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JORIS MARENGO Yoga Antigo 24, EDIGAO - 2020 FLORIANOPOLIS ~ SC — BRASIL Senhor Livreiro, Sei 0 quanto o seu trabalho é importante @ que essa ¢ a sua especialidade, Por isso, gostaria de fazer um pedido fundamentado na minha especialidade: este livro ndo é sobre autoajuda, nem terapias e, muito menos, esoterismo. Nao tem nada a ver com Educago Fisica nem com esportes. Como profissional da area, acredito que o tema Yoga merece, por si s6, uma classificacao a parte. Assim, agradeco se esta obra puder ser catalogada como Yoga ¢ exposta em uma estante de Yoga. Estou certo de que os leitores agradecem também. Grato. © Autor. E PROIBIDA A REPRODUCAO Nenhuma parte desta obra poderd ser reproduzida, copiada, transcrita ou mesmo transmitida por Mmeios eletrénicos ou gravagées, sem a permissao, por escrito, do Autor. Os infratores sero punidos pela Lei n°. 9.610/98, PERMISSAO DO AUTOR PARA A TRANSCRICAO E CITACAO Resguardados os direitos do Editor, o autor concede autorizagao de uso e transcrigao de trechos desta obra, desde que seja solicitada autorizagao por escrito e que se cite a fonte. Impresso no Brasil/Printed in Brazil Yoga Antigo a © Copyright 2012 (1°, edig&o) — Marengo, Joris © Copyright 2020 (2°. edigdo) - Marengo, Joris Projeto editorial e diagramagao: Joris Marengo / Capa: Joris Marengo Revisdo técnica: Anahi Flores, Rodrigo De Bona e Lucila Silva Reviséo ortogréfica: Richardson Scholze e Patricia Patra Diagramagao: Caio Melo DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAGAO NA PUBLICAGAO (CIP) — ELABORADA PELO AUTOR: Marengo, Joris, 1956 — '50 Aulas praticas do Yéga Antigo / Marengo — Florianépolis. Edigo do autor, 2012/ 2020 | Inclui bibliografia, 1. Yoga 2. Joris Marengo 3. Titulo DD - 180 ISBN 978-85-85504-21-2 DEFINICOES OYoca Yoga 6 qualquer metodologia estritamente prética que conduza ao samadhi ‘Samédhi 6 um estado de hiperconsciéncia e megalucidez que s6 o Yoga proporciona. O SWASTHYA YOoA ‘SwaSthya é 0 nome da sistematizacao do Yoga Antigo, O ASHTANGA GUNA: ‘AS OITO CARACTERISTICAS DO SWASTHYA 1. ashténga sadhana: prética extremamente completa, integrada por oito modalidades de técnicas (ashta = oito; anga = parte); 2. codificagao das regras gerais de execugao; 3. resgate do conceito arcaico de sequéncias de técnicas encadeadas sem repetigao; 4, direcionamento a pessoas especiais, que nasceram para o SwaSthya; 5. valorizagao do sentimento gregério; 6. 7. . seriedade superlative; alegria sincera; 8. lealdade inquebrantavel Essas ito caracteristicas compdem o SwaSthya ortodoxo, ou seja, quando todas elas so observadas, temos o Sistema completo. Podemos ainda ter uma variag&o heterodoxa, que ocore quando todas as caracteristicas so observadas, exceto a primeira. Nesse caso, a pratica pode ser montada de forma a conter os oito angas, mas em uma ordem diversa da estrutura ortodoxa, ou contendo apenas alguns angas, em alguma outra ordem, conforme o Instrutor que a esta ministrando. Instrutora Lisandra Zapelini Florianépolis — SC Brasil castes oP OFERECIMENTOS Dedico esta edigao Ao Professor DeRose, fonte de inspiracdo, forca e poder, sem 0 qual este trabalho nde teria sentido. A vocé, Tnstrator de Yaga, mensageiro do peder, da transformagdo, da alegria, da sade, eda unido, para que torne seus dias mais facels e suas aulas mais inspiradoras, A minha querida amiga e aluna, Luciana Gomes, que muitissime contribu, com tempo & pesquisa, para que esta obra pudesse avangar, quando tudo era apenas wna icéia. Professor Rodrigo De Bona Florianépolis - SC Brasil SUMARIO pretilo do Presidente da Confedraco de Federag6s de Y0G8 60 Br@8 snnsane M4 Encanto om um home ntivel 8 0 QUE VOCE PRECISA SABER ANTES DE PRATICAR que 60 ¥6982... 2 ‘Aimpotinca co Mose 25 SwaStye 0 Yoea Antigo, 2 Compreendendoa pata em oto pats os fmt a a” 2 ple 39 S.manra 2 4 prndyime “ ska 3 6.sne a 7. yoga 8 aeamyame 7 ESTUDANDO 0 TEXTO DA GRAVAGAO DA PRATICA BASICA Uma aula mais do que complete. ot ee 50 AULAS DE SWASTHYA YOGA flat on , a st 2 si ula we ula 109 sus 18 ula 125 ule 13 ules a1 ula 9 ula 10 167 ula 163 ule 12 m 10 50 AULAS PRATICAS DO YOGA ANTIGO Aula 13 Ww Aula 14 187 Aula 15 193 Aula 16 203, Aula 17 208 Aula 18 217 Aula 19 225 Aula 20 213 Aula 24... 239 Aula 22 2a7 ‘Aula 23 255 ‘Aula 24 263 Aula 25 269 Aula 26 279 Aula 27 287 Aula 28... 295 Aula 29 301 Aula 30 309 Aula 3. 316 Aula 32 328 Alla 33 oon 335 Aula 34. snes 845) Aula 35 363 ‘Aula 38 363 Alla 37 oon 368 Aula 38 ar Aula 39. 285 Aula 40 393 Aula 41 399 ‘Aula 42 409 Aula 43 a7 Aula 44 Aula 45 Aula 46 446 Aula 47 : nnn = : 451 Aula 48 — so soe 459 Aula 48 son a 467 ‘Aula 50 475 ANEXO Esta diviséo destina-se a divulgagéo da Nossa Proposta Cultural S oP PREFACIO Embora o tema Yéga nao seja novo, contando com uma vasta bibliografia, composta por titulos milenares, centenarios e contemporaneos, difundidos por muitos paises e idiomas, incluindo obras sérias e outras nem tanto, o livro que vooé tem em maos faz parte daqueles sobre o que menos se escreveu e o que mais 0 puiblico sente falta: um conjunto de aulas diferenciadas para que 0 leitor possa praticar imediatamente. Utilizando-se do imenso acervo de técnicas do SwaSthya apresentadas no meu livro Tratado de Yéga (Ed. Egrégora), 0 Prof. Joris Marengo conseguiu incluir em seu manuscrito, as mais importantes, na forma de 50 aulas magistralmente montadas. A quantidade de procedimentos Uteis, a didatica descritiva, a abundancia de ilustragdes feitas pelo autor, o volume de aulas dispostas e 0 admirdvel repertério de técnicas combinadas me deixaram fascinado. Joris, além de destacado Professor do Yéga Antigo é autor de varios livros, empresério, proeminente conferencista e um estimado amigo, que me acompanha ha quase quarenta anos. Como um apaixonado pelo magistério desta maravilhosa filosofia de vida e preparador de alguns milhares de novos instrutores nestes 50 anos de cdtedra, destaco, nesta apresentacéo, a importancia do presente volume para os profissionais do métier. Considero que o emprego dos elementos contidos nesta obra, somard muitissimo & qualidade das classes de qualquer instrutor, independentemente do tipo de Yéga elegido Recomendo a leitura dos 50 Aulas do Yéga Antigo aos iniciantes para que possam praticar imediatamente e aos colegas de carreira pelo que poderdo agregar de forca, poder e energia ao ensino deste extraordinario e milenar estilo de vida. Uma étima leitura e perene evolugao. DeRose ‘outer