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Centro tcuménica ds Dasunentagda Iofermagaa \ = CEDI ~ *Sucursal/SP_« Av. Higiondpolis, 283 = O38 MINISTERIO. DO INTERIOR CEDI- PLB | FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAI Data 23, 96 Bo cop. BL DOD SEGUNDO RELATORTO DO PROIETO DF RECUPERACAO pos ASSURINT DO KOAT ECHO 1.979 1. INTRODUGAO 2. SAUDE 2.1. Atividades com o grupo Araveté 2.1.1. Introdugao 2.1.2. Exame Geral 2.1.3, Atividades Terapeuticas 2.1.4. Exame parasitolégico de fezes 2.1.5. Vecinagdes 2.2. Atividades com o grupo Assurini 2.2.1. Introdugao 2.2.2. Atividades terapéutices 2.2.3. Dificuldades encontradas GRUPO INDIGENA ARAUETE 3.1. Introdugao 3.2. Histérico do contato © ocupagie da érea 3.3. Populagio 3.4. Manifestagdes Xamanfsticas 3.5, Subsisténcia 4. TERRA + 5. COMERCIALIZAGRO DO ARTESANATO ASSURINE 6. CONCLUSAO: UMA AVALIACAO PRELIMINAR APENDICE MINISTERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAL : 1. INTRODUCAG Consideramos que neste relatério de atividades do Projeto Koa tinomo em 1979, j& podemos fazer consideragdes a partir de um balango de resultados obtidos e dificuldades encontradas. des de seu infcio, em margo de 1978. : © relato des atividades desenvolvidas em 1979, exemplificaré uma avaliagSo parcial, mostrando as condigdes de trabalho que temos © 0 que tem se realizado em termos dos objetivos propos tos pelo Projeto. : Na conclusso deste relat6rio apresentamor uma avaliagZa preli minar do Projeto de Recuperagao dos Assurini do Koatinemo © nos demais itens, as atividades e resultados do trabalho dg senvolvido neste segundo perfodo. FUNDAGAO NACIONAL 00 INDIO - FUNAI 2. MINISTERIO DO INTERIOR SAUDE 2.1. Atividades com o grupo Arauets 2.1.1. Introdugo No cronograma de atividades do Projeto pare 1979, estava costa belecido dois perfodo: de 2 meses de permanéncia entre os Ara~ ueté. Isto n3o foi possfvel dado & falta de infraestrutura na érea para o necessério apoio logistico as atividades do Projeto atrasos em Brasflie dovido a problemas burocréticos. Nos itens 2.3 8 3.1. deste relatério, seré abordado 9 assunto em deta~ lhe. Ao solicitar-se &s fontes da 2° DR informagdes sobre o estado de satide, do contato até aqui, desta populagao, obtivemos no t{eias vapas sobre uma "doenga nos olhos" que denominava-se "Dord6lio", que por sua vez determinara mortesno grupo em fun gao da cequeira que prpmovia e dos acidentes subsequentes. As fontes, neste caso foram os participantes das frentes de atrg gao destes {ndios. A antropé6loga Regina Miller também = tinha conhecimento do fato através de i fFormagSes verbais. No item 3 deste relatério, encontra-se mais dados sobre as mortes na época do contato. Informagdes da EVS contam que os {ndios deste grupo nao costyu mam apresentar problemas de satide e que na visita ao grupo fo ram feitas vacinagdes e medicados um ou outro caso de afecgdes passageiras. Estas vacinagdes serao colocadas adiante com mais detalhes. Descrever-se-4 a partir de agora as atividades do Projeto, on relagéo & sade, durante a estadia da equips na drea. 2.1.2, Examo Geral a 0 Grupo consiste na sua gritante maioria de pessoas jovens e criangas. Sa0 poucos os de “meia-idade" ©. menos ainda, os ve- Lhos (ver adiante quadro "DISTRIBUICAD DA POPULAGAO POR FAIXA ETARIA © SEXO, pg. 27). MINISTERIO DO INTERIOR FUNDACGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAI Pauses A constituicgao f{sica dos {ndios 6 franzina, astatura mediana, por volta de 1,65m para os homens e 1,55m para as mulheres com os pesos correspondendo 4s alturas para a referida constitui- gaa. 0 estado geral de sadde 6, aparentemente bom, apresentando al- guns valores semiéticos que para regras mais exigentes nao o classificariam assim, Mas, levando-se em conta a jé discutida desorientagao e desor- ganizagao dos grupos indfgenas nos contatos como branco,o eg tado geral de sade destes precisa apenas de uma vigilancia e de um levantameato, este muito importante, das suas cendigdes de resist@ncia aos maleffcios que nao tardam a chegar,como nao tardaram aos Assurini, por exemplo. Encontrou-se quatro {ndios com lesdes f{sicas aparentes, sendo _trés atribuidas ao "DORDOLIO" e ovtra sem causa conhecida. A saber, sao: a {ndia Upatsitsitsi'ihi (SS-60e)com uma catarata no olho esquerdo fechando toda a pulila ; 0 {ndio Pynaha(25-20 a.) com uma les3o citatricial na esderética com atrofia de fris c@ pupila com desvio convergente também no olho esquerdo; o fn dio To'¥ (20-25 a;) apresenta pterfaio nos dois olhos e segun~ -do informagdes,~tem—dificuldades -de enxergan; © 0 {ndio Nein na (460 a.) apresenta a perna direita flotida, atrofiada e pa ral{tica, cuja identidade causal nao se conseguiu determinar. 2.1.3. Atividades terapéuticas Poucos dias depois da chegada da equape do Projeto e dos servi dores da FUNAT, alouns oripados, um surto de gripe instalou-se, como sempre, nos {ndios do grupo. Manteve-se a conduta do Projeto em nao medicar sintomAticamen- te os acometidos e quando solicitados, dar a ‘dose inicial do 40 "DOROOLTO” 6, segundo descricgio dos participantes da frente de atragio dos fraveté, uma conjuntivite bipalpebral com odema inten 80 © secregao constante que atingiu os {ndios em bom ndmero et ria deixedo, além de mortes por acidente de "cegueira", as lesoes descritas neste item. MINISTERIO. DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAI canoe 0 sintom4tico e nao continuar 0 tratamento. 0 resultado desta con duta foi 0 mesmo que para os Assurini (vide relatério anterior) - 0 {ndio Araikunhy (40-45 a.) apresentou desinteria, tendo si do medicado como amebfase intestinal, a partir’ de identifica- ¢S0 do trofozoita da Entamaeba hixtolitica pelo exame dirato do muco fecal. Tratado com etofamida na dose habitual, evoluiu bem para a cura. _. = 0 {ndio Marup& (15-19 a.) foi picado por © ofidie pegonhento no pé direito, no tendo sido possfvel. identificar com preci~ sao 0 offdio. Pelo tipo de reagao clinica e boa evolugao com o tratamento es pecffico avidenciou-se tratar de acidente por veneno BOTROFICO. Marup’ foi socorrids logo uns quinze minutos epés a picada esta se apresentava com quatro furos pareados em dois na regi dorsal do pé, com sangramento nao abundante, dor intensa e edge ma j& em evolugao. Nao havia ainda equimose por petéquias. ~ ~---N%o-manifestou vamitos, queda de pressao arterial ou hemorra- gia. Instituido gerrote e sangria da ferida, conduta indicada para este tipo de acidente, se socorrido até 30 minutos depois da picada. Instituida também, medicagao espec{fica com aplicagao do soro anti-of{dico polivalente, 15 ampolas, com distribuigao intre— muscular e intra-venosa, com soro glicosado 5% aquécido 2 379C, A evolugao foi boa, tendo apresentado no momento aumento do tempo de coazgulagae (que foi poss{vel avaliar mediante cothi ta de sangue) e, apés a fase mais cr{tica, apresentou @dema intenso que nao passou de 1/3 inferior da perne e um infcio de infecedo secundéria na ferida. 