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25 Forara Lacréca Also, Og rae commiantes./ Orgisarbo de Lucecia OAlaio Fara ~ SS0 Pau: Atabiume, GrpoESPACC, 207, 286 16x23 1SaN 97885-7619 709-8 1 Semis 2 Comarca 3 Mii 4. Lt Gps Peis sparo-Viewad/ Con tur 5. Epp» Uae, spaces 0 Cute (SPA cou 02 lh laborad por Wards Li Schmit -CRE-2.9922 Espacos Comunicanres ORDENAGAO FOITORI. Joaquin AKToN Peseina ‘OneaMzapho, Echo = cOORDENAGKO LWucRECIA D’ALESSIO FERRARA Texros Wena D'ALessto FERRARA, Gruro Esra, Visuatioa08, ComUNIcAGKo, CULTURA Carn Provera cxAnco Désone Rave Eva Cowsevto EoroR A Eouanoo PEKi&tA CARIZAL Norv BAITELLO JUNIOR ‘Mania Opi Leite a Siva Dias ‘CELIA MARA MARKO DE Azs¥EDO ‘Gustavo Berwanoo Krause Mania 05 Lounbes Sexere ‘C5cRIA DE ALMEIDA SALLES PeoroJacos! ‘edict: gosto de2007 (2 Teds on dos senados ‘Axons Eooek + Comaencto (05427-00. Sto Plo. Pas Telefax (OM) 3612-8764 - Terenas 309-9727 sor aenabume cam sumario Apresentaio ESPACIALOADES 2M COMUNICAGRO Espacialidades do espaco cru Atssi0 Fema Espacializar e organizar enici DALsio Panna Espagos ob veR-Len Publicidade: do desenho 20 redesenho vciase Maxson oe OurmaNaKacaws Espaco: do desenho a0 design Denon ar Bra Espace: entre a noticia ea informagio AsaMantaD occa (Outras lentes, outrasleituras Fouuno Los }uom Espagos oe veR-ouvie (Ouvir para ver acena cinematogrética Canes Loca Jost& Eisaarte Aro Rooncurs Espaco em movimento do ver, FimoStoxoNuxacawa A biografia da tela Draona cstv Roca O espetéculo da tragédia ‘Sasi Cavaco Rosa Maa Figurino: entre o mostrar eo ver Abus VarRaos Espacos oe veR-convivER Vitrnes globais Ave s1ARai0 FE Ma: 0 espace intevalar Mica Ox4s0 {A janela como moldura de espacialidades LAIN Cita Cidade: da ecologia 8 comunicagao Kany Tuna Referéncias biliograticas 26 n 86 104 120 136 52 166 186 202 20 234 248, PACIALIZAR E ORGANIZAR pouId p’\Lessto Ferrara Dasconnn o espaco Biaprptncia a ccnokgla din lngar a0 tempo real 20 ‘ospago © nos convoca a repensar os conceitos ¢ representagdes endo os elementos que os definiam desde a « além disso e sobretudo, a nova tecnologia nos wda € possivel viver 0 momento de um lugar, po se concentra € o espaco parece nio mais se situar nta, 6 “u-t6pico”. Sem tempo que ordene 0 sho © sem espago por estarmos simulténeamente em qualquer somos cidadaos sem territ6rio ¢ habitantes de um planeta ‘0p sontidos de cidadania e patria precisam ser revistos com . fnonse panorama de globalizacao econdmico-financeira ¢ Mallzagio da cultura que se situa a procura de um lugar, num {\-10pico”, Somos, ao mesmo tempo, nomades digitais, mas Ade haves yregirias ou de um lugar onde se possa construir . Inga ¢ a aventura da modernidade atual que se obriga, ‘PHimoina atividade, a critica mecesséria aquela ingenuidade do moderno que imaginava ser possivel programar lr universal, tendo como base seus exclusivos € tinicos ‘estétioos, culturais e tervitoriais. ‘eyition exige que percebamos que o deslocamento © a ‘que estiveram atrelados as teenologias do transporte © marcaram a primeira metade do século XX estio ‘te superados pois, agora, o deslocamento nao € fisico, wa 6m aceleragao marcada nao pela distancia, mas pelo 7. — acesso informacional presente, enquanto possibilidade tecnol6gica, em todos os cantos do planeta. Em aceleracio, nos deslocamos através de idéias e informagées. Em conseqiéncia, esse deslocamento nto tem roteiros fixados, mas errante ¢ indefinido, esté disponivel tecnologicamenteese define comoumaaventuracomunicativaonde quer «que o receptor esteja, embora sempre inc6gnito para um emissor que, ‘emconfianga, deposita, na rede mundial de computadores, informagies, idéias, valores, aetos, apelos, mobilizagOes sociais, culturais ¢ politica. Sem limites ¢ sem territ6rios, esse novo espago se apresenta como um desafio ¢ nos estimula a repensar seu préprio conceito que, embora bisico para o desenho da cultura, era, no entanto, considerado natural ¢ intuitivamente atuante. A nova comunicacio digital ¢ o ciber-espaco surgem como um desafio porque assinalam ‘a perda dos paradigmas de estabilidade que caracterizavam 0 espaco fisico, geografico ou territorial. ‘Aqucla estabilidade e seguranga fixavam-se pela contiguidade do tempo cronolégico, pela localizagio segura de um espaco inerte e pela razio que, dirigida pelo sujeito, submetia o objeto e o movimento do mundo. As tecnologias trouxeram a ubiquidade do espago © a ucronia do tempo € desclassificaram os paradigmas ocidentais que haviam encontrado 0 climax na utopia modernista € que, agora, exigem ser redimensionados ou, sobretudo, reconstruides para que ainda seja possivel produzir conhecimento. 