You are on page 1of 21
4 Gib Hasan ma Hai LUIZANTONIOTEIXEIRA ca bed polis dead pirno rad TANIA SALGADO PIMENTA Pan com Ns eae ia GILBERTO HOCHMAN organizadores } HISTORIA DA SAUDE NO BRASIL HUCITECEDITORA Sto Paulo, 2018 tot, ‘Sumario ‘iin Dat Legale, leita 9 Hisuéria da sade no Brass uma breve histria ‘Grin coining Gilberto Hochman ponarinae ii 776 Luiz Antonio Teixeira 1 ‘Tania Sugado Pinenta Capitulo 27 Nasatideemadocnga: enfermidades, saberesepitias de cura { ‘nas medicinas do Brasil Colonial (séculos XVEXVIID) Jean Laz Neves Abrex Acti pars eine et ben de nee Bs ‘Seifpaacmpnion ag eran aie Nopucin Lor Kay Copii? 67 Deoferadescta: pr a isi da mde eda diaado Bend ere ‘Tins Sapo Ponenen Rive Gomes Koon Kodama SENSI ATE Capon wt 101 ‘Alico médc:do pend ao cepa Med et mp it a ni Fino Coco Eales aceorepaeeammlasome Ce eT ce Ales edi , Capiulo 4 IE 145 Calhd lanopin: itn esto east snide no ‘soa Di 2 Men | Keo eae Sree a Be sesh a. Luiz Otivio Ferreira " EBS) , 182 ns 24 us 356 403 30 465 an Capito s Histria ds evidados coma sade da mulher da rings Ana Pala Vosne Maris Mav Martha de Luna Fixe Capitulo 6 Revolugio pateuriananasnide publica ena pesquisa bioméica brasileiras(1880 1920) ime Larry Benchimol Capiculo7 Epidemias do séculoXX: gripe espanholaeaide ‘Anny Jackline Torres Silveira Dilene Raimundo do Nascimento Capito “iistia da eugenia: contests, temas e prspectvashisto- andere: Scbastto de Sours Robert Wegner Capicalo9 ‘Da pluintria de uns inaiuiges: urn blangohiteciogr (Cesiana Facchinertt ‘Ana Teresa A. Venancio Capitulo 10 Aseria da politica de sade no Brasil (1889-1945}:interpre~ tages etajetsras (Cfistna MO, Fonseca Capitulo 11 Sade ereforma snitiriaentreosutortarismoc a democracia Liniz Antonio Teixeira Carlos Henrique Assngio Pav (0s organizadores os autores Indice onomstico, das instiuishies das obras 66 Abreu Nopeia tury SANCHES Anno Rin, Pht drmeee iid i ira ‘ngh Flip 137 SANTOS Gen Sai Aart demparLtod Ani Regine. Ton Tein. n 9; py &-6pe SANTOSTILIIO\ yan caddie i dod XV ann DK Si Pal: Bete, 1947. SCHWART2 Lila apts dros Cis inte oto ral ri 1170-190 St Pl: Compa cu 190" SOARES Mir Crunesnepr eatin creo copes at ude lode paces cae Ss RO ase eds oy so 2, SOUZA Laur de Malle On Tord Sot Oui ign ‘pains Dali So Pa Compa Lat, “rene Lats Astor Dag dao Cgc, Hiri, Gi Sees Magen at pp 21-4 THLES, Vere Coc de ce Si nr nr pois cade ola pale tac rovorphc mc pra ion Ns. ere raiada Arn dep, 100, LVOVELLE: Mich Ste sate fr Mle mensdads 2 Sto Pa: [WALKER TimotyAcsiion nd ieston of ec lowege within the ‘calmer Riga ced np ls SHEEHAN Kosta. ne ike Spe sd Prune emp 150.180, Sx, Cali Sato Une Prep. 247-7,209 WEINER Dowa & SAUTER Michal} ‘Te cyotPaisun erie onic meine i Chg 1,203 |WISSENHACH, Maa Crt Ave esd snus tains ati nea err cao rans ocr raion. i MEGIANT, Ans Pas ALGRANTI, La Mera. Ops por ie fms dom eats mand So Pa ‘mela ye 539% 200, |WISSENBACH Nar Cini, Comes Feros sinpies deepen sabe cnr no Br Calis FERREIRA, Lab oe Bri Tint Bele ozone Rn den: ion Pn Pc, Tr 2 Tania Salgado Pimenca Flivio Gomes Kaori Kodama Das enfermidades cativ: para uma historia da satide e das doencas do Brasil escravista ce rmtinnse ee camps de eas dae eravidio eda histéria das doengas derivam em boa pute das ‘tansformagoeshistoiogificas, nas titimas déeadas. Ato 0 1960 {alava-te de exmavidioapaecendo representa nama posta socieda- {de homogénes, onde «6 hava espago dicotdmicos para senhores © scravos com palo peivilegiado da case-grand. Tai abordagens zeram emerge comparagbesedcbates sobre os regimes sxiis csi tema de relagoes acai entre Brasil e EUA, com angumentos de Gil berto Frese, Florestan Fernandes, Car Degler, Frank Tannenbaum, Stanley Elkins, Eugene Genovese e outros. Maita desta visdes =~ ‘iam critcadas pels anise sobre rseiamo nos anos 1970, as quis importa entenderasocedade escravista através dose sistema at clade estrurual, com destague para os extudos de Jacob Goreader Cito Plamarion Cardow, Tanto nas abordagensgenerlizantes como ‘as sistémieas, pouco expago havia para o eotdiano, fundamental ‘mente os esis. Essa foi a principal contigo da viragem his toriogrifica dos anos 1980 ¢ 1390, quando o debate raid era ‘ime cedeu ve a0 exrneet eo signifiados das sua experiencia. Tal veagem teveimportincin decsva na ampiago dos n- oques da hstoriogafia temtia, Os escravos deixar de ser desertos apenas como propriedades, bens e semoventes submeti= dos violencia ou 2 paternalismo. Por exemplo, virios estudos analsaciam a familia escravae seus arranjos soi, para am de ex pectatias (enhoriais)estururaisecclieas, Surinam extdosregio- ais sobre os padres de posse dos exravo, demonstrando haves vi- riadas ras, tanto de agrocrportaio como as vltadas par. produgio de alimentos. Assim, o impacto da xcavido alive estaria ation ludo aos divesosartanjos demogrifcos ora com mais adultos, h- ‘mens ¢ aicanos; ora com mais ranges, mulheres ecroulos em era eis de prod, Regimes climiticos soci e demogrificos srisiam espago pura entender, entre outros aspectos, a mortalidade ce docngas em siaasexespeificas. Ertdos sobre otro atlntco eprincpalmente sbreas mar- ons alvcanas que proguziram os escravizados também tveram ie portinca para repensar as migrages de docngas os impactos das ‘pdemias. Seria fundamental entender os contextos das sciedaes Mricanas conectaas a0 tifcoatlintico — dos éculos XV ao XIX especialmente os seus perfisedsose nics. Antes to somente _quanidades de cativos em muitos etudos exclsivamente cliometsi- ‘os, agora milhares emilhares de homens, mulheres eciangasseriam teansformados — anaiicamente — em affcanos com identidades| eens, gas clturasesocietrias, nunca homogéneas ou residuais, ‘Cenirios do cativeio seriam redesenbados. Nao apenas 0= mundos rss da agroexportagiotiveram vez, mas, sobeerudo, outros univeros como reas defroteiras, coma tiizago concomitant da cscravdio indgena,e também cdades passarar a ser enfocados. Os tseudos sobre a esravidio urbana foram fundamentas, sugerindo ahordagens sobre cultura escrava, socabilidades, regimes de trabalho, padres de ocupacio e moradia. "Tiveram igualmentedestaque as abordagens sobre as culturs atlinicas doe aficanos esravizados. Para além de uma dada Attica ‘0 Basil como tradgGes homogéneas © hegemBnicas — campo de «studos que percoreu de Nina Rodrigues, Artur Ramos, Eason Car~ cio, Roger Bastide a Pere Vergere outros — surgi estudos ‘os anos 1980 analsando os caminhos da “invengao"afficana. Re~ Flexées sobre eligiosidades ea perspectiva da “aculeuragao"gana- ‘am outros aportes em torno dot sgailicados das cultuas escravas ‘menos como reminiscéncns de substratoscrstaizados, mas ree ‘ise ressigniicagies na dipora. Ieias de doengas, curs, males € ‘ortes para escavos,€ mais que cles, crouls eaficanos de vias _eragde ganharam rlevo numarplo debate tedrico emetodologico. iver menos um distanciamento ou vieuo entre um cariterafficano ‘de uma dada cultura aqueles cious, supostamentedistancados © iferentes. Plo contro: exstiram sistemas de crengas ea produsto e cultura material relaborados em priicas que provocavann m= angassignificativas nas senzaas, nas casas-prande, nas cidade, na ‘plantation e também nos quilotbos. Nada de mods crstalizados Ade culrras ora brancae negra ora europa eaficana ‘Considerando ess mudancas na historiografin da excravidio brasileira, apresentamos a Ieitor um panorama ds princpais tem ticas desevolvidas elas pesquisasrobreexeravii esate no Bae si destacando pensamento médico, a doenjaspropramente dita ‘com suas clasifeagbesnomenclaturss ea arts de cares tas se entrecuzam, mas aparecem aqui deforma separada apenas para falar» apresentasso ‘Sobre o pensamento médico e a sociedade escravista Embora ercrvdo tenha marcado toda a sociedad brasil até o final do Oitocentos, até pouco tempo virion autores chama- ram a atengo para a eseassez de narrativan que tratascm da sade «scrava, O estudo hoje eisico de Roberto Machado, Angela Lou rio, Rogério Luz e Katia Muricyintroduri 0 conceit de “edi- calizga0" no Brasil e conciv que os médicos pouco se preocpa- ‘am com o univero excrvo esas condigdes de ids, wna vez que & ripria escravidio era vista como obsticulo i fermagio de uma socie~ dade barguesa eda ordem false que se engendrava durant sci ToXIX (Machado etal, 1978,p. 354). Frat da prods strié