Honoris Causa plo Complex Supe de Ensno de Sania Cala Professora Melina Flores SD, oP APRESENTACAO Ha muitos anos, inscreveu-se como aluna uma ex-praticante de outra modalidade de Yéga. Alegava que queria conhecer nosso trabalho, pois havia recebido étimas referéncias. Observei que era muito assidua nas aulas e que, a cada novo encontro, chegava a Unidade mais sorridente e motivada. Um dia, estava eu a bebericar um chai, 0 delicioso cha indiano com especiarias, conversando com os alunos, quando a vi adentrar 0 nosso espago & caminhar na minha direcdo. = Joris, preciso falar muito com vocé — disse-me a aluna muito séria. Um arrepio percorreu- me a espinha, pois tradicionalmente, este tipo de solicitagao enseja alguma modalidade de problema ou reclamagao. — Gostaria muito de agradecer-Ihe pelas aulas oferecidas. O verdadeiro motivo que me fez mudar de modalidade de Yéga é que ndo aguentava mais fazer sempre a mesma aula. No mudava nunea, Joris. Era muito monétono. —Aqui 6 muito diferente — continuou ela — Realizei apenas meia duzia de praticas com a Lucila (Prof*. Lucila Silva, escritora e Diretora Pedagdgica da Federagao de Yoga de Santa Catarina) e, mesmo assim, aprendi muito mais variagdes de técnicas do que em dois anos com o professor Fulano de Tal. Estou realmente impressionada. Parabéns! E foi-se, a passos mitdos, para a sala de pratica, a fim de desfrutar da aula que tanto a havia encantado. Essa foi a motivagdo inicial para escrever 0 50 Aulas Praticas do Yoga Antigo. Esta obra levou 17 anos para ficar pronta! Foi inicialmente elaborada em um programa denominado PageMaker, sofrendo, neste formato, doze revisdes ortograficas ¢ duas reformulagées na sua diagramago. Este programa é excelente para trabalhar com artes graficas, mas néo ¢ 0 ideal para textos continuos. Cito anos depois, cansado de encontrar eros de digitago, de espagamento etc., que obrigavam a cada vez renumerar as paginas e readequar o layout, cada uma das suas 488 paginas foi repassada para o Microsoft Word, e, como um novo livro, recomegamos. um processo de revisdo e rediagramacao que durou mais sete anos, até chegar a este volume que vocé tem hoje em suas maos. 14 50 AULAS PRATICAS DO YOGA ANTIGO Os investimentos com as revisées, as mais de 300 ilustragées originais e principalmente o tempo despendido na sua realizago, so incalculdveis e jamais seréo pagos, mas na mesma proporgdo, incomensuravel 6 a satisfagéo do dever cumprido e de ver a obra finalmente editada. O praticante, como aluno, certamente aproveitaré bastante a sistematizagao das aulas aqui propostas, enriquecendo suas préticas em casa. Porém, este trabalho foi originalmente concebido com o intuito de elevar ainda mais o étimo nivel das classes ministradas pelos nossos Instrutores. E, em paralelo, com certeza muito acrescentaré em variagdes e combinagées de préndydmas, dsanas, samyamas etc., as aulas dos Instrutores de quaisquer outras modalidades desta filosofia ancestral. Assim, estaremos realizando nosso intuito maior: contribuir para a melhoria do magistério, em todo o mundo, desta nobre e ancestral filosofia pratica de vida. Ao elaborarmos 50 aulas estruturadas, pensamos em ajudar os Instrutores a organizar um planejamento pedagdgico semestral rico e variado: em uma realidade de duas aulas semanais, 0 profissional desta filosofia poderosa oferecera aos seus alunos seis meses (cerca de 25 semanas) de préticas sem jamais repetir nenhuma delas, 0 que consideramos muito estimulante para o aluno, mas também para o professor. E importante lembrar que este autor é apenas responsével por acomodar de uma forma didatica, em aulas, as milhares de técnicas do Yéga Antigo sistematizadas pelo Professor DeRose e apresentadas neste volume. Ele sim é 0 grande responsavel por detras de tudo que aqui apresentamos. Tenho muitos agradecimentos a fazer: a todos os Instrutores e alunos que se prontificaram como modelos para os desenhos; a Instr®, Melina Flores, pelo seu herctileo trabalho de fotografar mais de 2000 dsanas, dos quais utilizamos mais de 500 nas montagens das aulas; aos amigos e professores Lucila Silva e Rodrigo De Bona, pelo trabalho abnegado de reviséo; & amiga e aluna Luciana Gomes, que muitissimo contribuiu com tempo e pesquisa para que esta obra pudesse avangar quando tudo era apenas uma idéia, e principalmente, ao meu mais antigo amigo e Supervisor querido, o Professor DeRose, pela paciéncia, incentivo e inspiragao. ENCONTRO COM UM HOMEM NOTAVEL © meu primeiro contato com o SwaSthya foi em 1976, através da Prof*. Dalva Arruda, Diretora do antigo Instituto de Yéga de Floriandpolis, localizado atrés do Provincialato do Colégio Coragao de Jesus. Eu tinha 19 anos e era servidor publico. Até hoje, lembro-me do momento em que abri a grande porta de entrada. O aroma do especialissimo incenso Kali Danda impregnava a sala. Como era caracteristico do Yéga na época, ouvia-se uma misica delicada vinda de uma eletrola e o ambiente estava suavemente iluminado. Foi impactante. Naquele momento percebi, embora ainda sem entender bem como: eu jamais me afastaria da experiéncia maravilhosa de praticar o SwaSthya. Muito mais do que isso, senti ter encontrado meu lugar no mundo. Enquanto ainda me familiarizava com o clima do local, surgiu, sorridente, a Prof’. Dalva Arruda Nunca pensei que uma senhora to simpatica se tornaria o veiculo que me conduziria ao Yoga Antigo e ao meu Supervisor DeRose. A primeira pratica, o ashténga sédhana, foi tao forte que, ao terminar a aula, joguei fora meu ultimo mago de cigarros. A paixéo foi instanténea e absoluta. Passei a participar das aulas diariamente e, nos fins-de-semana, praticava sozinho. ‘Algumas semanas depois ocorreu um fato impressionante. Como sempre, chegava adiantado para me preparar para a pratica das dezenove horas. Troquei de roupa ¢ sentei-me na minha esteira, aguardando. Fora um dia de muita chuva até alguns instantes antes do inicio da aula. Eramos apenas eu ea Prof’, Dalva. Ela abrira a porta para a rua e comentara que mau tempo havia ido embora ¢ 0 céu estava limpido. Aguardamos mais alguns minutos. Entéo, sentou-se a minha frente ¢ comegamos a conversar. Foi quando ouvimos um estrondo muito forte, assustador. Era um trovao. A sensagao auditiva era a de que tinha caido a alguns metros de nds. Corremos para a rua e ficamos chocados. O céu estava absolutamente estrelado, sem nenhuma nuvem. Voltamos @ sala e sentamo-nos durante alguns minutos, em siléncio. Ela estava visivelmente impressionada. Depois de alguns instantes, comentou ter interpretado tamanho estrondo como um sinal de seu falecido iniciador, o Mestre Sévénanda, precursor do Yéga no Brasil. Entéo, levantou- se, abriu um armério pequeno localizado sob a eletrola, retirou de lé um livro e me entregou com muita reveréncia, dizendo: — Este livro ir aprimorar muito a sua pratica, Joris. 