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Realização:
17 de março de 1917:
Nessa data, há exatamente um século, um grupo multidisciplinar
vinculado direta e indiretamente à área da saúde, se reuniu na cidade de
Nova Iorque para oficializar a criação da NSPOT – National Society for the
Promotion os Occupational Therapy, a Associação Nacional para a Promoção
da Terapia Ocupacional (hoje AOTA – Associação Americana de Terapia
Ocupacional). Presentes àquela primeira reunião, apenas seis pessoas.
Cem anos depois, e próxima de reunir meio milhão de profissionais
em todo o mundo, a Terapia Ocupacional se consolida como uma
profissão que se expande desde a área da saúde para abraçar também os
campos social e da educação.
Por meio de suas práticas e dos avanços em pesquisas, onde o
fazer humano é abordado de forma transformadora, evidenciamos a
importância da atuação dos terapeutas ocupacionais.
5
Agradecimentos
6
Dedicatória
Disponível em:
http://robertociasca.blogspot.com.br/2009/08/grupo-de-danca-
paratodos-estreia.html (acesso em 05/03/2018)
7
Capa
Significado
8
SUMÁRIO
VOLUME 3
TERAPIA OCUPACIONAL - CONTEXTOS DA EDUCAÇÃO, SAÚDE,
PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL.
Prefácio 1................................................................................................................. 13
Prefácio 2................................................................................................................. 14
I - APRESENTAÇÃO.....................................................................................................16
II - CONTEXTUALIZAÇÃO............................................................................................24
Características e Breve Análise de Impacto da Terapia Ocupacional por Geopro-
cessamento no Brasil: Aspectos Sociais, de Saúde e de Educação
III - AQUECIMENTO.....................................................................................................42
Introdução à Ciência Ocupacional
CAPÍTULO 1...............................................................................................................64
- Terapia Ocupacional na Saúde da Pessoa Idosa - Atuação Multiprofissional em
Gerontologia
CAPÍTULO 2................................................................................................................82
- Terapia Ocupacional em Contextos Hospitalares e Cuidados Paliativos
CAPÍTULO 3................................................................................................................92
- Unidade de Terapia Intensiva - Parâmetros Assistenciais, Evidências Clínicas
e Terapia Ocupacional
CAPÍTULO 4.............................................................................................................119
- Terapia Ocupacional e Saúde do Trabalhador
10
SUMÁRIO 11
CAPÍTULO 5.............................................................................................................202
- Contextos Educacionais e a Terapia Ocupacional no Brasil
CAPÍTULO 6.............................................................................................................223
- Terapia Ocupacional em Saúde Mental: Uma Construção Histórica para
Práticas Inovadoras
CAPÍTULO 7..............................................................................................................285
- Terapia Ocupacional, Neuro-ocupação e Psicoterapia - Aspectos Teóricos,
Prática Clínica e Relação Multiprofissional.
CAPÍTULO 8.............................................................................................................296
- Terapia Ocupacional na Assistência Social
CAPÍTULO 9.............................................................................................................318
- A Atuação do Terapeuta Ocupacional em Reabilitação Esportiva
ANEXO 1..................................................................................................................327
- Grupo “Ser Criança” - Equipe NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família /
Associação Saúde da Família)
ANEXO 2...................................................................................................................335
- Reabilitação Profissional - INSS - Relato de Experiência (Ref. Ao Cap. 3, parte 4)
ANEXO 3...................................................................................................................340
- Saúde do Trabalhador - Tabela com as características dos estudos incluídos
na análise da literatura (Ref. Ao Cap. 3, parte 2)
ANEXO 4...................................................................................................................346
– Cartão Babel (instrumentos de avaliação em Saúde Mental na Atenção Bási-
ca; ref. ao Cap. 5, partes 1 e 2)
IV - APÊNDICE..........................................................................................................349
- Cartilha de Apoio para a Inserção de Terapeutas Ocupacionais nos
Programas e Serviços Públicos de Saúde e Assistência Social...................350
– Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde –
CIF: Considerações para Terapeutas Ocupacionais...............................353
- Apresentação dos mini-currículos dos autores / colaboradores, em
acordo com a identificação numérica em sobrescrito...........................362
Prefácio 1
Dra. Patrícia Luciane Santos de Lima*
13
Prefácio 2
Dr. José Renato de Oliveira Leite*
14
I - APRESENTAÇÃO.
Adriano Conrado Rodrigues
16
I - APRESENTAÇÃO 17
I - (APRESENTAÇÃO).
II - CONTEXTUALIZAÇÃO.
1. Adriano Conrado Rodrigues (1)
2. Álida Fernanda C. Murta Andrade (94)
3. Jamile Cristina Albieiro Silva (31)
4. Dimaima Vitória Castro da Graça (93)
5. Susilene Maria Tonelli Nardi (72)
III - AQUECIMENTO.
Otavio Augusto de Araujo Costa Folha (57)
VOLUME 1.
TERAPIA OCUPACIONAL - GESTÃO, EMPREENDEDORISMO E MARKETING.
1. Priscilla Regina Cordeiro (33)
2. Annie Betune Ramalhão (3)
3. Sandra Helena Iglesias Cordeiro Leite (9)
20 Terapia Ocupacional • Volume 3
VOLUME 2.
TERAPIA OCUPACIONAL EM SAÚDE E REABILITAÇÃO - MÉTODOS,
ABORDAGENS E INTERVENÇÕES PARA GANHO DE AUTONOMIA,
INDEPENDÊNCIA OU PARTICIPAÇÃO.
1. Daniel Marinho Cezar da Cruz (11)
2. Maria Aparecida Ferreira de Mello (37)
3. Cândida Luzzo (39)
4. Tatiani Marques (40)
5. Adriano Conrado Rodrigues (1)
6. Fernando Vicente de Pontes (56)
7. Daniela Nascimento Augusto (17)
8. Roberta Abduch Rolim Credidio (16)
9. Adriano Conrado Rodrigues (1)
10. Luciana Diniz Freitas (70)
11. Gisele Pellegrini (5)
12. Renata Aparecida Conejo (8)
13. Ana Cláudia Tavares Rodrigues (88)
14. Luciane Padovani (6)
15. Ana Maria D. O. Belleza (2)
16. Fábio Jakaitis (4)
I - APRESENTAÇÃO 21
VOLUME 3.
TERAPIA OCUPACIONAL - CONTEXTOS DA EDUCAÇÃO, SAÚDE, PREVIDÊNCIA
E ASSISTÊNCIA SOCIAL.
1. Maria Fernanda dos Santos (74)
2. Daniela Nascimento Augusto (17)
3. Leonardo Costa Lima (35)
4. Alexandre Martinho (76)
5. Aide Mitie Kudo (46)
6. Mônica Estuque Garcia Queiroz (47)
7. Gabriela Pereira do Carmo (71)
8. Luciana Diniz Freitas (70)
9. Mônica Estuque Garcia Queiroz (47)
10. Patrícia Luciane Santos de Lima (53)
11. José Naum de Mesquita Chagas (77)
12. Carolina Maria do Carmo Alonso (48)
13. Priscila Blasquez da Costa Leite (55)
22 Terapia Ocupacional • Volume 3
VOLUME 4.
TERAPIA OCUPACIONAL - PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM
SAÚDE (PICS).
1. Ana Teraza Costa Galvanese (79)
2. Fábia Cilene Dellapiazza (38)
3. Márcia de Souza Rodrigues (61)
4. Luzianne Feijó Alexandre Paiva (82)
5. Adriano Conrado Rodrigues (1)
6. Leonardo Costa Lima (35)
7. Flavia Liberman (78)
8. Rachel Azulay Leite (60)
9. Ângela Maria Cecim de Souza Castro Lima (62)
10. Lídia Seade Vieira Maia (63)
11. Socorro de Maria Castro (65)
12. Maria de Nazareth Mendes (64)
13. Patrícia Luciane Santos de Lima (53)
14. Karla Adriana Ferreira Beckman (84)
15. Alan Senigalia (85)
16. Ana Maria Fernandes Pitta (86)
17. Lara Susan Silva Lima (80)
18. Clarissa Dantas de Carvalho (87)
IV - APÊNDICE
1. Susilene Maria Tonelli Nardi (72) / Câmara Técnica Sócio-Sanitária -
Crefito 3.
2. Adriano Conrado Rodrigues (1)
Colaboração:
Susilene Maria Tonelli Nardi
Álida Fernanda Corgozinho Murta Andrade
Jamile Cristina Albieiro Silva
Dimaima Vitória Castro da Graça
1 - Introdução.
Após a apresentação dessa obra, é importante que se apresente
a Terapia Ocupacional, bem como contextualizá-la numa dimensão de
interesse dos gestores, acadêmicos e profissionais.
Essa importante profissão já difundida no mundo, no Brasil caminha
para a sua consolidação, habitando e se desenvolvendo nos espaços
da saúde, educação, assistência social e cultura. Portanto, é essencial
o entendimento das variáveis que compõem a Terapia Ocupacional, e
dos parâmetros que a delimitam em nosso país, tanto no que se refere
à distribuição geográfica dos profissionais, como de suas práticas e
contribuições para as Políticas de Atenção.
A partir do correto entendimentos desse contexto, e da evidência
do impacto das ações profissionais, o planejamento para a valorização e
o próprio crescimento da profissão passam a ser possíveis, e em acordo
com as reais demandas da profissão e da própria população brasileira.
2 - Terapia Ocupacional.
2.1 - Apresentação
Numa visão contemporânea, a Terapia Ocupacional é uma profissão
24
II - CONTEXTUALIZAÇÃO 25
D - Especialidade: Gerontologia
• Atenção à saúde da pessoa idosa; Assistência social à pessoa idosa;
• Cultura e lazer para a pessoa idosa e Educação à pessoa idosa.