fica dos anos de 1970 que enftiow as oposigdesecontradipies ene capitalisma e escravismo, tal argumento, defendido pelos autores, cnfitizou que at paras considers nas fontes txts médicas do sul XIX em relaio i escravido eram reflewos de uma sociedad que se preparava para ordem burguesa. Acetou-se, como um dado, ‘mimeroinsgniicane de tess de medicina sobre a excravio, £0 1 Or mfr denopesn ci donb as 2 el A «qe ponteriormente fi pono contestdo plo storadores Asi, {fila de dco médion a epeto da condo exrava finer Pretada como a misc de preocupagto com a ealidade do cavo Pelt comuniae medic, Qanco hava restos sobre o xaos fom aside dor ctvor nor atados de medina, este seria 0 Somes para bem serve so govero dos excrvos, posto ser necesi- Tio aiinistar so racional da mio de beans pont. ‘Now investiga, pom, em busado revista o tema l= trapsando o bac de um supost sini. De forma indie resega don copa ner — esrv0s, iets afcanos — race Inigo do dur academic €eeads os inimetos tras medion do period, que nio ve retingem apenas eset, encontando-se fm quite fodb os lvtesearigos do prion médios, cus ob- ‘ervaybes anatomoclsca era elias lcalmene (Lima 201). ‘Asim como no sl dos Estados Unis, medio ebascavam pri cipalmete na oberagi dos doenesccrvo bets para seus estudos (Sait, [1978] 2002) 'No Bra até meadoe do século XX, a ita da medina considero at pric de cts a terapévtcar aca e ast conte bulges como tas, em contraposgo fs indigenas. Pr exem- plo para Lycrgo Santos Filho, a ates decurar dos fcans seus Ckscendener dear pcs macs ws que osupstos Fie ‘os nggosasiilaram ox conhecimentos medi indigenas e eu ‘ope otadamente oda homeopata —e a stu rinse cura teria se tanafnmado numa meicina poplar mais ou menos dis- seminal. O carter elgiano avs como item desguaifant dos trtametorprociridos por earaos, qu costumavamn sc formes doe, sored, por afcanos, Pes Santos Fo, al medina seria “contamina pel feign, relaconada coma mai condi que sea fio a pti de urs pederem “em ns noes essen, tere parte brenatral de qc esta ad, perdrou entre cox prtcant,dineinando-s pela populass inci" Santos 10,1977, p.138. “Tern sido neces efizer a cua sobre a produio méica scat aos ecravon Sem vids, como slentarm Machado e o0- tro (1978), cscasce de considerate sabe a escravidao as tse ‘acctormiates cava para uma itis dase edaedoeneat 7 médias nto pode ser analsada sem se trem cont 0 proprio discur- so sobre a escravidao dentro da cular letracoitocentista come um todo. E& possive mesmo recuperar tas naratvas, especialmente nas teses de madicina em seus contextos de produsio, petiado dot fico ilegal (1830-1850), posteriormente os anos subsequentes A Lei do Ventre Livre (1871) podem ser coasiderados como momentor- ~chave para obsrvar aatizudes méics diane ds cones de vida os cativose Ubertos. Os diseusos medics signifcaram posiiona- ‘mentos dos membros de seus gnspos scinis diane de contexte ectios, ssumindo contornosvaiados de acordo com movimentos politicos ecom as imagens da escrividocradas pels relagbes entre eeravor ea lites, Nos esrtos médicos — a semethanga de romances © pegas ‘extras, como Vitimas ales (1869) de Joaquim Manel de Macedo © O dennis fanitiar (1857) de Jone de Alencar —a presensaescrvs era associada A eoerupso dos costumes, Tl rica nas tees atigos Jornas médicos tendeu ase tornae mais fequentea partir do fim do teiico € depois no contexto emancipacionist, a pati do final da " ecido sangradoraprovado que logo 0 ensinow a artes de “sangrn, ‘ara, ditar ventosas, saaguesugase trar dentes,conforme 0 ates tado dejunho de 1820, presentado i Fisicatura Tendo isoem vista, Pcango admits oescrvoaexame para sangradore dentist em ages” ‘o,na Corte, durante o qul sponte a perguntas price rede, ‘sind aprovad eapto para ecebera carta. Contudo, em 1824, achat ose "Torte liberts econsidrando “ndecoroso conserva uma Carta Go tempo de esrav0", corre a crurgito-mor para que Ihe passa se uma nova, ao que foi atendido em novembro do mesmo ano Para Isso, Vicente apresentow a carta de iberdade que Ihe foi dada, em 19 Or psc pr cio oi de agro ance se serge ion tpi tac, {unho de 1824, por Anaclet, na qual ete dizi se: "senhor eposi- dor de um Escravo de nome Vicente de Nagio Afticana que 0 com- pro de menor idade em Valong, 20 qual Escravo pelos bons servi- 50s que Ihe tem prestu por uj fim em remuneragao dos mesmos bons servigos disse ooutorgante que por este public Instrumente di to mensionado Excravo Vicente parse izevogavel iberdade gratui- taente poder ie para donde mito bem Ihe pareer sem que pe soa alguma possa obstar[...JViente, sendo dentist sangrador aprovido, passoua ensnar 2 outrosess fii. Em 1827 erele quer passva o stestdo (apenas assinado por ele) de que o também libero Manel José Coelho, vindo de Cabinda(tlves um antigo compa heiro de cativeir, em fins do mesmo sebrenomeadotado), hava “pratcado comigo a arte de sangria e tenho vst praticar com intl éncia a dita are aplicindo ventosas e sanguestugas no espago de ‘mais de oito anos, ou sea, enquanto ainda era esravo. E em 1828, jurva aos ston evangelhos por ser verdade”,quevia bert Afonso Manel Garcia, de magio Congo, “praticar com intligéncia" a arte de sangria, apicar ventoras esanguessugas (Piment, 1997 « 1998), Embora a Fsiaturt-mortenha sido extnts em 1828, alguns registos da Cimars Municipal nos fonecem pists sobre a cont ‘nidade do trabalho de Vicente. Em 1834, ele constava na relagio de ‘quatro sangradoresofcalzadosapresentada pelos fais municipais. Em 1841, 2 Camara pediu aos seus fsais¢ ans juizes de pax que levaneastem “moradia",“nomes”e“profissbes” dos sangeadores em seus respective ditritos on fegucis. Form idenicados cinco entre ‘os quai continuava igurando Vicente José Coelho. Quatro anc de- pis, Vicente aparece nas alhas que anunciavam bubeirs do Almarak “Laemmertindicando o seu endereo: largo da Prainka, n.°7. Traba- Ihando como seu vzinho, no n24, Alexandre Joe Coelho, co s0- brenome sugere alguma Figasio com Vieete, também constava no Almanak.® “Apesar de os documentos da Fisicatura no epesificarem como seriam as atvidades de um sangrador, relatos da Epoca, como os de ‘Walsh e Debret — este kim autor de bem conhecidas gravuras — também apontam negros © malatos como x maior paste dos san- sgadores(Karaseh, 2000, p, 279), Segundo Debret (1940, p. 151) a8 Iojas norealmentepertenciam a neroslibertos que empregavamn es «ravos,nstrindo-os como aprendizes (Cunha, 1985, p. 32).O re- verendo Whlsh, que esteve no Brasil entre 1928 1829, reitra essa lervago sobre os sangradores. le ofereceu uma rara descrigio: Paras dore eumiticas eles usa de mancir singular as ven~ tora, que geralmentesio apliadas por um negro. Um dia, a0 ‘pasa pela rua detis do Paci, vi um medico negro aplican- ‘do exe tratimenta em algun pacientes sentacos na escadaia se uma grea, Eleamarra brago eo ombro de uma mulher ‘que paeca sentir dares terriveis, e fizendo pequenas exar- ficagdes em visi pontos com um pedago de Himina de navs- ha, comesou a baterlevemente nesses locas com a parte pla- na da Limina até que © singue surgsse, Em seguida colocou pequenas ventosasfitas de chfres sobre clas eapicando sua ‘boca ima abermua situada na extremidade, habilmenteex- ‘raiu oar de seuinterorefechou aabertura com agi, deixan~ o-afememente prea & pele. Fzendo a mesma coir, ele f- sou mais sete ventorasdo cotovelo ao ombro, onde elas inkarn uma aparéncia muito estranha. Quando foram removidas, 0 brago esta coberto de sngue ea mulher disse que setia rn grande avi (Walsh, 1985, pp. 177-8). A pritica de sangar Faia parte de concepydes terapéuicas de vias trades cultura Segundo Karsch 2000, pp. 264-5), técnica de sangrar com ventosas, poe se identificada entre os bacongs, no ‘este do contnente africana, Tamim podia set observa entre a> igumas comunidades indigenas, que utilizavam rotineiramente a ‘scarficagao ea sangria (Santos Filho, 1977,p. 107). Para a medicna ‘europea como i eferzos a sangria consti um recs terapatico fundamental, baseada na concepyao hipocrtia e glénica de est ‘uae fancionamento do corpo humano (Lesibre sl, pp. 289-98). A questioera que excavtos foros ao desempentarem a fangdo «de sangredores, a compreendiam dentro de outa concepsio de doen ‘cura em que no havia esa separa de tres ede entendimento ‘entee doengas internase externas. Dessa