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PERSPECTIVA BASICA 1 ponto de fuga Geuaptace merino howe ‘soni a Perspectiva Queremos saber de que forma podemos deter minar uma profundidade em perspective; ¢, con: cretamente, como fazé-lo no caso de um quadrado. Este 4, alids, 0 problema fundamental da pers- Pectiva: determinar @ sensacio da profundidade 3 ‘que se encontram as coisas em relacéo 20 plano do desenho, Em resumo, este é 0 problema que jé se pos 2 Leonardo da Vinci, 0 grande artista do Renasci- mento, que, partindo de uma ideia muito simples, ‘mas genial, descobriu as leis fundamentals da pers pectiva, ‘A ideis de Leonardo consistiv em penser que, se desenhar consiste em reproduzir sobre um plano aquilo que escolhemos para modelo, podia supor-se também que, se o plano do desenho fosse trenspe- rente, @ reproduc de modelo, visto através deste suposto plano transparente, conseguir-seia se- guindo com um lépis as linhas do modelo, A experiéncia do vidro de Leonardo, porém, & vélida s6 quando se cumpram trés condigbes Que © vidro (ou plano do quadrado) esteja perfeitamente vertical; Que a vista se dirija perpendicularmente a ‘este plano; Que 0 observador se situe na metade ver tical do plano, estas condigdes, ¢ procedendo como Leonardo, © nosso tabuleiro de xadrez demonstrar-nos-ia duas coisas que j4 sabemos: Ponte sobre © horizonte afastade 2 vexes # dintinela média de quadrade, 12 Que os lados direito e esquerdo do qua: drado se dirigem a0 ponte P, sobre © horizonte, quer dizer: & altura da vista do observador; 22 Que o ponto de vista (P), apesar de se encontrar sobre © horizonte, esté de frente para 0 observador, situan- dose na metade do plano do de senho. Mas a experiéncia do vido demonstrar-nos-s, final, que az diagonais do quadrado ze dirigem, a esquerda e & direita do observador, para um ponte situado também sobre o horizonte. Este onto encontra-se fora do quadrado plano, se con- siderarmes como tal a parte do vidro que @ nossa vista abarca. € © PONTO DAS DIAGONAIS, cha- mado também por alguns autores PONTO DA DIS- TANCIA, pela razio que j6 veremos, e que repre sentaremos por PD. Em principio podemos considerar que estes pontos ficam separados do quadrado umas duas vezes a disténcia média do mesmo Disto deduzimos que basta conhecermos a me- ida do lado do tabuleiro de xadrez para podermos desenhé-lo por completo @ com exactidéo. Uma vez tragado © lado frontal e as FUGAS do ponte P (che mamos fuga 2 toda a linha em perspectiva), bas- tar-nos situar um ponto de diagonals para poder- mos tracar uma delas. Obteremos assim os pontos de encontro entre a diagonal © as nove fugas do ponto P. Tregando parslelas obteremos © tabuleiro sem necessidade de proceder com célculos apro- ximados. A HABITACAO MAIS COMPRIDA DO MUNDO 42 Dissemos que um dos problemas mais caracte- risticos da perspective era a determinegio das pro- fundidades. Para comecermos a exercitar-nos na sva_solugio, propomo-nos desenhar nada menos que 8 maior habitaco que se possa imaginar, 160 grande que o seu final se confunda com 0 hori zonte, Suponhamos que a largura deste recinto fica coberta por dez ladrilhos de 0,40 m de lado. A lar- ‘gure seré, pois, de 0,40 mx 10=4 m. Dividamos a base do quadrado em 10 partes iguals e saberemos que cada ume destas divisSes representars qua- renta centimetros reais. Em seguida situaremos 0 horizonte a 1,60 m da base do quadrado. Escolhemos esta altura por ser que corresponde 0 nivel dos clhos de uma pes: soa de estatura média (1,70 m menos dez centime- tros de fronte). Observe que esta altura deve ser igual 2 quatro ladrilhos (0,40 mx4=1,60 m), facto que indicamos na figura que ilustra esta pégine. Podemos tracar as fugas até P e situer © ponto das diagonals. Tragada uma primeira diagonal, po- demos fechar um primeiro quadrado com a recta ‘AB, 0 qual permite