You are on page 1of 160
Producao grafica nia mess Antonio Celso Collaro een. | < : a ae xi x Captua 1 Letras com cara de pradutaoprodutas com cara letra + O que é composicao em artes grificas? .. “ Aarte influencia o desenho das letras. + Estilos + Acstética grafics A influencia dos estilos na estética gréfica Critérios para a escotha de letras... A familia romana antiga A familia romana moderna A familia egipeia ‘A familia lapidéria ou bastio..... A familia cursiva u + Classificagio por sé seesennneens WB Capitulo 2 - 0 olomente cor na produede visual e yrafica 4 * As preferéncias e suas razées. Produgdo grética: arte e técnica da midia impressa Em relagao a0 sexo... 7 eran 16 Em relacao a idade .. 16 Em relagao a cultura 16 Em relagao ao clima .... Coe Buds etlsgeainecect lt Em relacao ao gosto pessoal .... M7 seereeseree LT © Fungées da cor Como vemos a cor .. 17 Sintese aditiva. 19 Sintese subtrativa .. ae .19 O circulo cromatico seeceeeseeeee 20 Como o oho abstrai cores dos objetos ...... nO O processamento mecanico das cores on 22 Quando ¢ por que usar cores especiais? .... - 25 Psicologia das cores... O contraste figura-fundo... O que significam as cores? O poder de atragao da cor. 28 A forma € o seu poder de concentragao. erssceenseee 28 A cor € 0s sentidos... 29 Acor ea temperatura... 2.29 O peso. 2629 A visibilidade... 229 Percepgao dos tons. sinranay30) Capitulo 3 —Produgfo visual da poridicos @rovistas— A revista secs 32 Colunas € resultados... csi 32 Estrutura fisica das revistas .... 1.40 ® A propaganda como meio de sobrevivéncia Simetria ou assimetria, eis a questao Zonas 6pticas primarias ¢ zonas mortas Variagao de formas para quebrar a monotonia Destaques prioritarios Sumo Simetria ¢ intensidade FO jornal ssnnnnnnenesnnnn O newsletter 52 Tabléides .. 60 # Os jornais standard .. seeseenes 2 ‘Um pouco de historia 62 Caracteristicas basicas do design dos jornais standard., 63 A propaganda nos jornais. 63 A disposigdo de antincios e classificados em jornais 64 0 livro quanto a sua forma, Categorias literarias .. Anatomia do livro .. ‘Capas para proteger e vender O livro por dentro A pigina-mestra conforme os mestres ... A diagramagao classica de livros. Fluxograma de produgdo editorial nese 85 Capitulo § 0 indesign come ferramenta de iagramaggo_ 4 As setas e suas funcée 88 + Contornos e preenchimentos jm sone 90 Espessura dos contornos. 90 Cores para preenchimentos ¢ contornos 92 Os gradientes ¢ a técnica para produzi-los no Indesign .... 93 Gradientes coloridos . 94 Gradientes em letras. + Recursos de texto do Indesign. Composigao solta .. Formatagio de texto. X MNNEEESEETT] © Produgo grafica: arte e técnica da midia impressa Ferramentas de desenho ..... 106 107 Figuras geométricas regulares e irregulares Como produzir um documento no Indesign 113, ® Tipometria: o estudo dos sistemas de medidas nas artes graficas Bits € bytes 116 Exemplo de calculo de textos. Capftulo 6 Papet: 0 mals pratico, flexivel e eeoldgica dos suportes de Imprassdo —. Papéis para imprimir e para escrever. O papel em escala industrial .... A transformacao da madeira em folhas de papel Qualidade em relagao ao peso Caleulo de consumo de papel Papel em bobina...... Normas para papéis em folhas.. Acabamento editorial e cartotéenico Acabamento editorial Operacées laminadas O verniz . © hot stamping Finalizagao de livros e revistas..... 132 Capitulo 7 — Os sistemas de impressaa, suas origens e suas matrizes___ 195 > A tipografia avanca no tempo e na técnic: . 137 Da litografia a impressio off-set .. .137 A gravura em metal dé origem a rotogravura.. A flexografia como alternativa de velocidade e flexibilidade ... 142 A impressio serigréfica .. Impressio tampogréfica . Sistemas termograficos de impressao Sumétio xt $ Computer-to-plate ... 143 + Computer-to-press Glossirio Raferdneias bibliogréfieas indice romigsiva nn se a , A forma informa o conteddo Diante da profusio de titulos que abordam a importancia das idéias e das mudancas comportamentais para realizado bem-sucedida de pro- jetos, € muito bem-vinda esta reedicao do livro do professor Antonio Celso Collaro, titular das cadeiras de produgao e computacao grafica da BSPM. Uma obra que aborda nao o insight, mas a realizacdo das idéias no ambito da midia impressa. Algo especialmente relevante no mercado de comuni- cago, caracterizado pela valorizacao da “idéia’, mas onde, diariamente, sacadas geniais morrem na praia sem ser convertidas em pecas publici- tarias