658.005 65 b Mauricio Tragtenberg gi2t Burocracia d. Ati 2 U.EMM.G. - BIBLIOTECA UNIVERSITARIA La 2° edigho revista 357090703 NAO DANIFIQUE ESTA ETIGUETA e ideologia Colegéio Mauricio Tragtenberg Diregio de Evaldo A. Vieira 3 LINES 1 © modo de producéio asidtico ‘A administragdo, enquanto organizacéo formal burocratica, sealiza-se plenamente no Estado, antecedendo de séculos ao seu surgimento na étea de empresa privada. (O segredo da génese e estrutura da Teoria Geral da Admi ago, enquanto modelo explicative tos quadros da empresa capitalista, deve ser procurado onde certamente seu desenvolyimen- jante se dés no ambito do Estado (Touraine, 1968). smo industrial, estrututando a empresa burocra ca, encontrou, nos varios modelos da Teoria Geral da Admi tragiio, de Taylor aos estruturalistas ou sistémicos, um modelo explicativo, no século XX, a transicio das sociedades fundadas, no capitalismo liberal para o capitelismo monopolista ¢ a emet~ géncia da burocracia como poder funcional e politico,’ elemento TO moto de prose attics for en ‘em 1848 ¢ Montesquieu no seu Ds volvo slevemarieam = “1966, © Wieogel, 1931, vl, desenvolvens 5“ “some seguro sop ona optounf © fratd wred‘ouuepny op npoatd apept ‘opeieg ou empisoing aypurs eeimannso 9s anb ur epypow eu pEH =e € “eipauu asseyp ep sopuntzo sou -puopuny :epes20mnq Ep [Epos oxSTsodwoo v estyeer TeBOH eo 0 opuren a opSysodo v a1uaumepreniqze opurznpar ‘eam -eusap aya anb apepyear eum arqooua anb ‘oorayjod oursrpewz03 “qeunioy 9 epenomng ¥ epeorde feBsH ap eL10a1 Y eepeayid opsesodion e -uenbue ‘efa ‘sagseiodioo se agdnssaid anb eiseiomnq ep epuat -stx9 BU ‘opeisg Op FestaaTtm o 9 zemnored assozaiu 0 anu OBS nan @ wreAa] anb sogdeurmoiop sejdiqpur se (epeqeae eorignd epenomg owes oprpuaits) opersg our > (epeatid eppesD0inq wos epipuaius) opserodioo eu sezoiuts emoord yoBoqy “(9zz'd) sau nud 125 Buggy vind osu 0 ap vas sid “opeisy op ona wo ‘ody ousru ov ‘quauruuatig os-ruiofouns a sazypmonud enesaidura epsenomng ep suo.) ¥ apadunt og anb o “(oze'd) saxnoysand sozafso -21ag op‘ 40d» owsau sua posuznsien op Bro} OF189 on 9 [1419 3peP 21208 ¥ tuoouarrad anb sapepians[on sep sazenonzed sossazeatt 2p epuaisre eu os-eisasiueit vwoUTUE wssg“(sozeIMOIed 3 soapexodioo sassazewut ap o1tn{ce) apepapos 3 op28 ap onnf opad vzyoes a vsuad ‘saaquoo as anb (61d ‘OpEL) 720 -uca apupaaqyy vp o3 wa appyvad ® yaBayy vaed opeisg o opus piBojeep! © epsoing sma, sna2ON “HL ep 20 9p pass spas wp operon OpUEND| “OE oud 9p canes opour ou) exSezotdia opSeurmap no ‘ogSexquiop op os!epot ‘un oxpas oo vsusoing 8 IAD apepepoe © # opearg_o alnue exbabe ‘esumnuos wo wea ‘speproysodso 9 epepoiscxisuen 9p sopep so sopenessas ‘xéeopap rans ano 9 jo ob a ano ere tp ‘eyamodosopy ‘Say -puayso raup ssa see aed onusumpuare wae soosuone9 s9putid wed: -auvegbosten, “1sel “2iag pay fo mg aareaniuny 9 nad eC (17"d) apyprun wns ap o1as ou sepopyioymosied so spon gua amb oucedns oe ‘ogiua ‘as-opuenpap ‘(o0z'd) vizupasqs ons 9 anb -éeagun assaaruy 0 wrpauon "(961 A) s2ymezand op 2 poesuoasqns op ase 1s 010d ‘oi0u pupype4 OWIOD OPE “(Ler'd) emp oyun ejad eztyeax-as anb “(9g 1'd ‘wxopiq)) 1 od 21s wa operapist09 (061° ‘ObGL ‘1°32}4) 7prquen opsyzqur$s0 owos soainde opwsy o puo soyeou09 o opuenusIoy ‘oonTod 2 oaNerstuTMApE Ipod o2 -uenbua ‘e;2e:DoIng vp sosompmase somauittd sop tun to} jo] “epeatsd opSezodioo vp opeisa op jane ura mB ~p1seang orfsou09 © nozteuoTDeTad ‘o>y8oT oud ou ‘anb [oBoH {og ysteausio saoSeziat sep jeunzoy aruaurezaur oueyd ox onda SusquoyBou, opynoyMauricio Tragtenbera ‘A existéncia da burocracia pressup6e, pelo menos, o espiti- to corporativo, (O Estado com seu formalismo pode apor 0 interesse geval (com, 1 burocracia) como instrumento &s corporagiies (interesses pri- vados), representadas por latifundidrios, industriais, operdrios, camponeses, A burocracia representa no esquema hegeliano cer- tas corporacGes ou sua combinagao, Além de ser um instrumen- to das classes dominan néncia subsistindo com nivel relativo de autonomia, Esse nivel atualmente € encontrado na burocratiza¢do das liderancas sin- A corporago € a burocracia da so- ciedade civil e do Estado, sua hierarquia de formas, de apresentapao. Bla se ope como sociedade civil a0 Estado, ao Estado da soviedade civil, 8s corporagBes. © mesmo espirito que na sociedade criou a corporacio cria no Estado a burocracia. A burocracia ¢ mesmo ‘uma corporago, aparece como realidade no bonapartismo ena Prussia, No capitalismo de Estado, no regime democréti ral, aparece como agente da vontade geral, como um universal que encobre determinagSes privatistas, ‘A burocracia protege uma generalidade imaginéria de interes- ses particulares. As finalidades do Estado sfo as da burocracia e as finalidades desta se transformam