II - CONTEXTUALIZAÇÃO 27
• Presídios
• Universidades
• Institutos de Pesquisa
• Indústrias
• Gestão
• Serviço militar em geral.
• Centros de Defesa em Direitos Humanos
Estado Universidades TO
AL Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
CE Universidade de Fortaleza
DF Universidade de Brasília
ES Universidade Federal do Espírito Santo
GO Faculdade União de Goyazes
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
MG
Universidade Federal de Minas Gerais
Escola Superior da Amazônia
Universidade da Amazônia
PA
Universidade do Estado do Pará
Universidade Federal do Pará
Universidade Federal do Paraná
PR
União do Ensino Superior do Iguaçu
PE Universidade Federal do Pernambuco
PI Faculdade Integral Diferencial
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro
RJ
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Faculdade Serra Gaúcha
Centro Universitário Franciscano
RS Universidade Federal de Santa Maria
Universidade Federal de Pelotas
RO Faculdades Integradas Aparício Carvalho
SC Associação Catarinense de Ensino - Faculdade Guilherme Guimbala
II - CONTEXTUALIZAÇÃO 29
Estado Universidades TO
Centro Universitário de Araraquara Brasil
Centro Universitário São Camilo
Faculdade de Medicina do ABC
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Universidade Sagrado Coração
SP Universidade de São Paulo
Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto
Universidade de Sorocaba
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
Universidade Federal de São Carlos
Universidade Federal de São Paulo
SE Universidade Federal de Sergipe
Fig. 1 – Mapa para análise de cobertura com o número de IES que oferecem
o curso de Terapia Ocupacional/Estado (em acordo com a Tabela 1).
1- Densidade Demográfica
2- Consumo de Saúde
3- Consumo de Educação
6- Número de Profissionais
36 Terapia Ocupacional • Volume 3
6 - Considerações Finais.
Contextualizar a Terapia Ocupacional no cenário nacional, assim
como contextualizar a própria prática da Terapia Ocupacional, envolve a
compreensão acerca da identidade profissional e de fato o entendimento
de até que ponto conseguimos sensibilizar profissionais e população
acerca da complexidade de nossa atuação. Falar de uma forma clara
para as pessoas sobre quem somos, como atuamos, e conceituar de
uma forma simples e didática o instrumento da Terapia Ocupacional
– a análise da atividade humana, para que uma pessoa possa associar
uma questão de sua rotina ou cotidiano, à intervenção do terapeuta
ocupacional, pode ser um caminho.
No imaginário popular, por exemplo, uma dieta pode remeter
a pessoa ao nutricionista, assim como uma entorse pode remeter
ao fisioterapeuta. E assim poderíamos citar outras profissões que já
possuem a identidade forte quanto ao fazer que lhes caracterizem.
Na Terapia Ocupacional, consolidar a identidade ainda é uma busca.
Trabalhamos com os preceitos da ocupação humana, fazer humano,
rotina, cotidiano, dentre tantos outros conceitos que utilizamos para
explicar às pessoas o que fazemos e o que permeia nossa atuação.
Todavia, nós profissionais sabemos da complexidade da nossa prática, e
diante disso, desistimos de tentar explicar ou partimos para a evidência
clinica, expressa pela prática profissional.
Num contraponto a essa complexidade, o próprio nome da profissão
traz em si um estigma difícil de ser “desconstruído”... A idéia do ocupar
por ocupar, o que acaba sendo mais um problema.
Com a experiência e a formação continuada, passamos a
considerar mais claramente a ciência por traz dos fatos. Refletir
sobre a Ocupação Humana, e o quanto essa ciência influencia a
população em geral, bem como a nossa atuação enquanto terapeutas
ocupacionais, pode auxiliar nesse processo de sensibilização para a
identidade da Terapia Ocupacional.
Em nossa atuação profissional, somos constantemente observados
(pacientes, familiares, outros profissionais...), e considero esse um importante
momento de divulgação do nosso fazer. Como exemplo, compartilho um
atendimento especifico do Programa Melhor em Casa (do SUS), localizado na
Zona Norte da cidade de São Paulo. Esse programa se dá pela intervenção
domiciliar, onde acessamos uma diversidade enorme de contextos.
Na avaliação de um Senhor Idoso, 71 anos de idade, com
II - CONTEXTUALIZAÇÃO 39
Referência Bibliográfica (sugerida para consulta).
1. Considerações Iniciais.
Este capítulo pretende apresentar, de forma introdutória, a Ciência
Ocupacional e suas potenciais contribuições para a Terapia Ocupacional
no contexto brasileiro. No entanto, faz-se necessário elucidar primeiro
a minha aproximação com esta disciplina acadêmica. Talvez, por meio
deste relato, outras pessoas, como alunos de graduação e terapeutas
ocupacionais, encontrem ressonâncias em suas dúvidas e inquietações
individuais acerca dos fundamentos teóricos da nossa profissão.
Ainda enquanto aluno de graduação em terapia ocupacional
na Universidade do Estado do Pará, o meu interesse pelas teorias de
base da profissão foi despertado. A diversidade de possibilidades de
áreas de atuação com variados públicos e em diferentes condições,
o leque de procedimentos e recursos, de objetivos de intervenção e
do suporte teórico utilizado para fundamentar as boas práticas, foi a
força motriz que impulsionou o meu interesse acerca das teorias de
base que sustentam singular diversidade. Quais conceitos e teorias são
desenvolvidos e utilizados pela profissão, que possibilitam tamanha
variedade na prática profissional? Essa passou a ser uma questão central
em minha formação.
Ao buscar respostas para esta questão, o lugar comum que encontrei,
entre as várias produções existentes, foi a compreensão da intricada
relação entre o ser humano e suas ações na vida cotidiana. A partir
de então, pareceu central que, enquanto terapeuta ocupacional, era
essencial aprofundar os meus conhecimentos sobre o ser humano, seus
fazeres diários e sua relação com outros elementos que constituem a
vida humana, como o ambiente, as condições sociais e de saúde e as
diferentes formas de existir na sociedade.
Nesse período, em conversas e debates com outros alunos,
professores e profissionais que atuavam na assistência, percebi que
42
III - AQUECIMENTO 43
6. Considerações Finais.
Este capítulo visou apresentar uma visão geral da constituição
e do desenvolvimento da ciência ocupacional, bem como dos seus
focos e estratégias de pesquisa. Além disso, objetivou apresentar
algumas potenciais contribuições para a prática da terapia ocupacional.
Em virtude seu caráter introdutório não objetivou aprofundar no
que se refere aos conceitos, teorias e debates desenvolvidos no
âmbito da disciplina. Contudo, é válido ressaltar o histórico do seu
desenvolvimento no Brasil.
Questionamentos sobre as ancoragens teóricas capazes de
sustentar a prática profissional também surgiram ao longo do
desenvolvimento e da consolidação da profissão no contexto nacional,
principalmente na década 80 e início dos anos 90. Todavia, as
motivações e as respostas geradas seguiram outras trajetórias.
Assim, a produção de conhecimento da terapia ocupacional
brasileira seguiu outros caminhos, uma vez que os conceitos e teorias
desenvolvidos em outros contextos, principalmente norte-americanos,
não se adequavam às demandas da realidade brasileira. Portanto,
restou necessário o desenvolvimento de caminhos próprios e genuínos
alicerçados em contextos de prática da realidade nacional.
Como estratégia, os terapeutas ocupacionais brasileiros também
56 Terapia Ocupacional • Volume 3
Referências Bibliográficas
14 - YERXA, E.J.; CLARK, F.; FRANK, G.; JACKSON, J.; PARHAN, D.;
PIERCE, D. et al. An introduction to occupational science, a foundation
for occupational therapy in the 21st century. Occupational Therapy in
Health Care. V.6, n.4, p.1-17, 1989.
19 - CLARK, F.; ZEMKE, R.; FRANK, G.; PARHAN, D.; NEVILLE-JAN, A.;
HEDRICKS, C. et al. Dangers Inherent in the Partition of Occupational
Therapy and Occupational Science. The American Journal of
Occupational Therapy. v.47, n. 2, p.184-186, 1993.
45 - CLARK, F.; AZEN, S.P.; ZEMKE, R.; JACKSON, J.; CARLSON, M.;
HAY, J. et al. Occupational therapy for independent-living older
adults: A randomized controlled trial. Journal of the American Medical
Association, v.278, n.16, p.1321–1326, 1997
64
CAPÍTULO 1 65
1 - Introdução.
O envelhecimento humano pode ser definido como um conjunto
de alterações biopsicossociais que ocorrem progressivamente na vida
adulta das pessoas e que frequentemente reduzem a viabilidade do
indivíduo para enfrentar situações de sobrecarga física, sua capacidade
de adaptação às demandas do dia-a-dia e, na maioria das vezes, vem
acompanhado de um declínio funcional. (1)
Atualmente o envelhecimento populacional é um dos desafios
advindos do movimento de macrotransição contemporânea que se
iniciou no período pós industrial (2, 9).
No entanto, uma nova configuração do trabalho com idosos somente
foi possível a partir da década de 1980, quando novas perspectivas de
compreensão da cronificação gerada pelas instituições fechadas, tais como
os asilos para idosos, preconizadas principalmente pelos movimentos da
luta antimanicomial e o avanço de estudos multidisciplinares do processo
de envelhecimento produziram a necessidade de criação de novos
paradigmas de atenção às pessoas idosas voltados para a manutenção
da saúde da população que envelhecia cada vez mais rapidamente,
adequando-os à transição social e econômica do mundo pós moderno.
