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Capitulo 2 - Principios Aplicéveis aos Tratamentos Restauradores Estéticos Fig. 2.14: A - a importancia, vigor e projecdo da dominancia individual de tamanho dos dois incisives podem ser avaliados pela comparago ao tamanho dos incisivos laterais subseqiientes; a dominancia de segmento de miiltiplos elementos dentérios procduz. unidade estat e monétona (B), bem como a de diastemas (C) caracteriza esse tipo de domindncia, que normalmente nao tem aceitacao estética, seleglo da forma e cor depende dia domintvicin requeria. | Com relacao aos dentes, os incisivos centrais superiores dominam 0 arranjo ou composigdo do segmento anterior, devido ao seu tamanho e posicdo (Fig. 2.14). Os centrais sao largos, quando comparados aos Ia- terais, dominando a composigao da denticao anterior; 05 caninos so menos dominantes, porque apenas o aspecto mesial é observado, numa vista frontal. Esses fatores so importantes ao se saber que a boca é em geral 0 componente dominante da face, em virtude de suas dimensoes, mobili- dade e implicagdes fisiolégicas e psicolégicas, caracterizando-se como 6rgao fundamental, transmissor e receptor. A quantidade de dominancia que € dada a boca pelos dentes depende em primeiro lugar da avaliagao da personalidade do paciente, secundariamente do aspecto das feigdes faciais com o qual a boca deve competir para conseguir destaque e assim proporcionar harmonia para a composicao facial. ‘A dominancia da composigéo dentédria pode ser aumentada, tornan- do-a mais visivel. Aumentar a curvatura do arco e o tamanho dos den- tes, restaurd-los com cores contrastantes (mais escuros ou claros), posi- cioné-los mais anteriormente e ampliar a altura da coroa clinica so mé- todos para salientar a visibilidade da composigao dentaria. Com o decré cimo desses valores, a visibilidade diminui e entao hé menor dominancia. A selegio da forma e cor depende da dominancia requerida. Para um. paciente de personalidade suave, com feicdes faciais regulares, com area uniforme de dentes expostos e coloracio de pele pélida, a dominancia da boca pode ser conseguida com o decréscimo desses valores. Para um paciente de personalidade forte, feigdes marcantes e coloragio de pele radiante, todos ou parte dos procedimentos acima podem ser uma alternativa para dar dominancia & boca em relacéo a composigio facial como um todo.i!28 Na caracterizagio das tonalidades e nuances de cores dos elementos dentérios, a harmonia é freqiientemente realcada pela presenca de uma cor dominante basica (forga coesiva), na qual devem ser introduzidas forgas segregativas geradas por cores diferentes ou opostas, a fim de aumentar a beleza da composicao. Desse modo, uma estrutura fortemente Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora Fig. 2.15 - £ pritica comum modificar uma domindncia individual (A) para uma dominancia de segmento (B). Deve-se ‘entender que a integracao dessa nova composicao dentaria é mais bem aceita pelos pacientes porque integra a compo- sigdo dentéria na estrutura dentofacial. Fig. 2.16: A - dominancia individual dos elementos dentarios (incisivos centrais); B~ fraca domindncia dos segmentos dentétios a direita e & esquerda da linha média. Essa fraca dominancia ocorre quando elementos subseqiientes nao getam fatores de contraste suficientes, como variagSes de forma, posicionamento, cor e abertura das ameias incisais. centralizada, circundada por elementos caracterizados de forma apropriada, cria uma composigo harménica imediata. O principio da dominancia deve ser avaliado sob a luz de sua cono- tacdo fisica ¢ fisiol6gica. Ele também centraliza atencio sobre o fato de que na Odontologia a avaliacao da beleza nao deveria ser restrita & composicao dentéria. A dominancia é 0 fator-chave necessério para produzir ampla avaliagao da composicao dentofacial e a necessidade de uma integracdo harmOnica da composicao dentaria no contexto facial (Fig. 2.17). Iss0 s6 6 possivel pela incorporacao de elementos da personalidade do paciente na composicdo dentofacial. 1 Equilibrio O equilibrio pode ser definido como a estabilizacao resultante do ajuste exato de forcas opostas. Quando todas as partes esto judiciosa- | | | | Capitulo 2 ~ Principios Aplicaveis aos Tratamentos Restauradores Estéticos Fig, 2.17 - Dominancia forte do segmento anterior com simetria dinamica ndo monétona: A ~ antes do tratamento; B depois do tratamento. [at ato de vr € um julgamento. | mente ajustadas entre si e quando nenhum dos elementos constituintes esté fora de proporgao, isso sugere um resultado equilibrado, estével. O equilibrio refere-se nao apenas as forcas ou ao peso, mas também a esté- tica. O senso de percep¢ao visual do operador é utilizado para manter ou induzir 0 equilibrio. Cada ato de ver 6 um julgamento. Uma pessoa nao consegue ver nada sem, ao mesmo tempo, ver também ao redor. O isolamento é visual- mente impossivel. A mente esté constantemente interpretando as rela- Ges dos objetos entre si. O item visto é catalogado de imediato como “em frente de” ou “tao largo quanto” ou “uma cor diferente de” dos outros objetos no estimulo visual. Dessa maneira, a catalogacao ocorre sem esforgo e sem pensamento consciente. Até mesmo ilusdes sao acei- tas até algum outro evento provar que elas esto erradas. De fato, pode- se medir duas linhas num esquema de ilusio para provar que elas tém o mesmo comprimento (Fig. 2.18A).. ‘Os olhos “percebem” que elas tém comprimentos diferentes, por causa da informacao adicional dada pelas linhas ao redor, que pode ser inter- pretada pelo cortex cerebral de outra maneira. Certas relagdes visuais, existem, em que o objeto observado e o fundo exibido esto sob tensio. Essa tensao, oposta a percepgao de razao repetida, nao ¢ influencia- da pela contribuicao da imaginacao ou do intelecto. Ela tem magnitude € direcdo influenciadas por elementos estruturais da superficie sobre a qual os elementos causais so percebidos, de forma que composigdes, ndo-equilibradas aparentam estar inquietas, tensas, inacabadas, aci- dentais, tempordrias ou transitérias. Ao contrério, uma composiga0 equilibrada parece em paz, estvel, planejada, completa ou permanente, porque a tensao visual € eliminada.” Em um mapa estrutural do tipo de forcas do quadrado, a posigio mais estavel do disco escuro é no centro. Ele parece mais estavel a0 longo da diagonal do quadrado ¢ ao longo da linha formada pelos eixos central, vertical e horizontal (Fig. 2.18B). O mapa estrutural do campo de forgas ilustra as diregdes nas quais o disco parece ser induzido a mover-se para posicdes mais estaveis, que so 0s elementos estruturais, importantes do quadrado (Figs. 2.19 e 2.20). Um mapa estrutural dos Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora A B ae eee | Fig. 218 Ilusio de 6ptica: Aas linhas verticais possuem a mesma dimensio; B = mapa estrutural: as diregGes nas quais 0 disco parece estar sendo forcado a mover sobre 0 quadrado (Figs. 2.19 e2.20) esto lustradas nas inas pon- tilhadas. Estas indicam as linhas estruturais do quadrado junto as quais 0 disco adquire maior estabilidade. A posi- Ho mais estavel € 0 centro, que é a interseccio das linhas struturais (adaptado de Lombardi”) campos de forca da drea dos dentes na boca é ilus- trado na figura 2.25. ‘Um disco em um quadrado exibe o fenémeno de forgas induzidas (Fig. 2.19A). Ha um desejo por parte do observador de ver o disco se mover para uma posi- ao mais estvel, provavelmente para o centro (Fig. 2.19B). © experimento com o disco e o quadrado é um bom exercicio porque ele pode ser transposto ou rela- cionado com 0 complexo constituido pelo formato da boca. Essa tensdo nao é uma contribuicao complemen- tar do intelecto ou do imaginério, Ela é mais uma par- cela da percepgao de tamanho, local ou fundo escuro. Até mesmo a tensdo tem uma magnitude e uma dire- Gao, que podem ser descritas como forga induzida, pois nada esté empurrando ou puxando o disco. O campo de forca do disco é afetado pelas caracteristi- cas estruturais da superficie sobre o qual ele é movido. Segundo Lombardi,” quando a posigio de um objeto no segundo plano € percebida com uma ten- so desconfortavel, 0 equilibrio da composi¢ao nao 6 alcancado (Figs. 2.19A e 2.20A). Para aliviar a tensao ou restabelecer 0 equilibrio restam duas pos- sibilidades ao observador ou ao operador: © mover o elemento causador da direcdo das linhas de forca até que a magnitude da tensdo visual seja totalmente aliviada (Fig. 2.19); © introduzir um elemento oposto ao longo da mesma linha de forgas para promover 0 equilibrio (Fig. 2.20B), O equiltbrio nao requer simetria, embora o balango formal signifique que as coisas esto em ambos os lados. O equilibrio informal significa que ‘0 peso dos elementos em cada lado do fulcro esté igual, mas nao simé- trico. Duas criangas pequenas em um lado da gangorra podem estar em balanceio com uma crianga maior do outro lado. O peso final pode néo ser igual, mas € simétrico. O peso e 0 balanceio da composigéo devem ser alcangados numa composicao harménica sem tensao visual. Qualquer visdo que pese e € adicionada em um lado do fulcro requer uma compensagao de balanceio do outro lado da linha média. O principio da iluminacao também deve ser considerado quando se fala em balanceio. Isso significa que, quando dois objetos so do mesmo tamanho, 0 mais luminoso aparentaré ser maior. O objeto maior tem mais peso visual. A boca, a face ou a cabeca podem exibir campos de forga complexos dificeis, cuja andlise depende diretamente da distancia em que esta o observador para analisar ¢ elaborar o julgamento estético. As composigées dentofaciais que exibem dentes escuros, restaura- Ges metélicas, divergéncias de forma, posi¢ao, alinhamento e tamanho parecem, por alguma razao ainda inexplicdvel, tanto no plano frontal quanto no plano horizontal, ofender o campo natural de forgas exercido na cavidade bucal (Figs. 2.21 a 2.24). A manipulacao do equilibrio como elemento estético basico produz efeitos importantes nas composigées dentarias e deve ser aplicada sem- pre que possfvel através de modificagdes apropriadas na