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02411 NBR 9286 MAR/1966 Copia impressa pelo Sistema CENWIN ‘SUMARIO Especificagio Objetivo Normas complementares Definigles Condigaes gerais Condigdes especfficas Inspegio eanens 1 OBJETIVO Esta Norma fixa as candigdes exigiveis para o proieto e execucio de terrenos re forgados, com aplicacao especttica aos terrenos reforgados por terra armada. 2. NORMAS COMPLEMENTARES Na aplicagao desta Norma é necessario consultar: NBR 5739 Ensaio de compres: Método de ensaio Tndricos de concreto - de corpos-de-prova NBR 6152 - Materiais metalicos - Determinagao das propriedades mecanicas tragdo - Método de ensaio NBR 6323 - Ago ou ferro fundido - Revestimento de zinco por imersdo a quente - Especificagao NBR 8044 - Projeto geotécnico - Procedimento NBR 9288 - Emprego de terrenos reforgados - Procedimento DIN 934 - Parafusos hexagonais 3. DEFINIGOES Para os efeitos desta Norma & adotada a definico de 3.1. 3.1 Terra armada Sistema constituldo pela associagao do solo de aterro com propriedades _ adequa —_———— Origom: EB-1618/85 (Projeto 2:04,09-004) €B-2 — Comité Brasileiro de Construgio Civil CE-2:04,09 — Comissfo de Estudo de Terreno Reforgado SISTEMA NACIONAL DE ABNT — ASSOCIAGAO BRASILEIRA METROLOGIA, NORMALIZAGAO DE NORMAS TECNICAS E QUALIDADE INDUSTRIAL © NOR 3 NORMA BRASILEIRA REGISTRADA COU: 624.131:624.043 ‘Todos 0¢ direitos reservados 20 péiginas Copia impressa pelo Sistema CENWIN 2 NBR 9286/1996 pn NBR, 9288/9808 pe das, armaduras (tiras-metalicas ou nao) flexfveis, colocadas, em geral, horizon talmente em seu interior, 3 medida que o aterro vai sendo construfdo, e por uma pele ou paramento flexivel externo fixado as armaduras, destinado a limitar o aterro. 4 CONDIGDES GERAIS 4.1 Deseripao do processo 4.1.1 Blementos construtivos. pré-fabricados 0 processo terra armada utiliza, além do material do aterro, elementos pré-fabri cados, que si a) armaduras; b) escamas (acabamento externo do macigo! ¢) acessdrios complementares. AAT Armaduras Constituem, em conjunto com o material de aterro, os dois elementos essenciais do processo terra armada. S3o as armaduras, pecas lineares que trabalham por a trito como solo do aterro, sendo responsaveis pela maior parte da resist@ncia interna & tragSo do macico em terra armada, devendo ter as seguintes qualidades: a) boa resist@ncia 3 tragao com ruptura do tipo ndo Fragils b) pequena deformabilidade sob cargas de servico; c) bom coeficiente de atrito com o material de aterros d) flexibilidade suficiente para nao limitar a deformabilidade vertical do macigo em terra armada, e permitir facilidades construtivass e) boa durabilidade. 4.1.1.2 Escanas (acabamento externo do macigo) Tém fungao estrutural secundaria no seu funcionamento, sendo responsaveis pelo equilTbrio das tenses da periferia proxima ao paramento externo. Sao as escamas fem geral, placas pré-moldadas de concreto, armado ou nao, interligadas, mas con servando juntas abertas entre si para efeito de drenagem e de articulacdo das pe sas. 4.1.1.3 Acessdrios complementares So constitufdos de: a) dispositivos de ligagao entre escamas e armaduras; b) talas de emenda de armaduras; ¢) juntas entre as escamas; d) parafusos; e) chumbadores, que auxiliam no icamento das escamas, permitindo seu manuseio e montagem; Cépia impressa pelo Sistema CENWIN NBR 9296/1906 f) sistema de pino.e furo verticais, para permitir boa flexibilidade ho rizontal e movimentos diferenciados entre as escamas. 4.1.2 Montagen Deve ser feita ao mesmo tempo que a terraplenagem do aterro, conforme as fases construtivas descritas em 5.3.2.2. 