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Apostila Sistema de Freios
Apostila Sistema de Freios
Elaborado por:
José Luiz Borba
Mauro Antônio Bergantini
Coordenadores do Programa:
José Heleno Ferracioli Nunes
Isabela de Freitas Costa V. Pylro
Vitória - ES
Fevereiro – 2011
Prefácio
Cora Coralina
Pós Graduação em Engenharia Ferroviária Dinâmica e frenagem Ferroviária
Sumário
1 Freio Automático ........................................................................................................... 1
1.1 Introdução ..................................................................................................................... 2
1.2 Histórico ........................................................................................................................ 4
Figuras
Figura 1.1 Aplicação dos freios nos primórdios da ferrovia .......................................................... 2
Figura 1.2 Sistema de freio pneumático ........................................................................................ 3
Figura 1.3 George Westinghouse .................................................................................................. 4
Figura 1.4 Esquema simplificado do Sistema de Freio a Ar Direto .............................................. 5
Figura 1.5 Esquema simplificado do Sistema de Freio a Ar Automático ...................................... 6
Figura 1.6 Carregamento do sistema ............................................................................................ 7
Figura 1.7 Aplicação do freio ......................................................................................................... 7
Figura 1.8 Alívio do freio ................................................................................................................ 8
Figura 2.1 Localização dos principais componentes do sistema de freio na locomotiva ........... 11
Figura 2.2 Sistema de freio da locomotiva .................................................................................. 12
Figura 2.3 Sistema de alimentação de ar comprimido ................................................................ 13
Figura 2.4 Compressor alternativo .............................................................................................. 14
Figura 2.5 Compressor acionado diretamente pelo motor diesel ............................................... 14
Figura 2.6 Compressor acionado por motor elétrico ................................................................... 15
Figura 2.7 Resfriador intermediário refrigerado a água .............................................................. 16
Figura 2.8 Resfriador intermediário refrigerado por ventilação forçada ..................................... 16
Figura 2.9 Posicionamento da válvula de segurança do resfriador intermediário ...................... 17
Figura 2.10 Localização dos reservatórios principais ................................................................... 18
Figura 2.11 Válvula de dreno automático e manual ...................................................................... 19
Figura 2.12 Válvula de dreno automático e manual 580-H ........................................................... 20
Figura 2.13 Válvula de dreno automático D-1 ............................................................................... 20
Figura 2.14 Válvula de segurança ................................................................................................. 22
Figura 2.15 Válvula de retenção .................................................................................................... 23
Figura 2.16 Torneira interruptora ................................................................................................... 24
Figura 2.17 Chave pressostática CCS .......................................................................................... 26
Figura 2.18 Válvula magnética CGS ............................................................................................. 26
Figura 2.19 Manômetros duplos de ar ........................................................................................... 29
Figura 2.20 Filtro centrífugo ........................................................................................................... 30
Figura 2.21 Secador de ar por adsorção ....................................................................................... 31
Figura 2.22 Ligações e conexões WABCOSEAL .......................................................................... 32
Figura 2.23 Válvula de emergência ............................................................................................... 34
Figura 2.24 Válvula de descarga nº 8 e válvula de descarga KM ................................................ 35
Figura 2.25 Posicionamento das torneiras .................................................................................... 40
Figura 2.26 Mangueiras flexíveis de acoplamento ........................................................................ 41
Tabelas
Tabela 2.1 Escala dos manômetros ............................................................................................. 29
Tabela 2.2 Indicação de pressão nos manômetros duplos de ar ................................................ 29
Tabela 2.3 Torneiras utilizadas nas extremidades dos encanamentos....................................... 40
Tabela 2.4 Finalização dos encanamentos da locomotiva .......................................................... 40
Tabela 2.5 Tipos de mangueiras de freio das locomotivas.......................................................... 41
Tabela 2.6 Pressão desenvolvidas pelas válvulas-relé do tipo J ................................................ 79
Tabela 2.7 Tipos de cilindro de freio de locomotivas ................................................................. 111
Tabela 2.8 Condição da torneira angular ................................................................................... 123
Tabela 2.9 Tipos de mangueiras de freio de vagões ................................................................. 125
Tabela 2.10 Tipos de válvulas de controle ................................................................................... 127
Tabela 2.11 Reservatórios combinados utilizados nas ferrovias brasileiras ............................... 136
Tabela 2.12 Condição da torneira de isolamento ........................................................................ 138
Tabela 2.13 Tipos de cilindro de freio de vagões ........................................................................ 141
Tabela 3.1 Indicação propiciada pelo conjunto de luzes na frente do computador IPM ........... 163
Tabela 3.2 Funções dos módulos que compõem a unidade de controle
eletropneumático ...................................................................................................... 166
Tabela 3.3 Funções dos relés operacionais do RIM .................................................................. 168
Dinâmica e Frenagem
Ferroviária
1 Freio Automático
1.1 Introdução
Aumentar a capacidade de transporte de um trem não é somente uma questão de colocar mais
vagões na composição.
Três fatores são determinantes para a um aumento do volume de carga transportado:
Os fatores acima acarretam problemas técnicos como: capacidade de tração das locomotivas,
capacidade dos trilhos, controle do tráfego de composições longas e mais velozes, sinalização,
traçados das vias, pátios e linhas auxiliares, frenagem das composições, etc., devem ser
superados para possibilitar o aumento da carga útil.
Frear um trem não é uma tarefa simples.
O que possibilita isso é um sistema composto de compressores, tubulações, mangueiras,
reservatórios, válvulas, cilindros, etc., onde cada unidade de uma composição (locomotivas e
vagões) tem seu próprio equipamento de freios.
Esses equipamentos tem que trabalhar de forma sincronizada para que a composição possa frear
de maneira uniforme e segura até parar.
Os sistemas de freio dos trens evoluíram através dos tempos junto com outros desenvolvimentos
técnicos, motivados pela necessidade de acompanhar o desenvolvimento do transporte de carga
nas ferrovias.
Nos primórdios da ferrovia havia muita limitação da velocidade das composições em decorrência
da falta de um sistema de frenagem eficaz, pois somente a locomotiva possuía capacidade de
frear em uma composição.
As pequenas composições da época podiam ser paradas somente com o peso aderente da
locomotiva e a frenagem era feita com a aplicação de contravapor e pelo acionamento manual do
freio mecânico, composto por alavancas, que provocava a pressão de sapatas de madeira contra
as rodas.
A necessidade de se aumentar o número de vagões em uma composição levou ao
desenvolvimento do sistema de freios e incorporação dos equipamentos de frenagem nos vagões
além da locomotiva.
O grande desafio, entretanto, não é só instalar equipamentos desse tipo nos vagões, e sim fazê-
los trabalhar em sincronia.
