Beaba 09

You might also like

You are on page 1of 48
Vocés nao podem perder a nossa proxima aula... DRIaSe CON A rhe ee ae i eee os. See ee ee ace .. ae De ivstnssisey| 5 pees ee, Ga eee ADQUIRA JA ESTE eae oem ee VERA LOCIA DE FREITAS ANDRE. Distribuigto em Portugal: mee SET re INCRIVEL SUPORTE rine |S - Copa: BE-A-BA DA ELETRONICA PRATICO PARA O ise — coarse ee SEU APRENDIZADO = ia ee eee, Depariamento de Publicdate e Comatos: | CEP 03084 — So Paulo — SP Fones: (011) 217.2257 ¢ O11) 2232037 _| TODOS 0S DIREITOS RESERVADOS INDICE — 99. AULA ay 2. SINAL DE ENTRADA (Conversa: Uma DOVIDA, PROFESSOR! (E EM TODAS AS BANCAS dda coms “lunes” chiczendo porios ndo entendidos 3. TRANSISTOR = 4a. PARTE (I) - 48 FERRAMENTAS. E COMPONEN: Os TUls © FETs (tansfstores uai- TES (D) - Como confeecbnar pacas jingio ¢ ve efeito de campo = 06 Grenito impreso (Ta. parte) “rimos* ‘do. tmndisicrSipolat), 60 - HORA DO RECREIO (latercamibio 4- CTU cero teetmen- centres "aines (4. INICIACAO AD HOBBY 8- OUI como osclador Polarzacio 65 - 1a, Montagem = VOLTIETRO alimentacto). SEMGALVARONETRO, 13; Ia. EXPERIENCIA COM TU (R)- 66 - BRINDE DA CAPA. Piscudos contrlével 54> OCIRCUTTO - COMO FUNCIONA 16- 2a, EXPERIENCIA COM TUN () - ch, Srene fabrics, 15 - 23: Nonzagem- CARA OU COROA 21- OFET (stutursc fancionsments) ELETRONICO. 24. 0 FET (Patimmetio ¢ cicuitos ba 80- O CIRCUTTO - COMO FUNCIONA. 09) i, 20- Ia, EXPERIENCIA COMTET(®)- 4-0 “ALUNO™ ENSINA (As bous Pré-k {aie da tues... 32. 2a, EXPERIENCIA COM FET(P)- 92 INFORMACAO PUBLICITARIA. Detetor rt (PacotesLiEz0) SINAL DE ENTRADA ‘Terminando 0 nose terceto wmeste “letivo, Ja 9a, “aula” do nosso “eurst sho”, aumentaaiada mais « purticipaggo do “aluno” na propria extrutusa da “escola [Nascila aa “aula anterior, a ogo O “ALUNO” ENSINA... foi magnficamente rocabi 4a pala marma, 0 que 9 serviu pana provar algo que i estivamas “velhos" de ster: que 0s leitores mostram uma Vontade intenss de colabora, de todas as manciras, para © mais petfeto entrosamento “mesire”/"alunos” ov rersta/leitores! Foi ent aberto um novo espaco de partcipagio, onde 0 “aluno” pode fica na fre te da turma (20 lugar tradicional do “mestre”..) © expor livemente 48 suas idéias © “invengoes", desde que ¢ claro ~ derivadas do que ji aprendeu nas “aulas” anteriores. Outs coisa que multo nos entusiasma, é0 cressimento vertiginoso de outro meio de participagdo ¢ intercimbio, que é 0 sepresentado palos “Clubiahes” (segdo HORA DO RECREIO..)! A quantidade 6 tanta, «a voniads da turma, fo gran?a, que estamoe incl ‘nados a dar a maior das atonedos 20s Clubes, dedicando-thes,tslve, uma seco especifi- ‘2, com a eventual publicacio de “projtos premiados” ou coi assim. nascidos desas ““miné-cooperativas” de iniiantes, que sfo os Clubinhos! nfm, jlgame-nos felizes por estarmos atingiado todos os nossos objetivo inicsis: “divulpr a FletrOnica, na sua teoria ena sua pritica,além dos aspectos puramente forma ‘dros e informativos, congregar 0: Verdadelmos amantes dess: “ews” da tecnologa, em ‘orno da nossa “revsta/curm, patrocinar (oda © qualjuer aividade que posa incremen- tar © intercizbio horesto cheio de companheirimo entre o¢ “citores/alunoe”, final: car, eleva & freate, em moldes wemelhantes sox de ams Ecol “de verdads”, todo-um Universo de eamiahos para hobbystas, estudantes, futuros técnicos, profesores, enge- nbeiros,e toda