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A participação cívica de jovens com origem imigrante é uma área de estudo que carece de

atenção académica em Portugal. Este artigo pretende analisar as várias formas de


envolvimento e participação de jovens afrodescendentes, e de origem ucraniana e romena
em associações de imigrantes em Portugal.

Nas primeiras eleições livres, em 1975, a taxa de abstenção foi de 8,5%. Nas últimas eleições
para a Assembleia da República, em 2019, segundo dados do Pordata, foi de 51,4%,
considerando residentes em Portugal e no estrangeiro. O aumento é visível em todas as
eleições, com exceção, em parte, das autárquicas.
O fenómeno é complexo, reconhecem os especialistas, há ainda muito poucos dados e as
razões são diversas
A participação cívica de jovens com origem migrante é considerada uma dimensão crucial
para a promoção da integração e socialização, e para o desenvolvimento de laços
comunitários e de sentimentos de pertença à sociedade

A participação cívica e política juvenil tem sido um tópico recorrente de interesse e


investigação no campo das ciências sociais. Vários estudos têm demonstrado a sua
preocupação com o facto de os jovens apresentarem baixos níveis de envolvimento,
interesse e conhecimento político, expresso sobretudo em níveis de participação eleitoral
baixos e pouco envolvimento nas instituições políticas tradicionais, na perda de confiança nos
líderes e partidos políticos, e no funcionamento geral do processo democrático

Estes baixos níveis de participação da população juvenil são interpretados como a expressão
do ceticismo e desencanto dos jovens relativamente à política e à democracia convencionais.

https://cnnportugal.iol.pt/juventude/participacao-politica/jovens-querem-ser-ouvidos-mas-
nem-todos-votam-o-que-os-separa-da-politica/20211205/61aa04ce0cf21a10a4126e66

A taxa de abstenção dos mais novos tem captado as atenções.


Os especialistas dizem que em causa não está a falta de
interesse, mas que é preciso olhar para outras formas de
participação política
São vistos como os decisores do futuro, a geração que poderá fazer a
mudança, mas a relação dos jovens com a política não é simples e as
dificuldades não são de hoje. Questões de representatividade e
prioridades que não encaixam nos seus ideais são apontados como
motivos e os especialistas dizem que é preciso olhar com outros olhos
para a política e para a forma como os jovens podem ser ativos
politicamente.
Segundo os dados apresentados pelo retrato levado a cabo pela
FFMS, com coordenação de Laura Sagnier e Alex Morell, os jovens
parecem mais voltados para a assinatura de petições, para a
participação em manifestações e para a compra ou boicote a esta
ação por razões políticas. Sobre a assinatura de petições, 40% dos
jovens inquiridos disse tê-lo feito no último ano. Quanto ao “fazer
boicote ou comprar certos produtos por razões políticas ou para
favorecer o ambiente”, tal como escreve o estudo, 70% dos que
optaram por esta forma de ação “também assinaram alguma petição”,
lê-se no retrato.
as redes sociais são uma forma de se ser ativo politicamente. “Se os
partidos não se abrirem para nós [jovens] temos de usar estes
médium como uma forma reivindicativa”, até porque, garante, “uma
pessoa que seja boa no Instagram e Twitter tem uma gigante
plataforma para mostrar as suas ideia”. No entanto, muitos jovens
retraem-se e não se expressam politicamente, algo que Adriana vê
como um sinal de síndrome do impostor, “achamos que nunca
estamos 100% preparados para falar de um tema mas duvido que um
tudólogo que vá a um programa todas as semanas esteja 100%
preparado”.
“Encaixotam-nos nas ‘juventudezinhas’, nos conselhos
nacionais de juventude. (...) Parece que há a ideia de que
jovens não podem ser convidado para fazer política.
Somos limitados intelectualmente, parece que os jovens só
podem falar de juventude”, lamenta Adriana Cardoso.
Howard Williamson defende mais espaço para os jovens, mas apela
ao equilíbrio. “A minha opinião é que precisamos de muito mais
envolvimento com os jovens, mas também em parceria com os mais
velhos. Precisamos de pessoas com alguma experiência como eu,
mas os jovens também têm ideias novas, frescas e enérgicas, e temos
que aceitá-los. Isso é bom para a política, isso é bom para os jovens,
isso é bom para a sociedade”.

Sofia Serra Silva defende que é preciso “promover um maior


interesse, uma maior confiança nas instituições, uma maior satisfação
com o funcionamento da democracia”. Porém, tão ou mais importante
é fazer com que “essas atitudes se traduzam em comportamentos, ou
seja, numa maior participação” por parte dos jovens. 

Para “batalhar aqui nestas duas frentes, por um lado atitudes, por
outro lado comportamentos”, importa, “sem dúvida”, apostar “na
literacia nas escolas, com a disciplina de cidadania que de facto falem
sobre cidadania política, que falem da importância da instituições
democráticas, do equilíbrio dos poderes, que falem do sistema de
partidos, que se fale da União Europeia e devia haver uma literacia
democrática para promover a educação para a cidadania e a
participação dos jovens”, diz a investigadora.

