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Curso TEcNico DE AUTOMOBILiSTICA ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE Ropas 2003 Coordenacao geral (Coordenador do projeto Organizacdo e atualzacdo do contetdo Eatoracdo sats SENA\ Telefone Telefax Email Home page AAlinnamento @ Balanceamento de Rodas SENAL-SP, 2003 ‘Trabalho elaborado e editorado pela Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo" ‘Artur Alves dos Santos «José Antonio Messas Geraldo Arantes Filho Maria Regina José da Siva Teresa Cristina Maino Ge Azovedo SENA|_ SP Alinhamento e Balanceamento de Rodas, So Paulo, 2001. 8p i Apostia técnica cou 8213 ‘Servigo Nacional de Aprendizagem Industrial Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo" Rua Morera de God, 228 - Ipange - Sto Paulo-SP . CEP 0426.00 (nett) 6163-1988 (nett) 660.0219 sonaiautomoblstica@sp sonal br ilu sp senal briautomobiistica Sumario IntRoDUgAO Concertos BAsicos sosre PNEUs + Componentes de um pneu + Pneus diagonais e pneus radiais + Pneus com camara e sem cémara + Rodas: + Marcagdes dos pneus + Armazenagem dos pneus, cémaras de ar e protetores + Desmontagem/Montagem dos pneus passeio + Desmontagem/Montagem dos pneus para caminhdes e Onibus + Manutencao dos pneus + Indicadores de desgaste + Avarias em pneus € suas causas Vieracoes © BALANCEAMENTO DE RODAS + Vibragdes € suas causas + Corregdo dos desequilibrios ou desbalanceamentos + Métodos de balanceamento AUNHAMENTO DE Ropas + Conceitos basicos sobre suspensao + Sistemas de diregéo + Sistemas de suspensdo + Angulos ¢ linhas de referéncia + Métodos de alinhamento + Procedimentos para o servigo de alinhamento + Guia de detecedo de falhas REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Auowannto € BaLanccavento oF Rooks 29 29 33 36 40 43 44 45 49 56 58 60 61 Escota SENAI“Cowar José Viceure of Azeveo Auowannto € BaLanccavento oF Rooks INTRODUGAO Muitas vezes, mesmo apés reparar a suspensdio de um veiculo, ainda assim, ele apresenta- se fora de suas condigées ideais de uso, estabilidade, dirigibilidade e seguranga, Quando isto ocorre, 6 possivel que as causas destas irregularidades sejam devido as deficiéncias na geometria da suspensao e direco, ou seja, deficiéncias no alinhamento e balanceamento de rodas. © médulo — Alinhamento e balanceamento de rodas - tem como objetivo desenvolver nos alunos 0 dominio dos conhecimentos sobre os principios de funcionamento do sistema de Alinhamento e balanceamento de rodas de um veiculo, O desenvolvimento dos estudos desse médulo deve ocorrer em duas fases: + aulas tedricas; + aulas praticas. A divisdo do contetido em duas fases distintas ¢ apenas recurso de organizagao sendo que as aulas de teoria e de pratica devem ocorrer simultaneamente e a carga horaria variar de acordo com as necessidades didatico-pedagdgicas. As aulas tedricas visam desenvolver nos alunos o dominio de contetidos basicos necessérios para a realizacdo dos ensaios. As aulas praticas devem ser caracterizadas por atividades realizadas direta e exclusivamente pelos alunos, O texto que se segue ira tratar do contetido basico da fase tedrica do médulo. © contetido dessa fase compreende os seguintes assuntos: + conceitos basicos sobre pneus; + andlise de vibrag6es e balanceamento de rodas; + conceitos basicos sobre suspensao; + sistemas de diregéo; + Angulos ¢ linhas de referénciay + métodos de alinhamento; + guia de detecc&o de falhas. Esco SENAI "Conor Jost Vicente oe Azeve 5 Auowannto € BaLanccavento oF Rooks Conceitos BAsicos soBrE PNEUS ComPoneNTES DE UM PNEU banda do _ _flanco rodagem Todo pneu € formado de quatro partes principais: carcaye ~ tale Carcaca E a parte resistente do pneu, constituida de lona(s) de poliéster, nylon