Em 2018 cerca de 12 % da população brasileira já tem 60 anos ou
mais, o equivalente a 24,9 milhões de pessoas idosas distribuídas pelos
66 Terapia Ocupacional • Volume 3
- Hospitais
Serviços de saúde de nível terciário para pessoas idosas que
necessitam de cuidados de alta complexidade. Abrange internações em
clinicas e enfermarias/clinicas gerais e especializadas e atendimento
em diferentes serviços que ofereçam, além de leitos para cuidados
de curta e média duração, os leitos de retaguarda, leitos de
convalescença, leitos de média permanência com foco em reabilitação
e leitos de cuidados paliativos;
- Ambulatórios
O termo ambulatório se refere aos serviços que realizam
procedimentos de baixa e média complexidades, sem a necessidade de
internação do paciente. Realizam acompanhamento multiprofissional
de pessoas idosas em ações individuais e grupais, incluindo orientações
a cuidaores e visitas domiciliares. A grande maioria dos atendimentos,
dos diagnósticos como o estudo das imagens (radiografia, tomografia,
ultrassonografia e ressonância), os testes funcionais e as biopsias são
realizados no mesmo dia e após algumas horas o paciente é liberado.
Hoje em dia, após o procedimento de pequenas cirurgias, o paciente
fica em observação por um curto período de tempo até que o mesmo se
recupere da anestesia e é liberado no mesmo dia;
CAPÍTULO 1 71
- Atenção domiciliar
A atenção domiciliar consiste numa modalidade de atenção à saúde
caracterizada por um conjunto de ações interprofissionais de promoção
à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas
em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às
redes de atenção à saúde para pessoas idosas em situação de fragilidade
clinica e vulnerabilidade social, que pode também disponibilizar a
prestação dos serviços de acompanhantes/cuidadores de idosos, para
apoio e suporte nas Atividades de Vida Diárias (AVD) e para suprir outras
necessidades de saúde e sociais. Inclui também os atendimentos para
pessoas idosas que necessitam de cuidados paliativos;
- Previdência social
Serviço de seguro público que tem como função garantir que as
fontes de renda do trabalhador e de sua família sejam mantidas quando
ele perde a capacidade de trabalhar por algum tempo (doença, acidente,
maternidade) ou permanentemente (morte, invalidez e velhice).
7 - Considerações Finais.
O processo de envelhecimento exige cuidados intersetoriais,
ligados a Saúde, Assistência Social, Educação e Cultura, que em acordo
com a complexidade e a dimensão, deve ser criteriosamente avaliado
e analisado para que detectemos, como terapeutas ocupacionais, as
variáveis determinantes do bem estar, da manutenção dos interesses e
valores, dos papéis ocupacionais, da autonomia e da participação social
da pessoa idosa e exige um olhar integral por parte dos profissionais e
gestores como um todo, que devem encontrar nas políticas públicas,
continência e fortalecimento.
Abordar qualidade de vida frente à longevidade da população brasileira
é um desafio que exige do terapeuta ocupacional a capacidade de transpassar
barreiras político-sociais e modelos de atenção de caráter biomédico.
O Estatuto do Idoso assegura a atenção integral à saúde do idoso,
por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, garantindo-lhe o
acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das
ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação
da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam
preferencialmente os idosos, ações essas a serem efetivadas por meio
do cadastramento da população idosa em base territorial; atendimento
geriátrico e gerontológico em ambulatórios; unidades geriátricas
CAPÍTULO 1 77
Referências Bibliográficas.
3 - Conclusão.
A atuação especifica e diferenciada da TOCH, tem como objetivo
o incremento da qualidade de vida em contraponto as consequências
do processo de adoecimento e da terapêutica farmacológica e não
farmacológica instituídas em cada contexto.
É imprescindível, a manutenção e o incremento, na medida do
possível, da funcionalidade e da autonomia, considerando as repercussões
do processo de adoecimento e do tratamento intra e extra hospitalar que
causam alterações e rupturas na vida e cotidiano dos pacientes.
É fundamental que se considere em todo o processo avaliativo e
terapêutico ocupacional a integralidade do indivíduo a fim de responder as
diferentes demandas físicas, psicossociais e espirituais, inserindo a família
e/ou cuidadores nesta perspectiva de abordagem integral e integrada.
Assim, faz-se necessário o fortalecimento continuo e a ampliação
da inserção do terapeuta ocupacional no contexto hospitalar por meio de
uma prática efetiva e resolutiva, pautada em parâmetros assistenciais
reconhecidos e validados por meio da assistência, do ensino e da pesquisa.
Referências Bibliográficas.
92
CAPÍTULO 3 93
Estresse Estabilidade
(sinais de retraimento) (sinais de aproximação)
Estresse Estabilidade
(sinais de retraimento) (sinais de aproximação)
Fig. 1
Fig. 2
Fig. 3 - Enrolamento
Fig. 5 - Ofuroterapia
Fig. 7 - Shantala
CAPÍTULO 3 101
4 - Considerações Finais.
O ambiente de UTI é considerado impactante e emocionalmente
estressante, devido a complexidade do tratamento e das situações de
risco impostas. Também atinge diretamente aspectos da autonomia
e da auto-estima dos pais, que não se sentem capazes de cuidar
do próprio filho, no caso dos bebês internados, e dos adultos, que
necessitam de ajuda, para auxiliá-los nas tarefas mais simples. A Terapia
Ocupacional, de uma forma acolhedora, intervém no ambiente físico e
familiar, levando em consideração que a UTI não deve ser alicerçada
por local de terminalidade, e sim como local de possibilidade a vida.
Possui um papel fundamental, uma vez que consegue auxiliar na
discussão e elaboração do plano terapêutico, a partir do conhecimento
do desempenho ocupacional e funcionalidade do paciente prévio a
internação, e antevê, devido sua expertise, as possibilidades de sequelas
e limitações decorrentes do processo de doença, além do impacto disto,
na qualidade de vida do paciente.
Portanto, a inclusão do Terapeuta Ocupacional dentro da equipe,
auxilia nos cuidados do paciente crítico, de forma singular, integrando
maiores saberes ao cuidado, proporcionando atendimento humanizado,
respeito ao paciente e ao momento que a família está atravessando.
Por se tratar de uma abordagem relativamente nova nesta área, são
escassas as pesquisas encontradas, onde fica evidente a necessidade de mais
estudos que referenciem a prática do profissional terapeuta ocupacional, nas
unidades de terapia intensiva adulto e infantil, dentro de uma perspectiva
curativa, reabilitadora e / ou de cuidados paliativos, visando o crescimento
e consolidação da profissão nessa temática (46; 47; 48).
Referências Bibliográficas.
1.1 - O Trabalho e seu lugar na vida
A relação do ser humano com o trabalho é ontogênica, promotora
de identidade, não importa qual período da história da humanidade
venhamos a analisar, mesmo as imemoriais, representadas por meio de
ações da vida cotidiana e cerimonial, conforme Chagas JR (1).
Apesar das enormes transformações das atividades produtivas /
ofícios e seus valores sociais ao longo da história, nada se compara ao
momento ímpar que vivenciamos. Redivisão internacional do trabalho,
globalização, virtualização do trabalho e automação via inteligências
artificiais. Onde antes tínhamos centenas de anos entre uma revolução
e outra, hoje estas ocorrem a cada instante, quase impossíveis de
acompanhar (2; 3).
Porém a grande transformação nas relações de trabalho e valoração
objetiva e subjetiva do fazer ocorreu com o advento da industrialização no
Século VIII, as pessoas passaram a ser valorizadas por aquilo que poderiam
produzir, de modo simbólico, para o benefício e o progresso da sociedade, e
de modo prático para a expansão do volume da riqueza, com concentração
nas mãos de poucos proprietários dos meios de produção (4).
O processo de desaparecimento, surgimento, diversificação e/ou
transformação das funções sociais continuou a evoluir até a complexa
organização que temos hoje, difícil de congregar em blocos que
representem todos os setores, difícil inclusive de se prever e denominar
as próximas atividades que surgirão frente à velocidade das mudanças
(5)(6), porém o mercado ainda mantém sua classificação mais basilar nas
concepções do capitalismo em Setor Primário, Secundário e Terciário.
Contudo, para organização e gestão governamental, se estabelece a
Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE para uso da
119
120 Terapia Ocupacional • Volume 3
Aumento da participação
social pelo trabalho
Análise Ergonômica do
Trabalho: para correção de Atenção à Saúde das
situações de trabalho com pessoas com doenças
potencial danoso ou projeto realcionadas ao trabalho
de situações de trabalho mais
adaptadas aos trabalhadores
Acompanhamento dos
processos de afastamento
e retorno ao trabalho
a. Breve Contextualização.
O trabalho tem passado por transformações intensas e constantes
nos últimos anos, causadas, sobretudo, pelos seguintes fatores:
introdução de novas tecnologias, mudança do modo de produção e
aceleração do ritmo do trabalho (21). Paralelamente a estas mudanças
verifica-se o crescimento das doenças relacionadas ao trabalho e aos
acidentes laborais.
No Brasil, a 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e
da Trabalhadora, realizada em 2015, apontou que foram registrados
717.911 acidentes de trabalho no ano de 2013 (22). Tais acidentes, por
sua vez, perfizeram o principal motivo de afastamento do trabalho no
país. Tal quadro, revela que os acidentes de trabalho são um importante
problema de saúde pública, pois implicam em significativos custos
sociais e financeiros para empresas e para o estado (23).