2 De fate, o {ndio estampa o popular “olhar de mépe", sempre vago som fixar om vm pon{o- MINISTERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL 0 INDIO - FUNAL = 05 Tratado com a medicagdo anti-biética © anti-~inflamatéria espe- cfficas, ficou bem melhor e evoluiu para a cura total. ° Informagdes dos {ndios, que donominaram URUKUKU, o off dos regionais que classificavem como SURUCUCU, langa~se o hipé tese, pola benignidade de evolugao, que se trata de um aciden te pela Lachosis muta nostivaga, cujo veneno faz parte des cla sificados botréficos, apesar de nao pertencer ao genero Ethrops. Seu veneno, faz, em menores proporgées, 0 mesmo que o veneno das jararaces, coincidindo esta hipétese como caso, com final —---~ feliz para o {ndio Marupa. E NZo hd nada mais digno de nota neste item, a nao ser que,apés feitos exames de fezes, tratamos com anti-helmiticos todos os habitahtes. do grupo, Comentar-se~4 este essunto no item a se guir. : 2.1.4. Exame parasitolégico de fezes A técnica utilizada foi o método direto, pois a falta de recur sos nao deixou que se utilizasse outros métodos, ‘oma nao se obteve informagoes suficientes sobre os hébitos sa nitérios atuais dos {ndios, assim como também nao se consequiu estabelecer nenhuma diferenga de hdbitos entre eles, como se conseguiu ver nos Assurini (ver relatério anterior), optou-se por examinar uma proporgao consider4vel de {ndios que desse una idéia dd estado geral do grupo neste sentido. Foram realizados 44 exames numa populagao de 133 individuos,to dos compartilhantes dos mesmos hébitos, elimentagao,habitagao, etc. De qualquer maneira, na seria posofvel fazer exames-no total- do grupo, pois boa parte des fezes entreques, vinham misturacas com urine, muitos {ndios tinham ve: gonha de entregar e outros, MINISTERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAI = 06 = acredito-se que boa parte, encantaram-se com os potinhos desti, nados & colheita © néo entregaram as fezes o nom devolveran os potinhos... RESULTADOS DOS EXAMES PARASITOLOGICO DE FEZES ~ 44 AMOSTRAS Frequéncia por espécie Ascaris lumbricoides petite eee ealeeatt 2m cesses 20 Ancylostom{deos .... Trichuris trichiuris . of seeeeeeee 1B Giardia intestinal . eae Entamocba hystolitica sesesssseeees seeee 2 Associagdes de parasitos ‘ Em 2 amostras seeseesescerereesereres 4 parasitos Em 8 amostras seeseeseeeeceveeeeeeeee 3 parasitos . Em 17 amostras sesecsessecsssecsseees 2 parasitos Em 13 amostras seeeeeseeecesceeeeeees 1 paracitos Em 4 amostras .. . . we oe O negativo Como se ve, estes enteroparasiteses devem constituir problemas principalmente de ordem nutricional. No momento, nao podemos precisar se estas parasitoses passaram a figurar no -cenério-da vida cotidiana dos {ndios Araveté, antes ou depois do contato. Vale a pena dizer que estes resultados nao significaram cue , neste casa, se considere a construgao de fossas, uma solugao. © que ira resolver, isto sim, 6 um trabalho de pesquisa biols gico-antropolégico qua receba @ infra-estrutura necess4ria pg ta conhecer-lhes os hébitos e formularem-se reais remédios que possam, com respaldo cient{ficog social, garantir a esta popu- lagBo um estado de satide que lhe permita enfrentar as situagses que, do contato para frente terao de viver. MINISTERIO DO ASTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNA! De imediato, o que deve ser feito é construir uma fossa para os brancos que 14 esto que, inadyertidamente, defocam na bei ra do rio e esquecem que quando as éguas subirem, levarao os detritos rio abaixo. £ logo, a duzentos metros, encontra-se a segunda aldeia que use a 4gua deste rio. 2.1.5, Vacinagdes Foi recebido da EVS cépias dos mapas de vacinagao, cuja situe- go pode ser vista nos préprios mapas, anexados a este relaté- rio. : Como se nota, no mapa de vacinagao dos adultos, faltam anota~ gSes referentes & vacinagao BCG que foi feita na maioria deles em 1977, por este no: pe do Projeto. a ocasizo, como foi comprovado pela equi No mapa das criangas, relativo &s vacinacdes DPT (triplice-té— - tano, difteria e coqueluche) e sabin (anti-pélio), faltem a 32 dose no 3° més, a 4° dose no 42 més da vacina DPT, a 5% e fits ma dose do 189 més, Faltam ainda a 32 dose de Sabin, 62 més oe a 49 dose ao 18° més. 0 Projeto recebeu também da EVS uma lista daqueles que nao to- maram vacina anti-sarampo que serg também anexada a este rela- tério. A 28 DR forneceu ao Projeto as vacinas para a complementecdo dos quadros anexados e também forneceu o PPD - RT 23 para le vantamento epidemioldgico da tuberculose, a exemplo do que foi feito entre os Assurini. N&o ee conseguiu realizar nenhuma vacinagdo pois eas vacinas de terioram-se, bem como o PPD, devido as péssimas condigdes de transporte fornecidas 20 Projeto para seu deslocamento-ao PI; Ipixuna. Trata-se do assunto do item 2.3, "Dificuldades encon- tradas". Z MINISTERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAL Com relagio as vacinagdes, também seré anexado 20 relatézio,um quadro dos nao vacinados com BCG, adultos 6 eriangas e das eriangas com menos de dois anos, nao vacinadas com vacina algu ma, verificagao feita pela equipe do Projeto. Quanto a estas vacinas, deveriam ser enviadas por langamento aéreo pelo evido da FUNAI (22 DR) sobre a érea do PI Ipixuna, em lugar da vaci-~ nas deterioradas. Quando solicitou-se nova remessa de vacinas por helicéptero ou langamento,obteve-se a resposta da EVS quo seria enviado apenas (?) a vacina BCG... 2.2. Atividades com o grupo Assurini "2.2.1, Intredugto Pouco tempo permaneceu o médico na area Assurini, pois o tempo que seria dedicado a ola desta vez, como havia se estabelecido no final do primeiro perfodo, foi gasto nos dias de viagem de barco pelo rio Ipixuna e nos dias em Brasflia, resolvendo pro blemas burocraticos. Abaixo serd descrito o que se realizacu, deixando-se maiores discussdes para o relatério final, quando obter-se- Aos reaul tados dos exames que se encontram realizando sob a supervisao da Faculdade de’ fiedicina de-Valenga:~ ~ 2.2.2. ftividades terapeuticas - 0 fndio I'iva sofreu cortes méiltiplos no segundo quirodécti- lo esquerdo, ao distrair-se com a mao no motor de fazer fari- nha, equipado com uma espécie de roda serrilhada, respondével pelo sinistro. Foi feita a sutura onde era poss{vel, com fio de nylon 4-0 ser tix. Onde houve perda de subst&ncia foram feitos pontos de re- paro,e aproximag’ MP3S1ERO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO iNDIO - FUNAT © {ndio no perdeu a movimontagio do dodo © nem houve fraturas nem, posteriormentg, infocgdes secundérias. Os curativos foram feitos com TURACIN e foi instituide medicagao anti-inflamaté- ria, via oral. A {ndia Uevei surgiu com acentuado emagreciments, tosse com es~ carro produtivo, rouquidio, anemia, febrfculas vesportinas, tung ragio na fosse inguinal ‘*: +s direita com vérioe gfnglios satélites, Feito o exame de escarro pelo método de ZiehlMiclsen, encontrou se grande presenga de BAAR, A fndia tem idade compreendida entre 25-30, contatente da india Tupaue: teste PPD-AT23. i, prov4vol tuberculosa, tendo reagide :.anergicamente co Iniciou-se 0 esquema com Izoniazida 400mg +,TZA eo dia, Etambu- tol 3-comp. ao dia, St eptomicine 1 fresco ao dia durante 1 mes apenas. A india melhorou seu estado geral com poucos dias de medicagzo, lembrando-se que foi feita mediacage de apoio na primeira sema Ma com sore glico-fisiol6gico e vi Valo a pena reforgar que este novo caso de doenga nanifesta na comunidade vem confirmar 0 perioa que a tuberculose enzaiza nes tp orupo e que esta merece dedicada atengao. Os {ndios MORERA e PINATSIRE evoluindo muito ben, veo tomendo seus roné! ios, 0 Gitimo, Pinetsiré, se mostra as vezes um tanto rebelde, escapando algunas vezes aoa remédios. Morera 6 uo © apresenta muito bom estado geral. Ei Pinatsdré deve terminar o tratamenta om breve e também apresen- ta bom estado goral. Tupaveri, depois nue iniciou nova terapéu ticas melhorou seu estddo geral. MINISTERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAT = 10= Continua, porém, aprosentando febre vez ou outra. Aguarda~so melhor ou pior ovoluglo para se tomar providéneias. 2.2.3 - Vacinagdes Os {ndios Apirito (F, 0-4 a), Taimuyra (F,0-4a) e Auakearé (1,45 50a.) receberam vacina BCG. 2.2.4 ~ Geral Neste perfodo, os {ndios Assurini nao apresentaram doenga, nem surtos de gripe e todos participam da construgao de cas*grande (aketé) , habitagho coletiva tradicional, destinada também 2 lizagao de rituaisg sepultamento’dos mortos. 