You are on page 1of 6

Acta Scientiae Veterinariae

ISSN: 1678-0345
ActaSciVet@ufrgs.br
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Brasil

Cunha dos Santos, Fernanda Carlini; Correa Santos, Alice; Alves Schmith, Rúbia; Wayne Nogueira,
Carlos Eduardo; da Rosa Curcio, Bruna
Tratamento medicamentoso de ulceração corneana e abscesso estromal em equinos
Acta Scientiae Veterinariae, vol. 41, núm. 1, 2013, pp. 1-5
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Porto Alegre, Brasil

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=289031818026

Como citar este artigo


Número completo
Sistema de Informação Científica
Mais artigos Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal
Home da revista no Redalyc Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto
Acta Scientiae Veterinariae, 2013. 41(Suppl 1): 26.

CASE REPORT ISSN 1679-9216


Pub. 26

Tratamento medicamentoso de ulceração corneana


e abscesso estromal em equinos
Medicament Treatment of Corneal Ulcer and Stromal Abscess in Horses
Fernanda Carlini Cunha dos Santos, Alice Correa Santos, Rúbia Alves Schmith,
Carlos Eduardo Wayne Nogueira & Bruna da Rosa Curcio

Background: The equine eyelids and cilia protect the eye and promote normal ocular physiological function. Disorders
in these structures may result in corneal alterations such as ulcers and stromal abscess. An abscess is a focal mixture of
cellular debris, necrotic tissue, leucocytes and possibly infectious agents that initially create a lesion surrounded by a zone
of reactive inflammation. Ulcers and corneal stromal abscess cause severe ocular pain and loss of vision quality in horses.
Medical and surgical treatments for stromal abscess have been developed and have evolved over many years. The aim of
this work is to report a case of stromal abscess in a horse, after a corneal ulcer related to eyelid deficiency, focusing on
therapeutic methods.
Case: A 10-year-old crossbreed mare was referred to the Veterinary Clinics Hospital (HCV) of UFPel with an ophthalmic
disorder. The mare had an eyelid lesion 2 years before, and since this event she had had recurrent episodes of ophthalmologic
disorders. On attendance at the HCV, the mare had photophobia, blepharospasm, conjunctival hyperemia, neovasculariza-
tion, myosis, uveitis, intense ocular pain, eyelid deficiency and a corneal ulcer about 2 cm long x 2 cm wide in the right
eye. Surgical correction of eyelid and corneal disorder was recommended, but not authorized by the owner. Treatment
was based on cleaning with physiological solution, gentamicin eyewash, autologus serum every 4 h, atropine 1% every
12 h topically, flunixin meglumin every 12 h intravenously. After 7 days, the corneal ulcer shrank, although there was no
improvement in blepharospasm and ocular pain. A corneal abscess 3 cm x 2 cm was noticed. Gentamicin eyewash and
autologus serum were administered topically every 4 h for 10 more days. After 14 days of treatment, there was neither
blepharospasm nor corneal ulcer and the abscess was shrinking. Gentamicin eyewash was maintained every 6h for 3 more
days. After 65 days there was minimal scar tissue in the eye.
Discussion: The mare had an ocular traumatic injury 2 years ago and since this event she had presented uveitis and corneal
ulcer recurrently, due to loss of eyelid and cilia functional integrity. Equine cornea is avascularized and vascularization
of the affected lesion is necessary for resolution and abscess healing. Medical treatment of superficial stromal abscess is
more economical than surgery and can result in good visual outcomes with mild scarring. Medical treatment consists of
a combination of antimicrobial, mydriatic/cycloplegic and anti-inflammatory medications. Flunixin meglumin seems to
be the most effective intravenous anti-inflammatory for controlling uveitis in horses. The anti-inflammatory dose may be
reduced when there is a decrease in the anterior segment signs of inflammation and ocular pain. Besides systemic colateral
effects, anti-inflammatory therapy also reduces corneal vascularization, and therefore should be used carefully. Antibiotic
topical therapy is highly recommended, due to ocular microflora and microorganism encapsulation, and it was used in the
present report until there was full epithelial healing. A mydriatic/cycloplegic (atropine 1%) drug was administered aiming
to dilate the pupil in order to prevent adherences and to reduce ocular discomfort. Antiproteases agents (autologus serum)
are recommended when there is a corneal epithelial loss of integrity. This agent reduces collagen degradation and helps
corneal healing. Stromal abscess in horses is usually associated with previous corneal ulceration, and in the present report it
also involved eyelid functional deficiency. Medical treatment was effective, ensuring quality of future vision for the animal.

