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(Outros livros de intoresso LER “O CAPITAL” Loulé ALTHUssER, ACQUES RANCIERE, Pitnne MACHEREY, GHIENNE SALIBA, ROGER ESTARLET ALTWUssER «sus colaboradore fazem uma litur filosfies de “0 Co: pode ‘up na hs tia do saber. Os autores dese Io nBo Idem "0 Capital” como scone. ‘mists, lgicos ou Historiadores. Fexblosiaiieara procurar na obra rssctades do ibito de nas eula problemtica & por sua vez posts em questi no pr- Capita” ‘A FAVOR DE MARX ("Pour Marx") Ness ro so expos a conheldas tess althusserana, que susctam Indrersapolémien: existe ume "prtia tobres” axes ume "cesar ‘epistomolbgia” one 0 Mare maduro o joer Marx cao particular ‘ oposefo. je sapara at cléncaeo a ieologla:o marc tno & um "antchumanismo tabriea” « a dialétcs moteilata nab & 6 pura simples "inversio” da lia ideals hogsina. ‘TEORIA MARXISTA DA HISTORIA Ete lvro 6 uma eslarecadora e orginal contibuggo ao esto da too- via da stra do Karl Marx. Apasar da bibliografia sobre Mors ser ‘Sundente« dvenifceda, powess obra, até hoje, atentaram pars eae fsuunto’ de modo sistema e coornta, WILLIAM H. SHAW tts 6 ‘atoralismo histrieo, basieamemts, como uma teria emis, cet Lie; no send sus Inte spencs defendéla ou revise mas, ante fe todo, tenartraer 3 tona o que a tora de Marx dz, desindar © teu significado, sondar os sous matizesveclareceralgumr dificuldad Internat. Tedovio, no objetivo do autor demonstrar que © Mare ‘atoraismo histérice“elantfico” seo "verdaelro” Mark. TEA] zanan eorrones ‘2 cultura a servigo do progresso social BIBLIOTECA DE CIENCIAS SOCIAIS istvan mészdros MARX: A Teoria da Alienagdo Tracuaso: Waltonsir Dutra Supervio da eds brasileira: Leandro Konder Rode dansiro “Tita original: Mara’ Theory of Alienation ‘Trado autorzade da segunda reimrestio da quart diego, publics fm 1079 por Merlin Press de Londres, Inlotera {© 1970, The MerinPross Lt All righ reserved Direitosreservedox. ‘A teproducio nfo autorzada ‘Gest publi do, na todo ou em part constitu viags0 do copyright (Lei 5 988) igo par o rei go pote crulr em outros pats. Cops: Eliane Stephan Diagramsc Composico: Zshar Editors S.A. 5 bara 1901 Direitos par eledo brasileira aduisidos por (Cana Postal 207,26 00. lode Jiro que se reservar a proriedade desta versio. Timprestono Brat INDICE Breve Apresentagéo da Edicfo Brasileira {Leendro Konder) Prefécios Introdueao Parte (Origens e Estrutura da Teoria Marxista |. Origens do Conceito de Alienaeio 1, Aabordsgem jeicoeatio 30 2 Ralienaego come "vendsbildade universal” 24 3. Histoicaaase ascensfo da antropelogia 37 4. Otimdo “pasitvisme nfoer tion” 48 I, A Génese da Teoria da Alienacdo de Marx 1, Atom de covtorado de Mare ‘enim erties do Entato moserno 63 A questo juaice problema da emancioseo lems 66 3. Oencontre de Marx com s economia potice 71 4 teristieme menista 79 5. A transormario de fade “tvdad” de Hegel 82 UL, Estrutura Conceitual dda Teoria da Alienacio de Marx 1. Bases do seta marxita 87 2 Enrature conceal teora da alenaga de Marx. 92 5. Alionaedoeteleologs 103 in 13 29 63 a7 indice Parte tt Aspectos da Alienagdo IV. Aspectos Econdmicos 1. Reritiea da economia polities feta por Mane 111 2 Daatlonaefo parcial 8 aliensefo universal 118 3. Da alent polities alienacfo economics 129, 4 Divisio alinarfo do trabalho: soncorténeseaifieapo 125 5. Trabalho slianado.e "naturezahumsna"” 190 V, Aspects Politicos 1, RelogSes de propriedadle 134 2 Objetneso expiant iberdade 137 3. "Nagatio da nepacdo” emancipario politica 142 Vi. Aspectos Ontolégicos e Morais 1, O “sor automediodor da aatueza” 145 As imitaeSe da Hoardade 147 eis fine, necesisae ber dade: programa prticn da emancipac humana 161 Lopalidace, morale educerdo. 