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GABARITO PROVA SUBSTITUTIVA - MAT022 (13/12/2018)

1a Questão - 25 pt. Use transformada de Laplace para resolver o problema de valor inicial
(
y 00 + y 0 = u2 (t) + δ(t − 9)
y(0) = 0, y 0 (0) = 1

L{y 00 + y 0 } = L{u2 (t) + δ(t − 9)}

L{y 00 } + L{y 0 } = L{u2 (t)} + L{δ(t − 9)}

e−2s
s2 L{y} − sy(0) − y 0 (0) + sL{y} − y(0) = + e−9s
s
Usando a notação Y (s) = L{y} e as condições iniciais y(0) = 0 e y 0 (0) = 1 resulta

e−2s
(s2 + s)Y (s) = + e−9s + 1
s
e−2s e−9s 1
Y (s) = + +
s(s2 + s) s2 + s s2 + s
Usando frações parciais, obtemos
1 1 A B C
• = 2 = + 2+
s(s2 + s) s (s + 1) s s s+1

As(s + 1) + B(s + 1) + Cs2 = 1 (A + C)s2 + (A + B)s + B = 1




 A+C = 0
A+B = 0


B = 1

A = −1, B = 1 e C = 1.

1 1 A B
• = = +
s2 +s s(s + 1) s s+1

A(s + 1) + Bs = 1 (A + B)s + A = 1



A+B = 0


A = 1

A = 1 e B = −1.

Assim, temos
( )
1 −1 1 1 1 1 1
       
−1
• f1 (t) = L −1
2
=L −1
+ 2+ = −L + L−1 2 + L−1
s(s + s) s s s+1 s s s+1
= −1 + t + e−t
( )
−1 −2s 1  
• f2 (t) = L e = u2 (t)f1 (t − 2) = u2 (t) −1 + t − 2 + e−(t−2)

s(s2 + s)
= u2 (t) t − 3 + e−(t−2)
1 1 1 1 1
       
• f3 (t) = L −1
2
=L −1
− =L −1
− L−1 = 1 − e−t .
s +s s s+1 s s+1
1
   
−1 −9s
• f4 (t) = L e 2
= u9 (t)f3 (t − 9) = u9 (t) 1 − e−(t−9) .
s +s
Portanto,
e−2s e−9s
( )
−1 −1 1
y(t) = L {Y (s)} = L 2
+ 2
+ 2
s(s + s) s +s s +s
−2s −9s
( ) ( )
e e 1
 
−1 −1 −1
=L +L +L = f2 (t) + f4 (t) + f3 (t)

s(s2 + s) 
s2 +s 
s2 + s
= u2 (t) t − 3 + e−(t−2) + u9 (t) 1 − e−(t−9) + 1 − e−t , t ≥ 0.

2a Questão - 10 pt.Z Use transformada de Laplace para resolver a equação


dy t
(t) + 2y(t) + 2 y(u)du = 1, sabendo que y(0) = 0.
dt 0
Z t
Temos 1 ∗ y(t) = y(u) du e y(0) = 0.
0
( Z t )
dy
L (t) + 2y(t) + 2 y(u)du = L{1}
dt 0
( )
dy
L (t) + 2L{y(t)} + 2L{1 ∗ y(t)} = L{1}
dt
2 1
sL{y(t)} − y(0) + 2L{y(t)} + L{y(t)} =
s s
Usando a notação Y (s) = L{y(t)} e a condição !
inicial y(0) = 0, obtemos
2 1 s2 + 2s + 2 1
 
s+2+ Y (s) = Y (s) =
s s s s
1 1
Y (s) = 2 =
s + 2s + 2 (s + 1)2 + 1
( )
−1 −1 1
y(t) = L {Y (s)} = L = e−t sent, t ≥ 0.
(s + 1)2 + 1

3a Questão - 20 pt.
(i) Substituindo u(x, t) = X(x)T (t) na equação do calor ut (x, t) = β 2 uxx (x, t), obtemos
X 00 (x) 1 T 0 (t)
X(x)T 0 (t) = β 2 X 00 (x)T (t) ou = 2 (1)
X(x) β T (t)
Uma vez que a função do lado esquerdo da Equação (1) depende somente de x e a função do lado
X 00 (x) 1 T 0 (t)
direito depende somente de t, existe uma constante real −λ tal que = 2 = −λ.
X(x) β T (t)
Assim, obtemos as equações diferenciais ordinárias

X 00 (x) + λX(x) = 0,
(
0<x<L
T 0 (t) + λβ 2 T (t) = 0, t > 0.

(ii)
ut (x, t) = β 2 uxx (x, t), 0 < x < L e t > 0



u(0, t) = u(L, t) = 0, t > 0
0 ≤ x ≤ L.


u(x, 0) = f (x),
sendo L = 50, β 2 = 0, 86 e f (x) = 80 se 0 < x < 50 e f (0) = f (50) = 0.
   50
nπx
2ZL nπx 2 Z 50 nπx 16  − cos 50 
   
cn = f (x)sen dx = 80sen dx = nπ
L 0 L 50 0 50 5 50 0
16 50 160 n
=− [cos(nπ) − 1] = [1 − (−1) ], n = 1, 2, ...
5 nπ nπ
Portanto,
∞  ∞ 
nπx 160 nπx
   
−n2 π 2 β 2 t/L2 n −n2 π 2 0,86t/2500
X X
u(x, t) = cn e sen = [1 − (−1) ]e sen ,
n=1 L n=1 nπ 50
0 ≤ x ≤ 50 e t ≥ 0.

