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Jacques Derrida r ‘Tradugdo de Toma Tadeu da Silva 45-979 ee POSICOES wen Za2 AT Lemke t 2, Autaritica Belo Horizonte 2001 “aso poste baste chsenat que aqui que és fndnen- ‘eden nena Seman dh tae tc oes sepls soa ot ecole Or ser {odes at fama simples 0 compatvs ene sl Tras de une ‘rpostioda qui eunssberdt pelea demensaso fem explia deathedamene sundaes de racists is {tons conc com ela, segues que sms de Be, Que ‘npreede tds soma simples consderada de lors sb {a pasel Oo, provamosstaomente qe Deus ext cota. te qe ele se poste Logo, ee ete eo que se pretense lemonstar cates Pines htabeth 68 * De egrammstlogie p13 esegites.(M do) Posiges ves & Jean-Louis Houdebine e Guy Scarpetta Na tanec desta entrevista, qe ocoreu em 17 de ho de 197, faersse certo ecésinos | Alums notes propstas,pesterormente, por lacaues Deri. las tm 9 objetivo de pressor cettos patos que 0 improvise poss ter detadoescapa. 2. Nota da redo lssnalades como “NR las local 2m, #05 textos de Derrida certs anises que perm- tem exlarecer guns dos mpage ca enti be pesibtam evar desemolinentes mals Pro} ‘doe, mais treqlentemente,demonsare aso 2 ‘lurk que carat crtas obegbesrecentes, 5.08 tagmentos de uma toca de caras que se seulu 3 deus, Howdebine: Para comegar esta entrevista, poderta- mos talvez partir daqulla que mostra ser um ponto de Insistencia nesse texto que no cessou dese escrever ede ‘s¢ ler agi ou al hf alguns anos ~,nés poderfamos taivez partir dessa “palvra" ou desse “conceito™ de diférance que ndo ¢ |. esttamente, nem uma palavra nem um conceit’ partir, pos, dessa confertnca pronuncada em 27 dé janeiro de 1968 retomada, no mesmo ano, em Théorie ‘ensemble. Al vot falava em reunir em um “feixe™ 36 liferentes diregBes que sua pesquisa péde tomar até entdo, Yoc®falava do sistema geal de sua economia, anunclando Inclusive a possiblidade, quanto & “eficicia dessa temi- tia do clitérance’ de ser “supressumida” lrelevéel, deven- 19 ela, com efeto, “pestarse, por si mesma, eno 2 sua substitu, pelo menos 8 sua insercso em uma cadela que tla no teria. na verdade, lamas comandac Voce patleria precisa, 20 menos a titulo de intiodu- co a esta entrevista, o que ocote atualimente com sua ‘Pesquisa, aqua teve, com efeito, um impacto imediato © Consideravel no campo Ideolégico de nossa épaca? Voce poderla precsat © que ocore com o desenvolvimento esse economia geral que se manilestou ainda recente- mente em tes textos, sintomastalver de uma nova die Fentiacio do eine: sua litura do lvro Nombres de Soles "A diseminaclo’, depos mas esses dois textos 80 con- temporineos um do outro} "A dupla sesso" , enim, “A ritologia banca"? Derrida: © motivo da diférance, quando marcado por um “a” silencioso, no atua, na verdade, nem como Concelto™nem simplesmente come "palavr"- Eu tentel de rmonstrélo. sso nto o impede de produrireeltos conce- tunis e concegies verbals ou nominais os quais, de esto, ‘Slo embora, de forma alguma, no nos apercebaros dis: So Imediatamente ~ 20 mesmo tempo impressos efratur- ‘dos pelo tngulo dessa “letra, pelo trabalho incessant de fu estrenha “Iigis" 0 “fei” que voet relembra é um ponto de cruzamentohistco e sistemstico;é,sabretu- So. a impossibilidade estutural de encausurar essa rede, de deter sua uididura, de tagarlhe uma margem que Seja uma nova mara, N3o podendo mals se elevar como time pelavre mestra eu como um conceit-mestre baran- ‘do toda rlagio com o tec, a france enconte-se tnvolvida em um trabalho que ela pe em movimento, jor melo de uma cadela de outs “concetos de outras palaras” de outras cofiguacdes textual. avez, eu tenho, mala adlante,» oasis de indica a 2230 pela qual ova uta "pave" ou ses outos “concelos” se im puseram sucessivamente ou simultaneamente; e por que foi preciso inser nees (por exemplo, os “conceitos" de rama de reserva, de encetamento, de rato, de espaca- mento, de blonc'~ sens blanc, sang blanc, sans blanc, cent blancs, semblant?