assim determinar uma primeira profundidade de 4 m. Se desde B tracarmos outra diagonal, obtere- mos 0 ponto A’, situado a 8 m de profundidade. Outra diagonal tracada desde B’ permitir-nos-é si- tuar 12 m, etc,, até aleancar o horizonte, HonzonTe Basta observar o nosso desenho para ver que 8 sensago da profundidade, obtida pela repetigso de uma mesma disténcia em perspectiva, & perfeite ‘Agora podemos levantar as paredes laterais deste hipotética habitagSo, determinando para elas uma altura de 3,20 m (cite ladrithos), © ave, como pode ver nos desenhos da pagina seguinte, sai do plano do desenho, motivo por que as fugas ue limitam © tecto saem do limite superior do quadrado. Observe que as janelas desenhadas tém uma largura de trés ladrilhos (1,20 m) e uma altura igual. A separagio entre elas é de quarenta centi- metros (um ladrilho), Vejamos como varia a aparéncia desta hat gio (seria melhor dizer corredor) quando eleva- ‘mos ou baixamos 0 horizonte Se subirmos ume escada, por exemplo, aumenta importéncia do solo. Em contrapartida, © tecto torna-se menos visivel, por se ter aproximado da linha do horizonte. © contrério sucede se nos sentarmos no chio. Agora € 0 tecto que se torna mals visivel, di nuindo a extenséo aparente do solo, o que se apre cia com facilidade no terceiro dos desenhos da pagina seguinte Recorde que tudo esté certo sempre que man: tivermos @ quadro de plano em posicio vertical ¢ sempre que © nosso elhar se dirija perpendicular. mente a este plano. ALGO DE INTERESSANTE SOBRE © PONTO DE ENCONTRO DAS DIAGONAIS A utilidade do ponte de encontro des diagonais ficou perfeitamente demonstrada. Com ele pode- mos determinar em profundidade a disténcia que representa qualquer medida, Alémn da sua vtilidede, sabemos que OS PON- TOS DAS DIAGONAIS SE ENCONTRAM A UMA DISTANCIA FIXA DO CENTRO DO QUADRADO, dis téncia que aproximadamente podemos determi em trés vezes a metade da largura do quadro. Até aqui, néo dissemos nade de novo. ‘Mas anote 0 que se segue: A DISTANCIA QUE SEPARA OS PONTOS DAS DIAGONAIS DO CENTRO DO QUADRADO (PONTO. V) E IGUAL A DISTANCIA EXISTENTE ENTRE O DITO PONTO E © ESPECTADOR. No desenho deste pégina procurémos represen: tar 0 que seabamos de dizer: Assinalémos com uma dupla flecha claramente Visivel @ distincia entre os olhos do espectador (ponto de vista do espaco) e o ponto V do plano do quadrado, a0 qual, dagui em diante, chamare mos familiarmente ponte de vista. Trate-se do ponte de vista do quadro; mas denominé-lo-emos simplesmente ponto de vista ou ponto V, sem ne- cessidade de especificar mais. Pols bem: afirmamos que a distancia indicade pela flecha dupla deve ser igual & distancia VD. [Na figura seguinte, desde jd, no se véem iguals, devido @ tratarse de uma representacSo em pers pectiva. Mas insistimos uma vez mais em que uma coisa é dizer que duas disténcies s80 iguals e outre coisa, muito diferente por certo, & vélas iguais. Para comprovar a igualdade entre as duas dis- sncias, podemos imaginar que vemos per cima, ‘como se féssemos uma ave, tudo o que esté com- ppreendido na figura anterior. Por outras palavras: tragamos © que em desenho técnico (crsio que i (© sabe) se chamaria uma planta Observe com atengdo a figura desta pagina & tonte identificar 08 elementos nela desenhados com (05 que aparecem na figura antérior, e que s60 fexactamente os mesmos, mas vistos em perspec: tive, Na nossa figura, o vidro fica representado pele linha situada & frente do quadrado Ay, A:, By @ B,, © PORQUE DA QUESTAO A sue curiosidade ficaria por certo satisfeite com a simples afirmagéo de que tudo © que vimos anteriormente & assim porque se comprove prati camente com a experiéncia do vidro. Prolonge-se 2 diagonal do quadrado tal qual como 0 vemos, € cobservamos que corte o horizonte num ponto que satisfaz as condig6es descritas. 