aparéncia dos dentes que produzem tensao visual. SS Capitulo 2 - Princfpios Aplicdveis aos Tratamentos Restauradores Estéticos ED Fig. 2.19: Aa colocagao de um disco no canto superior gera uma tensao visual aparentando instabilidade; B - moven- do o disco para o centro do quadrado, a tensao visual ¢ aliviada e ele aparece mais estavel nessa posicao (adaptado de Lombardi”). Fig. 220: A - quando dois discos sao colocados nos cantos do quadrado, 0 mesmo fendmeno de tensdo visual ocorre; Ba mesma situacao de alfvio aparece quando os dois discos s40 colocados pareados no centro do quadrado, permitin- 0 0 equilfbrio e balanceamento da composigdo (adaptado de Lombardi) Simetria dentaria ‘Uma das preocupagies basicas na estética da composicio dentaéria 6a simetria entre os dentes que compdem os segmentos dos lados direito € esquerdo dos arcos dentarios. A aparéncia estética de um sorriso é amplamente governada pela simetria e proporcionalidade dos dentes (proporcao repetida, continuada ou aurea) ¢ pela localizagao da linha média. Dentes assimétricos de um lado e de outro do arco dentério ou dentes que esto fora da proporcdo com os dentes adjacentes rompem. © senso de equilfbrio e harmonia que é essencial para a composicao dentaria e seus reflexos nas composicdes dentofacial e facial. Simetria, na acepcdo do termo, refere-se a regularidade na organiza- cao de formas e objetos. Ela pode ser totalmente diferenciada do equili- brio no sentido de que neste os elementos mais distantes de um ponto central crescem em importancia e peso. Nao é o caso da simetria, na qual todos os elementos esto igualmente distribuidos de forma cons- Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora Fig. 2.21 - Desequilibrio de cor. O equilibrio nao é alcangado quando elementos de cores diferentes sdo posicionades em distancias vatiadas, como o disco fora do ponto central (B); a restauragao metélica (A) ¢ 0 dente escuro (C) chamam a atencao do observador durante o sorriso, sendo notados em primeiro lugar (roubam a cena dos demais elementos). Fig. 2.22 — Desequilibrio de forma, posicéo e alinhamento: dentes com apinhamento (A) linha comissural divergente (C)provocam, durante o sorriso, o mesmo fendmeno de tensio visual produzido pelos dois discos colocados nos cantos do quadrado (B) Fig. 2.23 - Quando um disco é colocado no centro do quadrado (A) ou par de discos so colocados em posigdo de igual- dade (C), a tensao visual ¢ aliviada, permitindo o equilfbrio e balanceamento da composicio; B - exemplo de sorriso ‘equilibrado, sem elementos de forgas que possam produzir tensio visual ou romper o equilibrio da composicéo dentaia, Capitulo 2 ~ Principios Apliciveis aos Tratamentos Restauradores Estéticos Es Fig. 2.24 - Campo de forcas que se desenvolve na boca durante o sorriso: A ~ dente escuro; B ~ diastema central; C- diastemas laterais; D - divergéncia da linha comissural em relagao ao plano oclusal e horizontal. tante (em proporgdo urea, por exemplo) com referéncia a seu formato, tamanho e posicionamento em relagdo a um ponto central, no caso, a linha média dentéria. A localizacao da linha média exata é necesséria para estabilidade. Pode-se supor que as qualidades atrativas da “linha do sorriso” podem derivar da estabilidade obtida pela aproximacao da linha média dentaria as diagonais do mapa estrutural da boca, conforme ilustra a figura 2.25. principio da introdugao de forcas responde a questdo se a linha média deveria ser posicionada no meio da face ou no meio da boca. Ela deve ser posicionada no ponto em que parecer estavel (Fig. 2.26). A linha média pode ser medida e calculada em relacao & largura da boca, confor me descrito por Lombardi,” apesar de este nao ser um método preciso (Fig. 2.27). Um longo olhar minucioso na linha média revelard se a estabilidade existe. Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora Fig. 2.25: A— mapa estrutural da drea ocupada pelos dentes, no qual o ponto mais estével localiza-se na intersecgao dos ceixos e indica 0 papel critico da linha média (adaptado de Lombardi”); B - mapa estrutural tragado por método in- fografico. Como salientado anteriormente, 0 equilibrio ou balanco direito e esquerdo deve ser considerado em termos de peso visual sobre um ful- cro localizado no centro. Objetos mais distantes do centro tém mais impacto do que objetos préximos a ele. Segundo Rufenacht;* existe dois tipos de simetria dentéria: (1) simetria horizontal e (2) simetria dinamica ou radiante. A simetria ho- rizontal ocorre quando uma composicao dentéria contém elementos iguais da esquerda e da direita em uma seqiiéncia previsivel e regular, sem ritmo e contrastes. Esse tipo de simetria tende a ser monstono e sem naturalidade (Fig, 2.28). A simetria radiante é o resultado do for- mato e posi¢ao dos dentes, estendendo-se de um ponto central, em que 05 lads direito e esquerdo esto dispostos de maneira similar ¢ interes- sante (imagens em espelho), representando uma forca segregativa que di vida e dinamismo a uma composicao (Fig. 2.29). O que se busca é 0 equilibrio entre