ou aco. Retém o ar ‘sob pressdo que suporta 0 peso total do veiculo. Nos pneus radiais as cinturas complementam sua resisténcia. TALOES ‘S40 constituidos internamente de arames de aco de grande resistencia e tem por finalidade manter 0 pneu acoplado ao aro. BAnpa DE RopAGEM E aparte do pneu que entra diretamente em contato com o solo. Formada por um composto. especial de borracha que oferece grande resisténcia ao desgaste. Seus desenhos constituidos or partes cheias (biscoitos) e vazias (sulcos), oferecem desempenho e seguranga ao vercull. FLANcos Protegem a carcaga de lonas. So dotados de uma mistura especial de borracha com alto grau de flexibilidade. Funcoes Dos PNeus + Suportar a carga. + Assegurar a transmiss&o da poténcia motriz. + Garantir a dirigibilidade do vetculo. + Oferecer respostas eficientes nas freadas ¢ aceleradas. + Contribuir com a suspensao do veiculo no conforto e seguranca Escota SENAI “Conor Jose Vicente or Azeve 7 Gunso Tecweo 0€ Aurowost sma Pneus Diaconals E Pneus Rapiais A diferenca entre os pneus diagonais e os radiais esta principalmente na carcaca. aN ~ | Pheu diagonal Pheu raial O pneu diagonal, também chamado convencional, possui uma carcaca constituida de lonas téxteis cruzadas uma em relagdo a outra No pneu radial, a carcaga é constituida de uma ou mais lonas cujos cordoneis esto paralelos. e no sentido radial. Esta estrutura ¢ estabilizada pelas cinturas sob a banda de rodagem. VANTAGENS Dos PNEUs RADIAIS + Maior duragao. + Economia de combustivel. + Melhor aderéncia. + Aceleradas ¢ freadas mais eficientes. + Melhor comportamento. Pneu sob carga Apolo no solo ~~ diagonal : — radial pneu diagonal peu radial Nas curvas: as QW? peu diagonal pneu radial (AI “Conor José Vicente oe Azev Auowannto € BaLanccavento oF Rooks Pneus com CAMARA E SEM CAMARA A diferenca basica esta dentro do pneu. Os sem cémara possuem no interno uma camada de borracha especial, denominada liner, que garante a retencdo do ar. Dever ser montados. em aros apropriados, utilizando valvulas especiais. ExewpLo pe Pueus PARA VeicuLos 0€ Passeio Pheu sem cémara (Tubeless) Se / CY A (conte febaixado) yaya Pneu com cémara (Tube Type) aro a canal 7 (centr rebarado) valvula VANTAGENS DO PNEU SEM CAMARA + Desmontagem e montagem mais simples + Maior seguranca quando perfurados Preu sem camara Pneu com cémara s —~ L ° Soe Esvaziamento lento Esvaziamento ripido Escota SENAI “Conor Jose Vicente or Azeve Curso Técnico o¢ Auronosnisne Exemplo de pneus para caminhdes e Gnibus peu sem cémara a0 DG. 18°. ‘aro de centr plano anel removive prototor Ropas Roda é um conjunto formado por aro e disco, servindo de elemento intermediario entre 0 pneu € 0 veiculo. Portanto, aro € o elemento anelar onde o pneu € montado ¢ disco é 0 elemento central que permite a fixagdo da roda ao cubo do veiculo. Para a correta fixagdo da roda ao cubo é necessério que haja uma perfeita concordancia entre as dimensées das porcas ou parafusos com os furos de fixagdo do disco da roda, que podem ser planos, esféricos ou cénicos. 10 Escota SENAI “Conor Jost Vicente oF Azev Auswanento ¢ Batan Os aros podem ser: + De centro plano e de centro semi-rebaixado (Semi Drop Center), utilizados em caminhées e Onibus. Tais eros sdo dotados de anel ou anéis removiveis para permitir a montagem do pneu; + De centro rebaixado (Drop Center), utilizados em automéveis e também em caminhdes & 6nibus com pneus "sem camara’ ‘Com camara ‘Sem camara phew pou. 7 a10- ob cewopar | (convo nmamatay ata protetor (somenta em 2708 de canto plano) © tamanho de um aro normalmente € constituido por dois conjuntos de nimeros, sendo que o primeiro representa a largura do aro, medida de flange a flange, em polegadas e 0 segundo o diémetro nominal do aro, também em polegadas. As letras (ou letra) ao lado da largura indicam o tipo de perfil do aro, conforme normas intemacionais. Exemeto 6 J xx 14 Significam um aro 6" de largura, perfil tipo Ju (aro de centro rebaixado) com 14" de diametro nominal. 