Ambos os recursos disponibilizados para análise (o podcast [INDIQUE NOME E
AUTORIA] e o texto de François Hartog [QUAL TEXTO?]), apesar de suas diferenças, retratam a questão de como a sociedade e suas instituições no tempo presente tentam ignorar ou relativizar o passado em favor de uma ideia que vale mais a pena: o “agora”, relacionado a interesses econômicos sempre urgentes, apresentam a tendência de ignorar o passado ou qualquer interpretação dele que possa não ser interessante a uma visão das classes dominantes, detentoras de capital, em relação aos seus próprios interesses, muitas vezes também equalizados à ideia tradicional mais eurocêntrica – que por muito tempo, foi a tônica da historicidade não só no Brasil como no Ocidente. [O PARÁGRAFO TODO É UMA ÚNICA FRASE QUE MUDA DE SENTIDO. TENHA ATENÇÃO A PONTUAÇÃO E A ARTICULAÇÃO DAS IDEIAS.] [SERÁ QUE O PENSAR NO PRESENTE É UMA REGRA A TODOS OS GRUPOS HUMANOS OU SE REFERE A APENAS AQUELES ATRELADOS A UMA DETERMINADA LÓGICA DE MUNDO?] Essa noção de urgência, de que tudo deve ser realizado e vivido o quanto antes, é algo muito relacionado à globalização, nas palavras de Hartog [SE É DE ACORDO COM AS PALAVRAS DE HARTOG, CITE ADEQUADAMENTE.]. Inclusive as tecnologias desenvolvidas, como as digitais e a internet, garantem a ideia de instantaneidade, tão valorizada pelo sistema capitalista, que não gosta de esperar para obter mais capital, mais lucro, e utiliza desses métodos tecnológicos, inclusive no período da pandemia do COVID-19, para que os funcionários em home office estejam sempre a postos para satisfazer interesses econômicos, ou seja, disponíveis para responder a qualquer demanda a qualquer tempo. [FRASE ENORME QUE TAMBÉM MUDA DE SENTIDO.] No ponto de vista do professor [SE É NO PONTO DE VISTA DE ALGUÉM, CITE ADEQUADAMENTE.] da UFRGS Fernando Nicolazzi, exposto no podcast Culturas do passado e eurocentrismo, há o levantamento de questões que envolvem como os modelos contemporâneos do uso do passado têm ocorrido como uso político. Inclusive, o pesquisador comenta sobre o interesse em investigar o porquê de a disciplina e os profissionais de História serem tão atacados no Brasil, seja pela via de alteração curricular, reduzindo-se a carga horária da disciplina, ou mesmo por questões ideológicas – certamente atreladas a uma visão mais burguesa e eurocêntrica que se incomodam com a História ser vista pela perspectiva pós-colonial, por exemplo-, que tende a estudar como as mobilizações das classes populares e dos movimentos sociais são responsáveis pelos rumos da história. Talvez esses estudos e uma nova perspectiva da visão de uma historiografia tradicional e eurocêntrica poderiam incentivar a uma consciência popular maior e a uma mudança nos rumos sociais, de modo a alterar interesses econômicos imediatos? O autor discute ainda a questão do interesse de algumas empresas em promover certos lados da História (o que começou a ser mais popular principalmente a partir das festividades dos 500 anos do descobrimento do Brasil), entretanto desconsideram o papel e a importância de historiadores. CITOU IDEIAS DO AUTOR E NÃO FEZ REFERÊNCIA... Retomando o pensamento de François Hartog no texto de sua autoria A Covid e o tempo: “Who is in the driver’s seat”?, o intelectual analisa que o excesso da presentificação, da necessidade da urgência de respostas e de soluções para qualquer problema, inclusive sobre a pandemia [REFERÊNCIA? PONTO.], revela a questão da contemporaneidade que não reflete o passado e que não pensa nas consequências de seus atos para o futuro. O autor traz como argumento [REFERÊNCIA??] a existência de diversas pandemias, que acompanham a história da humanidade, bem como alertas de cientistas nas últimas décadas sobre a possibilidade real de uma pandemia nas proporções dessa atual acontecer. Entretanto, uma sociedade [TODA ELA? NEGAR O EUROCENTRISMO PODE SER UMA SAÍDA?] que só pensa no “agora” não se preocupa com o aprendizado do passado nem com o que está por vir no futuro, como se fosse tudo muito distante daquilo que importa. E esse posicionamento social não tem paciência de fazer quarentena, esperar a vacina, ou qualquer outro evento que exija espera ou reflexão. O francês [QUAL?] traz ainda a questão das mutações, que desafiam todo o esforço das sociedades em controlar o vírus da COVID-19, e lembra que os micro-organismos são muito mais antigos que o homo sapiens, existindo há quase 4 bilhões de anos, enquanto o homem existe há cerca de 300 mil, revelando a capacidade de resistência e de sobrevivência desses seres vivos menores. Ora, sobre esses aspectos todos, percebe-se que a necessidade do teórico conforto do presente não é capaz de garantir à humanidade certezas nem respostas às suas indagações e sofrimentos. O mesmo pensamento pode ser aplicado à historicidade, sobre como a teoria da história pode auxiliar a ver por outras perspectivas eventos já estudados e “carimbados” [SEM ASPAS] como corretos, muitos deles a partir da versão tradicional de se analisar a história. Conforme afirma Fernando Nicolazzi, em texto elaborado em conjunto com Valdei Lopes de Araújo A história da historiografia e a atualidade do historicismo: perspectivas sobre a formação de um campo ( texto complementar da aula 1)
“A crença de que os contextos econômicos, sociais ou políticos explicam a produção
historiográfica já não se sustenta frente à complexidade da produção contemporânea. Certamente, a historiografia dialoga com múltiplas relações, e é condicionada por elas, mas também possui sua lógica interna, sua temporalidade e suas tradições, o que torna a tarefa de montar o seu “contexto” algo infinitamente problemático.” (p.10) [FALTOU USAR O MODELO ADEQUADO...] Nessa toada, a questão do desmatamento e o aumento de zoonoses é tratada por cientistas como causa e consequência, respectivamente, e pandemias futuras estarão associadas a isso, além de outros problemas como aquecimento global, crises energéticas e hídricas. Ou seja: é necessário repensar as ações humanas e também tentar enxergar outros ângulos não tradicionais, não ocidentais, não eurocêntricos, para buscar respostas e soluções para diversas questões iminentes, não só em aspectos ambientais como também em aspectos étnicos, culturais, sociais e econômicos de diversos povos para ampliar o leque de interpretações e de possibilidades reais de intervenção neste mundo que tanto valoriza apenas o tempo presente e a economia e que, de certa forma, considera o que é apenas tradicional como verdadeiro. E isso não quer dizer que a pesquisa historiográfica seja um caminho fácil, subverter metodologias tradicionais e encontrar seu próprio contexto, conforme na citação do texto acima, é algo certamente tormentoso e deve dialogar com outras áreas. Porém, essa visão é muito necessária para a produção de conhecimento, de ressignificação do passado inclusive no presente. FALTARAM AS REFERÊNCIAS AO MATERIAL UTILIZADO NO FIM. SE POSSÍVEL, TENTE ENVIAR FORMATO WORD DA PRÓXIMA VEZ. FACILITA A CORREÇÃO!
NORMAS DO TRABALHO E REFERÊNCIAS ADEQUADAS (2,0): 0,5