essa turma fantstica que vive e wespra Eltr@nica! ‘Vamos i aula, que o entusasmo é grande, temos ainda muita coisa importante a ensimrmos« aprendermos, uns aos outros © Uns com! os outs. oO EDITOR E prowbica « reprodueao toial ou parcial do texto, artes ou fotor deste volume, bem como ¢ ‘inausirializapGo ou comercialtzagdo de quatsquer dos projeior, circuttos au experiéncist nele contidos, ert a prévia anuéncia dos detentores do copyright. Todos of tens aga velauladosfo- ram previamente tetedor e conferdos nos seus aspectortebrico[prduicos, portm BE-A-BA DA ELETRONICA * BARTOLO FITTIPALDI - EDITOR, attim comio of autores © colaboradores, indo se reponsebiteam por falhas ou defeitos ocerros, bem como néose obrigam squalgier tipo de assiséncia técnica ou didética avs leitores Todo o euiado posstvl fol observato por BE.A-B4 DA ELBTRONICA no sentido de nio infingr patentes ou direitos de tercetos, no fenuinio, se e708 cu lapsos ocorrerem nesse sentico, obrigamono: a publicar,td0 cedo quanto possfel, a necessiria retifleasdo, corresdo ou ressalia, Smbors BE-A-BA DA ELETRONICA asau ‘ma a Jorma de “revist-curs, ndo se obrige d concessfo de qusisquettipos de diplomas, certifi ‘cos ou comprovantes de sprendzago que, por Let; 96 podem ser fornecidos por cursos reg lanes devidamente registados, autorkados e homologados pelo Minstério da Fducapao € Cul 2 —=© o TRANsistorR © (4a. PARTE) D | ‘TUis E FETs (TRANSISTORES UNIJUNCAO E DE EFEITO DE CAMPO) — OS "PRIMOS" DO TRANSISTOR BIPOLAR Conforme haviamos dito no inicio dessa série de “ligées” sobre © TRANSISTOR, o assunto é ampio (e muito importante...), jd que esse “bichinho” constitu o “coraggo” de toda a moderna Ele- trOnica, e assim, merece ser estudado em detalhes, com a andlise dos vérios aspectos do seu funcionamento e das suas aplicagées.. Até o presente momento, jé falamos sobre: = © TRANSISTOR — Como funciona, seus pardmetros @ suas identificagdes (6a. “aula’). ~ O TRANSISTOR COMO AMPLIFICADOR ~ A polarizagéo eo acoplamento (7a. “aula”). = TRANSISTOR COMO OSCILADOR — A realimentaedo e a freaiiéncia (8a. “aula”’). Essas trés primeiras partes do assunto “TRANSISTOR” abor- dou os principais espectos tedricos, praticos e informativos do cha mado trans(stor bipo/ar, que, para simplificar, chamamos de “‘tran- sistor comum’”’. Chegou a hora, porém, de falarmos sobre alguns “‘parentes”” do transistor bipolar, certos “primes” do transistor “comum’, cujas construgdes interes, funcionamentos e aplica- ges, apresentam diferencas importantes, e assim, merecem ser “yistos"’ individualmente. Os dois “‘primos’’ mais “‘chegados” do ‘transistor bipolar s60 0 TRANSISTOR UNIJUNGAO (que apelida- mos de TUN, tirando essas 1rés letrinhas das iniciais do seu nome & sobrenome...) ¢ 0 TRANSISTOR DE EFEITO DE CAMPO (que, nna intimidade, chamamos de FET, aproveitando as iniciais do seu nome em inglés, que é Field Efect Transistor...) Esses dois componentes, devido as suas caracter(sticas proprias, sfo importantissimos em certas aplicagdes espocfficas, tanto «m circuitos em que aparegam “‘solitérios”, quanto em montagens nas ‘quais eles trabalhem “‘ajudando” ou “sendo ajudados”, em conjun- to com o seu “primo'” mais “manjado”; 0 transistor ““comum’ (ve- remos isso nas experiéncias priticas, ao fim dos blocos da presente “Migéol”...) O TRANSISTOR UNIJUNGAO (TUJ) SUA ESTRUTURA INTERNA E 