4,2 Classtficagao das obras 4.2.1 Bm fungao da vida ittit 4.2.1.1 Podem ser classificadas em duas categorias: a) vida Gtil até 30 anos; b) vida Gtil a partir de 30 anos. 4.2.1.2 Esta classificagao permite estabelecer premissas para qualificagéo e quantificagao dos materiais de construgao a serem utilizados (ver 5.2.2). 4.2.1.3 Entende-se que, em todo o perfodo estabelecido como vida dtil, os mate rais em uso devam oferecer uma seguranca minifmiéit igual aquela estabelecida no Capftulo 5. 4.2.2 Bm fungio da agressividade do meio So classificadas em quatro categorias: a) obras nao inundaveis; b) obras inunddveis por Sgua doce; ¢) obras inundaveis por agua salgada; d) obras especiais. 4.2.2.1 Obras nio inundévets Obras que nao serao, nem parcial nem totalmente, submersas. 4.2.2.2 Obra inundévete por dgua doce Obras que podem ser, total ou parcialmente, permanente ou temporariamente, sub mersas em agua cuja salinidade, medida em teores de cloretos e sulfatos, nao ul trapasse & da agua potavel (ver 5.2.1.2). 4.2.2.3 Obras inundiveis por agua salgada Obras que podem ser, total ou parcialmente, permanente ou temporariamente submer sas em agua do mar ou agua salobra. Nota: Entende-se por Sgua salobra aquela cuja salinidade estd compreendida tre a da agua doce e a da agua do mar. Cépia impressa pelo Sistema CENWIN 4 NBR 9286/1996, 4.2.2.4 Obras especiats Obras submetidas a condigées de agressividade especiais (P.ex.: obras de estoca gem e de proteco contra Ifquidos agressivos). 4.3 Concepgio das obras 4.3.1 Comportamento dos mactgos face ao solo de fundagao Uma obra em terra armada comporta-se como um aterro face ao solo de fundagdo. A grande area de fundagdo e a flexibilidade do macigo terra armada, que lhe possi bilita suportar recalques diferenciais significativos, permite adotar, em rela ¢3o & ruptura do solo de fundacao, coeficientes de seguranga menores que os das fundagSes comins. A articulagao das escamas permite que elas se movimentem unas em relagdo 3 outras com deformaces diferenciais da ordem de até 1:75. 4.3.2 Investigagdes geotéenicas Sua Importancia depende do tipo.de obra a construir e das informagées ja existen tes sobre 0 solo de fundaco, (ver NBR 8044). 4.3.2.1 Reconhecimento normal 4,3.2.1.1 De uma maneira geral, o solo de fundac3o deve ser objeto de um reco Nhecimento normal, constituldo essencialmente de sondagens & percuss’o e extra So de amostra deformada a cada metro. 0 espacamento das sondagens deve permitir definir os perfis geotécnicos do local da obra. 4.3.2.1.2 Uma vez que informagdes ja disponiveis permitam definir qualidades a celts eis do terreno de fundacéo, podera ser dispensado nove reconhecimento nor nal. 4.3.2.1.3 Caso o reconhecimento normal indique um solo de fundagio de qualida de duvidosa, tornar-se-a necessario um reconhecimento especi fico. 4.3.2.2 Reconhecimento especifico 4.3.2.2.1 Para obras sobre solos de baixa capacidade de carga, o reconhecimento especifico deve verificar a seguranga & ruptura do solo de fundac3o, com base em pardmetros de resisténcia interna obtidos através da caracterizagao do solo e de ensaios "in situ! e/ou de laboratério sobre amostras indeformadas. 4,3.2.2,2 Para obras sobre solos muito compressiveis, © reconhecimento espect fico, além de verificar a seguranga & ruptura do solo de fundagao, deve conduzir a um estudo da evolugao dos recalques a0 longo do tempo, com base em parametros da deformabilidade do solo obtidos de ensaios de adensamento e/ou de outros en saios. Copia impressa pelo Sistema CENWIN NBR 9286/1986 4,3.2.2.3, Para obras sobre encostas instaveis, 0 reconhecimento & andlogo ao. previsto em 4,3,2.2.1 e 4,3,2.2.2, devendo-se considerar também as hipdteses. mais desfavoraveis de ruptura profunda na verificagao da estabilidade da obra. Quando necessdrio, deve igualmente compreender a execugéo e a interpretagdo de 4.3.3. Drenagem Quando se utilizar material de aterro pouco permedvel, ou onde ocorrer surgimen to signi icativo de Sgua, deve-se prever dispositivos que permitam aumentar a efici@ncia da drenagem, escoando a agua sem carreamento de finos, e evitando com prometer a estabilidade da obra tanto na fase construtiva, quanto apés sua con clusio. Este.objetivo pode ser alcangado por solugées com uso de filtros (col chées e valas drenantes) com material granular adequado e/ou geotéxtels, ou ou tras que produzam bom resultado. 