0 ciber-espago permite ‘a emergéncia de novos paradigmas cientificos que nao se coordenam ppelo tempo ou pelo espaco como contigitidades causais, mas propdem ‘outros patamares marcados pela ubiqitidade ¢ pela ucronia que desordenam, sem desorganizar, ou seja, a contighidade da ordem linear ¢ hierérquica é substituida pela organizacio que estabelece relagdes, identificando ¢ valorizando elementos iguais e diferentes. ‘A procura dessa nova organizacio se impée como a urgéncia da modernidade contemporanea. © reconhecimento do ciber-espago como imposi¢io que altera paradigmas cientificos estabelecidos, sedimenta todas as manifestagSes culturais da atualidade ¢ obriga a uma revisio do espaco tal como o entendeu, durante séculos, a cultura ocidental e, sobretudo, exige reconhecer que 0 espago nao € um a-priori da cultura, mas se identifica 4 medida em que é construido através ile espaciatidades moventes. Essa mobilidade se apresenta com Arnon . pois contamina todas as manifestagées lNurais © estéticas, através das quais 0 homem, hoje conectado, Heir) pou lugar situado aqui ou 14, préximo ou planetério, mas Heluilo, vem the permitir atomias ou excusivismos individuais, Horisis, sociais, culturais ou politicos: agora, 0 espago € ubiquo Mew ite nas suas variedades e diferencas. Esse espago com dentes culturais que até entéo nao se impunham a atengio, 4 volocou em evidencia o que a historia parecia nao perceber, {hee faria anunciar em varios momentos do passado marcados fiswuray ou brechas que anuneiavam a revisdo dos parametros ‘sarseterizaram a cultura ocidental da Renascenga até meados do AX, Gom 0 ciber-espago, salta aos olhos que espago nenhum situado definitivamente, mas "é” construido na mobilidade ialidades que, agora, se impoem A teoriae dcritica. ‘espaco nos leva a repensar o espago, superando sua inagho dle simples continente disponivel, estitico, inerte e 1 4 qualquer contetido. Ao contrario, 0 ciber-espago, com Hwertante mobilidade ubfqua, nos ensina a ver aquilo que a oriental, na sua sabedoria milenar, j dominava através da (ue permitia operar entre similaridades ¢ diferengas ir gurpreendentes valores que se apresentavam tio perenes, méveis © fluidos. Na mesma vertente da cultura oriental, ¥ expago coloca em evidéncia 0 modo como se apresenta ¢ wultura, distintos modos de construgdo que nos levam a ‘que © espago, ao lado do tempo, constitui vetor da cultura. 1 espaco apresenta 0 espaco como objeto da cultura, mas s6 ‘mos desse modo, se for possivel entendé-lo como desafio hist6rico, ia efieiene WEAN E ORGANIZAR ‘espace que era naturalmente entendido como suporte, se ‘em um arquivo de relagées polissensiveis que sao ‘om espacialidades que, vivas ¢ despertas, surgem como as dialéticas de Walter Benjamin: Naimagem datica, oocorrdo de uma determinadaépocaésemresimultaneamenteo“ocorrido ‘desde sempre”. Como tal, porém, revela-se somente a uma época bem determinada ~ a saber, ‘aquela na qual a humanidade, estregando os olhos, percebe como taljustamente esta imagem nica. Enesse instante que ohistoriador assume atarefa da interpretacio dos sonhos. ‘A expresso “livra de natureza” indica que se pode lero real como um texto. Assim sera ‘tratada aqui a relidade do século XIX. Nés abrimos 0 livro do que aconteceu, ‘Assim como Proust iniia a historia de sua vida com o despertar, toda apresentagio da histéria deve também comecar com o despertar; no fundo, ela ndo deve tratar de outra coisa. Esta exposiggo, portanto, ocupa-se com o despertar do século XIX (BENJAMIN, 2006: 506). Como se observa, para Benjamin, 0 conceito de imagem dialética ‘estienvolvido porclaro interesse deanilise einterpretagioda historia na inalienivel atengao cientifiea que permite “abrir os olhos” para ver aquilo que, até entio, nao aparecia com tal interesse: a imagem dialéticaé, portanto, um