16 50 AULAS PRATICAS DO YOGA ANTIGO Era a segunda edigao do Prontudrio de SwéSthya Yoga, escrito por DeRose. Fui para casa e assei a noite em claro, sorvendo 0 conhecimento contido em cada pagina. A leitura me permitiu compreender a extenséo e a profundidade da obra desse Professor e deflagrou em mim uma revolugo profunda Algumas semanas depois, a professora Dalva forneceu-me uma cépia da chave do Instituto. A partir dai, praticava todos os dias, das 5 as 8 horas da manhé e das 18 as 21 horas, incluindo sAbados e domingos. Em pouquissimos meses, meu corpo rigido e magro tomou-se eléstico e forte. Uma das lembrangas mais interessantes daquele tempo foi a de ter sido acordado numa manh& por uma implosdo de energia e luminosidade intema indescritiveis. Qualquer movimento corporal gerava ondulag6es sucessivas dessa energia que, até ento, jamais havia experimentado. Foi inesquecivel. Todas essas experiéncias 6 confirmavam 0 eco no meu intimo: 0 desejo de dedicar a minha vida 20 Troneo Proto-Histérico € de tornar-me Instrutor. Estava muito ansioso por conhecer seu codificador, DeRose, jé muito respeitado na década de 1970 pela seriedade do seu trabalho. A oportunidade veio no mesmo ano, quando ele visitou Florianépolis para ministrar um curso. Era um sdbado. A porta do Instituto ainda permanecia fechada. Uma pequena multidao de jovens Praticantes, inclusive eu, espalhava-se pelo gramado. Lembro-me do Mestre chegando. O cabelo 6 a barba ainda eram negros. Trajava calca jeans e camisa quadriculada Muito timido, eu apenas ouvia tudo sem nada comentar. A presenga de DeRose foi marcante. Fiquei impressionado com sua erudigéo, seu portugués impecavel, a profundidade e a clareza de suas idéias. Estava decidido a tornar-me um continuador da sua obra. Ao final do curso, fiquei no fundo da sala, ainda atordoado com tudo o que estava acontecendo. Foi quando a Prof.* Dalva chamou-me para me apresentar ao ministrante. Conversamos alguns instantes e ele me convidou a participar do curso de formagao de Instrutores, que aconteceria no Rio de Janeiro no ano seguinte. Desde entao, j4 se passaram mais de trés décadas, e continuo sentindo-me honrado e com enorme prazer de té-Io como meu orientador e amigo. Em 1980, participei do primeiro grupo de Instrutores em uma viagem de estudos a india. Conhecendo os mais importantes Mestres e Escolas do subcontinente indiano, pude constatar, pela primeira vez, o valor da obra sistematizada pelo Educador DeRose. Como © nosso Sistema era superior! Como era mais forte, mais bonito, mais rico em técnicas e, Principalmente, muito mais eficiente. Todos os demais que acompanharam o Mestre naquele ano voltaram com a mesma impressao. Em 1983, depois de muitos anos lutando bravamente contra um cancer, faleceu a minha querida iniciadora, antes Instrutora de Hatha por muitos anos. Foi um perfodo triste para todos nés. Afinal, além de pioneira, a Prof. Dalva era a nossa grande Mae, protetora e orientadora. Seu filho, meu querido amigo Luis Philippe Arruda, herdou a escola, cabendo a mim o cargo de Diretor Técnico. Em 1988, adquiri o nicleo. No ano seguinte, fundamos a Federagao de Yoga de Santa Catarina, cuja presidéncia assumi, a convite de DeRose. Nessa época, jd havia construfdo um trabalho bastante conhecido por todo 0 Brasil, por ministrar cursos, e tinha iniciado a preparago de futuros Instrutores. Em 1990, DeRose criou o Light Exercises, depois renomeado de Bio-Ex (hoje Pratica para iniciantes) como fase preparatéria, a fim de preservar a Nossa Filosofia da sede consumista da populacdo. Para receber a metodologia nova, decidi mudar de enderego. Nessa empreitada que estava a se iniciar, contei com o auxilio extraordinério de Soraya Bacha. Sem seu apoio, a mudanga jamais teria ocorrido. Devo confessar que 6 muito decepcionante oferecer uma filosofia de vida a quem deseja apenas perder peso ou reduzir o estresse. A chegada desse filtro foi extremamente salutar para o nosso JORIS MARENGO. 17 trabalho. A partir dali, comegamos a selecionar os que nos procuravam, identificando entre eles quais pessoas estavam apenas buscando beneficios e as que realmente queriam autoconhe- cimento. DeRose ¢ 0 maior Mestre contemporaneo desse darshana filoséfico hindu. Suas contribuigdes para a historia dessa cultura ancestral so inumeras: a codificagéo do SwaSthya; a sistematizacdo das regras gerais; 0 resgate do Tronco pré-ariano; a publicacao do livro Tratado de Yéga, a obra mais completa em técnicas ja editada em toda a histéria dessa filosofia; 0 projeto de regulamentagao da profiss4o; 0 pioneltismo no trato dessa arte milenar como carreira; a introdugéo do curso de formago de Instrutores nas universidades e, finalmente, em 1994, a criago da Primeira Universidade de Yoga do Brasil’, uma verdadeira revolugo no trabalho com essa filosofia antiga no mundo todo, priorizando a formago profissional, afastando-nos do enfoque de academia, meramente comercial Trabalhar pela obra desse grande Professor tem sido a minha misséo e @ de alguns milhares de Instrutores do Brasil, Américas e Europa, todos identificados com sua viséo de mundo, fruto das profundas e definitivas transformagdes produzidas pelo nosso Sistema e continuamente realizadas em cada um de nés. 4 Universidade de Yoge 6 9 nome do Convio mado ante 2 Unto Nacional de You stewie Calsess o Barcors ue omar, vaando 8 fomagao ce stores en cutos de eters uivestai, NBO tems cursos de tere grat Instrutor Fabio Santana Florianépolis — SC Brasil \S oP O QUE VOCE PRECISA SABER ANTES DE PRATICAR Instrutora Aline Bohrer Porto Alegre ~ RS Brasil O QUEEO YOGA? termo significa unio. Unido consigo, unio com os outros seres com o cosmos. E uma filosofia pratica de vida, integrando poderosas técnicas que proporcionam ao praticante uma oportunidade Unica de evolugdo, at8 conduzi-lo a plenitude do autoconhecimento. A mais completa definiggo de Yéga é qualquer metodologia estritamente pratica que conduza ao samadhi, conceito proposto por DeRose e amplamente reconhecido por Mestres e praticantes de diversas linhas. O escalonamento da consciéncia Esta ferramenta evolutiva objetiva