4.3.4 Encontroa de pontes e de viadutos 4.3.4.1 Os macigos em terra armada podem ser utilizados com encontros _portan tes. Neste caso, eles sao, ao mesmo tempo, arrimo de aterro e fundagao do tabu leiro. 4.3.4.2 Podem também constituir encontros mistos (0 tabuleiro repousa diretamen te sobre um ou mais pilares independentes dos macigos em terra armada, que arri mam 0 aterro do acesso). 4.3.4.3. Os encontros portantes exigem sempre um reconhecimento especifico, com estudo de recalques do solo de fundacao. 5 CONDICOES ESPECIFICAS 5.1 dustificativa técnica 5.1.1 Prentssas 5.1.1.1 0 funcionamento do macigo em terra armada baseia-se, principalmente, na existéncia de atrito entre a terra e as armaduras. Sua justificativa técnica & feita a partir req:#®isténcia do solo ao cisalhamento, considerada nas condicdes mais adversas de umidade a que a obra possa vir a ser submetida. 5.1.1.2 Inicialmente deve ser feito um pré-dimensionamento e depois a verifi a slo da estabilidade interna e externa do macigo. Se necessdrio, o processo se guird, por iteragdes sucessivas, com a fixago de novos pré-dimenslonamentos, 2 té que as condigées de estabilidade venham a ser satisfeitas. impressa pelo Sistema CENWIN 6 NBR 9286/1986 ee 5.1.2 Pré-dimenstonamento Baseia-se na experiéncia adquirida no cdlculo de um grande nimero de obras. 5.1.2.1 Notages utilézadas Devem ser utilizadas as notagdes constantes da Figura 1. altura do paramento sltura meciniea Ccomprimento das srmaduras gua da base do macica (nem sempre igual @ L) ‘comprimento da ficha “ngulo-dotalude de montante com horizontal ‘ngulo do talude de jusante com 8 horizontal weoerie FIGURA1 5.1.2.2 Féicha 5.1.2.2.1 0 risco de ruptura do solo de fundagao na regio junto ao paramento, além de outras consideragées praticas (possibilidade de posterior descalgamento da obra por pequenas escavacdes adjacentes, eventual fuga de finos, etc), impoem a adogao de uma ficha para os macigos em terra armada. 5.1,2.2.2 Em condigées normais, quando nao ha evidéncia de outros riscos & esta bilidade do solo de fundacao, adota-se 0 seguinte critério de comprimento de cha (0 a) D = 0,1 H quando o terreno a jusante do macigo for horizontal; b) D = 0,1 a 0,2 H quando o terreno a jusante do macigo for inclinado; Copia impressa pelo Sistema CENWIN NBR 9286/1986 arnt ce) B= 0,40 m. nin Nota: 0 comprimento da ficha (D) pode ser dispensado no caso de assentamento do macigo em rocha. 5.1.2.3 Disposigdes construtivas Devem ser obedecidas as seguintes disposigdes construtivas: a) © paramento em escamas & colocado sobre uma soleira de concreto sim ples (f., > 13 MPa) que complementa a ficha; a soleira objetiva ape nas prover uma superficie limpa e nivelada para o inicio de montagem das escamas, nao tendo fungao estrutural (ver Figura 2); b) quando os macigos em terra armada sao implantados sobre terrenos in clinados, deve-se deixar uma banqueta com largura nao inferior a 1,00 m junto ao paramento (ver Figura 2). FIGURA2 5.1.2.4 Segdes transversais (ver Figura 3) Para fins de primeiro pré-dimensionamento, deve-se prever, para os macigos em terra armada, comprimentos de armadura iguais ou superiores a 0,5 1H (obras sim ples) e 0,7 H (obras especiais; P.ex.: encontros portantes, barragens, etc). 