em finalidades do Estado, ‘A burocracia € sindnimo de toda casta, seja hindu ou chinesa. Bla possui o Estado como sua propriedade. A autoridade é sua cién- cia ea idolatria da autoridade, seu sentimento mais profundo. A iideologia da burocracia aparece quando se dé a divisdo dos funcionérios como portadores de simbolos, uniformes ¢ signos do que do saber real, técnico € u Hegel submete o individual e part universal ‘A universalidade representada idealmente pela burocracia assume a forma-limite no fascismo, quando este chama seus fun- cionétios de hievarcas. O desenvolvimento capitalista no século XIX caracterizou-se pela resisténcia das corporagbes da socieda- 28 a Buracracia ¢ ideslogia de civil & burocracia (Inglaterra e EUA) e pela luca contra as li- mitagdes & concorréncia, ‘A burocracia hegeménica, incapaz de vencer o antagonism das corporagbes, tem ai sua razfo de ser; une os aspectos formais ‘reais no nivel do poder real e absoluto. O Estado para Hegel é o espirito que se encarna no mundo. Hegel considera o Estado como orgenismo, uma totalidade; para ele é 0 interesse geral onde reside a conservago d “particulares [As determinagbes bésicas concretas so: a. 0 interesse geral e, nesse interesse geral, a conservacéo de interesses particulares como finalidade do Estado; 'b. os diferentes poderes como realizado dessa general do Estado; ocultivado, autoconsciente, agindo como sujeico da finalidade ¢ da sua realizacdo. ade Em lugar de estudar as diferentes substancias do estado po- \diciério —, Hegel deduz jo do Estado, da cons- ciéncia que um povo possui, de forma que cada povo tem a Con tuigdo que the é apropriada e que The conv (O poder soberano existe coma vontace individual no rei, que 4a tinica pessoa particular na qual se realiza a relacio da pessoa particular com o Estado, © povo nfo pode ver soberanos na me- dida em que é representado pelo principe ou pelo Estado, conjunto uma fungao publica retribuida. ‘Von Mises nota que o sistema administrativo prus: piow as instituigSes da Monarquia francesa, Frederi dda Franga os mérodos e as pessoas que VAo aplicar a norma bu- »te opUETiE ap vest an amb 8006) pp opseunny wu 36-n9 ‘agapn YPUP9 “1 LET URW 2opeE (ard ‘get seq2AA) «(eanED| eI ‘oucoo 2 eeu) eanunsues eytioueco op sux op eoneusies pious ‘pIppI 30 ane "xe AXS AIK soqnogs Sou BpUE sDeyUDD as OMT, cURL ow femzeu erouex> 9p ouus 72 youoss Seqag MOAN § (ece'd 5961 x “#9 nos moggum 3 saiopetyeqen 3p CEpLwUI Bin tases NensEy “en nay oxsez}ueaso up epeynsaro earaninsa 1qeq 2 SoMsse stax Sop sogSypadxa se exed e5r0y @ sopemm.oaz ogs ‘ossanoid assa v epelt| psa ong ou snapn{ sop aos y -vjdure a1aumeanejan e1qo-ap-ogar remnar pay anb epezyenuaa ogstaiadns ap apeptssonau v urer:9 sor sapuesa soped ogsedi -11 8 9 eimyjnopOY e wrod oxuN{ opseEAA ap emayNd v ‘uHSSY ‘ampouand apoprumcs ons ap 019 uu owen n41o 9p assod wu ones onpyaapi C “prunco apepaadoud vv wuprurue anb ‘opwasa oped vase vp opioudoad » yp 2s option ‘supe pioqns sepopnnucs sop opSo.oyéxo ap ojuoumnassus we soyodns apup vom yp jouopuay opus op opSouuofsuras » jaassod 7 ‘outeqen op ‘eiouBiDya B OPIUM ‘Tp as Osst anb two eprpaur eNY “soSroysa sras 80 2euapi009 ered ypuzy ate ondeurp wun roranbaL Tea ‘sopepre sno se wressedaiqos anb seiqo ap ogseziear & exed arty 9 oyteqen ap ogsiarp e @ ouppunsas jaded war eunbyur v anb ura ‘saydurys ogseradooo ep apepissaoaury , apeplunuzas e a1qos ogSuny eusn wy {ap seut ‘onno aigos onpyaipa ain ap oBU ‘opSousuop ap eu; ¥ aumnsse oBseI0]dx9 8 Jeq “apepomes g ovsingisie2 ewoo sonpyaqpuy ap eprouTUr en od anruiguozs axuopoaxo op oxsensdorde v 25-7q]“eTUMEY ap Soy -otp op erpiquiasse ein no oweadns jatp od opuasordar ap -od 0 agdaiqos as jen ¢ ,“earnunsuoo ertuouose e wreSroyer anb ‘oreuesoue 9 vmaynonBe oamaurepr8ir steur opueredas oureqen ap oestarp zoreur ewan eupunzarap anb ‘ooturguada a1uapaoxe 029 -azede opuenb apeparzos eu afiins oonptsy opsnpoud ap opou Q Bojo0p1 # epesnoing oe -exquosse sou fou epure “So [ni ‘sesseur sours sepabep 2 “afoul 9p sodap ‘soopise sopra ster 25eP! “aj ‘soopiee soBnue sop sviqo stosoqued#S cou fsE0}69 os: turesonede conse cpSnpoid ap opou ou sedis opSerado02 up sa1819 £0, ap seguny opuriduins eipenomg ep opepranisuen & wise 95 -opuemaye ‘ovdouoqdaa ap dapod owen opueztteuy (Jeapre 22300 ep. opSe8 tun) seoquspr sopeprsseoou sep opurBins ‘vipemoang B 0D pauttap o1auraye ‘(ogSnpoxd ap soyour sop wioqwatep) aiueujuop assepp oauenbus “eIseDomq y — soquatteisa ap BU0} ‘Bu opeisg 2s-ureui0} soytorpuls so ‘eaNpI0Ig BRUOLOD? eu ‘Op -eisq op apeptyear obs sopeatad sossazaiur saesa ‘toon: somponb ‘coxToupy ‘saayponand sassarwar ap steyv0s sreuoranansur sodnud ‘efas no ‘sommoureise ap e[pugistxe © tread ‘sasse}> ap eDUR spre 8 urefour on pros, sopeasa so