forma, muitas ezes, esses sangradores ao se atinham a somente sangrar esr, conforme es- fabelecia a Fsiaturi-moe diagnostcavam e prescrviam remo. [Alem disso, ocoria que sangear era apenas uma das habilidades de quem costumava dediar-e a ea tela, Conforme notaram os via janes estrangeiros, gealmente os sangradores além de alia san _puesugase stngray, ram barbers e cortaram cabel barbs. Tam heim eram miscor,preparavam e vendiam caso de tarearuga park fazer peate e remendavam meias de seda (Walsh, 1985, p. 200; bank, 1973, p. 189). Se ao daa dia os barbeios-sangradores po- diam ser ficients encontrados nas tase nas pragas das principas| ‘idades, sua presensa também era constant ao hospital mais impor tante da Corte E mesmo dentro de um ambiente que comesava ase meiali- sar nas primera déeadas do séeulo XIX, haa spay pare que exerce te mais do que aarte de sangrareapicar sanguessigas. Em 1815, por ‘exemplo, 0 preo foro Adio dos Santos Chagas diigia-se Fscatr “mor pata pedi licens para sagas, rar dents e fazer as cura que souber", Como parte de sua angumentagio cm dele de sua compe: ‘éacia, Ada dizia que havia ido ‘rica [por] algum tempo no hos pital da Santa Casa e [que inka] conhecimento das wiriaservas me~ Aicinais que entre ads hd com abundincia’, © que aponta para 2 aceitasao de priticas populares de cura no hospital (Piment, 2003). "esiodos de epidemia também consinuem um bor contexto para a ani de trapeuticaeterapewta. Estudos que abordam, em special, as primeiras grandes epdemias do século XIX —febre ama- rela, 1849-50 eclera de 1855-56 — que grassaram em vis regides ‘do Brasil mn apontado para a awasodeterapeutas popes, mits avicanos e deicendentes de affcanos, que eram a escolha de boa parte da populas,fose em Recife, Salvador, Part ou na Coste pars te lirarem do fagclo que os aingia (Beli, 2004 David, 1996; Diniz, 2008; Paris, 2012; Chalhoub, 1996; Pimenta, 2003), Um es ‘avo conhecido como Pai Manuel ganhou prestigio entre os mori- Adres de Recife ereconbecimento do govern provincial que 0 auto- epw a atender viimas de eéler no Hospital da Marina de Recife, liane da insatisagzo popular sustentad por boatos de que o cura eio sera preso para disar or médios matt a gente “econ, que era a ais atingia pla epidemia (Diniz, 2003, pp. 355-6)-Talsita~ ‘40 gerou problemas commas autordades mécicas locas e nacionas, «que pressonaram para qu a Lei de 1851 fone curprida, oj, que ‘© exericio da medicina fone exclasivo dos médlcos formados en ficuldades. Tas investigagoes confirmam, em diferentes conteato, as escolhas prprias de ecravs seus descendentes sobre por quem {ccomo preferiam ser tatados ‘Alm dos curandeirs, os sangradores também foram avo dt desqualifiasio e desautorizagio de suas prities. A medida que a conporagio médica se organizava ao longo da primeira metade do século, a sangria foi sendo consierada operas decade complex demais para escrwose foros. Iso, no entant, nio sconteceu de uma hora para outa ‘Apesar do empenho da elite médica para restrtura a hiera~ «ia das atvidades terapeuicase de suas reclamagaes por exssa do io cumprimento da legslagto, as autordades eo mercado da rts de curaridavam com est muttangas com bastante feibilidade. A tolernciaatuago legal dos sangradores rt uma fotma de coneiiae 2 importiaca da sangria com a exclusto dor sangeadores. A tansfe- ‘énca da tarefi de sangar para pessoas que estavam se inserindo no Ambito da medicinaacadémica, mas ainda ocupavam posigdesinfe- riores, como os estudanes da Faculdade de Medicina, era out, E do pont de vista de escravoseforrosoofcio de sngradorcontnuava a fer preebido por muitos como interesante opi em sua lta cot diana para sobrevivere melhorar as suas condighes de vida Se nas cidade ngrar — a partir da aruagao de sangradores e ‘barbeiros —saberos como as pritcas terapeuicase ates de curr se desevolviam, entre escravos,africanos aleangando varios outros ‘setores da populgto pobe, para as reas uri interior dae senalas sabemos muito pouco sobre o papel dos curandeiose partcitss cat etesminadas comunidades. Em periodo de temores de insunciges surgiam — entre demincas¢investigagdes — rumoces