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Arquitetura Romana
Arquitetura Romana
ROMANA
Introdução ........................................................................................................................... 3
Significado de arquitetura: ................................................................................................ 3
Origem de Roma ................................................................................................................. 4
Um pouco sobre os Romanos ........................................................................................... 5
Arquitetura Romana ........................................................................................................... 6
Principais características ................................................................................................... 7
Principais materiais ........................................................................................................... 7
Edifícios de Lazer .............................................................................................................. 9
Termas ........................................................................................................................... 9
Anfiteatros .................................................................................................................... 11
Circos ........................................................................................................................... 16
Edifícios de Comemoração ............................................................................................. 24
Coluna.......................................................................................................................... 30
Pórtico monumental ..................................................................................................... 31
Edifícios de Serviço à cidade ou utilitários ...................................................................... 32
Basílica ........................................................................................................................ 32
Templos ....................................................................................................................... 33
Aquedutos .................................................................................................................... 36
Domus.......................................................................................................................... 41
Pontes .......................................................................................................................... 45
Estradas ....................................................................................................................... 55
Conclusão ......................................................................................................................... 57
Bibliografia ........................................................................................................................ 58
Introdução
Significado de arquitetura:
ar·qui·tec·tu·ra |tè|
(latim architectura, -ae)
nome feminino
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https://www.frasesfamosas.com.br/tema/arquitetura/
ORIGEM DE ROMA
Segundo a lenda, a loba capitolina salvou os gémeos Rómulo e Remo nas margens
do rio Tibre, após estes serem abandonados. Ela amamentou-os e tomou conta deles, como
se fossem as suas crias. Mais tarde, os dois irmãos defrontaram-se numa luta.
Posteriormente a vencer Remo, Rómulo funda, a 21 de abril de 753 a.C., a cidade de Roma.
De facto, Roma nasceu de uma pequena povoação que, ao longo dos tempos, foi
crescendo. Por se localizar na “fértil planície do lácio2”, junto ao rio Tibre, Roma fora sempre
muito desejada pelos etruscos. A seguir a este “povo civilizado que habitava a atual
Toscânia3” imperar Roma, esta cidade fora equipada com novas muralhas, redes de esgotos
e casas alinhadas.
2
Couto C. et Rosas M. 2016. Um novo Tempo da História. 1st. Ed. Porto: Porto Editora.
3
Couto C. et Rosas M. 2016. Um novo Tempo da História. 1st. Ed. Porto: Porto Editora.
Um pouco sobre OS ROMANOS
Fundada a 753 a.C., Roma fora conquistada pelos Etruscos fundando estes uma
monarquia. Com isto, deu-se o crescimento e enriquecimento da cidade.
A 509 a.C., foi fundada a República. Nesta altura, deu-se o início da expansão
territorial. Primeiramente, os romanos dominaram a Península Ibérica. Em seguida, deram-
se as chamadas Guerras Púnicas. Houve guerras contra Cartago onde, a 146 a.C., este fora
destruído. Em pouco mais de 100 anos, todo o Mediterrâneo já havia sido tomado por Roma.
Os Romanos deram-lhe, assim, o nome de Mare Nostrum que significa “Mar Nosso”.
Figura 4: Mapa do Império Romano em 117 d.C., que visa mostrar as províncias senatoriais, imperiais e os estados clientes.
O Imperador Octávio Augusto reorganizou a sociedade romana e, depois dele, várias
dinastias importantes se sucederam:
ARQUITETURA ROMANA
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
Principais materiais
Além disso, elaboraram novos tipos de edifícios. Estes, dividiam-se de acordo com as
suas funções: de lazer para os habitantes da cidade, de comemoração de datas/eventos
importantes e de serviço utilitário.
1. Termas;
2. Coliseu (anfiteatro);
3. Aqueduto;
4. Palácio;
5. Circo Máximo;
6. Fórum;
7. Fórum Republicano;
8. Templo.
Figura 8: Pintura “O Martírio de Santa Inês”, de Joseph Désiré Court, 1864. Fórum Romano.
Edifícios de Lazer
▪ Termas;
▪ Anfiteatros;
▪ Circos.