oursaur ‘aiwaurfemy sopettieao8 2 $23 -weus2408 a11u9 opfoypaurap omtaussye ows opusoaiede ‘opsesed 9s -eyuaulepuny epsenomng y -(saze|noqIed sassez03u)) pose 9 (opeisg) eszaayem assasaaro exedes jo2aH_ ‘eurapeoy ep aruopisazd ‘omno !soraui00 sop 18108 1oroxIp ap O89 0 ered opeaLOU eIOy sqouRy wip “sopexBnue sassourey SorrpuCIDUNY ap seudIUD9 seul -nGjp ap sopur seu eaenso exouenpe opensTUIUIpE Vy “vaReDOI BrequeySou, epynoHMauris Tragtenbore nnicos, que, com seus séquitos, procuram reunir mio-de-obra para construcéo de canais e cultivo das zonas desérticas. Nesse senti- do, avia fluvial do Nilo desempenhow papel vital na centraliza- fo burocrética,” aruando como fator decisivo na formarao de uma hierarquia de cl mente a0 Estado patrimonial-burocrat (© controle da 4gua em grande escela € dirigido pelo Estado e seu cardter centralizado e despético no Egito repetia-se na Antiga Mesopotamia? ena China (Weber, 1964a, v2, p.775), onde 108 cultivadares passivos e ignaros esto sob a direpio de uma classe letrada de furciondrios que plancjavam e executavam o plano (Balazs ‘& Maspero, 1967, p.169-70).! Incapaz de organizar-se, 0 campo- ns chinds sofre a domainaséo tirana do Estado, reforcada pelaaustncia ainda maior dos senhorios territoriais, que apesar dela ainda rufdos pela burocracia cons- natura’, de onde os funcionarios retiravam suas cOngruas ou emolumen- tos, abastecendo o Exércite. No inicio da época hist6rica da China, dar-se-é a regularizacdo das aguas, atribuida as qualidades caris- miticas de um soberano demiurgo, 0 grande Yo." 77 "Sem ela (@ via luvial do Nile) nfo teria a contalizgio burocrticn a ado, no Bgico,ograu que efetivamente alcangou! (Weber, 1964,v.2,.7 18 No Bglto Antigo, deurse “a submissio ds povearSo a prestagGes pessoais ‘numa proporsdo que antes nin fora possvel e conduziram o Antigo Impé- preza; em algun cao fo ineorparad is cohorts de escravos idem, p72), 5. A tespeit, o magistral estado de Rustow, 1950-1952. Retwmando uma toe idtntica desenvalvida por Wittfogel, 1951. processo se dina Amé a buroctadia "go ava teocratcamente sabre uma sciedade bdrsulica simples” (Wiecoge, 17). Tal ponto de vista & reforgado por um cronista incaico da epoca (Vega, 1945, vl, p-282), que obsarvara “a flts de retribuigso pelos 2 | RE Burocracia ¢ideslogio O objetivo do Estado torna-se o objetivo da buracracia, cujo espfrito é 0 segredo mantido no plano interno pela rigidez hic~ rdrquica no fluxo de comunicagao, e pelo seu caréter de corpo tao fechada, no plano externo. Encontramos assim em Hegel as determinagées conceituais que permitem a andlise da burocracia do Estado, da Burocracia enquanto poder politico que antecede em séeulos «a emergéncia da burocracia determinada pelas condiydes téenicas da empresa capitalsta, oriunda da Revolujéo Industrial. © modo de produgio asiético engloba todas as sociedades asiéticas, como também o México € o Peru. ‘© modo de produgao asiatico é ao mesmo tempo um mo- delo histérico e um modelo set (oria, E histérico, porque existiu no passado hist6rico das sociedades asiticas; néo tem histéria, porque € impossivel precisar a época de seu inicio ¢ desaparecimento e porque nfo se deu simultaneamente em todas as sociedades. E um modelo que revela os sistemas ‘econdmicos passados dessas sociedadles. © modo de produgio asidtico para estabelecer-se pressu- pée a existéncia de escassa divisdo de trabalho entre campo ¢ cidade, a transigéo da economia de consumo para a produ- cdo do excedente, levando & exploragao do sobretrabalho, a existéncia de uma autoridade suprema (0 Estado, para sa- quear, guerrear e ditigir obras publices); para tal, 0 Estado deve ter @ propriedade da terra. A burocracia confunde-se com o Estado, é composta por militares, elite intelectual, fun- cionérios puiblicos. Para realizagio de obras piiblicas e manter a classe dos fun~ ciondrios, 0 Estado extrai, sob forma de impostos, mai da economia de subsisténcia das aldeias. (© pove cria pelo trabalho; em troca, recebe uma remune- ragfo que representa 0 conjunto de seus bens de consumo. A evegos prestados no trabalho obrigatirio das ezades, construfo de ponte, ‘canis de irigasSo e nas tras do Estado" ase “(18d “6961 ‘5]880g 7 YY TPN) oonand soo «© wwauntio soxsuoueca opbanf ven syusiuisep on wren 0 ‘muepisg au sab wo 293 wn ap eunuzos @oofutons osm un. fue epeprsseosu ess sofey> Wanby opie 9p speuea #0 anb 22 1d sendy sep [pay engeo ‘sateBn} sonino 9 weap ‘eutbiodoroyy ou ojos © aneypaoy ezed sepezyan ots seedepuny se “pul wu a oxy ou owLOD, ZT WuStUNUOU sofespores 9 surprel ‘sor ed snas wo ‘inzasuo ‘ong ‘eIuoNgeg ‘eupuIng ep sjar soe -uuiad sougpns sop oujegen ap e105 ep open tu jonu09 sagiBtyer seaou Sep a epaour ep ‘op 8e oses0ydxa ap seurtoy seAoK eIUDAMI 3 PzoxM B eUIWop