Keywords: corneal ulcer, ophthalmology, ophthalmopathy, therapy.


Descritores: corneal, oftalmologia, oftalmopatia, terapia.

Received: 7 July 2013 Accepted: 16 October 2013 Published: 30 October 2013

Departamento de Clínicas Veterinárias, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, RS, Brazil. CORRESPONDENCE:
F.C.C. Santos [carlini@portoweb.com.br - Tel.: +55 (53) 3275-7295]. Departamento de Clínicas Veterinárias, Faculdade de Veterinária, UFPel, Campus
Universitário s/n. CEP 96010-900 Pelotas, Rio Grande do Sul, Brazil.

1
F.C.C. Santos, A.C. Santos, R.A. Schmith, C.E.W. Nogueira & B.R. Curcio. 2013. Tratamento medicamentoso de ulceração corneana
e abscesso estromal em equinos. Acta Scientiae Veterinariae. 41(Suppl 1): 26.

INTRODUÇÃO do mantido solto a campo. Informou também que


A pálpebra superior e inferior recobre o olho recentemente (aproximadamente 5 dias) foi verificada
externamente, com função de defesa ocular, distribui- uma lesão oftálmica e o animal tratado com colírio de
ção de filme lacrimal e regulação da entrada de luz. tobramicina1 cada 12 h, sendo que não foi observada
Os cílios são estruturas com função de defesa ocular melhora clínica e o animal foi encaminhado ao HCV.
associados à integridade visual. As alterações ciliares No exame clínico geral foi verificado que os
cursam com intenso desconforto pelo contato direto parâmetros vitais apresentavam-se dentro dos limites
com a superfície corneana [8]. fisiológicos. Também foi constatado a má oclusão
Tendo em vista as propriedades funcionais das palpebral, em ambos olhos, sendo mais grave em olho
pálpebras e cílios, anormalidades nestas estruturas direito.
cursam com lesões na superfície ocular, sendo a úlce- Ao exame clínico oftálmico observou-se
ra de córnea a principal. A córnea equina possui três fotofobia, blefaroespasmo, hiperemia conjuntival,
camadas funcionais e anatômicas: epitélio, estroma e neovascularização corneana, miose, uveíte e intensa dor
membrana de Descement. O estroma é a maior camada, ocular. Ao teste de fluoresceína foi constatada uma úlce-
representando aproximadamente 90% da composição ra corneana, na região central, com 2 cm comprimento
corneana [4]. e 2 cm de altura, no olho direito (Figura 1). A alteração
O abscesso estromal caracterizado pela pre- nas pálpebras era resultado da lesão traumática ante-
sença de debris celulares, tecido necrótico, leucó- rior, com ausência de tecido periocular suficiente para
citos, microorganismos é circundado por uma zona adequada oclusão palpebral.
inflamatória [11]. A patogênese do abscesso estromal O tratamento iniciou com lavagem com solu-
está relacionada principalmente á perda de integridade ção fisiológica e curetagem das bordas da úlcera com
funcional da córnea com introdução de microorganis- iodo 1% no primeiro dia. Em seguida, foi realizado
mos no estroma e encapsulamento durante o processo lavagem com solução fisiológica, administração de
de cicatrização [11]. Vários microorganismos são colírio de gentamicina2 a cada 4 h, soro autólogo a
considerados como parte da microbiota ocular normal, cada 4 h, colírio de atropina 1%2 cada 12 h via tópica
enquanto que outros apresentam potencial patogênico e flunixin meglumine3 (1,1 mg/kg) cada 12 h via in-
tais como algumas bactérias (Pseudomonas aeruginosa, travenosa por 7 dias. A égua foi mantida em cocheira
Streptococcus spp. e Staphylococcus spp.) e fungos no período diurno e solta em piquete de campo nativo
(Aspergillus spp., Fusarium spp. e Candida spp.) [4]. no período noturno. A correção cirúrgica da lesão of-
Terapias medicamentosas e cirúrgicas foram propostas tálmica e palpebral foi recomendada, no entanto não
por diversos autores com diferentes taxas de sucesso, houve autorização do proprietário.
variando conforme a profundidade do abscesso e res- Após 7 dias de tratamento foi verifi cada
posta do animal a medicação. redução no diâmetro da úlcera, no entanto houve
O objetivo deste trabalho é relatar um caso de manutenção do blefaroespasmo e intensa dor ocular
abscesso estromal em um equino, após ulceração cor- (Figura 2). Foi constatado aumento na neovascu-
neana associada à deficiência na integridade palpebral, larização e opacidade corneana. Foi verifi cada a
com enfoque nas medidas terapêuticas. presença de um abscesso estromal de coloração
amarelo claro. O tratamento tópico foi mantido com
CASO
colírio de gentamicina e soro autólogo cada 4h por
Foi encaminhado ao Hospital de Clínicas Ve- mais 10 dias.
terinária da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Após 14 dias de tratamento foi verificada au-
Campus Capão do Leão, Rio Grande do Sul, um equi- sência de blefaroespasmo e ulceração corneana, sendo
no, fêmea, sem raça definida, com 10 anos de idade mantida a administração de colírio gentamicina tópica
apresentando alteração no sistema oftálmico. cada 6 h por mais 3 dias. O abscesso estromal apresen-
Na anamnese, o proprietário relatou que o tava coloração esbranquiçada (Figura 3).
animal teve uma lesão palpebral no olho direito há Após 65 dias de tratamento foi verificada
aproximadamente 2 anos e desde então apresentou mínima deposição de tecido cicatricial no olho direto
episódios de lacrimejamento e blefaroespasmo, sen- (Figura 4).