'No entanto, iremos abordar © mesmo problema com uma demonstracéo mais convincente, que é 0 mesmo do gréfico anterior, mas visto com: pletamente por cima. © vidro ou plano do qui drado, visto por cima (pelo canto superior), ape- receré, evidentemente, como uma linha. Nesta planta ou desenho & vista de péssaro pode comprovar-se que, com efeito, 9 distincla ‘entre 0 espectador e V é igual 8 que medela entre V ed. No vidro, além do ponto V situado em frente do espectador, representémos os pontos A @ A:, {que s8o os vértices anteriores do quadrado sitvados (ou projectados) sobre © quadro, e os pontos By By, correspondentes aos vertices posteriores. Vocé deve estar perfeitamente lembrado do ‘exemple das vias do comboio. Tratava-se, em sintese, de duas rectas paralelas perpendiculares 20 plano do quadro que aparente- mente se juntavam num ponto do horizonte, (© que agora nos interessa observar é que 0 pponto onde estas rectas coincidem (ponto de fuga) se encontra sobre 0 qusdro dirigindo a vist mesma direesie quo soguem 12 OS PONTOS DE ENCONTRO DAS DIAGO- NAIS SAO OS PONTOS DOS QUAIS PAR- TEM TODAS AS HORIZONTAIS QUE FOR: ‘MAM UM ANGULO DE 45° COM O PLANO DO DESENHO. 22 AS DIAGONAIS ENCONTRAMSE SOBRE O HORIZONTE DE AMBOS OS LADOS DO PONTO V A UMA DISTANCIA IGUAL A QUE SEPARA © ESPECTADOR DO QUA DRO. CONE E ANGULO VISUAL Com a nossa vista sucede algo semelhante a0 ue apreciamos com um projector de cinema. Néo é uma comparagio exacta, mas servir-nos-é para compreender dois novos conceitos: cone visual © Angulo visual Se pensar um pouco, veré que © temanho de uma projeccéo cinematografice depende de duas circunsténcias principais: 0 Angulo de projecsio @ a dist8ncia que separa o projector do eran. Entendemos por angulo de projecsio 2 aber tura maxima com que se projectam os raios de luz, culo vértice se encontraré na objectiva do pro- jector, Os raios luminosos saem da objectiva em forma de feixe de seccSo circular, sem que deve confun- dirse com 0 facto de no éeran aparecer uma ime: gem rectangular. Isto devese a que a projeccéo se efectua através de uma janela rectangular, sem 2 qual, repetimos, obteriamos um feixe luminoso de secgéo circular de raio maior ou menor segundo © considerarmos mais ou menos préximo do vér- tice deste feixe de raios luminosos, cuja forma & de um cone com base no éeran de projeccio. Comparemos este projector com olho hu- mano. Neste caso néo hé emissio de raios de luz por parte do olho, mas sim uma recepgio. Quer dizer: 0 olho recebe os raios de luz reflectidos pelos objectos, se bem que, para os efeitos préticos que pretendemos, possamos considerar, e vamos con: siderar, que os objectos que caem dentro do nosso campo visual s80 0s abarcados por um cone cujo Vértice esté no olho do observador e cuja abertura ‘corresponde a um ANGULO VISUAL que para o homer pode considerar-se constante; sempre 0 ‘A abertura deste angulo visual pode calcular-se de uma forma aproximada, partindo do facto de que © homem abarca a visio total de um object quando 0 sitva @ uma distBncio igual © umas trés vezes a metade da sua maior medida. lato 6, nem mais, nem menos, © que comprové: mos 20 estudar 2 situac3o dos pontos de encontro das diagonals. Esta distancia, recordeo, é a mesma que separa o plano do quadre dos olhos do obser- vador, distancia que, por sua vez, era trés vezes a metade maior do quadro. Com base nesta afirmagio, deve acentuar-se que, em perspectiva, quando se fale do plano do quadro nfo nos referimos & parte do mesmo abarcada pelo cone visual scb 0 qual se vé 0 mo. delo a desenhar, mas & totalidade do mesmo, caia ‘ou no dentro do nosso cone visual Deduzse, pois, que os pontos de encontro das iagonais, quando © desenho & muito mais pequeno que © papel empregado, podem cair dentro do pa- pel de desenko. Pois bem; de acordo com estas observacées, comprovou-se que o Angulo visual cémodo, com