sobre piti- cas de cura ereligiosdade nas senzalas. Em fins de 1858, chegaram noticias do municipio de Sto Jozo do Principe no Vale do Psrsiba ‘luminense dando conta de haver um plano de revolta de uma "ex tensa astociago” « qual extra “ramifcada pela quasetoalidade da escavatura deste dos vzinhos municipios”. Dizia-se qu, “udindo ‘mais atv vgilancs, os eseravos das fazed fazer reunidesnotur~ hse intial mess em lagaresocultos, x procedema grossirs| « mistriosas pris, em que aprendem o uso de cera eras vene nosis, onde reer de seus chefs, os alcunhadosfeitieros, reli _qulas de vias especies, que no entender sto talismas contra 0 se~ hore”. Um ano antes, excrvos das fazendas do comendador Brees ‘ram acusados de realizarencontros notuos ocultos cm finssini tro, Em carta enviada ao presidente da provincia uminens, asim restaltava ofazendcizo comendador Breve a rexpeto dense fos: [1] €verdade que hi seis meses a esta parte tem-se notalo ‘io x6 nas minhas fiendas, como em outras muita, eunides de escravos que, se reinem de noite em grupos ocultos que tizem see para aseentaem em sociedade que lhe dé o ttulo de D, Miguel e cada iniiado & queimado bebe plvor e otras misuras, tanto assim, que, as busca que tenho mandado dar chou grande quantidade de pivora nas senzalas em que se ‘cham rints equate las de libra de plvora, estas baboseras spesir de castgos ainda consinuam, porém Sem que se posst ‘dt infrictalindiio de sedigdo mesmo porque esto neste ‘manejo petose até cianga,o que acredita so certs negros Cprtahes que inventaram isso para receberem dinizo dos ‘mais tolos como tenho verifcado, paga um tanto cada ini- ‘lad a favor dos mestres da sia [= J" Consideragses finals ‘© campo de estudos tratando de coneses entre doengaseesea- ido tem formagio reente. Nos Estados Unidosa temiicajiEaborda~ dda — na histriogafa sobre escavido e pos-emancipario — hi pelo menos quatro décadas, o passo que no Brasil um interes mais 21 Arqiva AN. as HOF eee de sn, cra dca ono Sa res ane sitemitico somente surg nos itinos anos, Ainda ase vis im poreantesestudos fram pioneios, destacadameate Kaasch (1987 em inglés) e Porto (1988). Nao se quer conelut,contado, que tai di Ferencas seam resultados de atrisos académcos do cao brain, mas indicam certamente caminhos historogrificos distntos. Tse tematicastln-seentrecrzado a partir tanto da viagem da istoriogra~ fia da eseavdio como dis novas abordagens exploradas pcos histo- adores da sade. A ampliasdo das investigagies sobre as concep Sse pritias acerca de doengas esatde dos eserves gerou tanto ‘uma nova tendéncia — diferente dos estudos cisions que aborda- ram aescravidto na medicina eepresentaam a pespestivas vigen~ tes até boa parte do séelo XX — como um campo novo de estdos ‘com agua em sherto DDestacamos aqui as abordagens sobre o pensimento médica nos séculos XVII e XIX e como as suas arguentagoes considers ‘am a excrvidto os escavo. Silencio, varios eevbcages podem suger um camino aproximado de experimentagies terspetiess © cireulagao de saberes nama sociedade profundamente macada pela cscravidio essencialmente africana.” A construgio de bancor de dados — restos de dbitos,inventirios e permissdeseloclizasto Ae lous de barbeiros — podem suger ox erunsbordamentos de vises sole doen, doente, impactos demogritiosedifereniagoes cima ‘ica fundamentais para 0 entendimento da soiedade. A dimensio afPicana dessasconexdes & ainda questio powco excads, conse rando a pitas teapéuticas unto ao esravos no exlusvamente de controle senhorale mesmo do poder pablico nas cis, Surgem possbilidades de investiga, caminhos que tem sido tsilhados e outos a construir que nos podem ajudar a conbecer mais 1s condigoes de existéncia ecompreender melhor as experiencias de afvicanos transmigrados © seus descendentes Sugestes de letra (CHALHOUS Story. Cidade toe pone Cainer So Pa le: Compania dar Lea, 936 DPIMENTA, nis Barbi sangre cui og Bel 190828) Hiss: "i Ca, ae Maun Ven 2p. 49-72, 198 PORTO, Angel Oss de ide scr Br do slo XIN: dens, Tapes «pia tepttcms icra Cc Sede Manu Risdon 206 REIS Jan mer mate fine repped ‘ADE Sie Palo Companhia das Le 98 SAMPAIO, Gaba Narre decir a