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oe Marcos Marionso ‘Cnn Pron Genco Ando Cusco Foro cncane bancodeimagers Stocker Cousens: Ane Soh Ze [Uninc Carlos Abert Fraco(UFPR) gon de Olvera Rangel PUC-SP) {von Miler de Ova (UFSC pl) Henrique Monteagudo [Universidade deSantiogo de Compostela) Kanai Rjogopaton {Unicame] Marcos agro ‘Mara Mata Pere Scher (UF#S) ache Gazla de Andrade UC SP) Roxane Rj (Unicame) Sama Tannus Mucha PUCSP) “Stell Mars Borton- Ricardo (Unt) (QPBRASLCATALOGACAO WA FONTE SIMDIATOWICIOKAL OS EDTORES DE Los, tudo. enna 2 Ani do dic 3, Pies deers Denia Angela Pa ach ra ache Lenora Mar Andra Ste 0207, coos "ego pla Parsboa Eaton | 2 rerpressdo-cerforme novo acord etogsco da Unga Portugues (© 2002 by Angela Paiva Dionisio, Anna Rachel Machado e Maria Auxiladora Bezerra © desta edigo:Parabola Editorial, Sdo Paulo, junho de 2010 ii sumaRIO 7 Nota do Editor parte | SUPORTES TEORICOS € PRATICAS DE ENsINO INIGKO E FUNCIONALIDADE Luiz Antonio Me 2, ENSINO DE LINGUA PORTUGUESA E CONTEXTOS 39 re6n1co-meroporécicos {URSIVOS E. ENSINO DE LINGUA INGLESA Iha Pinto 51 . GENEROS JORNALISTICOS NO LETRAMENTO ESCOLAR INICIAL + 63 G1] © Pmoncio pe mars ounénco rata oENsIo De rnaNcts Eliane Gouvéa Lousada Lusinete Vasconcelos de Souza 95 ST sia o.ctm ataers chek no mano De INGLES Vera Laicia Lopes Cristévao il G@nerROS TeXTUAIS!: DeFINICAO E FUNCIONALIDaDe Luiz AOR MArcuscHl 1.Géneros textuals COMO pRaticas SOCIO-HIStORICAS 1 hist6rica do surg fase, povos de cultura essencial pglas'¢ suas ‘05 grandes suportes tecnolégicos da comunicagio tais como o rédio, a 0 jon 4 internet, por terem uma presenga marcante ¢ contralidad weiar, va € 08 géneros, Numa terceira fase, a partir do século XV, os ie a fase io a uma la cultura eletronica, com srgem fons discursivas novas, tais como cditorais, artigos Jefonemas, telegramas, telemensagens, teleconferéncias, jagens ao vivo, cartas eletroniccas (e-mails) aulas chats) ¢ assim por diante. mo na escrita, le, esses novos géneros no slo inova atas, quais sm uma ancoragem em outros géneros jd existentes. O fato jd 1997] que falava na ‘transmutagio’ dos géneros € na novos. A tecnologia favorece 0 fato de que os géneros textuais surgen jente nas culturas em que se deser uito mais por suas ringdex ah ovo, mplados em seus usos e condicionamentos socio- icos caracterizadlos como priticas sociodiscursivas. Quase denominagoes desaparecer. presenta similaridade com a conversagao que The pre- 0, realiza-se com caracteristicas proprias re uma conversagio face a face € um telefonema, com as il (comteio elet siio peculiares. O e- 1s cartas (pessoais, comerciais etc.) € nos bilhetes Js cartas eletrdnicas so géncros novos com identidades 4s, como se veri no estudo sobre generos emergentes na midia virtual sta coletinea traz estudlos sobre 1 variedade de generos textuais relacio- as pect oman ai aspetios de inten para o tra- Nesse context, westigacao dos géneros textuais e desenvolve bateria dees que podem seni para a compreenco do problems peed wolvido. Certamente,haveria muitas outta perspectivas de ndlse« nit ‘outros caminhos teéricos para a definigdo e abordagem da q : ‘exiguo espaco como a finalidade didatica desta breve introdug «que se fagam longas incursdes pela bibliograf Aspecto central no caso desses e outros géneros emergentes € a nova rela- ie instauram com os usos da Finguagem como tal. Em certo sentido, pos- de alguns aspectos centrais na observagao da linguagem como, por exemplo, a relagdo entre a oralidade ea e suas fronteiras, Esses géneros que emergiram no tiltimo s ‘mais diversas mfdias criam formas