A frenagem dos trens atuais é produzida por um sistema de freio pneumático que possui como
atuador final um dispositivo mecânico, acionado por um Cilindro de Freio, cujo êmbolo é
deslocado de forma que sua haste, através de um conjunto de alavancas, denominado de
Timoneria, aplique esforço numa peça, denominada de Sapata de Freio, que atrita diretamente
com a superfície de rolamento da roda.
Cilindro de freio
P
Timoneria
Alavanca de freio
Contra sapata
Sapata de freio
A força total exercida pela sapata de material não metálico sobre a superfície de rolamento da
roda na direção radial é originada pela aplicação de ar comprimido sobre o êmbolo do cilindro de
freio.
Durante o contato deslizante entre a sapata de freio e a roda, surge uma força de atrito,
diretamente proporcional à força aplicada pela sapata de freio, que produz o conjugado retardador
responsável pela redução da velocidade do trem.
Por esse motivo, o sistema de freio pneumático também é denominado de Sistema de Freio de
Atrito.
1.2 Histórico
Cilindro de Freio Cilindro de acionamento simples com retorno por mola, cujo êmbolo
com haste é deslocado devido à força produzida pela introdução do
ar comprimido, através de uma derivação do Encanamento Geral, na
sua câmara interna;
O termo automático deveu-se ao fato de que esse novo sistema aplicava os freios
automaticamente em todos os vagões da composição, sem a interferência do maquinista, caso
houvesse um vazamento ou uma mangueira se partisse.
Para implementar esse novo sistema, além do Cilindro de Freio já existente em cada um dos
veículos, foram introduzidos:
Válvula de comando Responsável pela aplicação ou alívio dos freios, sendo comandada
pelo diferencial de pressão entre o Encanamento Geral e o
Reservatório Auxiliar.
A Válvula de Comando ficou assim conhecida como Válvula Tríplice devido as suas três funções
básicas:
1. Carregamento do sistema
2. Aplicação do freio
A Válvula de Controle também atua efetuando a aplicação dos freios automaticamente, sem
interferência do maquinista, quando ocorre um vazamento ou avaria do sistema.
3. Alívio do freio
Dinâmica e Frenagem
Ferroviária
2.1 Introdução
O Equipamento de Freio 26-L é parte do sistema de freios dos trens que operam com Freio a Ar
Automático, que tem seus componentes instalados na locomotiva e em todos os vagões da
composição.
Possui todas as particularidades requeridas para o serviço de locomotivas de linha, inclusive
controle de segurança, controle de sobre velocidade, intertravamento com o freio dinâmico e
proteção contra fraccionamento do trem.
É adequado para operação em tração múltipla com as locomotivas equipadas com os sistemas de
freio anteriores 6-SL e 24-RL.
Seus principais componentes são:
A aplicação do freio automático é feita a partir da locomotiva, cujo equipamento, além do seu
próprio freio, controla também a frenagem dos vagões.
A Figura 2.1 mostra a configuração do Equipamento de Freio 26-L numa locomotiva, dando
destaque a alguns de seus principais componentes.
Alimentação
Produção
Armazenamento
Condicionamento
Distribuição
Controle
Aplicação
Alimentação
Condicionamento
Ligação elétrica Chave
Válvula pressostática
magnética do Governador do
Torneira de
compressor compressor
sobrecarga
125 a 140 psi
Produção
Válvula de Torneira
segurança do interruptora
Válvula de
segurança do compressor
resfriador de ar
intermediário 175 psi
60 psi
Filtro de Resfriador Controle
admissão intermediário
Manipulador
de freio
Compressor de ar
Válvula
alimentadora
Serpentina de resfriamento
Armazenamento Válvula de
segurança Coletor
150 psi de pó
Válvula Torneira
de centrífugo Torneira
interruptora interruptora
retenção Filtro
Reservatório Reservatório
Principal nº1 Principal nº2 Dispositivo de
Torneira Torneira Torneira locomotiva
de dreno de dreno de dreno morta
Distribuição Válvula de
retenção
Encanamento geral
Válvula de
descarga
nº8
Encanamento equilibrante dos reservatórios principais
Produção
Armazenamento
Condicionamento
Condicionamento
Ligação elétrica Chave
Válvula pressostática
magnética do Governador do
Torneira de
compressor compressor
sobrecarga
125 a 140 psi
Compressor de ar
Serpentina de resfriamento
Armazenamento Válvula de
segurança Coletor
150 psi de pó
Válvula Torneira
de centrífugo
interruptora Para o sistema
retenção Filtro
de freio a ar
Reservatório Reservatório
Principal nº1 Principal nº2
Torneira Torneira Torneira
de dreno de dreno de dreno
Para o sistema dos
equipamentos auxiliares
2 (dois) cilindros de baixa pressão (de diâmetro maior, dispostos lateralmente no cárter)
1 (um) cilindro de alta pressão (disposto ao centro dos dois cilindros de baixa, no topo do
cárter)
1 (um) resfriador Intermediário que atua entre os 2 (dois) cilindros de baixa e o cilindro de
alta.
Cilindro Resfriador
de alta intermediário
Cilindro
Cilindro de baixa
de baixa
Os pistões dos 3 (três) cilindros são movimentados por um único munhão do eixo virabrequim,
que pode ser acionado:
Eixo de
acionamento
Compressor
Compressor
Filtro de ar
Motor
elétrico
Tubulação do
sistema de
arrefecimento
do motor diesel
Passagem de ar pelo corpo do resfriador, forçada por um soprador acionado pelo próprio
eixo do compressor.
Válvula de
segurança
Soprador
acionado
pelo eixo do
compressor
No resfriador intermediário está instalada uma válvula de segurança que atuará caso a pressão
ultrapasse o limite estabelecido de 60 psi.
Válvula de
segurança do
resfriador
intermediário
Após o resfriamento as moléculas do ar ocupam um menor volume, de modo que o ar fica mais
denso, isto é, uma maior quantidade de moléculas por unidade de volume é introduzida no cilindro
de alta pressão, o que torna mais eficiente a operação do cilindro de alta pressão e aumenta a
capacidade volumétrica do compressor.
O cilindro de alta pressão se encarrega de comprimir esse volume de ar a uma pressão maior
(125 a 140 psi).
O ar comprimido deixa o compressor a uma temperatura muito alta (270 ºC), necessitando sofrer
mais um resfriamento antes de atingir os reservatórios principais.
Por isso, ele passa por uma serpentina de resfriamento com tubos aletados, que serve para
reduzir sua temperatura e provocar a condensação da umidade nele existente.
A quantidade de umidade contida no ar livre da atmosfera praticamente dobra na medida em que
a temperatura ambiente cresce 10 ºC.
