You are on page 1of 17
AGOSTINHO OLAVO, ALEM DO RIO (MEDEA) PEGA EM DOIS ATOS PERSONAGENS Lavadeisa HI Lavadetew endedor de fut endedor de psn Yeutlor de (cme 2s amorndan (2 eecratas aangirna) Siohizinba: oa FHM) runes ae ates Sasi, Tescravas negro ce CENARIO (ma ithe formada wo eatorta ae mn vn, Ao fant,” stem das asus, ata eirgen. Em prineiro pi, Dater a toupas Na ihn, & csqwerta, a cen de Lorre fermetha de litem c,@ Wireta, ene pontestna de pet rida, tiganto « tha 2 margcne do primeira lena ‘oso, pois rola @ cena eatd eeulle por longa e roupa Tonge. 'aa purest, ehege. eo serdina, 0 batide vimate fe aiadaguen, tantte sarhibes engooda lactone Acko [No Beall colonia, ao alkene quartel dp séeulo XVIE 200 Agostino Otav0 PRIMEIRO ATO (As Invades entram earreganto troneas de rou {twat TTAVADEMRA — Pronta, 34 cheganos TW EAVADETRA — & aqut? Vostle® teat ctera? TTAVADETIEA — 6 criatuea! TEEAVADETRA — fas por que nimn volta tio grande? Por ti THI LAVADEIRA — 14 @ sig & mals tundo, TIAVADEAtA — io v6 a roupa estenllda? B inguin pote atrovent TIE TAVADENA (crocaine) — $0 Teor do Bastito? 1 EAVADEIA — Viamict 1 26 ensices que ou acabo de chess? TEAVADEIEA (couttannuto @ fruae da 1H) — Eo Coitados! um da quisernin atraveaa pela po, Faito eobertus dT esctregaim com nd ITT LAVADEIRA — Cateam na carteatean. Sto toe mis st TEAVADEIRA — i ingar matassomieada MELAVADERRS — Pre ww, ela fee mmcmta, THAVADETRA — atta gente die que sin, TW LAYADEIMA — Mas quem 6 que esti tocando? No arta, ‘ve contarany que ela vive sisinha © so fala eat nee TIAVADEIRA — Youn 16 da tata, ato uve? MI LAVADEIRA — sto oe negro gas do chicote do telcr Vivens eo tan, passim fete, dorien ‘no tutes te secon reread fave —" matin leo ay Rio 208 TH LAYADEIRA (interrompende) — Que errr! E ainda pelom TEAVADEIRA — quem canta soos males eapantat Vivem de dente ‘de fora. Hs livers, oy cotenon-- tinh at 80 Branco 406 HIE LAVADEIA — ‘Tec ass bi tr ds TE LAVADEHTA — Taniiim exo festenndo? TLAVADEIRA — i a mesma cui, no 67 IE TAVADEMA — alas de que & que «tte falandot TEAVADEIRA — Digo que wtto chainando Medea. 08 eetetos ‘ae balsam sem TIE EAVADEIRA — Niko fale to alto HE LAVADEIRA — Vamos ehegar mnie pete? Morro de vontade 1 LAVADRIRA — Culdatot = mutber eros. THT LAVADEIEA — Negra sujat Foltetea! TTAVADRIRA — Finju qe es tealbanda, quo nfo velo par (As lavadeires 11 ¢ TIT deanton as troweas ¢,enguanto 1 eal retirants aos punt, « ropa Branca estndida nos vara, tomecent 2 entaboar na Tenis no vi, competes rimadot. TW LAVADEIRA — Mae 6 asin to sulvada? 111 LAVADEIRA — ‘Teal (904 @ tbo © mmen se arrependes, TLAVADEMRA — Dis que 6 dona da stbe. Progugosn, 10 fae ‘nuda Vive gon as se hrnnawe cum om mincing 83 AIL TAVADEMA — Une mucapa, Vejam st (AF tacndeire a wma visata) {TAVADEIRA — Nto rin to ato Senge coe ¢ magn mt " ‘ceria, Conhoce tanta mandingt € canjeré!... A geate pode ‘Ser atid path sempre’ "Com cas con ose brinc A LAVADELRA — Cruz! Credo! Que borroe: Comego a flear TLAVADEIRA — Até of nogras que @ odelam tim um mado que pela HIE LAVADEIRA — Menor o que foglram. Sentem falta da. ma WW LAVADEIRA — Falta? Falta por que? TU TAVADEIRA — Nto ouve o# tumborest Estio chamando TT LAVADEILA — Mas chnmando para qué? Nt entendn, confeo, ave vouch goer dae HE-LAVADEIRA — Digo que & mie de santo eo esptrltos a5 TIAVADEIRA — 86 no se! porque alo va TLAVADEIRA — Prometeu a Jasto... imagisemt (7. I LAVADEIRA — Coltéat alnda ado sabe? TX TAVADEIRA — Acaba sabeodo, mas nfo sou et) quem val AL LAVADEIRA — F quando somber? TLAVADEIRA — Chin! Vesaleé ¢ norata agul, ® precio ter (ia acadow de rtirar a ona eneute don varie. Desoodee- se 0 rerio do cendric. Ecotada no fori de casa do tai, ‘ita tee, tipo Jovem de mulher africana. Vets diferente dt ‘outros negor eve aparecerto depot, D vone #0 ida barbara, toda cada em solutay desordenadas,formanio Tho eatraha ‘oree natura raz aa pescoro wm colar em fora de serpente nor brag « pernay rodthes de vive bro. No conto epee, ft seta, ne pear, ethan tant € cata ver mals ‘ipido'e Medea dd ve princiron pswos to ponte, como se Wi {fire wibrenatural impels). MEDEA (cantando ¢ dangando) Anagogd.-. ane... ay Anagog®... ave... aul ‘Ogun 3 heen, (vn eat tte (0m forest, respon 0 crn dos near) sages. aut... au Anges. am8._. wa ‘aus chen MEDEA (parunde Drusamntee tanto contre a atragdo do ritmo) ‘aoe quero rs Noto de me Rerae- Sag por aoe the eimain asia? Por que no paras de tock? AMA (facendo tragor na arcin) — 0 Datla to apaga a rast nowt gente, eden, Wow tet que rota MEDEA — Nto slo que € gente nem raga, Bo 68 conbegoJaslo IETAVADEIA — Nie ame parece to ml Gostaria de beer mate ert TTAVADEMLA — Collado! sta olhando para ob MEDEA (a beira do rio) —O que querem aqui? © que vleram cir? Sat — Nto falam con vos ‘Tem mo da folteeie, Sires —Medo,nio.tém cits, poraue cote Jase AMA — Se person, vosmce seria escrava cin of outros MEDEA — Soo rant, nascids na Costa Ouro, atch siaguém Mie mndou, ‘Seter era, new al, grande ehete de wha tbo vee enema do ro Stan. afuoo, meu Trt orto sae wae tuoreiro aus ort com chen le hae sorbry qO® 8 Sige Ge minna terra, noite © dia lapoevash entre (A ama fos trague wo eho € Joan Dizio) TH TAVADBIRA — En 6 congo ou mocambinve? 