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Fig. 23-P — Remocio da calota de graxa do cubo da roda Fig. 24-P — Conexao (H) do tubo flexivel com 0 cilindro da roda Fig. 25-P — As 4 porcas de fixa- ¢40 do espelho ao eixo traseiro REGULAGEM DAS SAPATAS A regulagem das sapatas, para compensar o desgaste das guar- nigdes e da superficie de atrito dos tambores se faz do modo conyen- cional, por meio de exeéntricos cujas cabecas se encontram do lado de fora dos pratos, acessiveis, portanto, por tras das rodas (fig. 24-P). Proceda assim: 1 — Levante a roda traseira no macaco ou em cayalete. 2 — Gire um excéntrico de modo a prender a roda (o freio de estacionamento deve ser solto previamente). Se nao conseguir prender a roda girando o excéntrico em um sentido. gire-o no sentido oposto. 3 — A partir do ponto em que a roda ficou Presa, gire 0 excén- trico no sentido oposto, até que a roda gire livremente, impulsionada pela mao. Procure ouvir se o tambor arrasta nas guarnigGes. 201 4 — Proceda do mesmo modo em 'relac&o ao excéntrico da outra sapata, soltando-o apenas o suficiente para que a roda gire livremente. 5 — Faca a mesma operagéo na outra roda traseira e realize o teste na estrada, procurando sentir se o freio atua do mesmo modo em ambas as rodas. Se o carro tender para um lado, proceda a nova regulagem. SANGRIA DO SISTEMA DE FREIOS A finalidade da sangria é retirar o ar que possa existir dentro do sistema, porquanto 0 ar, sendo compressivel, nao permite que a pressZo no sistema atinja os valores necessarios para frelar as rodas com pres- teza. A presenga de ar se nota ao pisar o pedal, que se torna mole e de acdo esponjosa. ‘Tanto os cilindros monoblocos do freio a disco como os cilindros das rodas dianteiras so providos de parafusos sangradores. Para san- grar o sistema, proceda da seguinte maneira: 1 — Levante a roda no macaco. 2 — Retire a coifa de proteco do sangrador, limpe-o e instale no mesmo o tubo de sangria, de preferéncia, transparente. A outra ponta do tubo mergulha em um recipiente de vidro cheio com fluido de freio, limpo. 3 — Um ajudante instala uma chave de estrias no sangrador, para desapertd-lo no momento oportuno. 4 — Calque o pedal de freio varias vezes alé que 0 mesmo fique em cima quando, ent&o, o ajudante devera soltar levemente o san- grador. Continuando a pressao sobre o pedal, este desce enquanto o fluido € expulso pelo sangrador. Se houver ar no sistema, este sera expulso sob a forma de bolhas dentro do vidro. 5 — Mantenha 0 pedal calcado no fim do curso e ordene que © sangrador seja apertado. Proceda depois a nova sangria, até que o fluido se mostre isento de bolhas. Repita a operacdo nas outras. rodas. CARACTERISTICAS DOS FREIOS TRASEIROS Didmetro dos cilindros . i 19 mm Diametro dos tambores 228,5 mm Largura das lonas ... 35 mm Superficie das Jonas por roda 133 cm* Espessura das lonas .... 5mm Superficie ativa da freiagem ... 251 em* 202 SERVIQOS NO PEDAL DO FREIO. Retirada Solte a mola de retorno do pedal, retire 0 contrapino (1, fig. 25-P), a arruela lisa (2) e 0 pino do garfo da haste do cilindro mestre (3) Retire o contrapino eldstico (4, fig. 27-P), empurre o eixo no sentido indicado pela seta na mesma figura e retire o pedal. Reposicao Proceda de modo inverso ao da retirada, lubrificando os eixos com graxa especial contendo Bissulfeto de Molibdeno. Fig. 26-P — (V. texto) Fig. 27-P — (V, texto) Chee REGULAGEM DO FREIO DE ESTACIONAMENTO Nos modelos 1969-70, o cabo do freio passa por uma polia igua- ladora (fig. 28-P) e para ajustar o freio de estacionamento, a polia deve ser deslocada no tirante, que possui varios furos. Basta entao im 0 pino-eixo da polia e deslocé-lo para os furos mais a frente. iL eR Fig. 28-P — Cabo e mecanismo de acionamento do freio de estacionamento modelos 1969-70 1 — Parafuso-eixo da polia Polia aor ab = Espaca suporte 2 — Cabo do freio ¢= oan. 3 — Pino do suporte da polia $35 eee 4 — Suporte da polia 10 — Arruela 5 — Arruela anti-ruido 11 — Cupitha (contrapine) 204 Nos modelos a partir de 1971, 0 equalizador é do tipo conven- cional (fig. 29-P) e a regulagem é feita por meio da porca de regu- lagem (13), travada pela contraporca. A regulagem deve ser feita tendo ambas as rodas traseiras sus- pensas a fim de constatar que ambas giram livremente com o freio de estacionamento desaplicado. =D | Sa- ce teen ee | 20 : aes is 0 SCS 2, zi i 22 23 Fig. 29-P — Cabo é' mecanismo de acionamento do freio de estacionamento dos modelos a partir de 1971 1 — Fqualizador 18 — Suporte da alavanca 13 — Porca de ajuste 19 — Arruela dentada S892) Grampe iia sald 20 — Porca sextavada x oi 21 — Arruela 15 — Mola de retorno 22 — Cupilha 16 — Tirante 23 — Parafuso de fixacio do 171 — Alavanca de acionamento suporte 205 SISTEMA ELETRICO © sistema elétrico do Corcel e da Belina, como o de qualquer outro automovel, se constitui de uma bateria de acumuladores, comu- mente designada como “bateria”, de um gerador de corrente elétrica, os quais constituem as fontes de suprimento de energia elétrica para os diversos equipamentos como o circuito das luzes (fardis, lanternas, luzes de aviso, luzes de cortezia, etc.), 0 sistema de ignicdo do motor, buzinas, € todos os acessdrios elétricos. Vamos estudar separadamente os componentes do sistema elétrico, com excessao do sistema de*ignicdo, j4 estudado em conjunto com os sistemas complementares do motor. BATERIA A bateria se constitui de uma caixa, dentro da.qual se encontram dois conjuntos de placas intercaladas, as placas positivas e as negati- vas, entre as quais se encontram os separadores. As piacas positivas so ligadas a um terminal (borne positivo) e as negativas a outro terminal (borne negativo). Todas as placas sao imersas em uma solu- ¢&o de agua e Acido sulfurico . Por conveniéncia de construcdo, o conjunto de placas se divide em secedes denominadas “células”, com o mesmo numero de placas, Os terminais das células ou elementos sao ligados externamente por barras de conexao. Cada céJula possui uma tampa roscada, cuja finalidade é permi- tir a complementacdo da agua da solucao e possibilitar i expulsdo dos gases resultantes das’ combinagées quimicas. A bateria tem a propriedade de acumular ou “g .ardar” a ener- gia elétrica fornecida pelo gerador sob a forma de energia quimica, devolvendo-a novamente quando solicitada. 206 © DINAMO (usado até marco de 1969) O motor do automovyel 6 uma fonte constante de energia mecf- nica e 0 dinamo aproyeita uma pequena porcentagem’ dessa energia mecanica para transformd-la em energia elétrica, que é fornecida aos equipamientos elétricos e, quando superior as necessidades desses equi- pamentos, ainda supre a bateria de nova carga. De acordo com a quan- tidade de energia elétrica dispendida no momento’ e o suprimento fornecido pelo dinamo, podem ocorrer trés casos: 1) A corrente fornecida pelo dinamo € igual a que esta sendo consumida, de modo que a bateria permanece como que ausente no Circuito: no fornece energia, nem a recebe. 