Assim, haverá duas vezes mais umidade no ar quando a temperatura ambiente se situa a 30 ºC
do que a 20 ºC, e assim sucessivamente.
Como no Brasil, tanto na região norte como na região central, as temperaturas ambientes são
relativamente elevadas ao longo do ano, logo a quantidade de umidade contida no ar é bastante
elevada.
A umidade que é levada pelo compressor causa corrosão nas superfícies metálicas dos
componentes do sistema pneumático da locomotiva.
Quando as partículas sólidas desprendidas das corrosões colocadas no fluxo de alta velocidade
do ar agem como um jato de areia corroendo os componentes.
Além disso, o óleo de lubrificação que passa pelos anéis dos pistões do compressor mantém os
orifícios das válvulas obstruídos.
Sistema dos equipamentos auxiliares da locomotiva (ar de controle, sino, buzina, válvulas e
injetores de areia, campainhas, limpadores de para-brisas, contatores elétricos, etc.).
A tubulação da serpentina de resfriamento tem uma pequena inclinação que faz com que a água
condensada flua para o reservatório nº 1.
Quando o ar entra no reservatório principal nº 1, a sua temperatura é reduzida mais ainda e a
condensação é mais efetiva.
Por essa razão, a maior quantidade de água é encontrada no reservatório principal nº 1.
Os reservatórios principais da locomotiva são instalados com uma leve inclinação para forçar a
condensação a se acumular no lado mais baixo, onde normalmente são instaladas válvulas de
dreno automático que servem para expurgar a água proveniente da condensação do ar e as
impurezas do reservatório, pois a água pode ser considerada como o maior veneno para o
sistema de freio pneumático.
As válvulas de dreno automático expurgam a água condensada toda vez que a pressão do
reservatório principal atingir 140 psi e param de eliminá-la quando esta pressão atingir o limite
mínimo de 125 psi.
Válvula de
dreno
automático
Drenagem manual
Isolamento
Dreno
automático
Dreno
manual
A válvula de dreno automático D-1 não permite o isolamento e o dreno manual é realizado através
de uma torneira.
Para reparação do sistema de freio, esta torneira deve ser fechada, a fim de isolar o reservatório
principal e descarregar totalmente a pressão do sistema de freio através de um orifício de
descarga que possui.
Caso essa torneira seja fechada os ponteiros dos manômetros na cabine da locomotiva
registrarão pressão zero.
Alguns tipos de locomotivas, além da válvula de segurança instalada logo após o reservatório
principal nº 1, calibrada em 150 psi, possuem outra instalada próxima ao compressor, calibrada
com 175 psi.
A calibragem das válvulas de segurança depende de instruções da Ferrovia.
Funciona como uma proteção, pois, o fechamento dessa válvula impedirá a perda da pressão do
reservatório principal nº 2 através de uma abertura para a atmosfera antes da válvula de retenção,
originada por um problema no compressor, uma ruptura das tubulações de resfriamento, danos ao
reservatório principal nº 1ou por uma ruptura do encanamento equilibrante dos reservatórios
principais causada por uma eventual separação entre as locomotivas e o consequente
desacoplamento das mangueiras.
Pelas normas da FRA (Federal Railroad Administration) em caso de avaria no sistema dos
reservatórios principais, a locomotiva deve reter ar suficiente para, no mínimo, 3 (três) aplicações
e alívios dos freios e acionamento dos contatores e das chaves reversoras.
A válvula de retenção também serve para reduzir o tempo de carregamento do sistema de
reservatórios principais de uma locomotiva Rebocada Morta, permitindo somente o carregamento
do reservatório principal nº 2.
A verificação do perfeito funcionamento da válvula de retenção do reservatório principal nº 2 se dá
através do Teste de Fracionamento.
Isolamento de 1”
Isolamento de 1” e coletor de pó
Isolamento de 3/8”
Após passar por todo o processo de produção o ar comprimido deve sofrer um condicionamento
antes de ser colocado para trabalhar.
O funcionamento regular de qualquer componente no sistema depende da estabilidade da
pressão de alimentação, da isenção de umidade e do grau de filtragem.
Portanto, o condicionamento do ar comprimido consiste de:
Regulagem da pressão
Drenagem
Para que a drenagem seja feita, devem ser instalados drenos (purgadores), que podem ser
manuais ou automáticos, com preferência para o último tipo.
Filtragem
A chave pressostática CCS consiste em uma chave elétrica atuada por uma face sensível à
pressão, que é atuada por uma mola de carga.
A válvula magnética CGS mantém as válvulas de admissão dos cabeçotes dos cilindros do
compressor:
O Compressor carrega os reservatórios principais até que a pressão atinja o limite máximo de
regulagem da chave pressostática CCS.
Nesse momento a chave pressostática CCS desenergiza a válvula magnética CGS (Compressor
Governor Switch), que mantém as válvulas de admissão dos cabeçotes dos cilindros do
compressor abertas, fazendo com que ele passe a trabalhar em vazio.
Se a pressão nos reservatórios principais cair abaixo do limite mínimo ajustado na chave
pressostática CCS, a mesma energiza a válvula magnética CGS, que mantém as válvulas de
admissão dos cabeçotes dos cilindros do compressor fechadas, permitindo que ele carregue os
reservatórios principais.
Simultaneamente abre as válvulas de dreno automático.
A pressão do ar nos reservatórios principais é regulada entre limites prefixados conforme
instruções da Ferrovia, normalmente:
Essa torneira possui descarga lateral e nos casos de avaria, em que o compressor não comprime,
esta torneira deve ser fechada.
Este procedimento fará com que o compressor trabalhe em sobrecarga, ou seja, comprimindo
direto, sem entrar na condição de vazio.
Quando se coloca um compressor em sobrecarga deve-se observar, rigorosamente, a atuação da
válvula de segurança do reservatório principal.
Manômetro Escala
Ficam localizados na parte superior do pedestal de comando, e, devem ser monitorados durante
todas as etapas inerentes às atividades de condução de trens: manobras e viagens na Via de
circulação.
Manômetro
Ponteiro
Esquerda Direita
Em uma locomotiva podem ser usados vários tipos de dispositivos, normalmente localizados na
tubulação após o reservatório principal nº 2, para purificar o ar que vai atuar no sistema
pneumático.
Filtro centrífugo
O filtro centrífugo geralmente tem um vórtice (redemoinho) pelo qual os detritos são centrifugados
e depositados no fundo da câmara, juntamente com a água condensada pelo resfriamento do ar.
Filtro coalescente
Elemento filtrante;
Elemento coalescente.
Secador de ar
O desempenho dos sistemas Freio Eletrônico CCBII e Locotrol não serão satisfatórios se o
sistema pneumático da locomotiva não for mantido totalmente seco e limpo.