0 SEU FUNCIONAMENTO BASICO ‘Uma répida “recordada’” na estrutura interna do trans{stor “co- mum’" (bipolar), ajudaré na comperardo, para que possamos estu- dar 0 TUJ... Observem entéo o desenho 1 que mostra, so alto, as configuracdes esqueméticas dos materiais semi-condutores internos nos transistores ““comuns”’ [PNP e NPN). Como, nesses casos, exis- tem trés “‘pedacos” de matéria, em forma de “'sanduiche", obvi monte temos dias junees (reas em que materiais semi-conduto- 128 de tipo diferente se “'tocam”...). No mesmo desenho 1 vernos, em baixo, como ¢ a estrutura interna do TUJ: ele é formedo por apenas dois blocos de material semi-condutor, um tipo Pe um tipo N (de certa maneira, a semelhanca do que ocorre com os diodos ouas UNGOES Sf] » |x 1 1 Uw yuNcaO (UNI JUNCAO) a comuns...). © material P, entretanto, é de dimensdes bem reduzi- das (em relacéo so material N), ficando como que “incrustado”, ‘ou “embutido” em determinado ponto da superficie do material N. Notar quo, como oxistem apenas dois blocos de material (P © IN), apenas uma jungdo é possivel entre eles, dai o nome do “bi- cho" (unijungao = uma jungao). As extremidades do bloco maior de material semi-condutor (ti- Bo N) estéo ligados dois eletrodos (terminais), chamados de B1 B2 (respectivamente: base 1 e base 2. Ao pequeno bloco de mate- rial P incrustado no bloco maior, esté ligado um terminal que cha- mamos de ernissor (E). 0 desenho 2 mostra, a esquerda, o simbolo esquematico adota- do para representar 0 TUJ nos diagramas de circuitos. O termins E (emissor) é representado por uma seta “entrando” no cfrculo (semelhante a0 simbolo do emissor de um transistor PNP, portan- ‘to. Os outros dois terminais sio representados por linhas paralelas, saindo perpendicularmente de um trago vertical (que representa obloco maior, de material N). Assim como jé fizemos com os transistores “comuns’’, nas suas “aulas” especifices, podemos representar também o TUJ a partir de uma interpretacdo simplificada das suas “entranhas”, em ter- mos de “‘diodos internos”. O desenho 2, & direita, mostra esse dia grama estrutural para o TUJ: em termos simples, tudo, “id dentro” ‘se passa como se houvesse um diodo com o seu terminal de catodo ligado & jungéio de dois resistores. Isso quer dizer que podemos “interpretar" da seguinte maneira: o bloco relativamente grande do material N no passa de um bloco “resistive”, e a juncao do material N com o material P age como se fosse um diodo (ver 3a. “aula” do BE-A-BA). B2 sigo.o DIAGRAMA, is RBZ ESTRUTURAL 82 ee BT 9 Ral BI O FUNCIONAMENTO. Se ligarmos o terminal B2 ao positivo de uma fonte de alimenta- eo € 0 terminal B1 20 negativo de tal fonte, uma corrente muito Pequena transitara através dos “resistores série” RB2 e RB1 (constituldos pelo proprio bloco de material N, como jé vimos). A corrente seré pequena por um motivo muito simples: os “valores Ohmicos”’ de RBZ € RB1 séo altos (lembrar que, como o material um SEMI-CONDUTOR — ver “aulas” anteriores — “‘néio deixa” a corrente passar com muita facilidade...). Se, contudo, aplicarmos certa tensdo positiva ao terminal E do TUJ (o que fard com que 0 diodo interno fique polarizado dirstamente, em relacgo a B1), uma corrente comegaré a circular no sentido indicado pela seta | (dese- nho 3). Assim que essa tensfo aplicada ao terminal E ultrapassar © limite minimo de cerca de 0,6 