2) A corrente debitada pelo dinamo é inferior a consumida no momento, de modo que a bateria supre a diferenca, descarregando-se. 3) A corrente debitada pelo dinamo é superior a consumida pelos equipamentos, de modo que o excesso € enviado a bateria para ser armazenado (a bateria recebe carga). © dinamo é um gerador de corrente continua, idéntico aos gera- dores comuns e se constitui dos seguintes elementos: uma carcaca de ferro, cilindrica, dentro da qual se encontram duas sapatas ou pecas polares, uma oposta a outra e em torno das quais se encontram dois ehrolamentos, denominados bobinas de campo. Dentro da carcaca ¢ apoiado no centro de suas tampas laterais, gira o rotor ou induzido, constituido de uma arvore e um niiéleo de ferro doce laminado em torno do qual se encontra um enrolamento composto de varios grupos de espiras, cujas pontas sao soldadas as barras de cobre que formam o coletor, Duas escovas de carvad, situadas dentro dos porta-escovas fazem contato com 0 coletor e sio mantidas por molas de forma espiral. Funcionamento — O funcionamento do dinamo se baseia em um prinefpio de eletro-magnetismo. A pequena corrente que circula nos enrolamentos das bobinas de campo cria um campo magnético em torno das mesmas e dentro do qual gira o induzido. Em virtude desse principio, induz-se uma corrente elétrica nas espiras do enrolamento do induzido, corrente esta que é captada pelas escovas sob a forma de corrente continua e enviada ao sistema elétrico. Regulador do dinamo — Naturalmente, a voltagem € a ampera- gem da corrente fornecida pelo dinamo dependem de sua velocidade de rotagdo e também hé ocasides em que esta corrente € muito pequena ou nula, muito inferior a corrente da bateria, de modo que se as liga- gées fossem fixas, a corrente da bateria esgotar-se-ia pelo dinamo, pele 207 802 14 \ - is (ep 128 e \ "= FORNECIOA.TAMBEM NO \OGO- e212 Fig. 1-@ — © dinamo, usado até marco de 1969, inteiramente desmontado oxoyueTp oyuoMME[os op er0yNOzor wdEyQ — Gy oyso0us op vjonisy — st oyuesyy Osngerta — 8% eyod ep opr] op vdurey, — pT ovssaid op ejonury — 1g ‘opyinpuy Op asoary ep wox0d — st oweurp op sojajuy aqiodns op ovSexyy ap osnsuiva — 9% Sioa = 2 oweUyp op ovdexys op r0Wo;Uy os0dNg — og sopudedsa — IT orpsesy OjueMIEIOY — Fz QusME[OL Op IOVUD}01 DST — OT 40}9]09 op Teoueur oys0009 @P oom — 6 © @ OjMaUEIOI oO a1jUe oOpEmMpUO jauy — sz ‘Brod opel s0jue;01 Iouy — 3 seayjod sessem sep ovsuxy op osnjeivg — og wrod ep vyaaeqo — 2 odures op seujqog — 1g 40j01 No opjznpuy — 9 ovdadsur op- w3MID — 0% foquaed ToUY — ¢ (semp) vaooss ep eIOW — 6T ‘oysooue op wonuy — F 40}0[09 Op opyl op vdmex, — gy ‘syeurMa} sop sosnjeied op oof — £ ‘eaoosa — ET oxssard op vjomry — ¢ (eHed opel) oxsquep oyuomejoy — 91 aowodns opodns op oyduxi, op osnjseata — 1 a que 0 circuito é provido de um regulador. Uma unidade do regulador, 0 disjuntor, desempenha a seguinte funcfio: quando o motor esté pa- rado ou girando a pequena rotagdo e a corrente debitada pelo dinamo é nula ou inferior a yoltagem da corrente da bateria, o disjuntor desliga © circuito do dinamo do circuito da bateria, de modo que esta nao se descarrega para o dinamo. © regulador de yoltagem e de corrente controla a voltagem da corrente do dinamo, impedindo que esta atinja valores superiores a voltagem maxima suportada pelos equipamentos e controla a corrente que circula no proprio dinamo, TESTE PRELIMINAR Uma verificacdo simples e imediata do funcionamento do dinamo, quando se presume que esteja gerando pouco ou nenhuma energia elétrica, pode ser feita tendo 0 mesmo instalado no veiculo e com o emprego de uma lampada de prova com a mesma voltagem do sistema. A fig. 2-Q mostra como ligar os terminais da lampada: um ao terminal (+) ou “D” do dinamo e o outro a “massa”. Desligue o fio do terminal “EXC” ou “DF”, do regulador de voltagem e ligue-o tam- bém a “massa”. Ponha o motor em funcionamento a cerca de 1.400 rpm. Se a lampada acender, o dinamo esta gerando energia; em caso contrario, ha defeito no circuito do dinamo ou na propria unidade. Como o dinamo trabalha em combinagéo com o regulador, se este estiver defeituoso, o dinamo nao poderd funcionar tom regulari- dade, de modo que, antes de retirar o dinamo do lugar para eventual reparo, deve-se levar a efeito uma série de testes, que requerem o em- Fig. 2-Q — Teste do dinamo ainda instalado no vei- culo (¥. 0 texto) prego do aparelho — SUN VAT 20 ou equivalente. Os testes com o referido aparelho indicam o seguinte: 1) Rendimento maximo do dinamo. 2) Resisténcia do circuito isolado. 3) Resisténcia do circuito “massa”. 4) Voltagem de fechamento do disjuntor. 5) Abertura do disjuntor. 6) Voltagem regulada. Quando se supée ou se evidencia defeitos no circuito do geradon, as primeiras providéncias a tomar sao as seguintes: Verifique todas as ligagdes do circuito, que devem estar limpas e devidamente apertadas. Tire a cinta de inspegao e verifique o estado do coletor, do rotor e das escovas, Tanto o coletor como as escovas naéo podem apresentar sinais de queimaduras e a superficie de atrito do coletor deve ser uniforme. Em funcionamento, o coletor niio deve soltar faiscas, tendo o dinamo funcionando a uma velocidade normal e na carga nominal. Uma répida limpeza do coletor pode ser feita com uma lixa d’4gua n.° 400, depois do que se sopra todos os reziduos com ar com- primido, As escovas devem ter seu tamanho dentro da tolerancia. Se seu assentamento néo estiver perfeito, pode-se corrigi-lo lixando-as com a mesma lixa n.° 400. Por outro lado, devem se movimentar livremente nos porta escovas, AJUSTE DA TENSAO DA CORREIA (V. legenda da fig. 3-Q) Fig. 3-Q — Modo de medir a deflexio da correia do ventilador, Para corrigit a deflexio, solte 0 dinamo (ou alternador) destorcendo seus parafusos de fixagie, deslo- que-o para dentro ou para fora com uma alavanea © aperte novamente os para- fusos. Para substituir a cor- reia, solte © dinamo (ou al- ternador), retire a correia usada, instale a nova e ajus- te a tensio. Fig. 4-Q — Localizacio do dina- mo. 1 e 2 sao parafusos de fixacao Fig, 7-Q — Modo de levantar a mola para retirar a escova Fig. 6-@ — Remocio da tampa posterior Retirada Desligue os fios dos dois terminais do dinamo. Desaperte os dois parafusos (1) e (2), fig. 4-Q. Desloque o dinamo e solte a correia. Retire os parafusos e o dinamo. Desmontagem Prenda a polia em um torno de bancada e retire a porca de fixag&o da polia como mostra a fig. 5-Q. Retire a polia com um extrator e sua chaveta, retire a cinta de inspecao e o parafuso do terminal da escova positiva. 