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  • Montanha Encantada

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    a + eA ‘io parame abc ma a alegdo Cachan San vr conga Tees his de 5000s osicesa Sano que ae mee sow ain lg coment “Samba tau debi ue sempre sone cum fe éamig aisha nga. ‘eto quest fafa (Ora pace qu nie) (peso tamara aura de gacts que io meus amigos nts vivemos cada aventura! ‘que desta ve ees fra pss as fas numa fazeda endo me evar, Sorted Ping eo ia, ‘que doy esque to ed0s sustos es ermages que iver ‘na Montana cata, A Montanha Encantada NES toa! SUMARIO Uma lz or de nar Projeor - Acsaunio © primo acampamento .- ‘A montanha que canta © alto ds montanha ‘Um pequeno mundo dentro ds montanha ‘cidade mis ea do mundo... {cidade mss pobre do mando A vida dos habitants ds montana. AAfista do csamento O banquete ‘Onde ests Pingo? 6 3 2 o . 76 Sere Gar is MARIA JOSE DUPRE A Montanha Encantada stages Cris 8 Jean iS [As despedidas A tempestade Padrinho quase no acrdita, les querem volta algum dia Fim das féias 102 Bi -15 UMA LUZ COR DE LUAR ‘Depois da aventura na tha Pedida", as criangas pas- saram ma temporada sem novidades, Henrique, 0 “he ‘6 da ih’, como o charmavam, era convidado todas as noite para falar sabre Simao e as bichos: apd jatar, sentavan-s todos 3 volta de Henrique para vil. ‘Durante o dia, paseavam a cavalo. Iam até beta do Paratha ou pescavam no riozinho e, quando no havia nada a faze, fcavam no porar comendo frutase bri ‘ando nos blangos que Bene nha armado para cles nos sgahos mais fortes das mangueiras, ‘A funda do Padrinho era muito bonita ¢rodeada de smontanhas alssimas; uma delas, a que fcaa do lado norte, era a mais alka de tos. Muitas veas as crangas clhavam para a montana e diziam que tinhary muita vontade de rao seu cume para de li admirarem o pa- ‘norama dos aredores. Devia ser uma visa magnifica. ‘Uma tarde, etavam todos sentados nos degraus des ‘ada do terrag, olhando a montanha e conversindo. De repente Cecilia, uma prima que tina ido também pa sar as fia na fazenda, levantou-se muito espantada © disse a08 outros — Vi uma lar brlhando If em cima da montanha agora mesmo. (Oscar ¢ Quico comesaram a rr pensando que Ceci- lia estava inventando isso para fiver graca. Eduardo pergunton — De que lado viu la? Ela apontou o dedinho: — Vocis esio vendo aguele monte de drvores do lado dieito? Parece que hé uma pedea grande junto is Arvores Pis vi passa uma liz If agora mesmo, Henrique perguntou, desconfiado = Que espécie de hz? Fogueir? —Nio sei — ds Ceci. — Vi passa uma luz as- io erafogueirs, de repent, no sei qu ls pode ser, mas acho que“ Vera ia: — Seu olhosetéo vendo casas impossveis. Eduardo dive: = Quem sabe o sol fli em alguma pede fer a peda brlha? Todos concordaram: devia ser agulo mesmo. O sol ‘sta se econdendo no horizon: talver seus ais ‘ermelhos barssm nalguna pedrs, efletindo obilho ‘que Ceca tnha visto, Ela continuou a afrmar que t- tha visto a hie pecan luz difereme, assim da cor dol ‘No a sepuine,ninguém mais lou soe o bho da montana 6 Ceca ahaa para Kt de ver em quando procurando ver novamente a luz Passiram-se dias Uma noite, achavam-serodos no terrago contando as estelas a noite extava indae havin rilhares de elias brilhando no cfu. Quico © O5- Car deitados no chio,olhavam para cma: Henrique e Eland tram sntaos nos degausda sca Ver, Li- cis ¢ Cea, seta em cadens de lr Vera dice: i conti mas de quinhents, eu até canada. — S62 — disse Quico.— Ji cone setecentase trina quatro. Poise conte mil enoventa — afirmou Oscar. Ninguém acreto. Se todos haviam comesado acon srsomemo en com gu Ora pi econ Ah! — cls cle. — Eu conto mais depress que voots De sepente Catia levantou se ¢apontoua montanha: ° — Parece que as estrelasbrilham mais em cima da montana. Veiam sit ‘Eduardo comesou a rir: — Cecilia vive olhando para a montanha pensando na histéia da fa. Eduardo parou de falar, mudo de espanto:olharam Eduardo, depois olharam a montanhas todos viram entio tama haz pasa repasar no cure da montana; ra uma lu amulada um pouco pli, paeca cor dela. Ficaram sem falar alguns instantes; depois Henrique ddeu um grto chamando Padrinho: — Padrinhot Venka depressa ver uma coi Padrinho estava lendo na sala de janta; salu acom- ppanhado por Madrinha e