Portanto, é altamente recomendável a instalação de secadores de ar nas locomotivas para prover
ar seco, limpo, livre de óleo e de partículas de sólidos para o sistema pneumático.
O tipo mais comum de secador de ar é o secador por adsorção, que utiliza como elemento
dissecante uma substância formada por pérolas à base de silicato de alumínio, cuja estrutura
2.2.2 Distribuição
Encanamento geral
Normalmente os encanamentos são feitos de tubo extra pesado (Schedule 80) especificação
ASTM-A-53 grau A, raios mínimos segundo folha E-7 da AAR.
São pintados externamente e fosfatizados internamente para evitar a oxidação.
Não devem possuir conexões soldadas, e para isso todas as ligações e conexões devem possuir
juntas do tipo WABCOSEAL, que utilizam o princípio de flange, sendo este fixado ao dispositivo
por parafusos e vedado contra vazamento por um anel de borracha.
Carregamento
Aplicação
Alívio
Sua ruptura, em qualquer ponto da composição, ocasiona uma aplicação de emergência dos
freios automáticos do trem.
A válvula de freio de emergência é uma válvula de operação manual sob carga de mola que está
ligada ao encanamento geral.
Quando acionada, provoca uma queda brusca de pressão no encanamento geral, provocando
uma aplicação de emergência na locomotiva ou no trem.
É utilizada para obter uma aplicação de freio de emergência quando o operador está
impossibilitado de aplicar o freio da maneira normal.
Observação
Em uma locomotiva Escoteira, ou seja, sozinha, e com a válvula MU-2A posicionada para
Comandada, seu acionamento não provocará aplicação dos freios.
As válvulas de controle de locomotivas não possuem uma parte de emergência, responsável pela
chamada ação rápida nas aplicações de Emergência.
Para a função de ação rápida usa-se a válvula de descarga nº 8, ou a válvula de descarga KM.
Sua função é proporcionar uma descarga rápida local da pressão do encanamento geral para a
atmosfera, a fim de garantir uma condição de propagação de aplicação de Emergência dos freios,
quando o punho do manipulador automático é levado para a posição de emergência, e,
principalmente naquelas originadas num trem longo, quando são usadas várias locomotivas
operando em tração múltipla, pois a capacidade total dos compressores é tal que muitas vezes
uma ruptura de mangueira de um vagão de cauda do trem pode não ser sentida pela locomotiva,
o que impossibilita a aplicação de Emergência.
Quando a válvula de descarga nº 8 de uma locomotiva opera, a queda brusca de pressão provoca
o funcionamento das outras válvulas de descarga das outras locomotivas em tração múltipla,
assim como das válvulas de controle de toda a composição.
Está normalmente localizada sob a plataforma da locomotiva, em derivação do encanamento
geral, e é composta de:
Câmara
Passagem calibrada
Diafragma
Cria-se assim um diferencial de pressão entre as duas faces do diafragma, que faz com que a
válvula de descarga estabeleça comunicação do encanamento geral diretamente coma a
atmosfera, ajudando a acelerar a aplicação de emergência.
Percorre a locomotiva em toda sua extensão, a fim de possibilitar o carregamento uniforme dos
reservatórios principais de todas as locomotivas acopladas em tração múltipla, mantendo-os com
pressões equilibradas.
Num conjunto de locomotivas operando em tração múltipla, normalmente a locomotiva
comandante consome mais ar do que as locomotivas comandadas.
Através do encanamento equilibrante dos reservatórios principais, os compressores das
locomotivas comandadas auxiliam o compressor da comandante a suprir o ar comprimido
consumido nas locomotivas e na composição.
Esse ar chega aos reservatórios principais passando através da válvula de retenção, ou seja, há
uma passagem ampla de fora para dentro da locomotiva e restrita de dentro para fora.
Deste modo, caso haja uma ruptura desse encanamento, o ar vai escapar para a atmosfera em
uma intensidade menor que a capacidade de produção do compressor, evitando que toda a
pressão do reservatório principal seja perdida.
O carregamento é feito através de uma válvula de retenção de 1” e orifício de 5/16”, que permite
uma passagem ampla de ar deste encanamento para os reservatórios principais e, restrita, destes
reservatórios para o encanamento.
Esta válvula de retenção serve como uma proteção, caso haja uma ruptura de mangueira entre
locomotivas, mantendo uma pressão segura nos reservatórios principais de todas as locomotivas,
pois a fuga de ar através do orifício da válvula é menor que a vazão do compressor.
O encanamento equilibrante dos cilindros de freio percorre a locomotiva em toda sua extensão, a
fim de repetir nas locomotivas comandadas a pressão de aplicação e de alívio dos freios,
automático ou independente, criada na locomotiva comandante.
Neste caso, as válvulas de controle das locomotivas comandadas devem ser isoladas.
Quando do acoplamento das locomotivas em tração múltipla, deve-se observar se as torneiras do
encanamento equilibrante dos cilindros de freio, entre uma locomotiva e outra, foram abertas.
Se as mesmas estiverem fechadas não haverá condições de se fazer o controle de freio das
locomotivas comandadas.
Torneira
angular
Torneira
reta
Aplicação Torneira
Os encanamentos das locomotivas são finalizados por torneiras ou bocais conforme mostrado na
Tabela 2.4.
Aplicação Bocal
Mangueira do
encanamento
geral
Mangueira do
encanamento de
equalização dos Mangueira do
reservatórios encanamento de
principais equalização do
cilindro de freio
Um bocal com junta, fixado ao tubo de borracha através de uma braçadeira metálica;
Elemento Braçadeira
Niple Bocal
Braçadeira
Figura 2.27 Mangueira de freio
Quando a locomotiva for separada de outra locomotiva ou dos vagões, como acontece nas
manobras, as mangueiras deverão ser antes desacoplada manualmente, para evitar-se ruptura ou
estrago.
Falha no desacoplamento manual poderá causar deslocamento e quebra dos encanamentos, bem
como danos as mangueiras e aos bocais de acoplamento.
As mangueiras devem ser mantidas nos suporte de engate (engate cego), quando não estão
acopladas, para se evitar a entrada de poeira ou outras impurezas que podem danificar o
equipamento de freio.
Suporte de engate
2.2.3 Controle
O manipulador 26-C é projetado para montagem em painel, num suporte dos encanamentos, no
qual são feitas todas as conexões dos tubos, que são identificadas numericamente.
É uma válvula do tipo auto recobridor, operada por cames, a qual funciona para controlar a
pressão do reservatório equilibrante, em proporção ao deslocamento do punho do manipulador.