Termas
As termas são uns dos edifícios romanos considerados mais emblemáticos e, quiçá,
os que desfrutaram de mais riqueza. Não existia, portanto, cidade que se prezasse de o ser
que não constasse com, pelo menos, um destes estabelecimentos.
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Apontamentos das aulas
Na sua versão clássica, eram destinadas
à higiene corporal (através de banhos quentes
ou frios), ao exercício e ao espairecimento,
sendo um popular lugar de encontro onde se
discutia negócios ou, simplesmente, se
conversava.
Anfiteatros
Praticamente, todas as cidades romanas possuíam um anfiteatro. Servia, este, como
palco de lutas entre feras e homens, lutas de gladiadores e, às vezes, eram inundados para
neles serem representadas simulações de batalhas navais. Depositava-se arena (areia) no
centro do anfiteatro, de forma a que o sangue, ferozmente derramado, fosse absorvido. Por
esta razão, esta palavra tornou-se um sinónimo de anfiteatro.
Alguns dos anfiteatros mais conhecidos por todo o mundo são o Coliseu de Roma,
Arena de Nimes, Anfieatro de Di Leptis Magna, Arena de Verona, Anfiteatro de Arles.
Coliseu de roma
Muitos acreditam que o nome de Coliseu apenas fora colocado no século XI, inspirado
na estátua de Colosso Nero, de 35 metros de altura, que se situava ao lado do anfiteatro.
Atualmente, continuam a
decorrer espetáculos na Arena como
corridas de touros, o festival de Figura 20: Vomitórios da arena de Nimes.
Nimes e os Grandes Jogos Romanos.
Um dos maiores desfiles históricos da humanidade que alberga mais de 500 atores e
figurantes da França, Alemanha e Itália. A cada ano o tema é mudado, mas retrata sempre
um grande momento da história antiga. Decorrem demonstrações de acrobacias equestres,
lutas de gladiadores e corridas de bigas.
ANFITEATRO DE LEPTIS MAGNA
ANFITEATRO DE VERONA
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http://meuguiaturistico.com.br/na-libia-cidade-romana-de-leptis-magna/
Com 152 metros de comprimento, 123 de largura e 31 de altura, este anfiteatro
romano contém um limite máximo de aproximadamente 30 mil pessoas. Produz uma
acústica e acomodação perfeita para os espectadores devido à sua forma elíptica.
muitos altos e baixos, tendo sido a sua pior função na idade Média quando serviu para
queimar 200 hereges em 1278. Entre 1276 e 1310, prostitutas usaram-na como serviço de
habitação. O facto de ter sobrevivido quase intacto ao terremoto de 1117, foi uma das
grandes surpresas da sua história porque permitiu chegar aos dias de hoje imponente e bem
preservado.
Anfiteatro de ARLES
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O seu anfiteatro é considerado uma das atrações turísticas mais importantes desta
cidade. Tem 136 metros de comprimento, 107 metros de largura e 2 andares de arcadas
formados por 120 arcos. Com estas dimensões, pode acomodar mais de 20 mil
espectadores. Na idade Média, alterou as suas funções sendo utilizado como uma fortaleza
que abrigava 212 casas e duas capelas.
Circos
A palavra circo deriva do latim, círculo. Este
nome deve-se ao facto de que as corridas aconteciam
numa pista oval.
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Na sua estrutura, tinha uma pista de areia onde havia duas retas paralelas eram
separadas por um pódio muito alto em nome de “Spina”. Meta (Metae), era o nome que se
dava à coluna que havia nas duas extremidades da Spina. Esta tinha como função delimitar
onde os cavalos deveriam fazer a curva. Conforme o tamanho do circo, podiam-se suceder
alterações, mas, geralmente, a distância entre essas Metas era de 200 metros. No geral, os
circos dispunham de uma forma retangular, sendo um dos lados arredondado e o outro reto.
Neste último, havia os cárceres (estrebarias), que eram locais onde os corredores ficavam
concentrados antes da corrida. Além disso, dentro das Cárceres havia salas e torres para
uso dos corredores e animais.
