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Poemrot te FEE Seee verse cry penetrate) Floriana Colao Peeeiceerteeortc) OC Tosett) frome eee ry een eot rs Poceeeetreser teste) Curren esc rents Cte ee sta eeey Soren eee ceeeeee ccc) Peg eccre ey Re Reo etoeae cee ele) José de Assie Santiago Neto Peron Ceres See eRe eRe Rah) eee Re et Méreio Soares Berclaz Mazes Aurélio Nunes da Silveira ees mentalidade inquisitoria e processo penal no Brasil i) mentalidade inquisitéria e processo penal no Brasil 0 SISTEMA ACUSATORIO E A REFORMA DO CPP NO BRASIL B NA AMERICA LATINA ~ Jacinto Nelson de Miranda Coutinho - Leonardo Costa de Paula = Marco Aurélio Nunes da Silveira (organizadores) ‘ORSERVATORIO DA MENTALIOADE NQWSFTONA ‘thal ct ops suc ‘ie ibn ret eo Jacinto Nelson de Miranda Coutinho Leonardo Costa de Paula ‘Marco Aurélio Nunes da Silveira MENTALIDADE INQUISITORIA E PROCESSO PENAL NO BRASIL VOLUME 3 Curitiba, itcisvas que aqels(insuficetes) eftudes no tempo da emanasSo ‘do Cédigo de Proceso Penal de 1988, po seo Como expe UBERTTIS, mesmo at nterpelagdes codecs opeadas conto recente Decree 17, de 21 de fevered 200, conver ‘tom el w 60, do 22 dead 2005, ato pecsom completamente Megas expo. ‘Assim, a melhor escola ei eiminalo de qualquer sco demi ‘utengo de reside inguitio na mati da tre, contmpla oem rspelodaqele que fo ea compareid nfo taka a fad inequivocamentesvontade de no oe areca no proces, a suspeno das reativas aividdes, nceeniamente colada auc dos pazospresrcionas do erie ¢&possibidadesja de agutiqao Probst ieptivel ea de mudanga no pdidoeventniment are Senta pela pare civ, Como se pode preber, solu para oreferido problema nose neni sometena fei. F preciso que se muds tnibom clara 8 ‘magni jardin dos oprados da iio demas emotdas, 508 pen dese peenancerroprodcino © lgtinando os poste da ‘velha tradigio. E necessério, portanto, que se supere a mentalidade Ingustria preset nae a clara ea penis process peal ® Se ep OLS Maid Mei nga: md ‘is ft: COUTINHO, Jc Neon Ge Minne PALL Toes ‘Sh SILVEIRA, Marc Aus Snes Ong) Melos ious Foci pn ra neo me emt age tale Hrs 1. Rarmigts Esp e Dist SG py, ey {TOU Coma Acoma eps ing eis sei a Sade wee Couric Non Ge inns PAUL es Es SILVER Mac Ata Nes (Os) ould nga epee eat Bra igen bee proce pot te ele 2 Pea ‘Bop dois, 21% 9 8 a2 AS GARANTIAS DO PROCESSO PENAL ITALIANO NA VISAO DE GIOVANNI LEONE* Glovani Frazdo Della Vill [No pés-guerrs italiano, vem & baila @ nova Constiuigfo Iaiana em 1946 (entra em vigor em 1948), num momento em que as ideotogias libertrias e garantistas se difundiam por toda a Europa. O cenirio estrudor da segunda guerre mundial assolou até mesmo coracées ‘mais endurecidos, scarretando uma reflesao necessétia, de se colocar ‘ocidadio acima das paixoes, [Num clima de respeito is conquists da cidadana, fazi-se nevessiria ‘a mudanca nfo s6 da Constiuico, mas também do aparato legislative ‘concemente ao processo penal, pois este se esruturava num modelo Ge ideologia fascista do cddigo de 1930, “(.) um regime politice que colocava a autoridade no vétice dos valores , com o concurso da boa ‘ontade da cultura oficial, teorizava a ideia do Estado étco; dbvio que tal influéncia se fara sentir no processo penal, que € 0 espelho do ori- «entapo politica e da estrutur constitucional™ "Papeete sgt do ene LEONE, Gin. Gs el poe pele ERA Cod it po oe ool pos pone Ca, fit sind mor ing rin ta i017: Metron ii do ins ps UP pag cee cis pono Sek nego co SES epoch hele sina "Fata ede") or ein tic tle ari lio de ‘abt eon ora cnc tenis rans ia ao Sa {Ee ttl ef ne a rent oe io ‘icin si el ct es cot lvls Sl prose pom fom bed pad fom Yatapen ay Be ‘Uina reforma parcial da legslag%o italiana foi operada em 1955, abrindo mais espago para discussdes a respeito de mudangas necessi ras no campo processo penal "Neste olima de