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i i PROGRAMA DE COOPERACLO EDUCACIONAL MANTIDO PELOS COVERNOS DO BRASIL E DOS ESTADOS U! {50ST AMERIOL CENTRO DE PESQUISAS E TREINAMENTO DE PROFESSORES var | ADMINISTRACKO DA CBAL Superintendente: Dr. Francisco Montojos. Chefe da Delegacio Americana: Dr. Thomas ‘A. Hart, EXpERtcO ‘Ay, Marechal Ciara, 210 — 8. andar. Ble de Janel =D. F. - Bras CENTRO DE PESQUISAS E TREINAMENTO DE PROFESSONES Co-Diretor: Dr. Lauro Wilhelm. Diretor Técnico Americano: Mr. Robert S. ‘Hoole. ENDERECO ‘Escola Teenlea de Curitiba Av. 7 de Setebro esq. Westfalen. Ceritta — Parané — Brasil, ‘EDITORIAL: Senin de Diceteres xoriciamo: Perfit de Mr. Stanley Mazen ra de Dr. Francis Monten. 3 ‘rie de Dictores ‘A Comlssho Uraslelre-Ameriina perante 4 Inddatrin Nae ‘onal e a Facela Téenlen de’ Curitiba “Seminislo dee Diretores Me Bdward! Rermanm: Wlla 0 Centr de Treinamento, Embainatla de tnnos a Ficols Thenlen de Helo Wortcente ‘llla a Bacrla Fénlen de Cert, FEVEREIRO 1059 EDITORIAL : SEMINARIO DE DIRETORES © Brasil estd caminhendo celere no campo ine dustrial. Nenkum brasileiro mais esclcrecido outi- ria ealado qualquer afirmagdo que procurcste en cobrir ow menosprecar o seu ritmo vitariasa. Nesta fase em que o Brasit passa por ura tm- pretsionante metamorfose, determinads pela répt- dae diversificada industrializagdo que, por sua vee, dé motivo @ varios problemas de orders econémica» @ social, cumulando com a ereecente falta de méo de obra espectalizada, as escolas profissioncis pas- Sam a ceupar lugar de suma importéncia no eend- rio naclonal. Dei o interdese do Govimne em que rer doté-los dos requisitos necessirios de modo a que possam vir em socorro de falta de téenicos, pon- do anuelmente 0 maior numero po: stonats habilitedos @ aispostodo dé Assim & que, em janeiro sltimo, jot levado a efeito no Centro de Pesquisas e Treinamento de Professéres tum grandioso Semindrio com a fincl!- dade de estudar as necessidades das excelas ¢ 08 pro gramas a cerem desenvotvidos no Centre de Treina~ mento. Ao importante. conclave, comparcceram 0: diretor do ensino industriat, 0 chefe d2 delegardo. americana: no. Brasil. e.vinte diretores de excotas Tratane fo Pretewer Rlaale Mallon ne trumeerer de | féenicat e industriais, ox qual ndo tem duvida ‘Carve de Trelaamente | quanto ao aproveitamento ¢ éxito do cartare, BOLETDA DA ceAr PERIL DE MR. STANLEY HAGEN ‘O° quinto membro do “staff” americana que ‘ra apresentamos 20 mundo educaclonal ¢ ind feial Brasileira, através das colunas do “Boletin’ “6 Me= Stanley Hagen. a © tise téenteo 6, x0 lado dos seus eolégas e pa- ‘ufclos Jo focallzados, portador de noléria compe- “Abncla, dentro da sua especialidade que € mecini- a. de riquinas. © chegando 20 Brasit em 1957 para integra a _‘eauipe de Uéenicon a seriga do Centro de Pesqulsas “Ae treinamento de Profestres, instalado na Ecol | Flenica de Curitiba, em pouco tempo adaptou-ce 20 “© tema de vida brasileiro, e, como fruto da sua cle- “Pada tormagfo moral ¢ clvica, ao encontrou cif ~Buldades:em contrair amizade entre nés. Fidalgo /)8na tratar, vensato nas atitudes ¢ modesto na con- che eae feo vivéncla, Mr, Hagen conta com 0 respeite ¢ com, admiragio da