ere meine Rie deems “npr Campin ain a ap, 208, ALENCAR Je. doit Sao Pas: Marin Cat [Cal be Pama Se Cae Aor [1887] 25, ALENCASTRO, Luis Fupede Crate deel: Afraid Brine Ate ‘ona Sue Pa Companiad Let, 2000 [ANDRADE, GitertoO. Me Rouen tie de primi rom ‘arma ore mons Bro. Rese Aaqiv Pbo Esa Creve de Hira du Mica, 153 ANTUNES oot Leopoldo Parte Maina cma emt i com ‘prinnto ma Brl (8701990) Su aa Er Unsp, 93 Aro ae Cie Ride orig Cain 1-23, 2-4, 2A, S16 ‘ASSI5 Marlo Feria, Tani, imp minions morales "Red ni1790 S430 Reni: POETS 10,202 BARBOSA, Kai \(O. COMES, Fs die Sutn Dregne coro scan prpectas hcg, Cer Lea (EAPA pen), Sol hp. 28789, 208 BARRADAS, Jug dare de sng decries cb, iso: Lio Hite. IELTRAO, Je, Croll Bl drt ir Hl Goel Ero tors Uninsiton Ua 208 [BUSFIELD, oun Nd In SCOTT, oh, Sisi conte che Rio ei Zaha 2006 CCALATNHO, Dans fie Jambauere angus ngrnes Pal fla Sl 35-6 pp 4-762 (CARULA;Karlin, erga aa deltealeamento man cca str tio em AM de Far: Hiri Cima See Magno. 9, ‘vp. 97-214, 2012 (CHALOUT, Sn Cadre pie na Corneil So Pa Ios Comp i Lar 1996 (COOPER, Dem raison ight git pie inne, 849-1917, ‘pra empbasion yellow fete. lle Nw Yr aeny ef Moan, NNovYors ol Sion yp. 672 96,1975 (COSTA, Dima A Carl Masai ais desi Bras 1804. 185) Rand ani: Et Fc 208 Datenfermiaes cava parsumaietiriadusaideeeaedaengae 97 [CUNHA, Manoa Cer rngins—av crc fir ese fi. ‘Si aah Brie 18 DAVID, Oni © nimi in pide Rais minke XX Slr: ‘Edt Sanh Ley 998 DEBRET, Je Bap Vem iron hi Bri to Pa: Livia Marin 900, DDINIZ, Asma As aes cro tempo die, Rac, 186 Is CHA 1OUD ta eof dear av rai Campi Et iar, 2. DUARTE Jo Rodrigue Lia asi tabsesati ns Br Te spe ‘zara Farndale Jaci, Racin, 1, EDLER, Favs Col 4 mains no Dope chaps digi ‘pa i dea Ela Pere 20 ELTIS, Dio Facto nmertay inthe tal eu wasnt area Sa ester yn pp. 315, 1, ELTIS, Dri Monae veage hi dm poe newer be Nicwouh Conny. jer Bona fp. 91. i96 FEWBANK Thorns 4 in Brin ari ema i pat deed ‘fei: Rn dai Coen ARIAS FneG Ps Manel ocurmin stanac4 mean eae stl Hsia Cy Se Maina no pp 25 31,2012 PERREIA, Lis Gomes Bani [1735] 6 FURTADO Jia ge Belo ‘azn Pano fn PR nein Fula One, zon FERREIRA, Laz Otvia Jot Franco Xa Sig prong ec, a carer Hi Cig Se - Manito fea ilspp. 25-6 1998 ISSNOIOK S97, c/a 0 1590008" S7oistooicon> FIGUEIREDO, Bei Goshen. ar co drgie, mi viri¢ ‘rmdir oss XK Mia Gis Ri de Jr, de ey, FFRETTAS, Oca de Daca finan rs Sh Po Nacional, 135 (GOMES, Fs dS Hiro muon dee lor Riders ae XIX Sh Py: Compan de Ley 208 ‘GROSS Ramon FO ner dco capac Min Cera 10-108, ‘Revi dr aaa ot Se 99-9- 98.208 cp ‘og 159/Sta5-47s0RO00SOD IMBERT, Jes Bape Alban. Mona defend tae doi abe fre de nes porn sta net 2c Rid ni Tgras Naor, 19. JOBING, Jou Marion de Cra ai gu fio ac pb doi de ‘dem Rehan Toppa nee Ba ARASCHT, Mary tie ctr m Re fon HOR1850 Sk Pa ‘Compa Lay 300, IDLE Ken hain cde Abii Co Cambie ies pene ODANIC Ka nds efi dm pio © Phin 186 tus}cr ema foster cx ove Bae nr Sp a 9 KODAMA Kas IMENTA Tn BASTOS Fain BELLIDO, ims Mora cre ce cao Rn ence {Scapa Mr te Sa" Nog, a dangly KOATSOURO Sin © Mh meni dc de dno em inn Corn sine“ Br mgs ted as HK Tipo fa" rn Sep 5,20. ecto Are Suc pal ie LECOFF fgg bw ie ee nate LaMA St Co dere tj trond pic mir Ri i318), Deeae Rebelo Conds ecw MACEDO Jo Manu naar pd dow Fe Abe: ei Dk 0510) MACHADO Rabe OUREIRO Ang LUZ, Rogen & MURICY Kain ‘nse Mesa te Bt Rd ce Gale ancl te Pode snr dns Ses eee vt tn tts 1 So Pe Conar t MENDES Li Avo de Oi Mcp dex if de eto ers Brat gir Rep 177 iia MILLER ph Mayne Alea tia ec oncemiy aot yl ya, Moni ae APATAME Claas ro atten crn tacoma, I 8. app 1.009 NOGUEIRA, A Lins Bale esc mde dg ain Gosh Dw ‘Siecle Sf an ws Ca BCOqeii Coe 203 oi smb Ran i em sna Pepsi Pa nt con 18 tel ye Bap ree calor set S10 7 2000 Sortie. ate PEREIRA i lar Mer Se fr smi tern fn Ri esis Ro hr Son PIMENTA Tania Sug drs ar — am dea pied dots Fi ‘ts reac de sa XIN, Carn Eo da sc, tr PIMENTA Tira Barros sagas ecurnicin no Brsi 1808-25) He i Cie See” Margin vl V2. 