204 gostinna Olaco 11 EAVADETRA — # moniola, = mais brava, ox mals livre a Costa ure, 1 EAVADEIRA (riao) — Negro lire, $4 96 vIuY [AMA (otha o8 1agos wa areia © dd ti grito,caindo em frome) — udtor torte! “Chie de sungue, velo caldo'nn TAIL 0 corDo ap velo rt TTAYADETRA — Bacoten. Pala de wn rel, TIT LAVADEIRA — Bot proto, TH LAVADBIRA — Diz que v@. # corimn, 1 LAVADEIRA — Cala em transe, 2 vidnte, AMA — B velo Suann Aviopo, 0 guerre 18, a entrada da Thata! eben an ctia de coo Yeneno gue a ralhe peepaAv, Intsurad com fia v fret, emo e bebian gosowt colt {io tamarind, Porque sear olioe cfaidores com os de Jato 32 fauutram, Modes com mito mens miedo, toceu 0 vsti te morte, trangat m cores de fees para 0 corpo de sett ira, MEDEA — Catate AMA — Yelp a tbo reunlda, Todas teguem « rain nos sent Pearor de dance © seus requebros fceiroy seam saber pra onde MEDEA — mentee, mention, atedea sogul waluia no ve Tetro que ehegme AMA — Trniglot A. tebo, dda, angen, acompanba a zainhn ‘bra cairo cativlnaTralgio!Aledea’ vendo ee esos. 0 oli ri, Mm prin, © peito aberto pelo punbal di ralnba, Hanada pode fazer @ mogo guerresm, a esperan di ray nowirece nm mata cout © Yeneno de sua ita MEDEA — Lingua de obra, mata! Ca ‘aot AMA — fates petlon marches deram 0 Ite ¢ 0 calor que criou 4, eso unde cri tui tha eh tin MEDEA — thainha... alé o dia em que Ale chegow do mar © Toewooae et sear.” Com i ‘alos shelae ie presents, ‘Shogo como fina de rel ‘ence, em vitea OUte Fee IE fo corte da terra. AUaha (ribo, a tinha woalor riqvez, AMA — E yartiu deisanto moctot yal o temo. MEDEA — Eram ilhor de res, ufo pollan ser esenvos. Alén do Rio 205 nti ities AMA — Mortar abandonadn MEDEA — Mas tlsres como riveram, AMA — Nto era preciso untae that do sot come MEDEA — No querium dear que «4 foe com men weahor! AMA — Num porKo tem lus, nem ar, cordon de chotades, Jogtram ‘elon ogi saviour gemend os Reid des AAA — & que If em cima, nn peo, a peeta noe bragor do branco MEDEA fle mie amavn como sancn ingoéen me amon. (As tecadciran riem om cadencia) ASIA — Um amor feito de morte ilo, fig © tragtot as oF ‘hegre eaqncem ¢ nae planta 80 Nore, onde eh aim reas, aauignen sete Sarath singane, MEDEA — alate, AMA — HA lo por 1004 « parte, ‘Talos fogem de Foam MEDEA — Os que fugleam peas matas contiawan © chamar por MEDEA — Nto toviam coragem. Na ina trib a ralaha 4 tam in um ori 11 LAVADEIRA — © que fol que ela dae? TLAVADEIRA — Saclégia, Deus do ofa! Diz que 6 orist — ‘ivindade, — no eueiu? Oque’ € nleamo.€ tote. de santa TIE LAVADENRA — E todos veo procurda para pedir meriohas ecanperes, TLAVADEIRA — Ea tos ela coxota e dz que fo batiada ¢ ‘ronetet a Jasto nunen mats fazer rascubas et candorbies MEDEA (0 tein da rio) — 0 que querem aqui pertor O ave (As tavadeiras viram 0 resto). AMA — Vor Nto dis! Parn las voemlot oo pasia de oma scrava tngida. Sto brancas, ao se eequece 206 Agostini O1eo MEDEA — Que me importa! So rainha Hla, say, fo era ‘vives sempre land tad o que oben sare. én fea de mim Sou a mulher” dy goerelr tale talented fem tins ett retor devia de, Soma” ‘Tea inven, porte TLAVADEIRA — Paly do ator do teat, IIT LAVADEIRA — Nto sabe ainda TLAVADBIRA — Rem feito! val ngar por seus pads IELAVADEIRA — Coltada! Teno neva, max no you detsar TIAVADEIRA — Se eaqueceu ou munca sou (0 rio doe tosadevas wisturnse com 0 ritma dos tam ores que ekmenta por wo momento” depni cat sardinn) MEDEA — eae médo, a, tenho mo, AMA — Una esha com mda? MEDEA — Sinto os sprites chegands,rondando em vite 2a Iba. ‘Exit rnin iad, wo ouves? Eatfososiando Be witm, (Pevsa) Sos Jando val cheene © tala se career AMA (como un coo) — Val chognr tal se clarear. (Pause. De ‘ol oan as areas)” O carta de oom val a og tanta sombra a pane MEDEA — Ama, o que queres dzert AMA — JA to poms ver mals oad arlag eras ins, 0 esto mmgoo tolahan. gtr tio otter ctn nd Ge ‘osu. a MEDEA — Se eu cantar, tee voltam. Voltam sempre que et ADIA — Até 6 tambores yararamy, J cansados de clan MEDEA — Main urna ver ou ven ‘314 — bln sto sempre totam, om la oo fre, rami ‘vai responder. a MEDEA — Nunca! is promett store « cabeck de mies Albos, ‘de sens eabelos de ovo, ux anees flhor de aso, Alem do Rio 200 AMA, — tes mamaram o elte das peltos de yosniee También MEDEA — So ms flog, si, ho anes bos; dois ale finios para cortar as cords que me presen & sain ragh Ifa corpo prito-e dare, somo eho natn tern, a foie iaurinhoe dagraon the Higaraa n onten. gente, SA. 9 Tue aa runt sonra, an meas Athos de Jost. gonna ox (esas fs raga esl ba oun em a ne bens tho Urapea como. 4. capa do war Agorn, al tunel. ‘ee no tarda a chepne, peels peepardon AMA — HIG dee hua, que ao vem, AMA — Vomuicd tem rato, Alguéin ver 2 MEDEA — Onde? AMA — LA, no camino do nocts (4 ana oni Wefo alan 0 caminhar ‘em devagne, hesitant, Nio é dasto Bm velo Si pono aber ae & eam ao sabera? {HT LAVADEHEA: fo dewtino da negra (atm carn de viaje ‘Wenn de Tonge, vem canseda, ‘oat pedido na bd Bt pal no coragio. 