twatoY 0 opuenb ‘eztio1g op oxsezyAtD ep a1uey -q steur opoyrad ou aoarede o: -19u109 op se 2 seaeotae ‘Seiad -p1d sapepapos sep opmise oe ures3] euopeN ogSe2iaqyy op soiuaumaour sop oruattafoauasap 0 2 wresinas sun3[e onb exsrepos era y “euneT moURWY a PIYY ‘eISy eu a1 -uopuadaput sopeisg ap oavewit8ins op oy 08 aaap as cogénpord ap opour o a1qos stemte sopnise sop apepisualur y -o1ne seisi “stueureonenouout a esmnbpro1y ‘ppeananase [2120s apeptiomne a ogseradoo> ap euno, ‘oupeqen op voyuapi opsezitreBi0 eoryduuy «wiauioy ojad ezamreu ep oxbes0[d = ep eoyjpodsa eu0y owron ogSnpoid ep axe ou seu “(o298 unto ‘oRSeBtu2t) sooyp#oa8 soanerodur sop weu ‘opsnpord ‘9p se2qu29a sep JaAju OU avarede ope nozspq 33) eng “searinpod e510} sep onuawitafoatasep Op seoIspq sopepissooau sep oFduny Sepeli sterpos sagsejar se opuyuutsdye ‘opdnpoud e orseer wa auyap as anb eLiogaie eumn 9 oopwise ogSnpoad ap opout Q ee SUPRISE 9 sopytpo ‘steue> ap opSnansuoo vied epezin 9 anb we e20d9 DiBojoeps © mpseno.ng bu ones ‘oufeqen ap 25104 ep opsenuazsns @ ayuuiad opt Opes -sq_o aoiaxe anb opSezojdxe ap wusoisis 0 siod “enrutid 2p cognbayane purarsis wants ‘aqueprouioa assep y "eansn 9 OPIPWIOD ‘OIeURSAUL ‘SeUIe ‘SEP “ug sep ciuauajonuasap 0 opuersidord “(ePoy y sy) syenuao sopepi ap ovSeun expuafiva oor 0 “Oopaytaes ‘ogdnpoid ap opour op ers exnanzis9 ep asusUTA NETIC "FP ‘usouosa eu 21qos assepp Pun sIMI|ASUOD OpEIS O-9P LUT ~10Sap ue anarede oopiyise ovsnpoxd ap opour op oxseanU Y “sopiqasa1 scunqin so woSeyrd 2 oranbes ‘eusanxe wal "yo 9p septal yy “ounsuOD ap stag aumbpe “epuar ¥ss9 LI02 ‘eieg ‘epenoma ep opSuarnuteut a searTgnd seaqo ap opsezzqear nua v-oyredas ogiue oprisg 0 “soisodu ap ewsnoy gos Opes ojad vpetidorde 9 ‘exr0s ep epuos ¥ opuapusardusoo “rfea-steut siequaiion, HAOMeuriio Teagterberg Brigitam obras hidrdulicas, implantaram instalagbes produ tivas como canais, aquedutos, depésitos, diques para irrigacéo e controle da inundacfo," bem como aquedutos para 4gua po- travel, canais de navegacéo, ao lado de obras ndo hidréulicas, como muralhas, estradas, edificios piiblicos, palécios, templos, sarcéfagos.!" A mao-de-obra era mobilizada pelo sistema de prestagio de trabalhos forgados, temporstios, porém de forma recorrente, ‘A burocracia aparece em germe nas primeitas cidades sume- rianas onde a invengiio da escrita favorece esse processo, Em torno do rei, como dos templos, desenvolve-se uma burocracia real para gerir-lhe a forsuna, criando em Nipur um santuétio. Hamurabi administra em forma de piramide, as vilas so gover- nnadas por prefeitos nomeados pelo rei, Os assuntos da socieda- de sho considerados menos importantes que os do principe que encarna o Estado no plano politico. Na segunda metade do ter- ceiro milénio, surgem o desenvolvimento da burocracia ¢ a no- ¢fo de Estado devido a formacéo dos grandes impérios. ‘A terceira Dinastia de Ur (2111-2003 a.C.) & 0 primeiro Es- tado do Oriente: a autonomia das cidades 6 liquidada, os chefes sfo funcionatios ante o rei, as fronteiras ficam sob a guarda de 13 Para Marx “a maior 19686, v2, p15). 14 Na América, antes da conguiss, também se dava isso "0 Bstado no modo de produsio aslitico atmazanave no #6 viveres, assim a divereidade de armazéns (entre conteido foram descttorfreqientements com 8 foe apés 6 conguita européia, Polo foi capaz de ies dot armazéns de xara, le es buigfo do governo despético €a va que havea Tnados apde anos de caque © destricio. Néo & necesstio ace {nenge como exatas es declaagies dos eronistas para notar que. a tim superayit euidadosamente scumulado por operaySes de Estado re (Ch Kerez, 1853, ¥2, p.322-6; Ondegardo, 5 6 Semana en Bora ia © ideslogia funcionérios nomeados pelo rei. © Estado mesopotémico cen- tralizado no soberano eno corpo de funcionérios ¢0 modelo que outras monarquias iro imitat, como os hititas entre os séculos XIV e Xll a.C. Os funcionétios s20 ligados ao ret por juramento. ‘A intigago na Mesopotamia concentra os poderes em torno do reij anccessidade de construir canais que ultrapassam 350 metros em comprimento, reservatérios para armazenamento da agua cuidando de sua manutengao leva na Suméria, no Vale dos Hindus, em Creta ou na Anatélia, & supremacia econémica do paldcio. Nas cidades capadécias onde se estabelecem negociantes assirios, as ptofissbes so controladas pelo Estado.'