Nesse cenário, as mãos são acometidas em quase um terço
dos acidentes de trabalho e apresentam implicações peculiares em
comparação a outras regiões do corpo, visto que a mão é uma estrutura
anatômica voltada essencialmente para a função. Logo, é fundamental
que ela esteja em condições apropriadas para seu funcionamento para
que o indivíduo realize suas atividades cotidianas e de trabalho (24; 25).
No Brasil a 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da
Trabalhadora de 2015 ratificou a necessidade do aumento e melhoria
estratégias de conscientização e preventivas principalmente em relação
à identificação e controle dos fatores de risco (22). Nesse sentido
autores como Santos, Trybus, Lorkowski e Brongel apud Souza apontam a
reabilitação especializada como importante fator na redução do tempo e
custos do tratamento, obtenção de melhores resultados após a alto e no
retorno ao trabalho.
Assim esse trabalho tem como objetivo identificar na literatura
nacional o que tem sido publicado sobre os acidentes de trabalho
envolvendo a mão e os membros superiores no Brasil e discorrer sobre a
atuação da terapia ocupacional nestes casos.
CAPÍTULO 4 131
b. Abordagem Metodológica.
Esse trabalho é uma análise da literatura que utilizou como fontes
para recuperação dos textos as seguintes bases de dados: LILACS
(Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e
MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), bem
como a biblioteca virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online).
Para busca eletrônica foram utilizados, de forma associada, os
descritores em saúde: “acidentes de trabalho” e “mãos” filtrando documentos
escritos em português que foram publicados entre 2005 e 2015. Esse critério
foi utilizado em todas as buscas, como uma forma de padronizá-las.
Usando a estratégia, ora descrita, foram recuperadas 31 (trinta e
uma) referências, as quais tiveram seus títulos e resumos lidos. Foram,
então, selecionados os registros que se enquadravam nos seguintes
critérios de inclusão: discorriam sobre acidentes de trabalho e acidentes
envolvendo a mão isoladamente ou aqueles que investigaram perfil dos
acidentes de trabalho em um determinado local; escritos originalmente
em português. Foram excluídos os trabalhos que abordavam os acidentes
de trabalho que não envolvesse a mão e o membro superior, escritos em
idioma que não fosse a língua portuguesa.
Desse modo, os textos incluídos neste estudo foram analisados,
comparados e avaliados na sua integralidade. Como procedimentos de
análise, os textos tiveram seus principais aspectos como resultados e
conceitos, agrupados. Outras obras e artigos provenientes de acervos pessoais
ou institucionais foram usadas e serão citadas apenas quando relevantes ao
tema em questão. A figura 2 ilustra o processo de seleção dos artigos.
132 Terapia Ocupacional • Volume 3
c. Resultados e Discussão.
As características dos 13 (treze) documentos analisados neste
estudo encontram-se relacionados na tabela anexada ao fim deste
capítulo. No que se refere ao desenho das pesquisas analisadas, 7
(sete) artigos foram estudos descritivos, de caráter retrospectivo,
que utilizaram como fonte de dados informações de prontuários e de
Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs). Os outros 6 (seis) artigos
foram estudos transversais que utilizaram questionários e formulários
como instrumentos para coleta de dados.
Nos acidentes de trabalho investigados em todos estudos incluídos
nesta análise da literatura as mãos foram citadas como a parte do corpo
mais acometida. Tal quadro, denota a vulnerabilidade desta parte do
corpo no contexto laboral.
Contudo, é importante notar que entre estudos levantados apenas
um aborda especificamente a questão dos traumas nas mãos resultantes
CAPÍTULO 4 133
d. Considerações Finais
Há uma escassa publicação nacional acerca dos acidentes de
trabalho envolvendo as mãos e suas implicações comparada em
contraste com a alta incidência revelada pela Conferência Nacional
de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora realizada em 2015.
A subnotificação dos acidentes do trabalho segue sendo um
problema importante a ser superado por diversos setores da sociedade,
em especial, para profissionais de saúde que tem papel fundamental no
reconhecimento da relação entre os agravos que tratam e o trabalho.
Diante disso, a discussão da vulnerabilidade da mão nos acidentes
de trabalho é relevante tendo em vista: a) a alta incidência dos acidentes
de trabalho envolvendo as mãos; b) a escassa produção científica que
aborda a terapia da mão relacionando-a aos acidentes de trabalho; c) a
importância da função da mão pra realização das atividades cotidianas; d)
a subnotificação de acidentes de trabalho; e) a necessidade de fomento
de estratégias para conscientização de riscos, promoção da saúde no
trabalho e prevenção de doenças; f) a recente normatização da atuação
do terapeuta ocupacional na saúde do trabalhador.
Tendo em vista o escasso acervo bibliográfico nacional encontrado
acerca deste tema espera-se, com a discussão deste estudo, incentivar
a publicação de outros estudos que discorrem sobre os traumas/lesões
na(s) mão(s) causados por acidentes de trabalho, em busca de ratificar
a importância da atuação do terapeuta ocupacional na terapia da mão e
na saúde do trabalhador, bem como a melhoria da qualidade dos serviços
de reabilitação da mão para a população trabalhadora.
136 Terapia Ocupacional • Volume 3
3.1 - Apresentação.
Esta Cartilha tem a proposta de apresentar possibilidades
de intervenção do (a) terapeuta ocupacional na área da Saúde do
Trabalhador, mais especificamente nos chamados Centros de Referência
em Saúde do Trabalhador (CEREST).
Para tanto, serão feitas considerações gerais sobre o campo da
Saúde do Trabalhador em nosso país a fim de contextualizar a profissão e
suas ações no cuidado à saúde dos trabalhadores.
Historicamente, a profissão ganhou destaque nessa área a partir
dos anos 90, diante da demanda advinda das mudanças no mundo do
trabalho a partir de fenômenos que impactaram diretamente o processo
“trabalho-saúde-doença”.
A globalização da economia e dos modos de viver, o incremento da
tecnologia, as transformações dos processos e da organização do trabalho,
inclusive com a intensificação do seu ritmo e do aumento de sua jornada,
diminuição ou ausência de pausas, e a precarização dos vínculos de
trabalho, são alguns exemplos importantes de tais fenômenos.
Bernardino Ramazzini, considerado o pai da Medicina do Trabalho, já
descrevia nos idos de 1700, sinais e sintomas do que chamou de “doença
dos escribas e notários”, conhecida atualmente por “LER/DORT”.
Para ele, todo médico (e podemos ampliar para todos os
profissionais da saúde) deveria perguntar para cada pessoa que lhe
procurasse: “Qual é a sua ocupação?”, considerando que as queixas
do paciente podem estar relacionadas à sua atividade profissional e
às exigências da função. E, havendo relação, às atividades executadas
durante o trabalho, precisam ser repensadas e reorganizadas, para a
prevenção de agravos à saúde. Uma pergunta simples que “contribuiu
para celebrizar Bernardino Ramazzini, quando, ao final do século XVII,
in-corporou ao interrogatório dos trabalhadores doentes, na linguagem
da época, foi a seguinte indagação: que arte exerce?” (1).
Este vasto material está dividido inicialmente em quatro partes. A
primeira, “O Campo da Saúde do Trabalhador”, que abordará sucintamente
CAPÍTULO 4 137
4.1 - Histórico
Essa seção segue a produção da pesquisa realizada por PITTO
(2009), como requisito para obtenção do título de Especialista em
Orientação Profissional, atualizada pelos autores (1).
mesmo ano a Lei 3397/88 criou a Caixa de Socorros em cada uma das
Estradas de Ferro do Império e a aposentadoria para seus funcionários,
se deu em 1890.
Em 1892, a Lei 217/92 instituiu a aposentadoria por invalidez e a
pensão por morte aos operários do Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro.
Dois anos depois um projeto de lei foi apresentado visando à criação
de um seguro de acidente de trabalho, que foi tornado compulsório em
1919 para certas atividades.
Mas foi só em 1923, no vigésimo quarto dia de janeiro, que foi
criada a Lei Eloy Chaves (Decreto 4682/23) que tratava das Caixas de
Aposentadorias e Pensões – CAP – das empresas ferroviárias, cujo objetivo
era o de apoiar os trabalhadores durante o período de inatividade.
Em 1939, o Conselho Nacional do Trabalho foi reorganizado tendo
gerado a criação da Câmara e do Departamento da Previdência Social.
O Decreto-Lei 5452 de 1943 aprovou a Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT, e elaborou também o primeiro projeto de Consolidação
das Leis de Previdência. Em 1946 foram criados o Conselho Superior da
Previdência e o Departamento Nacional de Previdência Social.
A ampliação do sindicalismo na década de 1930 fortaleceu a divisão
das instituições previdenciárias por categoria profissional, e não mais
por empresas, fazendo surgir os Institutos de Aposentadorias e Pensões
– IAP. Os institutos que representavam as categorias com maior renda,
portanto com mais recursos financeiros, tornaram-se politicamente
fortes gerando uma distorção no atendimento das necessidades das
diferentes categorias, privilegiando umas em detrimento de outras. Essa
situação deixou clara a necessidade de um sistema previdenciário único.
Para tentar resolver esse problema, em 1960 foi criada a Lei
Orgânica de Previdência Social – Lei 3807/60 – LOPS e o Regulamento
Geral da Previdência Social – Decreto 48959-A/60, que unificaram a
legislação referente aos antigos IAP.
A LOPS também ampliou a lista de benefícios, incluindo o auxílio-
reclusão, o auxílio-funeral e o auxílio-natalidade, e a de segurados,
passando a abranger os empregadores e os profissionais liberais.
O Decreto-Lei 72/66 unificou os institutos existentes criando o
Instituto Nacional de Previdência Social – INPS, que era responsável pelas
ações da previdência para os trabalhadores do setor privado, exceto os
trabalhadores rurais e os domésticos (esses últimos incluídos em 1972).