167 VIL. Aspectos Estétioos 1. Signtiado valor e necascade: lume esuutiraantopomartca do avaiaczo. 171 2, Oveonesito de realm de Marx 176 3. &"emancpacio dos sentidos humanos” 180 44 Pradugio e sansuma uss rlogSer coma are 128 5 Importiocis da educate estica 189 Parte ‘Significaro Contempordnes «da Teoria da Alienagdo de Marx Vill, A Controvérsia sobre Marx 1. 0 "joven Mare” contra 0 "tho Merx” 107 ant 134 145 m1 197 ‘nice 2, “Filosofia contra “economia politics” 208 3, A evolucfoimelectal de Marx 210 4. A woriade alaneolo wa lori da sora. 218 IX. 0 Individuo e a Sociedade 1, Odesenvovimanto capitalists fo culte do inavicuo. 728 2, Oingviduo ea coetvidade 241 3, Autometiio do indivi social 249 X. A Alienagio ea Crise da Educagao 1. Utopiasedueseonais 281 2. Aetse do eduayso 260, Notas 260 281 BREVE APRESENTACAO DA EDIGAO BRASILEIRA Istvin Mészéros nasceu em Budapeste, em 1930. Fitho de pais muito. pobres, trabalhou como operério © 36 rho pésuerra, com o regime de "democracia popular”, teve possibilidade de aprofundar sous estudos, Cursou 2 universidade e se diplomou em filosofis, Ainds na primeira metade dos anos 1950, tornou-se sistente fo professor Georg Lukies na Universidade de Budapeste f obteve a livre docéncia am estética com uma tese sobre Satira © Realidade, publicada em hngaro, em 1956. Estabeleceu profundos lacos de amizade com Lukées fe com o escritor Tibor Déry. Foi redator-chefe da revista Cinela. Hangara, da Academia Hingara de Ciéneias, © de Tomada de Consciéncia, publicacdo que morrey no nascedouro, em 1966, quando tinha acabado de ser organizada ‘por um grupo de intelectuais empenha {dos em aprofundar a critica do stalinismo. Com a crise hangsra ‘dequele ano © com a intervencdo das tropas sovidticas na vida politica do pats, Meszaros foi foreado a ssir da Hungria e se exilou na Itdlia. Escreveu, entéo, fm italiano, um liveo sobre A Revolta das Intelectuais na ‘Hungrie, editado or Einaudi, Outro livro seu publicado ra Italia, naquele periodo, trata de Attila Jozsef ea Arte ‘Moderna, Posteriormente, Mészéros fol para a Inglaterra fe passou a lecionar na Universidade de Sussex. Tem publi ao ensaios em diversas revistas, entre as quals The Pro- beadings of the Aristotelian Society, The Sociological Review © Philosophical Books. Também tem publicado artigos na Franga, a Itdia, na Republica Federal da ‘Alemanha e em sua terra natal, a Hungria (que 0 acothe ‘calorosamente, nas visitas que ele Ihe faz). Além disso, Mészéros € 0 autor de dois livros importantes dos anos ° 10 spresentagto 1970: Lukes’ Concept of Dialetcs (A Concepeio Lukac: siana da Dialética) e The Necessity of Social Control (A Necessidade do Controle Social. E & 0 editor de Aspects of History and Class Consciousness (Aspects de Historia e Consciéncis de Classe), obra coletiva que inclui um significative ensaio de sua autoria, Mais recen: tomente, Mészéros também colaborou na Histéria do ‘Marxismo* organizada por Hobsbawin; coubelhe