2
F.C.C. Santos, A.C. Santos, R.A. Schmith, C.E.W. Nogueira & B.R. Curcio. 2013. Tratamento medicamentoso de ulceração corneana
e abscesso estromal em equinos. Acta Scientiae Veterinariae. 41(Suppl 1): 26.

Figura 1. Dia inicial - Olho direito do equino com úlcera de córnea (seta). Figura 2. Dia 7 - Olho direito do equino com úlcera de córnea (seta branca),
neovascularição (seta amarela) e abscesso estromal (seta verde).

Figura 3. Dia 14 - Olho direito do equino com abscesso estromal (seta). Figura 4. Dia 65 - Olho direto do equino com mínima deposição de tecido
cicatricial.

DISCUSSÃO pos, reduzindo assim o curso clínico da enfermidade [5].


A ocorrência de abscesso estromal em equinos A curetagem das bordas da úlcera com solução de iodo
geralmente está associada à ulceração corneana prévia, teve como objetivo a remoção de estruturas necróticas,
e, no presente caso, também à deficiência funcional que prolongam a fase inflamatória, inibem a fagocitose,
da pálpebra. A égua possuía alteração palpebral em predispõem ao crescimento bacteriano e atuam como
decorrência de trauma há 2 anos, sendo relatado pelo barreira física para regeneração tecidual local. A remo-
proprietário episódios recorrentes de alterações ocu- ção de tecidos não viáveis favorece a multiplicação de
lares, cursando com uveíte e/ou ulceração corneana. A epitélio adjacente e produção de neomembrana basal e
pálpebra e cílios são as principais barreiras de defesa do hemidesmossomos [13]. A curetagem é um método de
sistema oftálmico, sendo a integridade funcional destas desbridamento simples, baixo custo e de fácil execução
estruturas um fator determinante na qualidade de visão. ambulatorial.
A córnea não possui vasos sanguíneos e linfá- O tratamento medicamentoso é apropriado para
ticos, portanto o reconhecimento e remoção de corpos maioria dos episódios de abscesso estromal, sendo o
estranhos é lento. A cicatrização de lesões corneanas tratamento cirúrgico recomendado em casos de absces-
está relacionada á neovascularização, proveniente da so profundos ou quando não há regressão dos sinais
conjuntiva ocular. Com intuito de agudizar o processo, clínicos em resposta a administração de fármacos [6].
a vascularização é uma condição desejável, uma vez Foi relatado um caso de úlcera de córnea e abscesso
que promove influxo de plasma, leucócitos e anticor- estromal em um equino submetido a tratamento medi-