A década de 1970 foi realmente um marco na ampliação da
cobertura para casos específicos: em 1973 foi feita a regulamentação da
150 Terapia Ocupacional • Volume 3
5.1 - Introdução.
Atualmente, diferentes profissionais são convidados a contribuir
com a coleta, organização e apresentação de informações referentes
às relações trabalhistas e sociais, diante de controvérsias judiciais ou
administrativas que são encontradas como “barreiras” para as decisões do
poder judiciário, e entre esses profissionais está o Terapeuta Ocupacional.
A Terapia Ocupacional é uma profissão de nível superior que atua
nas áreas da saúde, educação e social com principal foco na ocupação
humana e no desempenho ocupacional, trazendo grandes contribuições
para a compreensão dos efeitos das condições e da organização social
e do trabalho nos processos de adoecimento, noções sobre os principais
métodos e abordagens para o estudo de situações e mudanças em
diferentes ambientes que levam ao adoecimento e incapacidade,
compreensão dos processos de adoecimento, incapacidade e exclusão,
bem como formas de evitar e sanar déficits funcionais por meio de
programas de intervenção e acompanhamento (1).
Nesse sentido e na tentativa de manter o direito e a excelência dos
trabalhos à serem desenvolvidos nessa área, apresentamos as atribuições
da perícia terapêutica ocupacional, sua importância nas diversas esferas
CAPÍTULO 4 159
Referencias Bibliográficas.
- Decreto 3048/99
2 - Resolução n. 81 - Coffito.
https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=2839#more-2839
(acesso em 14/02/2018)
- WAMBIER, L.R. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 1, RT, 3ª ed., p.527.
1.1 - Apresentação
As instituições de ensino se vêem hoje mais responsáveis pelo
sucesso do ensino, da educação e do futuro do aluno. Considerando o
tempo em que os alunos permanecem e as experiências vividas dentro do
ambiente escolar, este se torna o local onde ocorrem os acontecimentos
sociais, os laços, a interação com o outro, o lidar com o diferente, assim
como a formação da personalidade do indivíduo que ali se encontra.
Em sala de aula, há uma diversidade de pessoas, com histórias de vida
diferentes, crenças familiares, classes sociais, pessoas vindas de ambientes
e culturas diferentes. São pessoas tem uma maneira peculiar de lidar
com o saber, por apresentarem condições diferenciadas culturalmente,
intelectualmente, fisicamente ou somente por crenças familiares.
Portanto, o processo de aprendizado não acontece de uma única
forma para todas as pessoas, cada uma trás, inscrito em si, a maneira
mais fácil de aprender.
A diversidade do ser humano está exposta na escola como uma
mini sociedade, com representações de pessoas e suas histórias vividas.
No Brasil, poucas escolas ainda exploram o formato de aprendizado
singular. O ato de educar vai muito além de ensinar a escrever e a ler.
Na escola, para que o processo de aprendizagem e desenvolvimento
humano seja privilegiado de fato, é preciso estabelecer um contexto
escolar intencionalmente orientado para relações interpessoais de
qualidade dentro e fora do ambiente escolar, no qual se respeitem a
história de vida e familiar, combatam as desigualdades, celebrem-se as
diferenças e que sejam enriquecidas as possibilidades interativas.
A inclusão escolar foi vista por muitos anos como o trabalho de
202
CAPÍTULO 5 203
2.1 Introdução
Facilitador, mediador, transformador, integrador, estrategista,
organizador, potencializador; estes são alguns sinônimos de terapeuta
ocupacional no contexto escolar. Dentro do ambiente escolar este
CAPÍTULO 5 207
3.1 Introdução
A prática do Terapeuta Ocupacional na Educação Inclusiva começa
a partir das crenças que esse profissional tem sobre o direito ao acesso, a
permanência e a participação de cada aluno com deficiência no ambiente
escolar. Além dessas crenças, a falta de entendimento do Terapeuta
Ocupacional sobre os paradigmas construídos ao longo da história das
pessoas com deficiência no Brasil, somado a uma visão assistencialista e/
ou patológica medicamentosa faz com que o plano de ação proposto esteja
favorecendo e fortalecendo a integração social e não a inclusão social.
A forma como o Terapeuta Ocupacional entende e percebe como
deve se dar essa “participação” e a garantia desse “direito”, vai nortear
suas orientações e a mediação oferecida em cada caso que a escola
em potencial venha a receber como aluno efetivamente matriculado,
indiferente da tipificação do ensino: Educação infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio, Ensino Profissionalizante e Ensino Superior.
É muito importante que os papeis ocupacionais de estudante, amigo,
cidadão e filho estejam norteando o plano de ação do Terapeuta Ocupacional
que trabalha com inclusão e acessibilidade. A patologia, o diagnóstico e
CAPÍTULO 5 211
Referências Bibliográficas.
1 .1 - Apresentação.
O Guia de Referência de Terapia Ocupacional em Saúde Mental
é a primeira experiência de publicação da Câmara Técnica de Saúde
Mental do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da
3ª Região (CREFITO-3). Assim, a intenção é de enaltecer e fortificar as
possibilidades do campo de atuação do terapeuta ocupacional na área
de saúde mental, e os reconhecendo como profissionais essenciais na
223
224 Terapia Ocupacional • Volume 3
LISTA DE SIGLAS
ABS Atenção Básica em Saúde
AVDs Atividades de Vida Diária
AVPs Atividades de Vida Prática
CAPS Centro de Atenção Psicossocial
CR Consultório na Rua
CT Comunidade Terapêutica
NASF Núcleo de Apoio à Saúde da Família
PTS Projeto Terapêutico Singular
RAPS Rede de Atenção Psicossocial
SRT Serviço Residencial Terapêutico
RT Residência Terapêutica
SUS Sistema Único de Saúde
UAA Unidade de Acolhimento Adulto
UAI Unidade de Acolhimento Infantil
PARA AQUECER...
Para iniciarmos as discussões, apresentaremos a seguir uma lista
com alguns termos alicerces que, via de regra, são utilizados na clínica
do campo da saúde mental por meio de definições breves e objetivas, e
que poderão aquecer as temáticas apresentadas no decorrer deste Guia
e nas edições posteriores.
226 Terapia Ocupacional • Volume 3
Porte
populacional
Modalidade Público alvo Funcionamento Equipe mínima
para
implantação
Pessoas de todas
as faixas etárias,
respeitando-se o
Estatuto da Criança
e do Adolescente,
com intenso 1 médico com
sofrimento psíquico formação em
e/ou necessidades de Diurno, de saúde mental;
Municípios
cuidados decorrentes segunda a sexta- com 1 enfermeiro;
população
CAPS I do uso problemático feira, das 8h 3 profissionais
acima de 15 mil
e abusivo de às 18h, em 2 de nível
habitantes.
crack, álcool ou turnos. superior;
outras drogas, 4 profissionais
com dificuldades de nível médio.
na realização de
suas atividades
cotidianas e déficit
no desempenho
ocupacional.
Pessoas de todas
as faixas etárias,
respeitando-se o
Estatuto da Criança
e do Adolescente, 1 médico
Diurno, de
com intenso psiquiatra;
segunda a sexta-
sofrimento psíquico 1 enfermeiro
feira, das 8h
e/ou necessidades de com formação
às 18h, em 2 Municípios
cuidados decorrentes turnos, podendo em saúde
com população
CAPS II do uso problemático mental;
comportar um acima de 70 mil
e abusivo de 4 profissionais
terceiro turno habitantes.
crack, álcool ou de nível
até às 21h.
outras drogas, superior;
com dificuldades 6 profissionais
na realização de de nível médio.
suas atividades
cotidianas e déficit
no desempenho
ocupacional.
CAPÍTULO 6 245
Porte
populacional
Modalidade Público alvo Funcionamento Equipe mínima
para
implantação
De acordo com o
tipo de CAPS, pode
ser direcionado
à pessoas com
intenso sofrimento
psíquico/transtorno Diariamente,
mental grave e/ durante 24 Municípios com
ou necessidades de horas, inclusive população acima
cuidados decorrentes aos finais de de 200.000
CAPS III do uso problemático semana e
feriados, com dehabitantes ou
e abusivo de acordo com a
crack, álcool ou leitos para demanda local.
outras drogas, acolhimento
com dificuldades noturno.
na realização de
suas atividades
cotidianas e déficit
no desempenho
ocupacional.
Municípios
com população
Direcionado à acima de 70 mil
pessoas em intenso 1 médico
habitantes. As
sofrimento psíquico psiquiatra; 1
modalidades
e/ou necessidades de enfermeiro com
de turnos de
cuidados decorrentes formação em
CAPS funcionamento
do uso problemático saúde mental;
Álcool e Diurno, de para este CAPS,
e abusivo de 1 médico
outras segunda a constituem-se
crack, álcool ou clínico;
Drogas sexta-feira. de acordo com
outras drogas, com 4 profissionais
(CAPS AD) a população
dificuldades na de nível
de referência,
realização de suas superior;
número de
atividades cotidianas 6 profissionais
habitantes e/ou
e desempenho de nível médio.
de acordo com
ocupacional. a demanda do
município.