4 SENAI “Conor Jose Vicente 0 Azeve " Gunso Tecweo 0€ Aurowost sma DimeNsoes Do PNEU E DA RODA S = LARGURA DA SECGAO Largura do pneu novo, montado no aro de medicéo e inflado & pressdo indicada , sem incluir barras de protego ou decorativas. D - DIAMETRO EXTERNO Diadmetro do pneu novo, montado no aro de medic&o e infiado, sem carga. H - ALTuRA DA sECCAO Distancia entre o calcanhar do taldo e 0 centro da banda de rodagem d - DIAMETRO DO ARO Didmetro medido entre os assentos dos tal6es. L = LaRGURA DO ARO Distancia entre os flanges do aro, medida internamente. R ESTAT. - RAIO ESTATICO SOB CARGA Distancia entre o centro da roda e 0 solo (pneu sob carga) CIRCUNFERENCIA DE ROTACAO Distancia percorrida pelo pneu inflado e com carga em uma volta completa da roda, e uma certa velocidade. (AI “Conor José Vicente oe Azev 12 Auowannto € BaLanccavento oF Rooks Marcacoes bos PNeus ‘Todo pneu apresenta nos seus flancos uma grande quantidade de informagées: muitas séio representadas por cddigos devido ao limitado espago disponivel, e outras poderao estar em inglés por exigéncias de exportagao devido as normas de outros paises. 1. Nome de fabricar 6, Posi ds Indcadores de desgaste TW I (Tread Wea notes) 1A Logeugo do toneante ‘ange sngios,naicam omarento3&_ retrads 09 pNEU de USO 2 Mod do pe (samme esauo de banca Ge rocanem) 1 Carscarsieas de cmencieee conernigo(verdsannoy 7. Codigesnfemos para conboe do fabrieayzo, - indica que o pre é para use pincipaler eiculs de passe 8. Lcalabicagdo. (evgéncia de expertag do) 9. MatcuaD 0: exgéncla de experiagto, mas de inieesse 175= agua da segeo rn, no Bast -naca estapeleemerts ce preaurso, po dopneu 70--séne teznca relay ene ara de se0;80 (larga de Sec¢30(S). = periad de abrc apd. R- quando exstr, aca esta aaal 10. Dados referents a estutura do pneu enigéncia de expresso. 18-imeto nto do peu (cme do ao) em potegadas (0) 11. Cargae presse mautna exigencia de expriag do. 4 nate 2 carga ceago de veostase 12 Regsto se nomologaya0:engénesa de exponagao. Noexemplo 62=475k9 (er abe pag 19) 15 Clateteagae do pnejnta& UT (Unram Tre Quay Gran 'S=TH0kn ver tanela p13) ‘egencia de expriagéo, 6. Preu versio sem cara (utes) ou com ciara (ube p=) 14. Slaniiea "Mua ane Snow exigencia ce exponayao Notas: + Apalavra REINFORCED indica um pneu com estrutura reforcada, para vefculos comerciais leves. + Quando o pneu tem posigao de montagem, deve ser marcado nos flancos o lado interno € externo nos idiomas italiano, inglés, francés e alemo, por exigéncia de exportacéo. Escota SENAI“Cowar José Viceure of Azeveo 13 Gunso Tecweo 0€ Aurowost sma Series TECNICAS A série representa a relacao entre a altura (H) e a largura de seccdo (S), na troca de pneus de uma série por outra e muito importante observar que o diametro externo nao seja alterado, bem como que nao ocorram interferéncias no veiculo. 8 HH ttura da seccio Ss Hg 421 . TABELA DE MepIDAS “largura da seecao P600 ‘Serie 80 | Sarie75 | Seria70 | Sere6s | SerleGd | Sere6s | Sere 50 aaseoR | — | Me7OR13 | te565R13| SCOR] — — = = freerorts [escorts p — = = = = = |ressreef — = = 14560 — [resorts | vsc5 R13 [reseor1s| ese5Ria] — = = [res7oria| testes es [s7seoR ta) — = = es ct — = — 15560__| 18575 R13 | 17S70R 13 | TEES R 14 | T7HGORT | 195E5R14| 1OSKOR IS — —[rssmorta | wsesnt4 [reser | wesesR 15] — = = fresrore[ — [rsseora[ — = wes 13 | — _| 185/70 R15 | 17e05 R18 | e560 R 14 | 20565 R14 | ZOBIGOR 1 = [reso 13 | tesi05 R14 | 20500 R 14 | 85765 R15 | 185/60R 1 = = [amoral — = [rmssrts] — = = = = = [oosssRis) 175/80 R13 | 175/75 R14 | 1757OR 14 | 185S5R 14 | 2056 R 14 | 10555 R 16 | 2ISSOR 16 — — [aso 14 [ roses 14 | 21560 R14 | 20544R 15 | 19550R 16 = = —_[resesr1s| escorts] — | 20550R16 THOR 14 | 168105 R 14 | 21600 R 14 | 20565 R 16 | ZOKOR 16 = — [resort [ess R15 22500R | — | 22560R 16 = = = freesrts [escorts | — | 20ss0R 17 = = = = |aseoR | — = = = = = faseorts | = 14 ENAI “Conoe Jose Vicewre 1 Ace PNeus PARA CAMINHOES E ONIBUS EXEMPLOS DE INTERPRETAGOES Auowannto € BaLanccavento oF Rooks "oro rau! Marcacdes: 10.00 R 20 146/143K 41: R22.8 148/144 M Ne Cap. 16 lonas (16 PR.) Cap. 16 lonas (16 PR.) Significado TUBE TYPE REGROOVABLE TUBELESS REGROOVABLE + | Nome dofatreant tipo de pneu Larpura nominal de seccBo em polegedes 1000 " 2. | Pnev de estut radia R Dismetto nominal do aro em polegedes 20 225 mos snmpies PT Pnow Pts uso 148 148 Inge ce manna pr rou par iso 143 ‘a 4 | simoote ae veocdaae K M 5 | indice de resisténcia da carcaca ‘Cap. 16 jonas (16 PR.) 6 | nou versa “com cémara TUBE TYPE — 7 | Pou versio ‘sem cémar - TUBELESS 8. | Banda do codagem ressucavol REGROOVABLE «| Senvdo ae respagem em pneus com entra > SENAI "Conor Jost Vicenre oe Azeves 15 Gunso Tecwico 0€ AuroMost srk TABELA DE INDICE DE CARGA inave | 682° 2 | nave | 82" | nace | 9°22" | ince | C2222] nde | CHER EEK mo | a | m | o00 | ro | toa | 100 | 1000 | aso | axeo nm] oats | oor | ats fa | toa | rar f aoso ast | axeo rn] as | m | a0 |r| azo | roo | 2am | aso | asco ra | aes | os | sso | a | atso | tao | 2080 | 150 | asso ra | ars | oe | oo | ae | sta0 | tae | tao | ts | oreo rs | ser | os | eco | is | rate | ra | ateo | ass | sere ro | a0 | | m0 |e | so | 16 | 220 | 50 | 2000 rm | aa | or | v0 Joa | saa free | 200 | or | arzo re | 2 | w | 70 | se | s20 | 100 | 2200 | aso | saxo rm] ar | wm | 75 | se | soa | 100 | ae | 50 | ars vo | a0 | 100 | 00 | iz | saan | rao | 2500 | two | aso0 ar | ser | sor | sas Jaa | aso fast asrs | tor | aazs so] ars | roo | 250 | az | soo | rao | asso | too | aro a | ar | tos | ars Jaa | sso | va | ares | oa | ants at | sco | toe | 200 Jaze | scan | tse | 2a00 | tox | coco as] sis | 105 | 225 | 12s | soso | as | 2200 | os | sreo so | a0 | 103 | 950 | 2 | so | 0 | aon | woo | somo ar | ss | sor | are fsa | sao | var | sore | or | exeo ve | s60 | 103 | 1000 | 12 | 00 | see | ars0 | 60 | co00 oo | sa | 102 | toa | iz | soso | sae | aoso | reo | sooo TABELA DE SIMBOLO DE VELOCIDADE ‘Simbolo de velocidad | Velocidada (kmh) 0 60 6 7 20 0 100 10 120 120 40 150 160 170 180 190 200 210 240 270 00 massas dispostas de \ _~ ‘mane essimeticn Nel ‘Quando a roda entra em rotacdo, as duas massas geram duas forgas do tipo centrifuga que provocam oscilacdes transversais. (© pneu sofre rapido desgaste e tanto 0 conforto como a dirigibilidade so prejudicados, bem como os elementos mec&nicos da suspensdo e diregao do vefculo. 32 E (AI “Conor José Vicente oe Azev Auswianenro € BALANCEANENTO 0€ RODAS As vibragdes comecam a ser sentidas quando a rotacéio entra na faixe de ressonancia, ou seja, a partir dos 70/80km/h e nao é mais sentida a partir dos 130km/h aproximadamente, embora as vibragdes continuem a atuar sobre a suspenséo. * DeseQuiLisrio DinAmico ComBINaDo O caso mais comum encontrado ¢ 0 desequilibrio dinamico combinado. Este desequilibrio € representado pela soma do desequilibrio estatico e desequilibrio dinamico, CorrecAo pos DesequiLisrios ou DESBALANCEAMENTOS Existem dois sistemas de maquinas de balanceamento de rodas, representados pelas chamadas balanceadoras estacionarias e pelas balanceadoras portateis. ‘As méquinas estacionarias (ou de coluna) fazem o balanceamento de rodas fora do veiculo. Estas maquinas