chegaram 3 porta do errago. As criangasextvam de pé, exitadas,olhando para oto, ‘mas a luz hava desaparecido, Ficaram ainda uma meia hora ali de pé comentando fo aconteciment, mas 3 hus ni reapareceu nessa noite. ‘icra hora de dormir e Madeinha mandou todes para seus quartos. Ccfia, que dormia com Vera © ‘tava impressionadae flava a todo 0 momento na lu 6 uista que hava li no alto. Lica boeejou e perguntou: =O que seri aquilo? Serd que mora gente em cima sda mootanha? = Acho que sim — disse Vera. — Se ndo morasse hinguém, nio se veria Iu = Bu bem tinha vontade de ir aé ld ver © que é— disse Celia. — E voots? — Nés também. Cecliaesava radiant — fia primeira a ver. — Grande coisa — dss Lia [No dia segue levantaram mais ced logo depis do caf, slram para erage parao jadi da frente dh cas Eduardo ff ali exe, mosteando a Bento 0 come da montanha, 0 que srt Beato? Alguma pedra que tem um fora do comum? Alguma mina de our? Bengo cogou a eae = Nios radar que & peda. pera pode bri- thar com o sl, mas como luar nunc vi. Pra dizer que ‘mina de our. Asim A mostra também nunca ve E umn mise Paden aparece com wm binéculo entre as mio alow e paso o bindculo 3 Madina: nada vita. O bindculo paso de mio em mo todos olharam com acengio procurando algum sina alguma coisa que pu- dene indica a causa da lu. Nao hava indi algum. ‘Viam apenas mato cerrado e pera, havia grandes polis etre a evores. Decent as ped bhava, no podia ser outea coisa. Beno dea sa opinis: “— Mas pda no bia asim 3 wa, deve have a gm motivo ‘© que sri? Pasaram alguns dias ser esquecer aux todo ava cm fazer uma exci 3o ako da monta- ‘ha — sei forme bi PROJETOS Henrique ¢ Eduardo fcaram muito impresionados. Pr que a pees da montanha bihavam? Nunca oui- ‘am filam peas hanes, a no seras pedis precio sa damn, airs, ri. Mas peda comum nl bi- Ih assim e aguas rihavar. Quem sabe haveria I um ‘exoura? Montes c montes de por preciosa? Ou uma ‘mina de or? f ‘Comesaram a imaginar uma excurio até 0 alto ‘monitanha para descobrirem 0 mistro; Bento hava di- 2 to que era mistéio ees tinham quase certera de que ‘aquela montanha guardava um segredo, im imenso se- _gredo, O que podera sr? Nio pretendiam ir sozinhos ‘como haviam feito na Ilha Perdida, Nao. Peiiam per- isso aes padrinhose, se cles dexassem, iriam rods, ‘Ceefia, a priminha que foi a primeira a vera luz era 4 mais entsiasmaca: todas as mans, quando acordava, iaolhara montanha, Eantes dese recolher a0 seu qu 10, 8 note, toenava a olhar para o alto procurando ver a luz Todas as riangas comentavam ofato com grande ani ‘magi e fariam projecos. Uns és das depois, lux ornou a bvilhar dessa ver «em pleno dia, Etavam todos no pomar chupando man- gas cram mangas deliciosas, bem amareinhas. Quico e (Oscar apenas travam a casa e entrravam os dents na polpa sumarent:ocalde amarclo coria-thes entre os de- ‘ds, Eduardo coma fits com o eaivee; Henrique tam bhém, As més meninas descascavam e coravarn 2 manga ‘com a faca que Eufrosna Ihes hava dado. Ceca disse, de repent: — Extou com palpite de que a luz vai aparece hoje. — Por qué? — perguntou Vera —Nio sei, Plpte — Entdo vamos ver quem vé primeieo. ‘As duassufram correndo edeixaram 0 por quando colharam para galt, viram 4 montanha azuad bem lt em cima, qualquer cos mito brihanee. Deram gritos cchamando os outos; todos correram e olharam. Quico fi ‘ou parado, a boca aberta cca de manga: quae engas- ‘goa quando disse: ® —Nossa Senhora! Esti Ii o negécio brilhando... Vera e Lucia disseram 20 mesmo tempo: —Varnoe até para ver o que & Se Padtinho deixase. Henrique propds: —E se fbssemos pedir 20 Padrinho? (Oscar espondeu: —Acho que ele ndo vai deixar, 96 se cle for também. Ceca disse: — Eo que estamos fazendo aqui? Vamos correr © smosrar luz so Padrinho asim ele acredita. Ea menina saiu correndo em diregio & casa; Vera ritou: ‘— Nao corra com a faca na mio; mamde disse que perigoso.. TForam todos atris dela. Encontraram Padeinho fa- Jando com Tomsio. Ceti fia primeira a falar: — Padrinho, venha ver a luz da moneanha, esti brilhando. ‘Puxou Padrinho pela mao ¢ pontou 0 alto da mon- tanha; no havia mais lz. Os outros chegaram nese momento; Cecliateve vontade de chorar: — Mas ns vimos a lz, Padrinbo! Nés todos vimos do poma. Foi so tempo de chega aqui, ela desaparecet