interesse pela mudanca, Francesco Cameluti organiza ‘em 1961 um Congresso* com renomades jurists da época, « fim de sliscutir a reforma do processo penal italiano, Apés a conven, Car. elu produz o primero projeto® de reforms global do cbdigo de peo esto penal italiano, que no resou isento de erties, em especial a fit por Pietro Nuvolone (© congresso produzido por Carmeluti scalora as discusses na Iie, {azrado surgir dois grandes grupos de juristas com opinises divergen ‘es: aqueles que apolavam a idea de uma reforma global do processo| penal num sentido acusatéro, com retrada da fase istrutora,c aque Jes que aereditavam ser necessério apenas reformas pontwais ne ext. ‘tur para adequaso & nova ordem constitucional. Ein 1964 ralizase lum novo Congresso’, a fim de que as ideias padessem ser diseutidas, ‘esse congresso o tema das garantias do processo penal vem A tona, emt especial devido aquilo que Leone jé vinha propagando.* As ts do congas foam plc a br DE LCA, Ginsepe, Priam po ‘en eta refrma el proces pol Vesa: Sanson, 1982, "Opie esas expo Jeno encona ae stn: CARNELUTTT, Fens: Lem leo del proces ponte: Napa Motto Eo 198, * Soro oj Cult ver: VILLA, Glvan esto Dsl © pon Casa ‘efoma do igo de Proceso Penal ao 0 conta secon soa pe (San COUTINHO, Iacinto Neson de Mens; PAULA, Lonel Con de St ‘Elia, Marco Autlo Nunes, Mentaldode nga « proven pn seni conpreo inraconal “adap nie cee fal ee Bl linet: Enpio do Dis, 2016, p. 185198 Se ocontap de Pete "volo prj Cast wer VILL, Giovani Fado Dells praceu alo contaps de Plo Nivoloe oo pean Coc deer does fe [rocnogeoal al,f: COUTINO, Js Nelo Se Mit: PAULA, Lava ‘owe SILVETRA Mo Attia Nees da Mentshade ngs pects ‘peal no Brst: gos she poco peal ee Bal i Vol 3 Flan {ie Emp do Dit, 2017p. 37 ee "Amis pba oretoneale mb: AAV. Cr diet per me refrma ‘i proce porte IV. Cite Els, 1968, toe (eto profse eningo de Macs Peal na Universiede de Rows) i avin pica taal “Gara dl proce pou? devi ao il Caress ‘Nill d eon de UOC a aia 81962, © tema das “garantias do processo penal” & de extrem importincia ro $6 pelo que se passou na fila nas vias da reforma, mas também pelo que se viveneia hoje no Brasil, quando, tanto a discussio da re- oma plobal do nosso eéigo autoitrio (inspirado no modelo fascis- 1 italiano e em total descompasso com 2 Constiuiglo), quanto 0 ata- quo is “garantis do proceso penal esto em evidéncia Leone afirma que quando se fala de gaantias do processo penal, en- ‘ende se referir As garantas para a justi, ou seja, garantias que con verpiram para a aproximaedo de um complexo de normas adequadas para assegurar una deciso justa. Esta, que ¢ a finalidade do processo, realiza-se através de mecanismos divers e em relagdo & posigao dos virios sueitos processuais. Assim, ele artculao tema em relapio aos sujeitos processus.” | GARANTIAS DA DECISAO Sobre a deisfo no proceso pens, ou metho, a iberdade da decisso, expe Leone que deve ser garantda a apenas conta ingeacias © presdes polities, mas contra os mais varios tpos de Hnflvencias Que possim ocorer, como as de: cata, religto,idologa, pessoal Para ele, todos os argumentos que sustentam 0 pergo da independen- cia da magisratura, nos confonos do poder polio, s8o mer inven- Gio eno posuem qualquer fundamen, Servem soment pretense ‘iva uma polémica pole. Tema que nfo hi asirunentos legislativos contra esses pergos, devendointerviro costume, st 6, uma edueagSo do juz capa de the assegurar 0 maximo de atonomia de conscincia ede sens de just ga. preciso que o juz se deena ej defend do maior pergo, 5a mls sles sooo ver: ORLANDI Reo, Dion iis 6 ‘pos ponl'm Repti Inc fe COUR, nes Neon Se Sony Un, Eat oon der SHAVER, ho Astin Nese da ala ae sr rome et mB a ger eo “oe ‘Eps pele rl Fogg Epis Deco, 2016 pS 3S. unbine ORCANDI, Ro, Di neta «csp al po ‘Bice Revie Sana de Disb Protea Pom. opp