212 “TT Fig. 9Q — Extracéo da tampa dianteira Retire o rolamento traseiro com o extrator 04-113 e um calgo depois a arruela defletora (fig. 8-Q). Solte a tampa dianteira com auxilio da prensa (fig. 9-Q). Retire a bucha espagadora sobre o induzido. Desmonte a tampa dianteira, removendo a bucha espacadora, os dois parafusos do flange de fixac&o e os rolamentos com suas duas arruelas defletoras. Desmonte a tampa traseira, soltando.os dois parafusos dos termi- nais e retirando as escovas e suas molas. Na carcaga, retire as porcas dos terminais das bobinas de campo. Retire os dois parafusos de fixagdo das bobinas de campo e retire as bobinas. MONTAGEM DO DINAMO Proceda na ordem inversa, 213 TESTES DOS COMPONENTES -Q — Coloque 0 induzido jgarra” e aproxime dele > uma serra. Se a lamina vibrar, Fig, 12-Q — Teste de “curto a ma: ha eurto entre espiras, Substi- do induzido. Coloque uma ponta do tua o induzido. ohmimetro no eixe ¢ outra no coletor. Se 0 ponteiro se deslocar, 0 enrolamen- to esta em curto. Se usar uma lampada de provas, a limpada acende se 0 enro- nto estiver em curto. Fig. 13-Q — Teste de iso- lacio das bobinas e ter- minal, Coloque uma pon- ta do aparelho no borne “D+” e outra na carcaca, Se © ponteiro se deslocar, ‘ha curto circuito. Se usar uma lampada de provas, a mesma acende se hou- ver curto-cireuito, Fig, 14-Q — Teste de continui- dade das bobinas. Cologue uma ponta do aparelho no terminal “D-+” e outra no terminal “DF” © ohmimetro deve registtar pe- quena resisténcia. Se o pontel- ro permanecer imével, 0 enro- lamento esta interrompido, Se usar uma lampada de provas, esta deve acender. Em caso contraric, ha interrupgio no enrolamento, 214 Fig. 15-Q — Com uma lampada de provas ou com um chmimetro, verifique © isolamento do suporte das escovas, Se a lampa- da acender ou o pontei- ro se deslocar, ha curto- cireuito, CARACTERISTICAS DO DINAMO Marca € tipo ..... 000.015 BOSCH LJ/GEG-160/12/2400 FR 48 MR Comprimento das escovas 19 mm Comprimento minimo das escovas . 9 mm Diametro do coletor ....... 33,4 mm Diametro minimo do coletor 31 mm Excentricidade maxima do coletor . 0,03 mm Tensao das molas das escovas. . 400 a 600 g Rebaixamento da mica do coletor . 1,5 mm Distancia entre furos de .... 0,5 a.0,7 mm Folga longitudinal do induzido . 0,05 2 03 mm Rendimento maximo . Resisténcia do campo . 15 Volts, 20 Amp a 250°C: 3,7 a 3,9 Ohms Regulador Marca e tipo Resisténcia do circuito massa . Fechamento do disjuntor ..... BOSCH RS/TBA-160/12A1 de 0 a 0,3 Ohms 12,6 a 13,4 Volts Abertura do disjuntor (corrente inversa) 2,0 27,5 Amps Voltagem regulada 14,1 a 14,7 Volts Ajuste de carga ... 160 Watts Corrente de carga ............0555 . 15 Amps 215 © ALTERNADOR O alternador é um gerador de corrente alternada de grande ren- dimento, que vem substituindo o dinamo convencional desde 1963 em virtude de suas inimeras vantagens, entre elas a de proporcionar uma corrente de carga nas baixas rotagées do motor, mesmo na marcha lenta, 0 que se constitui em grande vantagem para os veiculos que trafegam constantemente nas grandes cidades, nas quais os perfodos de maior velocidade constante -sdo pequenos. Além disso, os alterna- dores sio mais leves e conpactos do que os dinamos de igual poténcia e sua reparac&o se faz com facilidade. Sua principal diferenca em relagéo ao dinamo convencional é que a corrente induzida tem origem em um elemento estaciondrio, 0 estator, enquanto as bobinas de campo é que giram impulsionadas pela polia, o rotor. A corrente induzida é alternada, passando em seguida por um conjunto retificador formado de diodos positivos e negativos, que deixam passar a corrente em um sé sentido, construgdio essa que permite levar ao circuito externo os altos valores de intensidade de corrente produ- zidos no estator, por meio de contatos fixos, enquanto no dinamo a captacao da corrente se faz por contatos deslizantes (coletor e escovas). A pequena corrente de excitacdo para a bobina de campo, o rotor é levada por meio de duas pequenas escoyas que fazem contato com dois anéis de metal. Em resumo, portanto, o alternador 6 constituido dos seguintes elementos: 0 rotor, o estator, duas tampas, o conjunto retificador, as escovas, 0 condensador, a polia com ventilador e pertences: rolamen- tos, buchas, parafusos, porcas, arruelas, terminals, etc.- (Fig. 16-Q). Rotor — o rotor é constituido de um tnico enrolamento feito de fio fino, encaixado em um carretel montado em um eixo que se apoia em dois rolamentos montados nas tampas da carcaca, do tipo de lubrificacdo selada. As extremidades do enrolamento séo ligadas a dois anéis de cobre montados no eixo, isolados entre si e isolados do eixo, e contra os quais se atritam levemente duas pequenas escovas, uma ligada a massa e outra ao terminal de campo do regulador. O enrolamento é envolvido por duas estrelas de ferro com as pontas yol- tadas para dentro, em forma de garras, formando um ima de oito pofos magnéticos. O estater — O estator se constitui de uma carcaca circular de ferro doce laminado, em cujas canaletas internas se localizam as bobi- nas que fazem parte dos trés enrolamentos, defasados eletricamente 216 Fig. 16-Q — © alternador WAPSA inteiramente desmontado, mos- trando a posieao relativa de todas aS peas, 0 que facilita sobremodo a desmontagem e a montagem e 0 conhecimento da nomenclatura das pecas, © alternador é usado no Cor- cel a partir de mareo de 1969, Rolamento 60 rolamento 217 k E Retificadores —Amperimetro R a cums Goa ‘Os retificadores Impedem @ descarga da baleria lernador suprindo 9. consumo © carregando @ bateria ‘Alternador suprinde © consumo ‘até o méximo de sua capacidade, ‘Alternador carregando 8 bateria ‘a bateria fornece a diferanga Fig. 17-Q — Functonamento do circuito de carga com alternador ‘Terminal neuro “ama © susie Gos ebheasaien ‘olde aliso Fig. 18-Q — Circuito elétrico do Fig. 19-Q — Componentes de um alternador WAPSA. diodo. 218 Fig. 20-Q — Corte do al- _/Fixaglo do esticador da correla. ternador WAPSA. Veniiador F} Bobina do estator (em toda a volta) Rotor (compreende sapatas @ bobina Nota: no so vistos os retificadores: entre si de 120°. Uma das extremidades dos trés enrolamentos se unem em um terminal comum, 0 “neutro”, enquanto as ‘outras se ligam aos diodos positivos e negativos, como mostra a fig. 18-Q. Conjunto retificador — O conjunto é formada por tres diodos positivos prensados em uma placa isolada da tampa traseira mas a ela fixada e denominada placa dissipadora e de trés diodos negativos, pren- sados diretamente na tampa. Os trés diodos positivos sdo ligados ao terminal “A” do altemnador, (O diodo é um retificador de silicio que tem a propriedade de deixar passar a corrente em um s6 sentido, como uma valvula eletréniea. Os diodos s&o ligados de modo a permitir a passagem da corrente somente no sentido do alternador para a bateria, e impedindo sua passagem no sentido inverso). Tampa traseira — A tampa trascira suporta o rolamento, 0 porta escovas, a chapa de montagem dos diodos positivos, os terminais de ligac&o e os diodos negativos, nela diretamente. prensados. Tampa dianteira — & uma simples tampa, que suporta o ro- lamento de apoio do rotor. © magnetismo residual dos polos do