1 LAVADEnRA, amos embora daa, ‘Tao ord tals teste ngora Bas dguan de to fens, Nao mie deisam mais lav (Bren aparece no eaminko junto. 6 pontetni). OEU — Salve, Medea! ‘Trouxete presents 208 Agoninde One MEDEA — ah! se m Do onde yens? -BOBU — afew setero vin de tongs, de terras stranhns e bara "Tmagoce erava ‘nor mascada, Hor de cube, Ambar © sida fins do Zale MEDEA — Tuntos prentes para que? GEL — Pren pedir ovtin vox Maden, oa te suplion MEDEA — Pade etn vio EGEU — Sen no Zaina now ma tala eacamtrel quem me aiudassa MEDEA — Nao pase. Por que inistla? Fut batzada e promett ‘eo. [ROBU ~ Dime fos, Medea, to os tens MEDRA — Lindos. Indes BOBU — Dime fhos Moder, como os teu MEDEA — Conn ox meus, ningaim terd, Os meus shor so BGEU — Peto fio que te page, trecaret todo 6 que teaba, MEDIA — Nunca. 4 a mlnbe promesa a Jasia, OBU — Gost tanto dete assin? MEDEA (quase convo mesma) — Por éle traf a raga, deisel ort pl tat, BGEU — & ele tem vindo aqui? MEDEA — Por que perguntas? RGHU — Por perguntar. deus MEDEA — Adous. io posco dace mals mada a ado ser orn ‘modupé — ‘Deus + cota, (1900 eas santo evapar). TLAVADBIRA — Comega cal 0 dla, 34 € tesapo de volar AIT LAVADETRA — Medea val saber. So vtmon eair agora TLAVADEEKA — alas temos tanto ave andar. TIT LAVADEIRA — 4 negra val saber. 1 LAVADEIRA — Caltada! ela vat ehorar TLAYADEIRA — em foto! Quis nr sols do que podia, ‘Todo fauno thi rr Felt, suns lo para eas” ante. pros rare a? INSTITUTO DE ARTES 4tnw Ro 20 BIBLIOTECA “UNICAMP EGEU (caltando) — 0 au? MEDEA — Teabo mid Nao aet porque tenho mda, Vem pera erto de mit MPDBA — Teno mda de esperas. 9 sombras 3 vm ebegando fondo em lah come mals fra. to tla, sem cor 0 Sesto, “ctutares omen. tear) 80 os mecha {anae) Mag" que’ mixic esr Ege? J nto invoca Ge mata, tortanao niditomente) Pave, pare esa Sto set porave tenho tla Ove eat astecenda, Hea? RGEU — Ran ttoce do tro que ped, ters 6 men aie ae va MEDEA — Por que partir para lange? Miaka pteia € aga nesta Tecra do. Jus Mas por que me dias aso? Ie en por ae GRU — Por que perguntar @ mlm? Ni set o que resonder. MEDRA — Ske os negros das fazendas tocando wna danga alegre BABU ~ Sim, ao 08 nepros dae tazendas, Vo fests do ara MEDEA — Que ar tio extranho o teu! Festa, fsta por aust tram oe quatro vendedores, do ctoraror de pée descalot, rete etn aie de eires isos ¢ prance cape (0 rimeiro vem chrvogado se fires: 0 segunto tras & eabecn ‘ant ato“ fatan; ee som com pre im arabester stint. ROEU — Poe que nfo perguntas a dest (0 VENDEDOR DE FLORES (contente) Negro vende flor mimost, ‘Anerin manferiet Daa, crave alr, cosa, Manns, flor eo slr (Ge fa bom uo corago (As tres everavan enamoradas entram dancando), 219 Agoutinns Ota MEDEA — Pata! ol: ow! TLAVADEIRA — Vou coapear mangericta AL TAVADEIA — Sie que ste tom aruda? TLAVADEIRA — O14, motaqereeha. tt 0 VENDEDOR DE FLORES (cantando) Depois, viose arrepeader, AS ENAMORADAS (cantando o dangando): vendo no sam come Ovid cantar ‘As flees, como os andres, ‘Tampéin comes a murehar MEDEA (com wm e00) — Como oe ambres, também comecam ‘ archar \VENDEDOR DE FRUTAS (nuia.conttena) Lita getonn, ara da China, MEDEA — Poe favor, veuha até cf (© VENDEDOR DE PLORES — Pina que nfo esth ouvinda, io aa pee, © VENDEDOR: DE FRUTAS — Nonea oll pragudas bandas ei mR veer nad, a © VEXDEDOR Di PAssanOs Batjatoe «eit nba ol pen CCardal¢ beater. Aten do Rie 20 ‘ihn tir 118! (epetiaey, AMORADAS (denpenfo 6 cantando) “eect Wat taane prot MEDEA — Recute vounlot al: por favor, venha até oh YENDEDOR DE TRIPAS — Tesconfuro, ‘arrenege. No falo {As tevadeiras rion). AL LAVADEIRA — Veuham i, som mnaterndos. Nie querem ‘ender pra. negra com mde de seu felt nto? "Voomiats {am Dent aan Mas conasto no ht peciga, Nie xO queretos YENDRDOR DE PRUTAS (eantando) — 10 aqui Sito rende VENDEDOR DE PASSAROS (ldom) — Para qo tanta falasto? ENDEDOR DE FLORES — Hole bem #0 s¢ vende VENDEDOR DR TRIPAS — Na festa do capltio. ‘TODOS JUNTOS (Jaseat sma reverénela zombeteira de lavadeiras) Na festa do capt (Parton todos alegres, Findo, 6, quando passam porto da ponte te madeine onte enté Made, Wivam a cera ¢ cospem pera Ondo) MEDEA — Que o chicote do fator delxe em sangue of tomas BOLL — Nio se esqmeceram de UL Por ef se tornazam eseravan ‘nem ofits Tes deste 63 amuletas. MMDEEA — No tia Gar e 10 sNbes A raze, (pnusa) Mas por EGEU — Niko sabes ainda? TEAVADEIRA (coeNchando) —~ Medea fo sabe ainda, THT LAVADEIRA — 3 TE EAVADEIRA — Atedea nfo abe alade (rim, MEDEA — Baans radu mo doom, Bie, elon do que? HE festa? Porque tia festa? este mo, or que? fo tanta @ saber 212 Aatinns Otwve AS LAVADEIRAS aussuvanda) — Madea ato sabe ain, was TTAVADEIRA — Li val stuhi moon facelen, ta bonita 6 ei Son, tua oe hada, amen ceve o que fra, cope an costs dn men Diveatant na tran, te nevor ce © ogee view as olhor dengowos pro Io dost) seul (asatram doie exeravos carreganio. numa réde cafeitate {a4 a wergentina) in. snnhsinha foci. "Cine mueam ‘aon roa com a