5.1.2.4.1 Obras de segdo no retangular Obras para as quais o comprimento de algumas armaduras deva ser reduzido em rela g80 a0 comprimento corrente, devem ser objeto de uma justificativa especial. Nos casos de macigos em encostas, os comprimentos das armaduras podem ser escalona, dos, conforme Figura 4, desde que: a) © comprimento minimo seja superior a 0,4 H (L.,, > 04 H)5 b) sejam cuidadosa e especificamente verificadas as condigdes de equi Ifbrio externo. /FIGURA3 Cépia impressa pelo Sistema CENWIN & FIGURA3 Nota: Para os encontros portantes deve-se atender também as duas condigdes abai xot -Le7m - L 20,6 H + 2m (para valores de H > 20 m) GONCRETO. FIGURA4 Copia impressa pelo Sistema CENWIN NBR 9286/1986 ——— arn 906 5.1.3 Vertficagdo da estabilidade interna 5.1.3.1 Principtos bastcoe 5.1.3.1 Atrito solo-armadura Devido a0 atrito que se desenolve entre o solo e as armaduras, estas sio solic tadas & tragdo, conferindo ao material “terra armada! uma coesio aparente na regio das armaduras e proporcional a sua densidade e a sua resisténcia. 5.1.3.1.2 Distribuigdo dos esforgos de tragGo das armaduras Numerosos ensaios e experimentagdes tém evidenciado a distribuigdo de tragées a0 longo das armaduras nos diversos nivels (ver Figura 5). Deve-se observar 0 se guinte: a) em qualquer nivel, a tragdo maxima no ocorre no ponto de fixag3o da armadura ao paramento, mas sim no interior do macigos b) © lugar geométrico dos pontos de tragao maxima nos diversos niveis de armadura, passa pelo pé do paramento e atinge 0 topo do macigo a uma distancia do paramento de aproximadamente 0,3 Hj 0 lugar geo métrico das tragdes méximas separa duas zonas no interior do maci go: uma zona ativa-na qual as tensdes tangenciais sobre as armadu ras, no contato como solo, estao orientadas para o exterior do ma cigo, @ uma zona resistente na qual estas tensdes estdo orienta das para dentro do macigo. WARIAGRO DA TRAGKO AO LONGO Le erates igri TEC MAS 5 y ot oe FIGURAS: Copia impressa pelo Sistema CENWIN 10 NBR 9286/1986 5.1.3.2 Caracteristicas dos matertais para o cdlculo $.1.3.2.1 Mensionamento, sdo as seguintes: Nota: a) 0 coeficiente f* deve sempre ser suposto constante ao longo de uma b) c) As caracterIsticas mecanicas do material de aterro, para efeito de dit a) peso especffico, devendo seu valor ser justificado; b) atrito interno, sendo o coet ra definido como: Onde: jente de atrito aparente solo-armadu ‘max = tensao tangencial maxima mobilizada no contato solo-ar madura = tensdo efetiva vertical média do nivel ‘considerado v (P.ex.: resultante do peso de terras sobrejacentes nfvel considerado) terminada armadura. ao de Para os aterros compactados cuja granulometria atenda aos critérios de finidos para os solos tipo A e B da Tabela 1 (armaduras nervuradas), 0 valor de f* varia em fungao da profundidade Z, medida a partir vel de altura mecanica; esta variagao segue a seguinte lel: ft = fot (1-2) 4t9 go A), para z < 2 Zo Zo ft = tg Go, para Z > Zo Onde: Ig = 6m 9 = Angulo de atrito interno mfnimo (ver Figura 6) de solos do nl que atendam aos critérios estabelecidos para os tipos A e B da Ta bela 1 (determinado por ensaio de cisalhamento rapido sobre amostras com a umidade Stima e compactada até atingir 90% do peso especifico aparente seco maximo do ensaio de compactagao, com energia Proctor Normal): no caso de utilizagao de solos di ferentes dos tipos A e B adotam-se os valores de $e! da Ta bela 1. Para fins de correlagao, adota-se ¢ minimo igual 36° 0 trecho inclinado da reta representa a ade f* =f (Z) é decorrente da influéncia da dilatancia do material de aterro nas vizinhacas da ar madura; esta influéncia decresce com a profundidade e & desprezivel a Cépia impressa pelo Sistema CENWIN NBR 9286/1996 n a) e) Zozem partir de Z= 6m, de acordo com uma série de ensaios em modelos redu zidos e medigdes em obras reais. 