os dois tipos de simetria. Levando em consideracio que 5 dentes esto em um alinhamento normal, a simetria dentéria pode ser mantida se as medidas dos dentes opostos forem equivalentes ou proporcionais. O problema maior para o clinico é determinar uma lar- gura especifica mais agradével das proporgdes de aparecimento dos dentes durante o sorriso. Por enquanto, tudo 0 que pode ser feito 0 uso de uma proporgio preestabelecida (no caso a proporgao durea de 1,618 para 1,0) entre a largura dos incisivos central e lateral e manter essa proporcao constante no posicionamento dos dentes e espacos remanescentes.” Se a mesma proporgao de aparecimento entre a largura do incisivo central e lateral é repetida entre o incisivo lateral e a quantidade do canino que € mostrada, e entre o canino e o primeiro pré-molar, ete, a largura ou o tamanho de dente serao diferentes (variedade), mas estarao relacionados (unidade), por causa da repeticao da mesma proporsao. Isso traz ordem pela organizacdo dos elementos de acordo com um principio, tanto na divisdo horizontal dos segmentos dentarios (sime- tria horizontal), quanto no arranjo e posicdo vertical (simetria radian- te) dos lados esquerdo e direito da boca. [0 gue se busca €o equilibria entre 8 dois tipos de simetria. | ——— ss... Capitulo 2 ~ Principios Aplicdveis aos Tratamentos Restauradores Estéticos Em bocas extremamente largas, 0 primeiro pré- molar superior pode ser o dente-chave para esta- belecer a dimensio dos segmentos dentarios. Se- guindo a proporgao, deve-se tomar cuidado para nao posicionar 0 canino ou o primeiro pré-molar muito lingualmente, podendo ocorrer interferén- cias no principio de gradacao antero-posterior. primeiro pré-molar € um dos sinais mais co- muns de percepcao visual da profundidade do sor- iso e, muitas vezes, seu efeito marcante sobre o conjunto de uma composicao nao € considerado atrativo. Em geral, é 0 dente-chave na manuten- sao da proporgao repetitiva, nos sorrisos amplos € nna transigio natural dos dentes anteriores para os posteriores. Deve ser levado em consideracao com todos 0s requisitos de um dente anterior. Sendo assim, sob 0 ponto de vista estético, é um dente anterior deve ser considerado como um dos “oito dentes anteriores”. Um compasso de ponta seca ‘comum para desenho industrial ou 0 especial, que se abre e fecha em proporcao durea, deve ser utilizado durante qualquer procedimento estético restaurador que iré alterar a dimensio mesiodistal € incisocervical dos dentes. Essa recomendacao é particularmente importante para procedimentos como fechamento de diastemas, reconstrugio da guia anterior ou outros que envolvam aumento em altura e das superficies proximais das coroas com compésitos ou porcelana. Pela mensuracao inicial € registro das larguras dos espacos interdentarios € dos dentes envolvidos, a quantidade apropriada da largura, altura e contorno a ser diminufda ou estabelecida com resina composta ou porcelana pode ser determinada, Dessa maneira, dimensdes € contornos simétricos dos segmentos esquerdo direito ¢ dentes em proporgéo constante podem ser reconstrufdo: Atengdo particular deve ser dada a forma das ameias incisais e espagos interdentérios (introdu- Fig. 226 ~ Linha média impropria: os dentes parecem estar sendo forcados a mover-se fora do centro, quan- do observados em uma boca com lina média dentéria impropria, desviada para a direita da face. Fig. 2.27 -Linha média calculada: a metade da dimen- sao horizontal do sorriso (AC) determina a posicdo da linha média que fica estabelecida em B (adaptado de Lombardi”). 0 de forcas segregativas) com qualquer tipo de restauracdo que envolva a linha média. O contorno ‘mesial de ambos os incisivos centrais deve ser o espelho de um ao outro para garantir uma étima simetria radiante e resultado estético. Além de simétricos, os dentes anteriores devem estar em adequada proporcdo entre si para alcancarem o equilibrio horizontal e vertical e méxima estética. A qualidade da proporcionalidade (dentes em pro- porcio aurea) ¢ relativa e varia grandemente, dependendo de outros fatores como posicao e alinhamento dentario, forma do arco e configuragao do sorriso. Em geral, os pacientes preferem formas e arranjos dentédrios simé- tricos, repetitivos e regulares, cuja conotacao estética para 0 profissio- nal parece artificial, mas de acordo com 0 conceito de aparéncia estética ideal dos pacientes. Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora Fig. 2.28 - Simetria horizontal: um arranjo no qual to- dos 0s elementos estio dispostos de maneira seme- Thante e monétona (com predomindncia de forcas coe- sivas) caracteriza uma fraca dominancia do segmento anterior. Fig.229-Simetria radiante ou dinamica: quando uma parte da composicio é a imagem em espelho da ou- tra, em relagio a linha média (com introdugio de for- gas segregativas), caracteriza uma forte dominancia do segmento anterior. TAMANHO DOS DENTES Largura mesiodistal Além dos formatos anatmicos, 0 conhecimen- to das larguras e alturas médias das coroas dos dentes anteriores 6 importante porque fornece a0 profissional a dimensao das formas geométricas basicas que, sem restricéo do senso criativo- artistico, permitirao ao cirurgido-dentista langar mao desses elementos quantitativos de apreciacao para detectar desarmonias estéticas e alcangar um resultado final em que possa eliminar as desar- monias qualitativas. Nao seria possfvel aplicar corretamente as ca- racteristicas geométricas da morfologia dentéria sem as informagées apropriadas sobre os valores dimensionais médios (Fig. 2.30). Tanto na Den- tistica Restauradora quanto nas diversas modalidades da Protese Dentaria, as areas ante- riores devem ser restauradas com dentes que exibam largura mesiodistal normal, independen- temente dos outros critérios estéticos (Tabela 2.1). F provavel que essa dimensao seja muito mais cri tica do que a altura gengivoincisal para a restau- rago dos dentes anteriores porque esta direta- mente relacionada no aspecto frontal com a pro- porcao estética da coroa clinica, proporcao durea de aparecimento dos dentes e dimensao do seg- mento dentario anterior, contido dentro da curvatura do arco. A dimensao média da largura da coroa do in- cisivo superior, especifica a0 sexo, 6 maior nos ho- mens que nas mulheres; quanto raga, maior nos negros em relagio aos brancos. Segundo Frush & Fisher,” dentes mais largos e retangulares trans- mitem sensagao de forga e masculinidade, enquan- to dentes estreitos e arredondados, sensagao de delicadeza e feminilidade. (O desgaste proximal que afeta a populagao ido- sa foi confirmado por McArthur," em 1985, pelas diferencas observadas na largura mesiodistal dos incisivos centrais entre pessoas de varios ‘grupos etérios, individuos com dentes corretamente posicionados com oclusdo normal e com a largura dos dentes artificiais de pacientes edéntulos. Assim, a redugdo da largura dos dentes é outro fator de percepcao do envelhecimento dentofacial. Capitulo 2 - Princip plicdveis aos Tratamentos Restauradores Estéticos Comprimento da coroa ou da altura - gengivoincisal Este valor tem sido considerado menos critico do que a largura k ‘mesiodistal, porque parece muito dependente da situacdo clinica. A atengio é dirigida para o comprimento dos dentes apenas quando 0 indice de desgaste ou 0 aumento cirtirgico da coroa clinica ultrapassam certo grau de tolerancia estética. Todavia, a importancia do valor numérico do comprimento das coroas clini- cas dos dentes anteriores deve ser considerada juntamente com a largura mesiodistal. A natureza produz uma morfologia dentéria afiada tanto nas bordas dos dentes anteriores quanto na superficie oclusal dos dentes posteriores. Entretanto, para evitar a fratura do esmalte ‘ prismatico altamente duro e fridvel, existente nas bordas incisais, nas pontas de ciispide e nas cristas, onde nao hé dentina, for- mam-se convexidades nas cristas marginais, nas bordas incisais, nos vértices das pontas de cispide Com freqiiéncia, a literatura especializada sobre morfologia ¢ anatomia dentaria apresenta comprimentos dentérios médios, em mm das coroas dos dentes anterio. _—_-Provavelmente com ligeira reducdo, porque se refere em geral a res, que pode seradaptada parasecon- medidas de comprimento tomadas de dentes extraidos que po- formar aos requisitos estéticos do seg- dem, na dependéncia da idade, ter sofrido algum desgaste, ‘mento dentério anterior e sua relagio__-Portanto, é necessério nao somente conhecer 0 comprimento com 0 sorriso de cada paciente médio, mas também considerar e obter a anatomia da coroa de um dente nao desgastado para se atingir boa estética e funcao, nas diferentes faixas de idade, género e raca (Fig. 2.31). Lee (1990) salienta que as medidas médias por ele apresentadas foram to- madas de dentes nao desgastados; dat talvez a razdo da média de com- primento das coroas dos dentes anteriores ser maior que aquela dos demais autores (Tabela 2.2 e Fig. 2.32). Fig. 2.30— Largura mesiodistal média media 10a 12mm aot Al a Fig. 231: A — desenho esquemdtico demonstrando que em segmentos anteriores harménicos, os incisivos centrais ¢ caninos superiores possuem quase o mesmo comprimento médio de coroa e estio posicionados aproximadamente na mesma situagao vertical. As coroas clinicas dos incisivos laterais so mais curtas tanto no aspecto cervical quanto no incisal; B — segmento dentario com as caracteristicas ilustradas em (A). ica em Clinica Integrada Restauradora 40 J Estética e Cosmé Fig. 232: A ~ coroa clinica do incisivo central superior com comprimento médio em tomo de 10,9 mm (variacio de 10 a 12 mm); B ~ incisivo lateral superior com média de 9,3 mm (variacao de 88 a 10,0 mm); C ~ canino superior com ‘média de 10,6 mm (variagao de 9,5a 12 mm), Os valores observados nos tracados horizontais correspondem 3s larguras médias. Tabela 2.1 — Média da largura da coroa dos dentes anteriores determinada por varios autores. Dente Largura (mm) Black’ | Wheeler” | Reynolds* | Garetal.