Acredita-se que os primeiros circos romanos foram construídos a 500 a.C. e tiveram
origem na Grécia.
Figura 27: Nome dos elementos arquitetónicos presentes nos circos romanos.
CIRCUS MAXIMUS
Por volta de 145 a.C., tendo estas representações perdido o seu caráter ritual, criaram
os lugares sentados. Mesmo assim, alguma parte da população recusava-os por motivos de
moralidade.
No que à organização diz respeito, podemos verificar (figura 33) que esta era uma
área de especial importância para os romanos.
Figura 33: Esquema representativo da organização de um teatro Romano.
▪ Velarium (vela): similar às dos navios, sobre a cavea que a cobria e a descobria, de
forma a proteger os espectadores das intempéries.
Uma vez que trazem o passado até ao presente, os textos literários produzidos na
antiguidade assemelham-se aos artefactos arqueológicos. Revelam as experiências outrora
culturais.
Pelo que se sabe, todas estas comédias foram escritas em Roma, entre 200 e 189 a.C.,
sem se saber exatamente as suas datas. Plauto tem todas as boas qualidades e todos os
defeitos que se podem esperar de um poeta popular daqueles tempos e daquele povo. Entre
os antigos romanos, as suas comédias eram muito apreciadas, mas no tempo de Augusto,
aqueles caracteres de feição arcaica já não mais atraíam os homens de fina cultura.
Edifícios de Comemoração
ARCO DO TRIUNFO
Como diz o nome, o arco do triunfo romano era uma homenagem monumental. Este,
representava uma porta ou passagem em forma de arco, para comemorar o triunfo: quase
sempre conquistas de territórios ou vitórias em guerras. Por terem sido construídos a mando
do Senado Romano, todos os arcos de Roma, possuem a sigla S.P.Q.R. (o Senado e o
Povo).
Atualmente, em Roma, ainda é possível visitar três arcos triunfais. São estes o Arco
de Tito, o Arco Sétimo Severo e o Arco de Constantino.
Ainda existem outros arcos, noutras localidades de Roma, que não são propriamente
arcos do triunfo, mas arcos honorários (serviam para homenagear algum evento importante,
mas que, porém, não estavam ligados a um triunfo de guerra). Alguns exemplos são o Arco
de Druso, o Arco Degli Argentari e o Arco de Giano.
“O Senado e o povo romano ao divino Tito, filho do divino Vespasiano, Vespasiano Augusto”.
Graças a ela, sabemos que Sétimo Severo, por ser chamado de parthico arabico e
partico adiabênico, havia (re)conquistado a Pérsia Arábica e a Pérsia Adiabênica, ou seja,
as regiões onde hoje temos o Irão e o Iraque.
[Ao] imperador césar Lúcio Sétimo Severo Pio Pertinax Augusto, filho de Marco e pai
da pátria, Pártico Arábico e Pártico Adiabenico, pontífice máximo, onze vezes detentor do
poder tribunício, onze vezes imperador, três vezes cônsul e procônsul, e ao imperador césar
Marco Aurélio, filho de Lúcio, Antonino Augusto Pio Félix,seis vezes detentor do poder
tribunício, cônsul, e procônsul (pais da pátria, os melhores e mais corajosos príncipes), que,
em nome da república restaurada e do governo do povo romano, propagaram, através de
suas formidáveis virtudes, em casa e no exterior, o Senado e o Povo Romano [dedicam este
monumento].
O arco de Constantino é
um arco considerado “eclético” e
em parte “reciclado”. Tendo sido
construído na fase de já
decadência do Império Romano,
fase essa que a arte começa a
ser menos requintada e com pior
qualidade, com materiais de
construção mais baratos e
reciclados de outras
construções. Como resumo Figura 45: Arco de Constantino
“Ao pio, feliz e augusto imperador César Flávio Constantino, o Grande, dedicou o
Senado e o Povo de Roma este arco em sinal do seu triunfo, porque sob inspiração da
Divindade e pela grandeza do seu espírito, vingou de um só golpe, com o seu exército e com
armas justas, o Estado, tanto sobre o usurpador, como sobre toda a sua facção.”