expandir, ampliar os limites da consciéncia, tornando o praticante cada vez mais Idcido, A seguir, apresentamos um breve mapeamento da consciéneia. Ficaré mais facil, com isso, vocé saber até onde podera chegar praticando o SwaSthya. ee Estado de expanséo total da consciéncia proporcionado pelas técnicas estilo de vida do Nosso iperconsciéncia | Sistema, E 0 samadhi, 0 dpice da evolugso humana, ‘Também chamado buddhi, meditagao ou intuigdo linear. A intuigéo & muito mais sutl ¢ afinada do Supraconsciéncla | gue os outros trés canals inferiores de percepcdo da realidade. ‘Quase a totalidade da humanidade vive em trés nfveis de consciéncia: o consciente, 0 subconsciente conscitncia _| ¢ 0 inconsciente, que interagem permanentemente, Somos fruto dessa interagao. subconsais | mara o Voge, esas fomas de maniestago alo rudimenares @ poduzam muta dstorgo,ndo porindo 0 ser human percober olaidade de su nliera Shiva 6.0 crisdor ritoligico do. Yoga. Viveu na India ha ‘mais de $000 anos. Muitas $80 as for. mas de Shiva. Aqui, 6 representado como Natarga, 0 rel dos balarinos. 22 50 AULAS PRATICAS DO YOGA ANTIGO Quantos tipos de Yéga existem? Existem 108 tipos reconhecidos. Asana Yoga, Raja Yoga, Bhakti Yoga, Karma Yoga, Jiiéna Yoga, Layé Yoga, Mantra Yoga e Tantra Yéga so os mais antigos. Alguns dos Yégas mais conhecidos s4o contraditérios quanto & linguagem, metodologia e comportamento adotados. O que todos os legitimos tem em comum é que pretendem proporcionar 0 samadhi ara saber mas, ela 0 vo Origens do Yoga Antigo (DeRose), As linhagens Mais importante do que saber 0 nome de alguma moda- lidade desta filosofia de vida 6 conseguir identificar a linhagem dela, Uma linhagem € a uniao de duas linhas de filosofia: uma teérica e uma comportamental. Através dos milénios, essa filosofia prética foi fundamentada por quatro linhas filoséficas, apre-sentadas nos quadros sinéticos a seguir. Filosofia naturalista, que atribui causas naturais a todos os efeitos. YOGA (oreo) Filosofia de vida =a Filosofia matriarcal, sensorial e desrepressora. TANTRA Comportamental Pashupati @ uma das primeires repre- senisgdes de Shiva, por volta de 5000 &.C, © nome signifca O Seahor dos Animais (pashu = animais; pati = senhor. Ele é representado com tés faces, que obser vam o passado,o presente @ 0 futuro} Sentado em posigo de mediagao, Pashupatiesté cercado por quatro animis: © tigre, o elefanie, 0 rinaceronte @ 0 blo, ‘que representam a natureza, sobre @ qual le impse seu poder VEDANTA. Teérico Filosofia espiritualista, que atribui causas sobrenaturais a | todos os efeitos, BRAHMACHARYA Comportamental Sistema patriarcal, anti-sensorial e repressora. | JORIS MARENGO PROF. JORIS MARENGO, BASEADO NO QUADRO ENCONTRADO No LIVRO TRATADO DE YOGA (DeROSE ~ SELO EDITORIAL EGREGORA) LINHAGENS E TRONGOS HISTORICOS Tantra: Brahmacharya- Brahmacharya- Tentra- Tantre-Sémkhya Lnhagem sémitya samktye Vesna Vedanta ms) (8) (8.8) (BV) (ty) Pariodo | Prb-Gsion Dission Tesival Coriempotnes Taba Epoca ae Stal 2c. Stevo Vita. aoa Séoulo XK ‘aves 69 corre 8 ‘rata do come Nationa | oteuartodo | Edad OTronco invaséoeriana em | Passeu Poy ota i niga ofiginal era 1s002C, geformagto ot | eee Tanwesimitye, | oTenocghal | 4 sree Ved caraceraticas maniondo fbipani eon rial | do Mestre de Vda, Infabcia eel sofeu Shankarcharya waits @ as is somal 8 ‘ele tomou-se -consumistas. caracteristicas Niistwara-simtiye, | _ Brahmacharyse tunonel Brahmacharya- influenciado pelo ‘origina: omens '@ | Sémkhya (repressor ‘Vedanta ‘Tantra-Vedénta Tantra e naturel) (repressor e (esrepresser ¢ Sémiehya expla) cespttuatsts). | (desepressor ‘enaturalista). CRONOLOGIA HISTORICA iisho yocaanTigo | ‘YOGA WODERNO, YOGA DO il MILENIO TENDENCIA ‘Sémkhya Vidinta ‘Sémkya PERIOD | Pré-iéssin | Csion Medieval Cortemporéneo | Resgete do Pé-Cisico epoca | Masde5000ancs [sée.ttac. | sie iid. | ste Mac | sledosXKaxx slo XX |__mesTRE ‘Shiva Pata Shankara —_(Gbratshenatha [Rémakrishna e Aurobodo DeRose [ureraTuRA Upanishad Yoga Sitra | Viveka Chudamani Hatha ‘Varios livros Yoga Shastra FASE | _ProloHistrica stra Hsterea FONTE Shui Smt Shue St Povo | evita ya Todas ees UNHA Tantra Brahméchinya Shaka QUADRO DA CRONOLOGIA HiSTORICA DO YOGA PROPOSTO PELO 23 Professor Gustavo Marson Joinville - SC Brasil A IMPORTANCIA DO MESTRE Imagine um edificio em construgdo. Visualize centenas de encanadores, serventes, pedreitos, eletricistas levantando paredes, fazendo argamassa e deslocando tijolos em um verdadeiro formigueiro de homens, ruidos e cimento. No entanto, no meio da aparente confuséo, um homem coordena, supervisiona e orienta, fazendo sentir 0 peso de sua larga experiéncia, contribuindo para reduzir custos, otimizar o tempo e evitar acidentes: 0 mestre-de-obras. Homens como esse so, na maioria, pouco escolarizados. No entanto, tm sua palavra inquestionavel e so respeitados tanto por pedreiros quanto por arquitetos e engenheiros, tornando-se a mola-mesira, a referéncia no ambiente da edificagao. Sem eles e sem sua experiéncia, a construgdo arrastar-se-ia indefinidamente, correndo o risco de no ser concluida, ou sé-lo de forma incorreta Esses so os mesmos pressupostos de respeito e consideracéo para com um mestre-cuca, mesire-de-capoeira ou mestre-de-armas, dentre outros. A India sempre reconheceu trés categorias do titulo de Mestre: aquele que o conquistou por valor académico, por experiéncia ou ainda por revelagao. O especialista em Yéga inclui-se nesta uitima classe. Hé milénios representa, na cultura indiana, o dpice da piramide social, para além do sistema de castas. E considerado autoridade maxima indiscutivel na sua area de conhecimento, assim como os Mestres de sanscrito, danga, musica, lutas etc. Os Mestres, na pratica do Yoga, representam a orientagao auténtica e segura, evitando que 0 discipulo retarde sua evolugao ou se acidente ao adestrar-se nas técnicas ancestrais. © termo sdnscrito para essa titulagdo é guru, compreendido como aquele que dissipa as trevas, representadas como avidyé, a ignorancia, 0 desconhecimento da verdadeira natureza, Nao existe Yoga sem um Mestre vivo. Ele é 0 grande elemento catalizador para o educando. A confianga gerada pela relagao entre Mestre e discipulo, muitas vezes, é to forte quanto entre um pai e seu filho, tais as experiéncias de transformagao e evolugao que ela proporciona ao segundo. A proximidade com um Mestre vivo é uma experiéncia extraordinaria. A Historia é repleta de relatos de discipulos descrevendo os poderosos transitos de conhecimento e poder provenientes da convivéncia fisica com seus Mestres. Incluam-se ainda os ensinamentos ndo-formais, frutos da experiéncia de vida do Orientador @ que nao se encontram em livro algum. Talvez, esse seja o mais precioso dos conhecimentos, s6 acessivel Aquele educando que se permitiu aceitar plenamente seu Supervisor. Ao acolhé-lo em seu corago, esse conhecimento de vida unico pode ser apreendido e aplicado imediatamente na maneira de viver e ser do aluno. 