concretas. Isso porque, a despeito do conhecido culto & criagao, sao decisées de produ¢do, como gramatura, tipo de papel, sistema de impres- sao ¢ outras, no caso dos materiais impressos, que decidem 0 sucesso ou o fracasso de uma empreitada de comunicacao. Em outras palavras, sem boas solugdes graficas (ou eletrénicas, no caso de outros veiculos) a idéia simplesmente nao chega até 0 ptiblico-alvo. Mas nao se trata apenas de um livro que aborda sistemas e técnicas produtivas. Publicado pela primeira vez em 1987, quando viviamos em outro planeta em termos de produgao gréfica, a obra nao foi esvaziada pelo tempo, Renova-se a cada edi¢ao, incorporando os incriveis avangos tecnolégicos que mudaram completamente os procedimentos da produc&o grafica. Termos como paste-up, overlay, canetas nankim e cola benaina ficaram pelo caminho e provavelmente néo fazem nenhum sentido para voce leitor abaixo dos 30, uma vez que essas ferramentas “bracais” deram lugar a artes-finais que vao direto do computador para as rotativas das graficas. Por outro lado, 0 boom da comunicacdo digital no decretou o fim de livros, folhetos, cartazes e revistas, mas parece oferecer novos desafios ¢ oportunidades para aqueles capazes de enxergar todo 0 proceso de comunicacdo e pensar o lugar dos impressos no futuro. Uma revolugio de miltiplos sentidos que o autor tratou de acompanhar ¢ incorporer. Mas a obra nao sobreviveu apenas por que acompanhou a evolugéio fecnolégica. Permanece atual porque permanecem validos os conceitos que aborda. Fundamentos como equilibrio, hierarquia, composi¢ao de co- xiv MINNIE 1] —_Produgo gréfica: arte e técnica da micia impressa Tes € outros aspectos que muitas vezes ficam esquecidos diante das inu- meras formulas prontas oferecidas pelos softwares de editoracdo grafica. Principios capazes de nortear agoes ¢ oferecer critérios para as inimeras decisées que devem ser tomadas pelo profissional de artes graficas. © livro mescla, portanto, esses dois mundos, 0 da tecnologia, que oferece novas ferramentas e opcdes a cada dia; e o mundo dos conceitos, formado pelos principios capazes de orientar o profissional de artes grafi- cas nesse emaranhado, mutante e crescente, de possibilidades. Aborda os tépicos fundamentais, com raizes histéricas capazes de contextualizar os estilos tipograficos e oferecer critérios de escolha; trata da cor, elemento basico da comunicagao visual, levando em conta os as- pectos biolégicos, de linguagem e sécio-culturais; detalha a elaboracdo de revistas ¢ livros; dedica, em sintonia com o momento, um capitulo para © software mais utilizado entre os profissionais da area; descreve os sis- temas de impressao de diversos momentos histéricos, que convivem hoje como ferramentas adequadas a diferentes situacdes de producao: e faz ainda uma surpreendente e oportuna defesa ecolégica do uso do papel, convidando o leitor a avaliar efetivamente o impacto no uso de energia, tinta e papel de solugdes aparentemente “ecolégicas”, Traz, enfim, um painel fundamental nao apenas para aqueles que es- tejam interessados em produgao grafica, mas para todos os profissionais de comunicacao envolvidos com midia impressa. Profissionais de criacdo, planejamento, atendimento ¢ outras fungdes que ja nado conseguimos no- mear € que, cotidianamente, se deparam com decisdes de comunicacao que devem levar em conta toda uma cadeia produtiva. Pois se, por um lado, os profissionais ganharam tempo com a tecnologia, por outro, am- plia-se hoje a importancia da percepgao dos desdobramentos, da viabili- dade técnica e economica de cada uma de suas decisdes. O autor, nesse sentido, foi muito feliz ao incluir no titulo as palavras arte e técnica. Atividades que sempre estiveram unidas e que, com a tec- nologia, ficam ainda mais préximas. Para um pintor do Renascimento, por exemplo, conhecer a fundo as caracteristicas das tintas e suportes, fazia a diferenca entre a permanéncia e o desaparecimento de sua obra. Para 0 comunicador de hoje, distinguir entre os melhores caminhos entre as intimeras opcées tecnolégicas, significa a diferenca entre chegar ou nao a seus publicos. Mais do que nunca, faz-se necessario o equilibrio entre arte ¢ técnica, entre conceito e ferramenta, Torna-se evidente, no dia-a-dia do comunica- Precio x dor, que aspectos como viabilidade econdmica, aproveitamento de papel, reciclagem, processos produtivos limpos, devem articular-se com a criati- vidade e a linguagem. Um contexto onde nao basta mais ter uma idéia