rotor é muito pequeno, nao sendo suficiente para que o alternador comece a gerar energia elétrica sozinho, como acontece com o dinamo, de modo que ha necessidade de se alimentar 0 campo, ou seja, a bobina do rotor, por uma fonte ex- terna. Assim, a bateria ¢ ligada ao campo por meio da chave de ignicao e do regulador. Funcionamento — Quando a corrente de campo percorre o enro- lamento do rotor, cria-se um campo magnético no rotor, (em virtude de um principio de eletromagnetismo), que passa a funcionar como um 219 eletro-im&, com um pélo Norte e um pélo Sul, campo este que se pro- paga pelos dois segmentos de ferro, cujas garras ficam em oposi¢ao. Assim, entre cada par de garras opostas se estabelece um campo magné- tico em rotacdo, o qual passa a cortar as espiras dos enrolamentos do estator. Em virtude de outra propriedade eletromagnética, cria-se uma corrente alternada nos enrolamentos do estator, a qual é enviada ao conjunto retificador, de onde flui sob a forma de corrente continua para o terminal “A” ou “BAT” do alternador. Um condensador ajuda os diodos em sua fungdo retificadora. Regulador do alternador — Esse dispositivo tem a mesma fungio do regulador do dinamo, mas é mais simples: como os diodos s6 dei- xam passar a corrente em um sentido, do alternador para a bateria, fica. eliminado o'disjuntor. Por outro lado, em virtude do alternador ser auto-limitador de corrente, fica também eliminado o regulador de corrente, de modo que o regulador se constitui tao somente do regu- lador de voltagem, quando a indicag&o de carga se faz por amperimetro, como € 0 caso do modelo “GT”, Quando a indicagdo de carga se faz por luz de aviso, 0 que se verifica em todos os outros modelos, o regu- lador incorpora também um relé, que comanda a luz do ayiso do painel de instrumentos. Teste das condigdes de funcionamento Esse teste inicial, quando se supde algum defeito no alternador, Pode ser felto tendo o alternador instalado no veiculo ou acionado por uma fonte externa, no caso de ter sido removido e consiste tio somente em medir-se a intensidade da corrente (Ampéres) e a tensfio (Volta- Amperimetro Alternador em teste Reostato de carvao Bateria Fig. 21-Q — Teste das condicées de funcionamento do alternador 220 gem) produzidas pelo alternador a uma determinada rotacao, com o campo alimentado por fonte externa, independente do regulador. Os valores encontrados devem corresponder aos valores especi- ficados na tabela de especificagSes. Ligue 03 aparelhos (tacémetro, amperimetro, voltimetro e reos- tato de carvéo), como mostra a fig. 21-Q. Acione o alternador e ajuste a voltagem e a amperagem da cor- rente para os valores especificados, observando a rotacao do alternador indicada no tacémetro. Para uma tenisio e amperagem dadas, a rotacdo devera ser a maxima. Se o alternador necessita maior rotagio do que @ especificada como maxima, seu rendimento estara diminuido. Um rendimento ligeiramente inferior, (amperagem) pode ser indicio de um retificador aberto, enquanto uma corrente de saida so- bremodo diminuida é indicio de um retificador em curto-circuito, caso em que o alternador apresenta um zumbido caracteristico. CUIDADOS COM O CIRCUITO DO ALTERNADOR 1 — Ao instalar a bateria, observe com cuidado sua polaridade correta, pois a inverséo de polaridade poderd queimar os diodos retifica- dores, 0 circuito do veiculo e as unidades do sistema elétrico. O borne negativo da bateria (—) é ligado a “massa”, ou seja, estru- tura do carro, € o positivo (+) ao motor de partida e dai a todo 0 circuito. Em caso de ditvida, se os sinais dos bornes estiverem apagados, a polaridade da bateria deve ser verificada com um voltimetro. A polaridade da bateria e a do alternador devem coincidir sempre, positivo com positivo e negativo com negativo. 2 — Se for necessario o emprego de uma bateria de reforcgo, a segunda deve ser ligada em paralelo com a primeira, isto é, 0 polo negativo da bateria de reforeo deve ser ligada ao polo negativo da bateria do veiculo e 0 pélo positive ligado ao pélo positivo. 3 — Se usar um aparelho de carga rapida, as polaridades do apare- lho e da bateria devem coincidir, e 0 cabo “massa” da bateria deve ser desligado. —* 4 — Nunca empregue um carregador rapido para auxiliar-a partida. & — O aliernador nao deve funcionar em circuito aberto, ou seja, com os terminais desligados. 6 — 0 circuito de campo, entre o alternador e o regulador nao pode ser ligado a “massa”. A ligagdo a “massa” do terminal de campo, tanto no alternador como no regulador, queimara o regulador. 221 ancl, i — 7 — Nunca ligue a “massa” o terminal de saida do alternador, o que podera causar danos ao alternador e ao circuito. 8 — Evitar o calor excessivo ao soldar ou dessoldar os terminais dos diodos. Nessa operacdo, use um alicate como dissipador de calor e realize a operacéo o mais rapido possivel. 9 — Nao tente polarizar o alternador, como se faz com 0 dinamo, 0 que, além de inutil, poder causar danos ao alternador, regulador e circuito. DESMONTAGEM DO ALTERNADOR Quando o alternador apresentar defeitos e seus componentes necessitarem uma revisdéo geral, deverd ser desmontado. A observacaéo da fig. 16-Q, que mostra 0 alternador WAPSA intelramente desmontado, facilita muito essa operacdo. Retire os 4 parafusos tirantes da unio ‘dis earcacas. Se nado existir uma marca de montagem nas carcagas, faga uma para referén- cia, Ao se separarem as carcacas, 0 conjunto pode ser retirado se se desligarem os fios dos terminais dos diodos, cujas ligacdes so sol- dadas, em alguns casos. A dessoldagem deve ser feita rapidamente e com auxilio de um alicate de bico, como mostra a fig. 34-Q, a fim de Gissipar 0 calor, que é prejudicial aos diodos. Desmonte previamente o terminal “N”. Para separar o rotor da tampa dianteira, prenda-o em um torno de bancada (morsa), tendo os mordentes protegidos com chapas de chumbo, cobre ou aluminio e retire a porca de fixagdo da polia. Se esta nao sair com facilidade, use um saca polia. Retire a seguir 0 yentilador, a chaveta e o espacador. Nos alternadores WAPSA, a compensacio de todas as. yariacdes de medidas de comprimento tanto do rotor, como do-estatore das tampas é dada pela posicéo do rolamento do lado dos anéis, o qual & travado na arvore do rotor e deslizante em seu alojamento na tampa. Ja o rolamento do lado da polia é fixado tanto no eixo, como na tampa. Se, por qualquer motivo, o rolamento do lado dos anéis estiver engripado e o rotor nao sair com facilidade do conjunto,estator ¢ tampa, retire a tamipa do lado da polia e depois a tampa do lado dos anéis com a ferramenta mostrada na fig. 25-Q. Se for necessdrio retirar o porta-escovas e a base de moritagem dos retificadores positivos, basta remover os parafusos de fixacao ¢ os terminais. As figs. 26-Q e 33-Q mostram como remover os diodos posi- tivos ou negativos de seus alojamentos. 222 Fig. mento posterior. Em alguns casos (fig. 16-Q), 0 rolamento é trava- do por um anel, . 