Outra cidade europeia, que conserva um arco do triunfo romano é Pola, na Croácia.
O Arco dos Sérgios foi construído em memória de Lúcio Sérgio Lépido, que participou da
batalha que derrotou Marco Antônio e Cleópatra: a Batalha de Ácio. Muito provavelmente
ele data do período entre 25 a 10 a.C.
Milão é uma cidade que vendeu muitos desafios e soube sempre se reinventar ao
longo dos séculos. O seu Arco da Paz celebra o Congresso de Viena, que sela em 1815 a
paz entre as nações europeias após a derrota de Napoleão Bonaparte.
Levantada entre os anos 176 e 192, a coluna foi erigida após a morte do imperador
Marco Aurélio para celebrar as suas vitórias nas Guerras Marcomanas.
A coluna tem cenas esculpidas que serviram para celebrar as vitórias romanas, mas
também se diz que o monumento foi erigido por Cómodo, filho de Marco Aurélio, em honra
ao seu pai. No topo da coluna, em 1589, foi colocada uma estátua de São Paulo, pelo Papa
Sisto V.
A Coluna de Trajano, com cerca de 38 metros de altura, tem blocos de mármore com
várias cenas que compõem uma só história: a da guerra contra os Dácios. Diz-se que
inicialmente estaria uma estátua de uma ave no topo, tendo sido substituída por uma estátua
de Trajano. Em 1589, também o Papa Sisto V colocou a estátua de S. Pedro.
Pórtico monumental
Construído em homenagem aos imperadores e generais vitoriosos.
“A arquitetura romana era realizada ao serviço da cidade, pelo que a maioria dos
edifícios tinha um caráter utilitário.”8
Basílica
Uma basílica é uma estrutura arquitetónica de origem romana que antigamente tinha
uma função económica e jurídica.
O seu nome provém do
termo latino “basilica”, que, por
sua vez, deriva do grego
“βασιλική” (foneticamente,
“basiliké”), palavra que significa
“régia” ou “real” e que é uma
elipse da expressão completa
“basiliké oikía”, que significa
“casa real”.
Este tipo de edifício
servia originalmente para as
transações comerciais a
grande escala, e ao mesmo
tempo era como uma espécie
de juizado. Sua origem se Figura 51: Basília Ulpia.
encontra na época da
República de Roma (entre os anos 509 e 27 a.C.).
Com o passar do tempo, foram sendo acrescentadas diversas mudanças estruturais
que se tornaram canónicas. Será a planta adotada pelos edifícios religiosos cristãos da
época paleocristã.
O teto costumava ser plano e de madeira, até que, em uma posterior evolução, foi
construído de pedra. Ao longo do tempo, os dois lados curtos modificaram-se e foi
acrescentada uma êxedra semicircular a um dos lados. Na época de Trajano, esta
modificação foi feita dos dois lados, como no caso da Basílica Ulpia (96 d.C.).
Depois que a Império Romano se tornou oficialmente cristão, o termo “basílica” foi
utilizado também para referir-se a determinadas igrejas geralmente grandes ou importantes
às quais haviam outorgado ritos especiais e privilégios em matéria de culto. Este é o sentido
usado hoje, tanto do ponto de vista arquitetónico quanto religioso.
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Apontamentos da aula
TEMPLOS
Ao contrário dos gregos, cujo olhar arquitetónico era criar edifícios para serem vistos
pelo exterior, os romanos procuravam criar espaços interiores. Os templos apresentam uma
dinâmica espacial parecida, apesar dos romanos não se preocuparem com a proporção
visual das construções. Como o aspeto em evidencia era a monumentalidade, as obras
possuíam dimensões mais “esticadas”, com maior diferença do comprimento em relação à
base.
Sobre a sua base, assentam ainda catorze das suas colunas coríntias originais.
Muitas destas colunas ainda conservam os seus capitéis, feitos de mármore branco de
Estremoz. O pavimento, que se crê ter sido revestido por mosaicos, desapareceu por
completo.
