You are on page 1of 7
-MEHLMAN, Jelfey. Wither Benjamin for Children. An Esay om Hit Radio Yar. Chicago: “The University Chicago Press, 1993, PORRUA, Ana. Varacone nanguerdizar La patice de Leonidas Lamborghini. Rosa RECALCATI, Miximo. “Las tres estticas de Lacan. In: VARIOS AUTORES, ‘enhcas de Lacan (Picoandlss y ate). Trad. A. Rodrigues. Buenos Aires: Ed. del Ci- fado, 2006. p12 _"Rhitare nella legge delesere: Heidegger © ‘Marcos y Marcos, 1991. pp.45-111 RUMOLD, Raines. “Archeo logis of Modernity in transition and Documents (1929-30) (Comparative Lterzure Stdie, vo. 37, a, 2000, p46, "Painting as a Language. Why not, Carl Einstein in Documents’, October, nt 107, winter 2004. pp.75-94, SARLO, Beatriz. Brits sobre tear argentina. Buenos Airs: Siglo XI, 2007, SHAKESPEARE, William. Soncos Trad, Jerinimo de Aquino. Pref. Carlos Alberto Nunes Ed. binge. Séo Paulo: Melhoramentos, sd STIGGER, Verénica. “Ruinas de Kurt Schwitters. In K TZARA, Tristan. “Conferéncia sabre Dadi "Trad. W. Dutra etal. So Paulo: M: VALERY, Pal. Cahiers, ed Judith Rol In: Abitare il desideri, Milano, 3, So Paulo, jul. 2007. B. Teoriar de arte moderna, LE ror NecOPIAS: 7. PASTA: fs Mahie fern ALEGORIA E AUTENTICIDADE (A PROPOSITO DE ALGUMA, POESIA PORTUGUESA RECENTE) Rosa Maria Martel! Palasras, eres apenas mitor semelbantes a0 dos marta? Cams ne Ourvnes Hé actualmente, na poesia portuguesa, uma linha de escrita que se caractetiaa por tematizat o mundo contemporaine sob um olhar intensamente marcado pela perda ‘Acesse olhar, tudo evidencia uma condigio de pobreza, de gual de sinais de pocticidade, assim se produzindo um efeito de transparéncia discurs- va? Este tipo de poesia recorre de forma bastante moderada 4 metéfora e& imagem inguagem entra em sintonia a0 usar de grande apenas como uma figura do di no sentido mais largo de, tl como é acentuado por Walter presiio~ ou se, como refere Craig Owens, percepeoe airude 105). Gostaria agora de aponta es peas quas a oso pela expresso alegérica ¢ frequentemente complementada pela vinculagio do poema a experitncias vivenciais precsas, assim se sugerindo a lar procedure (1992: 53). te sop seid ep OU ap ry e299 eum aoey opuryoud oxtsuEDUERp uM 2p aiuemANAsS oBAsaNb urn owsoUs > ‘opusraidsap roused wm 9 ofp -opSeuepu ens e ANOS > PauDUU o1ngly weed 0 o> apeuoxqacs0s aasp na, 389 anbiod ernxo) ayusUIENLS9 02 -qUIy 9p oBSepUNUD ap eindy ew e oprenpas 196 snap OFM ewIB0d ou eye anb m2 © anb erapisuos sexu ap fanueyy rs apod 24 190d ap trou o seuade anb opuesynsnl sopeiseu, no ,oxpins, ap oBseuisap ees roa 9p [pnuepy ‘eurood a1sou wey anb na, oy “sesen oytodord aur anb 081 -sonb e vied jessourepury onod wn py “ossp eougnbosuoa wo 4q -omn>sqo omen funjou o€1 ‘pos 2xp Buoy upreUs 95 anb ‘e>ndpsse no enoput 20d ep "sino bun axqos esod onb orSesnse ¥ owo> uisq ‘oprsanbso 2 opriuays -ades‘ose> asap zey wysse espod © anb ayeear ot epes0jo> asequ e “Baud ep sosz0y, ur Eapuypp 9 epuandos © s1ursad 21a1s9 ouio> esayspur oF1 ~ onusuurzonbs9 0 2 umn 2550) OB, 98 sosop 169 anb 2p ovSeuye © ‘byp ou seieaq eyuede anb exood oxuenbus eaenas 2s opSeiounus 2p fay EW 3P 508128 sopmayuo> so weos9 ose>e Jod ou 2pu0 opSeUye ‘f iosop wisod &, optics 195 oFu erpisuo> 95 aNb uzo9 eEOH & sey oupwud «rq “soiueloduit somod soups upiu09 seu ‘e8u0] 7 0 angi sop ryuoiaisop «> ead ‘romuuoU oF wan epuoge an two> spyjonss ep 9 auspunue® eoj2 sou adwon anb owusuoge, 2p > E24, ap oss auduias sesmoat 3¢ anb ‘e-suaase twromg eto iqesmaeu > yea 28 opuen 19 ep stad s, ‘sepodaue soy (22 ont eenunuoa 9° Hazan no soxusznp anb op sre eassenyp sezanape1so0d #25, zop 001 2pnom 9 tou pu yo Seed ay apsuer, a ogi opSuauiout ap nts 918 no ~ og 2p faeusjy anb upod-osa wn Rana “Snsnf wou oFSeusipar 2purs8 uu enenop sp ak wos ausqzeg enone se ¢ eo sopod esq op -tpiueuimap & 2p eouppso © uti sosuoniod suasol sure sa epeursene 6 spr rersoiuen & Sopeg mumesig ap awou 0 “rayon 0 auauspides nb eSuaayput vp 2 ogi op ‘seeSiy 3p rauey sun 2100» oprgpoua> 195 (cone) upg muclipy “tn assay ole suai ong <1¥ 904 9p 013521 outs avouezerg 2nuerioe pun esed“opou ne op ‘eb apepremoe 2p ossinanp wun essed wu sodionutpeonad aap oa 2s auouseoeio 9 oft onsonb ep olga o be seu ouoFnu strode epos sub Epi eu anb no ‘eps ep ey esoode