compensam os desbalanceamentos estaticos e dinamicos das rodas & pneus. ‘As maquinas portateis (ou locais) fazem o balanceamento das rodas montadas no préprio veiculo, Estas maquinas compensam exclusivamente o desequilibrio estatico. a em 4 SENAI “Conor Jose Vicente 0 Azeve 33 conse 34 “Teenco oF Aurowost smica (© processo ideal de balanceamento é em primeiro lugar compensar o deseauilibrio dindmico ‘combinado da roda com uma balanceadora estacionaria dinémica e feito isso, monta-se a roda No carro. Esta roda apresenta ainda um desequilibrio residual oriundo das demais pegas que giram em conjunto, somado a um pequeno desequilibrio estatico gerado pelo erro de centragem da roda no cubo do carro. Completa-se assim o balanceamento com maquina portatil. A titulo de informagao, em uma roda de automével de peso médio, uma excentricidade de 0.1mm provoca um desbalanceamento na ordem de 12 gramas. Osseavacoes + As maquinas balanceadoras eletronicas estacionarias so concebidas de modo a poder medir os desequilibrios estaticos dinémicos que existem em ambos os planos da roda somé+los de forma vetorial. Desta soma, a balanceadora indica 0 local onde devera ser colocado um sé contrapeso em cada plano, de forma a compensar os desequilibrios estaticos e dindmicos que existem em cada plano. + Em rodas de automéveis recomenda-se nunca aplicar mais de 60 gramas de contrapeso em cada plano. As balanceadoras modernas indicam a forma de otimizar 0 balanceamento, desmontando-se o pneu e girando-o na roda na posic¢&o mais conveniente. + Podemos assim concluir que apenas 0 balanceamento estacionario, ou seja, feito por uma balanceadora eletrénica, nos permite equilibrar de forma correta a roda de um veiculo. + Esta afirmacdo ¢ valida principalmente para rodas de automéveis e utiltarios que por serem veiculos leves, tém suspensdes mais sensiveis do que os veiculos de maior peso (caminhées e énibus). Estes tltimos por terem suspensdes bem mais robustas também absorvem melhor as vibragSes originadas de desequilibrios das rodas. Em veiculos pesados portanto, o balanceamento no préprio veiculo com uma balanceadora portatil, em geral é suficiente. + Em carros de passeio, 10 gramas de desequilibrio residual por plano so perfeitamente aceitaveis sem quaisquer influéncias que possam originar vibragées. + Um énittus ou caminh&o pesado pode ter desequilibrios residuais de mais de 100 gramas por roda sem que o motorista sinta qualquer vibra¢éo quando em velocidade. + Jaas camionetas e caminhdes leves admitem um desequilfbrio residual de até 60 gramas por roda. (AI “Conor José Vicente oe Azeves Auswianenro € BALANCEANENTO 0€ RODAS ConTRAPESOS Ha inumeros tipos de contrapesos que so aplicaveis nas rodas dos veiculos. © mais utilizado € aquele que apresenta uma garra de ago (assim chamada mola) fundida junto ao chumbo na hora de sua fabricagao. Este tipo de contrapeso é utilizado em aros de ago ou liga leve € € sempre fixado no flange do aro. E muito importante que 0 contrapeso seja perfeitamente fixado ao aro e para isto a garra deve acompanhar a curvatura da borda do aro, e por outro lado, a forma da parte interna do contrapeso deve acompanhar a sede onde o mesmo ficara fixado Existem ainda, dois outros tipos de contrapesos * ContraPesos Avesivos Estes contrapesos so aqueles que em vez de garra possuem uma fita adesiva de dupla face © devem ser fixados no aro em uma superficie limpa e lisa. Este tipo de contrapeso € normalmente utilizado em aros de liga leve ou em aros cromados. a fim de evitar que, na sua fixacdo 0 aro seja marcado. Também séo utilizados em rodas que no possuam espaco para o alojamento de contrapesos com garras. * ConTRAPEsos DE SEGURANCA Estes contrapesos so aqueles nos