24-Q — Extracao do rola- Fa pale passagem do So Fig. 26-@ — Remogao dos retificadores Sucxpotes Se Fig. 23-Q — Extragio da tampa aianteira Pen moar — iaveess co Pst 62 removed: —— Fig. 25-Q — Quando 0 rotor nao sair com facilidade da tampa tra- seira (rolamento engripado), use a ferramenta mostrada acima. Panu de “ i poms Fig. 27-Q — Vista expositiva do porta escovas 223 Fig. 28-Q@ — Modernas ferramentas Wapsa para remocio e instalacio dos diodos retificadores. Na ilustracio a esquerda, remocao do diodo (fer- ramenta “a”) 2 direita, instalacao do mesmo com o emprego da base “co” @ da feramenta “b”, TESTE DOS COMPONENTES Apés a desmontagem, todos os componentes devem ser limpos com um trapo seco e examinados de um modo geral. N&o use solventes nesta limpeza. Verifique 0 desgaste e deformacdes das pecas. Teste do Estador Os fios e enrolamentos devem ser examinados no que diz respeito a falhas e defeitos de isolacao, Enrolamentos ou retificadores em curto geralmente apresentam mudanca de cor, mas o curto entre fases dos enrolamentos sao dificilmente identificdveis. A fig. 30-Q mostra como se deve medir a resisténcia dos trés 224 Reostato ‘Volts (Voltimetro) OBS, Valores especificados por fase : repetir em (@) e (3) Fig. 29-Q — Teste do estator. Ligue um voltimetro, um amperimetro e um reostato como mostra a figura acima. Agindo sobre o reostato, aplique uma _yoltagem de 2 volts a cada entolamento. A amperagem obtida deve ser de 14,0 9 165 no modelo GT e 9,1 a 11,6 nos demais. Bateria oe Fig. 30-Q — Modo de medir a resisténeia dos trés grupos de enrolamentos do estator. Lampada ligada em série Fig. 31-Q — Teste de curto 4 massa dos en- rolamentos do estator. 110/220 V 225 enrolamentos, que devem ser iguais, Use um ohmimetro cem precisao de 0,1 chm e¢ ligue uma ponta do aparelho ad terminal neutro e a outra a cada uma das extremidades dos enrolamentos. As leituras devem ser iguais nos trés enrolamentos. Se forem diferentes, ou se algum en- rolamento estiver interrompido, substitua o estator. Os curtos-circuitos para a massa (carcaca) podem ser facilmente verificados com uma lampada de provas, como mostra a fig. 31-Q. Uma ponta da lampada de provas se encesta na carcaca e a outra sucessi- vamente a cada ponta dos enrolamentos. Se a lampada acender em alguma ligacéo, 0 enrolamento correspondente esté em curto para a massa, e o estator deverd ser substituido. Testes dos Retificadores Se os retificadores ainda estéo montados na, placa dissipadora de calor (positivos) ou na tampa (negativos), faca o teste inicial com os mesmos ainda montados, com auxilio de uma lampada em série de 12 Volts e baixo consumo. Toque uma das pontas do teste na base de montagem dos reti- ficadores e a outra ponta no pdlo isolado de qualquer retificador da mesma base. A seguir, inverta as ligacdes. A lampada deverd acender em uma ligagdo e permanecer apagada na outra, Se a lampada acender em ambas as ligacdes, 6 indicio de que um ou mais retificadores estado em curto, caso em que todos devem ser removidos para o teste indi- vidual, que ¢ mostrado na fig. 32-Q. © teste se faz da mesma maneira j4 descritay ligue a ponta (A) do teste ao pélo isolado do retificador e a ponta (B) a carcaca do mes- mo; a lampada poderé acender ou continuar apagada. Inverta as liga- gGes (A) e (B). A lampada, que estava apagada, devera acender-se. Se estava acesa, deverA apagar-se, Se o resultado do teste foi este, é indicio de que o retificador em teste esta perfeito, pois deixou passar a corrente em um s6 sentido. Noventanto, sea lampada»permanecer. sempre apagada. esta aberto atera de 124 Retificador fs Lampada de 12V de baixo consumo figada em sene Polo tsolago teolante Fig, 32-Q — Teste de um diodo retificador. 226 Alcate cara Sesipacho eestor Moniagam de rotifcadores Conexis soldada Pgnenio <0 maiMiieegs Fig. 34-Q — Emprego de um Fig. 33-Q — Remocdo e instaia- alicate como dissipador de ca- go dos retificadores positivos, lor na soldagem dos terminais dos diodos. (interrompido) e devera ser substituido. Por outro lado, se a lampada permanecer sempre acesa nas duas ligacGes, é sinal de que o retificador esté em curto cireuito e também devera ser substituido, Para distinguir os diodos ou retificadores positivos dos negati- vos, 0s positivos.sio0 marcados com tinta vermelha e os negativos com tinta preta ou azul. Substituigao dos retificadores — Coloque os retificadores na pla- ca isolada se forem positivos ou diretamente na tampa, se forem nega- tivos, prensando-os com auxilio das duas ferramentas especiais, como se vé na fig. 33-Q. A fig. 28-Q mostra modernas ferramentas desen- volvidas pela WAPSA para esse fim. Descasque uma pequena parte da isolacéo dos cabos do estator (5mm) e ligue-os com conectores de pressdo aos terminais dos retifi- cadores. Se for necessdrio solda-los, use um ferro de ponta fina de 100 Watts e faa a soldagem do modo mais rdpido possivel, usando um alicate de bico, como mostra a fig. 34-Q, a fim de dissipar o calor, que pode danificar o retificador. Teste do Rotor O enrolamento do rotor deverd ser testado a fim de verificar se esta continuo, se esté em curto para a massa ou se ha curto-circuito entre as espiras, Teste de continuidade — © teste se faz com auxilio de uma Jampada em série de 110 ou 220 Volts, ligada como mostra a fig. 35-Q: cada ponta da lampada ligada a cada um dos anéis (ligagio “B”). Se 227 Fig. 35-Q — Testes de continuidade e de curto a massa do enrolamento do rotor. Lampada em serie ‘A—Curto & massa: permanece apagada Teste | B —Continvidade: acende 110/220 V. Reostato de carvéo Rotor em tesle Amperimetio Voltimetro Teste para i “eurto en- Baterls tre espiras’ no enrola- mento do rotor. a lampada acender, o enrolamento esta perfeito no que diz respeito a continuidade. Se permanecer apagada, o enrolamento esta interrom- pido e deverd ser substituido. Teste de curto-circuite para a massa — Usa-se a mesma lampada como se vé na fig. 35-Q, mas uma ponta se liga a um dos anéis e a outra a uma das garras do rotor. Se a lampada acender, é evidente que o enrolamento esté em curto para a massa, € 0 rotor dever& ser substituido. Teste de curto-circuito entre espiras — Nesse teste, emprega-se um yoltimetro, um aperimetro e um reostato de carvao, ligados como se vé na fig. 36-Q, e uma bateria devidamente carregada. Ajusta-se a voltagem por meio do reostato de carvao, para o valor determinado na tabela de especificagdes para o teste em questao, e verifica-se se @ corrente indicada no amperimetro corresponde @ especificada. Sea corrente indicada for superior a especificada, 6 indicio de- curto-cir- cuito entre espiras e o rotor devera ser substituido, Corrente abaixo da especificada indicada mau estado do enrolamento e a auséncia de corrente mostra que o enrolamento esta interrompido, devendo o rotor ser substituido em ambos os casos. 