Não se pôde dizer que foi encontrado o pavimento, mas, o que se encontrou é
bastante mais curioso. Estando ainda em perfeito estado de conservação, os negativos
deixados pelas placas de pedra na argamassa ainda fresca, conservaram-se até aos dias
de hoje.
AQUEDUTOS
Com cimento vulcânico, tijolos e pedras, os
romanos mostraram ao mundo como distribuir, ao
longo de um imenso território, um dos bens mais
preciosos que existem: a água. Os mais antigos
que se tem conhecimento, eram baseados numa
superfície livre com pequena inclinação para
favorecer ao escoamento da água. Quase todas as
civilizações da antiguidade construíram os seus Figura 58: Aqueduto romano.
Entre todos, o primeiro a ser construído foi o de Aqua Appia, no ano 312 a.C., por
Appius Claudius Caecus. Já o maior de todos foi o aqueduto de Aqua Marcia que possuía
91 Km de extensão.
Aqueduto de Torres Vedras
Situado em Elvas, este magnífico aqueduto tem cerca de 8,5 quilómetros de extensão
e mais de cinco arcadas que se elevam até 31 metros de altura. A sua construção teve fim
por volta do ano de 1620 e, a partir daí, as primeiras águas entraram dentro dos muros da
cidade. Hoje, o monumento e Património Mundial da UNESCO.
DOMUS
A palavra deriva de dominus, nome por que eram designados os chefes das famílias
nobres.
A domus era a
residência urbana das famílias
abastadas na Roma Antiga,
portanto, da nobreza romana.
Estas eram propriedades
grandes, sofisticadas e
luxuosas em regiões
residenciais no meio da
cidade.
No campo, as casas das famílias nobres, tinham o nome de villae (singular: villa).
A erupção do Vesúvio, no ano de 79, sepultou sob as suas cinzas as cidades de
Pompeia e de Herculano. O estado de conservação de muitas habitações é excelente, pelo
que foi possível aos arqueólogos ficar a conhecer profundamente a sua arquitetura.
Ao entrar na casa de
habitação, o visitante era conduzido
pelo vestíbulo (vestibulum), o qual se
abria para o átrio (atrium). O teto
deste possuía uma abertura central,
o complúvio (compluvium), por onde
entrava a água da chuva, que era
recolhida no implúvio (impluvium),
uma cisterna quadrangular no centro
do átrio. No átrio, eram colocadas as
imagens dos antepassados
Figura 70: Legenda da domus.
(imagines maiorum) e que o patrono
vinha saudar os seus clientes ou convidados.
Em seu redor, articulavam-se as
outras divisões: os pequenos quartos de
dormir (cubiculum), a sala de jantar
(triclinium), a sala principal (tablinium),
onde o homem da família tratava dos
seus negócios, e a cozinha (coquina ou
culina). Havia ainda a lareira (lararium),
divisão destinada ao culto das divindades
domésticas (Lares e Penates) e dos
Figura 71: Legenda da domus. familiares falecidos (Manes).
Ao fundo da domus, encontrava-se, por vezes, uma área reservada aos banhos e um
pequeno jardim (hortus), geralmente decorado com uma fonte.
A domus não tinha vista para a rua. As janelas eram muito pequenas, a fim de proteger
a casa de ruídos, do frio (o vidro era uma raridade) e, sobretudo, dos ladrões. Em
consequência, as divisões recebiam luz solar essencialmente do complúvio ou do peristilo.
Algumas casas tinham não só água
canalizada, mas também aquecimento
central (ohipocausto).
Na maior parte das casas, a mobília dos cubículos resumia-se a uma simples cama
de madeira. O triclínio deve o seu nome aos três leitos, dispostos em torno de uma mesa
central, onde os comensais comiam reclinados.
Geralmente a cozinha era uma divisão diminuta com um pequeno fogão de pedra,
ficando a preparação das refeições a cargo dos escravos.
Não havia espaços próprios para os escravos. Estes circulavam em toda a casa e à
noite dormiam à porta do cubículo do seu senhor. Também as mulheres não estavam
confinadas a quaisquer aposentos, dedicando-se às suas atividades no átrio ou em outras
divisões, quando os homens saíam para o fórum. Não havia igualmente uma distinção clara
entre espaços domésticos privados e os públicos.