* | Galan Junior | Média Ics. 90 85 90 88 8: 87 1s 6A 65 60 67 7.03 65 cS 76 75 75 79 798 77 Ic 50 50 54 5A 2 I 5: 5 60 75 37 a 70 69 7,0 761 7,0 Quando da realizacao de um procedimento restaurador isolado, em um tinico elemento dentario, basta ao profissional reproduzir as dimensées e caracteristicas, tendo como referéncia o elemento dentario homélogo (Fig. 2.35). Todavia, quando for necessario restaurar todo o segmento dentério anterior, devem-se considerar outros fatores (pro- porcao durea, proporcao estética dos dentes, forma e curvatura do arco dentério anterior, largura da boca, etc.), a fim de conseguir um sorriso natural (Fig. 2.36). Especialmente no restabelecimento da proporcao estética dos den- tes, o clinico tem como primeira misao restituir a quantidade de sobre- vertical para garantir a validade fonética e funcional e depois a qualidade estética dos dentes, aumentando o comprimento em funcio Capitulo 2~ Principios Apliciveis aos Tatamentos Restauradores Estéticos ‘Tabela 2.2 ~ Média do comprimento da coroa dos dentes anteriores determinada por varios autores. Dente ‘Comprimento (mm) Black Wheeler” | Galan Junior” Lee Média Ics, 10,0 105 1,0 12,0 10,9 ILS 88 90 953 100 93 cs 95 100 10,76 12,0 10,6 Icl 88 90 851 100 o I 96 95 877 10,0 95 cr 103 1,0 10,81 12,0 11,0 da largura necessiria da coroa clinica (Fig. 2.39). As figuras 2.37 e 2.40 mostram como uma plastica gengival possibilita restabelecer o tama- nho dos dentes aumentando 0 comprimento da coroa clinica, enquan- to 0 procedimento restaurador adesivo aumenta a largura. A simulacao de uma aparéncia natural, realizada por especialistas na drea de prétese total (caracterizagdo com restauragdes, dentes escuros e desgaste excessivo), é atualmente ofuscada pela regra de que os dentes na sua largura e no seu comprimento devem ser compativeis com a idade do paciente, portador de oclusao funcional e estética satisfatéria, Conseqiientemente, o desgaste precoce, ndo acentuado e progressive dos dentes anteriores, que afeta grande parte da populacao (desgaste fisiol6gico), 6 considerado normal até que problemas de estética e fungio por desgaste excessivo parafuncional ou patolégico alertem o cirurgiao- dentista e 0 paciente quanto a essa situacao (doenga oclusal), que j es- tava presente durante anos, mas nao foi diagnosticada e, assim, ndo tra- tada. Considerando-se 0 niimero de casos em que, apesar da idade, os pa- cientes ainda exibem dentes com uma plataforma oclusal normal e altu- ra gengivoincisal também normal, e com isso uma aparéncia jovem e atraente, presume-se que a funcdo e a estética devem estar intimamen- te relacionadas. A partir dessa afirmacao, a restauragao dos dentes ante- riores, na sua normalidade juvenil, torna-se um pré-requisito para a res- tauracao da estética e da fungao (Fig. 2.40). Da mesma forma, a importan- cia do valor dimensional do comprimento das coroas dos dentes anterio- res deve ser enfatizada. Devido ao ntimero limitado de estudos relacionando as medidas dos dentes humanos e a faixa etéria desejada, intimeras medidas adicionais podem ser adotadas de acordo com as caracteristicas estéticas, fonéticas, funcionais e idade dos pacientes. Como conseqiténcia, pode-se fixar e aceitar um valor basico de 10 a 12 mm para o comprimento ou altura do incisivo central e canino superior, mantendo em mente a ampla variabili- dade desse valor de acordo com os pardmetros sexuais, raciais e indivi- duais, mas sabendo, pela experiéncia clinica, da sua importancia para garantir a manutencao funcional, fonética e estética. Dai a importancia da tentativa de estabelecer algum parametro, sugerindo valores para a proporcao estética individual, isto é, relagao proporcional entre a largu- rae aaltura de cada dente, como sera visto a seguir. Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora PROPORCAO ESTETICA DOS DENTES Apesar das diferencas de forma e tamanho entre os dentes, eles man- tém individualmente e entre si uma certa proporcao, assim como com a face e mais especificamente com a boca. Proporgao pode ser entendida como uma relagao quantitativa do ta- ‘manho ou dimensao entre dois elementos de mesma natureza. Por exem- plo, a proporedo estética dos dentes é definida como a diviséo da sua langura por seu comprimento. A relagio largura e comprimento da coroa tem sido descrita como ideal quando atinge 70 a 80% para os incisivos centrais superiores. E evidente que, quando aplicadas a elementos dentérios, essas re- ‘gts proporcionais podem apenas ser usadas na defini¢ao da normalidade ‘morfolégica, com base na anatomia enas medidas médias do comprimen- to e largura reais dos dentes (Fig. 2.32). ‘A proporcao estética entre os dentes pode ser mais bem percebida e avaliada na vista frontal de cada elemento (Fig. 2.33). A falta de propor- cao estética dos dentes, caracterizada pela auséncia de relacdo largura/ altura, prejudica o ritmo e contraste entre os dentes e provoca sorrisos desequilibrados e nao estéticos (Figs. 2.34 e 2.38 a 2.41). Nas tabelas 2.3 ¢ 24 sio apresentadas sugesties de proporgdes estéti- cas das coroas clinicas dos dentes anteriores para os sexos masculino e feminino com base nas médias de largura e comprimento determinadas por varios autores.5#%# Tabela 2.3 ~ Proporgio estética (relagao largura/altura) dos dentes anteriores do sexo masculino, conside- rando a média de comprimento e largura determinada por varios autores. 