228 Cite oriticio das escovas { fio de aco 7 com 4.5mm de didmelio Tempe ranojto oo rismento colcessin So aterto ‘a Fig. 37-Q — Remocio e colocacio do rolamento da tampa lado-polia. Fig. 38-Q — Modo de reter as es- covas no lugar para instalagao da tampa. Substituigado dos rolamentos do rotor — Se os rolamentos esti- verem speros, corroidos ou com folga excessiva, devem ser substituidos. Como sao do tipo de lubrificacdo selada, ndo devem ser limpos com solventes e sim com um pano seco, Para retirar o rolamento da tampa dianteira, retire os dois pa- rafusos do retentor, o retentor e retire o rolamento com auxilio da prensa, como mostra a fig. 37-Q. Na montagem do rolamento novo, a pressio deve ser exercida de modo uniforme na pista externa do rola- mento, 0 que se consegue com um bloco de aco proprio, Nao se deve exagerar no aperto dos parafusos de fixacdo do retentor do rolamento, a fim de nao danificar as roscas da tampa. © rolamento traseiro do rotor, do lado dos anéis, é prensado na aryore e para retira-lo é necessdrio o emprego do extrator que se vé na fig. 24-Q: A instalacdo do rolamento se faz com auxilio da prensa € de um tubo que permita exercer a pressio na pista interna do rola- mento. A face blindada do rolamento deveré ficar voltada para dentro, ou seja, para o lado do rotor. MONTAGEM DO ALTERNADOR A montagem se inicia com a instalacéo da tampa do lado da polia. Se a arvore do rotor nfo passar livremente pelo furo do rolamen- to, use um tubo que passe livremente pela Grvore e que se apoie na pista interna do rolamento, Prense o tubo até que 0 rolamento encoste’ no ressalto da arvore. A seguir, monte 0 espacador, a chaveta, o ventilador, a polia, a arruela de pressio. Prenda o rotor em uma morsa com os morden- tes protegidos por chapas de metal macio (chumbo, cobre ou aluminio), € aperte a porca da polia. 229 Instale os parafusos da base de montagem dos retificadores nos orificios da tampa lado anéis, colocando as buchas isolantes, arruelas, lisas e de presséo e as porcas. Coloque 2 mao a tampa do lado dos anéis sobre o estator, solde seu fios aos pares de diodos e monte o terminal “N” na tampa. Monte o porta-escovas na tampa, travando ‘as escovas com um arame préprio, como ilustra a fig. 38-Q, de modo a manté-las retraidas, para a montagem do conjunto rotor e tampa do lado da polia no conjunto formado pelo estator e tampa lado anéis, obedecendo as marcas de montagem feitas por ocasiao da desmonta- gem, a fim de facilitar a colocagzo dos parafusos tirantes. Retire 0 arame que mantinha as escovas e verifique se o rotor gira livremente quando acionado pela polia com a mao. Antes de instalar o alternador no veiculo, é conveniente levar a efeito o teste de rendimento. CARACTERISTICAS DO ALTERNADOR Todos, exceto Modelo GT o GT Marca 1 Wapsa ‘Wapsa Modelo. ..:; AP-B2 AP-BL Voltagem . 12 12 Amperagem 27 40 Watts (poténcia) 380 600 Estator — Cada bobina: Voltagem 2 2 Amperagem. ... u 16 Resisténcia 4,5 Ohms 10,11 a 0,14 Ohms Rotor — Voltagem . 10 Amperagem . 23 Resisténcia * 4,3 Ohms Teste do alternador com carga a 4.200 RPM Voltagem ig AS tAbie bia 14,2. V 14,2 Amperagem sit 27A 40a Campo — Ampares 24a 258 Regulador do alternador Marca Wapsa Wapsa Modelo ........- If < . RWA-WS RWA-WS Voltagem reguiada . - 1394145 13,9 a 14,5 Tensio de fechamento do interuptor . 1,222,8V 12a28V 230 Oo Moror DE PARTIDA O motor de partida € um motor elétrico cuja finalidade é dar impulso inicial para o funcionamento do motor, alimentado exclusi- vamente pela energia da bateria e como consome corrente de alta amperagem, seu uso se limita a alguns instantes. O uso prolongado do motor de partida, quando ocorre alguma dificuldade no funciona- mento do motor do automével, pode descarregar a bateria em alguns minutos. Como todo motor elétrico, o motor de partida é constituido de uma carcaga dentro da qual se alojam as bobinas de campo (26, fig. 39-Q). Dentro da careaca, apoiado em duas buchas (8 € 18) situadas na parte central das tampas, gira o rotor ou induzido (25), cujo coletor faz contato com 4 escovas de cobre (14). No prolongamento da Arvore do induzido encontra-se 0 pinhdo de engrenamento (28), do tipo'de roda livre. Nesse tipo de engrenamento, quando o induzido gira, o pinhao é obrigado a girar com ele, mas fica livre para girar no sentido con- trario, exatamente 0 mesmo que acontece com o pinhdo das rodas das bicicletas, O dispositivo de engrenamento se aloja em uma careaca (7), que serve também como tampa de um dos lados da earcaca. O lado oposto da carcaga é fechado por uma tampa simples (17). Solendide — © solendide (1), é um interruptor automiatico de corrente, constituido por um eletro-imA de nticleo mavel, em cuja extre- midade livre se fixa um disco de cobre, que nao é visto na figura. Esse disco, quando se desloca levado pelo eletro-ima, entra em contato com duas pastilhas de cobre, uma delas ligada diretamente ao cabo da bateria e a outra ao circuito do motor de partida, de modo que, ao se realizar o contato, fecha-se 0 circuito e uma corrente de alta ampe- tagem € levada ao motor de partida. Por outro lado, na extremidade oposta do nticleo mével, encontra-se um pino (6), que se liga a extre- midade livre de uma alavanea, a alayanca de engrenamento, (4), que oscila em torno de um pine (5), preso a carcaca de engrenamento (7). O garfo da alavanca de engrenamento, no interior da careaga, se en- gancha no dispositivo de engrenamento, de modo que, quando a ala- vanca oscila em torno do seu eixo, o dispositivo de. engrenamento se desloca para frente e para tras. Funcionamento — Quando se da a partida, uma corrente de pequena amperagem percorre o enrolamento do solendide (na realidade sdo dois enrolamentos, um de impulsio e outro de retensio). O nticleo mével é atraido em um sentido, de modo que ocorrem duas agées: 0 disco de contato faz contato com as duas pastilhas de cobre e fecha-se 231 ——_—_——— ‘eprjzed op sojou op warymodxo wymA — 0-65 “Md hb-08- 099F ON BINANQS VaIKZNNO © $98¢@- COQ? ON NZBMNA VOIOINUOS « _ __soese- 089" ON BINBINQS VODANNOS ¥ -. j ° 8 es ° one Nel ge wut 21 uur 2z uaz 9'ze mur £°¢g “eprezqai o1uaumardwos ogdjsod eu ‘osind op wiaduingaz ap osnyexed op oj1e3 ou aquaisixa OPIFIO OP oma 0 9 OBdEXIS op @Bueiy 0 aqua vouLysIp & y apjou 9105 OP ..