volts, a “resisténcia interna” da base 1 (RB1) cai, drasticamente, para um valor muito baixo, fa- zendo com que aumente bastante a corrente que inicialmente per- Oe 22 7 ORELHA a e 2N BN corria 0 TUJ, do terminal B2 para o B1! Se, inversamente, dimi- Auirmos a tensSo positive aplicada ao terminal E, até que seu valor aia abaixo de 0,6 volts, imediatamente a resisténcia interna RB1 “sobe”, novamente, para um valor elevado, impedindo outra vez que uma corrente relativamente alta percorra o TUJ no sentido 2-81! Vamos, entdo, sintetizar o funcionamento bésico do TUJ: = Se no houver tensao positiva aplicada ao terminal E, a corrente entre B2 © B1 (sondo B2 ligada 90 positive de fonte, B1 ao ne- gativo), ser muito baixa, devido a elevada resisténcia interna. — Se aplicarmos uma tenséo positiva ao terminal E, assim que essa tensio ultrapassar cerca de 0,6 volts, RB1 “baixa” seu valor Shmico, violentamente, permitindo assim que uma considerdvel Corrente passe a percorrer o componente no sentido B2-B1. = Obviamente, também ao apiicarmos tensfo positiva ao terminal E, uma corrente (chamada corrente de emissor) passa a percor- ‘rer 0 componente no sentido E-B1. = Reduzida a tensdo de polarizagio do terminal E para valores inferiores 2 0,6 volts, novamente a “resisténcia interna” RB1 “sobe", restringindo a passagem de corrente entre B2-B1. Nio 6 dificil perceber, onto, que o TUJ age como se fosse um interruptor controlado””, onde B2 ¢ B1 séo os terminais do inter- ruptor, e E 0 terminal de “controle” ou de “autorizaggo”. Devido ‘a essa caracteristica de lidar com a corrente num regime de — prati- camente — “tudo ou nada’, o TUJ néo se presta muito bem para trabalhar como amplificador (0 que, como jé vimos, é facil de ser ‘conseguido com um transistor “comum”...). Por outro lado, atra- vvés de um circuito muito simples, podemos, com grande facilidade, fazer 0 TUJ funcionar como oscilador (Fungo na qual compo- nente € empregado, na grande maioria dos circuitos em que entra...). Vamos ver isso logo adiante... ‘Ainda no desenho 3 (que mostra em diagrama estrutural e em diagrama simbélico, as polarizagées a que devem ser submetidos 08 torminais do TUJ...), mostramos a aparéncia e a identificagéo da pinagem do TUJ de uso mais corrente, que 6 de 2N2646, Esse TUS apresenta corpo metélico ¢ a identificagfo das “pernas”” 6 auxiliada por uma pequena “orelha’ existente na base do corpo: se olharmos 0 componente com a “orelhinhe” metélica voltada para 0 nosso lado, o terminal imediatamente a esquerda da marca 6 0 B2, o imediatamente a direita é 0 E. O terminal sobrante 6, na- turalmente, 0 B1. (0 TUJ COMO OSCILADOR — POLARIZAGAO E ALIMENTAGAO ‘Assim como of transistores comuns, o TU, também apresenta limites em seus pardmetros de tensfo @ corrente, que devem ser respeitados em qualquer projeto, sob pena da inutilizagéio do com- ponente, Os principais parametros do TUJ sdo: Vb1b2— Voltagem maxima aplicével entre a base 7 € a base 2, Na prética, esse parametro é representado pela propria tensio de alimentaco geral do circuito. Na grande maio- ria dos TUJs, esse limite fica em torno de 30 ou 35 volts, Entretanto, para fins préticos, podemos limiter e tens&o de alimentacdo entre 6 e 18 volts. Je — Corrente maxima de emissor, ou seja, aquela que percor- re 0 TU, do terminal E para o terminal B1, quando o tomponente esté polarizado