*O surgimen- to da moeda levard a uma equivaléncia que um poder deve fazer respeitar: s6 0 palicio ¢ 0 templo podem fazé- ‘Na Capadécia, 0 aparecimento da metalurgia determina es- regulamentagio burocratica.’” Os metaliirgicos aparecem como confratia quase religiosa No Egito, o estatismo faraénico, embora néo pudesse em alguns periodos abarcar todas as atividades sociais, propusera sobrepor as estruturas descontinuas das provincias uma admi- nistracio rigida, onde o fara6, agente na terra de caréter temo dominio eminente do solo egipcio. Ao mesmo tempo con- 15 Pandando-se nas viagens de F Bernics, no pastor C. Foster ena obra de J ‘Child, Marx er que o imperador 6 0 nico propriecsio de recta have para explicagia da formagfo econémica e social da Pérsia Turgqua, a Marx de 6/6/1853 (Godsller, Marx 2 Engels, 1966, p.5I-¢) ge um poder ecntralregulador e empreendedor de A dpoca Gupa. ico onde “os Ligidas viam sobcetude nas rmaisfaciimenteseus 96 speioqyep 9peAnD 7 ‘sopessedonue sop soo ¥ Oplagp ewusueeeu epeatoU 3 apepard yp onsensuase eDwUIpiORND Y ¥Z Cos “ohst'PSEHD .opmsa ep opyuoPuR) oF YpuArEsEN 7 PHIYD kU PEUEP Y, &z Led A 4961 faqany) «o2uafuco ap vouey esueurepuy 2 wt ‘sStayad warn — uistuotpnytoa © — sonprooing srpad wyoso tg Sum 2 se 50H “epEDOING EP ro egosojy eum ap wong wun op sord s-urentiots a8 op sonproyy soutunucur sundfe wa amb 23309, 27 eA) «7 UDGIN wzaZO: SuIeD WzapEEH PHO ON IT nus op eurssis fo seoieqe tied ojdure eruouonuroys sped ue uas 21 6 95 “soyreqes) an98 saqoo0d aap vu v "Zon wns 10d '9 yD Op apes so>9pOqO BAD USUIOL, 2 sod ‘io 9 eben 25 onb oxreq eed winp ap 3 opSypuon ene 9p -sod anb ppeDoMG eppd opeform 9 9 y,'Pypwunf eu ap owoxdne 2y2up owte> ‘aauejonouag Ted omroD eure sauILD eoreUOUI CQ “epenoing eudord & no sesatr -odureo sesseu ‘squeSiatp assepp seoytuis apod omen anb ‘onod op sassazaiur so viuasoxdas 199 op oypf ap apeprqenb eer roxecour ouadsns exe jenb v aue ape| ap aluaiquie 0 na2ar0aey oss] “211OU! ¥ 2 oJUBUHIDSeU 0 ‘seIsay sep syenaut so ‘sepeatid 9 5204 Ind sagsnnsuoo se amuouIEoTe9 eure ap eonyod eurn e yss0d osst tesset ap owunsuod ap soBiaze ap soortuouare sor -odouour sapuns8 vje vauasaide g‘omnjueg ap opopred oN rebx2p 36 ooTISe oFSNp ‘oud 9p opour o spuo epegese vunioy rum ergasardar DUD W ofojonpy # a2R0Ing 8 de sw esx ein 9990 oun sb NH rebar 09 twos oie sro 9a "> oP © vis apis punts pp cvs spd SHEE, on cen nursed ‘oon coon nn (x pnts numa uw) PEPPY : ‘ezojear v sour “PURO, OU ‘SAUOUTONI] OZ oar > ge 28 a0 ss sapet Samim) 2p rine md pod ro ae ‘ec oe _g aiqod spews osuenb 2 — soo sop ap ‘ng do ua mao sezapresd spon ap o-opuend ‘espn vp canto ia F=pepIART se 9 sopezjundio uso sourqan ameuoyssgoid fodnuf eo rung » ep] eususono eynbany, ofugzig consUDPeY ONES ON BT co fOIBIS ONIN 2259 e2UgS89 ‘9S-42ULI03 fe] “BArOI ¥ aIGOS SNIG| ‘SMMOH ? 1210 “PU! Sp owor oueiagos 0 eatasaide opseayun & sode ou8a 0 ‘sn9d, fowo> as-t00[09 ‘spexy oLIpdUITsT Op 1OPEpUNY ‘OBES ‘eINOTLGPA pu ouloD “opeminnse ovumn{co> wine epez|enuaD 9 eatnbspl ‘gqui900 apepa|pos en ap oussozdxe & EPP 49s Jeq “oRbesB our ® PIyoey anb -yop ‘Tapod op fe pen apepruunt@at & oss} v 2s-onBaxy ‘ind}Bo epeDomg ep jpewordns ¢ as-einmnunsa ‘odor ou ‘orseB yan ead a (seprespatd) O1 “38g ou offpisord zp eluuouose ead sieapsuodses 02s OuTeaen OP ‘opsezquei0 eu apepyiqey & a exqo-2p-FU ep EDUEPUNE Y “epeprmoytun ap epuprede e o8i2uy ov oF BP scowl emannse v1s9 ‘sjed op apeptalae ep OpseIUaHO anb 9 v21 ap sojod ‘sepry so qos anb soxjodouow op wonytod etn 0 fa1xa OPIBUIOD 0 B}OR BrequeiBoy SELONMaurie Tragtenbera sui 0 diteito de destitut-lo do cargo, dircito esse delegado pelo céu ao povo revoltado, conforme formula datada de 372-289 a.C. ‘A expresso geming (destitul-lo do mandato) serviré no século XIX para definir anogio ocicental derevolucao, que serd exercida pela burocracia como intérprete dos signos de descontentamen- to popular. |, o.culto aos ancestrais ¢ dos inferiores aos 10s, imagens € superiores hierdrq contos no perfodo Han fundamentam a di confucionismo, liga-se a obedién ao culto dos ancestrais; «essa composigdo religiosa do poder imperial pode explicat em par- te. falta de um clero e de uma Igreja* ‘0 poder leigo domina no Estado ¢ a burocracia rejeita aque- Jes imperadores que na Idade Média tendiam ao budismo ou Jamaismo sob os monggis, ndo permitindo a intromissio do cle- ronos assuntos do Estado. Por sua vez, ela utiliza a censura para ar o poder do rei, controlando-o. © recrutamento por meio de exames a partir dos T’ang e apds os Song (960-1279) vai-se constituir no principal meio de acesso & burocracia Bla, apesar de rotineira, opde-se ao enfeudamento de seus componentes.”