Eduardo eve uma ida: = Quem sabe a gente w sé de um lugar? Fag 0 Favor, Padrnho, venha conosco. Vendo a excitasso das criangas, Padrinho acompa- nhow-as aé a entrada do pomar e, no ponto certo de ‘onde elas haviam visto, olhou para cima: li estava a hur. “ através dele, mas nad via além deérvorese pedis. Co- ‘mentaram fio durante muito tempo. A nite, oan tar dram muita opines ePadrnho chegou a der: — Quer sabe posemos organiza um da, uma ex- curso até Bu gosto muito de descobriemistios.. ‘Os meninos chegaram abaterpaimas de entusiasmos (Cecilia ou asustada e ergunton: — Todos ns, Padsino? —Txdos— se ele. — As meninas so tio boascom- panies quanto‘ meninos. Ver, ics Ceti exskaram de contentarento. Apis «jana, Ger projets e mais projets. liam todos a ava, pis erlang lari Bento para ais no aque fase neces. Levariam cess corn cos para co mere barca para dorm. Seria maraihoo. Patino gestava de as aventura cians, mai ainda Fcaam ti animadas que ninguém pensou em dor- mir, Cecilia a a toda momento epiara montana ata- 1 da porta do teragos os outros perguntavam: — Ale votou, Cex? Mas naqula noite, e nas noite segunts, azn voltou a bear (0 sol davaem cheo sobre a montanka ea hr quase 0 ofascnva de to fore Ficaram paradose mudos de admire «$0. "O que sei, “O que nao seri", perguntavam voces. ?advinho mandow chamar Madrinha: ea veo acompa- nihada de Euffosina ¢ de Bento. Todos fcaram olhando para.16 mesmo pon uma porgio de tempo. Cada um di- ta uma cosa ou dava uma opin, mas ninguém pod ‘aber ao ero o que ra allo. O ato € que hava un bri- tho no alto da montana, um brtho muito mais fore, © iso ninguém podia nega. Eufrosina benzeuse: — Caur-credol O que ser aquilo? Lembraram que, 8 noite, 2 lux ea diferente, pda como o luar; durante o dia, quando o ol brithava, a haz fea imtensamente forte. Nem comeram mais mangas, Madrinha mandou Quico lava a boca, que estava toda amarela, Ele fi correndoe vleou correndo para nso per- der tempo, queria vera luz outra vez antes que ela desa- parceesse de nove. "Num momento em que estavam conversando dis- traidos, Bento deu um grito: — Alle sumiut A luz suriu! (Otharam ansiosos de fo, hava desparecido, O alto ‘da montanka esta gual aos outros picos viam-se ape- nas vores e pedrascinzentas. Bento fal: — Quer dizer que mora gene lis faz a luz aparceer€ dessparcce, so #5 gente pode fazer, bicho nfo pode. "Mas quem pode morar I naquele alto? Nunca ninguém soube de nada por aqui: se morass alguém i, todo o mundo saberia — disse Euftosina,e benacurse de novo. Padrinho, que tinha ide busearo bindculo,olhou s ‘A EXCURSAO ‘nazar dis ca ers prepara par bie se Porn incor Tomi «um uo rnp da mca chao Jor, pa an fee vind ain ems arn Pe Mn eon dor Levi in ds bu fen pe tansprar burs, anit, cheat Ter fie iy pos ernie “Siam umbels ep Sbne para ” ee Padrinho preparou também remo e injegSes con- ta mordidla de cobra, como tinha feito quando foram A IIha Perdids. As exiangas esevam em grande excita- co: Vera Licia ¢ Ceclia no dormiram bem de tanto pensar na excurso; os meninos mais velhos nio fla- ‘vam noutro assunto, $6 diseutiam ¢ comentavam a luz que havia no alto, Bento dizia que a montana guarda- ‘va um segredo ees haviam de descobrito. "Na madeugada de uma quart-feira hava grande mo- vimento na casa ds Fazenda. Eufrosina prepara qututes ra cozinha; fitava linguigs, fara sanduiches de queijo, colocava requeijées fresquinhos dentro de uma cesta, preparava tudo com animagSo. Madrinhaia de um lado para outro, indicando as roupas que as criancas deviam. leva aconselhando ano tomarem chuva, a teem cuida- cdo com a sade. Pingo e Pipoca iriam também porque ‘ram insepariveis amigos de Vera e Lécia. Estava ainda escuro quando moncaram a cavalo na por ta dacs; Madsinha despedin-se de todos, fazendo muias recomendagOes a cada um dels. Tomaso Jeromio ha- ‘iam partido uma hora antes. Ficou combinado que e- perariam a caravana no ponto onde Pedrinho havia de~ terminado para 2 subida da sera ‘Anes de monta a exvao, lara para. alto, mas no Inavia nada; a montanha conservava-seem completa = ‘eutido, Patra. Teds falavar ao mesmo tempo; ram alto, contentes com a aventura, Depois de atravessarem ‘0 ririnho peda ponte que Padrinho hava mandado fer,

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