Fa, 016 EOE Gv Gre Op etc as ‘que € a injustiga de boa: a substiuigdo da verdade que ele intuiu ou. aleangou no lugar de verdade que emana dos ats.” ‘Veja-se que aafimacio de Leone expressa a crenga na possbiidade de existr uma “verdade", ainda quo, de certo modo, remeta a uma dia de “verdade formal” se esfore em esvaziar qualquer juizo pes- soa das decises. Em relario a este tema, Francesco Camel publ ‘a, em 1965, o texto: “Vert, dubbio ecertezza”, deslocando 0 conte- ‘ido das decisbes da condigao de “verdade” para uma condigao de cer- teza, dante daquilo que se produz no processo.”> Para Leone, de um lado, todo o regime da prova legal marcou a exa- cetbada preoeupagio de consolidar a sentenca com provas preordens- das incidents na decstio; de outro, todo o regime do livre convenci mento do juz" gira em tomo do dramdtico tema dos limites e contro- les sobre a formacdo do referide convencimento, [A despeito da motivagio da decisio da Corte de Cassagio, Leone as- severa que o fim institucional da Corte 6, em grande pat, frustrado, uma vez que hi perplexdede grave contradiglo jurispradencial em importantes questes. Em nenfum momento se pode inducir & resis ‘nasdo ums parte ou um defensor que vejarejeitada uma instncia 30 bre questdes processuais!, por tomar uma atitude conforme um ex ‘endimento jtisprudencial que sej inesperadamente mudado."* ‘Arazio dessefendmveno esté no grande iimero de recurso ¢ na cor. relata necessidade de subdivisio da Corte no apenas diversas sey6es, ‘mas em tantos eolegiados de diversas composigSes. Para mudar essa "Tap ve de: "Oscorre oat cei piace onda a df contri Imagalr peril, quel coddling buon fot eto ler lt pl ha iat ori al ver che pron dag a= adap. Scanner, Paccesc, Ve, dil, ener invade dite pacer Padova, ¥. XX, pp 49, 1965 Par men clase gust de eee We OUTING, lacino Noon de Mania Gees no Verte dda tera Francs Caos pau or opens do cto, dni eosin ae ovtosHumanos (001200) ode aso ame fa 200, pp 17 "am Leone umn cont de tieayso, LEONE, Gotan Carnie Op iy Bee F Com inepartelsconseutnie sabre 0 mbit d is cote gums ata de pigeon eee Ho a6 rave sitwapo, no ser sufciente o aumento do érglo, nem a aprova- (40 de um projeto de lei que repristina a declaratéria de inadmissbili- ade na Camera do Conselho (ainda que seja com taxativas garantias para a defest). Leone diz que nunca se deve possibilitar a fxago de wm limite nesta ratéria: cada interessado tentaré sempre o carinho do recurso, ¢ 4 tentative seré tanto mais favoravel como a jurispradéncia da Corte ser incertae contraditria: um evidenteclreulo viioso." Leone affrma que a soluso parece estar em uma resolugfo equilibrada o problema do tibunal regional. premissa para esta possibilidade & 1 constatapio de que os recursos se dvidem, de mancira geral, em iden p18 21 Toop fina qe evo reed fl ur propeta srs po le arto posta reform de 1990, «quel nova iad eso ese, was ride ontican,o calace ey manga do peo ta tm fn de veto ew ve tora, svan of posted dom, BP sfadu line de: Sol quando orate d dalogo con Perea exces ale Soggert asec iia prea sincart Pinto ana anche ‘live manfenatone peso om. 6, ‘A patticipagto da defesa ténica junto os acusades em provesso penal ‘uma questio de conquista de cidadania, ¢ pensar que o retomo aos pores da ingusiggo para acredita na bos-fé do inquisidor soja uma fquestio de justga, chega a ser uma ingenuidade, para nfo falar em feacionarismo, Lembra-se que em nome de Deus, homens cometertm fabusos incalculaveis na busca de descoberta das “verdades”. Trocar ‘Deus pela justga ndo faz com que o8 mesmos erros nfo possam se reper. ‘Outro aspecto da garantia da defes esti em uma maior acentuago do ‘carter acusatério do processo penal, que compreenderis: a) eliminar a ‘revaléncia do Ministério Pablico em todo o process; b) um retoque tonsiderivel no principio