4a Questão - 20 pt. Sistema não-linear


(
dx
dt
= (x − 3)(y − 1)
(∗) dy
dt
=y−x

(a) Pontos crı́ticos (


(x − 3)(y − 1) = 0 (L1)
y − x = 0 (L2)
Segue da equação (L1) que x = 3 ou y = 1.

• x = 3 |{z}
=⇒ y − 3 = 0 =⇒ y = 3 =⇒ P C(3, 3)
L2

• y = 1 |{z}
=⇒ 1 − x = 0 =⇒ x = 1 =⇒ P C(1, 1).
L2

Pontos crı́ticos: (1, 1) e (3, 3) (isolados).

(b) e (c) O sistema (*) é localmente linear na vizinhança de cada ponto crı́tico isolado pois as
derivadas parciais até a segunda ordem de f (x, y) = (x − 3)(y − 1) e g(x, y) = y − x são contı́nuas
já que são polinômios.
(i) Ponto crı́tico (1,1):
Temos fx (x, y) = y − 1, fy (x, y) = x − 3, gx (x, y) = −1 e gy (x, y) = 1.
Mudança de variáveis: u = x − 1 e v = y − 1
Sistema
" #linear" na vizinhança #do " ponto
# crı́tico
" # (1,1):
" # " #
du du
dt
f x (1, 1) f y (1, 1) u dt
0 −2 u
dv = =⇒ dv = (1)
dt
gx (1, 1) gy (1, 1) v dt
−1 1 v
| {z }
A1
Autovalores de A1 :
0 − r −2

det(A1 − rI) = = r2 − r − 2 = 0 r1 = 2 e r2 = −1.

−1 1 − r


Visto que r2 < 0 < r1 , segue do teorema dos autovalores que o ponto crı́tico (1, 1) é ponto de
sela instável para os sistemas linear (1) e não-linear (*).
(ii) Ponto crı́tico (3,3):
Mudança de variáveis: u = x − 3 e v =y−3
Sistema
" #linear
" na vizinhança #do " ponto
# crı́tico
" # (3,3):
" # " #
du du
dt
f x (3, 3) f y (3, 3) u dt
2 0 u
dv = =⇒ dv = (2)
dt
gx (3, 3) gy (3, 3) v dt
−1 1 v
| {z }
A2
Autovalores de A2 :
2−r 0
det(A2 − rI) =
= (2 − r)(1 − r) = 0 r1 = 2 e r2 = 1.
−1 1−r
Visto que r1 > r2 > 0, segue do teorema dos autovalores que o ponto crı́tico (3, 3) é nó instável
para os sistemas linear (2) e não-linear (*).
5a Questão - 25 pt. Seja f : IR → IR a função periódica de perı́odo 6 tal que
(
−1 , −3 ≤ x < 0
f (x) = e f (x + 6) = f (x) ∀x ∈ IR.
1 , 0≤x<3

(a) Série de Fourier de f


Perı́odo 2L = 6 =⇒ L = 3
1ZL 1Z 3 1 0 Z 3
Z 
• a0 = f (x) dx = f (x) dx = −1 dx + 1 dx
L −L 3 −3 3 −3 0
1n o 1
= −x|0−3 + x|30 = {[−(0 − (−3)] + 3 − 0} = 0.
3 3
1ZL nπx 1Z 3 nπx
   
• an = f (x)cos dx = f (x)cos dx
L −L  L 3 −3   3 (
nπx 0 nπx 3
Z 0 Z 3  )
1 nπx nπx 1 3 3
    
= −cos dx + cos dx = − sen + sen
3 −3 3 0 3 3 nπ 3 −3 nπ 3 0
= 0, n ≥ 1.
1ZL nπx 1Z 3 nπx
   
• bn = f (x)sen dx = f (x)sen dx
L −L L 3 −3 3
nπx 0 nπx 3
Z 0 Z 3 (  )
1 nπx nπx 1 3 3
         
= −sen dx + sen dx = cos + − cos
3 −3 3 0 3 3 nπ 3 −3 nπ 3 0
2 2 n
= [1 − cos(nπ)] = [1 − (−1) ], n ≥ 1.
nπ nπ

a0 X nπx nπx
    
• S[f ](x) = + an cos + bn sen
2 n=1 L L

2 nπx
 
[1 − (−1)n ]sen
X
S[f ](x) = x ∈ IR.
n=1 nπ 3

(b) Visto que a função f é periódica de perı́odo 2L = 6, f e f 0 sao contı́nuas por partes em
[−L, L) = [−3, 3), segue do teorema da convergência pontual que

f (x+) + f (x−) X 2 nπx
 
= [1 − (−1)n ]sen x ∈ IR.
2 n=1 nπ 3
Tomando x = 3/2, obtemos

f ( 32 +) + f ( 23 −) X 2 nπ
 
n
= [1 − (−1) ]sen
2 n=1 nπ 2

2X1 nπ
 
1= [1 − (−1)n ]sen
π n=1 n 2
2 2 2 2
 
1= 2 + 0 − + 0 + + 0 − + ...
π 3 5 7
4 1 1 1
 
1= 1 − + − + ...
π 3 5 7

π X (−1)k+1
= .
4 k=1 (2k − 1)

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