¥,, EpIpeut y — LON (8bb Sd #0 ‘A Zt aa Uosog oyusurenasaua ap ovyuyd op eyong — ze ogquyd op wavy op louy — If StduoIED sep o¥fuN oP oYoULs ap osnseivd — OF oequid op osoous op 19uY — 6% oyuaueuassue ap ovyNtd — 8% [woueut op ode ap ood — Lz (p) odwies op suuqog — 2% epized ap sojom op oprmnpuy — ¢z opyznpuy op o104r¥ ep BOUL wp woniy — 1% 4oquaya1 09s — £7 soivjod sussem sep ovsexy op osnjerea — 2Z exdejos: op cosa — (amr g/9 — 20 — 11) o¥desuadmoo ap ejoniy — 0% oprznpuy op adoasy ep eduemses op Tov — 6T Teouru op vyong — gT ‘eovoreo ep vioyojoud wduey, — LT (ii et SeAOOSA SEP OUNTUTUI OyYaUNIdMIOD Seaoasa sep ojuauItsdut0D oyooo op owuTUE oajaurvit "<7" goj9[09. op onary oprnpuy op jeuipnyisuo, vajor ‘SvAoosa sup su[oM sup OUSsIId “> NongUaDW oAUyD vp ..V., UPIDON “ gojour op ‘o1ay-anyu + oyuaureuassua ap odi, Wau susie wasE[or Weseiedue — eBixo Was ose, opean(uog waseror wareadue — vB1e9 uloo asa, Jojour ok seprmduy Way owdujor ap opquag odn) 9 woreW ‘epiyred op s0jou op seopystiayoe1e9 due} ep ogdepaa ap [ay — oF (seed p) eacose ep tOW — ST (stded ») eaoosa — pr Oexaues op viseq up s¥iod op ofor — gT eppard ap sojour op ovdexiy ap osnjeied — ZI wui94x9 epeyep wlony — IT upnied ap soyou op ovdexy ep vo104 — or upyaed ap sJoour op oydexyy xp esq eianuy — ¢ ovyurd opel [vouvu op eyong — g aredua ap oeyusd op vdeo — 2 oyie3 op omg — 9 op1e8 op ould op osnyerea — ¢ ¥pyaed 2p iojour op opey — F consusem s0jdnsioyu] op sojUMer orsiG — £ ooneuseu sosdnazayuy op reprooned eIoM — Z 9plousjos no oonguseu soydnuz3qUl — 1 233 © circuito para o motor de partida, que entra em funcionamento. Por outro lado, a alavanca de engrenamento, puchada pelo nticleo mével do solendide, oscila em seu eixo e o seu garfo leva o dispositivo de engrenamento até que os dentes do pinhao se engrenem com os dentes da eremalheira do volante do motor do automével. O volante passa a girar e com ele a 4rvore de manivelas, os émbolos e todas as pecas méveis, e o motor entra em funcionamento. Quando isto ocorre e o volante do motor adquire uma rotaco mais elevada do que a que Ihe imprime o motor de partida, o pinh&o, que faz parte de uma roda livre, gira com maior yelocidade mas este aumento do ntimero de ro- tagdes nao é transmitido ao induzido do motor de partida, justamente pela agéio da roda livre. Tao logo o motor entre em funcionamento a chave de partida é solta, o solendide deixa de receber corrente, 0 disco de contato se afasta das pastilhas, a corrente para o motor de partida é interrompida, 0 pinhdo volta a posi¢éo de repouso, RETIRADA E REPOSICAO DO MOTOR DE PARTIDA Quando se manifestar alguma anormalidade no motor de partida, ou se este nao funcionar, antes de qualquer providéncia, verifique todas as ligagdes do sistema, a comecar pelos terminais da bateria, cujas ligagdes devem estar bem limpas e apertadas. A bateria deve também ser examinada quanto ao seu estado de carga. Retirada Desligue o cabo terra da bateria, e as ligacdes com 0 solendide, Retire os parafusos de fixagfo do motor de partida e retire-o. Reposicio Proceda na seqiiéncia inversa a da retirada. Fig. 41-Q — Para retirar cada bo- bina de campo, coloque um apoio entre as sapatas, coloque a c caca em uma morsa e use a fe Fig. 40-Q — Loealizagio do motor ramenta Ford 10044 A para reti- de partida. rar 0 parafuso. 234 fC DESMONTAGEM Tomando como referéncias os itens da fig. 39-Q, retire os seguin- tes componentes nesta seqiiéncia: — as duas porcas laterais dos parafusos de unifio (30) — os dois parafusos de fixacfo do solendide — a porca da conexao do solendide — a chapa da corrente de campo (13) — a tampa traseira (dois parafusos de fixagéio) — anel de seguranca do induzido (19), as arruelas de regu- lJagem e arruelas de fibra —o pino eixo'da alavanca de engrenamento - — a carcaca do dispositivo de engrenamento (7) — o solendide (1) — 0 induzido, girando para a direita a alavanca de engrena- mento. As escovas sao retidas por parafusos, de modo que para retira-las, deve-se soltar os parafusos e levantar as molas (15). Para retirar as bobinas de campo, (15), se necessario, dessolde os seus terminais, e faga uma marcacao da posic&o das bobinas na carcaca, para que yenham a ocupar os mesmos lugares na montagem. A fig. 41-Q mostra como proceder para retirar as sapatas. Retire a bucha (18) com um extrator préprio. A bucha da carcaca do dispositivo de engrenamento (7), se retira com uma prensa e um tubo préprio. Para retirar o dispositivo de engrenamento, retire a bucha espa- ¢adora (32), empurre para o lado do dispositivo a arruela de encosto (29) e retire o anel de trava (31). TESTES NOS ELEMENTOS DO MOTOR DE PARTIDA Teste do induzido Nesse teste procede-se do mesmo modo descrito em relagio ao dinamo (figs. 11 e 12-Q). ‘Teste da carcaca e das bobinas de campo . Para verificar se as bobinas estao em curto com a carcaca, co- loque uma ponta do aparelho na caréaca e a outra no terminal das bobinas. Se.o ponteiro se desviar, ha curto circuito entre a carcaca eo enrolamento. O teste pode ser feito também com uma limpada de provas, Se a lampada acender, hé ocorréncia de curto (fig. 42-Q). 235 Fig. 42-Q — Teste de “curto a mas- Fig. 43-Q — Teste de continuida- sa” do enrolamento das bobinas. de do enrolamento das bobinas. A continuidade do enrolamento das bobinas pode ser testada como mostra a fig. 43-Q. Ligue uma das pontas do aparelho no terminal de campo ¢ a outra em uma das escovas das bobinas. Se o enrolamento estiver continuo, o ponteiro se desviara. Se o ponteiro permanecer fixo, hé interrupcdo nas bobinas. Os suportes isolados também devem merecer atengao. Ligue uma das pontas do aparelno em um dos suportes e outra & massa. O ponteiro deve permanecer fixo. Em caso contrario, hé curto entre o porta-escovas e a massa. Proceda do mesmo modo em relacao ao outro porta escovas. (dois suportes sao isolades e os dois outros s&o ligados a tampa no contato de “massa”). MONTAGEM DO MOTOR DE PARTIDA Primeiramente instale as bobinas de campo na carcaca, obser- vando em sua colocacdo, as marcas feitas na desmontagem, para que yenham a ser instaladas nos mesmos locais de crigem. Instale 0 dispositive de engrenamento na arvore do induzido, com a arruela de encosto e o anel de trava. Coloque a alavanca de engrenamento na carcaca e depois 0 in- duzido, de modo que o garfo da alavanca seja introduzido no carretel do pinhao. Instale a arruela ondulada e a arruela espagadora e a seguir a earcaga do pinhdo na carcaca do motor de partida. Coloque o solendide e o pino-eixo da alavanca de engrenamento. Instale as escovas, levantando as respectivas molas. _ Coloque a arruela de fibra e as arruelas espagadoras com o anel de trava. Instale a tampa dianteira. 236 Il PARTE MANUTENGAO DEFEITOS CONSERTOS (Os servigos mec&nicos estGio detalhados nos respectivos capitulos na I Parte) MANUTENCAO BATERIA Verifique 0 nivel da solugéo com freqiiéncia, principalmeinte No verao, quando a evaporacao é mais acentuada, recomendando-se um exame semanal. Use somente 4gua’destilada na complementacéo do eletrolito, cujo nivel deve-se conservar 1 a 1,5 cm acima das placas. Os terminalis devem se conservar limpos e bem apertados. Se, por descuido, ficarem sobremodo' sulfatados, deve-se desfazer suas liga- ges, comegando sempre pelo borne negativo, ligado a estrutura do vei- culo, a fim de evitar eurto-cireuitos. Na limpeza, cuidar para que nao venham a respingar na pintura os detritos resultantes. Se o veiculo ficar imobilizado durante algum tempo, deve-se retirar a bateria, limpar a parte superior e dar uma carga lenta de~ 15 em 15 dias ou uma vez por més. © borne negativo (—) é ligado’a estrutura do carro e o positivo (+) ao motor de partida. Nunca trocar a polaridade da bateria, o que pode provocar danos ao cireuito de carga com alternador. DISTRIBUIDOR Verifique 0 estado dos platinados e calibre a folga, se for preciso, como esta descrito na pag. 42. Verifique também o ponto de ignicao. VELAS Limpe e calibre os elétrodos. (Pag. 48) CARBURADOR Powas de fixagio — Verifique e aperte, se necessirio, as porcas de fixagdo do carburador ao coletor de admissao, a fim de evitar falsas entradas de ar que irdo prejudicar o funcionamento da marcha lenta. Verifique também o aperto dos parafusos da tampa e do corpo do carburador, Regulagem da marcha-lenta — Regule a marcha lenta (pag, 30). 