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Haden 6 OS ee Assis fois Marie igre fea ee = ethos — poesia — Teale, Org: Imire OF | ee rbod © molas de Malfavet.” de Mol Sap favlo! Culbrix, 19.84 ir, ey | Ideal do Grttion Eoxcncen « citi se oe sate ficil a tarefa do I para a representecio como para a represen ; @ preciso ter alguma ais que um si Infelizmente & a opinio contritia que domina, e a desamparada pelos esclarecidos, @ exercida pelos incom- petentes ‘SGo Obvias as conseqiiéncias de uma tal situacio. As musas, privadas de um farol seguro, correm o risco de naufrager nos ma- daairé 0 —e a morte préxima s © das suas Intas, conseqilénciss? No quero pro- femerisio, mas qualquer pode notar com frvalos aparecem as bots obras, © como sio rares seladas por um talento verdadciro, Quereis mudar iva? Tstabelecei a critica, mas a critica fecunds, € nfo a estéril, que nos sborrece © nos mata, que nfo seflete nem discute, que abate por capricho ou levanta por vaidade; estabelecti critica pensidora, sincera, perseverante, elevade, — sexi esse 0 melo de reerguer os Animos, promover os és — €-s6 assim que teremos uma grande 1) 87 } H claro que a essa critica, destinads a produair tamanha re- plso da balanga; acima de tudo, dos sorrisos © das desatengées, i forma, deve so exis ag condlgics¢ as vite que falta 8 critics ésti o dever de dizer a verdide, e em ess0 de divide, antes ca- | —e para melhor defini: 0 meu pensamento, eis o que lila, que negéla. 1 critica do fututo Com. tais principios, er; mas creio até que uma das cor € despreocupar-se de ‘ naturalmente da imaginago. ‘A coe. condigies, © 36 \cioso. Com efel 0, deixa-se impr aplicarthe as leis poéticas, ver enfim até que ponto a imaginacio thes As questies litericias, hi de cair freqiientemente na contca- € a verdade conferenciaram para aquela produgio, Déste modo * digéo, 05 seus juizos de hoje serio a condenacéo das suas apre- #5 conclusdes do critico servem tanto 2 obra condufda, como a ages de ontem. Sem uma coeréncia perfeita, as suas sentences obra em embriio, Critica & andlise, — a eritca que nko analisa perdem todo o vislumbre de autoridede, e sbatendo-se & condigio €a mais cOmoda, mas nfo pode pretender a ser fecunda, de ventoinha, movida ao s6pro de todos os interésses © de todos Bara realizado fara iplicaces| obrigacten.comspreend) ex: qu 0s caprichos,’o critica fica sendo inicamente oriculo dos seus aio Paling lo muti hig compro tx gu Gini ido 2) produsio das impressGes de um momento; pode-e, é vecdade, fesci © eritico deve ser independente, — independente em tudo ¢ nar 0 plblico, mediante uma frascologia que se emprega sempre de tudo, — independente da vaidade dos autores ¢ da vaidade para louvar ou deprimis; mas no animo dagueles para guem wira propria. Nao deve curar de inviolabilidades litecisiss, nem de frase nada vale, i mnie Wdéa, —— dese melo & cegas adoracées; mas também deve ser independente das sugestbes 0 orgulho, © das imposigées do. an critica deve sez uma luta constante cor réprio. A profissio do tédas essas dependén- deixar de per- € preciso que seja igos, solicita inca, eis as das condigées princi . le verdade , em ver de modelar as suas sentencas por um interésse, quer seja 0 interéise do édio, quer SESE lie) eat et pl iid ren la sua consciéncis, Bla deve ser sincera, sob pena de wala, See ee aa eceed Nio the & dado defender nem os seus inverter, pesoai, pease saeco er ce emcee lee mas sdmente s pare exercer a A de estarem wrando pi ibuto. Breno. teria enti ‘externas. > ss simpatias ou antipatias dos ‘outros; 1m sortiso complacente, se pode ser recebido e rettibufdo com outeo, niéo