instramento epistemolégico para produgao do conhecimento ¢ com competentes decorréncias metodolégicas paraas quais o proprio autor chama, nios6, aatencio, mas sobretudo, salienta a originalidade e sutileza das suas operagoes: ‘A media que o valor de uso morre nas colsas, as colsas alienadas so esvaziadas atraindo para si significados, como cifras, A subjetvidade se apossa delas & medida que as investe de intengSes, de desejo e temor. Pelo fato de as coisas mortas responderem, enquanto imagens, pelas intengSes subjetivas estas se apresentam como imemorials e eternas. Imagens Gialéticas so constelagées entre coisas alienadas e o significado incipient, detendo-se no instante de indiferenca entre a morte eo significado (BENJAMIN, 2006: 508). Portanto, “imagens dialéticas” sio ambiguas por se apresentarem de modo hermético, desarrumado ¢ apenas presentes através de frdgeis indicios, porém sempre disponiveis a atencio ¢ & produgao de leituras que as revelam e acrescentam o sentido que as coloca em relagdo, ou seja, aquela imagem é decorréncia da operagio cientifica ‘que agrupa, em sentidos dialéticos, o que parecia sem interesse ou, até mesmo, sem tracos visiveis. Esse despertar dialético nao se faz sem choques e isso implica em superar a linguagem tal como se apresenta enquanto inerte ‘mensagem, ou seja, € necessario que nela se encontre a correlagao de uum sentido que 86 se descobre ao ser reconstruido no seu percurso, ‘ou seja, é necessirio descobrir, no espago enquanto suporte inerte, as dobras de miltiplos sentidos que nos convidam a transformar o espago, em espacialidades. Nessa dialética, somos levados a rever 8 eapago comunicante do pasado ¢ as inusitadas proporgdes que nsume noscontornosdautopiamodernista, Construir espacialidades ‘xige descobrir, no suporte espaco, suas condigdes de mediago que o Jovan a transmitir, através do modo como se constr6i e se renova ou ‘ono, na genuina c original earacteristica do modo como se organiza, ‘aparece © evidencia sua propria capacidade comunicativa, Mais do {ive comunicar, a espacialidade transmite, como sustenta Régis Debray no titulo do capitulo que abre sua obra fundamental: "Plus {uve communiquer: transmettre” (2000:01).. Du bidimensionalidade do pergaminho, da tela, do papel. do veluldide, da tela gigante, pequena ou micro a tridimensionalidade slo expaco volumétrico ao qual se aliam movimento ¢ velocidade que 1 criaglo de espagos sécio-ambientais de complexos e Les desenvolvimentos; o espaco é suporte que se transforma ‘ei tneio © linguagem interferindo na dinamica cultural, através ‘ho modo como organiza o material a comunicar. £ a consciéneia da {mportdncia desse modo de organizar o material que faz com que Nexis Debray crie a distingao epistemoldgica entre o conhecimento We cireunsereve ao material organizado ou revela sua sagacidade filo cuidado dispendido a organizacao do material: ‘Hide esquecamos que materializaré tracar signos e também abrir vias por onde eles possam ‘Hassan Sob a etiqueta MO. (matéria organizada), serd possivel encontrar, segundo a iastera om que estiver 0 individuo, ndo sé, tina, placas de cobre, satéites de difusso, yoinhos, penas ou estiletes, méquinas de escrever ou p.c,, mas também cavalos, alos 04 automévels. Do lado da “insttuicdo" (O.M.) serio colocadas as coordenadas, ‘Supnwpilivias, 0 saber, as diversas formas de coesBo que unem os operadores humanos de ‘wn Wransmissdo (ou. mais exatamente, que Ihes so impostos pela natureza material dos 8 © dos dspositives utilizavels em funcio do estigio de desenvolvimento semistico 26), No caso da matéria organizada, temos os sistemas semidticos que sootifica ‘40 da organizagio do material, temos a organizagao como vetor do ‘Material, ou seja, ao organizar é gerado, nao 36 0 préprio significado do material, mas sobretudo.o modo de construira comunicagao de um Jenn, mensagem ou referente, ou seja, comunica-se, através do modo ‘somo He transmite. Esta organizagio supde a estratégia de construgao ve, 40 se submeter as caracteristicas fisicas e/ou tecnol6gicas do ‘Hporte, delineia e valoriza os materiais significantes e significativos, 4 partir de uma semintica que se submete a sintaxe, no i.

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