aie IMA — Que esto fazendo af vortlot? Hoje, ninguée deve ‘wabalhar. ‘Tudo & dauga, tho @ festa ta at praca to arate Vosmicts ato vio. foxtn?” Santo. Leust Ni ¢ passe Tait "peeparon preveute, boron Sesto te e608. mhantlibe de Fenda 'r rats.” Valtin so que bonitem! Ola ‘ovulate cst as le gunzn fo'» patsko (0 Grupo pase) TTAVADEIRA — Vamos, vatuos depress, HE TAVADEMA — A roxpas jf esto evades, ‘Ntuguét pate s0 MI LAVADETRA — No vamos satr agp a ora, Mee no stbe anda, tga ele 4 rat contac. It chegon'0 bow destin, 5 nls po mats tug, arises ion Vor LONGE DAS ENAMORADAS: Sins vere © orgueo ext 8a nite Principia n cher, 2 free. cmo a dre ‘Tonbem omega amar MEDEA — 0 que se unssa no artuil? Por que vio 1 festa? ‘Penta? Vesta por que? ee BGEU — Mas 4 devine ste Aten do Rio 243, MEDEA — Vivo sizinho na ta, nn casa que te me dew Mas ve méo de uma fea Festa! Festa por gut? JH que ueres saber... Festea © notrado da ftha do tnt "ratowtne som ta eaana ee nah, BOBU — 44 yout Indo, deus EGRU — Se me dere ft — Prefiro nth io saber, Mas gostarias que eu comtame, ‘4 unuther ¢ cutlont MEDEA — Nunca mals faret feltgon 4 minha promesse. a MEDEA — Maldiiot A tun Mngua M4 de apodeecer na bea chela ‘defers oentan. OU — Um ain, penaaris no bare que parte para longe « onde te erect ait oyun rien, fr Sete MEDEA — Sal dagul, cto leprow! You contar tudo a Jest, Ri MEDEA — Maiaito eateo ot maldtos! © eal de Leanda to coma, ‘cara, a lngu aia ee mio? BORU — tosulte, suite & youtade, mas Jasto no vat voter, MEDEA — Nio vat voter... Por que dizey iso? O que sabes? THA den ian Sle nfo vest e mento main EGEU — Cantan os segroe das fazendas, dancam os erioulo 0 Tanda. ‘Tnca'e negro e dangn o branco, koa praga do aralal, (O'vinho rela. das pipas porque Jasta 0 nosco Ruercelo als bravo, nor beacon dt linda Creuse dange danga do nolvade (am reade MEDEA — & mentina! Tuventas da essa histeia para me fazer 214 Agoutinno Olavo peirepraa. Vem dangando. ao. 10m Wo mareeute gue ve ue ta 0 sersiler de Jost, aparece wo fio da margens Tonge. Bs dcseaton, cago Uetate de aiatela © eal bu aderta ate elutur, grande ehapen we pat 0 anton: sono porriguée com cree arora, tem Quadates (os defcion de bramcar wecnturcizon sox nepronsofreares lbom de euragin 00 mesmo Lemp Cente exert eae sempre finncro‘e tte fas pare conga. Nusoa to aabese 6 pare ‘ov ae por eae se faz nani Apt tabi, & toon Jae {te peaton atitude "Na margem petreposs, passe pels lace: ‘evra fusthes a rte, Blan’ rlem ¢\0 ensotan) MEDEA — Porguntar a um mado? $6 tom goon, uo tem vor. ‘Lago oft aeion me eager: RGKU — Com sens gestos fla mals que tia a gente, fle te render MEDEA — ou! ou: (Maite para justo & pontesinna) MEDEA — tonza.o Dovst (oat MEDEA — Onde esto teu seator? Jar uma reveréncia meio combetira) (Batista, em wimicn, conta ume Matiria de cageda). MEDEA — Da cagada, $6 sol Taso fol hd multe tempo. agora ‘ode, onde esti? (atista fox pesto de que do sade, mor vése que exld smentint. MEDEA — Val etumddo, Batista, Val chamlo a tha pres (Bc continue © foo ate Meta ofercor ihe dinhera) MEDEA — Vai chaméio w toda prota, Na volta te dou o resto toe due wake agora, (atista parte alegre dangande). BOBU ~ Tiveste ido de saber, MEDEA — £1 daoga do notvado, ‘Tema pena de mim, Rew. Dine ‘que no 6 verdade e ou te durex erva amurga pava te aquecer sane... tu terks flhos lindas, Alu tebe pode. Alem do Rio 218, BGEU — Comego a auvider do valor dos tens fers. Tu mesma, Infelin flee abondontda ‘e 35 saben supliete. “Onde eto os tes lige, mada pode faaer? MEDEA — No meu smor por Jasfo, nunca use dy masdigns nem eauer de canjecty, Delo itro que me ples, centnsne tha 8 RGEC — Gostaria de meate, mas logo snberins a vendade © MEDEA — Fata, TORU — Todos dangam nas fetelos do nolvado do tama que to ‘etson, MEDEA — Nto. Nao, BOBU — Riem as Invadelras de longe, no ouver? Viraram a {itn os readedoteseufulas, nfo visto?’ Todos smbamn de Sede, ‘amo eu amb que oma MEDEA — Totos dangum do alerts, todos zombam de Nedea, AL ‘ie mimt Al de mba! “Sal doqul, Impotente. Podia dare 43 Ihesinls © potias te fihos Indes comp a mem ta 0 esto insta ee gdoro me viigar. ‘De mlsa nant tert nada 1 — Os flies sio parte dos pols, a sta contiounsto, mas J iio os pogo Mala at 34 nfo cyelo ex teu Yoder. Agora Dario ving, "Vou pra bem longe data (Sa) MEDEA — B se Glo disso « vordade? B se Jasto me tralu? A ‘de tat AU de sa > (0 maracas eprece 0 bn de naps pants meme ora v de cares ¢ ritmos, afogando os lamentos de Medea). MEDBA— Ai de mim! Pobee de mim! Pacem, Paren ext daoce Pare éste aut, paremt Se no tm pena da negra, deem fo menos ave, e@ siéacto, la vente os guides Jo xem pobre ‘oragto, (in cok coma 40 tivetse ato enootiea pelo tando ateore ‘que ‘petan Croonte entra. CREONTE — Salve, Maen. Venho falar contigo [MEDEA — Youmlod vem contaesne o que jt set. Se 3 me roubara foo, por gue ainda Ipsultar-oe? CREONTE — Nio venho para insular sim, apenas, aizerte: & peseleo que part 2G Apostindo O1av0 MEDEA — Pnoa onde? Pern onde? {nBONTE — Lange egal sant, wo eae doa, ero ta MEDEA — Na ith