na cabega, mas preciso saber como colocé-la no papel (ou em qualquer outro suporte) de forma tecnicamente e economicamente vidvel. Articulando forma e conte- ‘ido. Algo que este livro faz ha cerca de 20 anos. Prof. Luiz Celso de Piratininga Presidente da ESPM Esctever sobre artes graficas é algo que me proporciona muito prazer. Desde a época da composicao a quente estive presente como tipégrafo, compositor manual, levantando tipos letra a letra para que o conhecimen- to chegasse as pessoas, montando paginas de livros € revistas no chumbo, tirando as famosas provas tipograficas para revisio e conseqtiente corre- 0... Uma arte, sem davida. Conheci de perto as maquinas de linotipo, em que o alemao Ottmar Mergenthaler colocou todo 0 seu conhecimento de légica e a preciso de um relogio para mostrar ao mundo que se compuséssemos textos com maior rapidez teriamos mais produtos editoriais e uma cultura mais po- pularizada, Estamos falando de 450 anos de tecnologia, no minimo. Mas o mundo queria mais, E que tal um sistema que fotografasse textos com a velo- cidade de um milhdo de toques por hora? Veio a fotocomposicdo, texto fotografado tendo como suporte o papel, que depois seria revelado, recor- tado, colado conforme as marcagées de layout, o8 conhecidos ‘pestapes’, € novamente estavamos la para conferir. Fotografar, fotolitar, imprimir em tipografia, off-set, serigratfia, flexo- grafia. Que mundo maravilhoso em que meu velho pai me colocou, e como a gente demora a perceber isso. E a estética obtida com os estudos que a Escola Senai de Artes Graficas me proporcionou, € a ESPM complementou, com énfase na pes- quisa. E toda essa trajetéria que colocamos neste livro, para que esse conhe- cimento e essa viagem nao acabem, pois a midia impressa é a responsdvel por estarmos hoje na frente de um computador, comunicando-nos com 0 mundo praticamente em tempo real, Comecando essa viagem, falamos das letras de maneira simples, mas muito ilustrativa, de modo que assimilando umas poucas paginas 0 leitor possa ter um perfeito entendimento técnico sobre como, onde e de que ma- neira usar a tipologia em proveito da estética dos impressos e, por que no, em outras midias também, Er Produgdo grética: arte e técnica da midia impressa Passeamos entao pela forma de disposi¢ao de layouts, entendendo, sem nos perdermos nos segredos da semidtica, como obter resultados sa- tisfatérios em produtos visuais. Entdo falamos de cores, conhecendo as reagdes das pessoas a clas, entendendo como cada tipo de publico é influenciado pelos tons ¢ como um computador processa as cores para chegar és quatro matrizes de im- pressao. ‘Abordamos a esséncia da diagramacao de livros, jornais e revistas com formulas simples mas eficientes, e capitulos sobre sistemas de im- pressdo griifica, acabamento grafico e suportes de impressao fecham 0 ciclo de conhecimentos basicos — que, tenho certeza, vai ajudar a todos que desejam entender 0 processo grafico e valorizar o trabalho desses ar- tesdos cibernéticos que transformam o pensamento humano em algo real, material, palpavel, vital para a existéncia humana. ‘Ao terminar de ler estes capitulos sobre a arte e a estética grafica, tenho certeza de que sua maneira de pensar essa matéria sera outra. Bom proveito. Agradeco a Escola Superior de Propaganda e Marketing, a Escola Se- nai “Theobaldo De Nigris” e ao pessoal da Camara Brasileira do Livro, que incentiva muito a pesquisa na area de producdo visual e grafica. Minha gratidao a todos pelo apoio. Antonio Celso Collaro Outubro de 2007 _ a As letras falam, Metafora comprobatoria do poder desses simbolos responsaveis or guardar¢iansmilic oda. sabedrie humana, Quando se fle em eras, felese fa humanidade. No dia em que o homem estabeleceu sinais para traduzir os sons que emitia, tudo mudou na humanidade; a criacdo da linguagem ¢ 0 divisor de aguas entre © ontem eo amanha, ‘A complexidade de se trabalhar com letras provém das caracteristicas culturais de cada povo, mas é recompensada pela tradigdo de cultuarmos nossos fatos, mitos € expoentes por meio dos livros. ‘Mesmo com as novas midias disponiveis no mundo moderno, a grande sacada do texto € transmitir sem deixar nenhuma diivida o teor de suas mensagens, € nisso tém um enorme papel os desenhos das letras ¢ sua disposicao, O som deixa diividas, Por ser momentaneo e disperso por nossa capacidade limitada de absorcao sonora. As imagens podem provocar interpretagdes dibias, conforme a tendéncia ou mesmo os pardmetros