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Cog dein ‘Sr eri Otero Unie Fer do Ri scores) see es sa Fe Ri onde ie ibe - Une de ishon Dat abn el Bb) orl ge car~Unhore re s CaF) [eta MtSure Coren onic Unnerside as do Ro dase (°UC Ri) {itn ae ean" Unie Esl eo Pal One| visi Peed Sa Unvenafe deal Prat UPOR) ar ede tren Unto re est atin USC) abr Gry Cara - Ure Ena a Palo (Une ‘irae - Une Fora oie dl(UFRES) Dados trode Caton ma Publi (CP) Cima dora St eo ‘Un ee hr dng Herons | Mourn Magan Cabra = epee RI See, 2018 (Cage Sinica) agri Lng engin 2 Lingus 1 Cameos Mop Ines par tego sn HERONIDES MOURA MORGANA CAMBRUSSI Uma breve histéria da linguistica y EDITORA VozES com has em um sis imbico que eses animism verdad, nd con Dreendem, Muits de suas ges reagoes exo relacionadas a instnto rad de sobrevivincia ea adaptages a0 mio em que vier, como rs «a domestcago desu esc, Portanto, um co de rua no sabe o que niticam o snas de trinsto, ainda que sempre aproveit para ceuza 3 plas quando ests dante de uma fixa de pedestees. le também ao sendo performitico ow manipulador ao mancar pata araveser ra, certamente demonsta possuir uma memera de volncia urbana prota nizada pelos condutares de viculos, Alem disso afétados pela linguagem de que somos dotados teadem interpretar de mou equivocado sinas que apenas refer um com 'meno que o animal percebeu ser agradivel as humanos, pois desenc reagies positivase afetuosas, mas ese comportamtento nio significa na lm deacitago par cl. Fquivocos como esse do origem a uma ste ‘ideos que rodam a internet, de gatos que mam “izend” sm ou nd Fesposta a pergunta rotinizadas por seus donose de cies que ate lnvras" de ordem, como out, out out (pata fra). Paafrascanda o ve «do poeta Manoel de Barros, disso tudo, podemos considerar que x 108 'entia, resto €, certamente,prodito da nossa imaginagio, q O significado visto como um elemento externo a linguagem: Saussure e Chomsky ‘A linguagem humans € basicamente a lgagio entre some significado, vente inal e significado, no caso das Kings de sina Portanto,em tes, ‘ua teri ingustia deveria da conta de como se di esa ligaglo entre o som proud (ow a configura do sistema de sina) 0 sentido ate ldo a est som on sna CCriosamente, alguns dos linguistas mais importantes do século XX qustionam se € de Fito a tora Hingustica que deve dar conta do estado sd significado, Para eses autores, em especial Saussure ¢ Chomsky, sig- nica € um elemento extrlinguitio, feando de fra, dsse modo, do capa da linguistic, ssa uma posi surpreendents visto que, primeita vista, nada € ‘mais evident do que a transmisstodesgnticados por meio da inguagem, este capitulo, vamos estudae a psig desses autores, para entender me- Ihr que eles defendem. Em primeio gat € preciso restringir o que Saussure e Chomsky en- tenem por significado, Para cles, significado é a idetificagao de um re ‘oxen no mundo ou sea, 8 possblidade ue uma palavra ou nuncio linguistico nos dé de rferir a coisas no mundo. Palaveas como sof ou sar denotam coisas externas a linguagem (de- notar € 0 mesmo que refrie). Fica mais fel entender porque a denota- ‘ho (ou referent) de uma palavra¢ externa As Knguas se pensarmos que tanto faz usar portugués ings, fancts, ou qualquer ote lingua, ainda assim a denotagso da palavra correlts, independente da lingu permanece a mesma (Ou sea as palavras sl (portugues), so inglés, sole francés) dena tam todas a mesma cosa oasteo que iumina terra, Send assim i pendente da lingua utilizada, a coisa eferida permanece a mesma. Port to,se 0 referentendo vara de acordo coma ling utiizada isso quer di que ele ¢ exterior a esa lingua ‘Tanto Saussure quanto Chomsky concluem desse fto que o referent no pode ser objeto de estudo da linguistic, pois oreferene se situa a Linguagem. Ba linguistica, para esses autores, deve cxplicar como ai _uagem funcionaye no como as coisas externas inguagem sto defini Esse €0 ponto central do argumento de Saussure e de Chom Al fuitca deve focaraquilo que tem uma natureza esrtamente linguist ‘deixando para outasciéncias a defnigo dauilo que fea de fora do mento propriamente linguistic [sses autores mio excluem totalmente o significado de sas toot ‘como veremos a seguit les excluem o significado visto como o element qu permite acesso a0 referent. Para eles, oacess0 a referente et «aa.um objeto detrminado; é ess presungo que ds combatemos[)" (SAUSSURE, 2012 p70 ‘Em suma, Saussure se insurge contra a ideia de que a identiiagto do referentedefinao significado de uma pave. O referent seria, segundo cle lgo extern inguagem,a ser estado por outrassiecias,¢ no pela linguistics sss dias de Saussure, embora «principio paresam poucointitvas, ‘iver grande influéncia no estruturalismo. Por exemplo,a posto de que «etd dos referents no abe lngistiae sim a ovtrascincasreper- cute na tora estruuraist