INSULAE
"Vivemos numa cidade onde a grande maioria das casas são construídas com finas
vigas de madeira. Deste modo, são frequentes os desmoronamentos e os incêndios (...) É
preciso ser-se rico para poder dormir sem barulhos, em calmas vivendas (...) A passagem
das carroças nas ruas estreitas, ou as discussões por causa
de um rebanho que não avança, tiram o sono a qualquer um.
O rico, quando tem pressa, consegue passar rapidamente por
entre a multidão, transportado na sua cómoda liteira. Mas eu,
coitado de mim, não consigo avançar por entre o rio humano
que me comprime e empurra (...) E, se isto não bastasse, há
ainda outro género de perigos aos quais estamos expostos,
quando caminhamos de noite, pelas ruas: frequentemente, das
janelas, das varandas ou dos telhados tombam tijolos, vasos
Figura 74: Insulae
ou telhas que nos podem esmagar o crânio (...) Podemos dar-
nos por felizes se apenas apanharmos com o conteúdo de uma bacia em cima! (...) E não
falemos de outras desgraças (...) Pode acontecer também que nos apareça pela frente um
bandido de faca em punho".
Como refere o poeta Juvenal, as habitações dos mais pobres eram feitas de vigas de
madeira e, por esse motivo, os incêndios eram muito frequentes. Os últimos andares das
ínsulae, eram mais baratos do que os primeiros por ser mais difícil a fuga em caso de
incêndio.
PONTES
Das diversas construções romanas em Portugal, destacam-se as pontes. São
construções que, apesar das centenas de anos que passaram, continuam a cumprir o seu
objetivo, permitir às pessoas, aos animais ou aos veículos, atravessar os rios.
Muitas foram remodeladas ou substituídas por outras mais recentes, mas muitas mais
continuam a sua função exatamente como eram quando foram construídas, mostrando a
sua resistência.
Quando era necessário atravessar rios, eram construídas pontes, desde poucos
metros de comprimento até algumas dezenas de metros. A maior parte dessas pontes
continua de pé a fazer o seu serviço. Algumas das pontes tiveram de ser substituídas por
outras mais modernas, devido principalmente à sua pouca largura que não permite a
circulação de veículos automóveis, outras porque, entretanto, começaram a ficar
degradadas e em perigo de caírem.
PONTES ROMANAS EM PORTUGAL
Ponte da Barreira
Ponte da Lagoncinha
Ponte de Leixões
Figura 78: Ponte de Cava da Velha.
Ponte de Manhouce
Ponte de Catribana
Ponte Antiga
Figura 129: Construção das estradas romanas. Até 400 a.C., os romanos utilizavam caminhos de
terra para deslocar-se da sua capital às cidades vizinhas. O ataque gaulês de Breno, em
390 a.C., que se revelou desastroso para os
romanos, mostrou a ineficácia do sistema
defensivo de Roma, devido principalmente
à lentidão de movimentação das tropas
sobre o que eram apenas caminhos pouco
aptos para se mover. A necessidade de
melhor defesa, junto com a vontade de
expansão e de hegemonia sobre a Itália,
Figura 130: Rede viária por todo o antigo Império Romano.
levou a República Romana, ainda frágil e
ameaçada, a pôr em questão estruturas escassamente adaptadas a esses desejos: eram
precisas rotas sólidas. Estes eixos, permitiriam uma circulação mais rápida e segura, mas
sobretudo, facilitariam a mobilidade das tropas.
A primeira via foi criada em 312 a.C., por Ápio Cláudio Cego, para unir Roma e a
cidade de Cápua: foi a denominada Via Ápia. Em finais da República, o conjunto do território
da península Itálica estava dotado com grandes
artérias, ostentando cada rota o nome do censor
que a criara. Estas vias não estavam
pavimentadas salvo excecionalmente: no interior
das cidades e nas suas proximidades, exceto a
Via Ápia, que fora, progressivamente, lajeada em
todo o seu percurso.