tratar do tema: “Marx como fildsofo” O presente tivo — Marx's Theory of Alienation (Marx 2 Teoria da Alienaeio) ~ foi lancado erm maio de 1970 pela Merlin Press, de Londres, ed em novembro da mesmo ano aparecia em segunda edigfo (prova inequivoca do su ‘eesso aleanado). Sua erudigso impressionou The Times Literary Supplement. & um jel integrado por Perry An- derson, EH. Carr, Erie Hobsbawm, Ralph Miliband € Monty Johnstone the concedeu 0 /saac Deutscher Memo: vial Prize. Pela qualidade dos membros do jari que the ‘concedeu 0 prémio, oleitor brasileiro pode ter idéia dos iméritos desta obra, LEANDRO KONDER Hobsbawr, Eric J. (rp). Mitéia do Marsisme, Rio de sunt, ave Terr, 1078, PREFACIO ee “Tenino uma divide para com os amigo colega ave ofereceram morstes ess murs das quai foram ineorporadsy, de alguna forma. vets final Devo ear nascent assem Aol aur Cesare Gass cule eiten eerie fram vatioss. Minho maior ivi paracom meu antigo profesor «amigo, Georg okies" gu influencou de mules manera © mau mado de pens. Sussex University om Maio de 1068 PRETAGIOA TERCEIRA EDIGAO A mest de uma wei ei, 18 me a bce dp a capo Soomro ie rns, prem, $e Metin tose opr ds os teontrma ae ert Netnvevco. ev sede ues tte ono prc se serine ue non pene hanes Crna ~ Ser 0 peau pace ego Conese se sree Saecemons ae inporone entwde de meres ee aia ore mente Se feeb Sere re accor pov com reciene s sen mr xe i, ees dune coe cece Seogeit raran oentconent 1 el see’ trl sta do caste €precromte em ero rete Sit ce meena sana nan Ple moi doa renee se’ es cia bao la dn pring ques se comment socal cov de ua Sees eyecare nts sop” eaam am Ss saute snnica, Entre co tee aut re Set fsa mato mss Go on on amet stan 5 Se eae ns coast cam satan srs Se oem Vora nave, banondo ns es u 12 Marea tori de aliensséo fais ft coe pe en org Tiley cea er ne et Bron, novembro do 1971 Le INTRODUGAO Soap eet et (0s problemas da alenaeio vm rendodebatios hi muito tempo, sem ave ‘iminaa.o imeesse por ets Pele contro: julgar por alguns scontec ‘hon hstorcos recone: «pela erento Weoleles de muitos de sus Durusipantr, ertce da alienago parece tar adqitido uma nova prema ahistorice. Grande porte dss ettidoss tm eenralzado, noe dkimos 40 anos, nos Manuseritos Eeondmicar @ Floasticos de 1844, 80 Mar. & primers siedo ~ embora incomplete — aparecey em ruso ém 1927 efi segue, fm 1832, pias ediges complet em alee, uso e franats, que pes Iara sua ifuso tm circles flostiaseftriios por todo © mundo, (principal eonceito dss manuszitoséo lena. ( mimero defor rts escrito sobre os Manuseritos de 1844, cu que sles se referem, #incontve.Teatase, inquestionaveimente, ds bre tibtiee mate siscutcn este soul. Mas os autores que analisram {hia obra teUenterente no compreenderam que oa tab & uma ds tnalscomplenas eiffel obrat da teratra tosis Suse diiculdader ni afo evidontes 8 primeira vist. A enorme ccomplexidade dor niveis treo, nimamente relacionados, & disor ‘Som frequéneis pot formulas aue parecem enganosomente spl, € parndoxal 0 fato Ge a grande capeidade de exprescio de Marx ~ 59 abi Fdode auase que sem person do frmlr suas lias rum esto ratien, es dom excepeionl de produztaforsmor “elves” (mes na calidad tmoltidimensionss) ete. Tomnor © entndimonto adequado dest obra trai dif, ¢ nao mols fis. lo porque € tantador abstrarss, como {leer muito