53%. Dente ‘Comprimento Largura Proporcao estética ics 109 87 80% ILS 93 6A 69% cs 10,6 77 72% ict oA 52 57% IT 95 57 60% a 110 70 % Capitulo 2 - Principios Aplicdveis aos Tratamentos Restauradores Estéticos Tabela 2.4 - Proporcao estética (relacao largura /altura) dos dentes anteriores de leucodermas do sexo femi- nino, considerando a média de comprimento e largura determinada por Galan Junior: Dente Comprimento Largura Proporgao estética Ics 10,08 837 83% ILS 9,04 6,53 72% cs 8,80 7,79 88% Ick 7.95 5,24 66% IL 873 571 65% ca 957 675 70% Fig. 233 ~ Proporgio estética entre as distncias mesiodistal e gengivoincisal ou relaglo largura/comprimento dos dentes antero-superiores: A ~ incisivo central; B ~ incisivo lateral; C Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora ) — — ! = —_ » E fF Fig, 2.34 ~ Falta de proporgio estética: A ligeira diferenca no comprimento ou altura da coroa clinica por desgaste da borda incisal entre incisivos centrais interfere no equilfbrio do sorriso (B); C~ desigualdade na altura das coroas clini «as, provocada por arquitetura gengival irregular, introduz excesso de forcas segregativas ao sorriso (D); E - largura insuficiente em relagao 3 altura dos incisivos prejudica a dominancia destes e interfere na proporgao urea do segmento anterior e na estética do sorriso (F). Capitulo 2 ~ Princi ios Aplicéveis aos Tatamentos Restauradores Estéticos (ee & & —_ 2 a eeass : Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora o Fig, 2.35: G ~ reconstrucio do contorno ¢ contato proximais, pela complementagao da muralha ou plataforma pa: com resina hibrida, enquanto na porsio incisal da plataforma foi aplicada resina transparente,a fim de simular o halo i H.~ aspecto da borda incisal depois da adi¢ao de um filete de resina opaca (branca) completando a simulagao do halo; vista frontal e palatina pés-reconstrucio, podendo-se observar a semelhanca na transparéncia entre as bordas incisais = dois incisives centrais; K - vista frontal da composicio dentaria apés a finalizacio da restauracao; L - compasso conée a relagao divina do segmento dentério obtida com a movimentagao ortoxlontica e o procediimento restaurador. Capitulo 2 - Principios Apliciveis aos Tratamentos Restauradores Estéticos Fig. 2.35: M—restauracao apés o polimento; N- vista aproximada da restauragao confeccionada com o sistema restaurador adesivo; caso finalizado, demonstrando o resultado estético conseguido pela integracio disciplinar, tanto da composi- so dentéria anterior (O), quanto do sorriso (P). Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora Fig, 2.36 ~ Restauracao da composicio dentaria com desgaste acentuado dos dentes Antero-superiores: A — sorriso reto e desarmonioso devido ao desgaste das bordas incisais; B — linha demarcada nos dentes inferiores na oclusio habitual para avaliar a quantidade de diminuigao no comprimento dos quatro incisivos superiores; C- com os labios em repouso, visualizam-se apenas os dentes inferiores; D ~ montagem em articulador semi-ajustavel para fins de anélise oclusal e enceramento diagnéstico; E ~ simulacdo das restauragdes realizada no modelo de gesso; F - matriz-guia de acetato de celulose confeccionada a vacuo. Capitulo 2 Principios Aplicaveis aos Tratamentos Restauradores Estéticos hl | 36 ~..sobre 0 modelo de gesso reproduzido a partir do modelo que recebeu o enceramento diagnéstico (G),cuja parte vestibular tada até aproximadamente 1 mm aquém da borda incisal; (H) restauracées simuladoras confeccionadas de acordo com 0 mento diagn6stico com auxilio da matriz-guia, a fim de avaliar, durante aproximadamente um més, a esttica, as desoclusbes ‘¢ anterior e o conforto do paciente; I~ decorrido um més, as restauragies simuladoras eas insaisfatorias remanescentes foram 's€as cavidades preparadas para receber as restauracbes adesivas de uso direto. Notar a ponta diamantada niimezo 3118, da Sorensen, determinando um bisel céncavo ou chantfrado. J - matriz-guia sendo fixada sobre as faces oclusais e palatinas dos pré- = por meio do sistema adesivo; K ~a anatomia das faces palatinas cos dentes é modelada, comprimindo-se a matria-guia contra “ina inserida, 0 que também determina as dimensdes das muralhas ou batentes palatines; L~ muralhas palatinas restabelecendo as de contato, altura de coraa clinica de cada dente, ameias incisais e espagos interdentarios. io Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora a RL Fig. 2.36 —..que facilitam a reconstrucio da composicio dentéria (M); N ~ posigio de maxima intercuspidacio habitual, logo apés ‘© acabamento e polimento da composicio dentéria. Notar que o sobrepasse vertical e posicao das bordas incisais dos incisivos estio de acordo com 0 planejamento preestabelecido no modelo de estudo visto em E. O ~ com os labios entreabertos, agora é possivel notar as bordas