de oralidad; c) dar maior rlevo aos inte- resses do ofendido com 0 erime (inttoduzindo a possbilidsde de aso penal subsidivia da pblica); d) observapSes das garantas quantos As formas etermos — quanto 4 forma, corre manter 0 regime da nulida- de absolut seja delimitando-a com maior rigor e, portanto,reduzindo ‘as hipSteses, soja remetendo a reviséo a categoria da sanatéra, res- ‘wingindo-a; quanto aos termos, deve-se fer eatela e ponderagdo na estituigdo dos prazes, a fim de nfo se esvair sua fungi.” (Quanto & disciptina da anisti, 6 tatsda também dentto do tema das garantis, Eo problema & quando a anista € aplicada antes do acera- ‘mento do cato, pois podera sr o caso deo immputado se inoceate.™* ‘Uma ulterior garantia do imputedo seria no zelo do processo, que num. aspeeto contingent, demanda im aumento des magistrados (compara- '2.com o nimero de magistrades ingleses);e mum aspeeto mais amo, Felaciona-se com a duragio do processo (nem excessivamente cuto, ‘nem alongado demais), por meio da unifieago e simplifieagto ds fase instrutria Gincusive com a guilhotina fmannaia] dessa fase a pedido do acuseda),alargando 0 imbito do processodireissimo, , com uma radical revisto da competéncia (aumentando 0s casos pretoriais). 2 iden 9p 6-148. inion pH. fede pp -t ms 4 GARANTIAS CONCERNENTES A LIBERDADE PESSOAL ‘Com a Constituiio (art. 24), lei de 1955, a aplicagio da jurspeu- dénca, a Hberdade pessoal do imputado jé esti garantida em diversos aspectos, Entretanto, Leone eatende que hi nevessérias mudangas ‘quanto a0 mandado de captura, que antes era obrigatri, © com a re- forma do 55 foram reduzidos os casos, entonde que deve ser altrado para que sea facutativo. Outro aspecto seria a possibilidade de con- teole peridico da custédia preventiva, inclusive com cabimento de incidente para discussio em sesso pica" 5 GARANTIAS CONCERNENTES A FASE DE JULGAMENTO, Para Leone, algumas garantis ja s20 respeitadas, mas vale sescltar a necessidade de maior respito a0 principio da oralidade. Um aspecto polémico & em relagio & presidéncia do drgo colegiado, se deve ser apenas um regulador e moderador imparcial, que no paricipe da de- «iso, Outro ponto & em relago a0 erass-examination (previsto pela CConvengio Europeia de salvaguarda dos dtetos do homem, esubocr- to pela Itilia, ou sea, imputado poder inquirr as testemunhas de defesa e de acusagao. Além disso, hi necessidade de se unifcar as ‘audigncias, em vista de melhor julgamenta” 6 GARANTIAS DO OFENDIDO E DA PARTE CIVIL CConforme um aspecto scusstrio do processo, pode-se assinalar: a) nos easos de injuria e difamagio deve-se repristinar © procedimento para citagdo direta; b) deve-se manter a pate civil no procesto penal, em vistade evita julgamentos diferentes na esfera civil pensl, pois seta contirio a0 principio da unidade da jurisdieto, e denunciara a {aléncia da justiga. Leone assinala quo deve ser possvel & parte civil fu parte ofendida impugnar o processo nio 56 quanto 20. conteido civil, mas também quanto 20 acertamento do caso penal; ¢) a sentenga ‘que incluirsujeitos sem direito de impugnagéo causa um problema, © Sion p15 por isso deve-se garantir o direito de impugnagio a estes sujcitos — Aquerelante,sueito passive ererceios.* 7 GARANTIAS CONCERNENTES AS IMPUGNACOES 0 principal aspecto 60 efito dovolutivo. Os efeitos parcialmente de- volutivos e butea da verdade material so indubtavelmente opostos, © apenas um destes deve prevalecer. Para Leone deve prevalecer 0 prin- clio de acetamento da “*verdade material" 8 GARANTIAS CONCERNENTES AOS TERCEIROS 0 c6digo de 1930 colocava os terceiros interessados no processo em. tum situsplo de injusto sacrfiio, em completa negligéncia, Desta forma é nocesséria ma atenta reelaboragio das paratias dos terce- ‘9 GARANTIAS CONCERNENTES AO JULGADO Leone indica sua prolusfo