cule abertura vernos inteiro e com nitidez 0 objecto observado, & de uns 35% ‘Atente em que tudo © que dissemos é igual- mente vilide para os dois olhos e que, pela mesma azo, deveriamos considerar dois cones visuals, um para cada olho, como realmente sucede. No entanto, a perspectiva trabalha sempre com um £6 cone visual, come se olhéssemos as coisas com um #6 olho. lUma vez chegados & conclusio de que 0 &ngulo visual normal deve ser de 35°, seré de multe con- venincia e bastanie ilustrativo ver que é 0 que sucede quando um desenho se efectua segundo um &ngulo visual maior ou menor que o normal Como exemplo vamos tomar uma mesita que: drada, desenhando primeiro com um ngulo visual de 95°, angulo que abriremos até 90° © que depois fecharemos até 20° Vejamos © que se pass A desproporgio 6 tanto mais acentuada quanto mais forgarmos a abertura do Sngulo visual. Pense ‘que jé com um Bngulo de 60° a mesa perdeu 2 sen- saglo de quadrada, para dar toda a impressio de que se trata de uma mesa de superficie rectangular. Se 0 &ngulo visual 6 demasiado fechado, as dis tincias parecem encurtar-se. Observe como a pro- fundidade da mesa, sobretudo trabalhando com um Angulo de 15°, no corresponde & de um quadrado. Parece um recténgulo, cujo lado maior 6 a largura da mesa, CALCULO FACIL DE DISTANCIAS NA TERCEIRA DIMENSAO ‘A perspectiva tem por objecto dar 9 sensacéo de profundidade no que é, em realidade, uma re- presentacéo plana. E obteremos com exactidéo a sensagéo de profundidade quando cada um dos elementos que intervém no desenho tenha o, tama- iho relativo que Ihe corresponde de acorde com a profundidade 2 que se encontra Para concretizarmos esta idela, vamos traba- thar num exemplo concreto. Num desenho que se realiza sobre um papel que tem, naturalmente, as suas duas dimensées determinedas, que medida daremos @ um homem na posig8o de pé e que se fencontra a trés metros de profundidade? E @ outro homem que se encontra a dez metros, também no sentido da profundidade? Encontraremos a solugSo 20 utilizar 0 ponto de encontro das diagonais. Considere que qualquer disténcia sitvada sobre o plano do quadro pode 11m em profundidade ser 0 lado de um quadrado que podemos represen: tar no sentido da tere hs pouco. Observe a primeira figura referente a este texto. Nela dividimos o lado inferior do quadro em qua- tro partes igual, cade ume das quais combinamos que corresponde a um metro. Se a partir do ponto 4 (limite direito do quadro) tracarmos uma diago- nal (fuga em D}, teremos limitado 0 quadrado em perspective, cujos lados sic de quatro metros Observe uma coisa: Para encontrar 2 sitvago do ponte de encontro das diagonais, toramos trés vezes a distancia que medeia entre V ¢ 0 limite do quadro. Podemos mar- ‘car 0 ponto médio de DLV, a que chamaremos D,, sobre a linha do horizonte. ois bem; trace uma linha de fuga que, partindo do ponto D,, passe pels profundidade que acabamos ra dimensio, segundo vimos de dizer corresponde & distancia de um metro. Vers como esta linha de fuga coincide com meio metro sobre © quadro do plano. Observamos, pois, que para limitar em profun- didade uma dist8ncia de um metro podemos em: pregar o ponto B., sempre que no plano do quadro dividamos por dois @ dita disténcia de um metro ‘que deseiamos determinar em profundidade. > ° Generalizando estas observacées, podemos dizer {que para sitvar uma distancia em profundidade néo 6 imprescindivel recorrer sempre 20 ponto de en: contro das diagonais, mas que podemos tomar como ponto de fuga OUTROS PONTOS SITUADOS SOBRE © HORIZONTE, como os pontos D, e D,, sempre que préviamente dividamos por doit ou por trés, respectivamente, 0 comerimento que deseja- mos situar em profundidade. Proponhamo-nos situar um homem a uma de terminada profundidade: Facamos ainda outra experiéncia: ‘A partir do ponto 1m no quadro, trace uma