comunicativas proprias com lesafia as relagdes entre oralidade e escrita ¢ inviabiliza de ha visio dicotomica ainda preser ¢ em muitos manuais ses generos também permitem observar a maior inte- 10s varios tipos de semioses: signos verbais, sons, imagens ¢ formas plastica, nto. Alinguagem dos novos géneros tomase cada vez.mai caso das publicidades, por © novas tecnologias, « ram o sury pecial as ligadas a sirea da comunicag to de novos géneros textuais. Por certo, vos novos. Como certos generos jé tem determina- sgeneros prévios para ol cognitiva. Privilegia a natureza al da lingua, Afirma tar que embora os géneros por aspectos fo agi sobre 0 maior compreensio do p nos dedicar a observagio da esse terreno, pois isso nos desviaria mi reunido de condominio, noticia jomalistica, hor6scopo, recei- 4. construtostedicos detnides por ropriedadeslinguisticas intinsecas; 2. constituem sequéncias inguisticas ou ‘sequéncas de enunciados e ndo séo {textos empitics; 3. sua nomeacao abrange um conjunto limitado de categorias tedricas ‘eterminades por aspectoslexicals, sintéticosrelagbes lgicas, terpo verbal; 4. designagbes tbricas dos tipo: narra argumentagao, escri¢do, njungdo e exposicao. 1. realizagdesinguisicasconeretasdofnides or propriedades soclocomunicativas; 2. constituer textos empircamente ‘ealizados, cumprindofungées em situagées comunicativas; 3. sua nomeagéo abrange um conjunto aberto © praticamentelimitado de designacées ‘concretas determinadas pelo canal, esto, ‘conttido, eomposicaoe uncdo; 4.exemplos de géneros: telefonema, ‘serméo, carta comercial, cata pessoa, omance,bete, aula expostiva, reunido de condominio,noréscopo, reclta ‘ulnar, bula de reméio, sta de compras, concurs, piada, conversacao espontinea, conferéncia carta eletronica,bate-papo rua), las virtua te. géneros textuais q clusivos) como pr as vezes, Ihes sio proprios (em certos casos ex icas ou rotinas comu 1s institucionalizadas has, que sio generos exch s. Tome-se 0 is € altamente praticada por Veja-se 0 caso das jaculat6rias, novenas e lad Rezemos o tergo. Aparecida, Editora Santi ‘io, 4977, p. 54) Senhora Aparecida, miagrosa padrosira, sede nossa guia nesta mortal caer 6 Virgem Aparecide, sacrério do Redentor, dala alma desfalecida vosso (os discursivos para os quais convergem ages lin- as, segundo Robert de Beaugrande ( Observe-se que a definiggo dada aos termos aqui utilizados € muito Fxpositiva 4. aLgUMas OBSERVaCOES SOBRE OS tIPOS textuais Estéligado na Manchete FM —ou rédio dos funks — eu ‘adoro funk, principalmente com passos marcados. [Aquino Rio 6 0 rtmo do momento... e voo8, gosta? Gosto também de house e dance music, sou fascinado por discotecas! Sempre vou aK. ‘ontem mesmo (sextaeira) eu ful e cheguei quase std tocando agora 0 “Mel6 da Mina Sensual”, super demais! ‘Aqui ougo também. Tansamérica e RPC FM. Expositiva Rio, 13/08/1991 im tempo pra responder, espero sinoeramen- no esteja chateada comigo. Eu me amarrel de verdiade em yooés ai, do Recife, principalmente a gale- ada ET, vo’s $20 muito maneiros! Meu maior sono é via) ‘um tempo por ai, conhecer legal vocés todos, juntos... $6 que ndo sei 20 certo se vou real ‘mente no inicio de 1992. Mas pode ser que dé, quem SBD! foam [Nao sei ao certo se vou ou no, mas que certa que fa- ride tudo para conhecer voces 0 mals rapido possivel Posso te dizer uma coisa? Adoro muito voces! ‘Agora, minha tina: ds segundas, quartase sexas‘eras| ‘vabalho de 8.00 s 1700, em Botafogo. De is vou pare OT, minh aula vai de 18:30 8s 10:40h. Chego aqui em casa quinze para meie-note. Eas eas e quits foo 050 em F 6 de 800 8s 12:30h. Vou para o T; as 