viso sinha, Nio fago mal a niugwémn CCRRONTE: — 6 prelan cswar o rio, Te pra bern lange dag MEDEA — Atée do Ho fcam of beaneas No ha lugar para tn (CHHONTE —# uma ordem, Medea, Jasio vat easarse coun tinh ‘nae Ge cays de quebrar 4 proms ele, a Ti ro, ‘ina tmaniven qualquer. peocnrnr nnn, Tagan, MMBDEA — Jaato quebroa m promess, Medea pode softer. B anda ‘quer ne ensoiar? Se." fl ndonal peo aco qe te ‘reanoon du terra ditante que sy me vou net pl Dot! lem, nem trlbo onde pasa me abrigne, dg, ho © Nasante? (CRRONTE — Se mio parties, serks posta @ ferros 9 vendita cone ‘una eserava ginger MEDEA — Goa livre, Sou raloha, Voile? ado pote me acor- entar Sou a miner do" Justo, CREONTE — No conhage a tu cattn do alforria e quanto a teu ‘cumin, ao tassan do uinnwcrnea que done ne cata MEDEA — Ao trarenme em seu veleira Sle tomo minha miko & com jurammentos terives ualu mua sorte A minha sore Som 'naler de Janie OREONTE — Se nflo toss por causa dle, hé muito teri #800 MEDEA — Sou a mae do seus fhes. Ninguém pode ine expen (ORFONTR ~ 2 wine nogra tras por um veniedoe de eseavie Dodereso que te prtegeu coutra ted n populaghe. 34 to aye ‘ese th despacioe que Taese, das mandiugas © candombise © tantos males que eapultaste plo nerafal ct es tous ems? ‘MBDEA — Mas depois fl atlzada e pramett a Jaato. Nunca sie ‘iz trattos que os branes vem me etl CREONTE — Tento médo que esqueca ux promenss «ue fate ‘cause algom mal m minha fila. "Ta dy habit Conhoces es Init feign e todos ts canjerés. Os branetscinhwcen teu Bato 6 mer gue procararts inganga, ‘Pu nlo sales beret MBDEA — De Joelos, a vosnlet peo, pela iesindade que Creuse val eaiceger a Jado, por sua noite de nipcas, Attn do Rio 217 / ‘ : MEDEA — 6 minha torra to longs, 6 prains de couches braneas, ‘onde no paso vallar.Ceeoute, 0 Ine expuse asi, Vivere ERKONTE — Kgen arte pars lange Tulver puese te leva CREONTE — Os tee filton too conten MEDEA —Pactire, ako fale mals, Max vosmlcd nfo pte set- arine ts fills. fies nancram date corpo « me fram fer, Emax eriangas aio tas, so 0 hoz den sombre, (alor do en vale Cortente os brages eas pera targus foun testo en trasa, ou maandesne chicos? aa 1 me tne (thos, tow sho partes ta pais..- a minha coninuagto, ORBONTH — Dizes bem, mulher, Ox Cilwe so yarte dos pats ‘4 Justo, Pocus preealer, "Nem o anor de minh fia. MEDEA — No ip fala disso amor. Vosmlct & poderos @ alo poss foser mais nada; my de Joses, ev tbe been Cowon, {sicesme fear mats un dla CREONTH — Male wm aia yarn ave? MEDEA — Ditor adous a meus fhos CREONTH: — Pols tom, Mas destaro: we depots dose paz, a tae Mio nol te encontrar now ‘inten desta trea, al sen vend ‘ii eserava nen rosso chested, pois Joro que te mnadare MEDEA — fo dign sls aida. (Ste fos ama reversnia até 66 tjoeiher © iepote, dacemente) Agora val, me Rebar (creonte sai, Sedea trentase «a8 uma gnrpthde). MBDA — franc estpldot Acrediou no ane ee ise! (pes) Tiana ame coll ty pi, Bader ames a8 ee ora Saeco oulre mer lena ae eee eertingns qu it elt mean 9 ax te Seabee nena w ela e-comeye 6 enone)” AGOra ee oie eels tarpon. ede, he Sa arate na pe ae eae ober Be cS quiqueeQuecen due parca woah '@ fame A ins pro nor de lash, fetes bos maitog mee te fa, fe a De sale vier Hes US 1g Agostinno Otace ime toraem quase brace, sto a tia de minha sombre, e vida de mini vid, mas tambon da de Jasto. Wee bt de fone ‘Stnio rar nimaiigear @ ine qoe-renand poder tomar ‘ornsio que mie det MEDEA — Mio 6 mas man Mate 3 sae als 1 oda nota Presents dx negra que est lab, ee Te der (Watita, @ privcipio, admired, recbe 0 evar ¢ parte con feats Him surdna, stan 0 Fembores eater wa ata -Mede ‘i nt cnn comes tao wna ag to Anaue... agoed, ‘ana sono. ‘exw i chegot, (Da forste, 0 cira responte, semore mum erescente oté ungir' paroriene). ono: nav. aod, see PANO Atom do Rio 219 avapro txIco (0m polanave armada wo coutro da prage do arraial, todo elornato ie guirlandas to fiver © taj de iat. HS dantvirolns cloritae em Tongon fios crvsnadose 00 ar, No polanque exo Oreonte, Creve, a sinhasinna (iran tranoon. ‘Os tendodoree vem ehepando, er pas “ie davge, rantanto, aoompannados tas enanordas). 1 VENDEDON: Bu vouho dn serra, de Jonge, caueado, ea ver or festejon, detzel'o mew 1d, 11 VENDEDOR: ‘Tamas 14 detxet tao © ave tha, 36 pen vit agorm ver esta potrin. m1 VENDEDOR: ‘Bo yeko da serra, dulém do peneco ‘Cama 9 teu machetinho folgar no foiguedo Iv VENDEDOR: Bu venko da rose, andand coatente, ‘No anew balsaho traaendo presnte MUCAMA (apontata) — SohA dona, mabe gents, vajam 66 & aleule os ave van 16 da Foga teajand corel? (Totes co ciram para other o bane de negros que cheae camtindo ¢ danganto 20 tom do maracatt 220 Agostinns O1av0 6 senor douo da ens, Sia enon vitae Stun bela mores, View hee a vosse porta fe avereis ove cantar ‘Acar se estas dormindo, ‘Que és Siemos festeue SBRAFTA'— olma o mudinho que ehegat Vom too prom « con Heate. Ouldado oniets ai!" Delano Betta Rass. (os neprot abrom alas 6, dante de admiracto gorat, 0 Inatite sabe on petonave pave oferecer 0 eolar a Crest) CREUSA — Molto obstgata, Batis. Vejam tolos que eles. SINHAZINHA — Lindo! indo! Maraviita! Brtina mala que luz do sok Cada que tees seu presente Vosmlet fear Tevin eatar Who coaente ings parece querer choca CREUSA (yara Creaule) — E meu pal, o que me aa? CREONTE — 0 que mioha fhe pod, mas nko com Stes ethos TWistet Hoje € dia de festa. "Pode et pel te dara Mas ‘quero em trash tin snes, tim gfandeSoPFeD alegre RBUSA — Quem Mkt ao ro, tla vnala pra men. Vosmlot ‘eer tm rei nny sande ovrieo alsgre; mos, iiey Det, fo 6 posse, enginato Medea morar agi "A negra ten Odo ‘dein in dia val we vingar. Come quer varied que et a,'se 0 do da fotos me aerepia t0dn a pele, eenaicha tnt alge? (CREONTE — J pode eit, minia fia. Amann, ao cair do a, ‘tha esinrd descia‘e-a casa varia. Antes dy Vir rath fev meno ful en) Doosan inaar enbora a eacrava ave ih ala zombgu de COREUSA (eiando a do de Creonte, muse reveréueia carinhase) = Meu pat esiou (Eo content, qe nfo et 0 que dizer (Cor ‘endo pare Tesdo, Gwe vem chepande) “laazo eto 0 te Teves "Se vont “der cenga, vou descr terreleo rar ‘angar commo8 eacraves que sleram fester (ta dese t Ald de ia 220 Atcgrane do patangue para ne reunir eve neprat, nas tes fs. tam-se intimidadas) “No quorers dangar eomign? Atex por ‘aoe? Nto tenham ni8do, "Alea pal 38 de Ueeaga © ng ‘Val castigilon Vena, veaham dang. (tes viens cheios de tia Daiatat tage negrada danger! (Batiste. wm sito gracono ¢, clocantore entre Crown fine Tigao, “0s bateiores acompanham com 08 seus batuas Best ere inten pa te aie, de otro Cres fetiz. Xo mate alegre ta dango, Creuse tera as mde a"garnunta, 2 wn grit e cal Creante corre. Hd 1m ee nto te ‘atupor.. Crewsa more.) OREONTH — Moria! Moria’ Mew Deus! (01 negroa caom de joethos € comegam em surdina a cantar sum ‘amend. cono: forse snd Creose! Moreen Zi fol para Aruanda 20t... anf, ruanday Aruandn., €08..- able" a torre sina Crows! Morven? Bie To para Arunnda..- 008..- 404, Pot mocer em Araani, ‘Aruna a6. Ara ‘Arun, Artanis, aue--. ao8... 804! (0 entrinitno eai atom ereacento, enguanto @ pano oH 222 Agostinno otawo SEGUNDO ATO (fe tha. A a com 2 dois ft de eden. 00 auaserieacos. guage breneas. De eablor aourados “io tong, ouvo-e ¢tamento doe earatoe que ro mie ‘ere gan’ itor Meda). VO% DB MEDBA — Ait At de mist Como aou desgragedat Como ‘ato! At de tle! FILHO (@ porte da eass) — 2i801 attet MEDBA (eperecendo @ yorte) — At ‘ere tara bem Tonge age! 11 FILHO — Por que nto fale conosco? Parece nos querer mal AMA — io digu anim: quurer mal, Voamiets fo 0 seu tsoura, ‘Ex sofrendo, © etal! VOR DE MEDEA — AL de mia! Queso morre, mise prueiro ‘morrerto oa fine slit de ea snulher desgragad, 1 FILHO — Teato médo, ama, tenho mda. 1 FILHO —# ae noe que cats falando? # en que est getando? AMA — £ ela mesma, mens fthos. Maden, No peso mals faganar a" youmiees "Seu coregto eald chlo de dilo esa ralra coth fervendo, | Nio figuei'agul. “Nto quero assustar, ‘moos menineg, mas fujum para o quarto que da pura bela oo Depots vou ehauar vowed Ish al sar 1 FIEHO — gs’ por que quer nos matar? AMA — Nip sate 0 que fix a pole Agorn vo, vo brinar (ier seen). ie quese rer a ering, (Atala torte, shega 0 tamento doy exeraces, misturado aon ove de Meten) I LAVADEIRA (wotando) — Voumicts catia ouvindo? So seus ‘rites e peldon, no pode te conforma, Alm do Rio 223 LIL LAYADEIRA — #4 mavem de lamentos gue anunld 8 tem scouts gue tal arrdeta ct free Sta Foguan «ale Tr LAVADEIA — Penal qve pose HE) mae reo gue vou ‘Sora: 1H) TAVADEIRA — Coltdn! Can testes 6 o amor pare Olas 1 TAYADENEA — Bom sais rate 09 aie or TH LAVADEIRA — Pola te more molto alk. Mas fo € 9 ‘ova tues chock, io arfo oor Whnge? Int TAVADEIRA — Batamo, io oe cara cantando wna cinta ar re, Sn iad tata tno gon Wk ae 1 LAVADEIRA — 0 Serafin tno notion No riem com ra (serafin entra exrrento). HIE LAVADEHIEA — Venhn ol, Seratin © que acontecen Mk em (4 ama cone & margom) SERAFIN — Mortet sinh Crenis, Moron. Na hoew de. seu ulado, toa vestda de braneo dengan wina dange alegre, tos bengos de Fe tenor.” Wester to form A tesa®” Pls tho saben que porteraia, ‘teowseen tanto. presente, tanta For tai ua aoe eae dy opto gee de ‘Sas ‘Bpois ehegia o Fatt com 0 presente tals bento, incor todo ‘do uro paca a nova de Tusto. Hea aolea oe {Ho aia, que comegun n daugne 12 todoe Fim contenten, ovo sins "igh to bess angen a0. nelo des negro: Wun “tuiea"o Tandy, "De repent ningueastbe como To Soa ange evou as anton A purgnate, de win goto cal fn pen eho, areca qe 0 colar de Batt apertaen ore Deca,” Du a0 um goitg’@ moree Esto dizeodo por at tn tala fol os ft, fol mandingo mt oThada due Do {trainin senna © Sum Mercy 0. noww om capltfo, du Sri een aga ost a eset ls ee ‘er de onde velo a colar, DM ta ba de daelro e wna fra de alforia pata aqoble quo’ prender. tod queres {te tooo mondo er ters soocdlahan ge aro’ e Tiere Be 224 Agostinno Otve ‘ iver. Att que para ade fol tom, io aehan? Yoarcte me (Gio cenga?