30-72 18 PIMENTA Tiss Ovando des t Ri oe 1498-1855) Dow ‘oral. Campi Ina de Float Cine Homans ried Eade Cui, 203 PORTO, Anglo. Dear: sin dese tian epi Ride ania Er Pc 2007 CD-ROMGL PORTO, nl A sites mac ancros mn Rio de aso wm Ineopii, Pap el Rn dean Pann Cade Ra Ba, 27,188 PORTO, Ang 0 tems sid osc mo Bra ocala XIN done Instimges praia epics, oy, Cc, aad - Mio Roden yl 13m 200 REIS, Joo fs, Dumige Sab tm dt apices erdaeom- ond abet aes IX Sao Pao Compan dost, 208 REIS, Jn mart maf rife rtp ra ade "XIX Sio Pal Comp da Lay 198 [ELS Joo fn GOMES, Fins S¢CARVALHO, Maron, Oni Rafi ron cere bed nnti ne122- 183). So Ps Compe hs dar xn, 2030 RIBEIRO, Maio te pi Pale tr Hu 197, RODRIGUES, Cts Lar br mor a ciate Ri Ji ‘Seta Manipal de Clr, Deptt Ger de Decne e Informa Call Di de Es, 1997 RODRIGUES, Cla. Na fonts do ai» rips dr mart Rie Jina YI eX, de it: Aru Nacional, 208 RODRIGUES, ume De Cosa Garon rier le indir 17501850) Ss Pas Compan da Lat, 208 SSAJUNIOR, Mito Tee de lager eet: Catan pia men ¢ (Pattee Mat Gro cnt Del, Ais Ft dee fee Let, Ue, 2008 SAMPAIO, Gabriel dr Re ja Ra mp don Corin Rin de Jc: Argo Nona 209, SAMPAIO, ait Narn dcr deta man Ried fanie “npr Sin ae Era a nica 208 SANTOS FILHO, Lean. Horgan ire. Si Pras tra He Ea 97. SAVITT, To Re @ melon nent ondou stb at Aric Ke The Ken Stat Unt Pry 2007 SAVITT, To Ln and ser: he cas ad ata of cs i he selon Vigne Chg Unies is re 302 semis Bridie XVU. Si SIGAUD,J-F-X. Destine ds at de Bra on tation Ri dei: Es Pera 20 SILVA, engi Jot da scone be a fon doy gr Rio Se nc Typopati de Arguvo Mac Brae 17 SILVA, Maa Bone Naas utdona ne Bona cs de D Maria "jie Vis: stamp, 18, SLENES Rober W. Acoma doum Ai fica nmcene go bea sagen leg dann Morin Ragen Rect ie dee rinse 2 FCM, 371536, 195.96 SLENES tert -Mahngy, gue” Ass coberse debe Bal Rote USP OUI, SLENES Ren W. Ne onaluma flr arapranc aprender femacode nse: Rin dean: Nova Frnt, 198 ‘SOUSA, Jone Pde, Anos rapa dum into reir de ioe da ‘tua Mina do Ridin, Cdr oe UFR, Ride a Xp 3-8, 200, SOUSA Jong Pate 8 MARIOSA Role Mas Netra dunt “Gio d cnernin Mane! Aoi Eres 1850-18. Caras ‘cals (UFR) Ri de anc ol XI" 2p. 571-5, 205. "TAUNAY, Carles Ang Maa do pe tire 28 ot in Se cies “Typgrghis perl Conan de Vile Comp, 1% ‘TEUSCHER Reel. gums aber lea zai anti ds om fone de af pected Tact de Miia do de Si 13, “THOMPSON, Rober Faris Faber aree fea hina cafe amerant Sho Per Msc Ao Bro 2011 “TORRES, oso Aston Ago ndreodareaiment rue = rte comese deve erm babs ¢ br animal Rio de ani Ty Brace, 185, WALSH, Rr Neti do Bri /828-1827 Blo Horie ii 185 |WISSENBACH, Murs isin Cres Cir do Ai scones nec rpéne oct do fice exer eas XVI XIX) nto NVI Ems Regonl de Miia” Ogre Hi ‘Anji SP Unica, Campin, 6 10de0. 2008,CD-ROM, WITTER Nien, Dovid dura ec da Rede apes ‘Seda nurse enero (Rs Grane dose XO. Han yn pp 14252006, XAVIER, Ren lain niece al XIX mee Tite Porto ‘Alege: Er da UFR, 208, ZOLA. Ing K Masini il eta. Th Sal Revs, ‘ol app 7 504907 1972 3 Flavio Coelho Edler Fernando Anténio Pires-Alves A educagio médica: do aprendiz ao especialista Introdusio educagio médica, vist em su sentido mas ago, nc qal- jer meio pelo qual usa pesoa absorve ox confecmentos © Sahidades qu Um determinado grupo reonhece como necesiios ara prepara alguém pars cider de wm doente o evar o aoe Simeno, Sao exemplos dessa diveidade de proceso de casino € arendiage as partis teinads por ours, expeimestads ta ted pate fisco,fomado ma Univeniade de Coit no séclo XVII, vrado nos textos ancigos de Hipdcatese Galen; or cr {ic botcse, do perodo clonal, que mantnham por longo tempo uma relago mestr-aprendtpcs dow ofcios mecinicos © herbi andar, autodata econstltor de io artes de me- icin popular 0 urologist com graduate resienca mei, qu assim como o especial cm sae publica seu curios de peg hag prtcipa de congreson econo © treinamento ar artes de cara tem sempre requerid doi tipos de conesimento: um corpo tric, pelo qual se conceit a doenga e um conjanto de habildaes que permite so curador deerminar a doena epetfia de seu pacente e decide sob 0 tratmentaadequado.Fpesisosecohecer que a toa e patca sempe esta intel, poo ensino de wna dt part cular sabre procesosExogios ou putogios wi condionar ‘modo como um patcante imagina intervie visando& cars api «ago de um detrinado mediamento ou «escola de um pre

You might also like