26 50 AULAS PRATICAS DO YOGA ANTIGO DeRose constitui-se em um dos raros casos da Histéria do Yéga, em que um néo-indiano é reconhecido como um Mestre auténtico. Nascido brasileiro, desde a inféncia demonstrou ser uma crianga distinta, que via o mundo de uma maneira singular. Predestinado, ainda adolescente, recebeu por revelagao 0 Yéga ‘Antigo. Iniciava-se assim sua trajetéria pela sistematizagao do SwaSthya. Realizou 0 Yéga em si ainda muito jovem, fato descrito em sua autobiografia Quando é Preciso Ser Forte (DeRose - Selo Editorial Egrégora), no capitulo A Revelacéo do SwaSthya Yoga. ‘Autor de uma obra literdria respeitada, com mais de 30 livros escritos sobre a sistematizagéo do Dakshinacharatantrika-Nirishwarasdmkhya Y6ga e outros temas fascinantes, com milhares de profissionais por ele supervisionados, espalhados pelas Américas e Europa, DeRose ¢ o grande inspirador deste pequeno manual. SWASTHYA: O YOGA ANTIGO O SwéSthya foi codificado por DeRose a partir da década de 1960. Dentre todas as modalidades conhecidas, ele 6 o mais completo e, por isso, foi adotado por milhares de pessoas em varios paises. O termo SwaSthya, em sénscrito, lingua morta da India, significa autossuficiéncia, dentre outras acepgSes. Algumas de suas diferengas, se comparadas a outros tipos de Yoga, sao: * contém em si os elementos que fundamentam todas as outras modalidades; * possui raizes no Samkhya (naturalista, sem misticismos); * tem caracteristicas tantricas (matriarcal, sensorial e desrepressor); «tem maneira propria de se executar os dsanas, técnicas organicas, diferenciada das formas realizadas nos ramos modernos; * constitui a Unica vertente conhecida que possui regras gerais explicitas de execugdo. Verbete do termo . ‘SwéSthya WTWY svisthya, n, (fr. sva-stha) self-de- encontrado na pendence, sound state (of body or soul), health, ease, pagina 1284 do comfort, contentment, satisfaction, MBh.; Kav. Monnier-Wilitiams Sanskrit Dictionary. As oito caracteristicas do SwaSthya (ashtanga guna) 1. PRATICA EM OITO PARTES (ASHTANGA SADHANA) A principal e mais cativante caracteristica ¢ sua pratica ortodoxa, denominada ashténga sAdhana (ashta = oilo; anga = parte; s4dhana = pratica). Trata-se de uma pratica integrada em oito partes: mudrd, puja, mantra, pranayama, kriya, sana, yoganidra e samyama. Nao se conhece uma prdtica diaria que ofereca grupos tao ricos e variados de técnicas tradicionais integradas. E impressionante o estado de vitalidade, superavit energético e a lucidez extraordindria das pessoas apés realizarem o primeiro ashténga sadhana. A pratica 6 constitu(da de: Mudra: gesto reflexolégico feito com as mos. E 0 gesto ou selo que, reflexologicamente, ajuda o praticante a alcangar um estado de receptividade superiativa. SRE 28 50 AULAS PRATICAS DO YOGA ANTIGO PGjé: retribuigdo de energia. A técnica estabelece uma sintonia perfeita do praticante com os arquétipos dessa linhagem (leia o livro Pujé: @ forga da gratiddo - Sérgio Santos). Mantra: vocalizagao de sons e ultrassons. A vibrag&o dos ultrassons que acompanham o “vacuo” das vocalizagdes tem a finalidade de desesclerosar os canais energéticos do corpo (nddis) para que o préna, substrato energético que sustenta toda a forma de vida, possa circular (ouga os CDs de Mantra de Carlos Cardoso e Edgardo Caramelia). Pranayama: expansdo da bloenergia através de exercicios respiratérios. ‘So exercicios respiratérios que bombeiam o prdna, a bio- para que circule pelas nddis @ vitalize todo 0 Kriya: atividade de purificagao das mucosas. Trata-se de purificagdes intemas das mucosas, que tam a finalidade de auxiliar a limpeza do organismo no ambito fisico & ‘energético. Asana: procedimento corporal. As técnicas orgnicas tém uma ago extraordinaria sobre o corpo, oferecendo boa forma, flexibilidade, musculatura definida, equilibrio de peso, satide em geral e consciéncia corporal. No livro Tratado de Yéga (DeRose, Sélo Editorial Egrégora) constam mais de dois mil asanas codificados (leia 0 livro Asanas do Yéga Antigo - Instrutora Melina Flores). JORIS MARENGO- 29 ‘Yéganidré: técnica de descontragao. noe E a descontrago que auxlia o yégin na assimiiagzo z manifestagao dos efeitos produzidos por todos os demais < angas. A eles, somam-se os proprios resultados de uma boa SS recuperacéo muscular e nervosa. & Samyama: concentragéo, meditagdo e outros estados mais profundos Essa técnica compreende concentragao, medi- tago e hiperconsciéncia, ao mesmo tempo, isto 6, praticados juntos, em sequéncia, em uma s6 sentada (etimologicamente, samyama pode ssignificar ir junto). 2, REGRAS GERAIS DE EXECUGAO Uma das mais notaveis contribuigées historicas da sistematizagao feita pelo Preceptor DeRose foi a descoberta das regras gerais de execucao, que, até a codificagao do SwaSthya, nao haviam sido identificadas em nenhum outro tipo de Yoga. DeRose codificou oito regras gerais. Se vocé as compreender corretamente, elas Ihe proporcionardo a autossuficiéncia necesséria para praticar com seguranga em qualquer lugar ¢ a qualquer hora. Ao final deste capitulo, cada uma dessas regras sera detalhada, para que possam ser aplicadas pelo leitor com facilidade ja a partir do primeiro s4dhana. 3. SEQUENCIAS COREOGRAFICAS (Texto entre aspas extraldo do livro Tratado de Yéga ~ DeRose — Sélo Editorial Egrégora) “Outra importante caracteristica do SwaSthya Yéga 6 0 resgate do conceito primitivo de treinamento, que consiste em execugdes mais naturais, anterior ao costume de repetir as técnicas. A instituigéo do sistema repetitivo é muito mais recente do que se imagina. As técnicas antigas, livres das limitag6es impostas pela repeti¢ao, tormavam-se ligadas entre si por encadeamentos esponténeos. No SwéSthya Yéga, esses encadeamentos constituem ‘movimentos de liga¢éo entre os asanas ndo-repetitivos e nem estanques, 0 que predispoe & elaboragéo de execugdes coreograficas. Assim, [A] a néo repeticéo, [B] as passagens (movimentos de ligagéo) e [C] as coreografias (com ésanas, mudrés, bandhas, kriyés etc.), séo consequéncias umas das outras, reciprocamente, e fazem parte desta terceira caracteristica do SwaSthya Yéga As coreografias também nao sao criag&o contemporanea. Esse conceito remonta ao Yéga Primitivo, no tempo em que o Homem néo tinha religides institucionalizadas e adorava o Sol. © Ultimo rudimento dessa maneira primitiva de execugao coreografica 6 a pratica mais ancestral do Yéga: 0 strya namaskara! 