™Atd mala ver. at correndo}. TLAVADEIRA — Que morte esqusia! TI LAVADEIRA — Pettctta, Seri eulbada? TT LAVADEIRA — A petra ave capa tem? TTAVADEIRA — io ouvin o quo disse o Serarin? Andam a Drocura do Fatista. ‘Be ev coll a Crete, TIT DAVADEMA — Enforcada com tn colar? $6 pode ser bru TLAVADETRA — & 9 colar era aa prota, TIT LAVADEIRA — és faitigo com corte, HE LAVADEIRA — Coleadat AMA — Anda estfo por aqul?_ No se cansaram de olhar? Verse bora,” view ln. 30 podem eoutar eet cist que Vira ‘negra choranio, come mien ingen chore, "Nt ern ose fue auerlam? Vasile soa culty tas nao" pvc. ‘recider. "Medea fot follx quate, nos seus belles. ha Daa, ts suns ria alegees'w noe dais de terres, eke sbi ue era o ator. "Tos mosis guerrero da tibo caer 4a eda tam 9 eo. gird pene o pees radon, chan rome to daces «4g do cc verdoe, trangtvain colar do eoaehas e contes te tanlas eres onal 2808 ae Snventacamm pre gaan at. eoragta Beare fi ruinha aio cae dovo ‘sem ‘aoe. Para falc wcies Maudie!” Natica‘a nora em qua 0 tr troute A pein oe Yer de Josio! “Maldiat™ MMsiita hore em gue a Sere iu 0 Branco eo sen como te adogou! sf chorar (Ateten aparece & porta. AAIA = Fido Mea! pair Hap que no sou tats deve rm orn bem fonge, eve havege ura © ume es lta ee ‘ DIEDEA — rx thn ae pertence € dagut net de ani Atta — 4 enon deeper Jato pode tae flr Mette. “A Tonnies 0 ia 0 na nc ee MEDEA — feu alo quer mi ltr, eins lon, seu tan de Selas hela os ventas fo norte i coal hath Yai Jevando win pore rlho que ao fait, chorea ma Aigo ae eam Mem ao Rin 205 AMA — Maltiglo de branco nsoee pode nor tocu Flea sempre wa boca daquele que a mtrmaron AS LAVADEIRAS (ow efro) — Dor de brane. dod negro. la @ sempre m mest tor (atista entra eorreudo 6 com gestor desesperaios, conta @ Meden Tota trap. AMA. — Que desgrage? AL de ade! Para onde tek vows? No ‘hd mats nlsgnin agora, net) una terra, ind east onde posed MEDEA — olizes nova, Val em pax Para o coragio de Medea, ‘teas geston foram mle doves que os beijow iy re) seabor, (Alotce 4 dinheiro a Batiste que fove aevesperade) AMA — 6 parto 0 voletro amign fe val we csperanga. Vs ‘10 pa an pro, val goa, Panece qe vat chorando oe fos ‘tue Wont? nao The de MEDEA — Ao party. ele see: os fIhos sto parte dos nals, a ‘im contadte. Go, nde al eerabdo: valid, pols sabe ‘ave os meus, tamein querem Youbut: Mas nei mesmo &se ‘etho impotence hd de aot de ma.” onde esto ws meals? AMA — Estto trancados 0 quarto que di para a belra do rio, ‘om mide evens MIRDEA — Vat boston (4 oma sai MEDEA — Val, Medes, val. Soja sainha ontea vex, Toma 0 exml- ho da dor abertodinnte det Rede tdaa aa focus, esqvece fe, de tea corpo segto, irom dole aren lindo, de eabelos feoare, ‘ov dois flor te Sania, Eaquece ae darts do Dart, feanecr oe gestos rimclrcs ¢ ot dacer beljospasrados dean Ihoots tho fresean, quo, Medea, equece. 4h! Mey fhoe tho Donita." cr mews flhon do sto, (4 one celta com 08 menino) MBDEA — Yeuham, ‘Tem méslo de mim? (para o ame) B ta val ‘a0 araisl buscar Tao." Precso falar com le (4 ama sad. 226 Agortinno Otax0 IT FILHO — Nio podeuos ir com ela, me? A gente tem mda ‘tlh, ds enndas que vem da mata, do see rion ts fee mes qe tahun, Youmice nord feenex? MEDEA — Taso queceo me detsar? Mate ee fo exbora © serdo miinades or ites ¢ ouleas ioe o8 tir. T PILHO — Yioves pelle « ama pra nos tevar a0 poxoudo? MEDEA — rsporen, Haperess, Os flhos de unas rua oo devean ‘hogar ao sot ol coun an fon yasna como caer fugit 11 PILHO — 0 que devenos tear? T FILHO — Aquéte ear de ouro. ‘nilos pequeninas no podem agtentar 0 pas TPILHO — Bntto, vamos de ios vasias Papal no val se angar. A ama ea to louge.-.” Vatnos correr tra dele? ‘Tenho pressa de chorae 11 FILHO — Vasnon Vamos depress MEDEA — Nio, assim, nfo. sperem. No se Incomm com ‘ama. “Dopots et mando Lear meus meninon. (Pepandothce ea tmaoa) Vamos encher eseas mila de files e prenetes da Terra IMfo querer? Vio buscar 0 carocirinho eo’ fave de tel dat Imstos daauele 1kdq no vem, I Tonge, alla do He? 1 FILHO — Atravessur 0 Hot TT FILHO — Tenho médo da enerentesn. No 20 pole chegne Ti, MEDEA — Os sos de Jasio com médo? So dole homenxinhes ‘lo bravas coo os les da lua terra. Sao doit quereiror ‘aletes eumno © pal. Yao atraveasar 9 rio, coo 6 tec ave tm dln chegow is pratas aa Costn eOuro: veleity de Jasio, 1 FILHO (rindo contonte) — Vatentes coun papal? IE FILHO — Pols entio vamos tena (8tes itiantancse para 0 rie) MEDEA — io. 3. Bsporem. Venham el, Venham abragar- “ate (oonrrtcedesesperata) 0 meus aitceey to Hie, 6 eaten {Wo rouros, 0 olhos to parva! Plltes como cus agua we, ar igo T PILHO ~ Voamleé me maenuce, Aten do Rio 227 11 FILHO — i Justo, nosso pal, quando 6 que val chegar? Quero ahora com G0 tals depres pete ‘Teabo ida traka TFILHO — En tamném no quero fiat MEDEA — Tainbéon querem me sbaadonar. Part, partam de Teena, Vio bowar'on prewmton An terra, qu Thos most (les soem por dete da casa em dire ao Fo) HU LAVADEIRA — io tous fog mother? TE LAVADEIRA — Pra, Afedea © pensa! HIT LAVADEIEA — Medea, Aldea lade Mi tempo! (rae atrocvesar a ponte, Medea, mio toca, bar: MEDEA — Como? Patan comigo? 