no sentido de condugfo. Nos TUds de uso mais corrente, esse pardmetro ests limi: tado a 1,5 ou 2 ampéres sndxizrios. Ptot — E a poténcia méxima capaz de ser manejada pelo com- ponente. Para calcular-se tal poténcia, devemos levar em considerarao nfo sé a corrente de emissor (Ie), como ‘também a corrente entre as bases (Ib2b1), bem como a ‘tensfo a que o componente estiver submetido, Nos TUss mais comuns, essa poténcia maxima fica entre 0,3 e 0,5, watts, Lembrar que, também no TU4, os parametros e limites de fun- cionamento séo interdependentes, ou seja: ndo podemos — por exemplo — tentar obter uma corrente de emissor (le) muito alta, derde que, com isso, ultrapassemos o Prot. Hé que se equilibrar os vérios parimetros, de maneira que nenhum “estoure"’. Normalmente, para limitar os parémetros dentro da faixa de tra- balho do TUJ, tanto o terminal BZ quanto o B1 sdo polarizados {respectivamente positivo e negativo...) através de resistores; O desenho 4 mostra um circuito oscilador “padrdio” com TU. Como jé dissemos, os resistores R2 e R3 server para limitar as cor- rentes quo percorrom 0 componente. Jé as fungdes de R12 C1 so ; -——_—_+—@ 5-18v VALORES tipicos RI2000-Ka REDa On uy es | oie MEE CARGA 0€ c “Ee RRESISIORES Lubfiacao C=D>DESCARGA DE C1 si sus = a ct C0bn { DETERMINAM A FREQUE! 10 outras: assim que se aplica a alimentacéo a0 circuito, o capacitor C1 comeca a carregar-se (ver 2a, “aula” do BE-A-BA) através do resistor R1). A seta preta mostra o percurso dessa corrante de car- gs. Assim que a tonsfo “acumulada”” om C1 atingo a voltagem do “disparo” do TUS (0,6 volts ou um pouco mais...), “cai” a resis- téncia intema da base 1 (RB1), permitindo, entdo, a passagem de uma consideravel corrente através do resistor R3. Ao mesmo tem- po (como ja vimos), desenvolve-se uma corrente relativamente alta entre o terminal E e o terminal BI. através do ” no” (ver desenho 3), da “resisténcia interna” RB1 ¢ do resistor externo R3, © capacitor C1 se descarrega (a corrente de descarga do capacitor esta indicada pela seta branca...). Com essa descarga C1 “perde’” tensdo, progressivamente... Logo que a tenso no capa- citor voltar a reduzir-se abaixo da voltagem de disparo (0,6 volts), Novamente a resisténcia interna da base 1 (RB1) “eleva-se”’, como que bloqueando a alta (relativamente) corrente que se verificava quando 0 TUJ estava “conduzindo” ou “disparado”... Todo 0 ci- clo entéio recomega, com C1 novamente carregandosse, através de 1, até atingir a tensio de disparo, e, em seguida, descarregando-se através do percurso E-B1, e assim por diante, indefinidamente enquanto houver energia alimentando o circuito... Conforme jé aprendemos na “ico” sobre os capacitores, o tern- po que C1 leva para carregarse ou descarregar-se é diretamente proporcional ao sou valor em microfarads (mais capacitancia mais tempo...) também diretamente proporcional ao valor ohmi- 0 do resistor R1 (mais re Assim, através dos valores de C1 e R1 podemos, com facilidade, controlar o mo” do “liga-desliga” do TU, ou seja, a freailéncia da oscila- cdo. Podemos “‘recolher’’ a saida de um circuito oscilador com TUJ ‘em trés pontos, basicamente, como mostra o desenho 5: nas jun- ‘g6es de B2 ¢ B1 com seus respectivos resistores de “carga” ou limi- tapo, ou no proprio emissor (E). Entretanto, devido as proprias racteristicas de funcionamento do TUJ, a “forma” de onda do ial recolhido é diferente, em cada uma das saidas “disponiveis” No terminal E obtemos uma “onda” em forms de “dente de ser- ra’, ou seje: uma “rempa’” de subida (em “‘diregéo" ao positive), proporcionada pela carga relativamente lenta, do capacitor, segul- da de uma sibita “caida’’ (devido ao fato do TUJ “ligar”, descar- regando 0 capacitor bem rapidamente, através da baixa resisténcia interna...). Em B2 @ B1 temos répidos “‘pulsos”, em forma de “onda quadrada” (com subidas e descidas bem abruptas e répi- das...), porém em fases invertidas, ou seja: quando o TUS “liga, B1 “sobe” (em relagéo sua tensdo anterior) e B2 “‘desce’’ (tam bém em relacdo ao seu potencial anterior). Eventualmente (como jé vimos na “aula” sobre os TRANSIS- TORES COMO OSCILADORES — BE-A-BA n.© 8) precisamos “reforcar” esszs saidas do TU), para mais convenientemente po- dermos usé-tas, Como jé aprondemos a fazer os transistores “‘co- muns” trabalharem como amplificadores, basta “casar’’a safda do @scilador com TUY a entrada de um amplificador a trans{stor “‘co- mum”. Dependendo da saida do TUJ que utilizarmos, devemos ‘adoter uma configuragéo prética um pouco diferente, como mos- ‘tram os trés “esquemas” do desenho 6. Os valores dos componen- tes sugeridos so tipicos e podem ser experimentados “’sem me- do" (respeitada a faixa de tensées de alimentagdo também sugori- ‘da no desenho...). Em todos os trés casos, o “lugar” mais pratico Bara se “recolher’’ a saida final do conjunto é 0 coletor (C) do transistor “‘comum” (notar também a conveniéncia de se usar, na 1¢80, um transistor PNP ou um NPN, dependendo da con- W As experiéncias CP) Em todos os exemplos mostrados dependendo da freqiiéncia ‘na qual queiramos que o circuito trabalhe. 0 valor de R1 pode fi car entre algumas centenas de ohms e iérios megohms © 0 da C1 entre alguns picoferads e milhares de microfarads. POV WO 8113) 50 ELETRONICA E FAZER SEUS AUG TS) 223 2037 Ja sabemos as bases do funcionamento do TUs, e jd vimos como 6 facil fazer 0 “bichinho” oscilar. Vamos entdo realizar algumas experimentaces praticas, montando circuitos simples e, através de cujo funcionamento, podemos aprender mais coisas, “ao vivo", so bre o comportemento dos TUJs... ja. EXPERIENCIA — UM PISCADOR CONTROLAVEL, COM TUJE LED Baseando-nos diretemente nos exemplos de circuitos osciladores com TU j8 dados na parte tebrica da presente “ico”, podemos projetar um PISCADOR CONTROLAVEL, capaz de acionar um LED numa ampla faixa de freqiiéncias, usando reduzido nimero de componentes. A experiéncia seré descrita (assim como todas as outras da presente “aula) com a sua construcdo no sistema de ponte de terminais soidéveis (pela simples raz3o de que a maioria jos “alunos” jé esté num estigio razoavelmente “‘avancado”, pre tondendo, portanto, a realizago de montagens definitivas...), entretanto, nada impede que os circuitos mostrados sejam desen- yolvidos em barras de terminais parafusados, o que facilita a troca, substituig4o ou experimentago com os valores dos componentes. Isso fica a inteiro critério do “aluno”... © PISCADOR CONTROLAVEL est4 “todinho” no desenho 7, que mostra, o diagrama esquemético, o “chapeado”, as aparér- clas, identificagdes e codificagdes de valores dos componentes. Lembramos que, quer seja usada uma ponte de terminais soldaveis, quer se utilize uma barra de conetores