romana como forma de recordar 0 tema, ‘mas brevemente expe que # reviso deve ser reelaborada com os se fguintes eritrios: 1) ampliar 0s casos de revisio (quando exisirem ‘ovas provas): @) que o impatado nfo era imputivel (menor 04 outs ‘eausas);b) 0 imputado nfo era punivel (pos 9 fato no consituia ext ‘me — excludentes de ilctude); ¢)qualificago juridica do fto diver- ‘8 (ex: doloso para eulpos0); ) foi imposta uma agravanteinjus ‘mente ou deve ser consderada uma alenuante; e) diante das novas provas © conjunto probatério induz a uma insuficiéncia de provas (presungio de inoeéncia — nova prova coloca dévida no crime); ) novas provas que modificam o crime (ex: Iso ao invés de morte; g) sentence de proscioglimento (que no remetea jlgamento; podeia se ‘equipara sentenca de improntincia no Brasil) que depende de ato que ‘vem sucessivamente julgado nulo ou modifieado (ex: absolvigio de Sidon 9.138 Bde 5, crime sexual em que a vitima casa com 0 agtessor, © depois o cast ‘mento & anulado); sentenga condenatéria com base em entendimento jrispridencil que venka a ser modificado posteriormente (exemplo sual —aborto até tr meses), 2) eliminar alguns inexplicdveis casos de revisfo, em particular: a) aquele do poder de o juiz de exccasio declarar a questo destiuida de fundamento (art. 557 CPP ITA); 6) na distingdo entre judicium rescindens e judicium rescssorium, quando & ocisdo do anulaeio da Cassaeio depende do acertamento de inooén- cia do julgamento de reenvio." ‘Leone busca expor o tema das garantias do processo penal em seus sais diversos aspecios. Com o breve relato de suas ideas, pode-se peresber que screditar em garantias do processo penal nio bastante ira se ter um procesto penal justo e democrtico. Fle retrata a busca de uma garantie da “justica”, antes de tudo, mesmo que isso represente manter a estrtura de poder num lugar inatacsvel, ‘Como homem de seu tempo, tendo vivido sob influxos do regime fas- cist, apresentaideias de gaantia que mais demonstram contimiiésde do que ruptura com o regime que se quer entera. 1 preciso analisar os insiutos desde uma visio critica, sempre tendo cmt vista a fangio de intrumentalidade do processo penal, que deve ter “como conteido a méxima eficécia dos direitos e garantias funda rentais da Constiuicéo, pautando-se pelo valor a dignidade da pes- soa humane submetida 8 violgneia do ritual judictério™ ‘As garantias do processo penal devem sempre ser buscadas em dire- (od protegto do cidadio, desde a maiz Constitucional ¢ Convenci- ‘onal, que estabelecem o minimo a se respeitar. Falar em garantia do processo penal no & falar de garantiraaplicaglo de pena, em garantir 2 "Justiga”, em garantir a jurisdigdo, em garantir 0 Estado. ‘A comunidade vista como um conjunto de seres viventes 6a dona de todo 0 poder (potenti), ndo o Estado, A comunidade delega seu poder ‘dan 9p 1555. ‘SLOPES TUNIOR, Aug. Inoue erin a0 proce penal (aamente dene ‘ramon ors) Ri de ai: Laes a, 0491 ‘consensualmente para representantes (pofesas) que se presentam no Estado, e quando estes exercitam um poder obediencial de respeito & vida, antes de tudo, legtimam-se na manutengao do poder recebido, fem forma de regencrago, caso contri, fechizam o poder delega. do, num efreulo corupto do poder, como forma de dominagso.© Quando em comunidade se accita que alguém possa ser punide por tum crime, exige-se que cetos padres minimos de respite & sua eon figdo humana sejam cumpridos. Aqui aparece o processo penal, caja fing instrumental na aplicagto de uma pena deve ser validada so- mente quando 0 minimo ¢ respeitado, At porque o respito a esse ‘minimo (consttucionalmente e conveacionalmente previsto) & para todos pata cada um, indstintamente. ' DUSSEL, Eeigu 20 ede plitcn So Po: Expresso Poplar, 2007, p.29- Pr

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