nossa gente, de quem é éle um amiga leal e sincezo. Reunimes alguns dados sbbre a sua pessoa ¢ esbogamos, em lgelras notas, 0 seu perfil Nasceu numa pequena cidade ao norte de Min- nesota, local onde se encontram os malores depési- tos de minério de ferro dos EB. UU. Ai frsquien- tou ds escolas priméria e secundéria e por um bre~ ve perledo, depois de graduado pela escola secun~ daria, empregou-ce numa companhla de minera- glo. Matriculou-se na Paculdade de Wisconsin, no curso de Educagio Industrial, em que se diplomow em 1939 obtendo grau de bacharel em Ciézcias © Educagdo Industrial. Posteriormente, fz um esta- ho de dols anos como instrutor na oficina de me- ccanica em Sheboygas, Wisconsin. Depots sei tum periodo de emprégo em Detroit, Michigan, como ferramenteiro. Em 1944, alistou-se na Marinha norte-amerieana, como oficial, e, apés um breve perfodo de treina~ mento, fol designado para prestar servigas nam pe~ ‘queno navlo de combate no Pacifica Sul ¢ Centra. Quando a segunda guerra mundial termincu, vol- tou com eua familia para Mlne4polis, no Estado de ‘Minnesota, onde fixou residéneia, empreganda-se ai como ferramenteiro Em 1049, ofereceram-the um lugar de professor em Richmond, California, 0 qual accitou. Traba~ Thou como instrutor de oficina mecinica até 1957, quando the fol dada a opertunidade de vir to Bras sil como técnico em mecinica de miquinas, ‘Mora em Curitiba com sua espisa Mudred © trés filhos Ann, Roberts e John, no lindo bairro de Suveve. Em nome de téda a familia diz que para éles 6 uma étlma oportunidade que a CBA Ihes propl- cla de viver e trabalhar no Brasil, Aproreita.o ensejo que Ihe oferece “Boletim'” para exprimir sew agradecimento ao Dr. Lauro Wi Shelm, Diretor da: E_T. de: Curitiba, ao Sr. Raul Romano Rangel, téenico brasileiro com quem. ti~ hatha, e @ todos os outros que o ajudaram em tor- nar‘sua estadia em Curitiba uina agradivel ¢ tnte- secsante experiéneia. BOLETIM DA CBAL 3 PALESTRA DO DR. FRANCISCO MONTOJOS, PROFERDA NO SEMINARIO DE DIRETORES Quero, ce iniclo, dirigie-tos meus mais expres- sivas votos e que o ano apenas infe!ado vos reserve 2s maiores ;atistagSes pessoais, inclusive em voss0 ‘campo prot.’ inal, perraitindo-vos realize proffcua dministragéo escolar. Espero, ads, que para ésse timo objetiva con- corzam as conclusées da reunio que ora se process, cujas finalldades no se detém no mero exame dos fins e melos programdos para ating!-os, do Centro de Pesquisas e Tceinamento de Curitiba, mantido pelo esférgo conjunto do Ministério da Educago e Cultura e da Comissio Brasileiro-Americana de Edu- cagio Industrial. Nosso alvo ¢ mais amplo, abrangendo os varios problemas do ensino industrial, Pundamentalmente, educagio é provesso de pre- paragio para a vida. Désse concelto decorre a mul- tiplicidade dos assuntos que teremos a ponderar (© guante da conjuntura social e econdmica imt- ‘pée ao pais @ contingéneia de rapido desenvolvimen- “to econémico, refletindo a necessidade de também rapido desenvolvimento do ensino industrial, nao 26 em térmos de ampliag%o de matricula, quantitatl- yamente, mas, em qualidade, revendo estrutural- mente as diretrizes désse ensino e o atual mecants. mo das escolas da réde federal. No