parafusados (tipo “‘Sindal”, “AWeston’' ou similar...), 6 conveniente a numeragéo dos segmentos [de 1 a 6, como mostra o desenho) para que fique mais facil 'se- quir-se” as ligagGes e interpretar-se as posigdes dos components. Qs pontos que merecem mais atencgo, como sempre costumamos advertir, so: as ligages do TUN (ver a pinagem), do LED ¢ a pola- ridade das pilhas. Feitas todas as ligaeSes, aciona-se o interruptor e o LED deve comecar a piscar imediatamente. Através do potenciémetro de 2M2a pode ser controlade a velocidade |freqiéncia) das piscadas, numa faixa bem ampla. Se o “aluno”’ quiser economizar uma “notinha”’, poderd: substituir 0 potenciémetro e o resistor de 400KA. por apenas um resistor fixo, cujo valor poderé ser determi- nado exporimentalmente, de mancira a se conseguir uma freqiiér cia (também fixe, nesse caso) nas piscadas, que seja de agrado do “genio’’ (sugerimos um resistor de 470Ks1). Como jé foi explicado na parte tedrica, o controle da velocidade das piscadas do LED também pode ser realizado pelo valor do capacitor. Assim, se for usado, experimentalmente, um valor superior a 471 F, as piscadas ficarBo mais lentas e, com um valor menor, as piscadas sero mais répides. Nao esquecer contudo que, variagdes muito drésticas na “microfaradagem” do capacitor podergo anular completamente o efeito “visual” das piscadas: se elas forem muito répidas, o LED pareceré aceso’ permanentemente, devido persisténcia retiniana do nosso alho; por outro lado, se forem muito lentas (vérios segun- dos de “intervalo”), 0 efeito fica “cansativo"’, sem nenhum atra- tivo... A seguir, relacionamos as peas necessérias 8 experiéncia. Os Itens mercados com um asterisco podem, como ja dissemos, ter os seus valores experimentalmente alterados, na propria verificagdo do comportamento do circuito: — Um transistor unijuncéo 2N2646. = Um LED FLV110. — Um resistor de 1K x 1/4 de watt. — Um resistor de 100K@ x 1/4 de watt (*). — Um potenciémetro — com “knob” — de 2M22 (*). 22646 oe at eee = Um capacitor, de qualquer tipo, de 47::F (*). } — Quatro ou seis pilhes pequenas de 1,5 volts cada (perfazendo 6 \ ou 9 volts, portanto), no respectivo suporte. Ka 100Ka ae — Um interruptor simples (chave H-H, mi | a AMARELO — Uma ponte de terminais soldéveis (ou barra de conetores para. | 7 iegrow MARION |< —vioueta fusados), com 6 segmentos. | ee eae ie Se Rae ~ Se for desejada uma caixa para abrigar a montagem, em carater } (oS hnewsen tor REY Geen coe efinitivo, até uma saboneteira pléstica poderd ser usada, devido l| &s reduzidas dimensées do circuito i — RESISTORES capscroR O circuito do PISCADOR poderé facilmente ser “embutide” em ie brinquedos ou jogos, adicionandosthes um interessante efeito vi 16 sual. Também através de culdadosa regulagem do potencidmetro (que pode, para maior economia, ser substitufdo por um “trim- pot”...), 0 circuito pode ser usado como um “‘conta-segundos”, ajustando-se a freqiéncia de maneira que o LED pisque, exatamen- te, uma vez por segundo (0 que nao é dificil, com a ajuda deum relégio dotado de ponteiro de segundos, ou de um crondmetro di- giral...) 