2.3, Dificuldades encontradas Vai-se restrinoir aqui is dificuldades encontradas p gao na dres Araueté, pois as demais dificuldedes sor das no relatério final. A histéria comega com o transporte para drea cue deveria ser fi to através de helicéptero e nfo foi porque a CEC ~ Conséreio Nacional de Engenheiros Consultores S/A. Abo pode prostar este "favor" BFUWAI devide a cortes de verb da empresa, conforme esclarecimento do Chefe da Ajudancia. A grande coincidéncia foi que, logo que a enuipe do Projeto des ceu 0 igarapé Ipiagave para o inf peto Xinou, um helicéptero dg mesma CNEC deseeu no PI Kaatenema, vindo de S3o Félix do x nhas" e troce de quinquilh: nheiro insuficiante por tosanato indfgona. 7 - o do que seria una perfeita " via-eruc. gu, pera fazer "vi ias ou di Pergunta-set no podarie este holicéptoro ter feito uma pecuena meia-valts e dei ar a equipe do Proj bo no PT Tpixunay assin doses de vacinas pages e peso de ouro % tocnolooie e cagao estrangeires? . MINISTERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAL Ll = Seré quo o CNEC nao sabia deste voo programado para esta data ? N&jo é 0 {ndio que , além da satisfagao qua nio lhe 6 dada, da palavra e do sentimento que nao lhe sao ouvidas quando s¢ justa lan Projetos desta e de outra natureza em sua rea, merecedor da principal atengao de tudo o que se refore & sua regiao? es T lo dovidamente feita a solicitagdo("favor" & CNEC pola FUNAI na éroa ? Enquanto nao se responde a estas questies fica-se sujeito aos bons ventos da sorte e do improviso e se vai Xingu acima, ten- tar fazer o imposs{vel: fazer com que uma‘geladeira de isopor , com meia dézia de cubos de gélo conserve a mais ou menos °C va cinas destinadas aos {ndios com 3 dies de viagem pelo Xinou,s 3 dias de subida do igarapé (ou rio) Ipixuna, arrastando-se ca- noas por intermindveis lageiros de pedra com fi etes de 4oua,ou entao, empurrando canoa pedra acima, por meio de estirdes de pau cortados na hare, atingindo inclinagdes diante das quais co megamos a crer que o sol quente da Amazoni ben eos neurdnios do Projeto. nio esté fazendo Imaginagao ou nao, as fetografias do Sr. Reneto Delarole para 9 Projeto podem muito bem ilustr 2 esta viegem, montada no retun- bante som que o termo "apoio log{stico" faz svar aos timpanos o daqueles que buscam um trabalho com um _pouce de seriedede. Quanto as instalagdes do PI Ipixune, estas lidace, no disponde do casa fecheda, inst: farmécia, etc., obrigando a que tudo soja Uma pista de pouso pare avizo se conta que e hora de avido 6 bem mais barata ro, além do fato da FUNAT n&o d por, Também @ falta de uma geladeira 2 queresene, semelhante & do PI Koatinemo se faz notar. Seria muito bom se o PI Ipixuna pudesse contar com u + pois-facilitaria, por excmplo, ostocegen de va cinas para que sejam aplicadas com corre;%0 nas suas doses. AnincaGRIO BO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAL l= Enfim, termina equi eote item o parte do relatério, esperanda-so que as erfticas e sugestées sejam analisadas dentro da seriodade que merecem @ que merece a questao indfgena. PI. Koatinemo, 30 de outubro de 1979. GERVASIO OA CUNHA GONCALVES FILHO Médico do Projeto Koatinono INISTERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAI = 13 = 3. GRUPO INDIGENA ARAUETE 3.1. Intrecugio 0 trabalho junto aos Araueté foi realizado durante o més de agosto. As dificuldades de transporte © outres prejudicaram as atividedes programadas. : A aldeia fica localizada 2 uns 30 Km da foz do Tpixuna no rio Xingu © a navegagio no primeiro estava bastante diffcil por ocasitio do nosse viagen. Outra via de acosso & eldeia 6 apenas de helicéptero desde que nao ha pista de avizo. ----" A ida para a eldeia foi adiada primeiramente pelo atraso do ng dico do Projeto de volta & érea, o qual uiependou naior tempo do que 0 previsto em Belém @ Brasf{lia, dovido a problemas de or, dem burocrética. N@o foi possfvel utilizarmos um helicéptero do CHEC (Consécio Nacional de Engenheiros Consulteres S/A) pera nos deslocermos do PI Koatinemo ao PI Ipixuna. Como ficanos ne dependéncia da Ajudancia para tomar esta provi déncias, desde que a recursos do Projeto sé pode mprecaq dos por esta unidade, mais tempo perdenos. - Confirmeda a inpossibilidade do transporte por helicépterc, sg “oT "Ti eitanos ao éhePe da A judaheia” una "voedeire" o me s breve pos sivel o ficenos aguerdando, mediante sue proneesa. Depois de algum tempo, fomos informados que a "voedeira" nao poder enviada para nosso deslocemento. Um barco, entretanto, havia saido de Altamira para transporter servidores da FUNAI eo PI Ipixuna © 0 chefe de Ajudancia nos avisou entéo (somente apés a saida do berco de Altamira) quo m derfamos encontrar com este barco no rio Xingu. Descemos o Ipiagave, para tenter encontr4-lo. Dormimos na beite gue encontranos no dia seguinte com wecervidoros da FUNAT & caminho do PI Ipixuns. Dbuienente, eles no estavan a par de noese 2, Ras ger a te nos deren uma "cafone". Chegando A foz do Ipixuna, depois ce MINISTER DO INTERIOR FUNDAQAO NACIONAL DO {NDIO - FUNAI = 14 = um dia @ ums noite, de viagem peso Xingu, constatou-so que 0 bares que viera do PI para transporter os sorvidores ere de pp queno porte. io T 0 bareo que nos levave nao podia subir o yuna pois a ng vogagao nesta époce jé astava bastante diffcil e, imposs{vel com este barco. Criou-se entao um impasse sobre quom deveria prossegquirzos ser vidores que am substituir o pessoal do PI que seia de féq rias ou nés. Levdvamos nas, alimentacao. As croascépig pa cinas, a esta altura, j& haviam deteriorado. Nao poderiamos de qualquer meneira, permanecer mais uma setiena na foz do Ipixuns, prazo para 0 barco do P.I. subir e descor o rio. Através de en tendimentos com o Sr. Gerson sobre nossa diffcil situagic, s' binos primeiramente, chegando no PI dia 30 de julho. Através de rédio nos comunicamos com o chefe da Ajudaneia soli, eitando-lhe qua tentasse novamente junto & CNEC um helicéptero . para transportar novas vacinas, as quais foram pedides & 2°DR, através de rediograma. Tanbén aguerdd4vamos o helicdptero para nos retirar pois ficava cada vez mais dif{cil navegar polo Ipixuna Cientos de que a vinda do helicéptere no seria sofinitivemon~ te possfvel, decidimos descer 0 rio com barco no dia 16 pois Lalvez-nao safssemos mais de 14. Realizamos o que foi possfvel neste prazo, epresentando a sg guir alguns resultados do trabelho. 