sistema presente de concorrréncia pacitica, —acentuava em recente conferénela a sr. Lidlo Lu- tincia désce fato fo! integralmente captada pelo Go- yérno brasileiro, deflagrando a Operacio Pan-Ame- ‘Hana, como expressio dessa realidade no plano con- tinental. Caracteriza-se nossa época pela deseober- ta do que os economistas chamam subdesenrolvi- ». Por muito tempo supts-se que a divisio do ‘mundo em paises industrials e agricolas permitisse a todos usufruir jgualmente os beneticios do progres- ‘50 econbmico e teenolégico, mas 0 pés-guerra apre- sentou-nos a melancéillca divisio em poicos paises de elevado nive e muitos outros ainda subdesenvo!- vidos, bastando, parz retratar 0 fendmeno na Amé- ‘ea, a constatagfo da renda anual per eapita dos Estados Unidos, 1870 dolares, do Canada, 1310 e do malor pais latino do hemisfério, 0 Brasil, 230 d6- dares. ‘Ja € um avango a pescepsdo intelectual do fe- némeno, mas nia basta. Urgem medidas praticas, eno seu detineamento, impée-se a concardinsia com Lunardi, 20 afirmar: "0 Programa de Metas, como a mais recente de Estabilisagio Monctasia, representa o inicio da di- reqdo clentifica de nossa economia.” (© General Edmundo de Macedo Soares entende que 0 subdesenvolvimento cede 20 desenvolvimento logo que déie se tem objetiva conseitnela: "O subdecenvolvimento, — atirma, — diminut ‘A medida que se forma uma consciéncia exata dos problemas nectonais J4 conseguimos muito ultrapassando o ufanise mo, modalidede liriea de atitude necionalista, f ccurda apeser de seus excessos. De fato, aquéle ott mismo passada, de gue a natuceza tudo nos confe- ria, entravava-nos 0 progresso, porque nos conven- cia de que deviamos basear nossa economia na tran- qilla explorecio dos tesouros que a naturesa pro= diga ameathara em nosso solo e subsolo, Nao se coa- ‘dunava com essa crenca a necessidade do es.érco de phntaruma indistria.e, multo menos, um ensino profissional, que era, como nao poderia deixar de ser A luz désse ractocinio, mero ensino des desfavareci- dos da sorte. Estudos geoldgicos dizem-nos, entretanto, que possuimos algum ouro e pouca prata; quase austn- cia de cobre, estanho, pirlta e enxéfre; deficiéacia de amianto, flucrita, gratita, nitratos, sais potdsst- cos; certas reservas de tério; sufieléncia de niquel, cobalto, cromo, vanddio e fosfatas; aguda insificlén~ cia de combustivels; abundincia de ferro, manga- ns, chumbo, zinco, aluminio, tungsténlo, berilo, tin talp, columbita, titinto, zirednio, calcdreos, refrata— ros, tio, quartzo, mica, diamantes e outras gemas. Minha geragio ainda se ambalou nos acalantos: do ufanismd. Como a clvillzago 6 processo conti nnuo, cada geragio assume trés fungdes procipuas: re~ ceber uma heranga cultural, preservi-ta © aperfele Sotto. ‘Assim, nossa tarefa fundamental sera aperfel- goar a educagio do brasileiro, rara acompanhar 0 pensamento atual e construir materialmente para criar riqueza ¢ poder de troca. Essa educacio, nt base, dove ser de massa, e eminentemente voeacio- nal, pessiblitando a cada qual tornarse util a si ‘mesmo e & comunidade, e na cdpula pode ser selo- “tiva. Deve voltar-se para o incantorntivel dilema: eduear para agir ou desaparecer 0 pais como f6z¢a Internacional.