~ de suplemento, de pharmakon, de Imargem-marcamarcha et). Por defini, a lista no tem renhoma usu axon6mica: em ~ menos ana ~ const {lela um lio. Em pimeiro lugar, porque no se tata de ‘tomos, mas, ates, de ports focais [oyersl de condensa- {fo econdmica de locals de passagem obrigatésios para um ‘nimer bastante grande de marcas de css (reuse um pouce mais efervescentes" Depois, seus eleitos nao se vol tam apenas sobre si préprios por uma espécie de auto-afec- ‘lo sem abertur, eles se propagam em cadeia sobre 0 ‘onjunta prticoe tecrico de um texto e, cada ver. de uma Inaneia diferente. De passagem fazo a segunte observa- ‘loa palara“suprassumida”[elevée,na fase que voce Siow nto tem, em rio de seu contexto, 0 sentido mais téenico que eu Ihe reserve para traduzr e interpretar & ‘Auhobung hegsliana. Se Rowesse uma definicio da if ‘ance, ea ceria justamenteo limite, a interupcio, dest do da suprassuncio [level hegeana onde quer que ela ‘pereO que esté aqui em joo € enorme. Ev enftio “s ‘Rafhebung hegelian tal como interpetada por um certo ‘iscuso hegeianc, pols € evidente que o duplo sentido ‘de Aufhebung podera ser escito de outa forma. sua prokimidade com todes as operates que sio condunidas Conta a especlagiodlalética de Hegel. 0 que me interessava naquele momento e que eu tento persegulr agora, por outas vias, €, a0 mesmo tem po que uma “economia gra’ uma especie de estratxia (eral da desconstrugso, Essa estatéga deveria evita sim- Plesmente neutralzaras oposibes bindias da metafisice a0 mesmo tempo, simplesmente resdir, no campo fe- thado dessas oposigéese, portanto, confit. “= E preciso, pois, azer um gesto duplo, de acord com uma unidade a0 mesmo tempo sistematica ¢ dela pré- ria afasds, uma escite desdebrada, isto €, mitipla f | l | | | | i | i dela préprie, aqullo que chamei, em "La double séance’, te uma dupla ciénca® por um lado, passar por uma fase ‘de inversfo Isisto muito incessantemente na neces dade dessa lase de inversdo que se pode, talver, muito rapidamente, buscar desacreditar. Fazer lustia 2 e553 ne- cessdade significa reconhecer que, em uma oposio flo- séfiea cléssica, nés no estamos lldando com uma ‘oexisténciapactca de um face a face, mas com ua hie- rargua volenta. Um dos dois termos comanda (aiologca- mente, logicamente etc), ocupa o lugar mais alto. Desconstuir 3 oposicio significa, primelramente, em um ‘momento dado inverter a hierarqua. Descuidar-se dessa fase de inversiosinitia esquecer a estruturaconfitva © subordinante da oposigso,Signifiea, pos, passar muito rapidamente ~ sem manter qualquer contiole sobre 2 ‘posigdo anterior ~ a uma neutalizagso que, praticamen- te, debariaintacto 0 campo anterior, prvando-se de to- dos os melos de af intervrefetamente, Sabe-se quals {ém sido, sempre, os efttos prétcos (em particular, pol ticas de paseagens que salam imedlatamente para além das oposigbes, bem como das contestagbesfltas sob forma simples do nem stoinem aquilo" Quando digo que essa fase € necessria, a palavia “fase” néo 6, talven, 2 ‘mais rigorosa. Ngo se tata aqui de uma fase cronolégica de um momento dado ou de uma pégina que pudesse tum dia ser passada para podermos ir simplesmente ci dar de outa cola, A necessidade dessa fare extrutral la & pois, a necessidade de uma anise intermindvel: a hierarquia da oposigao dual sempre se reconstitl Die rentemente de certos autores dos quis se sabe que es ‘o mortos em vida, © momento da nversdo no 6 jamais um tempo morte, Dito isto ater, por outa lado, a essa fase significa ainda opera no terteno e no interior do sistema descons- Truido, E preciso também, por essa escita dupa, juts mente estratilcads, deslocads e deslocante, marcar © alastamento entre, de um lado, a inversbo que colaca na posigdo inferior auilo que estava na pasigée superior ‘que desconstsi a genealogiasublimante ou idealizante da opesicao em questio e, de outro, a emergéncla re penta de um novo "conceit, um conceito que nio se ‘elas mals - que nunca ze deixow - compreender no ree me anterior Se esse alastamento, ess bi-ace ot bse, ‘no pode mais ser inserito senso