* ca de tipo patriarcal ¢ butocritico-patrimonial regéda pela sentengs do Conficios ‘A insubordinagS é pior que um babxo sentimento”,e por isso ubot s vale, coma se diz expressameme, Como stmbolo das qualidade politicas esocals (Webet, 1964, vl, p449) 26 Estudando as causas da inexist®ncia de um clere burocraticamente porque “orientava 6 sdutiva” (857). riot em que © (os chamados cen- jade exames & ppave'a uma cortamplacdo ociosa ¢ econom! so doz cargos Burocrecia @ deologic: ‘A China® constitui-se numa sociedade agréria, em regime de autarquia econdmica. O sistema kidrogréfico assegura as artérias principais, funda-se na economia natural; possuindo uma clas- seartesanal emercantil pouco numerosa, sua grande forga é cons- ja pelo mandarinato, a burocracia letrada, socialmente ne- cesséria & coordenagdio da produgo social, que ortenta otrabalho produtivo dos outros, dedica-se a organiza¢éo, transporte, cons- trucdo de canais ¢ estradas. Essas obtas piblicas favorecem a ir- rigacfo; os burocratas tornam-se arquitetos, administradores educadores; sda os “managers” generalistas, essa aristocracia letra- dda que aprendeu a governar, encattiando o Estado, Tem ela fun- 6es hidréulicas (Wittfogel, 1951) ¢ politicas importantes, ci ‘um ambiente de suspeita fundado na delacio, levando a um hor- ror & responsabilidade no burocrata chinés. Por sua vez, 0 camponés chinés preferia ser protegido pelo mandarim a ser pelo proptietdtio particular No que se refere & cidade chinesa, elando se constitufra como no Ocidente em sede da liberdade, mas, sim, do mandarinato, centro de administragdo estatal.” 27 “A regula fuvil ea coneteupio de canals ~ pelo menos na Chi vent cusnca tovia maior que ne Eto desenbois trite as evan tabi ago fundamentas do poder auido pile burooia patrimonial (bidem, p.778), 28 "© moilelo hstbico de todas buroctacis posterfores — © Novo. Império Egipcio—éa0 maemo tempo um dos mais notévels exemplos de urna orger izagdo furdada na economia navsral (idem, p.710). 29“. Também na China, a necessidade da regularlaagfo do curso das Sguas © ums poli ia correspondente originaram uma burocrala go namental — iniclalmente orfentada para co abrangendo toda administacio — que post Sea quadto administrative assumiee dire do Excite: oof 0 zai aow (912'4 ‘wopig) sepougns as 9 anb ¥soumED 9p oxouigY ofed opeUUDD 3p up onpjupur ep sues O “prppedes 2p sehozd =f samme op opus SI Eu 224 vqzuaad yo, opUO WSPUIED wPeIDeIN BP BIL ‘oui fnasue> sourexs sod sopuunbpe eojap 2op oeSero(va YZ. (G-rT8'd woprad .se30 50d “ope onin0 10d 9s seapyfed sa9eu0} ap o ruins o wpazorg (67s) sagSnnstos ap essuyp wopsted © woo oxun{ ‘eursqio oBnuy ou [erin eyuiouase ep opSezteye1 ean soureeuReey, Te “eiupzequio9 e1seDOISH ep OUeUIENEp ure soTeIaAT] $0 3 [ean JO © uesejnusise sazoperadtat so ‘e}y opoysad ON “sexaBuense sepugiod e epnowigns eaeye as wTyD e Op tenb soppssinbuos adnad op arred woo opusoaredear ‘wesjnBunh DEDOISHE SENTRY Se “eLougNYN ens TENN UID opeyuadura ‘opeisa op oxsisodo @ opraap Bue, opojad oN, dopo era ‘asse[9 Bun B eID anb exeatru8is oy Q “eLspuEporoy oBssTu ey "wpr0d ‘auaueMiad eunansTs um eg Sue, enseuig epundas ep uy ose “O'p Izz E907 ‘GEL eRsEUTp U nasafeAaid _cesaUItp kD>eDOIg BU SoMa! ap FUIAISTS waned onpyapur -suen ens ¥ onsen “pre o1weu -oxgodtws 0 sesygnd stun se exed eaeoriduxt seayronszod seyqur -2} ap o1uaumyzonbt2u9 onb wrensou ny Suey, L0rLI989 ‘epeDoIsHe ep Jepod 0 reaUy ‘ered stuepusdep yeaa vipour essep eum a sexfatuoy sea syeieis3 selugjoa exp a1sq ‘opeisa op soaTfod sassareru sop opSuny ure ‘as-BABNHs osTUIQUODS o1U.t eure ap eumxpur ogSiod ‘Bpenomg ausy>yja Bun ap seotfoquAs sooSeany OUwIOD ‘ORSer ~edo1 9 opSuaanueus ens ‘s12u8> sop a]onuoe op pas ou ¥123090 2ifejoopt peeing w (eie4 pI) eR enougns 96 vp © anb torr = as seujusop eed eps (eH Suma op apis wun vio e4otd EESHD SOP ATM WP $0P Tose op sey se sonusoid ueames opto ‘ened emt ope sod gp 16 20d woupiife apeppee> , ‘i7ee! reyermnd yroopu ove ou anh ogo OpUETDY Ler APIA) 2 “Tnujop epeuns gssouit0d op om} oP SEPRALP spas segsueD seed epeulutnip puoppenp> fop! 6 12 -“OUHEA| (HI sd Ys 0 optg) , Suewzston 9=-10p (036° ontsond 0 tsp20 ofl Aenea o espana o oid (wos pod nb sosanding 3p sapytod apepruniaoo eu > owunuuduns 0 no wm opberedas p a¢-nap‘surourauonbestop ; asuoo fi op suyevurre sojad opeiuaisns 2 opedinba oxupxa 0 “op ae pp ovat .qop [eNi8t wo> gp as OS5] «'smanNs op oBSTUyE ett CUPL op eppupunuoperd exany ‘Bue, 1 opojted ON “sobytu96 ap erintex8 op5e2 09 ep opeisg ojed opsez rerszouca assero euun anb op [ep <0) ered syeus nmngynuco auueyprowoa assep & “urpsse ‘e172 2p opsisinbe ezed ag-requolr0 ayueyDreUu0 0 ‘eq “soangyt ap sopoed i ‘aia anb wo epipaus eu orsuny eyUR “eD -eroing efad opezifeosy ‘@pepozr0s Bu opezproyeasap ‘9152 109 op a eIeNUUT ep OALTUTATOAUASAP a1t2 9 ord ‘ouiay ‘pes exed yereasa onjgdouow op autor o wIAREL “opseangin ap suy eed stesea sov e101 ep epptEgUEI Ev} “pusoisis assou 9s-epuny etan ep apepotidosd & 191 Op sap o “woqjgnd ero 2 unues wa oduro opeureyD 9 OU OP odureo 0 “sesouodues sexes se sopeBnye ops sodures son ‘umuios wie Sopeyfeqen ov 2 20ytias OB Blouoed ‘Je Od eo op 0x01 we opepUy ‘OpspILUNLUOD exe OLpABE oUTIBAZ sueque¥ou, ePHAEWMaurido Tragterberg perseguia as seitas religiosas, receosa