Por sua vez, a pressão do encanamento geral é controlada por uma válvula-relé do tipo auto
recobridor pilotada pela pressão do reservatório equilibrante, que mantém no encanamento geral
a mesma condição de pressão existente no reservatório equilibrante.
Além de exercer essas funções, fornece ar para os dispositivos de segurança como Homem
Morto, Sobre Velocidade, Corte de Tração, etc..
Opera em combinação com um reservatório equilibrante.
O manipulador 26-C consiste de duas partes principais, montados num mesmo corpo:
Manipulador automático
Válvula relé
Válvula reguladora
Válvula da descarga
Válvula de emergência
Válvula de supressão
Manipulador independente
Válvula-relé
Punho do
manipulador
automático
Válvula
reguladora
Manipulador
automático
Válvula interruptora
do encanamento
geral
Punho da válvula
interruptora do
Válvula de manipulador
descarga automático
Manipulador independente
Punho do
Manipulador
Automático
Punho da Válvula
Interruptora do Punho do
Manipulador Manipulador
Automático Independente
A aplicação do freio automático é feita através do punho do manipulador automático, que está
localizado no pedestal de controle.
Punho do
manipulador
automático
Movimentando o punho do manipulador automático por suas 6 (seis) posições, conforme indicado
na Figura 2.34, o maquinista controla os freios da própria locomotiva e de todo o trem, através de
variações da pressão no encanamento geral.
Alívio (Marcha)
Redução Mínima
Aplicação de Serviço
(Zona de Aplicação)
Movendo-se o punho na Zona de Aplicação, para a direita do entalhe
da posição de Redução Mínima, aumenta-se a pressão de ar no
reservatório equilibrante, que por sua vez a reproduz no
encanamento geral através da válvula-relé, resultando no aumento
da intensidade da aplicação dos freios na locomotiva e nos vagões.
Punho fora
Emergência
A válvula interruptora é usada para isolar ou preparar o manipulador de freio automático para
funcionamento com equipamento de trem com alívio direto ou com alívio gradual.
Quando operada, aciona internamente a válvula interruptora do encanamento geral, que corta o
fluxo de ar da válvula-relé para o encanamento geral.
Válvula
Interruptora
O punho da válvula interruptora fica em cada uma de suas três posições por pressão de mola.
É necessário comprimir o punho para movê-lo de uma posição para outra.
Cada uma das três posições do punho da válvula interruptora condiciona o manipulador
automático para um dos tipos de trabalho:
Condiciona o manipulador para Alívio Direto, isto é, só se inicia o alívio após o punho do
manipulador ter atingido a posição de Alívio ou Marcha.
Posição usada nos trens de carga onde as válvulas dos vagões estão condicionadas a
promoverem o alívio do sistema de freio com um pequeno incremento de ar no
encanamento geral.
Isola o manipulador permitindo que se faça por ele apenas as aplicações de Emergência.
É utilizada para:
Quando a locomotiva está sendo usada como unidade comandada em tração múltipla.
Para todas as operações normais da locomotiva como unidade comandante, o punho da válvula
interruptora deve ser colocado na posição FRT ou PASS, dependendo do serviço pretendido para
a locomotiva.
As aberturas da válvula interruptora incluem também duas válvulas de retenção que ligam a
pressão do encanamento geral ou do reservatório principal à válvula interruptora do encanamento
geral, dependendo de qual seja a pressão mais elevada.
2.2.3.1.4 Válvula-relé
Esta parte do manipulador consiste de uma válvula operada por diafragma, que repete a pressão
do reservatório equilibrante no encanamento geral, isto é, estabelece uma pressão no
encanamento geral igual à pressão do reservatório equilibrante.
Ele é capaz de fornecer ou descarregar a pressão do encanamento geral.
Com o punho do manipulador automático na posição Alívio, ela atua como válvula alimentadora
para carregar o encanamento geral da locomotiva e do trem,
Com o punho do manipulador automático nas posições de Aplicação, de Supressão, de Punho
Fora e de Emergência, a redução da pressão do reservatório equilibrante pela válvula reguladora
faz com que a válvula-relé reduza de modo correspondente a pressão do encanamento geral.
A válvula-relé manterá a pressão do encanamento geral contra os vazamentos do mesmo.
Seja operado qualquer dispositivo auxiliar ligado ao manipulador que exija a interrupção do
fluxo de ar para o encanamento geral, para as finalidades da proteção contra fracionamento
do trem.
Esta válvula serve para permitir a operação de trens que utilizam equipamentos do tipo de alívio
direto ou graduado nos vagões:
Em serviço de carga
Em serviço de passageiros
Punho do
Manipulador
Independente
Se, em resultado de um vazamento da linha (20), ocorrer uma queda de pressão, o diafragma
será deslocado para novamente desassentar a válvula alimentadora e permitir que o ar do
reservatório principal restabeleça a pressão no orifício (20) até o valor da regulagem da mola.
Esta é a característica de manutenção de pressão por auto recobrimento do manipulador
independente.
A compressão do punho do manipulador independente, sempre que o mesmo estiver na posição
Alívio, provocará o alívio de qualquer aplicação de freio automático existente na locomotiva.
O ar do reservatório principal fluirá para o orifício (13), o qual é ligado à parte de alívio rápido da
válvula de controle 26-F, que funciona para aliviar os freios da locomotiva.
O abaixamento do punho do manipulador independente em um ponto na zona de aplicação
aliviará a aplicação automática apenas pelo valor correspondente à sua posição na zona de
aplicação.
A válvula de controle 26-F pode ser considerada como o cérebro do sistema de freio.
É uma válvula automática, composta de um suporte de encanamentos, ao qual são fixados todos
os encanamentos, uma parte de serviço e uma parte de alívio rápido.
Parte de
serviço
Parte de Tampão de
alívio rápido alívio gradual
As conexões dos encanamentos até o suporte são designadas numericamente e assim são
identificadas no diagrama da Figura 2.39.
Parte de serviço
Válvula de serviço
Válvula de carregamento
O tampão de alívio gradual ou direto fica na parte de serviço, e sua posição é determinada pelo
tipo de serviço no qual a locomotiva vai ser usada:
Válvula seletora
Contém uma característica que permite que a válvula de controle seja incluída de modo
satisfatório em trens com equipamento de freio D-22.
Ela também exerce a função de alívio gradual, estando o tampão de alívio gradual na posição de
alívio gradual (GRAD REL), e fornece um alívio direto quando o tampão de alívio gradual está na
posição de alívio direto (DIR REL).
A parte de serviço também contém duas válvulas limitadoras de pressão do cilindro de freio,
dispostas em paralelo:
A parte de alívio rápido é projetada para permitir o alívio dos freios da locomotiva em separado de
uma aplicação do freio automático da locomotiva pela parte de serviço, sempre que o maquinista
comprimir o punho do manipulador independente na posição de alívio ou, automaticamente,
quando a válvula magnética de intertravamento do freio dinâmico for energizada, isto é, quando a
locomotiva entrar em Frenagem Dinâmica.