quais a mola nao € fundida ao chumbo. A mola tem neste caso um perfil que “abraca” o contrapeso e fica bem encaixado no aro (entre o pneu € a borda interna do aro). Este contrapeso € normalmente utilizado pelas montadoras de automéveis ja que em uma maquina balanceadora de produgdo, existe um dispositive que “descola’ o pneu do aro ja inflado deixando espago para a colocagao da mola. Para finalizar 0 assunto contrapeso, devemos alertar que a reutilizago de um contrapeso muitas vezes € perigosa e, portanto, desaconselhavel face ao isco de se soltar em um impacto que a roda eventualmente venha a softer Da mesma forma, contrapesos que séo fabricados com molas cujo aco esta fora da especificacéo ou cujo tratamento térmico nao foi feito adequadamente podem soltar-se facilmente, pois a mola n&o atua como tal. SENAI "Conor Jost Vicente oe Azeve 35 Gunso Tecweo 0€ Aurowost sma Métopos pe BALANCEAMENTO Com Maquina ESsTACIoNARIA (OU DE COLUNA) Existem no mercado varios equipamentos deste tipo, operando com principios similares, mas com manuseio diferentes, o que requer para cada caso, que se sigam as instrucdes de ‘seu fabricante. Alguns comentarios todavia séo oportunos: *+ Antes de iniciar 0 balanceamento, remova os pesos antigos da roda, bem como qualquer corpo estranho que esteja no pneu ou roda. + Centralize a roda no flange propria, quando esta é de centro fechado e que no permitem ‘0.uso de cones de fixagéo; + Ao girar a roda, verifique se a mesma nao apresenta excentricidade ou oscilagées laterais, + Ajuste o equipamento conforme didmetro, largura do aro e distancia do aro a maquina. + Aplique os contrapesos mais adequados a cada caso. Contrapesos de garra para rodas de liga leve no devem ser utilizados em rodas de ago e vice-versa. Nas rodas de liga leve, de preferéncia utilize contrapesos colantes na parte interna. 36 IAI “Conor José Vicente 0 Azeveoo Auswianenro € BALANCEANENTO 0€ RODAS Com MAQUINA PoRTATIL (NO PROPRIO VEICULO) A balanceadora portatil € constituida basicamente de: + Captadores de vibracdes (geralmente um para automéveis e outro para caminhdes & Onibus); Motor elétrico de acionamento da roda; + Lampada estroboscopica ou sistema infrared; Painel de controles de indicadores de desequilibrio (indica a quantidade de peso). No balanceamento devem ser observados 0s seguintes aspectos: + Com 0 veiculo erguido, deve-se verificar o estado dos rolamentos, bem como as folgas nos pivés ou pino mestre e buchas dos bracos da suspensao. + As rodas devem girar livremente, caso contrario devem ser regulados 0s freios. + Ao se balancear rodas de tragao, recomenda-se suspender o veiculo de modo que ambas as rodas fiquem livres. Este procedimento evitaré possiveis danos ao diferencial que podem ocorrer caso uma das rodas permaneca parada com a outra em velocidade. + Ocaptador de vibracdes deve ser colocado na parte inferior da suspens&o, o mais préximo possivel da roda, ajustando-se adequadamente sua altura de modo a captar qualquer vibragdo. Os captadores ‘tipo cavalete’ suportam o peso do vefculo e para tanto devem estar firmemente aplicados. Jé os captadores tipo magnético”, que néo suportam o peso do veiculo, devem manter o ima bem apoiado na suspensdo. + E sempre conveniente, com um giz, fazer uma marca na lateral do pneu, para servir de ponto de referéncia. + Asensibilidade da balanceadora deve ser ajustada de acordo com o tamanho da roda a ser balanceada e as instrugdes de seu fabricante. Osservacao Para veiculos com cémbio automético a roda mottiz s6 poderé ser movimentada com uso do motor do préprio veiculo para evitar danos ao mecanismo da caixa de mudancas. SENAI "Conor Jost Vicente oe Azeve 37

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