de que pudessem adquirir muito poder, especialmente as sustentadas pela aristocracia rural, como muitas academias confucianas ¢ es- colas locais, reprimidas pela Policia das Moralidades ligada & Cen- sura Real. A burocr aparecia como sut rientaP® poderosa, era controlada por intermédio de visitadores idependentes obedientes & Casa Real. ‘Outro clemento de controle era a transferéncia continua de A burocracia acha-se a servigo pes- soal do rei, dat Wang An Shih (1021-1086) procurar estabelecer ‘um rfgido controle sobre a burocracia. O baixo nivel de desen- ‘volvimento tecnolégico limitava as necessidades de recursos na- ‘rurais e de apoio politico como 4rea da atividade politica e admi- nistrativa dos governantes. O bésico era a passividade politica das ‘massas, a dependéncia dos literatos com relagio ao rei e oligar- quia rural, Esta dependéncia ndo se dera apés os T’ang (desde 105 a.C.), porque @ oligarquia rural dependia da burocracia para man- ter as obras hidréulicas e para « nomeapto dos cargos administrative. ‘A tendéncia & grande propriedade néo fez surgir uma aristo- cracia, nem os grupos urbanos de comerciantes ou proprietérios rurais conseguitam independéncia ante o Estado; eram integrados nna burocracia dos literati, Isso chegou ao auge sab os Minge Yuan (1260-1368), quando se fez uma reforma administrativa para controlar a burocracia, As revolugées ¢ conflitos dinasticos nfo ‘mudaram em nada a estrutura fundamental de uma ordem poll- Buraeracia @ideologio , onde as mudangas controladas estavarn definidas por wma ideolo- ia fundada nuona orem hierd Diferentemente, o feudalismo ocidental ndo conhece obras piblicas, a cessio de terras néo era feita a cavalheitos organiza- dos em corporacGes que as recebiam contratualmente e sim a pessoas a quem era permitido gozé-las como prebendas; eran terras oftcais, nao eram feudos. ‘A burocracia patrimonial chinesa desde o ptimeiro Impera- dor, Chi Lin Sih Huang-Tj, jé construira grandes obras hidréuli- cas, redes de estradas que permitiram comunicarse com todo Im- pétio. Sob olmperador Yang (604-607) havia mais de um milho de pessoas trabalhando nas construges. A familia pobre estava obrigada A prestagio de servigos de corvéia. Quando o trabalho era alugado, como sob governo Chi’in na Dinastia Ming, este fixava arbitrariamente 0 salério. i Além do trabalho organizado sob dis. na Dinastia Yin a 2000.C. fora estabelecisdo um censo populacional para determinar o niimero de camponeses para 0 trabalho e sol- dados para a guerra, além de uma estimativa de despesa e recei- ta pblica. Um sistema postal que interligava entre si todas‘as partes do Império foi estabelecido e durow mais de dois: A propriedade do Estado era severamente defe cevitar que o burocrara se apropriasse do que cabia a0 r ‘verno utilizava espi6es para recuperar o que fora subtraido a0 Estado. ‘A ostentacio de riqueza era condenada; assim, sob a Dinas- tia Han, mercaclores eram perseguidos por essa razio. Obras piblicas, burocracia letrada, estrutura comunal de al- deia edespotismo oriental definem a existéncia do modo de pro- cio chinesa. se d4 na medida em que constitui um exemplo hist6rico da racionalidade buroctética de uma estrutura patrimonial de domi nnago que somente foi abalada com a Revoluao Chinesa de 19) 6a (85 pp smP0s oaSrp LOD Hy, HET NW spat op red eZ 8h BADE SP IE WP KUNE SGT /E/8 a YOSHEZ BOA S28} Bs LU8T Ue rz sure Mp oRmPHYINOp CLD. 6E (Ghd 5961 "wsoig) (@ > 1 5 mony) wwe 6 pep apwosd wen» nad typ op 2 nb 38 wy op eosed sp UN Iie OM} PHT Se HICIIOD. -oduureo sov vasodunt ‘ouraao8 op opSep9 9 ¢co]08 op eanaqoo as -sod ‘(Puayn4290) elapre ap apeplunuuos & -o[Pe1 ep [eaDes J2apse9 o eULIyrax ENSESeIY Oy OUIAIp IOIpIED woo apaiede vossad ens jenb eu jeuorrpen apeprumygoy eumer sepod nas opuepuny jor o aoazede ‘exmaninsa eisap ookdy ON, veadny o0d9 vu azarede oss] “eiomo9s epewordip ewn ap erpugasixe & 9 sogidsa ap oBaiduia 0 “esadsap 9 2110001 ap [euo!> “ex apeptiqeiuo) etun ap epouaispxa & ensow pl masmeUY O “opSyoxfio}3 ens 9 souadns ap -tprun essap opSeuseoud v seu ‘seorueIL seiseauey sexoU o8s ORtt anb soyuauinoure sojduras ‘otiseud p waouosa ep epuguoduite 1d "e2quiguoss apepralze ens ap 1opez]ueBi0 o odurei ousauTOe 2 ‘Se}9p 1opero|dxa ‘opersa © “seueqan sapepluntuod se sepor au -Rorenb '— opeiss, ~ roniadns apepiun eu eprede.auos ens wai opeisg op rapod o a seueqan sapepjumuios se anu ‘W “oupooid 2 jeossad ojmap e eiuiouoss ep ovsoup ep ue ‘eougnd epepromne ep aized eum ap aiuawos sozoiuoiap og ‘(doystan) opsunf ap sapod wign ersemorsyze wp soxquraUt sO “oortuguose 22 -uapaoxa 0 wrezyjodouous anb ‘esepomg 9 eesD0NS1Ie ‘Opes Op 1apod oe sepeutproqns a1usumomp ops ‘epezi[erauo8 op -{seDsa ap opsennis wo as-teyse semeqin sapeprunutcs sy