0 coeficiente fy*, fungao de inimeros parametros (granulometria, angulo sidade dos graos, Sngulos de atrito interno do solo, etc), pode ser a valiado pela expressao: * 260 fof = 142 + logyg Cus sendo Cy = 52 Onde: Cy = coeficiente de uniformidade do aterro 069 = dimetro correspondente ao ponto de 60%, da porcentagen pas sante, da curva granulométrica 019 = didmetro correspondente ao ponto de 10%, da porcentagem pas sante, da curva granulométrica Na falta de dados mais especificos, adota-se o valor de fo*=1,5. Para os solos que se enquadrem no tipo D, da Tabela 1 (armaduras —nervura das), e para o caso de utilizagao de armaduras lisas (Tabela 2), nao deve ser considerado 0 efeito de dilatancia. FIGURAG Copia impressa pelo Sistema CENWIN 12 NBR 9286/11 TABELA 1 — Critérios mecinicas para selogo do material de aterro para armaduras nervuradas Solo 1 Atrito ito grupo Granulometria interno Atrito solo-armadura 0,08 mm < D. ta ’ 15 eo ou Critério ft A 0,08 mm > Xs mecanico 6m com atendido 0,015 mm < Dyg 4 0,015 mm > 0 Ca 10 eo + seo # Critério 6m : mec&nico na atendido z 0,015 mm ¢ Do9 a 0,015 mm > D, > 30° tf 8, 20 seo > 30 te pe y to 5 38 ° 7 c] £8 tab a°s Critério toe £33 mec&nico z Sw o 9,015 mm < Dug atendido 0,015 mm > D, , 20 seg! » 25° f* Critér ° mec&nico atendido z 0,015 mm < Pu é 0,015 mm.> Dg | Utilizagio depende de estudos especiais Notas: a) } = Gngulo de atrito interno do solo, determinado por ensalo de cisa Thamento rapido, sobre a amostra moldada na umidade Stima e com pactada até atingir 90% do peso especifico aparente seco m&ximo do ensai de compactagao com energia Proctor Normal. b) ¢'= Gngulo de atrito interno do solo, determinado pelo ensaio de cisa Ihamento rapido pré-adensado sobre amostra saturada apés moldagem nas mesmas condigdes da determinagio da nota a). ¢) = Angulo de atrito interno do solo, determinado, para efeito de cor relagao apenas, por ensaio de cisalhamento rapido sobre amostra Cépia impressa pelo Sistema CENWIN NBR 9286/1986 8 deformada, moldada na umidade correspondente ao limite de liquidez, e depois comprimida a 200 kPa. d) 0, = diametro correspondente 4 porcentagem passante de nt na curva gra nulonétrica. TABELA 2 — Critérios mecinicos para selogo do material do aterro para armaduraslisas 0,08 < 0, Critério mecanico satisfeito 0,015 < Dyg Critério mecanico satisfeito Angulo de atrito solo-| Critério mecanico sa armadura % 22° tisfeito 0,08 > 0. Dag 2 0,015 > D 15 1°20 10] angulo de atrito solo-| Utilizag3o depende armadura < 22° de estudo especiais 0,015 > Dog Utilizagio depende de estudos especiais 5.143.2.2 A caracterfstica mecdnica das armaduras, a ser usada nos calculos, é a sua tensio de escoamento, real ou convencional (Fy). 5.1.3.2.3 0 paramento externo deve ser calculado para suportar as tensdes hor, zontais e verticals a que é submetido. Para as tensdes horizontais devem ser ado tados valores de 03, calculados a partir das expressées de 5.1.3.3. 5.1.3.3 Céileulo 5.1.3.3.1 0 principio do método consiste em calcular a forga de tragio maxima nas armaduras (T,3,) a partir das tensdes que ocorrem dentro do macigo. No ponto M, de trago maxima, é nula a tensdo tangencial entre o solo e armadura, e as ten sdes horizontal e vertical so principais, respectivamente 0, e o,. Portanto, as tensSes 0, sio equilibradas pelas armaduras ao longo da linha de tragdes maximas (ver Figura 7). 5.1.3.3.2 Sendo AH 0 espagamento vertical entre duas camadas de armaduras, dis postas 4 razéo de N unidades por metro linear horizontal de paramento, cada arma dura equilibra uma forga de: AH Tndx "y+ 03" Sendo 0; = K . 