13:30 comeca 0 ‘meu curso de francés (you me formar ano que vem) € vai ‘até 15:30h, 16.00n vou dar aula e fen até 1730h. 17:40 a, +18:30h faco natacBo (no T. também) e até 22:40h tenho UI. /senvninnf Onter eu e Simone fzemas tes me ‘es de namoro, ‘Amiga RP Injuntiva on Para ser mais preciso estou no meu quarto, escree ona escrvannfa, com um Micro System ligado na minha {rente (bem alto, por sina). Injuntiva voce sabia que eu estava namorando?, ‘la mora aqui mesmo no (legit) (nome do condominio). muito, entende? (© problema é que ela 6 muito ciumenta, principaimen- te porque eu jé ful afim da B., que mora aqui também, [Nem posso falar com a garota que S. ja fica com raiva. excreval Faz um favor? Diga pra M.,A.P.€C. que esperem, n8o demoro a escrever, ‘Tipo ‘TEXTUAIS SEGUNDO WERLICH (1973) havia mires de vidros.” Este tipo de enunciado textual tem Uma estrutura simples com um verbo estatico no presente ou imperfeito, ‘um complemento @ uma indicagao ircunstancial de lugar. 2. Narrative “0s passageios aterrissaram em Nova York no meio da noite.” Este tipo de enunciado textual tem ‘um verbo de mudanga no passado, ‘um circunstancial de tempo e lugar Por sua referencia temporal e locel, este enunciado € designado como ‘enunciado indicatwo de ago. (@)"Uma parte do cérebro é 0 cortex.” (0)°0 cérebro tem 10 mithoes de neurénios." ‘com um grupo nominal. Tratase de um ‘enunciac de dentiicagao de fenomnencs. Em (b), temas uma base textual deno- rminada de exposigSo analitica pelo ‘proceso de decomposigao. Também 6 uma estrutura com um sujeto, um ‘verbo da familia do verbo ter (ou verbos ‘como: “contém’, “consist, “compre ‘ende”) € um complemento que es- tabelece com 0 sujeito uma relagao parte-todo. Trata-se de um enunciado de ligagdo de fendmenos. 4, Argumentativa =A obsesséo com ‘a durabilidade nas artes ndo 6 permanente.” TTemse aqui uma forma verbal com 0 verbo serno presente e um complemento (queno casoé um aceto) Tratase de um ‘enunciado de atribuigao de qualidade, 5. Injuntiva ‘Vem representada por um verbo no imperatvo. Estes s80 0s enunciados inctadores a a¢ao. Estes textos podem Sotrer certas modificagées significat- vas na forma e assumir, por exemplo, €@ configuragdo mais longa onde o im Perativo 6 substituido por um “deve” Por exemplo: “Todos os brasileiras na dade de 18 anos do sexo masculine ever comparecer ao exército para alistaremse". na relagdo sécio- \¢4o muito além da EXEMPLO 9 NELFE ~ 950 ~ ARTIGO DE OPINIAO JOSE PRR sse.ee, 880 Paulo. Calm, Jos, Atosta nio recomegou, ‘luz no acendeu, @ noite ndo esquentou, ‘© Malan nao amoieceu, ‘mas se voltar a pergunta: (© agora, José? Diga: ora, Drummond, ‘agora Camcessus, Continua sem muther, Continua sem discurso, ‘continua sem carinho, ainda nao pode beber, ainda ndo pode fumar, cuspir ainda nao pode, ‘noite ainda é fia, dia ainda nao veio, iso ainda nao veio, 10 veio ainda a utopia, © Malan tem mioy ‘mas nem tudo acabou, nem tudo fugiu, Rem tudo mofou. Se voltar a pergunta: Diga: ora, Drummond, ‘agora FMI © Malan nada far, ‘mas jd hd quem faga, ‘Anda s6, no escuro, {qual bicho do mato, ainda sem teogonia, ainda sem parede nua, para se encostar, ainda sem cavalo preto Que fuja a galope, vvocé ainda marcha, José! ‘Se voltar a pergunta: José, para onde? Diga: ora, Drummond, or que tanta dvida? Elementar, elementar, igo pra Washington. ©, por favor, poeta, ‘no me chame de José. Me chame Joseph, Fonte: Foha de S Paulo, Cader 2, p.2— Opiniso, 08/10/1999 Tango de um artigo de opini8o no formato de dos ensaios desta coletanea, que pret i ‘ ios de comunicagao. genérica dos géneros raticados nos diversos