Para aproximar os jovens da política e, sobretudo, para promover o


conhecimento sobre o assunto, estava prevista a implementação
do Plano Nacional de Literacia Democrática,  No entanto, até hoje não
houve qualquer avanço com esta medida.
file:///C:/Users/Maria%20Faia%20Colarinha/Downloads/
joana_tadeu_dissertacao.pdf
incontestável é a migração de grande parte dos processos de acção comunicativa pública para
o espaço da Internet. Embora a Internet não seja, per si, a cura para o declínio da participação
política, governos, cidadãos e meios de comunicação social transferem parte da acção
comunicativa para a Esfera Pública virtual, da recente Sociedade de Informação, encontrando
um instrumento capaz de enriquecer a democracia e simplificar os processos de deliberação
colectiva. Os websites dos jornais, tal como acontece com o suporte impresso, são
ferramentas democráticas essenciais à formação da esfera política11. A formação da esfera
política, clarifica Habermas, consiste em supervisionar a actividade do Estado, tendo como
princípios normativos a garantia de acesso universal e uma acção comunicativa livre de
constrangimentos (garantidas as liberdades de associação, expressão e publicação das
opiniões) sobre temas de interesse geral

https://jus.com.br/artigos/47858/cidadania-e-o-dever-de-participacao-politica

Conceito de Cidadão

Indivíduo que convive em sociedade, respeitando o próximo, cumprindo


com suas obrigações e gozando de seus direitos. O cidadão tem direito à vida,
à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei, ou seja, os direitos civis
são apresentados como o ponto de saída. O cidadão deve participar dos
destinos da sociedade e ter seus direitos políticos.

Cidadão tem um conjunto de direitos e deveres que está sujeito em


relação à sociedade em que vive. Cidadão e cidadania dizem respeito à noção
de direitos, especialmente os direitos políticos, que permitem ao indivíduo
intervir na direção dos negócios públicos do Estado, participar de modo direto
ou indireto na formação do governo e na sua administração, sejam ao votar ou
concorrer a um cargo público.

 Direito à vida;
 A Reputação;
 Reserva da sua vida privada;
 Liberdade de imprensa e de expressão;
 Direito à manifestação nos termos da lei;
 Direito de fixar residência em qualquer parte do território nacional;
 Direito de indemnização e responsabilidade do Estado;
 Direito a liberdade e a segurança;
 Direito a assistência jurídica;
 Direito de exercer o poder político através do sufrágio universal;
 Direito de apresentar petições, queixas e reclamações perante a autoridade
competente para exigir o restabelecimento dos seus direitos violados ou em
defesa do interesse geral;
 Direito de acção popular (indemnização, direitos dos consumidores,
preservação do meio ambiente e o património cultural, defender os bens do
Estado e das Autarquias locais)
 Direito de propriedade;
 Direito ao trabalho;
 Direito à greve;
 Direito à educação;
 Direito à saúde;
 Direito à liberdade de criação cultural (científica, técnica, literária e
artística);
 Direito a assistência na incapacidade e na velhice..
Os direitos dos cidadãos Portugueses são protegidos pela Carta Euro peia dos
direitos fundamentais e pela constituição Portuguesa, que tem por objectivo
assegurar a igualdade entre todos os cidadãos, no acesso a justiça, dignidade e
direitos. Como cidadão você tem o dever de:
 Votar para escolher nossos governantes e nossos representantes nos
poderes executivo e legislativo;
 Cumprir as leis;
 Respeitar os direitos sociais das outras pessoas;
 Prover o seu sustento com o seu trabalho;
 Alimentar parentes próximos que sejam incapazes de prover seus próprios
sustentos;
 Educar e proteger nossos semelhantes;
 Proteger a natureza;
 Proteger o património comunitário;
 Proteger o património público e social do país;
 Colaborar com as autoridades.
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/sociologia/participacao-politica-participacao-politica-
e-cidadania.htm

Conforme o contexto histórico, social e político, a expressão


"participação política" se presta a inúmeras interpretações. Se
considerarmos apenas as sociedades ocidentais que consolidaram
regimes democráticos, por si só, o conceito pode ser extremamente
abrangente. A participação política designa uma grande variedade de
atividades, como votar, se candidatar a algum cargo eletivo, apoiar um
candidato ou agremiação política, contribuir financeiramente para um
partido político, participar de reuniões, manifestações ou comícios
públicos, proceder à discussão de assuntos políticos etc.
O primeiro nível de participação pode ser denominado de presença.
Trata-se da forma menos intensa de participação, pois engloba
comportamentos tipicamente passivos, como, por exemplo, a
participação em reuniões, ou meramente receptivos, como a
exposição a mensagens e propagandas políticas.
O segundo nível de participação pode ser designado de ativação. Está
relacionada com atividades voluntárias que os indivíduos desenvolvem
dentro ou fora de uma organização política, podendo abranger
participação em campanhas eleitorais, propaganda e militância
partidária, além de participação em manifestações públicas.
O terceiro nível de participação política será representado pelo termo
decisão. Trata-se da situação em que o indivíduo contribui direta ou
indiretamente para uma decisão política, elegendo um representante
político (delegação de poderes) ou se candidatando a um cargo
governamental (legislativo ou executivo).

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