Carregamento
Com o manipulador automático na posição de Alívio, o ar do encanamento geral entra pelo orifício
(1) da válvula de controle.
Da passagem (1) o ar flui para as seguintes passagens e câmaras:
O ar do encanamento geral passando por (7b) vindo da válvula-carretel da válvula seletora, passa
para a câmara da válvula-carretel da válvula seletora.
Daí, ele flui pelo bujão (G) e orifício (9) para o volume da válvula seletora e para a câmara externa
do diafragma da válvula seletora.
Se o sistema estiver plenamente carregado, as pressões do encanamento geral e do reservatório
de controle que atuam contra as faces opostas do diafragma grnde da válvula de serviço estão
equilibradas.
O pistão da válvula de serviço e o diafragma são mantidos em sua posição inferior pela mola de
alívio, que atua contra o diafragma.
Posição de serviço
A ação de serviço rápido ocorre logo que a pressão do ar do encanamento geral na câmara
da mola tiver sido reduzida o suficiente para criar um diferencial no diafragma da válvula
seletora suficiente para mover a válvula-carretel para dentro, até uma posição em que o
orifício (1c) fica ligado com a câmara da mola.
Então, o ar do encanamento geral passa pelo orifício (1c), orifício (K), válvula de retenção do
refluxo e orifício (6a) para o volume de serviço rápido no suporte dos encanamentos.
O ar do volume de serviço rápido é dissipado pelo orifício (C) e orifício (6) para a atmosfera,
através da extremidade da válvula-carretel da válvula de carregamento.
Quando a válvula de aplicação for aberta, o ar do reservatório auxiliar no orifício (5) flui através da
válvula de aplicação e da válvula limitadora nos cilindros de freio nas aplicações de serviço para
as seguintes câmaras:
A pressão do ar nos orifícios (16 e 16a) aumenta no lado de baixo da válvula limitadora dos
cilindros de freio em serviço até atingir um ponto em que excede a força da mola da válvula
limitadora.
Quando isto ocorre, a válvula-carretel é deslocada para cima, apara uma posição onde há
interrupção do fluxo de ar da válvula de aplicação para o orifício (16).
A tensão da válvula limitadora limita a pressão máxima entregue à válvula-relé durante uma
aplicação dos freios de serviço.
Sempre que forem empregadas pressões mais elevadas do encanamento geral, é possível obter-
se uma sobre redução coma a válvula de controle 26-F.
Não obstante, a sobre redução não apresentará qualquer efeito na pressão dos cilindros de freio,
pois esta pressão é determinada pelas válvulas limitadoras dos cilindros de freio de emergência e
de serviço.
Posição de Emergência
Quando ocorre uma aplicação de Emergência, a válvula de controle 26-F funciona de modo
semelhante ao descrito acima.
Todavia, várias funções adicionais são desenvolvidas na válvula de controle, como segue:
Como no caso de uma aplicação de Serviço, a pressão do volume seletor é reduzida através
do orifício (9) da válvula-carretel da válvula seletora para atmosfera, via válvula de retenção
de sobrecarga do volume seletor.
Entretanto, a pressão do volume seletor é impedida de descarregar por causa da mola da
válvula de retenção de sobrecarga do volume seletor que mantem aproximadamente 35 a
45 psi.
Posição de alívio
A pressão do reservatório de controle, sendo mais alta que a pressão do encanamento geral
contra a face oposta do diafragma, posiciona o conjunto do diafragma e válvula-carretel na sua
posição mais alta.
Estando ambas as válvulas-carretel nesta posição, o ar do orifício (16) que é ligado à válvula-relé,
é descarregado para a atmosfera e o ar do reservatório de controle e orifício (7) é, também,
descarregado para a atmosfera.
O reservatório de controle continuará a ser descarregado para a atmosfera até que a sua pressão
tenha sido reduzida para aproximadamente a pressão do encanamento geral, então o diferencial
de pressão no diafragma maior será contrabalançado e o conjunto do diafragma maior e válvula-
carretel serão forçados para baixo.
Isto faz cessar a exaustão para a atmosfera do reservatório de controle.
A redução da pressão do ar do reservatório de controle é necessária, porque ela deve ser
equilibrada com a do encanamento geral, de modo a evitar a reaplicação dos freios da locomotiva,
quando do alívio do punho manipulador independente for solto.
Entretanto, para impedir a descarga total da pressão do reservatório de controle quando se alivia
o freio da locomotiva após uma aplicação de Emergência, uma válvula de retenção da pressão do
reservatório de controle mantém aproximadamente 20 psi no reservatório de controle, que é o
valor da pressão de sua mola.
A finalidade da manutenção desta pressão no reservatório de controle é a de tornar possível uma
reaplicação automática na locomotiva após o alívio do freio da locomotiva, mesmo depois de uma
aplicação de emergência.
A válvula-relé J-1 é uma válvula de alta capacidade do tipo auto recobridor e mantenedor de
pressão, operada por diafragma.
Controla o desenvolvimento da pressão no encanamento de equalização dos cilindros de freio da
locomotiva durante as aplicações e alívio dos freios da locomotiva seja pelo manipulador
automático ou pelo manipulador independente.
Esta pressão será destinada para a aplicação dos freios das locomotivas comandadas no caso de
operação em tração múltipla.
Consiste de uma haste de pistão com anéis “O” e uma válvula de retenção de borracha de sede
dupla.
Transfere para o cilindro de freio da locomotiva comandada, através do encanamento de
equalização e da seletora F-1, a mesma pressão recebida na locomotiva comandante, durante a
aplicação dos freios.
A parte operativa está montada em um suporte de encanamentos, no qual são feitas todas as
conexões dos encanamentos até o suporte, que são designadas numericamente e assim são
identificadas no diagrama da Figura 2.43.
Esta válvula de auto recobrimento, operada por diafragma é projetada para desenvolver nos
cilindros de freio uma pressão aproximadamente equivalente à pressão gerada no encanamento
que a controla.
Durante as aplicações de freio, o ar de controle cria uma pressão na tubulação (16) do suporte
dos encanamentos até a válvula-relé.
Esta pressão de ar é, também, criada na câmara inferior do pistão e da face do diafragma grande
da válvula-relé, fazendo subir o conjunto do diafragma e da haste.
Durante este movimento ascendente, a extremidade da haste do pistão, que contém uma sede da
válvula de exaustão, encosta e veda o lado inferior da válvula de retenção de borracha para
fechar a conexão de exaustão através da haste do pistão contra o orifício (30), que é ligado aos
cilindros de freio.