246 Terapia Ocupacional • Volume 3
Porte
populacional
Modalidade Público alvo Funcionamento Equipe mínima
para
implantação
Crianças e Municípios
adolescentes de até com população
18 anos incompletos, acima de 70 mil
que estejam, habitantes. As
prioritariamente, em modalidades 1 médico
intenso sofrimento de turnos de psiquiatra
psíquico, que possa funcionamento neurologista ou
CAPS apresentar quadros para este CAPS, pediatra com
Infantil como autismo, déficit Diurno, de podendo ser formação em
(CAPS i) no desempenho segunda a CAPS II ou CAPS saúde mental;
ou CAPS ocupacional e/ sexta-feira. III, constituem- 1 enfermeiro; 4
Infanto ou relacionamento se de acordo profissionais de
Juvenil (IJ) interpessoal, com a população nível superior; 5
alterações de referência, profissionais de
importantes de número de nível médio.
comportamento, habitantes e/ou
psicose infantil e de acordo com
quadros psiquiátricos a demanda do
graves. município.
Equipe mínima
(CAPS III)
Consulte também:
• Portaria MS/GM nº 336, de 19 de fevereiro de 2002
Define as modalidades de CAPS.
• Portaria MS/GM nº 245 de 17 de fevereiro de 2005
Destina incentivo financeiro para implantação de CAPS.
• Portaria MS/GM nº 3089, de 23 de dezembro de 2011
Dispõe, no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial, sobre o
financiamento dos CAPS.
• Portaria MS/GM nº 130, de 26 de janeiro de 2012
Redefine o CAPS AD III e os respectivos incentivos financeiros.
Portaria MS/SAS nº 854, de 22 de agosto de 2012
Trata das alterações nos procedimentos dos CAPS e da RAAS.
• Portaria MS/GM nº 1996, de 10 de setembro de 2013
Altera valor de custeio mensal de CAPS III e CAPS AD III.
• Manual “Saúde Mental no SUS: Os Centros de Atenção Psicossocial”
(http://www.ccs.saude.gov.br/saude_mental/pdf/sm_sus.pdf)
2.1 – Introdução.
Ser terapeuta ocupacional significa ser capaz de enxergar a beleza
da vida, perceber os detalhes e valorizar o modo com que o ser humano
faz suas atividades, e como escreve suas experiências e histórias. Para
tanto, uma das tecnologias de trabalho do terapeuta ocupacional é
a análise da atividade. Essa tecnologia envolve um jeito próprio de
raciocinar a partir de um contexto de vida, das diversas atividades
realizadas no dia a dia, das habilidades, capacidades, desejos,
necessidades e crenças de cada indivíduo, bem como dos materiais
necessários para execução das atividades.
A partir daí, a atuação profissional do terapeuta ocupacional mostra
um up grade em relação às demais profissões, pois enxergamos além;
a Terapia Ocupacional já traz em si, o conceito de clínica ampliada,
valorizando o saudável a partir da intervenção, com o planejamento e
execução de atividades, vivências, dinâmicas, conforme a necessidade
de cada paciente. Portanto esse capítulo foi elaborado com o intuito de
instigar nós terapeutas ocupacionais a inovar e contribuir em tecnologias
de se fazer saúde colocando-nos em paralelo num campo de visão e de
divulgação do nosso fazer e potencial.
É nesse cenário que a experiência exitosa relatada a seguir ocorre
no cotidiano da prática assistencial a qual surgiu da necessidade de
se iniciar o Matriciamento em Saúde Mental – MSM no município de
Eusébio-CE onde 02 (duas) terapeutas ocupacionais, do Centro de
Atenção Psicossocial Geral – CAPS I, desenvolveram um Planejamento
Operacional Padrão - POP com o objetivo de sensibilizar os profissionais
da Atenção Primária à Saúde – APS acerca do cuidado a ser prestado aos
indivíduos em sofrimento psíquico e portadores de transtorno mental.
Sendo, portanto exemplo das inúmeras possibilidades que nós terapeutas
ocupacionais a partir de nosso raciocínio clínico podemos construir-nos
diversos contextos e cenários da prática clínica terapêutica ocupacional
bem como, da prática clínica multidisciplinar, onde no caso aqui
demonstrado o referido POP pode ser aplicado por todos os profissionais
já reconhecidos e inseridos nos serviços de saúde mental.
CAPÍTULO 6 267
Referências Bibliográficas.
285
286 Terapia Ocupacional • Volume 3
Figura 4 - “self-outro-emoção”.
CAPÍTULO 7 289
Figura 5 - “Conflito”.
290 Terapia Ocupacional • Volume 3
Essa teoria nos mostra que não somos um corpo ambulante no mundo,
nem somente um conjunto de crenças que definirão nosso destino, ou um
compêndio de emoções que nos levam do Oiapoque ao Chuí em segundos
sem nem entendermos o que está acontecendo. Há correspondentes
sensório-motores e cognitivos para cada emoção, há correspondentes
emocionais e cognitivos para cada sensação e/ou movimento e há
correspondentes sensório-motores e emocionais para cada pensamento/
crença. Não é possível romper com uma emoção sem padrões de crença, de
postura, de movimento e sensações que sustentem esse padrão.
Com base na teoria do cérebro triúno, Tina Champagne (2011)
nos apresenta a neuro-ocupação (9). O termo foi uma inflexão das
neurociências ao termo ocupação, naturalmente para dar visibilidade
científica ao uso de ocupações como dispositivos terapêuticos.
Champagne apresenta o neocórtex como a estrutura responsável
CAPÍTULO 7 291
Referências Bibliográficas.
7 - OGDEN, P.; MINTON, K.; PAIN, C. (2006). Trauma and the Body. A
Sensorimotor Approach to Psychotherapy. New York: Norton, 2000.
8 - VAN DER KOLK, B.A. The Body Keeps The Score: brain, mind,
and body in the healing of trauma. New York: Viking Press, 2014.
296
CAPÍTULO 8 297
2.1 – Introdução.
Socioassistencial no País.
Diante dos desafios pelos frequentes “ataques” à Política de
Assistência Social no cenário nacional, manter a atenção à população
de crianças, idosos e famílias de todo o País, é um grande desafio. Esse
é um processo que afirma o compromisso dessa Política em garantir os
acessos aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros.
Neste contexto, pontuamos a Terapia Ocupacional como ciência
na construção do campo social e suas práticas, bem como ressaltar a
importância deste profissional, em acordo com as funções desempenham
no universo daqueles que deles necessitam.
A análise histórica da construção da Assistência Social tem sua base
num tripé que envolve a seguridade social, as políticas de saúde e da
previdência social, para tanto é necessário que se avance na legislação e
regulamentação desta política.
A Carta Magna de 1988 integrou a Assistência Social como política
pública no âmbito da seguridade social, conjuntamente com a Saúde e
Previdência social (BRASIL, 1988). O Art.194 definiu Seguridade Social
como “um conjunto integrado de ações de iniciativa de poderes públicos
e da sociedade, destinados a assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social” (5).
Com a incorporação do conceito de dignidade humana para além do
olhar somente para a saúde, estas políticas vão se materializando num
pensar de direitos e deveres, e na justiça social com foco na redução
das desigualdades sociais.
Muitos são os movimentos para o fortalecimento das Políticas
de Assistência Social e a garantia de direitos, pois existe uma
compreensão que todos somos iguais e devemos buscar através de
um trabalho compartilhado entre as esferas dos governos Federal,
Estadual e Municípal, essa igualdade de direitos.
Assim como a saúde é um direito garantido na Constituição de
1988, Constituição Cidadã (C.F.,art.196), buscamos esses mesmos
direitos na assistência social.
A Assistência Social deve se responsabilizar pelas situações de risco e de
vulnerabilidade, produzindo aquisições (materiais, sociais e socioeducativas)
para promover convivência social, protagonismo e autonomia (6).
É fato que as políticas sociais, historicamente se deparam com
situações adversas para o seu crescimento, efetividade e resolutividade,
contudo devemos mobilizar esforços realizando ações com as outras
políticas públicas de forma transversal e\ou intersetorial, respeitando
CAPÍTULO 8 311
Referências Bibliográficas.
- Projeto Metuia
BARROS, D.D.; LOPES, R.E.; GALHEIGO, S.M. Projeto Metuia -
Terapia Ocupacional no Campo Social. Mundo saúde (Impr);26(3):365-
369, jul.-set. 2002.
- CREFITO 2.
http://www.crefito2.gov.br/noticias/noticias/papa-destaca-importancia-
da-terapia-ocupacional-no-1475.html. Acessado em 10 abril de 2018.
3 - https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/PainelPEI/
Publicações/CensoSUAS_2010.pdf (acesso em 27/02/2018)
4 - http://www.mds.gov.br/webarquivos/legislacao/
assistencia_social/resolucoes/2011/RESOLUCaO%20No%2017%20
DE%2020%20DE%20JUNHO%20DE%202011%20.pdf (acesso em 27/02/2018)
1 - Introdução.
A atuação da Terapia Ocupacional no contexto esportivo/
paradesportivo, se caracteriza pelo exercício profissional em todos
os níveis de atenção å saúde, em todas as fases do desenvolvimento
ontogênico, e nos diversos grupos populacionais, com ações de prevenção,
proteção, educação, intervenção terapêutica, nos seguintes ambientes:
hospitalar, ambulatorial (clubes, clínicas, consultórios, centros de saúde),
domiciliar, públicos, filantrópicos, militares, privados e terceiro setor.
Quanto a legitimação da Terapia Ocupacional no campo do esporte e
lazer, identifica-se a flexibilidade da profissão, que transita em diferentes
espaços e conhecimentos, diferenciando-se das demais profissões no
enfoque das capacidades e habilidades envolvidas na prática esportiva,
além de contribuir para o desenvolvimento pleno dos potenciais da pessoa
em seu contexto e consequentemente na melhoria da qualidade de vida (1).