‘oem Ides a coon de event Poets ‘itn ea tar no Liat nvs pce ssp Pifsonla nay atten de alee cers.” Sorpata de ‘RUE BARBOSA 2 0 diretor do Centro de Treinamento — Mr. Robert S. Hoole — quando pronunciava seu diseurso Como ja divulgamos através das colunas déste periédieo, e como também ja noticiaram diversos érgies da imprensa desta Capital e de outros Es- tados, reallzou-se, com 9 brilhantismo previsto, 0 Seminirio de Diret-res das Escolas Técnicas e In- usttiais do Beil, o quil tove luge Ho Cenxo d= ‘Tretnamenta de Professdre= a 19 do més de farcire ‘attims.. Sob a presidéncia de Dr. Francisco Montoles, Dizetor 4o Ea/tne Industeial, fol aberta as 9 hs. ‘daquele dia m sesso Inicial, havendo tomade parte nos trabalhos oDr; Lauro: Withelm, Diretor da Es- cola Téeniea. de Curitiba eM. Robert $: Hoole, ‘Diretor Técnico da Centro de Trelnamento de Pro fessbres. Estiveram presentes os téenlcos brasilel- ros e americanos a servigo do Centro de ‘Ireina- ‘numa das reunides dos Dirctores. mento © os diretores das ezcolas técnleas ¢ indus- trials a saber: Prof. Dirio Farias de Limt — sc0- Ja Téenica de Manaus; Prof, Djatma Montenegz0 Duarte — Escola. Industrial de Belém; Prof. Arge~ miro Gamelro = Escola Técnica de Sio Luts; Prof. Bfurilo de Rubim Couto — Escola Industrial de Te resina; Prof. José Robert M. Barreto — Escola In- dustrial de Fortaleza; Prof, Pedro Pinheiro de Sou- za — Ezcola Industrial de Natal; Dr. José Jurema Carvatho — Eécola Industrial “Corlolano de Me- delros*" — Joo Pessoa; Dr. Manoel Viana de Vas- concelos — Escola Técnica do Recife; Dr. Pedro Al- cAntara Braz — Escola industrial de Aracaju; Prof José de Macedo — Escola Técnica de Salvador; Prof. Fernando Alves Duarte — Escola Técnica ¢2 ‘itéria; Dr. Jeremies Pinheiro da Camara Filho — Escola ‘Téenlea Nselonal, D. F.; Prof. Francisco Pandolfo — Escola Técnica de Campos, Rlo; Prof. Djalma da Fonstea Neiva — Escola Técnica de S. Paulo; Dr. Laura Wilhelm — Escola Técnica de Curitiba; Profi. Sezefredo Blaschke — Escola In- dustrial de Flor‘azépolis, Dr. Paulo Glorgio Bro- chado — Escola Téeniea de Pelotas; Prof. Abelar- do de Oliveira Cardoso — Escola Técnica de Belo Rorizonte; Prof. Jose varbosa da Silva. — Curso ‘Téenico de Mineracio e Metalurgia, Ouro Frét Dr, Orlando Nigro — Bscola Industrial de Culabd. ‘Nessa. ocasifo, 0 diretor do ensino industrial ‘congratula-se com os presentes, dizendo da impor- taneia e oportunidade daquele conclave, pois néle serlam apreciados € dlscutidos todos os assuntos, concernentes a0 ensino profissional e aos Cursos de aperteigoamnento fatrocinados pela CBAT. Finol- mente disse que um estudo conjunto Iniciar-s-ia 2 partir daquela data sbbre tude 0 que direta ou it BOLETIM DA CBAI diretamente se relacionasse com o ensino 1 fe suas escola. Pronunciou um discurso de real valer, penti- nado de dados expressivas e sobremaneira interes santes, nfo sémente para aquéles diretameate liga dos ao ensino profissional, mas também para todas os que acompanham os passos do Brasil no setor econémico, social au politico e educacional. Em se- gulda leu uma mensagem do Senhor Ministro da. Edueaeo ¢ Cultura — Prof. Clovis Salgads — ¢o- cumento pelo qual 8. Excia. se congratu‘ou com os partlcipantes do Seminario, augurando leno éxito para o certame e agradeceu ao Sr. Presiden~ te da Republica 0 amparo que ver dispensando a0) ensino industrial no Pals, bem como a CBAI pela “eooperacio inestimivel” que vem prestanco vo de- senvolvimento e incrementagio do ensing especia~ zado em todo o territério nacional. Para o ensing Industrial brasileiro, 0 Centro de Pesquisas e Treinamento de Professéres é de suma. tustrial | 2% Ne offeina de eletricidade, diretores de: escola industrials: apreciam o aparethamento alt existente & ‘ouvem: detathes a sex respeito.

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