O prosseguimento do movimento ascendente faz com que a válvula de retenção de borracha seja
movida para fora da sede da válvula alimentadora e o ar do reservatório principal flui através da
válvula de retenção de borracha para o orifício (30) e para os cilindros de freio.
O orifício (30) é também ligado através do orifício estabilizador à câmara da mola da face interna
do diafragma da válvula-relé, de modo que à medida que estiver sendo criada uma pressão nos
cilindros de freio, estará sendo criada uma pressão igual na câmara de mola.
Na medida em que o diafragma for ficando equilibrado, ele é movido para baixo, para a posição
de Recobrimento (LAP), na qual a válvula de retenção de borracha fica assentada contra a sede
da válvula alimentadora, de modo a cessar o fluxo de ar para o cilindro de freio e a válvula de
exaustão permanece assentada.
A válvula-relé voltará a funcionar para manter a pressão da tubulação de entrega sempre que
ocorrer um vazamento dos cilindros de freio.
A pressão na câmara da mola diminuirá e o diafragma e a haste serão novamente deslocados
para cima, pela pressão de controle mais alta, que atua contra sua face externa.
Assim, a válvula de retenção de borracha será forçada a sair de sua sede na válvula alimentadora
e o ar do reservatório principal fluirá para os cilindros de freio, a fim de restabelecer a pressão
perdida pelo vazamento.
Quando for novamente atingido o equilíbrio com a pressão de controle, o diafragma e a haste
serão abaixados para a posição de Recobrimento, interrompendo o fluxo de ar do reservatório
principal para os cilindros de freio.
Quando dos alívios de freio, uma redução na pressão do ar de controle que atua contra a face
externa do diafragma da válvula-relé fará com que a pressão mais alta dos cilindros de freios
desloque para baixo o diafragma e a haste, fazendo a válvula de exaustão abrir a válvula de
retenção de borracha.
A válvula-relé J-1.6.16, ou a válvula-relé J-1.4.14, é uma válvula de alta capacidade do tipo auto
recobridor e mantenedor de pressão, operada por dois diafragmas.
A parte operativa está montada em um suporte de encanamentos, no qual são feitas todas as
conexões dos encanamentos até o suporte, que são designadas numericamente e assim são
identificadas no diagrama da Figura 2.45.
Quando a aplicação dos freios é originada pelo manipulador independente, estas válvulas
transferem para o cilindro de freio da locomotiva comandada, através do encanamento de
equalização dos cilindros de freio e da chave seletora F-1, a pressão recebida da locomotiva
comandante, acrescida de um percentual, de acordo com a sua especificação.
Pressão desenvolvida
Válvula Observação
[% da pressão de controle]
J-1 100%
A válvula-relé HB-5 é uma válvula pilotada pneumaticamente por um diafragma, que nas
aplicações de freio feitas por intermédio do manipulador automático, interrompe o fluxo de
ar admitido no diafragma menor da válvula J-1.6.16, evitando assim que a aplicação de
freio automático na locomotiva comandante seja multiplicada nas locomotivas
comandadas, que possuem a válvula-relé J-1.6.16 ou J-1.4.14.
Entretanto, nas aplicações de freio pelo manipulador independente ela permite o fluxo de
ar admitido no diafragma menor da válvula J-1.6.16, que aumenta o nível da aplicação
dos freios nas locomotivas comandadas, através ativação da segunda câmara da válvula-relé
J-1.6-16 ou J-1.4.14.
A válvula de transferência MU-2-A pilota a válvula seletora F-1 para permitir que o equipamento
das locomotivas comandadas equipadas com sistema 26-L possa operar em tração múltipla com
uma locomotiva comandante equipada não somente com o equipamento tipo 6-SL ou 26-L, como
também com o sistema 24-RL.
TRAIL 6 or 26 Comandada - 6 ou 26
Esta posição é usada para preparar a locomotiva para operar em tração múltipla, na
condição de comandada, por outra locomotiva dotada de equipamento 6-SL ou 26-L.
TRAIL 24 Comandada 24
Esta posição é usada para preparar a locomotiva para operar em tração múltipla, na
condição de comandada, por outra locomotiva dotada de equipamento 24-RL.
O punho deve ser posicionado com a seta apontando para a posição escolhida.
Para mover o punho de uma posição para outra, force-o manualmente para baixo contra a mola
para permitir o seu movimento.
As conexões dos encanamentos são feitas no suporte dos encanamentos e são as seguintes:
Posição Comandada – 6 ou 26
Quando uma locomotiva equipada com equipamento 26-L é comandada por uma locomotiva que
usa equipamento nº 6 ou 26, válvula MU-2-A é colocada na posição Comandada 6 ou 26.
A válvula-carretel veda os orifícios (2,3,13 e 20).
O orifício (30) que é ligado ao encanamento atuante (13) do manipulador, é descarregado pelo
manipulador independente quando seu punho está na posição Alívio.
A pressão do reservatório principal é ligada através da válvula-carretel aos orifícios (53 e 63) da
válvula seletora F-1.
Isto posiciona a válvula F-1 para permitir que o ar do encanamento equilibrante dos cilindros de
freios, orifício (14) seja ligado aos orifícios (16 e 20) os quais são ligadas através da válvula de
retenção dupla e, assim, ao orifício (16) da válvula-relé da locomotiva, durante uma aplicação de
freio proveniente da locomotiva comandante.
Posição Comandante – 24
Quando a locomotiva equipada com 26-L é comandada por uma locomotiva com sistema 24-RL, a
válvula MU-2-A é colocada na posição Comandada 24.
Os orifícios (2, 3 13 e 20) são bloqueados e o orifício (53) é ligado para a atmosfera, como no
caso da posição Comandada - 6 ou 26.
O orifício (3) é descarregado pelo manipulador independente, quando seu punho estiver na
posição Alívio.
A pressão do reservatório principal é ligada ao orifício (63), o qual, por sua vez, é ligado à válvula
seletora F-1.
Isto posiciona a válvula F-1 para permitir que o ar do encanamento equilibrante dos cilindros de
freios descarregue para os orifícios (14) e (20), na válvula seletora F-1, daí para válvula de
retenção dupla e, para o orifício (16), da válvula-relé da locomotiva, durante uma aplicação de
freio iniciada pela locomotiva comandante.
A válvula seletora F-1 se torna imprescindível em comando múltiplo com outras locomotivas
dotadas de equipamentos de freio diferentes.
Pilotada pela válvula MU-2-A, prepara o equipamento de freio da locomotiva para comandar,
trafegar “morta”, ou ser comandada por outros tipos de equipamentos de freio.