epon ab ssoiqo et a- pod nua (9002 ‘swum ony s059> ofo{ ap egesfoneunuta ra eyise ‘ayes ere opts owe wn a9 opuos “xpi vp ae eres ou, op ofas9p 0 satus 9 apuo siqo woo enedu apueid eum op onsaiduoe susan 2 an expuer eusous yp ‘sesyeu0) no seus) oun sop "=p onsousoue op opSeaosdte susuions 9 sey 2p pau ap ; cP stsood © apunnie ofe are wre) ont sop o anos 2935 ep anb aiooreo rew toy anb ex "P oFSe109 Ou aiustusnas, nupnbastioa 131234 vuunpe IV 2p sozay sop ouspdasd ue ExOqUID “y “(9SOO ‘svErTAA) Hes euopaqes ewin ensuoWDp, Fi20d 0 oxtO> ewI0} -Pavardsoun ovtipaonb umn ap vpupuap rsorofte, © epep Xd OuDGIY 2p wIs0d eu ofduroxa sod ‘amb uusse 3 -stuasoud odin op siod 2peauos v owi09 99 fo} bun soooredsuen wrexp epey anb 3p £1 9P paueyy sienb sod soups so anb ap aqaatad Pa ‘seupd sem atloand wont) yonaudcy oupueiss ou st>ygnd & op 1661 2P%p ‘onb FonL9 ap seuidpd seammus ser ei20d ais9 10d sepeuton 30! wed 111 si2jas ap ogese anb o1xaxs0> ou sens sep 0 woa 12‘opSnpoud ap ssoSipu09 suifesdsop ouejd o arene nd op epesoyo> > opuenbs b ‘owuenbrod enpujgord > Up eatssandio 9 jepuDsts9 apepronuanne eonpod on dernidade, na qual abstracgio e impessoalidade se entrecruzam, Numa outra critica, reportando-se & obra de Anténio José Forte, obta onde poesia e vida nlo sto ficeis de separa, desde logo dada a sua fia surrealista, Manuel de Freitas dirs: sa no € wma mancha tipogrfia| ‘uma missfo diplomacica tadusida em vi se julgn a Odiscas nfo €0 acontecimento ‘ver meregamos. O que é entio, Uma (do poet” [p. 73). Ou sei, a expecfceeinguebnansdoet indeevebmente biog, com todas as eonsequbncias cas co de critica de um outro texto, também ‘a antologia Poetar sem Qualidades, do [Estes poets no so muita coisa, Nao, porexemplo, curves debit, artesio tar- iadores do pocma digestivo, paafaseadores deh inguietgio ou es facto, poetas muito retércos(embora 3 retérica, de todo, nfo eno poss "A poesia de F no nos ¢ dito o que eles sio exactamente,ficamos no entat rn em rorno da rejeigio de uma poesia que, ainda quando formalment snte do mundo contemporaneo. Ni ronia é uma pedra arremessada contra a Fechadas de uma poesia mais ou menos neutra, mais facilmente recuperivel para 2 indsistria cultural. E.0 que Manuel de Freitas valoriza em Ant6nio José Forte é « inquebranci 254 Idealmente,dir-se-a que sim, sem divida. O pref fo em algunas fridas que doem em todos nds: “um tempo 0 do quantitative", o“homem reiicado” (Fnerras, 2002: 10). Mas ndo po- demos esquecer que Manu de Freitas repete em vi cs, que 0 miimero de leitores de poesia nao excede trezentos ¢ cinguenta. “Onde se Ie poesia, deve lerse ada’, diz-nos um verso do slkimo poem de Tee sem Coroa (Freitas, 20072: 38). ro aspecto que pode ser abservado nas pginas de critica a que me repor- {o,e que também interesa realgat, diz respeito 2 valorizacto, na poesia portugues de uma linhagem onde avultam figuras como Jorge de Sena e Mirio Cesariny, ou, tmaisrecentemente, Fernando Assis Pacheco, Alberto Pimenta A. M. Pires Cabral [Apesar de todas as diferencas que no poderiam deixar de afsstar autores que ass- ciamos a obras mar idade, em boa medida aé esas, dlferengas decorcem cia um destes poets parha um arago que a todos € comum: a sentido politico. Sobre Fernando Assis Pacheco, escreve ainda Manuel de Fr EE provivel que lugar cimeiro que a poesia de Fernando Assis Pacheco merece ocupar ais concretamente, do in ipades plo “arrefeciment” poetioo de diferente o fac yuéncia a outros acho-a pulha no estado actual da ‘eras, 2007: 202) Poderia alongar-me bastante mais nesta exemplificagio. Mas ero te referido ji elementos suficientes para poder agora afirmar a existéncia de uma relagao entre cesta defesa da articulagio da poesia com o seu tempo imediato, b) a recusa da fo poeta eo sublinho que digo consimuidade, ¢ nlo identidade, interessando-me ‘condigio de comprometime que o leitor pode reconhe- continuidade nio significa mes fodas estas opgGes convergem numa autada pela recusa de um mundo em que o ser hummano € mercantilizéve, ‘esponde assurnindo um tom menor. Como HE certamente uma relagdo nt vara convergéncia de alguns dos ma mos anos, ¢ 0 reconhecimento actual da desvalorizasao di jcamente da poesia, “Talveza literatura munca tenha 295

You might also like