2a, EXPERIENCIA — SIRENE DE FABRICA, COM TUJE TRANSISTOR “COMUM”: O cireuito da 22. experi@ncia com TUJ 6 uma “prova viva” de que € muito fécil aplicar-se os conhocimentos j§ adquiridos nas “aulas" do BE-A-BA, para o célculo, projeto € realizacSo de uma montagem relativamente complexe! O “aluno’’ atento (e que, principalmente, ndo “perceu nenhuma aula...) ja deve estar atin- indo um estégio cue lhe permita “ousar” a criacéo de alguns pro- jetos simples, por conta préprial A SIRENE DE FABRICA é um cireuito que emite um som de dudio com volume relativamente forte, de miiltiplas aplicagées, e cujo “comportamento”’ é seme: Ihante a0 de um “aviso de entrada ou de sa{da"” usado nas fébricas, para aviser a turma que chegou a hora de pegar no batente (ou lar- gar, que émais a0 gosto do brasil Dotado de um interruptor de presso, 0 circuito comega emitindo um som de baixa freqlién- cia que, automaticamente vai “‘subindo” (ficando mais forte e mais, agudo...), até atingir um ““platé”, no qual se estabiliza, num timbre firme e alto! E um efeito sonoro muito interessante, ¢ que so foi obtido gracas ao que jé aprendemos nas seguintes “aulas’ ¢ “li Bes”: — — 12, “aula” — OS RESISTORES. — 2a. “aula” — OS CAPACITORES. — 32. “aula”— 0S DIODOS. — 4a, “aula” — OS EFEITOS MAGNETICOS DA CORRENTE. — 62. ¢ 7a. “aulas’ — © TRANSISTOR e o seu funcionamento co- mo AMPLIFICADOR. = 9s. “aula” —O TU. No desenho 8 0 “aluno’’ encontra todss as informagées visuais necessirias 8 comproonsio do circuito e é realizagao prética de Mmontagem. Esto mostrados: 0 “esquema”, as ligagBes “reais” (“chapeado”’}, os componentes principals, em suas aparéncies, pi nagens € cOdigos (componentes que no aparecam na ilustracdo, jd foram mostrados em desenhos anteriores — consulte-s...) Numere os segmentos da “base” da montagem (ponte de termi- nais ou barre de conetores), de 1a 11, utilizando essa marcagio como ‘guia’ para as ligapdes. Preste tengo a0 correto posi mento do TUJ, do transistor BD139, do diodo, do capacitor eletrolitico e a polaridade das pilhas ou bateria, Confira tudo mui- to bem, ao final, notando, inclusive, @ presenca de alguns “jum- pers” (pedacos simples de fio, interligando seamentos da barra de Conetores ou terminais). Conete 2s pilhas ou bateria e acione o interruptor de pressio (mantondo-o apertado). O som forte deve- 4 ser ouvido imediatamente, ‘crescendo’ em freqiiéncia, numa imitagdo muito boa de uma SIRENE DE FABRICA “real”... Para podermos realizar experimentacdes ou modificagdes no projeto basico, precisamos analisar como 0 ‘dito cujo” surgiu, & luz do que jé aprendemos... Vamos la, ento: =O TUs, aliado aos resistores de 1002, 1509 e 270K2 e ao ca- acitor de .033: F, constitui um oscilador, no exato “modelo” mostrado no desenho 4 (parte teérica, Id atras...). — transistor 8D130 trabalha como emplificador, reforgando a seida do oscilador com TUJ, auxiliado. pelo resistor de 1K. {de polarizagio e limitacdo da corrente de base do BD139), entregando, por sua vez, o sinal jé amplificado ao alto-falante. — Para se conseguir o efeito de “subida’’ do tom, usemos o resistor de 6K89 © 0 capacitor de 1.000\F. O capacitor se carrega lentamente, através do resistor (0 valor do capacitor 8 elevado Para que a carga seja lenta...). A carga desse capacitor ¢ aplicada 80 emissor (E) do TUU, através de uma rede de protegéio, com- posta do resistor de 3K32 edo diodo 1N4148. — Assim, 0 TUJ oscila (ajudado pelo capacitor de .033.:F), “con- trolado”” pela carga crescente do capacitor de alto valor (1.000. F), 0 que gera 0 feito de “subida"’ na freqiiéncia final. 7

You might also like