0 ve querem agal? As ances ‘Sk faim com 4 pretn? to een se apeontsar TLAVADEIIEA — Medea, anda hd tempo. Sto teus Ciba ber. MEDEA — Filter mea, Hoon. don. maa tambien de Jane, HI LAVADEIRA — Medea, por pleade! Tambien sonoe fe, TW LAWADEIRA — Corra, corra 4 salnilon MEDEA — fos de que fia vosmicts? Mande meus {hs boxer eso frm du chgun evo cor mee TLAVADEIRA — A correatem & fort, as dguas fundas eas ‘Duran chelas de limo." nunca chegarte do outro Iada. So (onvese wm fraco grit, vindo do rio. 4 lavadeiresescon- tom ar ronter , chorando, woe efastonda. Ita wm silencio, De" novo, eas fonge anda guase impcreptiel, Chega 0 lements dog nepro) MEDEA — Ab! Susca mals verel of meos filhos nunca mals me fetenderdo ea sec trogen nen nis Gx retire No, Do ‘quero gras” De que ie vale choear? Devo partir ensotada, lvo tog para as matas- eno on ere creser, nem AFF: 228 Agostinno O1ace rel o seo quartn, wei acendorel ay rvlag no die do casainento; ‘io avelieerel a se Indo nfo eorel entereada por sus mica (a ne desea coir atrde do braseir, cujas bra 4 4 anton). TLAVADEIRA — io ni wis nada a fazer, Vamos embora daaut IW LAVADEIRA — Otten! o ro ext too vermelna, Parece chelo ‘ae sane LAVADEMLA — #9 sot que se eaconde, A. notte. ehagou AL LAVADELILA — E 6les nto voitam mats TLAVADEHA — Vamos embora dagul, Na tha 96 hd desesptra. 4 . ‘ ‘ (Afastemse tentamente peta margem. Sesto aparsee, Me ea ‘tiga Fogo camo uma barrelra entre ow dole. MEDEA — Que queres agul? So tens alzuma cola a dlzer-me, ‘owgarde i acon fgulen quo me separa do U, JASKO — Set que 6 ea MEDEA — Calpade de JASKO — Aindn se «scutam oa cantor fannbees dos teravas que compaohuram"o corpo tail do capitia, ‘od ike een ATs te Yal acronis cull MEDEA — Ninguéan val poder peorae JASKO — Sends morin a praas. Ninguém pode te malvar. Qucro Usrar ov mes ilo an fia deta genta, Quero us te0s ‘is, talner S nora — Nine TASKO — mtn para que ot quer, te no on odes guardar? AS IAVADEMIAS (num lament) — Sesto nfo sabe lia, at on pac mer 4JARLO — Depts de mals Ese eime 6te rest fi Fun Maden, ‘uh. oe nea tas est trae to tau nome tse Fuh, €'50'0 que pose ten Pu, mas Gelverme i ie ‘Ele silo brancos, mulher, ee * a ese. lida, De aver trafdo a maa ule Além do Rio 229 : MEDEA — So meus flor muito mals JASAO — Umm dla te verto preta © vio pergunter e=pantados © que Tazem junto ath MEDEA — Basia! Basta! Quando prociaate de enim, fo vite nish pele peta et me arate, Janie, credit! ey Was TABXO — Nto pales compreender. Com 9 meu casameato cam ‘Creomm, queria dar a sous fhos tena aches penta. Dit tncos fiom, Medea. ‘Tudo o# aepten dot MEDEA — Queres o fthor? Val bused, (4axto corre 8 casa). MEDEA — No. At, nfo JASKO — Onde esto? JASAO — Slo! Mio! Nido 6 posal! £4 um monstro, Medea! ‘aaste os town prope ftom, purque seblas que et ees ea MEDRA — No. Tu vais vier. # 0 teu castan JASAO — Fol ti loco eo pensar aie de uta trea de hires ola cenzer om muther raat tri creqprad) wna tale ‘ter depoin de ver tafdo a tribe depots de mata pa © tema, it se os mets bragos troca furan do amar. ‘Tu 60 geno ‘iota, que ae detaes enlaram costa tls para pga pees foros ‘oe fs acorrentar tas penis da Africa. Neabuma nutter uranen oasarin fazer 0: qo finest “rain IASKO — Um blcho etelo de fore mals feraz que as hlenas da MEDEA (continvando @ frase) — Que nose delvou vencer JASSO — Choeando, acomanteto entero da notva que no cophect we porto pola wha ator, ehorundo 9 dosting cruel das os por mim geradas, crlancas que allmentel © que amava como ‘Rene amet ninguéns JASKO — Mas cu ser persegulda por saa lembranga cruel ¢ vente sempee fugindo, numa grande wll. 230 Aoostinks Lavo MEDEA — tw enveltoonis sem coragto e sem esas, poraue pen ante em tomar. tao que me Ravine dado -. mas matando ws ‘ous finog mate! tamiein Gave amor.» ninguéia 0 poste JASKO — 6 ibow mens que nunca nals vere sorrirt MEDEA —P nem ses & sepnltona déles gerd tocada por tans Tifosi o8 lean as fguas se nto volta tne uals. VEO {ho ancnte da ase eee da sean sli, pols Uy perder @ isan we gts grande rio vo falturaese As do ie. lo gerd rio mialdito poe todoe o# ASSO — Bo Ho sera en ‘ave ais tarde ere su hist MEDEA — 10 rio ser lembray © ser no sngrado. Suas dgves Tol sempre. deo qe alo tor gia an 8 ite o@ lennga tim no se delsar veneer. alee dagul para (daato sat Um longo siléncio, Ax hams da forucira MEDEA — sfutheres? Afuterost ine tama. $4 so foram para hhunen male volar: 4 sombras Jt me rote, alaeanse as ‘over da mata, a0 me resta 4 sodie.” Vones, 6 vores da rat, {minha wones, onde extio? Nto ovo ervane rio tenho Indo da tha, desea suelo tio grande 0. voves da mish ‘ace, 6 mints vores one eatdo? Vor que se eam agora? A. hogea trgou 0 branco, Maden cospo te nome e Jing volta tun ea, tara de nove relearn (Lentamente comezam os atadaguee,o# tanta © a8 azote 4 tocar um ponto we macuniva. -t floretta rave ininento de frehotenVultoe se recortam entre an drvores. Stan Negras ent sina ace son acuniesangrent.fsteham MEDEA ~ Ainda tocam o ponte. Afnda precisa de mim, ind ‘sou rainha Ati sou pretn © or PANo Além do Rig 201

You might also like