239 CORREIA DO VENTILADOR. A correia do ventilador, que aciona a bomba d’égua e o dinamo ou alternador deve-se manter com a devida tens&o ¢ livre de leo ou de graxa, que provocariam seu deslisamento pelo leito das polias. Por outro lado, se estiver danificada, esfiapada ou com sinais de que em breve iré se romper, deveré ser substituida, a fim de evitar o desa- gradavel trabalho de sua substituicdo estando o veiculo em transito e na rua. Quando a correia se parte, a luz de aviso do dinamo ou alternador se acende, j& que essas unidades deixaram de funcionar. O mesmo. acontece com a bomba d’agua e se o motorista nao tiver o h4bito de olhar para o painel ou se o rompimento ocorrer de dia, 0 que é mais provavel, o motor poderé atingir altas temperaturas antes que se perceba s anormalidade. Para substituir a correia basta soltar o gerador, empurré-lo para dentro, colocar a correia no leito das polias, puxar o gerador para fora e regular a tensao como esta descrito a pag. 211. REGULAGEM DAS VALVULAS A folga das yalyulas se regula a quente e esta descrita a pag. 79. FILTRO DE AR © filtro de ar do carburador é uma peca muito importante na conservagdo, ja que sua funcao é livrar o ar das part{culas abrasivas que se encontram em suspensiio no ar aspirado pelo motor e que iriam produzir acentuado desgaste nos cilindros, mancais e outras partes do motor, reduzindo sua vida wtil. Com o tempo, principalmente se 0 veiculo trafega em regides empoeiradas, 0 filtro tem sua capacidade diminuida e seu elemento devera ser substituido. No modelo GT, ao lavar o motor, proteja o filtro de ar a fim de que 0 mesmo no fique exposto aos jatos de 4gua, que poderiam rasgar o elemento de papel, além de possibilitar a penetrac de Agua no interior do motor. Se 0 veiculo trafega em ambiente sobremodo empoeirado, verifi- que diariamente o estado do filtro de ar (pags. 38 ¢ 39). SISTEMA DE FREIOS Reservatério — O reservatorio esta situado no cofre do motor e seu nivel deve ser verificado com freqiiéncia, para o que basta retirar a tampa. O nivel deve se conservar entre as duas marcas “MAX” ¢ 240 “MIN. Use somente fluido de boa qualidade, adquirido um Con- cessionario Ford e na complementagao, nfo ultrapasse a marca “MAX”. Se o nivel descer abaixo da marca “MIN”, hé possibilidade de pene- tracao de ar no interior do sistema, o que requer a sangria dos freios. (Pég. 202). Freios dianteiros — Os freios dianteiros do Corcel ¢ da Belina s&éio a disco, que dispensam regulagens periodicas, pois 0 desgaste das pagtilhas ¢ automaticamente compensado. As pastilhas devem ser tro- cadas quando sua espessura total atingir 6mm. (V. “Sistema de Freios”). Freios traseiros — Os freios traseiros a tambor devem ser re- gulados nos periodos recomendades no “Suméario de Manutencao”. (Pag. 244). Freio de estacionamento — O freio de estacionamento, do tipo mecAnico, atuando somente nas rodas traseiras, deve comecar a atuar depois do 3.° ou 4.° dente. Quando o curso da alavanca for muito gran- de para que os freios atuem, hé necessidade de regulagem, operagio simples que esta descrita na pag. 204. EMBREAGEM © unico cuidado que a embreagem requer é a regulagem da alavanca de comando do garfo, que se reflete no movimento livre ou “curso morto” do pedal. “O curso morto” é 0 deslocamento do pedal entre a posig&o de repouso e aquela em que se faz sentir a resisténcia, © qual deve ser de cerca de 3cm. A proporc&o que a guarnigdo do disco vai se desgastando, a folga ou “curso morto” do pedal vai diminuindo, de modo que deve-se regular a folga da alavanca de comando, 0 que esta descrito na pag. 85. LUBRIFICAGAO ‘A lubrificagdo eficiente € um cuidado fundamental na conser- vaco de qualquer mecanismo onde existam pecas moveis em atrito, 0 que ocorre em quase todos os mecanismos que compée 0 automével. Uma lubrificacdo adequada prolonga a vida util de todas as pecas sujeitas a desgaste e proporcionam um funcionamento perfeito e livre de engui¢os e outros transtornos. ‘A Tabela de Lubrificacdo incluida neste capitulo indica todos os tipos de lubrificantes a serem usados nas diversas partes do vei- culo € o “Sumario de Manutencao” especifica os intervalos em que devem se realizar as operacées. 241 Filtro.externo de dleo do motor — O Corcel e a Belina sio equi- pados com um filtro externo de dleo do motor, 0 qual prolonga o periodo de aproveitamento do éleo e proporciona uma Iubrificacdo mais eficiente. O filtro, que é mostrado na pag. 51, se constitui de um elemento filtrante encerrado em uma carcaca atarrachada na parte lateral do motor. Naturalmente, com o uso, 0 elemento, que retém as impurezas sdlidas decorrentes do funcionamento, torna-se empregado e deve ser substituido. Para substituir 0 elemento, basta destorcer a carcaga com a mao, trocar o elemento, limpar 4 carcaga e tornar a atarrachd-la unicamente com as maos. N&o use ferramentas neste servigo. Em regides de muita poeira, 0 filtro de dleo deve ser trocado com maior freqiiéncia, o que também ocorre com as trocas de 6leo do motor. FAROIS Se foi realizado qualquer servico que tenha alterado a regulagem dos fachos de luz, estes devem ser regulados com aparelhagem propria, de preferéncia em um Concessionério Ford. FUSIVEIS © cireuito elétrico é protegido por varios fusiveis que se encon- tram em uma caixa colocada sob o painel, a esquerda da coluna de direcdo. Na tampa da caixa esta especificada a que circuito pertence cada fusivel, o que torna facil'seu reconhecimento, em caso de subs- tituigéio. O fusivel queimado deve ser substituido por outro da mesma amperagem. Na tampa encontram-se também fusiveis de reserva. PNEUS Os pneus devem merecer um cuidado todo especial pois deles depende em grande parte a seguranca e a estabilidade da direcao. Todos os motoristas sabem dos perigos que podem advir do estouro de um pneu dianteiro principalmente nas velocidades mais elevadas. No entanto, esses cuidados sic minimos e se resumem na verificacao e acerto da pressio e em um exame visual da banda de rodagem, a procura de rachaduras ou outros danos. Pressao dos pneus — tipo convencional: 20 Ibs/pol? (140 kg/cm?) tipo radical: 22. lbs/pol? (154 kg/cm?) 242

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