30 50 AULAS PRATICAS DO YOGA ANTIGO Ocorre que o strya namaskara € a Unica reminiscéncia de coreografia registrada nas lembrangas do Yoga modemo, Nao constitu, portanto, caracteristica sua. Vale lembrar que o Hatha Yéga 6 um Yéga modemo, um dos uiltimos a surgir, ja no século XI depois de Cristo, cerca de 4000 anos apés a origem primeira do Yoga. importante: 0 Instrutor que declara ensinar SwaSthya Yoga, mas nao monta a aula inteira com formato de coreografia, nao esté transmitindo um SwéSthya 100% legitimo. Quem néo consegue infundir nos seus alunos 0 entusiasmo pela pratica em forma de coreografia, precisa fazer mais cursos e estreitar 0 contato com a nossa egrégora, pois ainda néo compreendeu 0 ensinamento do codificador do SwaSthya Yoga.” 4, PUBLICO CERTO “£ fundamental que se compreenda: para tratar-se realmente de SwaSthya Yoga néo basta a fidelidade ao método. E preciso que as pessoas que 0 praticam sejam o publico certo, caso contrario, estarao tecnicamente exercendo o método preconizado, mas, ao fim @ a0 cabo, no estaréo professando o Yéga Antigo. Seria o mesmo que dispor da tecnologia certa para produzir um determinado tipo de pao, mas querer fazé-lo com a farinha errada.” 5, SENTIMENTO GREGARIO “O sentimento gregario é a forca de coesdo que nos faz crescer @ nos toma tao fortes. Sentimento gregario é a energia que nos mobiliza a participar de todos os cursos, eventos, reuniées e festas do SwaSthya Yoga, por nos dar prazer. Sentimento gregario é 0 sentimento de gratidéo que eclode no nosso peito pelo privilégio de estarmos juntos participando de tudo ao lado de pessoas téo especiais. E 0 poder invisivel que nos confere sucesso em tudo o que fizermos, gragas ao apoio que os colegas nos déo com boa vontade. Sentimento gregario 6 a@ satisfagéo incontida com a qual compartilhamos nossas descobertas @ dicas para o aprimoramento técnico, pedagdgico, filosofico, ético etc. Sentimento gregério 6 0 que induz cada um de nés a perceber, bem no émago da nossa alma, que fazer tudo isso, participar de tudo isso, néo 6 uma obrigagéo, mas uma satisfagao.” 6, SERIEDADE SUPERLATIVA “Ao travar contato com o SwaSthya Yéga, uma das primeiras impress6es observadas pelos estudiosos 6 @ superiativa seriedade que se percebe nos nossos textos, linguagem e procedimentos. Essa seriedade se manifesta em todos os niveis, desde a honestidade de propésitos — uma honestidade fundamentalista - até 0 cuidado extremado de nao aplicar nenhum tipo de doutrinacdo, nem de proselitismo, nem de promessas de terapia. Definitivamente, no se encontra tal cuidado na maior parte das demais modalidades de Yoga, Fazemos questao absoluta de que nossos Instrutores alunos sejam rigorosamente éticos em todas as suas atitudes, tanto no Yoga quanto no trabalho, nas relagdes afetivas, na familia e em todas as circunstancias da vida. Devemos nos lembrar que, mesmo enquanto JORIS MARENGO- 31 alunos, somos representantes do Yoga Antigo, @ a opiniao publica julgaré o Yoga a partir de nosso comportamento e imagem. Em se tratando de dinheiro, lembre-se de que é preferivel perder 0 nobre metal a perder um amigo, ou perder o bom nome, ou perder a classe. Devemos nos mostrar profundamente responsaveis, maduros e honestos ao realizar negocios, ao fazer declaragées, ao evitar conflitos, ao buscar aprimoramento em boas maneiras, ao cultivar a eleganoia e a fidalguia. O mundo espera de nds um modelo de equilibrio, especialmente quando tivermos a obrigag&o moral de defender corajosamente nossos direitos e aquilo ou aqueles em quem acreditamos. Fugir a luta seria a covardia mais desprezivel. Lutar com galhardia em defesa da justica e da verdade 6 um atributo dos corajosos. Contudo, lutar com elegancia e dignidade é algo que poucos conseguem conquistar.” Os textos entre aspas foram extraidos do livro Tratado de Yéga — DeRose — Sélo Editorial Egrégora, 7. ALEGRIA SINCERA "Seriedade e alegria néo séo mutuamente excludentes. Vocé pode ser uma pessoa contagiantemente alegre e, ao mesmo tempo, seriissima dentro dos preceitos comportamentais que regem a vida em sociedade. A alegria 6 saudavel e nos predispde a uma vida longa e feliz. A alegria esculpe nossa fisionomia para que denote mais juventude e simpatia. A alegria cativa e abre portas e, sem ela, custar-nos-ia mais esforgo. A alegria pode nos fazer conquistar amigos sinceros @ preservar as amizades antigas. Pode até salvar casamentos!! Um praticante de Yoga sem alegria 6 inconcebivel. Se o Yéga traz felicidade, 0 sorriso e 0 comportamento descontraido so suas consequéncias inevitaveis. Entretanto, administre sua alegria para que néo passe dos limites e no agrida os demais. Algumas pessoas, quando ficam alegres, tomam-se ruidosas, indelicadas e invasivas. Este, obviamente, ndo 6 0 caso do SwaSthya yégin, o praticante de SwaSthya Yoga.” 8. LEALDADE INQUEBRANTAVEL “Lealdade aos ideais, lealdade aos amigos, lealdade ao seu tipo de Yéga, lealdade ao seu Mestre, séo também caracteristicas marcantes do Yéga Antigo. No SwéSthya, valorizamos até a lealdade aos clientes e aos fornecedores. Simbolicamente, somos leais mesmo aos nossos objetos e a nossa casa, procurando preservé-los, ¢ cultivamos a estabilidade, ao evitar @ substituig&o © a mudanca pelo simples impulso de variar (Yéga chitta vriti nirédhah) Hé cirounstancias em que mudar faz parte da evolugao e pode consfituir a solugéo de um problema de estagnagao. Nesse caso, é claro, ndo se trata de instabilidade emocional. O proprio Shiva, criador do Yéga, tem como um dos seus atributos @ renovacao. N&o ha nada mais lindo que ser Ieal. Leal, quando todos os demais jé deixaram de sé-lo. Leal, quando todas as evidéncias apontam contra o seu ente querido, pessoa amada, colega ou companheiro, mas vocé nao teme em se comprometer e mantém-se leal até o fim. 32 50 AULAS PRATICAS DO YOGA ANTIGO Realmente, no hé nada mais nobre que a lealdade, especialmente em uma época em que to poucos preservam essa virtude.” 