Neste processo, o terapeuta ocupacional é um profissional que pode
contribuir com seu conhecimento especifico para melhorar o desempenho,
a funcionalidade e a autonomia pessoal e social daquele que, por uma
condição temporária ou permanente, estejam com o desempenho de sua
vida ocupacional comprometido. A intervenção busca desenvolver funções
psicológicas, físicas e sociais, de forma favorecer o máximo desempenho
da atividade ocupacional independente e satisfatória. Reafirma-se que
a terapia ocupacional se apresenta fundamentalmente comprometida
com a funcionalidade humana e o decorrente desempenho da pessoa em
sociedade e, assim, com a proposta de inclusão para todas as pessoas (2).
Russel, 2015 explana a atuação da Terapia Ocupacional na
Reabilitação Esportiva, enfatizando o papel do profissional no
reestabelecimento da função, sendo que o objetivo é que o atleta que
sofreu uma lesão possa retornar ao seu nível funcional anterior. Neste
sentido deve-se estabelecer expectativas realistas quanto aos estágios
318
CAPÍTULO 9 319
A B
A B
4 - Considerações finais.
O profissional de reabilitação que trabalha com esporte precisa
entender as demandas que esta população específica necessita. A
abordagem de reabilitação física pouco varia da população convencional,
o que se deve levar em consideração é que cada esporte específico
apresenta demandas específicas e dinâmicas de funcionamento
324 Terapia Ocupacional • Volume 3
Referências Bibliográficas.
327
328 Terapia Ocupacional • Volume 3
a.
ANEXO 1 329
b.
c.
a. b.
a. b.
Descrição:
O caso que segue é um dos quase 12 mil reabilitados no Brasil
em 2016, frente aos mais de 40 mil segurados encaminhados para o
programa no mesmo período (3).
ESS, nascido em 01/08/1970 em Camacan – BA, residente no
município de SP, casado, pai de 4 filhos menores há época do programa.
Vinculado como coletor em empresa de limpeza urbana do município de
SP. Foi admitido como varredor de rua em 01/06/94, e passou a coletor
em 01/01/95. Sofreu acidente de trabalho em 11/2004, resultando em
fratura de joelho direito. Foi operado na mesma época, permaneceu
com bloqueio de flexão total de joelho e atrofia da musculatura da
coxa e panturrilha, com deambulação prejudicada por claudicação e
comprometimento motor, conforme relatório de médico assistente.
Foi então encaminhado ao programa de reabilitação profissional
em 04/2009 por incapacidade para função de origem. Assim, foram
definidas pelo perito médico da equipe de reabilitação profissional,
algumas restrições às atividades que exijam deambulação frequente,
ortostatismo prolongado, posições viciosas de joelho direito, subir e
descer escadas e sobrecarga de MID.
O primeiro atendimento com um profissional de referência, como
são denominados os servidores que compõem a equipe de RP, que podem
ser terapeutas ocupacionais, como também podem ser assistentes
sociais, psicólogos, fisioterapeutas, entre outros com formação de nível
superior em áreas afins ao processo*, foi realizado em 02/2011.
Nota-se que, da data do acidente de trabalho até o
encaminhamento para a reabilitação profissional, passaram-se mais de 4
anos, e mais outros 2 anos, até o início do programa, totalizando 6 anos,
até o início do processo de reabilitação.
335
336 Terapia Ocupacional • Volume 3
Em 2006 e 2007,
Analisar a Estudo descritivo de
foram
Acidentes prevalência e caráter retrospecti-
RUAS; notificados 315
ocupacionais caracterizar os vo. Os dados foram
SANTOS; acidentes de
com materiais acidentes coletados por meio
BARBOSA; trabalho.
perfurocor- ocupacionais das Comunicações
BELASCO; Tratando-se da
tantes em com materiais de Acidentes de
BETTENCOURT, parte do corpo
Hospitais De perfurocortantes Trabalho e das fi-
2012 mais atingida, as
Montes Cla- com exposição chas de notificação
mãos foram as
ros-MG biológica. de acidente biológi-
mais acometidas
cos ocupacionais.
(93%).
O maior percen-
tual de aciden-
tes ocorreu com
Identificar a
Estudo transversal, trabalhadores
prevalência e os
CERON; Prevalência e N=157. Os dados do sexo mas-
fatores
MAGNAGO; fatores as- foram coletados culino (26,3%),
associados à
CAMPONOGA- sociados aos através de um for- entre 19 e 34
ocorrência dos
RA; LUZ; acidentes de mulário para carac- anos (21,6%). Os
acidentes de
BELTRAME; trabalho no terização sociode- acidentes com
trabalho com os
BOTTINO, serviço hos- mográfica, laboral, perfurocortan-
trabalhadores
2015 pitalar de hábitos, saúde e tes e as quedas
do serviço
limpeza dos acidentes de se destacaram,
hospitalar de
trabalho. sendo as mãos
limpeza.
e os dedos as
partes do corpo
mais atingidas.
340
ANEXO 3 341
As regiões do
corpo mais
atingidas nos
acidentes de
Trata-se de estudo
trabalho foram
descritivo, transver-
Estudo sobre Verificar a os dedos da mão
sal, de abordagem
a ocorrência ocorrência de em 15 acidentes
quantitativa, N=81.
de acidentes acidentes de (93,8%) e a mão
A coleta de dados
de trabalho trabalho com em 1 acidente
OLIVEIRA; foi realizada por
com material material biológi- (6,2%). Resulta-
KLUTHCOVSKY: meio de questioná-
Biológico em co em técnicos e do semelhante
KLUTHCOVSKY, rio contendo ques-
profissionais auxiliares de foi encontrado
2008 tões objetivas,
de enferma- enfermagem na literatura,
pré-elaboradas
gem de um que atuam em onde os aciden-
cuja construção
hospital hospital. tes com mate-
baseou-se na litera-
rial biológico
tura.
também acome-
teram predomi-
nantemente o
dedo.
Trata-se de estu-
do descritivo com
abordagem quanti-
Caracteriza- qualitativa, N=22.
Caracterizar o
ção de aci- Os dados foram
acidente com
dente com coletados por meio A região mais
RIBEIRO; GA- material per-
material per- de entrevista se- afetada pelos
BATZ; NEVES; furocortante
furocortante miestruturada com acidentes foram
PADOIN, e conhecer a
ea questões abertas as mãos, prin-
2009 percepção da
Percepção e fechadas. A aná- cipalmente os
equipe de Enfer-
da equipe de lise dos dados foi dedos.
magem diante
enfermagem constituída de duas
do acidente.
etapas, a primeira
foi a análise quan-
titativa e a segunda
qualitativa.
342 Terapia Ocupacional • Volume 3
Trata-se de uma
investigação descri-
tiva, utilizando-se o As partes do
Investigar a modelo transversal corpo mais
Trabalho pre-
SANTOS; ocorrência de de investigação, atingidas nos
coce e aci-
MAURO; BRITO; acidentes ocu- com abordagem e acidentes foram
dentes ocupa-
MACHADO, pacionais em análise quantitativa mãos e dedos,
cionais na
2009 adolescentes de dados. Como ins- apontados por
Adolescência.
trabalhadores. trumento de coleta 40,4% dos ado-
de dados foi utiliza- lescentes.
do um questionário
autoaplicado.
Caracterizar os
Acidentes casos de lesões Estudo observacio- Os acidentes de
de trabalho na mão relacio- nal, de corte trans- trabalho com
SOUZA; CA-
envolvendo nadas ao traba- versal. Os dados lesão de mão
BRAL; SAMPAIO;
mãos: casos lho tendidos no foram coletados (n=238) corres-
MANCINI,
atendidos em Setor de Tera- dos protocolos ponderam a
2008
um Serviço de pia da Mão do de avaliação 33,5% do total
Reabilitação Hospital Maria dos pacientes. de casos.
Amélia Lins.
ANEXO 3 343
Estimar a pre-
Prevalência valência e as
e caracte- características
Trata-se de um
rísticas dos dos acidentes Os dedos das
estudo de delinea-
acidentes com com base na mãos, as mãos e
mento transversal,
OLIVEIRA; material via de exposi- os braços foram
de caráter descriti-
PAIVA, Biológico en- ção a material as áreas mais
vo. Para a coleta de
2013 volvendo pro- biológico entre atingidas por
dados fez-se o uso
fissionais do profissionais do material bioló-
de um questionário
atendimento atendimento gico.
estruturado.
pré-Hospitalar pré-hospitalar
móvel do estado de
minas gerais.
Identificar a
A área corporal
frequência dos
mais atingida
acidentes envol-
Perfil de Estudo descritivo foram as mãos
vendo material
SASAMOTO; acidentes retrospectivo. Os (32/80, 0%),
biológico entre
TIPPLE; LELES; com material dados foram obti- com envolvi-
acadêmicos e
SILVA; PAIVA; biológico em dos, por meio das mento dos dedos
profissionais de
SOUZA; uma Institui- fichas de notifica- da mão não
uma institui-
DOURADO, ção de ções de registro dominante em
ção de ensino
2010 Ensino Odon- dos acidentes com 16 acidentes e
odontológico e
tológico material biológico. dos dedos da
o perfil epide-
mão dominante
miológico desses
em 10.
acidentes.
Estudo epidemio-
Analisar os Em relação à
lógico descritivo,
acidentes de parte do corpo
de delineamento
trabalho típicos atingida, ve-
Acidentes de transversal. Os da-
registrados pelos rificou-se que
trabalho na dos foram coletados
trabalhadores as mãos dos
equipe de através notifica-
SÊCCO; de enfermagem trabalhadores
enfermagem ções de acidentes
ROBAZZI, segundo as vari- estiveram mais
De um hospi- de trabalho típicos
2007 áveis relaciona- expostas a ATT
tal de ensino (ATT) registrados
das ao tempo, em todos os
do Paraná - por meio das CAT e
ao espaço e à anos do estu-
Brasil das notificações de
pessoa e estimar do, totalizando
acidentes de Tra-
indicadores de 70,5% (246) dos
balho com Material
risco. casos.