linha de fuge 20 ponto Dy. Sobre e recta OV ters determinado a profundidade OP. Trace também a fuga 3D e verd como passa também pelo ponto P, que, em consequéncia, po- demos afirmar que #e encontra a uma profundidade de trés metros em relagSo 20 quadro. Se partirmos da base de que o dito homem tem uma estatura de 1,70 m, situaremos © horizonte a 1,60 m da base do quadro. E evidente que 0 nosso homem, quando © considerarmos apolado no mesmo quadro, cobriré uma altura tal que o hori- zonte ficard dez centimetros abaixo do cimo da sus cabesa (20 nivel dos seus clhos). Digamos agora que outro hemem de igual este- tura se encontra a trés metros do quadro. Como o veriamos? Altura h 9 distintos profundidades Bastaré determinar sobre plano de terra o: trés metros de profundidade e desenhar @ figura humana com os pés no lugar que interesse sobre dita profundidade e com os olhos ao nivel do horizonte. Falamos de um homem colocado em 4, naturalmente A forma de proceder & idéntica para qualquer profundidade. Observe no grético como foi situads um homem de 1,70 m a 6 m de profundidade Se a altura que se deve situar em profundidade se rebsixe a0 nivel do horizonte, basta pensar que toda a altura vem limitada por duas fugas, como se observa perfeitamente no gréfico junto. Proponhamo-nos um outro caso conereto: Uma sucessio de postes separados entre si por uma distincia de 4m, A altura dos poste: ¢ de 35m he = 35m 0 pos 0 1 2 3 4 5 Suponhamos que ainda temos outro alinhs- evar as profundidades encontradas sobre OV a esta mento de postes de iguais caracteristicas e igual nova fuga e limitar as alturas com a outra fuge soparacio, mas que sequem uma direccSo que néo que parte do limite superior dos postes, leva as fugas ao ponto V, mas que estes ditas fuses Observe que 2 profundidade de 16 m determi- se dirigem a um outro ponto do horizonte. Bastard ndmo-la com um ponto, Dy, partinds também do ponto 4 do quadro, A distancia DD, é uma quarta parte de D-V e ume décima segunda parte de DV. Quer dizer: DeV é uma quarta parte de DV. Por Isso situamos © poste que se encontre a 16 m, par- tindo do ponto D, e dividindo por quatro a distén- cia (16:4 = 4) © CIRCULO EM PERSPECTIVA [A figura geométrica chemade cireulo é, sem vida, 2 de tragado mais simples; basta dispor de um compasso e tragar com ele as circunferéncias ‘que © limitam, Mas este mesmo circulo desenhado fem perspectiva encerra, devido & sua prépria naty- reze de curve continua e fechada, uma série de dlft- culdades que nos propomos mostrar @ vencer. Pare desenhar 0 circulo em perspective deve- mos comesar por marcar nele ums strie de pontos de referéncis, que sero os que realmente situa remos no plano do desenho. Vejamos: Todo © eireulo ou toda 2 circunferéncia pode considerar-se inscrita num quadrado, forme este ‘que [6 sabemos desenhar em perspectiva sem qual quer dificuldade. A circunferéncia tem quatro pon- tos de contacto com os lados do quadrado, pontos que coincide com 2 metade exacta de cade um dos ditos lados. Portanto, todo 0 quadrado em perspectiva proporciona imediatamente quatro dos pontos da possivel circunferéncia inscrita nele. ‘Sem divide, quatro pontos s80 muito poucos para que se determine com minimo de exactidée © trago curve continue da circunferéncia em pers- pectiva, palo que se impde localizar dentro do qua- redo de referéncia mais pontos pertencentes circunferéneia inscrita. ‘Comecemos por tragar com 2 ponta do com ppasso @ circunferéncia que nos propomos represen tar em perspective, e tracemos o quedrado que © insereve. Se desenharmos as duas diagonais do ‘quadrado, obteremos quatro novos pontos perfei tamente determinados da circunferéncia, que com Com estes consideracies deixamos apontade uma solugéo para situar as coisas em profundidede, solugéo que nos serve para todos aqueles casos em que podemos trabalhar sem