a que somos submetidos diante de seu contetido. O texto, por outro lado, é inquestionavel em sua abrangéncia e profundidade, quando seu cédigo é ade- quadamente utilizado e, mais ainda, quando se domina a retérica. Mas a maneira de utilizar as letras leva essa comunicacdo um passo adiante, construindo, reforcando ou alterando significados. Este capitulo tem o objetivo de transmitir algumas técnicas que ndo so novas, mas que poderao ajudar os comunicadores a usar melhor essa maravilhosa ferramen- ta que é a palavra eserita © 0 quo é composigao om artes yraficas? E dificil obter para essa pergunta uma resposta que néo seja tendenciosa. Afinal, estamos falando de cédigos universais tao significativos que tem o poder de mudar 0 rramo de povos — como certas tabuas de leis, conjuntos de letras que foram capazes de orientar o mundo em que vivemos. 20 MEET §—Produzio gritica: arte e técnica da midia impressa Para os profissionais de editoracao e da industria grafica, no entanto, composicéio é a reunido de imagens, letras e ornamentos de modo a compor 0 universo do grafismo de um impresso. Como esta geralmente ligado a palavra e @ comunicacéo, a composi cdo tem como elemento fundamental as letras ¢ suas formas, que evoluiram através dos tempos nquistas da humanidade. ® A arte influencia o desanho das letras Uma definicao simples de arte é a uniao da virtude e da técnica para realizar de- terminado trabalho sob aplicacao de algumas regras. Assim se comportam as artes da misica, da escultura e outras mais. Uma convengao arraigada em arte é dividi-la em dois grupos distintos de acordo com suas finalidades: as belas artes, que buscam a beleza como seu elemento prin- cipal (arquitetura, escultura, pintura, mtisica e poesia) € as artes aplicadas, que tém como principal objetivo resolver as necessidades da vida (artes do vestuario, artes mecénicas). As artes aplicadas séo em sua maioria consideradas mistas: aliam a utilidade de seus produtos a elementos estéticos. Esse ¢ 0 caso da ceramica, da serralheria e da maioria dos produtos das artes gréficas Aqueles que se dedicam a estética em sua producao chamamos de artistas, e aque- les que se dedicam 4s artes aplicadas chamamos de artesdos. Embora ainda existam artesdos que se dedicam a produzir objetos manualmente, como se fazia desde o inicio da civilizacdo, 0 artesao de hoje é com freqiiencia um profissional com conhecimento tecnolégico e recursos modernos para executar seus trabalhos. A ciéncia que trata da beleza ¢ de seus fundamentos filosdficos chamamos de es- tética, Uma obra é considerada bela se scu resultado produz satisfagao e prazer para os seres humanos, independentemente de raca, cor, influéncia cultural ou ambiental, sensibilidade etc. No entanto, cada povo, a partir de suas diferentes maneiras de viver e de pensar, € educado para apreciar determinados tipos de coisas e outros nao, ¢ es- ses conhecimentos adquiridos interferem em sua apreciacao estética. De modo geral, porém, a justa relacao entre os elementos e as partes constituintes de cada obra determina seu sucesso ou nao perante cada grupo de observadores. Essa relacdo segue determinadas regras ¢ condigdes que devem ser cumpridas por artesaos €, em muitos casos, até mesmo por artistas. Para comegar, uma obra deve ter unidade em sua concepcdo e realizagdo. A varie- dade, obtida pelo contraste entre as partes, associada ao emprego correto de materiais € técnicas que expressem a proposta do autor de maneira natural ¢, principalmente, a originalidade constituem a receita para uma peca propensa ao sucesso. Capitulo 1 Letras com cara de produto e produos com cara dalera 3 © Estilos As obras de arte, em que pese o conceito ‘universal’ de beleza, so manifestacdes pessoais que diclogam com determinadas formas de expresso de um povo, de uma re- gido, de um m..mento, pelas quais so influenciadas ¢ as quais influenciam, Para entender essa evolucdo ¢ sua relagao com as letras, podemos usar como re- feréncia a arquitetura, de maneira bastante simplificada: 5 Estilo clissico: estilo predomi- cuRa nante durante a Antiguidade greco- ae Folin ® Estilo bizantino: estilo inspirado mune na antiga Constantinopla, hoje Is- tambul, antes conhecida como Bi- zancio. Originow o termo bizantino e tem como maior referencia arquite- tonica a catedral de Santa Sofa, no século VI. romana. © Estilo romanico: estilo que domi- nou a Europa durante os séculos XI, Xil ¢ parte do século XIIL & Estilo gético: estilo que prevale- ceu na