Biológico (NATMB).
344 Terapia Ocupacional • Volume 3
Acidentes Descrever os
com material acidentes do Pela própria
biológico em trabalho com Trata-se de um natureza do tra-
MARZIALE; hospital da exposição a estudo de campo de balho, as mãos e
SILVA; HAASW; Rede material biológi- caráter retrospec- os quirodáctilos
ROBAZZI, 2007 de Prevenção co ocorridos no tivo com desenho foram as partes
de Acidentes Hospital Univer- transversal. do corpo mais
do Trabalho – sitário de atingidas.
REPAT Brasília.
Quanto à lo-
Epidemiologia Investigar as ca-
Trata-se de um calização das
SILVIA; do acidente racterísticas de
estudo retrospec- lesões, as mãos
BARBOSA; de trabalho pacientes víti-
tivo com base em e os antebraços
CASTRO; na experiên- mas de acidente
busca ativa em corresponderam
JÚNIOR cia cirúrgica de trabalho e
prontuários médicos a 64,35% das
2006 de um Hospi- sua
(n=301). regiões acome-
tal Geral consequência.
tidas.
ANEXO 4
CARTÃO BABEL (INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO EM SAÚDE
MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA; Ref. ao Cap. 6, Tópico 1)
346
ANEXO 4 347
Disponível em:
FILE:///C:/USERS/CREFITO/DOWNLOADS/CARTAO-BABEL.PDF
IV - APÊNDICE
Cartilha de Apoio para a Inserção de Terapeutas
Ocupacionais nos Programas e Serviços
Públicos de Saúde e Assistência Social.
Realização
Câmara Técnica Sócio-Sanitária - Crefito 3:
• Adriana Fernandes - Fisioterapeuta
• Caroline Firmino Pierini - Fisioterapeuta
• Fernanda Laís Ribeiro - Terapeuta Ocupacional
• Adriana Oliveira - Fisioterapeuta
• Luany Maldonado Orsi - Terapeuta Ocupacional
• Nelsilene do Amaral - Fisioterapeuta
- Coordenação:
• Susilene Maria Tonelli Nardi – Terapeuta Ocupacional
• Jonatas da Silva Souza - Fisioterapeuta
Apresentação
Essa Cartilha foi idealizada e construída com o propósito de
selecionar quais as leis, resoluções e programas do Ministério da Saúde
e do Ministério da Assistência Social que contemplam a inserção dos
profissionais nos serviços públicos.
A Cartilha foi finalizada em 2017 pela Câmara Técnica Sócio
Sanitária (CTSS) do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional de Terceira Região - Crefito 3.
Nessa Cartilha, os profissionais já vinculados ao serviço público,
poderão se apropriar do regimento dos programas e verificar as
atribuições do Terapeuta Ocupacional em cada programa implantado
em seu município. Há também a possibilidade de, com a cartilha em
mãos, Terapeutas Ocupacionais, Fisioterapeutas e a própria população,
sensibilizarem os gestores para a implantação dos programas em seu
município e ou reivindicar a melhoria dos serviços e a contratação de
profissionais para garantir mais qualidade no atendimento à população.
Cabe aqui ressaltar que o Terapeuta Ocupacional tem uma inserção
e ação muito ampla na Assistência Social e compõe juntamente com
350
351
1 - Apresentação.
Assim como o médico estabelece o diagnóstico clínico de doenças,
distúrbios ou outras condições de saúde, determinando o código CID-10
(Classificação Internacional de Doenças – Décima revisão), O Terapeuta
Ocupacional estabelece o diagnóstico funcional e incapacidades associadas
aos estados de saúde, determinando o código CIF. Essas duas classificações
quando combinadas, podem determinar maior acertividade nas condutas e
gerar evidência para o monitoramento da saúde da população.
A CIF (assim como a CID-10) pertence à “família” das classificações
internacionais desenvolvidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
para aplicação em vários aspectos da saúde. Dessa forma, fornece
um sistema para a codificação de uma ampla gama de informações,
e possibilitando uma linguagem comum padronizada, que permite
sobretudo a comunicação universal para uma atenção adequada à saúde.
Conforme a nomenclatura, temos os seguintes conceitos teóricos:
Funcionalidade é um termo que abrange todas as funções do corpo,
atividades e participação;
Incapacidade é um termo que abrange deficiências, limitação de
353
354 Terapia Ocupacional • Volume 3
Primeiro Nível:
Atividades e Participação
Capítulo 1 Aprendizagem e aplicação do conhecimento
Capítulo 2 Tarefas e exigências gerais
Capítulo 3 Comunicação
Capítulo 4 Mobilidade
Capítulo 5 Auto cuidados
Capítulo 6 Vida doméstica
Capítulo 7 Interacções e relacionamentos interpessoais
Capítulo 8 Áreas principais da vida
Capítulo 9 Vida comunitária, social e cívica
Segundo Nível:
Atividades e Participação
Capítulo 5 Auto cuidados
d510 Lavar-se
d520 Cuidar de partes do corpo
d530 Cuidados relacionados com os processos de excreção
d540 Vestir-se
d550 Comer
d560 Beber
d570 Cuidar da própria saúde
d598 Auto cuidados, outros especificados
5 - Considerações Finais
Há que se considerar o volume de informações contida na CIF. Por
um lado, isso subsidia o profissional à um olhar integral ao indivíduo. Por
outro, torna o instrumento complexo e pouco prático na aplicabilidade.
Porém, com a prática na aplicação e conseqüente familiaridade a partir
dessa prática, aplicar a classificação, bem como torná-la presente no
processo terapêutico vai ficando mais fácil e rápido.
Idealizada e desenvolvida pela OMS, a CIF traz a confiabilidade
desse órgão, que também norteia as “boas práticas” do SUS. Esse
certamente é um dado que credencia a CIF como um instrumento de
referência para a Terapia Ocupacional, que inclusive, dado o exposto
acima, “conversa” com as políticas públicas de Saúde do Brasil.
E assim finalizo esse overview sobre a CIF e sua aplicação,
sugerindo o aprofundamento nos estudos sobre a seus Componentes,
Domínios e Constructos, bem como a sugestão de ter a CIF sempre a
mão para consulta (no formato que lhe for mais conveniente), completo,
como disposto para acesso no link abaixo.
Acesse a versão completa da CIF em:
http://www.inr.pt/uploads/docs/cif/CIF_port_%202004.pdf
APRESENTAÇÃO
MINI-CURRÍCULOS DOS AUTORES/COLABORADORES,
EM ACORDO COM A IDENTIFICAÇÃO NUMÉRICA EM
SOBRESCRITO.
AUTOR E ORGANIZADOR
1. Adriano Conrado Rodrigues - Terapeuta Ocupacional.
• Graduação – Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCCAMP.
• Especialização em Terapia da Mão – Associação dos Terapeutas
Ocupacionais do Estado do Rio de Janeiro, 1998.
• Mestre em Ciências da Reabilitação Neuromotora – Universidade
Bandeirante de São Paulo/CAPES, 2005.
• Vice-presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional da Terceira Região - Crefito 3 (Gestão 2016-2020) - Sistema
Coffito-Crefitos.
• Professor Titular da Universidade de Sorocaba – UNISO, Curso de
Terapia Ocupacional - 2003 à 2007. Disciplinas de Patologia Aplicada;
Órteses, Próteses e Adaptações; Terapia Ocupacional em Saúde Física;
Práticas Institucionais e Comunitárias; Estágio Profissional de Terapia
Ocupacional em Saúde Física.
• Preceptor da Primeira Residência Multiprofissional em Saúde da
Família, Casa de Saúde Santa Marcelina / Universidade Santa Marcelina -
Categoria Terapia Ocupacional - 2004.
• Coordenador do curso de pós graduação lato sensu “Reabilitação
Funcional do Membro Superior – Especialização em Terapia da Mão” –
Universidade de Sorocaba / Conjunto Hospitalar de Sorocaba (2006, 2007).
• Terapeuta Ocupacional (Concursado Público Estadual Efetivo) do
Instituto de Medicina Física e Reabilitação – IMREA – HC – FMUSP (2008).
• Autor de artigos em revistas científicas relacionadas a Neurociências e
Reabilitação.
• Consultor de Gestão em Saúde; Home Care; Empresário - 2008/dias atuais.
• Sócio-Fundador da Associação Brasileira de Terapia Ocupacional Neuro-
Traumato-Ortopédica (Abratoneto).
362
363
AUTORES COLABORADORES
2. Ana Maria D. O. Belleza – Fonoaudióloga.
• Especialização em Motricidade Oral – Disfagia. (Centro de
Especialização de Fonoaudiologia Clínica – CEFAC).
• Aprimoramento e Especialização em Cuidados Paliativos (Pinus
Longæva Saúde e Educação).
• Pós-graduanda em Saúde do Idoso (SES - SP - Telemedicina USP/HC).
• Ex-Fonaudióloga do Programa Médico da Família – Serviço de
Atendimento ao Acamado – Prefeitura Municipal de Sorocaba – SP.
• Fonaudióloga na Prefeitura Municipal de Araçoiaba da Serra– SP.
• Fonoaudióloga na Clínica de Fonoaudiologia de Sorocaba.
• Membro integrante do Conselho do Idoso de Araçoiaba da Serra.
• Membro integrante da ABRAZ - Associação Brasileira de Alzheimer.
• Articuladora do NEPH (Núcleo de Educação Permanente) de Araçoiaba
da Serra – SP.