incisais; P ~ sorriso do paciente depois da reconstrucéo; Q ~ controle clinico apés dois anos da reconstrucio da composiglo dentiria; R sorriso do paciente decorrido o mesmo perfodo. Capitulo 2 Principios Aplicdveis aos Tratamentos Restauradores Estétic cM | ; A - | \ | bes , ty eee Fig.237-—Restauracio da proporcio estética dos dentes integrand condutas periodontais erestauradoras: A diastemas anleriores generalizados e dentes com coroas clinicas homélogas de diferentes tamanhos e assimetria do contorno gengival; B ~ plastia gengival para aumento do comprimento ou altura das coroas clinicas e correcao da arquitetura gengival; C— apés a cicatrizacao, é possivel planejar o aumento da largura dos dentes sem comprometer a proporcd0 estética de cada dente e do conjunto; D - composicao dentaria depois do restabelecimento da proporcao estética (rela- cdo largura/altura) e da arquitetura gengival; E - notar a boa resposta do tecido gengival com formacao de papilas interdentérias saudveis, porque o sistema restaurador adesivo de uso direto funcionou como “arquiteto dentogengival” Estética e Cosmeética em Clinica Integrada Restauradora Fig. 2.38 - Restauracao da proporgao estética sem abordagem ortodéntica e/ou periodontal: A~sorriso desequilibrado por excesso de foreas segregativas comprometendo a composicao dentofacial; B - a diferenca no comprimento ou altura das coroas dos incisivos centrais e a presenca de diastemas interferem na simetria dinamica dos segmentos direito e esquerdo da composicao dentéria, tornando-a uma unidade desarménica pela auséncia de balanceamento centre forcas coesivas e segregativas. A falta de dominancia dos incisivos centrais e largura insuficiente em relacao a altura (11,3 mm) do incisivo direito prejudica a proporcao estética de cada dente e de aparecimento (urea) dos segmentos dentarios, A esquerda ea direita da linha média. C—compasso de ponta seca medindo a deficiéncia de largura existente (7.5 mm) para efeito de célculo em relagdo & altura (11,3 x 80% = 9,0 mm); D e E - compasso conferindo a largura calculada de 9,0 mm para cada dente durante a insergao da resina composta. [Proporgito pode ser entendida como tuma relagio quantitatioa do tama- nnho ou dimensdo entre dois ele- rmentos de mesma natureza. | Capitulo 2 ~ Principios Aplicdveis aos Tratamentos Restauradores Estéticos Fig, 2.38: F — vista frontal da composi¢do dentéria, ainda sob isolamento e logo apés a remosdo do dique de borracha (G). Notar que o sistema restaurador adesivo direto restabeleceu a proporgao estética (relacéo altura x langura) dos incisives, e a proporgio durea de aparecimento em relagdo aos incisivos laterais fechou o diastema e restabeleceu a dominancia dos incisivos centrais na composicio, tornando-a mais harménica. O nico pormenor discrepante que ainda persiste neste caso é 0 zénite gengival do dente 21 mais deslocado no sentido distoapical em relacio ao dente 11. H-condicao do sorriso depois da correcao da composicao dentaria, agora mais harménico com a composicio dentofacial. PA propo esta entre os dents pode ser mais bem percebida e aca- Tiada numa vista frontal. | E Fig, 2.39 — Aumento de coroas clinicas precedido de remodelacao dentéria durante fechamento de diastemas miiltiplos sem abordagem cirtirgica periodontal: A — pré-operatorio da composigao dentofacial e facial; B - andlise de perfil dos labios, mostrando o superior ligeiramente retraido por falta de apoio das bordas incisais; C - exame frontal dos labios em repouso, no qual se percebem apenas as bordas incisais dos inferiores, dando a impressao de auséncia dos dentes superio- res; sorriso de frente (D) e de perfil (E), com predominancia de forcas segregativas; F — presenca de diastemas, agenesia dos laterais, ameias demasiadamente abertas pela presenca dos caninos no lugar dos laterais, estabelecendo contatos deslocados para cervical juntos aos centrais, caracterizam as forgas segregativas que se sobrepGem as coesivas, induzindo tensio visual. Capitulo 2 - Principios Aplicdveis aos Tratamentos Restauradores Estéticos L 2.39: G ~ restauragdes simuladoras temporirias (aderidas por condicionamento écido em apenas um ponto da superficie do esmalte de cada dente) que deve permanecer por 15. 30 dias, a fim de aguardar a estabilizacao oclusal pelas mudancas no padrio de desoclusio dos dentes e avaliacdo estética pela alteragao na relagio largura altura dos dentes, no contexto da ‘composigio dentéria planejada; (H) aspecto do sorriso com as restauragies simuladoras, aprovado pelo paciente; I~ grade de Levin unilateral tracada, estabelecendo 9,2 mm de langura para o incisivo central em fungao da metade do sorriso (33,5 mm); teamento com Gxido de aluminio apés a remodelacdo por desgaste dos caninos (diminuigao da convexidade da proemi- néncia vestibular) a fim de tomar a superficie do esmalte mais reativa; K — compasso de pontas secas medindo a largura estabelecida pela grade; L — pontas secas do compasso abertas em 11,5 mm de canformidade com a propor

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