em uma esta bia fe Isso vale, sebretude, para um novo conceito de escrita ‘que provoca uma inverto da hlerarguafalafesrta e de todo. sistema adjacent e, a0 mesmo tempo, far exploit ‘uma eseita no préprio interior da fla, desorganizando, assim, toda a ordem herdada ¢ivadindo todo o campo}. tle no pode mals se matcarsendo em um campo textual {que chamarei de “agrupade": no limite, & impossive loca fad, situblo, um texto unlinesr, uma posigso pontual” ‘uma operesso asinads por um nico autor so, por def gio, Incapazes de praticar esse afastamento. esse momento para melhor marcaresseafstament 1A disceminagio, 0 texto que leva esse titulo, uma ver {que voo! me coloce uma questio a esse respeito, € uma ‘exploracio sistemaicae artela de écart[alastamentl, cane, care, carte, charte, quatre’ etc, fi preciso ana lisa, pra tabalhar,no texto da histva da ilosoia tanto quanto no texto dt “Iterério" (por exemple, o de Malla zmé),cetas marcas, digamos feu assnalet imediatamente cemas delas; ha mutasoutres), que chamel. por analogia (eu enfatizo iso) de “indeddvels’, Isto ¢, unidades de smulacro,“alsas" propriedades verbais; nominals ou se rminticas, que nfo se deixam mais compreender na opo- siglo filosofiea (binéral e que, entetanto, habitam-na ‘opde-the resiténcia, desorganizamnna, mas, sem nunca constitr um tereito termo, sem nunes dar lugar 3 ums “olugio na forma da daléticaespeculativa(o_ pharmakon no é nem o remédio nem o veneno, nem o bem nem © ‘mal, nemo dentro nemo fra, nem a fala nem a escita: 0 suplemento nao é nem um mais nem um menos, nem um fora nem um complemento de um dentro, nem um aiden teem uma esséncia ete, 0 himen nda 6 nem a confusfo rem a distinglo, nem aidetidade nem a difereng, nem 2 consumagéo nem a virgindade, nem o velamento nem 0 ‘desvelament, ne o dentro nem o fore ete, © gama no nem um sinieante nem um significado, nem um signe nem uma coisa, nem uma presence nem uma ausénca, nem uma posigao nem uma negagao ete; 0 esparemento nao & nem 0 espago nem 0 tempo, 0 encetamento neo é nem a Integridade lencetadal de um comeco ou de um core sim ples nem a sinples secundariedade. Netvnern quer dizer ‘ou “ao mesmo tempo" ou “ou um ou ou" [Nini cesta la fois ou bien ou bien|.a marca é também o limite marginal, ‘4 marcha ete)" De fate, € conta a reapropracioincessan- te deste trabalho do simularo em uma dati do tipo hheglian (que chega ao pont de idealizare "semantiza™ esse valor de trabalho) ue me eslorg por realizar a ope- ragio critica: idealism hegliano consist justamente em “Suprassumir a8 oposigées binaias do idealism classic, lem resolver sua contradigio em um tee termo que ver Suprassumlc neqat, 20 Suprassumir, 20 ideaiar, a0 subl- ‘mar em uma intetioidede anarmnésca(Exnnerung, 20 In- Temara diferenga em uma presenga as por se tratar ainda da relagio com Hegel que & preciso elucidar (trabalho diffe que, em grande parte Festa ainda po fazer e que continua, de uma cerca manel- ‘a, Imerminavel, 20 menos se quisesmos conduzhlo com Figor © cuidado), que eu tente dstingue a iférance (na qual 02" marca, entre ouras aspects, 0 carter proditi- ‘yore confltivo) da diferenga hegelina E iso jstamente ho ponto em que Hegel na gande Léeca,s6 determina a Aliflerenca como contraigio" a fim de resolve, interior Zila, de acordo com 0 processo silgistico da diatica ‘especulativa, na presenca aside uma sintese onto-teolé- {ic ou ontotcleolgica A alilérance deve assinaar (em ‘um ponto de proximidade quase absoluto com Hegel. ‘como enfatizel, creo, nessa exposicioe em outs locals: tudo se Joga aqui, 0 que é mais decisivo, naquilo que Huse chamava de “nuances suis" ou Mar de "mirolo- i") © ponte de rupture com 0 sistema da Aufhebung © dda dlalética especulativa, Uma ver que esse caréter co Tivo da aliféance” ~ que nto se pode chamar de “con tradicgo sendo sob a candigfo de a demarcar, por meio {de um érduo trabalho, da “contadicSo" de Hegel ~n30 se ‘eins jamais supracsumir totalmente, ele marca seus ele- fos naguilo que chamo de "texto em ger. em um