0, + dos = acréscimo de tensdo horizontal proveniente de esforgos horizontals ex ternos transmitidos diretamente ao topo do maci¢o ou ao paramento coeficiente de empuxo adequado 3 hipdtese de calculo (FIGURAT Copia impressa pelo Sistema CENWIN 4 NBR 9286/1986 i onsizgg aH 5.1.3.3.3 I ah Ste TRAGKO NA ARWADURA ZONA ATIVA ZONA RESISTENTE FIGURA7 Quanto a critérios de resisténcia 4 traglo das armaduras: - deve-se considerar que duas segdes sao criticas para as armaduras, a seco submetida a T,z,, que ocorre no interior do macigo, ea se¢do de fixagao da armadura ao paramento, onde, devido ao furo para passa gem do parafuso, ha uma reducao de seco; nesta Gltima segao ocorre uma forga de traco nunca superior a a Tz,» como verificado experi, mental mentes assim sendo: CY Thay S Tey (1) a. Tray <7, 2 ° Onde: a = 0,75 (para paramentos flexfveis - pele metalica) a = 0,85 (para paramentos em escamas tfpicas de concreto) a = 1,00 (para paramentos.mnoblocos de concreto) 1 = forga limite de tragdo, na segao plena das armaduras (1) T,2 = forga limite de trag3o, na segao com furo (11) Y, = coeficiente de seguranga (definido em 5.1.3.3.5) T, = carga de escoamento da armadura, sendo T, 4 = espessura nominal Cépia impressa pelo Sistema CENWIN NBR 9286/1986 18 espessura de calculo largura nominal da armadura bt largura reduzida pelo furo 5.1.3.3.4 Quanto a critérios de aderéncia solo-armadura: ~ a verificagao da aderncia se destina a assegurar que as armaduras no deslizem quando subme jas ao esforgo de tragdo; a forga de tra ¢30. Tag, deve entdo ser igual ou inferior a uma forca limite TF, cal culada da seguinte forma: L =o4 ‘ Trix § TE yz + 2 * \ ole) 4, LL, Onde: Y= Coeficiente de seguranca (ver 5.1.3-3.5) f* = coeficiente de atrito aparente de cdlculo (constante para uma mesma camada de armaduras) oy = tensfo vertical & distancia x do paramento L, = comprimento de aderéncia (comprimento das armaduras na zo na resistente - ver Figura 5) L_ = comprimento total da armadura 5.1.3.3.5 Os coeficientes de segurancat y, e Y¢, relativos aos cdlculos de tra so e aderéncia, respectivamente, devem ser de 1,5. 5.1.4 Vertficagao da estabilidade externa Quanto & estabilidade externa, os macigos em terra armada assemelham-se 3s obras de contengao por gravidade, exceto no que se refere a sua capacidade de tolerar deformagdes (longitudinais e transversais), sensivelmente maiores do que aquelas . Deve ser verificado o atendimento as, suportadas pelas estruturas convencionai condigées de 5.1.4.1 a 5.1.4.4, 5.1.4.1 Seguranga contra o deslizamento do macigo ao Longo da base Deve-se assegurar que 0 esforgo horizontal total (Qh) a que esta submetido o maci go em terra armada, seja inferior resisténcia de célculo (Qh) devida ao atrito Qs coeficientes de seguranga mencionados neste Capitulo 5 podem eventualmente vir a ser reduzidos,caso venham a se adotar majoragées dos esforgos solicitan tes (introdugo do Coeficiente de ponderago), como se procede usualmente em outras Normas Brasileiras e também nas normas para terreno reforcado por terra armada vigente em alguns paises. Copia impressa pelo Sistema CENWIN 1 NBR 9296/1996 entre o macigo ¢ 0 solo de fundagio. Q, < G sendo =. Ff. ef = toe d Onde: Yq = Coeficiente de seguranga contra o deslizamento, tomado igual a 1,5 ¢ ® Angulo de atrito interno do solo de fundagao (ou do material de aterro do macigo, se este for menor do que aquele) & resultante dos esforgos verticals permanentes 5.1.4.2 Seguranga contra o tombanento Deve-se assegurar que a resultante dos esforgos externos solicitantes atue dentro do tergo central da base, ou seja: Mo Ry < B 6 = " i, = momento dos esforgos externos solicitantes em relacao ao centro base Ry = resultante dos esforgos verticais largura da base 5.1.4.3 Seguranga contra a ruptura do solo de fundagéo Deve ser assegurado que a pressao vertical (qy) aplicada na base do macigo, seja inferior & pressao admissivel (@) , obtida da pressio de ruptura do solo de funda ¢40. Esta Gltima é, por sua vez, determinada a partir de ensaios de laboratorio, ensaios "in situ" ou de férmulas consagradas da Mecanica dos Solos: sendo B' = B - > 1 9 = 4 + = Agr Onde: GJ ~~ = press&o admissivel Qo = pressao vertical pré-existente ao nivel de fundagao Y, = coeficiente de seguranga contra a ruptura do solo de fundagio, tomado igual a 2,0 Agr = acréscimo de pressao que produz a ruptura do solo de fundagao B! = base reduzida - efeito de excentricidade 5.1.4.4 Seguranga contra a ruptura por grandes superficies envolvendo o macigo A semelhanga do que se faz para qualquer obra de contengao, deve ser analisada, principalmente nas encostas e nos locais de subsolo fraco, a possibilidade de rup tura ao longo de grandes superficies envolvendo o macigo. Para subsolos razoavel_ Cépia impressa pelo Sistema CENWIN NBR 9286/1986 v mente homogéneos, o cdlculo normalmente é feito considerando superficies circula res. 0 coefictente de seguranca & ruptura deve ser tomado igual ou maior que 1,5, salvo em casos justificdveis. Na ocorréncta de camadas com resisténcias muito di ferenciadas, deverd também ser verificada a ruptura através de superficies nao circulares. 5.2 Qualidade dos materiaie 5.2.1 Aterro Os materiais de aterro podem ser solos naturais ou materials de origem industrial. Nao devem conter terra vegetal, nem tampouco detritos domésticos. Sua selegio de ve atender a: a) critérios geotécnicos; b) critérios quimicos e eletroquimicos. 5.2.1.1 Critérios geotéenicos 5.2.1.1.1 Para armaduras lisas, 0 Sngulo de atrito solo-armadura, avaliado por ensaios de cisalhamento direto rapido, feitos em laboratério sobre amostras molda das em cont gSes de umidade préximas do limite de liquidez, deve ser igual ou maior que 22°, obedecidos os limites de composigao granulométrica definidos pela Tabela 2. 5.2.1.1.2 Para armaduras nervuradas, deve-se respeitar os limites definidos pela Tabela 1, de composig3o granulométrica e de ngulo de atrito interno. 5.2.1.1.3 A dimensdo maxima dos gros do material de aterro nao deve ultrapassar 250 mm. € conveniente também limitar o teor de umidade nos materiais sensfveis & agua, a fim de evitar dificuldades na compactagao. 5.2.1.1.4 Na falta de especificagao para execugéo.do aterro, recomenda-se que 0 grau de compactagio seja no minimo de 95% da densidade aparente seca maxima, obti da no ensaio de compactagao com energia Proctor Normal. 5.2.1.2 Critérios quimicos e eletroquimicos 0s critérios quimicos e eletroquimicos de qualificagéo do aterro, dos quais depen de a durabilidade das armaduras, sdo 0s indicados de 5.2.1.2.1 a 5.2.1.2.3. 5.2.1.2.1 Reststividade As medidas de resistividade tomadas, para todos os casos, em amostras saturadas a 20°C, n3o devem ser inferiores a 1000 ohm cm para obras nao inunddveis 3000 ohm cm para obras inundaveis. Cépia impressa pelo Sistema CENWIN NBR 9286/1996 5.2.1.2.2 Atividade em ions hidrogénio (pi) 0 pH, determinado igualmente para todos os casos, deve estar compreendido entre 5 e 10. 5.2.1.2.3 Teores de sats soliivets - tons (ck) e (50,) ~ Em pri apresenta valores compreendidos entre 1000 a 5000 ohm.cm, e para materiais de a fpio, devem ser determinados apenas para os casos em que a resistividade terro de origem industrial. Os valores das concentragées idnicas deven respeitar as seguintes condigées: a) obras nao inundavets: (c2)” < 200 mg/kg (0,)"~ < 1000 mg/kg b) obras inundaveis: (c2)” ¢ 100 mg/kg (50,)"~ < 500 mg/kg 5.2.2 Armaduras As caracterfsticas mecdnicas so determinadas por ensaios de tragao, efetuados em amostras de armadura. 