3
F.C.C. Santos, A.C. Santos, R.A. Schmith, C.E.W. Nogueira & B.R. Curcio. 2013. Tratamento medicamentoso de ulceração corneana
e abscesso estromal em equinos. Acta Scientiae Veterinariae. 41(Suppl 1): 26.

camentoso intensivo por 10 dias, sem melhora clínica. abscessos estromais profundos, uma vez que há quebra
O animal foi encaminhado à cirurgia pela técnica de na barreira hematoaquosa, permitindo a migração do
ceratectomia lamelar e recobrimento conjuntival uni- medicamento para câmara anterior. No presente caso
pediculado, apresentando cicatrização local em período optou-se pelo uso de gentamicina via tópica, visando
inferior a 60 dias, resultando em mínima cicatriz e boa evitar os efeitos colaterais da terapia sistêmica, sendo
qualidade de visão ao animal [12]. constatado eficácia e margem de segurança do fármaco.
O período de manutenção da terapia medica- Atropina tópica promove estabilização da bar-
mentosa varia conforme a resposta do animal, sendo a reira hematoaquosa, redução na migração vascular de
terapia tópica mantida por 1 semana até 2-3 meses [9]. proteínas, minimização da dor devido ao espasmo do
A resposta do animal é avaliada pela cicatrização local, músculo ciliar e redução na formação de sinéquias pela
sendo positivo quando há vascularização da lesão, a dilatação pupilar [3]. Durante o tratamento, o animal
coloração da estrutura encapsulado muda de amarelo deve permanecer em local escuro, devido à midríase, e
para branco e há redução na uveíte anterior [2]. A mo- monitorado quando a redução na motilidade intestinal,
nitoração clínica diária permitiu a avaliação da resposta principal efeito colateral do fármaco.
positiva do equino frente à terapia medicamentosa. O soro autólogo contém enzimas com ação an-
A inflamação da úvea está presente nos casos tiproteolíticas, sendo sua administração recomendada
de ulceração corneana, sendo que conforme o grau na presença de alterações na integridade do epitélio
de acometimento tecidual pode resultar em perfura- corneano, caracterizada pelo teste de fluoresceína
ção do globo ocular, prejudicando a visão futura do positivo [10]. A ativação e/ou produção de enzimas
animal. A uveíte cursa com liberação de mediadores proteolíticas pelas células epiteliais, leucócitos e
inflamatórios, espasmo do músculo e corpo ciliar, au- microorganismos patogênicos resulta em degradação
mento de permeabilidade vascular e quebra da barreira de colágeno [3], principal proteína da matriz celular
hematoaquosa [1]. Anti-inflamatórios não esteroidais ocular. No presente caso, esta terapia foi utilizada com
(AINES) tópicos apresentam boa penetração no epi- intuito de reduzir colagenólise e auxiliar o processo de
télio corneano. AINES sistêmicos apresentam maior cicatrização do epitélio corneano.
permeabilidade pela barreira hematoaquosa quando há A realização de curetagem química, lava-
alteração no sistema oftálmico, sendo recomendada sua gem com solução fisiológica, administração tópica
administração até a redução da inflamação na úvea. de gentamicina, atropina e soro autólogo associada
No presente caso, além da uveíte foi observado edema ao uso parenteral de flunixin meglumine foi uma
palpebral, apresentando redução após 7 dias de terapia. abordagem terapêutica eficaz, garantindo qualidade
A utilização do flunixin meglumine deve ser criteriosa, de visão futura ao equino. A curetagem química e
uma vez que o uso prolongado deste medicamento administração de soro autólogo são opções simples,
reduz a vascularização local devido ao efeito antian- com baixo custo e fácil execução a serem incorpora-
giogênico na córnea [6], além dos efeitos sistêmicos das no tratamento tradicional de ulceração corneana
no fígado, rim e sistema gastrintestinal [7] podendo e abscesso estromal.
cursar com insuficiência hepática, renal e ulceração
SOURCES AND MANUFACTERS
gastroentérica. Os efeitos colaterais do flunixin devem
1
Alcon, São Paulo, SP, Brazil.
ser considerados, no entanto é indiscutível o benefício
2
Allergan, São Paulo, SP, Brazil.
do uso deste medicamento na presença de uveíte.
3
Jofadel, Belo Horizonte, MG, Brazil.
A maioria dos antibióticos de uso tópico não
possui capacidade de penetrar o tecido córneo íntegro, Declaration of interest. The authors report no conflicts of
a exceção do cloranfenicol e gentamicina [2]. Antibió- interest. The authors alone are responsible for the content and
ticos sistêmicos podem ser administrados em casos de writing of the paper.

