Professional Documents
Culture Documents
Sociolinguística, Uma Disciplina Histórica
Sociolinguística, Uma Disciplina Histórica
RETROSPECTIVA, DESENVOLVIMENTOS E
APLICAÇÕES
●
Abstract
Resumo
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO DA DISCIPLINA
Scherre (1996) cita 1975 como o ano de início das pesquisas sociolinguísticas
na UFRJ, referindo-se à introdução da disciplina de Teoria da Variação, por
Anthony Naro, em atendimento à solicitação dos então mestrandos daquela
Universidade. Diz a autora, à propósito dessa época:
A língua, por si, constitui-se num fenômeno complexo, passível de análise sob
diferentes vieses. Na medida em que a Sociolinguística inaugura uma possibilidade
de tomá-la em sua complexidade e heterogeneidade, agregando a dinamicidade à
sistematicidade e tomando os processos linguísticos sob as perspectivas histórica e
sincrônica, são estabelecidas diversas questões a serem respondidas. Sobre isto,
comentam Mollica e Ferrarezi Jr. (2016):
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Notas
1 O termo aparece, pela primeira vez, em 1952, em A projection of socio-linguistics: The
relationship of speech to social status, texto de autoria de Haver C. Currie (Universidade de
Houston), publicado em Southern Speech Journal, 18, p. 28- 37.
2 O Brasil, por exemplo, conta com onze atlas regionais publicados – Atlas Prévio dos
Falares Baianos (1963), Esboço de um Atlas Lingüístico de Minas Gerais (1967), Atlas
Lingüístico da Paraíba (1984), Atlas Lingüístico de Sergipe (1987), Atlas Lingüístico do
Paraná (1994), Atlas Lingüístico-Etnográfico da Região Sul do Brasil (2002), Atlas
Lingüístico-Sonoro do Pará (2004), Atlas Lingüístico de Sergipe II (2005), Atlas Lingüístico
do Mato Grosso do Sul (2007), Atlas Linguístico do Ceará (2010), Atlas Linguístico do
Amapá (2017) –, além de dois volumes do atlas nacional, o Atlas Linguístico do Brasil
(2014), que tem outros volumes em elaboração, e de vários atlas em andamento.
3 O estudo elaborado em 1962, como trabalho de mestrado do autor, teve uma primeira
versão publicada no ano seguinte. Posteriormente, em 1972, foi publicado no livro
Sociolinguistic patterns, cuja tradução brasileira, Padrões sociolinguísticos (2008), serve de
referência a este artigo.
Referências
As Autoras
Amanda dos Reis Silva é licenciada em Letras Vernáculas, pela Universidade Federal
da Bahia (UFBA, 2012). Possui Mestrado (2014) e Doutorado (2018) em Letras, pelo
Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura da UFBA. Integra o Projeto Atlas
Linguístico do Brasil (ALiB). Dedica-se aos estudos linguísticos, tratando, principalmente,
de temas referentes à diversidade do Português Brasileiro, à interface fonético-fonológica
da Língua Portuguesa e às teorias linguísticas.