0 dimensionamento da segao das armaduras é feito a partir de uma espessura de cdlculo "'e," definida pela relagao: espessura nominal espessura de sacrificio, representando a espessura de metal suscetivel de ser consumida por corroséo, uniforme ou quase uniforme, ao longo da vida da obra; os valores de e, esto dispostos na Tabela 3, em fungao da vida Gtil da obra, da agressividade do meio e do material das armaduras. 5.2.3 Paranentos e acessdrios 5.2.3.1 Paramentos Qs paramentos de concreto constituem-se de peas pré-moldadas de concreto. (esca mas), com resisténcia caracterfstica (f_,) compativel com as hipdteses de calculo estrutural atribuidas a estas escamas. Devem ser evitados aceleradores de pega ou outros aditivos nocivos & galvanizago das ligagdes embutidas nas escamas. 0 con creto utilizado na fabricagao das escamas deve ser submetido ao ensaio referido em 5.2.4.2. 5.2.3.2 Acessdrios 5.2.3.2.1 As juntas verticais so preenchidas com espuma de poliuretano de célu Ja aberta ou outro material equivalente, que tenha fungao de filtro. Cépia impressa pelo Sistema CENWIN TABELA 3 — Valores de''e,!' em mmm Vida Gtil minima 5 anos 30: anos 50 anos | 70 anos Classificagio da obra Material da armadura (A) ajala[axlalatatn Obras nao inundaveis 0,50] 0 1,50 | 0,50 2,25] 0,75| 3,00) 1,00 Obras inundaveis por gua doce | 0,50] 0 |2,00| 1,00] 3,00] 1,25] 4,00] 1,50 Obras inunddveis por agua salgada] 1,00] 0 |3,00} - | 4,00] - |5,00) - Obras especiais A ser determinado em cada caso, por estudo especial (A) A = aco sem revestimento incado AZ = ago doce 5.2.3.2.2 As juntas horizontais so constitufdas de aglomerado de particulas de cortiga. 5.2.3.2.3 0s parafusos devem ser de aco de alta resisténcia, zincados a quente. 0 ago deve ser compativel com o referido em 5.2.4.3, no tocante ao controle de qualidade. 5.2.3.2.4 As ligagdes, como as armaduras, devem ser tiras de ago-doce, zincadas por processo de imersdo a quente. Devem atender ao controle de qualidade de 5.2.4.1. 5.2.4 Controle de qualidade 5.2.4.1 Armadurae e ligagées As armaduras e ligagdes devem atender. as especificagdes de tracdo da NBR 6152. No tocante 4 zincagem, deve ser utilizado o especificado na NBR 6323. 5.2.4.2 Conereto 0 concreto utilizado na fabricacdo das escamas deve ser ensaiado segundo a NBR 5739. 5.2.4.3 Parafusos 0s parafusos devem atender as determinagdes do método de ensaio prescrito pela DIN 934. Cépia impressa pelo Sistema CENWIN 20 NBR 9286/1906 5.3 Brecugdo 5.3.1 Antes do inicto da montagem 5.3.1.1 Aprovagdo do material de aterro 0 conhecimento prévio do material de aterro & obtido por estudos geotécnicos, e sua importancia depende das condigdes particulares de cada caso. 5.3.1.2 Equépamento ‘Além do equipamento corrente de terraplenagem, deve ser previsto um compactador manual, para a faixa situada a-menos de um metro do paramento, e um guindaste pa ra duas toneladas, para transporte das escamas. 5.3.1.3 Materiats pré-fabricados Os materiais pré-fabricados (escamas, armaduras, parafusos e juntas) devem sofrer controle de fabricagio, com ensaios de recebimento, a fim de garantir sua confor midade com as especificagées. 5.3.2 Durante a montagen 5.3.2.1 Soletra Deve ser executada uma soleira de concreto simples para fins de nivelamento e re gularizagio do primeiro nivel de escamas. 5.3.2.2 Montagen Executar a primeira linha de escamas sobre a soleira, e em seguida langar a pri feira camada de aterro até o primeiro nivel de armaduras. Compactar a camadae aparafusar as armaduras. Colocar as juntas verticals e horizontais, e montar uma nova linha de escamas, prosseguindo com o aterro e compactagao até o ponto onde deve ser instalado o segundo nivel de armaduras. 0 processo deve ser repetido até © topo da obra. 6 INSPEGAO Devem ser observadas as recomendagdes da NBR 9288. IMPRESSA NA ABNT — RIO DE JANEIRO

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