necessidede de ume absoluta exactidio, Em breve veremos como pro coder em perspectivas obtidas com planta e algado. eu Sak esta operagio ficou dividide em cito partes iguais. Dado que quantos mais sejam os pontos de refe réncia maior seré a exactido da figura obtida em perspectiva, podemos procurar as metades destes coito arcos de circunferéneia em que ficou dividida Serio, pois, dezasseis os pontos de referéncia ot dot; @ © problema ficaré solucionado se conseguir- mos situar estes dezassels pontos em perspectiva Uunindo-os depois com uma curva continua. Vamos faz8lo: Construamos © circulo segundo 0 esquema geo- métrico que preparémos. Observe que neste es- ‘quema os pontos de referéncia que nos interessam correspondemse dois @ dois segundo as perpendi cculares que passam por eles. Preparemos 0 quadro do desenho ¢ desenhe- mos em perspectiva © quadrado onde Inserevamos a nossa circunferéncia. Tracemos as suas diagonais, Situemos sobre 0 lado anterior do quadrado os pontos a, be €, correspondentes aos diferentes i= nhamentos que assinalam os pontos do circulo desenhado no esquema geométrico. Se a partir do ponte b tragarmos fugas a0 ponto V, precisemente onde estas fugas cortarem as diagonais do qua: drado teremos em perspective os pontos 2, 6, 10 € 14 do modelo que desenhamos. ‘Tracemos também fugas 20 ponto V partindo dos pontos a do lado anterior do quadrado. Face mos 9 mesmo a partir dos pontos € ‘As fugas tracades a partir dos pontos a cortam 1s diagonais do quadrado, determinande quatro no- vos pontos, a partir dos quals tracaremos paralelas 30s lados anterior e posterior do quadrado até que cortem as fugas tracadas a partir dos pontos ¢} 2 partir dos pontos de intersecgo destas fugas com {8s disgonais do quadrado tragaremos paralelas até 1 fugas a, que por sua vez determinarso quatro rover pontos da circunferéncla em perspective Com estes operacies conseguimos situar no interior do quadrado que encaixa a circunferéncia dezasseis pontos da mesma, Basta unir os ditos ppontos com ume linha continua para obter 0 que hos propusemes: um circulo com perspective Frontal Expusemos este t8o demorado processo de cons- trugéo, acima de tudo, como método pedagdgico, 6 ‘que na prética quase nunca & preciso determinar tantos pontos, O normal é trabalhar com os pontos que os eixos do quadrado determinam sobre os Jados do mesmo e com os quatro pontos obtidos sobre as diagonals. Para conseguir um tracado perfeito de um, culo em perspectiva & imprescindivel ter praticado bastante e dedicar especial atencio a néo ceir em nenhuma das seguintes falhas: 1, Sendo a cireunferéncia uma linha curva € continua, 8 sua perspective nunca deverd ser dese- rnhada com base em tragos rectos, Vale @ pena ten- tar com © lépis no sentido de conseguir que todos fs pontes da curva mantenham uma absoluta con: tinvidade 2. impossivel obter um cfrcule em perspec- tiva correctamente tragado quando se partiu de um quadrado cujas proporgses no s80 as correctas. Assegurese de que 0 enquadramento do circulo & realmente um quadrado em perspectiva; no um recténgulo, easo em que 2 figura tracada no inte- rior corresponderia melhor a uma forma oval Coma orientagéo prética, convém saber que os pontos de circunferéncia determinados sobre as diagonais do quadrado estéo sitvados aproximada- mente a uma distincia do vértice que é uma terse parte da semidiagonal do quedraco. Esté vencida uma primeira etapa da caminhads ‘que resolvemos empreender. Etapa importante que nos permitiv estudar, ainda que sem aprofundar muito, 0 que é 2 perspectiva frontal ou paralela, sss como as regres praia. que noe conduc Bastaram estas regras simples e directas para ‘que alguns dos grandes mestres da pintura univer- sal pudestem estruturar as obras que so © melhor dda sua genial producto.

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