texto {que ndo se limita 20 reduto do livro ou da biblioteca © ‘bose dela jamais comandar por um referente no sent- ‘do cssco, por uma coisa ou por um significado transcen- ‘dental que feaara toda o seu movimento. Nao é, como vyocé pede ver, por una preocupacio com um apazigue Tnento ou com uma reconcliaglo que recor de prele fencia & marca “dliférance” antes que 20 sistema da diferenga-e-da-contradiczo. Sempre seguindo sua questio. entdo, com efeito nessa cadela aberta da. diferance, do “suplemento” da sci", do “grama", do “pharmakon", do *himen” etc Inseivse 0 motivo ov, se voce prefer, “conceito’, © ‘operador de generalidade denominado disseminagio. so Se lez notadamment, voct o sabe, pelo movimento de uma fespécie de letura cooperativa do Nombres, de Soller, no texto de Critique que voce relembra. Em dima ins tinea, Disseminagfo nfo quer nada dizer, no podendo ser reunda em uma defnio. Ndo tentaelfzt-lo aq © prefiroremeter ao trabalho dos textos. Se no se pode fesumira disseminagio, a diférance seminal, em seu feor Conceiual, & porque aforgae forma de sua ago pertur bbadora fazem explodir horzonte semintco. A atencio dada & poliscemia ov ao politematismo constitu, poss velmente, um progress relativamente & linesridade de luna esrta ou de uma litura monossémica,ansiosa por se amar ose tld 20 lead principal ste. ae mean ao se lee pind Ene tts plein gual vase no orate Impede uma ona nts do sc me to dea dls = Rca ce une dati eso tear emai de Male. Rca oben, sev Esa! sur Ped ea homers de Revert Ge plasma, tem mats ste om aa een O ge recone pr Rar oun ates eee lea tant que deve pein nomen dae por mais tana gue esi, de ver ei fetalade de un extn verdad de eu sent cons "ino oto em epee fata © anando C deslcament aero © pad coi etal, A dissemi so entra por rium mimes no tnt deer wma aos en econ un presente de agen spies disomic A pla ‘nt’ Arologa bane so recess tn en reeaocages prc = fda a hee part, de todos come incite evergreen Ne tos ete: decptagps em aun prsenga cv ta. ch mara una mulipioande nedubele ger plement esti de na ete tra One do text, noma extne¢ Clare ou 20 menos, atonrin stae de seus temas dese stint, devon querer Nis agson aa brant, oma smear ‘uta emo pense de passin ene ome 9 nen Nowe enor ds alge omens de ‘sentido, E, entretanto, nessa derrapagem e nessa colisSo de por everest por ceraerte una Dése de mngzn ena o eo herds Ustream esta pe 9 nen maint. Teel do omaiar ene ene moti do exceno 4 daa dante ences ead dem iano ees el dite porque moun omaltae Ls 6 cexaustva, no sentido crico, €impossvel” eA dupla ses: So" € uma “ria” desconstutva da nogSo de ext"). mas re-escever,inscrever¢relangar seus esquemoe. Tra: tose de resmarcr, tanto em “A dsseminacso” quanto em "A dupla sesso" (esses dois textos sio completamente Inseparives), uma nervua, uma dobra, um Sngulo que Jnerrompem 2 ttalizagéo. em um cera lugar, em urn hi {sar de uma forma bem determinada, nenhuma sére de valéncias semnticas pode mais se fechar ou se juntar [Nao que cla se abra para uma rqueza inesgotivel do se tido ou pare a tanscendéncia de um excesso semintic, Por meio desse dngulo, dessa dobra, dessa re-dobra de um indecdvel, uma marca marca ac mesmo tempo o mar. ‘ado e a marca, 0 lugar re-marcado da marca A esr ‘que, nesse momento, se re-marca ela prdpra [uma coisa completamente diferente de ume representasSo de si, io pode mais ser contada na lista de temas (ela no € ‘um tema e 30 pode, em nenhum cato, vr a sélo): ela deve ser subtraida (cavidode) dessa lista a ela anexsda (telovo. A cavidade € 0 relevo, mas a fits © 0 excesso ‘io pedem jamais se establlzar na plenitude de ua lor. mma ou de uma equacio, na conespondéncia imoblizaca de uma simetia ov de uma homolog. No posso reto- mar aqui o trabalho tentado nesses dois textos sobre @ obra branco,o himen, a margem, 0 lustre, a colina, © Angulo, o quadrado, oar, o sobrendmero etc Esse tabs ‘ho tem, sempre, entre outros, este resultado tec: uma trtica do simples contedid (rticatematlea-seja ela de estilo filosico, sociolbgico