iBojo0p4 # aporsoang ov “ost '6got oq so aod ypeuiene8 "e pop pu] zy sapeppe seu zapod o nowos opuend ronding ror odumoye sure ‘soup snes ue wpez usar op owauninontasop cue sped epg o# fapepip sep agtoumprogns 1d odtuns 0 css pues ‘aminp ‘opesieu op eH ap rjoopife ]uous2e wssq ‘ed squousepuasse ojmpord eopy 1 ‘wars ep soumd 59 aaah sy ‘9 ovSeangh 2p Spee ( 9e ep sim S20} Ue janute1 9p [CUH® OPER O, SE ‘oget "mumesoy) ,xpeand spepondord ceylun to oye eee mp spend pepe!» 90 ep amped, HE jop ep o18e20 10d axtsu0s ) sorsodut, ap 101209 O ‘opeztueB10 21 -trawsjeuorpex osu9o wn a seorqqnd seaqo exed e1qo-op-optt ap #2 -rejo apuer Earp “epeotreyd waBeuotdsa eumn ap epugIspD © tuio> ‘epepapos v argos epperoIng ep jeO8 aforiueD 9 “esadsap po mansuoo “eoyugrq op ‘epepomg ep opueur e “(repul stetuouitned expes0ing g Sepeutprogns wreTD apepl> v ‘Or -eyiod ‘9 a1ue|pIourao assep Y 9 BPURISISqs op EMINOTBe 9p eangminse eum OEE: S018 ap O,uoUuDOUIES © ‘enpur sopersaid sodiasas ap e20N we o1uateBed o ,:]eUNUIOD Pulsoy ett as-turegemmannse ¥IpU] Bu Soper sodUteD sO play exyexBoorsty efad op ise opSnpoid ap opour op eUg1 -eaorduro> omy 9 SrequeySon, puro}Mouriée Traglenborg neses por razGes administrativo-fiscais, onde, conforme © Ruskaya Pravda (0 Direito Russo), 0 “proprietario eminente de toda a terra 6 0 grda-principe. Os boiardos constituem um Exército mével mantido pelo principe que convida sua gente para recolher tributos em géneros: mel, cera, cereais, etc 0 mesmo se faz nas cidades organizadas comunalmente, Os homens do principe aparecem como propristérios rurais com terzas para sua subsisténcia e sobretudo dominios lorestais. Em 1326, 0 metropolita de Vladimir instala-se em Moscou, colocando, as~ ‘sim, toda a influéncia de um cero a servigo do grdo-principe, fornecendo quadros a burocracia estatal. O gréo-principe dis- tribuiu dominios aos camponeses (pomestye) a titulo precério, em recompensa pelos seus servicos, constituindo nova aristo~ cracia ligada ao Poder, os boiardos. Estes submetiam-se a0 grao-principe e participavam do seu Conselho, 2 “Duma” Este Estado onipotente, fundado nas prestagbes forsadas de servico, exercendo um controle maximo sobre a proprieda- se num elemento bisico para exp! ¢fo da sua persisténcia através do tempo, conforme explica Summer." Moclernamente na URSS, no seu aspecto mais sig co realce a0 dominio da burocracia enquanto poder politica, no regime de capitalismo de Estaclo (Meyer, 1964, p.11). Bsseregi- Zod seu dominio, ordenot & ho intuio de um contole racional da dt Pletverh-ke que fzesseum censora Riesia® (History of Chinese Society, 1948, 36), 8 Buroeraca e ideologic: me uma combinag&o inédita" de iniciativa individual no plano econémico com a economia de Estado. © capitalismo de Estado, ou melhor, 0 processo de moder- nizagdo levado 2 efeito por uma elite industrializante sob a dire- fo de um partido ti plica seus Go ja ameaga, t18s anos apés a tomada do po- der por Lenin, o regime na sua totalidade. © monopélio do poder, pelo partido tinico, & 0 elemento que assegura a selecao da elite dirigente,*S em que a ascensio na escala partidéria asse~ gura igual subida na burocracia do Estado.**Esta burocracia pos- sui o Estado como propriedade privada, ditigindo coletivamen- te os meios de producio,*” é a tenoburocracia dirigente, que persiste de Lenin até hoje. iada pelo p: FL Nao ha nenhusn livre que nes fle do captaismo de Estado na épaca do comunismo. Marx mesmo fo escreveu nada a respeice, morte sem deixar renhusna chtepfo exats, nenfurm argumento itefutsve, © capitalismo de Extado, tal como € visto por nés, nfo & analizado em nenhums teoris ot Tteretura® (Lenin, 1863, p.279). 42. "Um tipo misto, em ques inieatva privada é limita pels extatizagio — 0 Betado somos nd" (ibider, p279). 43. “Falamos de renascimento parlal da fuocraia no interior do reglme sovié- Heo” (Lenin, si, po) 44 "Vemos apresentaree ence mal dante de nés, anda mas claramente, mais ameayador € mais ntido";conuindo que na RGseia “a burocracia nfo ext ro Exército, mas nos servigos”(ibidem, p47) fs anda que haja pouese excess, o¢ quados de diteo,nfio podem chhegar geralmente ao nivel de deetor de fibrica sem a condo prévia de seem imonbros do PC? (Graniek, 1966, p.40) 45 “Assim, em 1958, a delegaeo norte-americana meneionava que odirtoe de maior usina siderdrgca de Chelyabinsk fora antes secretérie do partido nnaquela zone” (idem, p.#4). 47 “Caracerizaee essencilmente pela aproprlasso dos instrament de produ io pelo Estado” (Portal, 1968, p.408). 48 “A reenoburocracia industrial, administrativa, milter eplansjedora, embo~ 1a muito poderosa sob a ditadura de Stalin, manteve-se apés sua morte € Tiguidagio de seu mito, bediente ao Estado ea0 seu rg supremo: 0 PC" (Guevich, 1966, p222), 2