Europa durante os trés a timos séculos da Idade Média: XIII, cea too, xIVe xv. on does, ida pla © Estilo renascentista: estilo que | = cot se inicia no século XV e retorna ao : role emprego de elementos classicos, seguindo a tendéncia humanista. Desse movimento nasceu 0 estilo barroco, com grande abundancia de adornos ¢ detalhes, 0 ‘rebusca- mento’ ‘Acompanhando a evolucdo da técnica e da economia, a estética arquiteténica con- tinuou a evoluir, originando estilos moder- nos como 0 floreal, o cubista ¢ funcional, 4 EET) © Procugéo grafica: arte @ técnica da mila impressa Toda essa evolucdo estética foi acompanhada pelo desenho das letras. Com 0 advento da tipografia, textos que até entao s6 podiam ser pegas tinicas agora podiam ser multipli- cados, ¢ impressores como Gutenberg — na época nao considerados artistas — criaram para ser reproduzidas verdadeiras obras de arte da florescente industria grafica. @ Nestética grafica & muito dificil definir a estética grafica, visto que o principal objetivo do produto impresso geralmente é a informacao limpa e objetiva. Mas isso nem sempre é verda- de, Como mencionamos antes, 2 maneira como se dispée 0 texto ¢ a propria forma das letras tem uma enorme influéncia sobre o resultado final. Recursos como textos, vinhetas, filetes, imagens € muitos outros compdem o universo em expansao de uma manifestacdo artistica especifica e cada vez mais mista. A infludneia des astilos na estética grafica Alguns estilos influenciaram fortemente as artes graficas ao longo dos séculos. A arquitetura e a pintura contribuiram e contribuem em muito para a formagao de estilos tipologicos de suas épocas. Estilos classicas Com a invencéo da imprensa, durante 0 periodo dos incunabulos (1450-1500), © primeiro e principal estilo utilizada foi o gitico-em-suas diversas versGes, pois a 4 afia precisava fixar-se como. los dese- nhistas era o gotico, tipologia predominante nas iluminuras.da.época. A legibilidade dos tipos goticos sempre foi contestada e, na época, os adornos dificultavam ainda mais a leitura das paginas. Mesmo sendo essas capitulares ‘iluminadas’ verda- deiras obras de arte — de certa ma- neira criando a profissdo de artista grafico —, esse tipo de letra esta hoje confinado a impressos que remontam ao classico, como diplomas, mensa- gens ¢ logos que queiram inspirar tra- digo ¢ confianga. FIGURA 1.3 Pagina do Biblio As letras romanas humanisticas, de Gutenberg, fundidas em tipos méveis, foram for- impress em temente influenciadas pelos géticos. coracteres gotias CCapituio 1 Letras com cara de produ produts com caradeleta Criadas em 1465 por Schweinheim e Pannartz, suas mintisculas foram baseadas no alfabeto latino de escritura italica romana ¢ carolingea, ¢ as maiiisculas nas inscri- des lapidarias romanas, estilo romanico, herdeiro direto da arte romana, teve origem greco-etrusca na Etruria, Toscana, na Italia. Esse tipo de letra foi sendo aperfeicoado com o tempo por tipdgrafos fundidores de forte senso estético como Jenson, Didot, Bodoni, Garamond, Elzevir, Plantin, Baskerville ¢ outros. Dessa familia PAA 00 | aCDEFGHIKLMNOPQRSTUVWAY2, {ras foi um pulo: do romano i, Jesghikimnoparstuvwxve antigo para o romano mo- — 1234567890+.#808" derno, do egipcio para ola Garamond pidario ete. ABCDEFGHIIKLMNOPQRSTL VWXYZ Jklmnoparstuvwsyz 890. -S88* Do Renascimento até o final do século XVII € come- 0 do século XIX as obras tipograficas utilizaram os romanos transicionais ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ, abcdefghijklmnopqrstuvwxyz FIGURA TA 0s romanos modernos, que, | 1934567800+-#9@&* Agus pas associados a vinhetas € or | Baskerville «lssics usados namentos, ilustravam e aten- sinda hoe diam as necessidades dos livros. Os egipcios € os lapidarios, ou bastao, aparecem como opcao € evolucao para os novos tempos, mas os classicos ¢ romanicos ainda s4o imbati- veis quando 4 legibilidade, que é a capacidade de ser lido no menor espaco de tempo. Os caracteres egipeios vai . fe or dese- - a foram criados por dese rier nhistas italianos a pedido aecarerspoc pee ig dos ingleses para identifi- | american Typewriter car seus produtos na Revo- luedo Industrial, ¢ ganha- | ABCDEFGHIKLMNOPQRSTUVWxYZ abcdefghijkimnoparstuvwxyz ram 9 mercado por volta de | Toes atnans gg oe 1820 Geometric Slabserit Média Oscaracteres lapidarios séo conhecidos pela simpli. | ABCDEFOHDRL»avopoRSTUVwxYZ stoghdmnapgrstorwy2 HouRA 15 Cidade de seu desenho © | trrecsmgor #908" “ Trempesde forte grau