ou psicanalitico que tomasse © tema, manifesto ou acuto,pleno ou vazio, pela subs- tania do texto, por seu objeto ou per sua verdade Jus: wade) seria tho Incapaz de se medi por certos textos [%, antes, pela estrtura de cenas cenastextuas) quanto una ‘tie puramenteformalista que ndo se interessasse se- no pelo cédigo, pelo puro jogo do significant, pelo agen ‘lamento tecnico de um texio-abjeto e se descuidasse dos so efeitos genéticos ou da inscricdo (histérca, se voc pre fetir do texto do edo nove texto que ela prépriaescrve Essas duasinsufiiéneias so rigorosamente complemen tares. Nose pode definilas sem uma desconstruczo da retérica clissica de sua flosofia impleta: eu a inicied ‘em"Adupla sesso" etentetsistematzs-la em A mitolo: {2 brancs".Aerltca do estrutualismo formalista ¢ em- preendida desde os primeiros textes de A escritura © 8 aierenca Scarpetta: Sempre no intulto de contibur ara alo- calizagiohistérica desta entrevista, poderiames iualmen- teevocaraeunige que ocoreuem Cluny. em bride 1970, uma vez que, embora ausente, voc esteveconstantemen te presente (ctado ov questionado nas intervencbes por vezes contreditris) no coldquio eu objeto era 2 relacio entre literatura eideologia. Houdebine: Seguindo a linha da questio posta por Scarpetta, ¢ uma vez que esse ponte fol evacado em Cluny, eu me permit retomar o problema da contron- taglo de sua feflexdo com a filsofia de Heldegger. No texto j cade, °A ciférance’, voc fala da “incontorvel rmeditacio heideggeriana": em qué essa meditacso, tal {qual clase desdobra no centro de nossa “época",parece- The incontornsvel? E uma vez que, por cute lado, voce 436 a declaa “incontomavel” a fm de atavessé-la, voce podera prcisr alguns dos motivos que o incitam a nde para at, de forma alguma? Derrida: Voc® tem rao em se relerr a este Colé- ‘lo, Aeabo de ler seus anais, Tatas, nesse caso, pare- ‘e-me, de um acontecimento muito importante, de um acontecimento a0 mesino tempo te6tcoe poles. Qvan- tos relactes entre a “Iteratura’ ea “ideologa’, existe af ‘uma elucldagéo eonsiderdvel e aumerosasintervencdes ‘ue faro, cele, avancar as cosas. vas questées so multplas edifcels. Por onde co mega? Voltarbquilo que me colocou em questaa? Voces créer que ainda € preciso fazer isso? Houdebine: iso permit, talver,escarecercertos rmal-entendidos e, como vocé acaba de dizer, fazer "a= coisas avancar um pouco mals. Derrida: Vejamos, eno. Natualmente, eu nBo gos- taria de enfatizar aqul aqullo que pode ter tide alguma relacio comigo no curso de um debate que, flizmente, esteve muito longe de se resumita iso e, do qual, vocés sabem, eu muito me arrependo de nao ter participado diretamente. Se responde 8 Sua questo &, pois, sobre tudo, para aver uma dstingSo clara entre as questbes ou ‘bjecdes que me fram enderegadss.Certas dela, coma as de Christine Glucksman, so visivelmente destinadas, ‘sem nenhuma agressvidade constrangedora e improds: tiva a tomar possivel a leitura ea discussdo. Eu as res pponderel em seguida, eu olare, de resto, cada ver que lum intercimbio se apresente sob essas condicdes e que leu estela em uma posigio de contibuie om alguma co: sa. Quanto a outrs intervengbes, que me pareceram re tardatiias ou regressive, eu relembrarel apenas alguns Pontes, de resto elementaes. Sela dito de passagem que fquet sabendo, por Jo lide 0 menos por duss vezes, que meu “pensamento” lestou ctando,¢ 6bvo} estava “em plena evolug30". No motivo para se alegre?" E verdade que esses enuncis: dos so necessariamente emitidos a partir de uma post (io na qual se deve certamente eaber quando essa, ‘evolugio" termina ou quando ela sofre uma reviravelta © fem relagdo 3 qual escatologia se deve media. Eu me beneficiaia muito desses encoraiamentos, benevolentes fem um caso, sentencieso no auto, se valor de “evolu Go" nio me tvesse parecido sempre suspelto em todos (0s pressupostos que essa palavraabriga (ela € mamta ‘voce me di?) e sobretudo se eu ndotvesse sempre des

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