(23/9/2019 – 16:44)
https://www.todamateria.com.br/roma-antiga/
(23/9/2019 – 16:52)
https://www.todamateria.com.br/imperio-romano/
(23/9/2019 – 17:30)
https://pt.slideshare.net/carla77/o-urbanismo-e-arte-romana
(23/9/2019 - 17:34)
https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/arquitetura-romana/
(23/9/2019 - 18:03)
https://pt.slideshare.net/abaj/arquitetura-romana-i
(23/9/2019 - 18:04)
https://apaixonadosporhistoria.com.br/artigo/260/os-10-anfiteatros-mais-famosos-da-roma-antiga
(11/12/2019 - 20:07)
http://mirobriga.drealentejo.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=66&Itemid=1
(11/12/2019 - 20:08)
https://historiaartearquitetura.com/2017/04/12/teatro-romano/
(11/12/2019 - 20:24)
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-foi-o-coliseu-de-roma/
(01/3/2020 - 13:18)
https://historiaartearquitetura.com/2017/02/04/forum-romano/
(2/3/2020 – 19:44)
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-foi-o-coliseu-de-roma/
(11:44 – 7/4/2020)
https://hojeconhecemos.blogs.sapo.pt/107780.html
(7/4/2020 – 16:40)
https://travel.sygic.com/pt/poi/arena-de-nimes-poi:24678
(7/4/2020 – 16:01)
https://www.france-voyage.com/cidades-vilarejos/nimes-9732/arenas-nimes-33646.htm
(7/4/2020 -16:51)
http://meuguiaturistico.com.br/na-libia-cidade-romana-de-leptis-magna/
(9/4/2020 - 17:22)
http://www.qualviagem.com.br/tour-para-pompeia/
(14/4/2020 - 9:27)
https://www.viajoteca.com/arena-de-verona/
(19/4/2020 - 15:21)
https://maestrovirtuale.com/roman-circus-origem-pecas-funcoes/
(22/4/2020 - 19:14)
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(22/4/2020 - 19:52)
https://www.infoescola.com/civilizacao-romana/circo-maximo/
(23/4/2020 - 15:47)
https://haac1.wordpress.com/2017/11/10/divertimento-romano-circo-teatro-e-anfiteatro/
(23/4/2020 - 17:25)
http://turismomerida.org/o-que-ver/circo-romano-pt/
(23.4.2020 - 17:52)
http://viagemitalia.com/historia-teatro-roma-antiga/
(12/5/2020 - 20:12)
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(24/5/2020 - 21:28)
http://ciapauliceiadesvairada.blogspot.com/2010/05/dramaturgos-romanos.html
(24/5/2020 - 21:47)
http://www.culturatura.com.br/litlatina/periodos/2.htm
(24/5/2020 - 21:56)
https://www.romapravoce.com/arco-de-constantino-roma/
(27/5/2020 - 15:33)
https://www.viajecomigo.com/2016/04/19/coluna-marco-aurelio-roma/
(27/5/2020 - 17:11)
https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-na-antiguidade/arte-romana/
(28/5/2020 - 11:24)
https://www.facebook.com/associacao.professoreshistoria/posts/340651616091644/
(28/5/2020 - 11:26)
https://www.visitarportugal.pt/component/tags/tag/pontes-romanas?start=20
(28/5/2020 - 11:32)
https://blog.visitarportugal.pt/index.php?post/2018/10/23/As-vias-ou-estradas-romanas%2C-existem-
h%C3%A1-2000-anos-e-continuam-a-ser-utilizadas
(28/5/2020 - 12:12)
http://www.montejunto.net/estradas-romanas
(28/5/2020 - 12:16)
https://ncultura.pt/arcos-e-aquedutos-mais-bonitos-do-mundo/
(28/5/2020 - 16:51)
https://www.visitevora.net/templo-romano-evora-diana/
(28/5/2020 - 17:08)
https://zap.aeiou.pt/templo-romano-descoberto-lisboa-260332
(28/5/2020 - 17:08)
https://pt.aleteia.org/2014/11/18/o-que-e-uma-basilica-de-onde-vem-esta-palavra/
(30/5/2020 - 11:10)
ARQUITETURA
ROMANA
Nº 20 10º J