3.2. Histérico do contato e Ocupagdo da dro Qs Araueté, localizados no rio Ipixuna, fo un grupo do g20 Linguistica tupi-guarani, cuja donominagdo foi desi pelo sertanista JoZo Evangelista Carvalho - ARAWETE, + derivado de AUATE - gente ou homem verdadeizo” g&0 consta no artigo do Expedite Arnaud, "lotfci dios Araueté, Rio Xingu, Paré", Soletim do Museu Porasnse Em lio Goeldi, §.S., Antropologia, n® 71, 1978, bascedo no releté MINISTERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO {NDIO - FUNAT els = rio do sortanista Raimundo Alves 6 no diério do sertanista Jofo Evangelista Corvalho, os quais chefiaram as frentes de atragio dos {ndios do rio Ipixuna. Por outro lado, como tivemos oportunidade de verificar e por formagao pessoal do Raimundo Alves, firncté é o tormo que os dios empregam para so referir aos Ascurini do rio Ipiagava. Fs tos por sua vez, se autodenominam Avasté - "gonto do verdade" ,. como j& registramoo em rolatérios anteriores aprosentados 4 RINAL Durante o perfodo que permenecemos entre.os {ndios do Tnixuna, nc nos foi possfvel obter sua auto-denomin ee Obsorve-se também que a atribuigzo do termo "Kuben-Kamrok-ti"da fngua Kayapé aos Assurini 6 incorreta. Tivenos oportunidade do verificar que 2a descrigZo0 "gente muito vermelha” (Kubom-Kenrek~ ti) eabe aos {ndios do Ipixuna, _0s {ndios do Ipiegava nao sao nem Assurini (da iingue Juruna ASOWERI, € gente vermelha) nem Kubem-Kanrok- intadfssimos de urucu, Assim , Confirmamos entre os Xikrin do Bacajé que Kubes- os {ndios do Ipixuna. Estes mesmos Xikrin os Ipiagava, Knf-akAro (cabege "redonde" ou com corte de cabelo ez redondada). De acordo com informagSes dos Assurini, os Arave nominados ARARAYA, chegaram & regizo que ocupanm a vés das cabeceiras’ dos igarapés Ipixuna e SZo0 Jo dim) Segundo os aran des trabalhés de ctra- se des. Jardin, Arnaud, Expedito:- op. cit. pag.d. MINISTERIO DO. INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAL 16 0 sortenista Raimundo Alves afirma que antigas aldeias Arauaté também se localizam entre o igar Conafistula co médio ria Ipixuna. Chegande a este local, expulsaram os Assurini ali al deadas, h4 aproximadaments 15 anos atrés. No médio rio Ipixuna, desde a década de 60, os Araveté estahele ciem contato com gateires que trebalhavar na regi elhes pre senteavam de modo a manter com eles relagées pacificas. En 1970, foran quais participou o sertanista Antonio Cotrim o fa FUNAT, dos iciados os trabalhos de atresae Soares, sem obton- ~gho da quaisquer resultados. Na segunda tentative do conteto, em janeiro/fevereiro de 1 Cotrim se encontra com um grupo de {ndios que 0. levem a v uma de suas aldeias, com 13 casas, permenecendo dois dias entre eles. Fi seu relatérig, Cotrim se refere 2 me " malece comunal” abendonada, cuja descrigao corresponde & casa conunal dos Assu~ rini (sketé) e aos bencos-confeccionados por estes {ndios. Atra vés destes dados, supomos que se tratava dé antiga aldeie Assu~ rini, ccupada entZo pelos Araveté. Em maio de 1972 nio e Carlos Lukesch. C » 08 Assurini sao contetados pelos padres Anto- m deixa ent3o os trabalhos no Ipixu na @ segue pare o Ipiacava para assumir o contata con os Assuri ni, desde que a FUNAT proibira o prosseguimento das atividades dos padres. g Em 1972, a frente de atragao no Ipixuna pessa a ser chefiada pe alhos intermitentes nao Jo sertanista Raimundo Alves, cujos trab tiveran resultados até 1973. Em novembro deste eno, a frente de atrecha o! grupo de 11 homens e uma mulher com sua filha. Embore 0 oncon~ tro tenha sido amistoso, n "do. 1, Soares, A.l. - "Relatério do gertanista Antonio Cotrim Sonres no coordenador da Base Kararad ~ cel. Pedro da Silva Rondon sobre as_atividades da frente de trabalho no decorrer da 29 Penetragzo na Area do igarapé Ipixuna", Altamira, 7p. xerox (inédito), 1972. MINISTERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO {NDIO - FUNAT 17 A 100Kn de‘foz do Ipixuna no rio Xingu, esta fronte estobelece um Posto de Atragao, faz roca e comega a abrir uma picada em di regzo & aldo: ia, situada a 8 km deste local, afim de atrair os {ndios. (informagao pessoal do Sr. Salom&o Santos, Chefe de Aju dincia de Altamira). Ocorreran nosta época, encontres esporddicos mas ainda nao se obteve maiores resultados, Em 1976, os Araueté sao atacedos e dispersos por um grupo Para- kan3, denominado por eles AUIM © fogem em dizegio aos igarap: Bom Jardim e Jatobé e para a beira do Xingu. £m maio de 1976, funciondrice da FUNAI e do CNEC (Consércio cional de Engenheiros Consultores 5/A) comunican & Ajudancia Altemira a existéncie des {ndios & beire do Xingu, no "furo" Tamandua. 0 sertanista Raimundo Alves se dirige ao "furo” do Jeboti pois os funcionérios do CNEC se confundiram e a9 invés de in caren © local como "furo” do Tamandué, indicaram como "furo" do Jabo~ &. 0 se sta nao encontra.os {ndios, regres eo! frente de atragao reinicia os trabalhos em setembro, chefiada entio por Jo’o Carvalho. Encontra il ialmente, "um grupo de 50 {ndios (homens, mulheres e eriangas) acempados junto a um rogado de milho e mandioca exis tentes no lugar S.Miguel, & fon Jerdim., gem do Xingu, entre o Jatobé e A scguir, tranecrevemos um t to Arnaud: Q. Soaros, A.C, - "Rolatério fe 20 dooutubre de | an Chefo C82) da Base Karara6", Altamira(inédito) 30p9.. xerox, 1971. 1, firnaud, Expedite - Op, cit. 1.16 MintsTER© DO RYTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO iNDIO - FUNAT = 18 = "Qcorre que, as condigées de satide c de nutricko desses {ndios era das mais precérins, pois varios deles esta gripados e, de modo geral, "femintos e magros, inclusive criangas, sem condigdes de vi jar dovido o estado de fraqueza" (Carvalho, 1977). A despeito da efabilidade demonstrada pelos indios, 0 chefe da turne, como alids seria de esperer, en- do momenta en frentou sérias dificuldades a partir que tentou medicé-los. Wao s6 recusavam ingerir os remédios como fugiam ou trepaven nas 4rvores quan do avistavam o aparelho de injegio. S& apés a_ pr, do ume injecéo iz um dos jovens {ndios também ofsreceu o brace prio chefe da turma haver tom . uma aplicegao; e havendo ele reagido de modo fatério, aos poucos outros {ndios também passaram a aceitar tal tipo de tratamento. Nes, em sequide havendo os {ndios retornado & mata, j4 4 meses meis tarde 6 que e turma de atragho pode estetelecer n: vo contato, com 44 {ndios, cujas condigdec de set- de eran mais sérias que as aprecentedas no encon- tro anterior. Esses indiv{duos, na meio: vam sintomas evidentes de meléria; quase t tavam com escabiose e como arranhavam-se des: danonte, ficaven com os corpo cheios de fe e também apresentavam inflamagSes aculares, tindo 3 {ndias cegas do olho ssquerdo. As .causadas pelas enfermidades a fone havia centuadas, pois, através dos caminhos for trados pelos expedicionSrios 46 caddveres de adultos. Na oportunidade, tendo 2 turma de do um acampamento mais estdével junto eo grupo,pédo 0 chefe realizar didlogos mais demorados com os ele : mentos do grupo, Mas decorrou certo tenpo para cue fosse per itido aos expedicionérios chogarem até 2B MinsStERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAT 1 19 aldoia, poie foi diffeil convencer os fndios de que nao eram "parentes” das outras pessoas que lhes ti nham causado mortes em orasizo anteriores. Ocorre que, quando o chefe da turma jé realizava visitas + esporddicas & aldeia, os Araueté foram novamente atacados pelos Parakenan que lhes causeram lo moz tes. " Cop. cit.p. 16/17) . Em margo. de 1977, a populagao Araveté contava com 120 indi duos. Nosta época, a frente de atragZo se encontrava instelada Pog de AtragZa acima referido, isto 6, 2 100 kn da foz do Ipixune no Xingu, Os {ndios haviem retornade da beira do Xingu e dos demais loceis para onde se deslocaran ap$s o prineizo ateque dos Parakana e se reagruparam nevamente em uma aldeia. De acordo com informagdo pessoal do Sr. Salonao Santos, este reagrupamento foi resultado dos esforges de sertenista mun, do Alves que convenceu inicialmente um pequeno grupo a retor- naz para a rea de sua aldeia, sendo seguido pelos domais ory pos persos, Pareldlemente, a frente agora chefiada por Raimundo Alves ins= talou novo Posto de Atragao rio ebeixo e fez uma grande roga pate convencer © grupo a se locali jo meso. Em fins de 1977, ou comago de 1978, os Araue so para este local, formendo duas aldeias, u tra, 9 dez minutos de caminhada da primeira, localizade junto auma roga feita pelos préprios {ndios. —m 1977, a populagaa Araveté contave com 122 ind acordo com dados fornecidos pola 28 OR. Atuals deia e 42 na outta, distrituides da seguinte inte, Os Araveté seo 133 indivfduos, sendo /92 em uma MINISTERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAI = 20 A) ALDETA SUNTO AG POSTO fasa 1 Sexo Idade 1, Tatuauira 35-39 " 2. Tatuaui "ihi F 30-34 3, Tetuaui m 5-9 4, Mateihd F 5-9 5. Morekats A O-4 Case _6. Nhereatara " 30-34 7. frad&hi iz 35-39 8. Ararynhakunhy F o-4 9. Tuané F 0-4 10. Tapinaicra " O-4 ll. Nhereat® F 10-14 12. MBipara 4 15-19 Casa 4 ae 13, Mborehapynha " 25-29 14, Mboreha F 20-24 +60. F casts ee m 20-24 m 20-24 MANISTERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAL fasa 7 20. Mytamhinynha 21. Mytamhi 22. KonhynhaZa 23. Kunhyté 24. Patek 25. 