de visibilidade. | square Sebeert Light | ccs Inspirado nas inscrigées fe- esis nicias que perpetuavam suas mensagens usando bastdes de argilas pressionados sobre lapides, seu desenho tem pouca ou nenhuma variacaoem suas hastes e ¢ desprovido de 6 MME) © Produgdo gratica: arte técnica da micia impressa ReURAL6 [OO ‘Monte Futura, de | ABCDEFGHUKLMNOPQRSTUVWXYZ Poul Renner, abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 1234567890+-#$@8" a fonte Futura, criada por Futura Média Paul Renner, em 1928, na Alemanha, tipo muito usa- do € imitado até hoje por criadores de caracteres. serifas. Um dos seus re- presentantes marcantes foi ABCDEFGHIKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijkimno | 1234567890+-#$e& | Futura Extrabold | Depois do periodo | classico vivido por tipé- | grafos como Didot, Basker- 1034567890+-#5@8" ville e Bodoni, um novo Fora Condonsnda movimento rompeu com o ci = tradicionalismo e usou um desenho mais livre e solto, fugindo da frigidez e da estagnacao dos caracteres classi- cos, 0 romanticismo. ABCDEFGHIKLMNOPORSTUVWXYZ cbcdefghiklmmoparstorwxyz O estilo romanticista passou a usar em sua estrutura elementos decorativos, or- las, vinhetas, flores etc. © abuso desses elementos transformou esses impressos em verdadeiros mostruérios de tipos, plasticamente bonitos mas de pouca legibilidade. A evolucéo dos métodos de trabalho, associada a novas e mais eficientes maqui- nas de composicao e impressao, impés um aperfeigoamento também no desenho dos caracteres. Com esses elementos, estavam criadas as condigdes para a primeira gran- de revohugao tipografica, que permitiu a um nimero cada vez maior de pessoas, de classes sociais menos abastadas, o acesso a informacdo e a cultura. TEL Conte 2424 |, RASSEMBLEA,105:210 FIGURA 1.7 Anéncios da 6poca mostam oinfluénca des movimento bert loreal na tpolagi. Capitulo 1 Letras com cara de produto e produtos com cara deleta 7 s estilos floreal e liberty (Figura 1.7) marcaram essa época, trazendo novidades para o desenho de letras. Impelidos por um sentimento naturalista, desenhistas da pri- ‘meira metade do século XX usaram flores como inspiracdo para suas criagdes. Jao liberty fez uma estilizagao dos géticos, dando-lhes uma maior flexibilidade ¢ criando desenhos menos rebuscados. William Morris (1834-1896), artista, poeta, escritor e tipégrafo, influenciado pelos movimentos cubista ¢ futurista, usou ¢ abusou de ornamentos € influenciou toda a Europa com suas idéias. As formas arrojadas e agressivas dos tipos oriundos do estilo floreal provocaram reagdes de outros movimentos fervilhantes na época, como o futurismo € 0 cubismo, a partir de 1910. O maior trunfo desses movimentos foi a simplificacdo das formas arrojadas do estilo floreal, Em resumo, estava decretado 0 rompimento com o desenho classico de letras, deixando mais livre a arte de desenhar caracteres. Os movimentos cubista e construtivista influenciaram a tipografia com muita forga, devido a geometrizagdo de suas formas. A valorizacéo dos espagos brancos, as disposicdes geométricas € as proporcdes em suas formas so usadas até hoje pelos artistas graficos. Nesse quesito, a obra de Piet Mondrian teve um papel preponderante ¢ inflenciou nao s6 desenhistas de letras, mas também diagramadores, ‘Anova tpogratia ‘A tipografia elementar, escola russa iniciada por volta de 1924 ¢ baseada princi- palmente no futurismo e no cubismo, foi influenciada pelo abstracionismo construti- vista de Mondrian e Malevitch e pelo expressionismo de Kandinsky. x» 5 rouRA ‘brad Monin, oma grande infuénagora 0 design aro FHGURA 19 ‘Oba de Mali 8 MINNIE] ©—_Produgo grafica: arte @ técnica da midia impressa FIGURA 1.10 XOMEIWD) BETYAK Os conceitos basicos da ti- see porta fio: f pografia elementar baseavam-se base para o sugimento : seven cde ume ostética propria norompimento com 0 dbvio. Seus ‘nos corte soviticas. ‘ho lado, obra criada pelo artista Vladimir Moyokoky. ay, nats? AM GT HA a preceitos visavam a producdo de obras revolucionarias, fora dos padrées estéticos conhecidos, desligadas das normas e da si- metria convencionais. Caracte- 3 a i res lapidarios, sem adornos ¢ ' com alguns filetes como recurso C de equilibrio, comunicando de forma simples e objetiva. 