sido feita, o depositario deve comunicé-la aos Estados signatdrios e aos Estados contratantes 3. As regras enunciadas nos paragrafos 1 e 2 aplicam-se igualmente quando o texto, autenticado em duas ou mais linguas, apresentar uma falta de concordancia que, de acordo com os Estados signatarios e os Estados contratantes, deva ser corrgida. 4. 0 texto corrigido substitui ab initio o texto defeituoso, a ndo ser que os Estados signatérios e os Estados contratantes decidam de outra forma. 5. A corregao do texto de um tratado jé registrado serd notificado ao Secretariado das Nagdes Unidas 6. Quando se descobrir um erro numa cépia autenticada de um tratado, 0 depositario deve lavrar uma ata mencionando a retificagao e remeter cépia da mesma aos Estados signatérios e aos Estados contratantes. Artigo 80 Registro e Publicagao de Tratados 1. Apés sua entrada em vigor, os tratados serao remetidos ao Secretariado das Nacdes Unidas para fins de registro ou de classificacao e catalogacao, conforme o caso, bem como de publicagao 2. A designagao de um depositario constitui autorizagao para este praticar os atos previstos no paragrafo anterior PARTE VIII Disposigées Finais Artigo 84 Assinatura epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him 2022 se0w2016 Decratort 7020 A presente Convengao ficara aberta & assinatura de todos. os Estados Membros das Nagées Unidas ou de qualquer das agéncias especializadas ou da Agéncia Intemacional de Energia Atomica, assim como de todas as partes no Estatuto da Corte intemacional de Justiga e de qualquer outro Estado convidado pela Assembiéia Geral das NagGes Unidas a tomar-se parte na Convengao, da seguinte maneira: até 30 de novembro de 1969, no Ministério Federal dos Negécios Estrangeiros da Repiiblica da Austria e, posteriormente, até 30 de abril de 1970, na sede das Nagdes Unidas em Nova York. Artigo 82 Ratificagao A presente Convengao ¢ sujeita a ratificagao. Os instrumentos de ratificagao sero depositados junto ao Secretério-Geral das Nagdes Unidas. Artigo 83 Adesao ‘A presente Convengéo permanecerd aberta a adesdo de todo Estado pertencente a qualquer das categorias mencionadas no artigo 81. Os instrumentos de adesdo serao depositados junto ao Secretario-Geral das Nagées Unidas. Aigo 84 Entrada em Vigor 1. A presente Convengao entrara em vigor no trigésimo dia que se seguir 4 data do depésito do trigésimo quinto instrumento de ratificagao ou adesao. 2, Para cada Estado que ratificar a Convengao ou a ela aderir apés 0 depésito do trigésimo quinto instrumento de ratificagdo ou adesao, a Convengao entrara em vigor no trigésimo dia apés o depésito, por esse Estado, de seu instrumento de ratificagao ou adesao. Artigo 85 Textos Auténticos original da presente Convengdo, cujos textos em chinés, espanhol, francés, inglés e russo fazem igualmente fé, ser depositado junto ao Secretario-Geral das Nacées Unidas, Em {8 do que, os plenipotencidrios abalxo assinados, devidamente autorizados por seus respectivos Govemos, assinaram a presente Conven¢éo. Feita em Viena, aos vinte e trés dias de maio de mil novecentos e sessenta e nove ANEXO 1. 0 Secretério-Geral das Nagdes Unidas deve elaborar e manter uma lista de conciliadores composta de juristas qualificados, Para esse fim, todo Estado membro das Nagdes Unidas ou parte na presente Convengao seré convidado a nomear dois conciliadores e os nomes das pessoas assim nomeadas constituirdo a lista. A nomeagao dos conciliadores, inclusive os nomeados para preencher uma vaga eventual, € feita por um periodo de cinco anos, renovavel. Com a expiragao do periodo para o qual forem nomeados, os conciliadores continuarao a exercer as fungdes para as quais tiverem sido escolhidos, nos termos do pardgrafo seguinte. 2. Quando um pedido é apresentado ao Secretério-Geral nos termos do artigo 66, 0 Secretario-Geral deve submeter a controvérsia a uma comissao de conciliagao, constituida do seguinte modo: 0 Estado ou os Estados que constituem uma das partes na controvérsia nomeiam: a)um conciliador da nacionalidade desse Estado ou de um desses Estados, escolhido ou nao da lista prevista no pardgrafo 1; & b)um conciliador que ndo seja da nacionalidade desse Estado ou de um desses Estados, escolhido da lista, 0 Estado ou os Estados que constituirem a outra parte na controvérsia nomeiam dois coneiliadores do mesmo modo, Os quatro conciliadores escolhidos pelas partes devem ser nomeados num prazo de sessenta dias a partir da data do recebimento do pedido pelo Secretario-Geral. epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him 21102 se0w2016 Decratort 7020 Nos sessenta dias que se seguirem ultima nomeagao, os quatro conciliadores nomeiam um quinto, escolhido da lista, que sera o presidente, Se a nomeagao do presidente ou de qualquer outro conciliador nao for feita no prazo acima previsto para essa nomeagao, sera feita pelo Secretério-Geral nos sessenta dias seguintes a expiragao desse prazo. 0 Secretétio-Geral pode nomear como presidente uma das pessoas inscritas na lista ou um dos membros da Comissao de Direito Intemacional. Qualquer um dos prazos, nos quais as nomeacoes devem ser feitas, pode ser prorrogado, mediante acordo das partes na controvérsia, ‘Qualquer vaga deve ser preenchida da maneira prevista para a nomeagao inicial 3. A Comissao de Conciliagdo adotaré 0 seu préprio procedimento. A Comissao, com 0 consentimento das partes na controvérsia, pode convidar qualquer outra parte no tratado a submeter seu ponto de vista oralmente ou por escrito. A decisdo e as recomendagées da Comissdo serao adotadas por maioria de votos de seus cinco membros. 4. A Comisséo pode chamar a atengao das partes na controvérsia sobre qualquer medida suscetivel de facilitar uma solugao amigavel. 5. A Comissao deve ouvir as partes, examinar as pretensées e objegées e fazer propostas as partes a fim de ajudé-las a chegar a uma solugdo amigavel da controvérsia 6. A Comissao deve elaborar um relatério nos doze meses que se seguirem a sua constituigao. Seu relatério deve ser depositado junto ao Secretario-Geral e comunicado as partes na controvérsia. 0 relatério da Comissao, inclusive todas as conclusées nele contidas quanto aos fatos © as questées de direito, nao vincula as partes e nao tera outro valor sendo 0 de recomendagées submetidas @ consideragao das partes, a fim de facilitar uma solugdo amigavel da controvérsia. 7. O Secretario-Geral foreceré @ Comissao a assisténcia e as facilidades de que ela possa necessitar. ‘As despesas da Comissao sero custeadas pelas Nagdes Unidas. epihwarwplanategoubrccivil_03!_s2007-2010/20naIerstals7080 him 2am

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