0s textos entre aspas foram extraides do liv Tratado de Yoga — DeRose ~ Sélo Editorial Egrégora. A codificagdo das regras gerais de execugao Todo o texto em sequidafolexraldo do Tratadl de Yoga ~ DeRose ~ Sélo Editorial Egrégora. “4, REGRAS DE RESPIRAGAO COORDENADA Movimentos para cima so feitos com inspiragao; para baixo, com expirag&o. Existem sete regras bésicas, mas basta utilizar essa. 2. REGRAS DE PERMANENCIA NO ASANA Quanto tempo deve-se permanecer na posi¢éo? * Regras de permanéncia circunstancial: a permanéncia de demonstragéo é de um segundo no ponto culminante do asana, corresponde a uma pausa antes de seguir adiante com a préxima passagem da coreografia. A permanéncia de pratica em grupo, conduzida por Instrutor, 6 0 tempo que ele determina. A permanéncia no treinamento individual obedece as duas regras que se seguem. + Regra de permanéncia para iniciantes com até cinco anos de pratica: enquanto puder reter a respiragdo, permanega. Precisando respirar, passe para a proxima técnica. Essa retengéo pode ser com ou sem ar, dependendo do asana. Consulte as Regras de respiracdo. + Regra de permanéncia para veteranos saudévels com mais de cinco anos de pratica: respiragao livre. Permanega na técnica, respirando livremente, no tempo que o bom senso © conforto permitirem. Antes que cesse 0 conforto, inicie outra posigdo. + Regra de um segundo por dia: comece permanecendo apenas um segundo no primeiro dia, dois segundos no segundo dia, trés segundos no terceiro, quatro no quarto @ assim sucessivamente. Dessa forma, quando completar um ano, vocé estaré permanecendo cerca de 365 segundos. 3. REGRAS DE REPETICAO A regra basica da repetig¢ao 6: permanéncia maxima, repeticao minima. A repeticao existe, mas é excegao. A regra é nao repetir. 4. REGRAS DA LOCALIZAGAO DA CONSCIENCIA Localize a consciéncia na regiéo mais solicitada pela técnica orgénica. 5, REGRAS DE MENTALIZAGAO Consiste em aplicar imagens, cores ou sons na regio que se quer evidenciar. Regra de mentalizacéo exotérica: imagens e verbalizacao positiva. Visualize imagens claras ricas em detalhes daquilo que se quer ver realizado, Aplique a cromoenergética: 0 azul-celeste é sedativo; 0 alaranjado 6 estimulante; 0 verde- claro associa-se aos arquétipos primitivos da floresta e induz a satide generalizada; 0 4 JORIS MARENGO 33 dourado contribui para o desenvolvimento interior € 0 violeta auxilla a queimar etapas @ superar karmas. Regra de mentalizagdo esotérica: yantras e mantras: Esses simbolos @ sons sb séo transmitidos mediante iniciagéo. 6. REGRAS DE COMPENSACAO Regras de compensagao na pratica regular: sempre que fizer um asana de anteflexéo, compense com um de retroflexéo e vice-versa. Ao executar uma flexéo para a esquerda, compense com uma para a direita. Idem para as torgdes e assim sucessivamente. No caso de séries longas, 6 recomendavel reduzir a proporcao de retrofiexdes. Regras de compensagéo na coreografia: assim que executar o asana para um lado, faca para 0 outro lado um dsana equivalente que o compense. Apesar disso, quando terminar, repita toda a coreografia para o outro lado. 7. REGRAS DE ANGULO DIDATICO Posicionamento do corpo em relagéo ao observador. Posigées de flexao para a frente, para tras e de torgéo séo demonstradas de lado. As de flexdo lateral séo demonstradas de frente. Jamais dar as costas ou as solas dos pés ao observador. As regras que estéo fora dessas categorias sdo estudadas uma a uma. Em caso de diivida ou de exercicios que passam de uma categoria para outra, os asanas podem, excepcionalmente, ser feitos a 45 graus. 8. REGRA GERAL DE SEGURANGA Esforce-se sem forgar. Qualquer desconforto, dor, aceleragao cardiaca ou transpiragéo em excesso séo avisos do nosso organismo para que sejamos mais moderados. Estes asanas no devem cansar e sim recarregar nossas baterias.” Instrutor Diego Nogueira Rio de Janeiro — RJ Brasil 1S, 3A COMPREENDENDO A PRATICA EM OITO PARTES A PRINCIPAL CARACTERISTICA DO SWASTHYA Mestre Edgardo Caramella Buenos Aires ‘Argentina A PRATICA ORTODOXA O termo ortodoxo provém do grego orthés, direito, correto. Significa, segundo o dicionario Houaiss, conformidade com os padr6es ou normas, tradicional. Aqui, vem designar a pratica de SwaSthya que mantém a estrutura e a sequéncia original dos oito angas ou partes codificada por DeRose. 1°. anga: mudra - gesto reflexolégico feito com as méos Mudrds so gestos feitos com as mos, carregados de simbolismo. Uma vez que 0 praticante esteja familiarizado com sua vivéncia, permite-Ihe acessar determinados contetidos do inconsciente coletivo, 0 qual armazena toda a experiéncia humana desde os primérdios e que é comum a toda humanidade. Servem como um portal para o nosso interior, permitindo ter uma prética profunda, de qualidade. Depois de algumas aulas, vocé ficaré impressionado com a forga dos mudras sobre 0 seu corpo e mente. Olhos fechados Mos em Shiva mudra Pemas cruzadas DICA IMPORTANTE Toda a sua aloncdo deve estar canalzada pera vvencisr 0 gest. ‘Quanto maior a ideniicagso, maior ‘serd 2 recoptividade prética e, Portanto, a qualidade do sacher 38 50 AULAS PRATICAS DO YOGA ANTIGO. Os mudras utilizados no primeiro anga: 1. Shiva mudré 2. prénam mudré JORIS MARENGO. 39 2°. anga: puja — retribuigdo de energia E uma oferenda, retribuigdo ética de energia ou forga interior. Sem essa técnica, ndo ha Yoga. Na India usa-se muito 0 pujé externo (oferenda de frutas, flores, incenso, doces e dinheiro, denominada bahya pujé). Em nosso sistema, priorizamos a pratica de retribuig&o interna, denominada manasika puja, que consiste em uma série de mentalizagées, impregnadas de atitude interior. Através dessa técnica vocé cria o clima ideal para praticar. Qualquer ambiente onde voc8 estiver transformar-se-A imediatamente em um lugar de poder e forca pelo puja. Reconhecimento, gratidao e poder de mentalizagao sao qualidades conquistadas por aquele que pratica puja. AS QUATRO PARTES DO PUJA Em Nossa Tradigéo, essa prdtica possui quatro partes: 48, parte do ptijé: ao local da pratica. E feito ao local onde vocé estiver praticando, seja em uma Unidade Certificada, na sala ou no quarto da sua casa ou, ainda, em uma praia Através do bhavan puja, qualquer um desses lugares ficaré impregnado de forcas positivas. Exemplo: Extraido do CD Prdtica Basica (DeRose). “visualize 0 espago vital em torno do seu corpo, com a forma de uma redoma luminosa. Mentalize que ela se tora alaranjada brifhante e que se expande, impregnando todo 0 aposento com uma vibragao forte de prosperidade, alegria, satide, carinho @ energia, Imagine que esta mentalizacéo estabelece sintonia com nossos compa- nheiros de SwaSthya Yoga, proximos ou distantes no espago e no tempo. Visualize que as redomas energéticas de todos os Mestres @ discipulos que praticam essa modalidade se fundem numa s6, estabelecendo uma corrente protetora indestrutivel, de companheirismo, coesao, amizade e unido entre todos nés. Daqui para frente, estaremos mais unidos.” 