REFERENCES

1 Andrew S.E., Nguyen A., Jones G.L. & Brooks D.E. 2003. Seasonal effects on the aerobic and fungal conjunctival
flora of normal thoroughbred brood mares in Florida. Veterinary Ophthalmology. 6(1): 45-50.
2 Andrew S.E., Willis A.M., Ollivier F.J. & Mathews A. 2005. Diseases of the cornea and sclera. In: Gilger B.C. (Ed).
Equine Ophthalmology. Saint Louis: Elsevier Saunders, pp.157-251.
4
F.C.C. Santos, A.C. Santos, R.A. Schmith, C.E.W. Nogueira & B.R. Curcio. 2013. Tratamento medicamentoso de ulceração corneana
e abscesso estromal em equinos. Acta Scientiae Veterinariae. 41(Suppl 1): 26.

3 Brooks D.E. 2012. Equine Corneal Ulceration. In: Proceedings of the 13th American Association of Equine Practitioners
(Raleigh, USA). pp.50-61.
4 Brooks D.E. & Matthews A. G. 2007. Equine Ophthalmology. In: Gelatt K.N. (Ed). Veterinary Ophthalmology.
Chap.25. 4th edn. Ames: Blackwell, pp.1165-1274.
5 Hendrix D.V.H., Brooks D.E., Smith P.J., Gelatt K.N., Miller T.R., Whittaker C., Pellicane C. & Chmielewski N. 1995.
Corneal stromal abscesses in the horse: a review of 24 cases. Equine Veterinary Journal. 27(6): 440-447.
6 Henriksen M.D.L., Andersen P.H., Plummer C.E., Mangan B. & Brooks D.E. 2013. Equine corneal stromal ab-
scesses: An evolution in the understanding of pathogenesis and treatment during the past 30 years. Equine Veterinary
Education. 25(6): 315-323.
7 MacAllister C.G., Morgan S.J., Borne A.T. & Pollet R.A. 1993. Comparison of adverse effects of phenylbutazone,
flunixin meglumine and ketoprofen in horses. Journal of American Veterinary Medical Association. 202(1): 71-77.
8 Michau T.M. 2005. Equine ocular examination: basic and advanced diagnostic techniques. In: Gilger B.C. (Ed). Equine
Ophthalmology. Saint Louis: Elsevier Saunders, pp.1-62.
9 Moore C.P., Collins B.K. & Fales W.H. 1995. Antibacterial susceptibility patterns for microbial isolates associated
with infectious keratitis in horses: 63 cases (1986-1994). Journal of American Veterinary Medical Association. 207(7):
928-933.
10 Ollivier F.J., Gilger B.C., Barrie K.P., Kallberg M.E., Plummer C.E., O’Reilly S., Gelatt K.N. & Brooks D.E. 2007.
Proteinases of the cornea and preocular tear film. Journal Veterinary Ophthalmology. 10(4): 199-206.
11 Rebhun W.C. 1992. Corneal stromal infections in horses. Continuing Education Articles. 14: 363-371.
12 Santos F.C.C., Bueno V.L.C., Braga F. V. A., Curcio B.R. & Nogueira C.E.W. 2013. Úlcera de córnea e abscesso
estromal em equino - Relato de Caso. A Hora Veterinária. 32 (194): 27-30.
13 Whitley R. D. 1981. Canine Cornea. In: Whitley R.D. (Ed). Veterinary Ophthalmology. 2nd edn. Philadelphia: Lea &
Febiger, pp.307-354.

CR 26
www.ufrgs.br/actavet

You might also like