de Bloomfield (1887-1948), Ese autor afima aque" [1] @conhecimento do mundo no qual vivmos € to imperito que 0s raramente podemos faze afrmagdesacuradas sobre o sentido de nunciado” (BLOOMFIELD, 1984 [193], p. 74, tradugo nossa). Ou ej, ‘sentido de um enunciado€ algo externoalinguager, pois coreesponde cstrutura das coisas do mundo, sobre esas cosas temos ainda poco co ecmento cient, Mas ss na impede qu efi inci inguin poisstafoca em elementos que so internos inguager, eno exteros. Noomieldnio cia Saussure no lv Language de 1933, mass sabe que tle ez uma resenha eloyiosa do Cars de Linguistica Geral (BENVENISTE, 1991 [1966], p. 46). (auio 16 Leonard ‘Quadro 17 Erte Deum modo getal hi uma descontinuidade teria entre os trabalos “Saussure ¢ Chomsky (asco em 1928). Quanto aos componente di matics, por exemplo, Saussure focou su atengso na fonologia ena m ogi, ao pass que ofoco de Chomsky sempre fa sintaxe—e sin «om os componentes morfolgico, onoldgicoe, sua manera semnt "No entanto,a posgaodesses autores €incrivelmente similar no que ti ‘820 significado, ou sea, semantic, Se definiemos semntica como 0 tudo dos mecanismos linguistics pelos quai se chega a ferent en ‘tanto Saussure quanto Chomsky tim wma posi equivalene sabre co lidar com semantics, ‘Como vinos, Sausture dfendeu que a semantics como extudo da laglo entre signo e referent, algo externo ao sistema linguistic, mente porque a significagao de um referente¢algo que foge intra 20 ambito da linguagem. A naturera do referent 6 pode ser defini itncias espectca, eno pela inguager, Da mesma forma, Chomsky, em live recente, publicado em 2016, ima que “LJ 0s concritos da Hinguager humana nfo indica end ‘do mundo extamental Nao hi, aparentemente,nenhuma nogio de ‘acia o‘denotago! para a finguagem humana” (CHOMSKY, 2016, tradugso nos). ‘Vamos analisar em deals essa ctagoe ver como ela pode ser com: parads 40 pensamento de Saussure, Em primeiro lugar, percebe-se 4 ‘Chomsky fala de concitos, que so entidades puramente mentas, sem correspondentes no mundo externa. Coneetos sio como os sigifcados 4o signo saussureane: entidadespsiquicas,B também como em Saussure, 08 concitos, na percepgio de Chomsky, nao esio corelacionados com ‘entidades do mundo extramental, sea, do mundo exterior a ment. Saussure afirmou que um signo liga um signiicante eum significado, «no uma palavra ¢ uma coisa (SAUSSURE, 2006 [1916], . 80). Da mes- ‘na forma, Chomsky afirma que um conceit lingustico nao se liga a uma «isa do. mundo externo, Se asm foe inguager teria uma extensio fora da mente, mas, para Chomsky, linguagem algo puramente interno 3 nossa mente Para Chomsky, o conceto de referncia€ um valor impor- ante na citncia¢ nos modelos formas, mas ona linguagem: nici occ dererénc eb ium ie nama pre i tnt nen fin et ito om pr one ers ul ea pica men pra sie rane oreo deep tin ese ‘quel preempt nee ime aga nse ena cot nt are cars um co fan infinite et da See rh ea II, Fm consequénci, da mesma forma que Saussure considerava que are- leréncia no pode ser incorporada a0 sistema linguistco, Chomsky en- lene que a natureza mental da linguagem exclu a referEncia, Nao se tra- ‘ode uma teorainuitia, pos parece evidente que alinguagem serve para \wansmii significados e denotar estados de coisas. Mas Saussure também. no segue o senso comum neste ponto, ‘Chomsky (2016) admite que haja “ato de referéncia’, mas eses tos ‘strapolam a capac linguistica propriamente dis, envolvendo as- Pos sods e pragmaticos. De ft, a capacidae da Finguagem, segundo ‘Chomsky, se ree sntae, com a adjungao da pragmtica(modos de so da linguager). Mas nao ha espago para a semintca nea visio Tinguagem (CHOMSKY, 2016, p48). Em outa palavras, hi um conju de principios simtticos que compo onleo duro da linguagem, ee Principis produzem fases que exprimem concetos. Agora forma esses conceitos vio se ligara coisas no mundo é uma questi gue ext pola o campo dalinguagem propriamente dita ‘Osatos de referénca, nto, aos modas pelos quis os alates con tam os concetos linguistcos com a relidade das coisas do mundo. tos de referencia so essencalmentepragmticos Vejamos dois exemplos de atos de referencia, ctados por Chom (2016). Um exemplo clissico ¢ 0 mvio de Teseu. Suponha que Test "um navio para longasnavegagBes eaventures, Ao longa dos anos, q todos os components originais do navi foram substiuidss bus velas te. Naa rest da navio original, mas ainda assim se usa a expres ravi de Teseu.O que esa expresto denota? Nao pode ser wm objet fs ‘emificsvel no mando, pois ss objeto fsco madou totalmente defor ‘ede comporigto. [Na argumentasdo de Chomsky (2016, p80), uma expresso como o io de ese express um conceit, ou seja uma etidade mental endo realdade no mundo. © objeto real que seri chamado de o novia de Ti

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