2 fase 8 26. Kanapyara 27. Kauiatihi 28, Kanapy4 29, Ea - Casa 9 30. Nata Ceca 10 31. Kaverenhy 32. IZera'anba aso. 1b 33. Aunere 34, Téa Casa 35. paikunhy 36, Tuamaid 37. Apité Cease 13 38. a 39. Tsié n F nm m " " 40-44 35-39 0-4 5-9 O44 o-4 28-29 20-24 25-29 25-29 40-44 25-29 i 10-14 15-19 ‘1s-19 - €asn 19 MINISTER DO ANTERIOR FUNDAQAO NACIONAL DO INDIO - FUNAI 43. Mainaiara 44, Upatsitsitihi Case 16 45, Manimoteipynha ‘46, Nanimeda 475 Manimetihi 48, Arita’ @tins 49, Aritatana 50. ? £asa 18 51. Kunhymarére 52. Tenbekyna 53, Maipatini 54, Maipa(ra) 55. Tembeky 220 56. Herereti 57. Haza 8 F 20-24 55-60 0-4 25-29 25-29 10-14 10-14 o-4 30-34 35-39 30-34 5-9 0-4 15-19 10-14 “73. Kunhymané MIN'STERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NAG!ONAL DO {NDIO - FUNAT i Casa 21 58, Kunhypaterd Tahiterths Kunhypaze Kamara Quata 22 Essa 22 64. 65. 66. 67. Tapere! ihi Tyratyr3 Maikunh} Kunhypakul Cesa 23 68. 69. 7. T1. Irana iranar’ Zoueihi Zoué 24 72. KunhynhenepyhS 28 7. 75. 76. 7. Zeoparé OzBopat ini Kurereti Tareara Soca 26 78, Marupand 79. Tapaiatihi 80. Kuna Idado " 28-29 F 35-39 F o-4 " 5-9 ie 1 O64 F 5-9 F f ie iz A f F : 25-29 F 5-9 F 0-4 eee 22d F 15-19 fm : 40-44 i 35-39 a 5-9 Pe Ont m 40-44 F 38-39 " ona MIN'STERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NAG!ONAL DO {NDIO - FUNAT eae aga 21, Sexo Idado 58, Kunhypazera " 28-29 59, Tahiterth: F 35-39 60. Kunhypaze F 0-4 Gl, Kamara "i 5-9 62. Quata F 1 OH4 63. Aza F 5-9 64. Tapere’ihi F 65. Tyratyra cc) : ~~" 66. Maikunhy F 67, Kunhypekua F 8 A 7 69. Zoueihi F : 25-29 70. Zoué F cs 5-9 7. Trand F 0-4 " 20-24 F 15-19 74. D¥copard mi 75, OzBopatihi cE 76, Kurereti cy 77. Tarear’ F Cosa 26 78, Marupand z ™ 40-44 79, Tapatatihi F 35-39 80. Kuna : #1 dnd Saad SETIEYN (MINISTERIO. BO. INTERIOR FUNDAQAO NACIONAL DO INDIO - FUNAT 4 : Sexo 12. Hapiha 13. Mytamparé a2 Casa 5 14, Ararynhend 15. Ararynhetiht 16, Arar} 17, Mbaroaka 18. Itsikunhy 19, Idai s732372 Lasa 20. MbodZyéa..” 21. MbodZyt ini 22. Nbodzy 23. Mbayipokd aa42 Ceca 7 24. Mbadeha n 25. Tuakunhy F aoe eterna 26. Aueruké 27. Pynahi " Casa & 28, Moiparanad " 29. Tuampedzé ze Casa 20 30, Medzara m 25-29 25-29 10-14 0-4 0-4 25-29 30-34 0-4 5=2 15-28 1Oe14 35-39 28-29 40~44 1N-14 MINISTERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO {NDIO - FUNAI Casa Lh BL. Tohier’d 32. Tahiatini 33. Kanyd Casa 12 34, Mbodyne’ihi 35. Mbodymaré 36. Kanekunhy 37. Myre 3B, Pazara!ihi 39. MeZana £asa 14 40, Mboyvers 41, MeryZatihi 42, Nenhemahi B727 4 Idado 40=446 35-39 0-4 30-34 0-4 0-4 +60 +60 MINIST£RIO. BO INTERIOR FUNDAQAO NAGIONAL DO {INDIO - FUNAI ney Do rcordy com os dados de 1977 obtides junto 4 28 DR. a popula~ gio aumentou nos dltimos 2 anos com o nascimento de 14 ecriangas (no Levantamonto da 2" DR nfo foram rogistradas 2 individuos e 2 morreram). Vorificaran-se também neste perfodo mudangas na fe feitos. Estes casos sfo registrados abaixo: e jas nucleares, isto 6, unides de cacais © cas: 1 Kaveronhy anteriormente casada com Hazs, est4 cagado atualmente con 1Zaratamba. - IZara'amba era casada com Pyneha; este mora atualmente com tro homem, AverukS. - Ha®a c da anteriormente com Kawerenhy, est4 cesada com Mor reti} este era casado com Moinai. Moinei agore 6 casada com Tahitiré; mudaram de nome, para Ari- talatiihi e Aritatand, respectivanente, como nascimento do Pi~ tho. ~ Avoruk® era casade com Whe 35 agora eoté Nhersata esté cascade com Maipara ‘. 1 AZar& ora casado com Tét2; agora est4 casado com Zapeahaikunhy que vivia com Nhepurd - Nhepura, atuainente, = Tét8 esté casada com Aumere Trhitizelihi.coté casada, Kunhypazera chameve-se Mai-Kutsiam e@ era cesado com Kaui ~ Kawiatihi esté casada, atualmente, com Kenapyaha. Observe-se que em cada case reside, em gerel, uma famflia nucloar. As rafeigdes sto Peitas fora das cases, reunindo-se entZo o mora— em former «in grupo residen- dores ce casse vizinhas, oe queis de ial ou outta unidade maior quelcuer. RIB POPULACKE POR FAIXA ETARTA E SI Mase. Fon 0-4 17 14 31 5-9 a: aL , 20 GE i MINISTERIO BO INTERIOR | FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAT = 2B = | j Idade Mase. Fen. Total 1 lo - 4 4 7 wW : 1s - 19 4 3 7 i 20 - 24 5 3 8 i 25 ~ 29 12 6 18 30 - 34 4 5 9 35 ~ 39 6 9 15 Hee 40 - 44 7 2 9 : 45 - 49 9 o 0 - 50.- 54 0 L L : + 60 3 1 7 ae 72 62 Total.. 133 3.4, Manifestagdes xemanfsticas Tivemos oportunidade de presenciar aanifastagies xamanfsticas em duas ocasides: um ritual de cura e uma cerindnia relacionada ao Couim de milho fermentado (Kahn) Um jovem MarupS, foi picado no mato por uma cobra cenominada Uru kuky , pelos {ndies 6 Surucucu, pelos regionais. Chegande & al deia, j& estava semi-inconscienta. Ro mesma tempo en que era atendido.pelo médico, recebia.os cuidados dos pajés, reelizando — _ -se ontio, duranto dois dias,ritos de pejelanga para curé-lo. : Participaram dostes ritos § pajéS e outros individuos que néo s3o Xamfis e atuam cofn assistentes. Dentre os pajés, aponas um ultrapasea a faixea etfria de 35-39 © velho AZara, Logo apés 0 acidente com o joven MarupZ, um pajé fumendo cigar i ros grandes do tebaco, (petym) espargiam furaga sobre o rosto do pociente @ assoprava (sem fumage, do maneize semolhente ac assopre nos rites de cura Assurini). tilinava gm chocalho (d¥apu), tocando~o sobre o corpo de Maru- pie como um instrumento pera retirar elgo do pé ferido © lane gat para fora. Um ansistenta batia com um padazo de peu no chag 1. 0 chocaiho 4 feito de um tranceda de talo de palmeira, dentre do qual se coloca pequonas conches e 6 onfeitado com penas de anata. MINGSTERIO DO INTERIOR FUNDAQAO NACIONAL DO iNDIO - FUNAI a cone se estivesse matando aquilo. que o pajé retizava do pé ford do. Durante toda ne fees flo 2, este rito foi desenvolvido por mais dois pa dic seguinte, o velho A%é executou um rito semelhantat to- tando o chocalho sobre o corpo de Marupa, acompanhave o ritmo com um canto. Fez o mesmo em outros indivfduos presentes na ca sa onde Marupa permanecia, a casa de seus pais. A%ar& também retirou algo, vd4rias vezes, do pé de Marupa,repetin do os gestas acima descritos. A esposa do! Marup’ e Kunhymarane, um assistente, batiem no ch3o com um pedago de pau para "matar" 2 "coisa" retirada. Terminadn este rito, se dirige & sua casa, semi~curvado, cantan mente ° do 0 tocando o dEapu. Caminhou assim, andando ritmical n guendo sncontrava ume pessoa em seu trajeto, tocava o chocolho i sob sua cabeca. A noite, realizaram-se novemente os ritos de pajelenga. Desta © Padi 0 de noite antefior. Todos os presentes fumevan o cigarro de vez, dois outros as (Iran: k@) executaram o mesmo ri a stentu chupava o pé ferido de Marup? Observamos cue nestas ecasides os xamas astav on estado EnBe. Srvamos 0 mesmo cstado em um xam&a que atueu na ceri cauin de milho fermentedo. nada a preparagao da bebida, feita pelo casal que a ce curante a cerimonia, um pote € colocado am frente A sua casa. Durante a noite, o xami acompanhada do chocalho, canta sobre o pote coma babida. Os gestos representam uma espésie de invooe- gH de algo que o xand trensnite ao cauin. terminou de assin Quand procoder, rotirou-se p (0 @ tocando o dzapu, de mereira semelhante AZar8, apés 0 rito de cura. MINISTERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO {INDIO - FUNAT No dia sequinte & noite, todos se reuniran na praga ds aldeir o foram servidos pelo'casal que proparara 2 bebida. Esta é aledo- ica e todos se embriagaram, especialmente os hemens, Durante toda a noite, os homens executam ume danga circular, or torno da praga, abragando: se um ans outros, de modo a formar grupo compacta, levande arco e flocha nee mZos. Algumas mulheres se juntavam aos homens, abragando-os de menoira particuler 20 sexo fominimot apoiando a sabega no ombre do parceira. A fronte de gmpo, também abragado aos demais, um xema conduz c canto e 2 dange e observamos que também so encontreve em estado 7 de somi-transe. Com referancia Bs entidades invocadas nesta cerinén informegies vagas sobre uma doles donominada ~-se também aos antepassados (nhenderawdi) que estéo no oéu. De acordo som informagao do {ndio Pitsinga tacsciae do Trocara) 6 a jibdie. Na lingua dos Assurini do Koatinemc,fMbaite & cobra grande. 