a AAs observagdes te6ricas expostas nilo s6 visam esclarecer conceitos novo enfo- Por iso, em prine Consequéncia significativas para a variagio de géneros mas ene géneros podera decidir, 6 Géneros textuais e ensino (a) canal fmeio de comunicagao:(telefonema, carta, elegrama); (b) eritériosformais: (conto, dscussio, debate, contrat, ata, poema); (c) natureza do conteido: (piada, precio de livro,receita culindra, bula de remédio). Contudo, iso no chega a oferecercrtérios para formar uma clasifcagio nem constitu todos os nomes. Para Douglas Biber (1988), por exen génet0s so geralmente determinados com base nos objetivos dos falantes € na natureza do tépico tratado, sendo assim uma questio de uso e nao de forma, Em suma, pode-se dizer que os géneros textuais fundamse em crtériog extemos (sociocomunicatives ¢ discursivos), enquanto os tipos text dam-se em critérios internos (linguisticos e formais). Elizabeth Giilich (1986) observa q falantes ou eseritores design: que parece releva regras fun- as sittiagdes ¢ 05 contextos em que os N 0s géneros textuais so em geral aqueles e: designd-los para chamar a atengao sobre dete rntes no caso. E assim que ouvimos pessoas dizendo: nas deixem que eu conte uma para descontrair mos alguém dizer: “Fulano nao desconfia ediscursa taclas Jessa rete nifo nao cabe uma piad ‘um pouco”. Ou entdo ou institucionalmente maread designagio do género de texto © a informagao sobre suas regras de desenvolvimento, Este é 0 care de uma tomada de depoimento na j ireitos e deveres de cada individu Assim, contar piadas fora de lugar € um caso de inadequagdo ou {de normas socias relativas aos géneros textuas, Iso quer dizer que no hd s6 4 questio da producao adequada do género. im uso adequado, Esta ndo € uma questio de etiqueta social apenas, mas 6 um caso de adequagao tipolégica, que diz respeito a relacdo que deveria haver, género textual, entre os seguintes aspectos na producio de cada © natureza da informagio ou do conterido veiculado; © nfvel de linguagem (formal, informal, diale © tipo de situagio em que o genero se situa (p 0 entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, cial, formagiio etc. © natureza dos objetivos das atividades desenvolvidas, inegcios, por exemplo, um empresrio que se pusesse a cantar 0 ae seria conserado um tanto esquisitoetalver pouco confivel para uma par cios. Ou alguém que, durante um culto e no meio de uma oragio, come- ravejar contra o sacerdote ou o pastor nio ia ser bemevisto, Nesse es aqui levantados serviiam para identificar asc No ensino de uma maneira geral, ¢ em sala de aula de modo part se tratar dos géneros na perspectiva aqui analisada e levar os alunos a lisarem eventos linguisticos os mais diversos, tanto escritos identificarem as caracterfsticas de género em cada un 14 como seria produtivo pér na mao do aluno wm j Je tare: “Ientifque os generes tetas aq ‘em terinos de contesi- pode ser reformulada de muitas man de cada situagio de ensino. Mas é de se esper . ela serd sempre muito promissora. {que por mais modesta que sejaa 7. OBSERVAGOES finals ssas observagées sobre o tema em paula, pode-se dizer 08 textuais uma extraordinaria oportunidade de lidar queotra a0 0 a na lingua em seus mais diversos usos auténticos no dia a dia. a is a fizermos li ate estard fora de ser feito em algum género. Assim, mente pode ser tratado em uum ou outro genero. 2 ensino be LinGua PORTUGUESd € CONTEXTOS TEORICO- -M€ETODOLOGICOS le lingua por- ae Marta AUXILIADORA BEZERRA lores externos, portugués passou de portugués para 8 era da classe social m:

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