0 gos- to por caracteres pesados, ex- (EWH B YAAPHYA) reynny tra-escuros, foi despertado com OBPAMIBATTPYAA BCTYINTD. a nova tipogratia A audacia de seus representantes deu inicio & propaganda com imagens ¢ textos, liberando os desenhistas para fugir da rigidez dos limites das margens. O grande mé- rito da nova tipografia foi ampliar os horizontes para os estudiosos da época. Apesar de nao ter seguidores representativos, 0 novo estilo comegou a marcar presenca no cenario grafico e, conseqientemente, na publicidade. RINE ETH? ‘oye mT ot CREP M emery cnourata rincinal dan chante or rare ay A tipografia funcional € aquela para o uso de 9g Z que atende as necessidades do projeto ceoces inset | grafico a que nos propomes. Quer uti- ovis, lizemos caracteres da tipografia clas- sica ou da elementar, as letras devem atender as necessidades do impresso: nos materiais editoriais, a legibilidade 0 elemento mais importante, ao pas- so que para impressos publicitarios e de embalagens a visibilidade € a con- dicéo basica. & importante lembrar que toda atividade construtiva tem de dar forma ao espaco. Wee ‘OMO ne oa 4 roupa mais limpa de sua vida! A tipografia moderna A tipografia atual € 0 resultado do casamento do avanco tecnoldgico com as mu- dangas sociais. O aumento no padrao de vida e o acesso a cultura por uma parcela maior da populacao pedem mais livros, melhores antincios publicitarios e embalagens Capitulo 1 Letras com cara de produoe produtos com cara delatra 9 mais elaboradas. Com os novos conceitos e paradigmas trazidos pelos erros € acertos da Bscola Bauhaus, a propaganda evoluiu no dominio da arte de divulgar e obter re- sultados. Nesse sentido, podemos dizer que a atividade publicitéria avanou mais nos liltimos 50 anos que nos 450 da era Gutenberg. Por fim, a popularizagao dos recursos de informatica ndo 86 levou os recursos de producdo gréfica para muito mais pessoas, mas hoje permite aos profissionais de design produzir suas proprias fontes com muito mais facilidade, personalizando seus produtos com letras especialmente criadas para determinado fim. © Critérios para a escolha de letras Entender um pouco da estrutura IGURA 1.12 das letras ajudara profissionais de co- ve bah fe municacdo social ¢ areas afins a usar, snaveinn avaliar e sugerir escolhas tipologicas Ao sem incorrer nos erros mais comuns. gg qygt —> | i i seta Varios foram os interessados em t explicar a funcao das letras por meio da estrutura de seus desenhos. Um estudioso chamado Francis Thibedeau (meados do século XVIII} analisou a estrutura das letras € as classificou por familias funda- ‘mentais — grupos de letras com a mesma caracteristica estrutural. Em seus estudos, ‘Thibedeau observou as hastes € as serifas das letras e percebeu detalhes que até hoje nos so tteis quando somos chamados a escolher e avaliar caracteres para a midia impressa. I | nucbercurLanoponstuvwayz | A famiia romana antiga | tawewoeeseae I\ Origindsia da tipogratia Times New Roman classica, seu desenho € insu, RCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ perdvel quando se busca um abedefghijkdmaoparstuvwxy2 alto grau de legibilidade, © 12§4567890+-#5@&* contraste de suas hastes, as- Times New Roman Bold sociado as serifas em formato 4RcDEFGHLIKLMNOPORSTUVWXYZ triangular, proporciona a es- abcdefghiitimopgrsuuwxys ses caracteres um rapido aces- _123456789+ #8@4* 30 do cédigo ao cérebro, pois Times-New Roman lice 08 agrupamentos de simbolos A BCDERGHIKLMNOPQRSTUVWXYZ facilmente legiveis provocam abedefghijklmnoparstuvvsyz rapida absorcdo € resposta, T2S4567890+ #9 8E* Times New Roman Bold Mico 10 mT §=——_Produgo grafica: arte e técnica da midia impressa A familia romana moderna Essa familia, caracteriza- da pela evolugéo dos romanos = classicos, também tem um alto 1 abedefghijklmnopqrstuywxyz grau de legibilidade e de velo- | /\ defghijklmnopa ” | | 1234567890+-#$@&* cidade de absorgao, pois suas Bodoni hastes possuem um contraste ainda mais acentuado que as letras da familia romana. Suas ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUY WXYZ, abedefghijklmnopqrstuywxyz 1234567890+-#8@&* serifas em formato reto, inspira- Bodoni Bold das na escrita grega, permitem uma boa legibilidade durante a ABCDE abedefighijklmnopgrstuvwxys 1234567890+-#8@&* Bodoni ludlico | ABCDEF GHIJKLMNOPQRSTUY WXYZ | | | | | leitura. £ menos aconselhavel para uso em corpos pequenos ¢ em alguns sistemas de im- pressao, como a rotogravura ¢€ | ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ | a serigrafia, pois estes necessi- ioe. tam retioular 0 texto para po- ee fund tee a aus der reproduzi-lo, e isso tende a [ea ae Sete ai deteriorar sua qualidade. | HIJKLMNOPQRSTUV WXYZ | | A familia egipcia Criada