2°, parte do puja: ao Instrutor que ministra a pratica. Caso vocé esteja praticando sozinho e tenha um Instrutor de Yéga, é a ele que vocé deve ofertar esse pi 40 50 AULAS PRATICAS DO YOGA ANTIGO Exemplo: Extraido do CD Prética Bésica (DeRose) “Visualize que das suas maos, do plexo solar e da testa partem emanagées de luz alaranjada em direg&o ao Instrutor. Reforce a intengao firme de que essas emanagoes de luz 0 envolvam com satide, vitalidade, amor, felicidade e votos de longevidade.” 3%. parte do puja: ao sistematizador do Yéga Antigo: Professor | DeRose. A tradicao do Yéga preconiza o reconhecimento aos que nos antecedem. Sem o esforgo daqueles, esta filosofia ancestral ha muito teria desaparecido. Na Nossa Tradi¢&o, 0 antecessor & representado pelo Professor DeRose. Exemplo: Concentre-se na imagem do Professor DeRose. Feche os olhos, & mentalize que do seu corpo projeta-se uma intensa luz de cor azul- celeste, que o envolve inteiramente. Visualize, com muita forga e carinho, que essa luz penetra seu corpo e Ihe proporciona alegria de viver, energia e motivagdo. Sinta a forca do agradecimento brotando no seu interior e construa, mentalmente, agSes concretas e positivas, a fim de continuar a perpetuar a obra do nosso querido preceptor. 42, parte do piijé: a Shiva, o criador do Yéga. Seguindo o principio do reconhecimento aos Mestres anteriores, responsaveis pela perpetuagao do nosso sistema, retrocedendo no tempo, havera um momento em que encontraremos o primeiro Mestre e, portanto, 0 Orientador dos demais. Seu nome, na mitologia hindu, é Shiva. Isso desenvolve no sédhaka (praticante) 0 cultivo de hierarquia e gratidao. Exemplo: Ofereca a Shiva a pratica que se inicia e seu comprometimento em incorporar os principios da Nossa Cultura, tornando-se um exemplo de tudo que seja positivo e elogiavel. JORIS MARENGO DICAS PARA UMA BOA EXECUGAO DO PUJA: Coluna ereta Expresséo facial serena Olhos cerrados Pronam mudré A forga do pijé esté na intensidade e sinceridade do sentimento que vocé conseguir agregar as mentalizagdes. Quanto maior a clareza das imagens mentais © a intensidade dos sentimentos, mais forte seré o puja. 41 42 50 AULAS PRATICAS DO YOGA ANTIGO. 3°. anga: mantra - vocalizagdo de sons e ultrassons Os mantras sao vocalizagdes de sons e ultrassons impreg- nados de poder. Através da produgao dos ultrassons, os i) mantras fazem vibrar os chakras (centros de energia) e desobstruem as nddis (canais por onde flui a energia ou prana). TiPOS DE MANTRA No ashtanga sédhana, pratica de SwaSthya ortodoxo, vocali- zam-se dois tipos de mantra. = ; a © OM 6 0 simbolo uni- Inicialmente, vocaliza-se (¢ néo se canta) o Kirtan e depois 0 (<2) do yoga, em todas japa. as épocas, escolas e + Kirtan significa cAntico. E 0 mantra com melodia e varias ™odalidades, palavras, vocalizadas em sdnscrito e que tém tradugéio. E um © OM ¢ considerado o dos momentos mais alegres da pratica, com muita extroverséio Préprio corpo sonora. do : soluto, I € forte apelo emocional. Devem ser vocalizados de olhos ect 8 sie oar: abertos. chakra, 0 sexto centro de + Japa so sons sem melodia, normalmente formados por [o18, localizaco entre as apenas uma palavra ou silaba. Seu objetivo é a concentragao e a introspecoéo. No nosso método, para os iniciantes damos énfase a pratica do japa com o OM (veja explicagao ao lado). Dicas IMPORTANTES Durante os kirtans, Cty Mantenha os vocalize com olnos abertos alegria beciebdbens durante o kirtan. contagiante, ae porém, sem ale Pormita que as rita. vocalizagbes vibrem dentro do od seu corpo Teer Evite percutir as palmas das. Breer ie Kelton toH ‘mos com muita forga. Beeson eee AAs maos Sree seinen reproduzem 0 prénam mudra iquietar, ‘em movimento. Wen cle JORIS MARENGO 43 O que vocé precisa saber sobre os chakras Chakra significa circulo ou roda e constitui-se em um centro de forga que capta, armazena e distribue prdna ou bioenergia. Existe uma grande quantidade de chakras em nosso corpo. Nossa proposta trabalha com os sete principais, localizados ao longo da coluna vertebral. Cada um deles detém atributos especificos que se manifestam a medida que a kundalini desperta e sobe por dentro da medula espinhal, ativando-os. Kundalini é uma energia fisica, de natureza neurolégica, utilizada por todos os tipos de Yéga para atingir a meta (samadhi. Para seber mais, consult olivro Chakras e kundalin/ (DeRose, Egrégor). jahasrara chakra Sahdsrara chakra Esta localizado no alto da cabega. Quando a kundalini atingir este ponto, vocé experimentaré 0 samédhi ou hiperconsciéncia jfia chal © chakra do comando esté localizado entre as sobran- celhas. Seu colorido predominante & branco, apresen- tando duas grandes pétalas (compostas de 96 pequenas pétalas). Desenvolve a intuicéo, a clarividéncia e a telepatia. O seu bija-mantra (vocalizacéo monossilébica para ativa-lo) 6 OM. Vish a Esté localizado na garganta (plexo leringeo). Sua tonalidade é purpura, apresentando dezesseis pétalas. Explora o intelecto. O bija-mantra 6 HAM. Anéhata chakra Esté localizado na altura do coragao (plexo cardiaco) e 7 seu matiz dominante é cinza e dourado. Apresenta doze [ pétalas e desenvolve o amor universal € a compaixéo. O bija-mantra 6 YAM. Manipura chakra Esté localizado acima do umbigo, no plexo solar. A cor é vermelha, apresentando dez pétalas. Esta vinculado & paixdo e possessividade. O bija-mantra é RAM. swadhisthana chakra Esta localizado quatro dedos abaixo do umbigo. A coloragao das pétalas, que sao seis, é vermelha intensa. Desenvolve a vitalidade organica. O bija- mantra 6 VAM. As PETALAS OU NADIS © numero de pétalas de um chakra designa a quantidade de nadis, canais por onde percorre a energia vital, que 0 centro de forga contém €, portanto, 0 maior ou menor fuxo Esté localizado no perineo (entre os genilais @ o Anus). de prana que nele cicule, Seu matiz dominante 6 0 amarelo forte, apresentando quatro pétalas, @ esté vinculado a preservacdo da Pera saber mais, consulte o ivro espécie. O bija-mantra é LAM. Chakras @ kundalini (DeRose, Egregora).

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