3.5. Subsistancia A roga do Posto, cuja derrubada foi realizade pelos {n —— bastante -extensa-e-nela.ea encontramt_mandioga, abShara, banana tebaco, milho, urucu, algodzo, card. Na autra roge, de menos Arauoté plantaran os mesnas produtos. o elemento b&sico de sua alimentagao. © acordo com os sorteanistas cue os contater: i eines), milho (4 agueles que possuem anzo vemos oportunidade de cbse do tamb&. MINICTERO DO INTERIOR FUNDAGAO NAC‘ONAL DO INDIO - FUNAT ta 4, Terra No presents ano demos Onfase ao objetivo do Projoto que wma a; seguravo territério ind{gena. Propusenos on relatérios antefiores a vinda de um grupo de tre~ balho ov de um engenheira agrimenso: pera realizar os trabalhos nio RADAN/FUHAT, 1975 6 inedequade. Foi proposta insistentementa pela ASPLAN, no 3 3 final do que fosse realizada uma avaliag2o do Projeto. Disc tae, a possibilidade de perticipagao ne aquipe de ave um engenheiro egrimensor. Este foi o parecer dos antr Delvair Meletti ec Rafacl Bastos do DGPC. Quando volta: om margo de 1979, estavem sendo tomedas providSneias neste sen- tido. mento’ dos itens exigidos pela porteria nf & ze 0 e de 1978 que regulenenta a delimitagio de drea indfgena e Areweté e concluir o trabalho de eleigao da 4rea Assurini. Aguardamos para isso a equipe de avaliagio com o engenheira mensar, de acordo com entendimentos com o chefe da DEP, N&o foi possfvet 2 © optamas por desta eq: concluir o proposta de delin 2 Assuring, » qual cog preende parte do reletério referente ao primeizo perfodo de a w vidades do Projeto em 1979. Hoste segundo perfodo, estivemos em Bras: setembro (e 18 quinzona de outubsa) e junto @ proposta de delimitagao da frea Assurini dade de cleigdo da frea Araveté afi mesmo trabelho de demarcagZo das duas éreas. Desde que a dree dos {ndios Xikrin do rio BecaJé eae sendo.demarcada, deveré sofrer gua &s dos dois outros grupos, 1. Em outubro de 1978, apresentamos sentido, constante’do processo n MINISTER DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAT = 32 = trabalho sobre as trés Areas, de avordo com e portaric n2627/E de 15 de outubro de 1979. Protendemes apresentar una proposte de interdigzo de uma rea pare eriagho de uma Reserva comum aos trés grupos e autros a se rom idontificados (do acardo com informagdes do que hé grupos arredics nesta arcs). 0 trabalho de campe do grupo eriado ficou estabclecict para oa primoira quinzena de noverbro. At6 0 final deste ano, portanto, ainda nao sera integralmente cangado um dos objetivos do Projeto, a demarcagao das areas in- dfgonas. A apresentagao da Proposta de Interdiczo de uma érea para ctiz~ gio da Reserva Comum aos trés grupos (e outros) n3o deixe tretanto, da representar um saldo positivo das atividedes de Projeto. Tratasse da melhor solugZo pa se assegurar uma grea adequada 2 grupos reeén-contatados, ev ando no momenta oportuns, prejut, zos futuros mas nao Longfquos advindos com a implantegao de Pro jetos de Colonizagae, instalagfo de fazendas, constru drelétricas e de estredes, invasdes, exploregha de xi nesta regido da Amazonia. 8, Comercializsgao do artesanate Assur No per nossa intengie cue o artige da Revista VEIA, tembra ce 1977, "Dendincia & FUNAI", dou Snfase co probl comercializacao da ceramica Assurini, Como so sabs, a imprenca nom sempre traduz com exetidao as idéias de um entrevistade. vfanos observado folhas na manoira pola qual a FUNAT realia a comersializagéo do artesanato mas nao nde a como a Revists fez parecer. zofuncanos tanto E este artigo foi e origen de certa forme, deste Projeto. Wa entrovicta que a FUNAI concedera § Revista, falou-se na oF go de une equipe perp estudar a situacio. ja MINISTER DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAT ota Cicntos disto, pela imprensa, apresentames om novembre cu 1977 ea FUNAI a proposta de um Projeto da Recuperagao doo Assurini, o a ual esté senda executade apdés aprovagto na Presidéncia do Geno rel Ismarth de Aratijo Oliveira. Una das dreas trabalhedas 6 2 Comercializagiio do artesanato in~ dfpona, endossends desta maneira a percpectiva explorada pela Revista na "dentincia". Verificamos, egora, através da experifne. cia realmente a énfase recebida. As dif. a, que o aesunte more~ culdades encantradas re realizar um trabalho de orientagio ~ 0 até mesmo efetiva da Comercializagao do artase’ mato indfecna foram muitos. Treba~ Uhenos realmente numa érea erftica da atuagSo do 6rgho tutelar unto aos {ndics. A atuagZo do branco junto a um grupo indfgena € seu vefeule de comunicagas com a outro mundo, a sociedade des brancos; 6 uma linguagem que traduz valores e hdbitos ds como se relacionar com ste eutre mundo, 9 A atituds de quem estabelece esta comunicegdo implica em proces so de eprendizagem, Neste, valores e héditos so assimilados. No caso dos Assurini, a troca individual, a substituiggo de bers tradicionsts por artigos industrielizados, © privilécio dado &queles que mais ou melhor-produziam , crian eiagao imposta pélo branco foram elqunas J observadas por ocasido do artigo referido Foram estes também fatores que dificultaran nosso De aneira diferente da que se riormente ao Projeto, pretendemo: atividade. A comunidade ofereco bens adquirides com sua venda & Qs {ndios estavam acastumades 2 objetos, cujo valor era considerado equivelente ou fornecida de acordo com os critérios do responsé Além disso, a troca imedicta com oe brancos que tre os {ndios seja do Posto, do Projeto ou visit mais"vantajosa" porque o {ndic recebe no momen’ efetuada de mado mais clero para ele. i ISA . ‘MinistéRIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAL eae Rocolher ume pattida de artesancto que implica numa retribuigho future torna-se monde inteligfve) para os indies 0 as vezes du- vidosas. Hou ta retribui~ © caso dle bens quo se destinavan ao gho, perderen-se no rio quando eram transportados, no so vori~ Ficands a ef stivagio da troca. Dai pretendermos, no infcio do Projeto, qua a troca Fosse feita, na medida do possfvel, de maneira imediata, afim de garantir a erovlibi idade dos {ndios & nova orientagao e os motivasse,crian da novos Pare isso, utilizemos recurses do Projeto no 12 somestre de1978 © fizemos uma distribuigZo de bens por osasigo de une troca ri tual, parte de um complexo cerimonial que se realizava na época. “UEL zai os assin, um mecanismo tradicional que oforecia uma cpor tunidade de distribuigto coletiva, estando presentes represon- tantes de todos os grupos domésticos. Ho primeiro somestre de 1978 foi recolhida uma partida © envie- da 8 Ajud&ncia da FUNAT, elém des peges adquitidss pola envi “do Projeto © pelo técnico de indfeeniemo do PI Koatinemo. A venda de colegdes também 6 uma das diret izes de orient dada & comercializagio pois velorizay o