com 0 advento da Revolucdo Industrial, esses tipos sfo caracterizados estruturalmente por hastes de espessura uniforme ou quase uniforme e serifas retan- gulares. Por terem desenho muito robusto, sua utilizacdo est ligada a textos curtos e Se de informago rapida, pois ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ A absdeighifinbopaisiarenes séo muito pesados para Jf 1234567890+-#S@8&" textos longos. Alguns pro- Geometric Slabserif Média jetos editoriais empregam com muita propriedade as Te letras egipcias, mas suas parstuvwxy: taoseneo4iea ae qualidades peculiares re- Geometric Slabserif Média ltdlico querem cuidado em sua utilizagao. ABCDEFGHIKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijkimnopqrstuvwxyz 1234567890+-#8@8* Geometric Slabserif Bold Itdlico Capito + ‘A familia tapidaria ou bastiio A familia lapidaria, pela simplicidade de seus desenhos — hastes de espessura qua- se uniforme e sem serifa — presta-se muito a pecas publi- citérias e de embalagens, por seu alto grau de visibilidade. A propaganda usa com muita propriedade esses atributos © na maioria das pecas em que a visibilidade é prioridade os tipos lapidarios sao escolhidos. Um fato curioso sobre essa fa- milia € que, até a criagao ¢ a exposigao na midia pela Escola Bauhaus, seu uso era conside- rado vulgar. Letras com cara de produto e produits com cara delera 11 ABCDEFGHIJKLMNOPORSTUVWXYZ abedefghijkimnopqrstuvwxyz 1234567890+-#S@8" Helvética ‘ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abedefghijkimnopqrstuywxyz 1294567890+-#S@8" Helvética Bold ABCDEFGHIUKLMNOPORSTUVWXYZ abedefghjkimnopgrstuvwxyz 1284567890+-#8 88" Holvitica tlico ‘A familia cursiva Criadas pelos [em taenoe no shoo, | 922RERORRU MNCPLATAOMT LS XVI, as cursivas | Gmerrpentowoys | \ ; PTI wd SG | 80 plasticamente 7745 | as_mais bonitas,§ °@/~ Pols seus desenhos ano yeag7gk LMNOPRSTUYWAYS envolvem adornos, sombras, liberdade | foybetoen. ngage de tragos. Pore, pgs Gouge | quando 0 quesito € | legibilidade ¢ visibi- |. 1RODEIGHIFHLMNOPORSTUTTNYE Tidade, 880 a8 letras | ididiadmymony que mais compro- | jeysspasne+-s@a* frond metem a comunica- | Darfesier Script fonts defo gf; s8o dificeis de | sve. ler e de serem interpretadas pelo cér que imitam a escrita manual; as de comprometem muito a legibilidade nos em seus desenhos. rebro. Esse grupo encampa as letras manuscritas, fantasia, como a floreal; as géticas, que também a visibilidade; e outras fontes que recebem ador- 2 @ Classificaeae por série Uma mesma fonte pode apresentar diversas variantes. Essa classificacao por série envolve inclinagGes diferentes, larguras diferentes, tonalidades diferen- tes e usos ortograficos diferentes nos de- senhos das letras. RA 1.15 reine pen foate | SSCDEPGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ | comseusdesenhas | sbedelyhiiklmnopgrstuywxyz | requlare tiie, 1254567890+-#S@e* | Notequeoitico | Bernhord Modern Regular | ora a reta ‘tem um desenho diferente, nao sendo | simplesmente letra regular dsorcido, ABCDEFGHIJKLMNOPQRETUV WRYZ_ abedelghilnmopgetovwsys 12348678904-#+8@e" Beruhard Modern lalico pata a eaquerda ABCDEEGHIKLMNOPORSTUV WXYZ abedefghitbaoparstususys | 1234562800+-#3@@" |) Bernhard Modern Tisha para.a divita Produgao grafica: arte e técnica da midia impressa ~~) AIGURA 1.14 Redondo e italico, respectivamente, Os grafemas sem inclina- co, ou seja, orientados a 90° do eixo horizontal, sdo chama- dos de redondos, e os inclina- dos, qualquer que seja 0 lado para o qual se inclinam, sao conhecidos como itdlicos ou gri- fos. A maioria das fontes pode ser italizada para qualquer lado, mas os itdlicos previa- mente desenhados geralmente se inclinam para 0 lado direito, para imitar a escrita cursiva. Em termos de largura, as letras podem ser classificadas como médias — normal- mente a primeira versao de seu desenho —, largas ou expandidas ¢ estreitas ou con- densadas. Quanto mais estreitas ou mais largas, menot é 0 grau de legibilidade dessas letras, mas sdo eficazes para provocar contraste e quebrar a monotonia, além de repre- sentar determinados atributos associados 4 mensagem que se deseja transmitir. ABCOEFGHUKLMNOPORSTUVWXYZ abdefghillmnapqrstuvwxyz 1234567890+-#S@&" Futura Condensada Média ABCDEFGHUKLMNOPQRSTUVWXYZ obcdefghiiklmnopqrstuvwxyz 1234567890+-#S@8" Futura Média abcdefghijkimnoparstuvwxyz | 1234567890+-#$@3" Futura Expandida Média O ABCDEFGHUKLMNOPQRSTUVWXYZ FIGURA 1.16 Fonte condensoda, | méia expandida,

You might also like