comentariss, dat complies InterligerBes, para coneet- arse mo apecente simplcdade do ponte foalzado mals intensaments, tas, ¢ menor qv se formulas slristcas seam eompreencides em suas ir Intereonexdes ‘ler, 2 etgos de ums inerpretarso ert aslo prance, A limitods letra “itera” de trechos Holados (par no {ateemes dos errs deTeiture de motvaro idotbaies! de aforsms © te- hos Iguslmenteielade) #8 pode produzir teoriss como ado "Mack ra famente ove” de muitos erie, que se concentrem uniate fm certos techos dos Manusoitos de Pari, tomados fore do contexto © 3 14 Marx:a tora da aenagio {posta so resto de obra monumental de Marx, tories beseados na mete: pritica torouse 0 espsito peticn dat noedes eit, Or judous te congens do coneeto de alienasgo 33 enuncitan na mio em ue eos tamara jad A meitdapSe: protestants do Crsaniimo, que se havi consclidado om eons moc va wns eters ratamente Se do Crationismo "evict nim “Cristiansma-hds 0 ico", como um pao sigfcativo na dreszo da seulrizepS0 com cree tose 9 problamsien da alienydo.Peraltamente & domnordo Pit ate do espirto do capralsmo ne etre pric, #4 formes (eal Jeo tabem se trraram eas ver mae seculres: dos vas vee JO Stent, pasando pelo “atefamo humana”, sté & famosa declares deve “Deus ert morto™ Na Epoc dest itn, até mesmo ae Hubs $2 Sutiersalidade” tom que o “mundo do interese pesoa se oes") © maracas e por vers até mesmo intescads pelo tetsmo ® pelo [elomo humansta tornaremse om constengimenteagudo para ® bur EKITS dine aio eta, por vers gross, teve dee felt, pare 0 Eitoaberto ds prenidade, “Como dusermos, nat conde de Sociedade de clases ~ devido & convadiao ierente ene 9 "parte" © 0. "Todo", devida 80 ato de que Cinerese prc domina's ttaicade de sosedade ~ 0 principio do farllaade ets nome contac Igplinel tom 9s universaliaace Em consaiéncia, 69 cua rela de forgas que el a form predomi rete de presides uma niveralidode tile, 0 asso que 8 resp, Crientads para 0 ide, dei prcaidade ~ por exemplo, univesaidade CGoricoatrita do Cristiano antes de aia metamarfere em “Crstans ‘noducafamo pico" ~ dave pamanoto ub, Hetil, imootente. A perciidade”¢ "universairde”, em sua opesiedorciprce, sf dus (tevtas da mesma stuagdosinads. A pariidade eotta dove er lvads F""inversaidade" para 2 su realerao: 0 dinamamo sisioaconémico fubiscents #20 mosmo tempo “sutocenzado” "igi pars fora, "na Gonaist” e“ccumepolta" “roteionitolecionist” «"imperita por iso que ndo pode have lupe ara universalidedeautenticn, mas Soens par's unverelaacto spent do ma rus paccilidace, juts ‘mente com um portiodo irri, teivcmabrsto. do univesalidade Somos neqaedo ~ meramonteieci6ica ~ de Decade eetiv, que Bresornine na praca, Asim, 9 "naionalidade quimérca” 0 jude & binds mas quimercs, porque ~ na mada em que és nacionaidage do fmercane e do Financia ~ & na reldode a nica univeralidade oe {ies pariadadevansormaca em univesldage operative, no principio ‘rsnica fundamental do socedae em questo. (Ae rstenetes do ant Sitio tonar-seevdents se compceendemos queers volts conta © treo fenbmeno soilogco dy parcialicage jsica« no conta" ext teen fudaca Uo sociedad stce 2 porisidade no que ea ten Je ras Timtado, «com to nfo 3b nfo enrentao problema rel, que 6» parcial: dhe do ineese perl capitate vansformado no principio universal

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