artesanato eo a diferen~ citadas impede a tendéncia de produgio en dugHe 2 abandono de formas tradicionais, no cue se re- © oxemplo, & cer&nica. to tom se verificads nos Gltimos anos e representa mais una nie cia negetiva da comercia: zagio do artesenato ind{fgana. ido, recebomos a sugestio e 0 apoio da DEP que adcui~ para o Museu do Indio. go desta colegzo foi feita da maneira conduzi ¢ = conunidede oferece um conjunto de pecas oa d buigfo de bens edouirides com sua vende 6 coleti Com g randa chtida com a venda da cologho & DEP, pretends ames do laboratério necessérin tenbém que Posse conpre um rotor pare berco, pagar alguns © em ‘Altanira e una denbadura. Seri fdictri rnonte do idos bens a cada Assurini como procedemos ante: afin de tranomitir de moneira inteligfvol.acs fndics, o sent GE MINISIERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAT = SE = coletive desta troca. : Planejar é \ima coisa, oxecuter 6 outra. Meda disso acontecou.34 estévamos no final do 1978 quando t{nhanos om macs o dinheiro desta venda, 0 qual for entrague ao chefa da Ajudancia. Acorte- mos com cle para que fizesse a aquisigao de motor, pagesse as contas dos oxames e da contadura, Ficamos 3 eses ausentes, em Brasflia, resolvendo problemas p ra renovagao do Projeto. Quando yoltames, o motor ja havie sido dado aos fndios que nao ficaram sabendo nuita claramente que esta. aquicigzo fore Seite qu con @ vende daquelas pegas soli¢itadas par nés, 2 colegio; mais ntadura,por sugestao nfo sei de quem; o dinheiro acabara e nés, que recolhemos <3 pgs dois {ndies foram para Altamira colecer gas, voltencs de maos abenando para e aldeia. Além disso, ficamos comprometides com a prastagho de cont: s pois forts Zo foram dovi~ os récursos destinados a.cmbalagom a trane! dangnte ompregadgs © a colegdo ee encontrave om Altamiza até Setembro osiisnente (2);; "Fomos eobrados. E 9 oportunidade agora de seclarecermos dotalhadamente cate ca igamento de colegae foi Feito ctravés de um supri a nonto am ng ne -de-Regina. Ap. zecide Polo MMller, destinade 20 pagamente dos fndios pela confecgao das pegas, e ao seu transporte e embalagon A comprovagio do pagemento foi feite através de recibos; deve- pe rfamos apresentar também os comprovantes da p transporte e embalagen. Acontece cue, como j4 dissemos, t£nhamos o dinheiro no final do ano e vol dévamos pera a aldeia. N&o serie possty do enbe~ portanto, tom lagen e transporte, o que ju ou Delegacia. gemos de co Ho representem estan unidades a cpoio logfstico do Projeto ne area? MINISTERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAT 36 Pedimos ao chefe da Ajudancia que providenciasse a confeegso de caixas de medeira. A orestagzo de contas também soris enviada ao DGA pola Ajudhn- cia (fof enviada em mos pelo médico da Projeto) que se neumbi, ria ds elaboré-la, anexando portento os compravantes. Dovido a impossibilidade Fisica de fazermos isso (ost4vamos nia aldeie, cujo acesso naquele época se faz apcnas por avido), nao havia man: ra alterna’ ive de proceder e nem sequts vinos os cog provantes ynssinando provianente o Fornuldrio da prastagéo de contas. A colegao j& se encontrava em Altamira (o barco que nos levara, transportou-a) e a partir de entZo nfo tfnhenos mais nenhuma res ponsabilidade, Soubenos cue as céixes nZo ser iram para embalar a colegao.Suge rimos ao chefo da Ajudancia que mandasce rofazé-las. Este, en- trotanto, nos convenceu de que providenciaria outra embalagen e a Ajudancia ficaria com as caixas pois lhe seria Gtil. Em agosto deste ano, recebemos um radiograna do DGPC pergunten- do sobre a colegéo quan¢e nos encontréva: entre os Arausté, fais distantes e isolados ainda para responder sobre 2 colegio, desde abril om Altamira. O chefe da Ajuc&ncia resolveu enfim enviar a colegao quando ten bém nos deslocévamos & Brasflia, em setendro. Quando nos encon— ramos em Altamira, o Chefe da Ajudaneia disse que nao estave interessado neste comercializagao pois nio tinha condigdes de providencier 9 transporte das peges e se ere pero irom para My seu o serem catalogadas, que ficassam na aldeia... Falta de condigdes, realmente? Uma coisa 6 carta: o chefe do Ajucaneia parece nZo estar dispos to a oferecer o chamedo apoio logfstico As etivicrdes da comer~ a agéo clo ertesenate Assurini realizadae pelo Projoto. Re dificuldades encontradas junto eos fndios se somen as dif culdades junte as unidades administretives da FUNAT na area. U a 6utra causa do emperramento das etividades de um Projete des ta natureza, talvez sejao Pato de que seus exccutares so con— ISA FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAI MINISTERIO DO INTERIOR 37 tratados por servigos de terceiros enzo sho da FUNAT, mas sim un "ostranho" que interfere na atuaglio do datozminado grur> da FUNRI, no case a 29 OR, suas Ajudancias e Postos. Trata-co do um problema funcional (ou estrutural? ) eue deve sor levado em conta. Apesar das dificuldedes, alouns resultados podom ser spentados. Continuamos neste ano atuando 2 partir da moemn perspactiva,rea lizando duas colegdes para e ARTINDIA. . Esto trabalho j& foi iniciado 2 os {ndios esto respondendo & nossa solicitago, Esperamos que desta voz soja possfvel chegar un pouco mais préximos de nocses plancs. ‘dutro aspecto positive 6 a participacso do técnica de indigenis mo do PI nesta atividade, abrindo~lhe uma perspectiva de otua- gio mais adequade junte sos Assuril Julpanes necessério, enfin, que o grupo ou alguns de seus men~ brus‘tenha canhecimento de nogdes bésices sobre a > = mia: de nossa cociedade como venda, compra, valor, dinheiro, va lor de troca,para alcancar sue autononia neste aspecte co contg to. processes. Para isso, pretendemas que dois {ndios nos acompanhen na opi nidade de efetivegto da venda de colegdes pare a ARTINDIA © na compra do bens industrielizedes. Isto ce torna cada vez mais nesossdrio, tendo em vista inclusi- vo, que 0 grupo passa por um perfado de trensigao que € muito tficcd, Bs vezestda situagto de recém-cantatedos que recebom as~ sisténcia material, de maneira paternalista c do repentc,depoic do dopendentes dos bens de noosa cocicda zir" para suprir suas novas necessidades ocondmicas. ; obrigadss a "produ- ee W-NSTERIO BO INTERIOR FUNDACAO NADIONAL DO INDIO - FUNAT 6. Conclusho: uma avaliagéo preliminar a 2 rojeto se propunha inicislmonte a 4 objetivos, basicancnte: - cosisténcie médica e conhecimenta da patologia do grupo - delinitagfo e demarcagio da &mea indfoena - orientacto das atividades do Posto om cspecial, a comerciali-~ 0 do artesanato afim de proporcionar neihores kK. condigées do grupo en rentar a situago de contats com a sociedads nacional - desenvoiver pesquisa tnterdisciplinar scbre adequaghe da medi, * cine ciont{fica ocidental % nedicina tradi. nal inéfgena. - Os benePicios imediatos do Projeto representan a recuperagso do grupo recém-contatado em todos os aspectas, sceiais, culturais, demogréficos, tendo em vista a interligagZ0 destes na sobrevi-~ véncia de um grupo indfgena. A amp 986 da experiéneia a outros grupos recém-contatad regio e os resultados de ums peequisa a 1éngo prezo tan os benef{cios me BB 23 5 ao 8 38 8 atos. Trata-se de uma contribuigzo p ca e teérica para um atendimento médico, maie cficiente prest do pela FUNAT &s populagées indigenes. Como efirmanos no relatério finel da 1978 e spore repetinos, um dos resultedos obtidos no que se refere 3 4rea de satide foie “estabilizagaa do decréscimo popula windo a tans do mortelidade. Em 1976 @ 1977, merreram seis indivfduos; em 1978 : morrey apenas um e neste ano também houve apenas uma morte. Isto se deve a um atendimento médico constar do astedo de satde através de excmos de