deve determinar, como a espada de Breno (#), 0 tando cidades, até chegar Roma, onde pi ‘que s6 0 levantaria ae recebeste, como re romanos nao tiveram outra salda que ni (*) “César — Caio Ji , chefe do. partido pep ‘comesou uma carreira poli 83 tuas de Pompeu: — “I levantando as estituas do teu inimigo que tu consolidas as tuas préprias estétuas.” A tolerincia € ainda uma vistude do a & cega, © a cegueira € um elemento do érr0; deragio podem cotrigic ¢ encaminher as intcligéncias; mas a into- lerincia nada produz que tenha as condigées de fecundo e durs- duro, 2B preciso que 0 critico seja tolerante, mesmo no terreno das s de escola: se as preferéncias do caitico sio pela escola cumpre nfo condenar, s6 por isso, ts obras-prit lissica nos legou, nem as obras medi obras dos romfaticos ¢ dos realists, tio inteisa justice, como @stes devem fazer As boas obras daqueles. Pode haver um hhomem de bem no corpo de um maometano, pode haver uma ver- dade na obra de um tealista. A minha admiracio pelo Cid (# io me f€z obscurecer as belezts de Rey Blas (**). A que, para nio ter o trabalho de meditac e aprofunder, se se a uma proscrigio em massa, seria a critica da destrul aniguilamento, Seri necessirio dizer set a usbanidade? Uma ct 6 encontra_ f6rmulas sper we uma das condigbes da critica deve que, para a expresso das suas idéias, pode perder as esperancas de influir ser &se 0 meio de provar indepen- expetimentados fario muito pouco ciso de ‘que precisa sair da sala para mostrar que existe, Moderagio © uibanidade na expressio, eis 0 melhor meio de convencer; néo hi outro que seja tio eficaz. Se a delicadere das neste mundo, que € a vaidede dos Poetss, campredihe, a éle sobretudo, no es De outro. modo, ° is. questbes pe em campo de palavias, de d cosokceesi (**) Ruy Blar — Drama em cinco ator ¢ em verio, de Vitor Hugo, Gid — Titulo de uma das mais belas pesas de Corneille 90 se acaso uma boa dose de sengue frio, da parte do adverssrio, nfo tonnar impossivel @sse espeticulo indecente, Tais sio as condicées, as virtudes e os deveres dos que se destinam i anilise rade, a virtude da perseverance, teremos complelado 0 ideal do Saber a matéria em que fala, procurar 0 de um Livro, desea indé-to, até encontrarthe a alma, indagar cons- tudo isso com a mio na consciéncia e bios, adotar uma regea definid na contradigio, ser franco sem aspereza tarefa nobre & essa que mais de wu: SE SE quibesse i entender € mesmo com f8rga de tentar e grande obra da anflise verdadeira, que se sentic ienciosa, solicita s resultados seriam imediatos ¢ fecandos. As obras que passassem do cérebro do pe aa consciéncia doc vex de serem tratedas conforme ia no lugar da expr ‘no Ingar do capricho, da imparcialidade daria Le ferenga e da superficialidade, Isto pelo que res como nfo se pode estrada dos deveres di congusar de si prop, os apinsos que Ihe segusem as inte ligencias esclarecidas. Se esta reforma, que ex sonko, sem esperangas de uma seal zagio préxima, viesse muder a situagio atual das coisas, qu Tentos novos! ‘que novos escritos! que estimulos! que ambicSes! A arte tomatia novos aspectos aos olhos dos estreantes; as leis potticas, — tio confundidas hoje, e tio caprichosis, —~ linicas pelas quais se aferisse 0 merecimento das produgées, —~ f literatura slimentada ainda hoje por algum talento corajoso bem enceminhado, — veria nascer paca ela um dia de florescimen- to e prosperidade, Tudo isso depende da critica, Que ele apa- rega, convencida e resolute, — ea sua obra seri a melhor obra dos nossos dias. (Ditsio do Rio de Janeiro, 8 de outubro, 1865.) on

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