laborctério. Poralelenente, reclizou-se atividades no tocant patologia @ imunalooia de grupo Aecuring, cujos resultad ro apresentades no relatério fina: buigé Tratacse de tna 5: os que juloamos fundamenteis para uma assisténcia & satide eficiente, ista é, subs{dios para um programe de gaéde baseado cm une dada realidede e, portanto, adecuado 2 ela. 0 trabalhoen tre os Araueté, neste ano, daria énfase a este aspecto. i ISA anesTERIO DO INTERIOR FUNDAQAO NACIONAL DO INDIO - FUNAT 39 © conhecimonto do contexte social e da medicina tradicional tam bém representa um os saldos positives do Projeto. Qe dados etnogréficos colhides até 9 momento doverao ser organi zados 0 analisados cfim de servirem como subsidio para a elabo- regia de um trabaiho sobre medicine cient{fica e medicina tradi, cional no contexto de sociedade indfgenas recén-contatadas. De acordo com a exporifncia que tivemos durante estes anos, ve~ rificamos que o Prajeto se propSs a objetives diversos,cujo D2 nejamento de ativicades mostrou~se falho em um aspecto. As atividades de pesquisa interdiseiplinar, incluinds pesquisa na érea da Antrapalogia de Satide, devem eémpreonder porfodos de levantemento bibliografico, organizagao e anélise cos dedos co- {vel. Além disso, tratando -se ds uma 4rea recente da Antropologia no Brasil, senti letados. tc campo isto & quase imposefve a5 8 necessidade de um contato sistemético com os demais pesquisado- ros dp assunto. De acorde com o planejamento de. atividades, este especto das eti vidades de pesquisa Foi negligenciado. Verificamos, por outro la ta ao grupo (oriontagio das idades do PI, as da, delimitagao da dros, ind{gena) © as atividedes exigiran-dedicagze quese-oxclusive de-noseo trabalho. para resolver proble S se, por exemple, o tempo paste em Bras. mas relacionades a delimitagZo da 4rea a 3 renovaczo do Projet para o presente ano. 0 atencimento do PI aos {ndios (distribuigao do bens como querg gene,cartucho, sabao, etc., ) também é reali mismo do PT e durcntc suas férize, do per née, junts nente con o técnica de indi .—....undieamente per nés. N30 hd substituigho deste servidor durante suas fériss, permenecendo respons4vel palo PI epanes 2 edi Projeto. ipe co Concluimes também que a atondimento médica nfo nocossitaria ser 1. Durante o presente ano o médico permancceu tambén tempo fora do campo afin de realizar atividades de pesquisa. Ee i ISA 7 MINISTERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO ~ FUNAL 40 0 a pormanontg, podendo-se entZo ampliar oste setor do Projeto 3 ou trocs grupos recén-contatados. A ampliagZo do Projeto 2 outros grupos recém-contatados foi do vidd a varios. fatores. A existénela de outro grupo tupi-contatado nesta regizo pola FUNAI, om 1976, cuja Area, inclusive, 6 cont{oua a doe Assurini, cherou-nes atengie no sentido de aprasentar as mocmas condigdes ou senelhantes as des Assurini, as quais justificaram um Projet de Reovperagao junto a este grupo. De acordo com informagaio pessoal dos sertanistas que participe- ram das Frentes de stragdo no Ipixuna;-este, grupo sofreu of: 8 ‘prejufzos na época do contatc, relatados no item 3 deste relet: rio. Convém lembrar que citamos camo fonte o artico de Expedite Arnaud, pois na sede da FUNAI em Brasflia, na 2% DR e na Ajudan cia os reletérios doo sertanistas nfo existiam ou nos foram so negados. “Felizmente, © nao sei por cucis vies © conhecimentes, dito Arnaud registrou publicamente os fatos « purlomoe objetividade em nosso trabalho. Nossas preccupacao bésices entre os Araveté ezant 1. levanter a situag2o atual do grupo ae # 2. realizar trabalho-de eleigze-da--dree-o-pedids di efou del. ge juntamente com a free Assurini 3, assisténcia médica, levantanento do estado de eatide da popu- interdigze nitagio © domarc LagZo, conhecimento das necessidades do grupo neste sotor. Pretendfanos também, no F do 32 parfodo de atividates porne Meeer entre os fndios Parakand, prestando servico de. assietencia médica, d2 ccordo com entendinentes com o coordenadar de Projoto Parakana, Antonio.Carlos Megalhdes. O entropolégo, entretento , n&o teve condigSos de continuar o trabelho que vinhe sendo de. senvolvide, fm para 2 pesquisa interdiscipliner proposta sko importan~ tes os dados comparativos sobre 98 tras grupos, tan ee MINISTER DO INTERIOR PUNDAGAO NACIONAL DO {NDIO - FUNAL = 4h 0 do vista metodélégico quanto do sua aplicagio a uma-realidads indfgene 5. geral que a socicdade Assurini, mas uma om parti cular, as sociedades ind{genas de contato reconto nas duas alti mas décadas de expansao econdmica da sociedade nacional na Ame zbnia. Ac dificuldadss de execugao encontradas junto ds unidades adi nistretivas de FUNAI e & sua burocrecia, bem como a prdpria es tratéoia do Projeto (contrato de servicos, alocagdo de recur- : sos, relepto sede-unidedes adminitratives) sé aspectos que me + pecem uma anélise cuidadosa da DivisSo ol Departamanto compe- tente no que se refere a reformulacae deste ou claboracéo de outra Projetos . PI Koatinemo, 30 ce outubro de 1979 lapis REGINA MULLER Coordenatora do Prajeto Rt/mkc MINISTERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAI APENDICE MINISTERIO DO INTERIOR FUNDAGAO NACIONAL DO INDIO - FUNAL 1) ADULTS = NXO VACENADOS Tatuavina Tatuaui' ihi Wheratera Mytamt ini Kaweré Mereroti Nata ‘Iranaré Joveui taht Toy Arary Polatat ihi “Mesand 2) CRIANCAS NAO VACINADAS Matsiha Tapinaiera Filho de Mytamtitin— Trané MINISTERIO OO INTERIOR FUNDACAO NAGONAL DO {NDIO - FUNAI CRIANTAS COM MENNS DE DATS ANOS NO vari COM NENHUMA VACINA — ARAVETE 1. Takeazand + Filho de Zpid& e Zapiihi 3. Filho de Manimed& e Manimehi 4, Filho de fritatana e Aritatam ihi 5. Filho de Maipatihi e Tembekyna de KunhypaZer® e Tahitirahi de Teperehi e Tyratyra de Irivopara e Irivopahi de Merupand 2 Tapaiatihi ‘ de Hanihi « Zetand de M3. Fs de Arazynhen& @ Ararynha'ihi de Tahiaré eo Tahiatihi de Mbocymatihi co Mbodyme>s wid’ e@ Mbsipitan' c/s LSD oe Ne. jinereeie Oo INTERIOR i }UsbAGAU NACIONAL DO INDIO-PAE 2 Delogucle Regios! - Belén RELACSO Dos INO105 Cus MAO gouiRAI Ve / NET PREY DS AVR.GNO TPTRUEA: o 1+ Miturin 30a 2- Kunin Manbi PF 18a 3+ Moirencneatu Foe 4- Apite Pr ga 5- Remopari F 25 6~ Irebupaira XK 45 - T- fentire Ho 8- Djepiad uh 22 Q- Djepideri P 35 10- Ivampeti P 13 li- thé P 18 12- Raid F 8 13+ Wadpai P 8 14- Karupda i 15 i . 15- Romera F 5 16- Ruera M 2a : a7- taté F 3a ! 18- Ajara u 60 - 19- Aiadin u 26 202 “Ageritiia Piiho «7 107 reece ae gece cet oe 2l- Modidara x 40 22- Araicunhinan H 38 : 23> Tyrabidi ie uM 12 é . - ae 24- inhaori F 3 25- Tatuad E 45 : 26- Cupairan Mi 5 Bip aeeee eat emcee ta” eect Cee evecare ete : = 28- Letor: m 50 29- Ireiere it 3 Se aerate 30- Moipitort P 38 31- Moinarart F 33 32- Miron M 3 33- Paionari Pr 65 B4- Cundiiabedd 35- waiori + 36- Gaiark 37- Aureré 30Ho Anais 39- Mariarré 40- Padrou aie Bapirran 42> 43- Vorreran oiveran 44- Cnanopia 6a 35 30° 13 30 25 28 32 23 Bu * Continuag’ UNIDADE SANITARIA, LISTA DE VACINAQAO CONTRA MUNICIPIO En cs Meare OA Kp GOVERNO DO ESTADO DO PARA CRETARIA DE ESTADO DE SAUDE PUBLICA S ote Le pee) sexo | cor RACIOEAUIDADE DATA DAS APLICACOES wee | woos [wow ks L Se eat nf | | _. a eae ee eee |_. AS eb wn bode jee A. =, flag PEt ES GOVERNO DO ESTADO 5O PARA : Tendurt.ooe ene. exe @ SECRETARIA DE ESTADO DE SAUDE PUBLICA UNIDADE SANITARIA___ Frou. de Wnvwira Tpntiniaere UL} 4 7 IAG 2 28 ae LISTA DE VACINAQKO conTRa ‘“e==x. Vbcoide Tolawrnos —_ fed ~ 222 municteio 2B DO Lang Sa eat eee eee ity | eeteeo NOMES WADE | SEXO | cOR | kncwountione jb | gavin, Medierrk ud nA 2 | ibeFova, Waite baa be Yeu DATA DAS APLICACOES 1 cose | 2+ cose | 2 pose SESPA- 483

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