Ela também desempenha a função de proteger o equipamento de freio de uma locomotiva
comandada, mediante a reposição automática do equipamento de freio para a posição de
comandante, na eventualidade de uma separação (fracionamento) entre as locomotivas em tração
múltipla.
Havendo ruptura das mangueiras, a válvula seletora F-1 é acionada pela despressurização do
encanamento de equalização dos reservatórios principais, restabelecendo a comunicação entre a
válvula de controle e a válvula relé J-1, permitindo a aplicação do freio dessa locomotiva.
A válvula seletora F-1 consiste de três partes, cada qual consistindo de uma válvula-carretel.
Uma delas, a válvula de proteção, é controlada pela pressão de ar do encanamento equilibrante
dos reservatórios principais e, na eventualidade de um funcionamento de um fracionamento, esta
válvula-carretel é posicionada automaticamente para permitir as condições de frenagem de
unidade comandante.
As outras duas, que são as partes de transferência, são controladas pela pressão do ar de
controle da unidade múltipla e pelo encanamento de intertravamento de unidade múltipla.
A válvula seletora é montada em um suporte de encanamentos, no qual são feitas todas as
conexões dos encanamentos, identificados como mostra o diagrama esquemático da Figura 2.52.
Quando uma locomotiva equipada com sistema 26-L está comandando uma locomotiva com
equipamento 6-SL ou 26-L, a pressão doar nos orifícios (53 e 63) da válvula seletora F-1 e
descarregada na válvula MU-2-A.
O ar da válvula de controle, saindo do orifício (16) da válvula de controle 26-F, passa para o
orifício (4) da válvula seletora, passando ao orifício (16) e daí para a válvula-relé para criar
pressão nos cilindros de freio da locomotiva comandante.
O ar dos cilindros de freio da locomotiva comandante, vindo do orifício (30) da válvula-relé, é
levado ao orifício (30) da válvula seletora, passando pela válvula-carretel ao orifício (14) para o
encanamento equilibrante dos cilindros de freio para controlar os freios da locomotiva comandada.
Posição Comandante – 6 ou 26
Quando uma locomotiva com equipamento 26-L é comandada por uma locomotiva com
equipamento 6-SL ou 26-L.
Pressão do ar do reservatório principal passa pelos orifícios (53 e 63) da válvula MU-2A para
posicionar as válvulas de carretel da válvula seletora, conforme mostra o diagrama.
Nesta posição, o ar vindo do encanamento equilibrante dos cilindros de freio é comunicado ao
orifício (16) da válvula-relé, para criar pressão nos cilindros de freio.
O ar do encanamento equilibrante dos cilindros de freio é levado ao orifício (20) e ao
encanamento de alívio e aplicação independente, que se encontra fechado na válvula MU-2A.
Assim, os freios são aplicados na unidade comandada, da mesma forma que na unidade
comandante.
Posição Comandada - 24
Quando uma locomotiva com equipamento 26-L é comandada por uma locomotiva com
equipamento 24-RL, a pressão do ar do reservatório principal é levada à conexão (63) da válvula
MU-2A para posicionar a válvula-carretel da válvula seletora F-1.
Nesta posição, o ar que flui da conexão (16) da válvula de controle 26-F passa para a conexão (4)
da válvula seletora F-1, onde é levado à conexão (16) e à válvula-relé da locomotiva para criar
pressão nos cilindros de freio.
A pressão do ar, também entre na conexão (14) da válvula seletora, vinda do encanamento
equilibrante dos cilindros de freio e flui através da válvula-carretel para a conexão (20).
Estão pressão de ar atua, também, na válvula-relé da locomotiva.
Os freios da locomotiva comandada são atuados, ou por uma aplicação de freio, ou por uma
aplicação de freio independente, iniciada na locomotiva comandante, equipada com sistema 24-
RL.
Se ocorrer uma separação entre locomotivas e for perdida pressão no encanamento equilibrante
dos reservatórios principais, o ar será descarregado do orifício (15) da válvula seletora F-1 e da
câmara inferior da válvula-carretel de proteção.
A válvula-carretel é, então, forçada para a sua posição inferior pela tensão da mola.
Em uma locomotiva comandante, a descarga do ar do cilindro de freio para o encanamento
equilibrante (conexão (14)) é interrompida pela válvula-carretel de proteção.
Em uma locomotiva comandada, quando a válvula seletora F-1 estiver na posição Comandada – 6
ou 26, a válvula-carretel descarregará o ar da câmara inferior da válvula-carretel direita, a qual
será forçada para a sua posição inferior, como no caso da posição Comandante para voltar a
conectar os orifícios (4 e 16).
A conexão é interrompida na válvula-carretel de proteção, orifício (14) para o orifício (16) e orifício
(20).
Se a válvula seletora F-1 for colocada na posição Comandada - 24, a conexão do orifício (14) para
o orifício (20) é interrompida pela válvula-carretel de proteção.
Em cada caso, a pressão do ar de controle gerada pela válvula de controle 26-F é transferida para
o encanamento de controle da válvula-relé, como no caso de uma locomotiva comandante.
1) Válvula de pedal
O controle de segurança do trem é exercido por uma válvula de pedal (Pedal do Homem Morto).
O maquinista deve comprovar a sua vigilância mantendo pressionado continuamente, ou
periodicamente, dependendo do equipamento instalado na locomotiva, um pedal da válvula,
localizado no piso, próximo ao posto de comando, salvo quando houver uma pressão nos cilindros
de freio de aproximadamente 30 psi.
Sempre que for retirada a pressão do pé sobre o pedestal, a válvula de pedal opera para também
descarregar a pressão da câmara de mola da válvula de aplicação de freio P2-A.
O Alertor proporciona uma operação segura na operação do trem, através do monitoramento dos
vários movimentos do operador, para comprovar a vigilância.
Se nenhuma movimentação esperada for detectada dentro de um tempo pré-estabelecido, é
iniciado um alarme audiovisual solicitando o reconhecimento.
Se isso não for feito durante o tempo pré-estabelecido, o sistema iniciará uma aplicação de
penalidade dos freios, desenergizar a válvula magnética do Alertor.
Isto causará uma aplicação dos freios em ritmo de aplicação de serviço, causando a parada do
trem.
Os movimentos que se espera do operador para comprovar a vigilância são:
A válvula de aplicação de freio P2-A controla uma aplicação total de serviço quando iniciada pelos
controles de segurança (Homem Morto ou Alertor, Sobre Velocidade e ATC).
Permite uma sobre redução, quando desejado, durante uma aplicação por penalidade.
Observação
Válvula de supressão.
O reservatório limitador de redução (se usado) é esgotado para a atmosfera via orifício (24)
e a chave de corte de potência (PCS) é descarregada via orifício (25).
O orifício (5) do reservatório equilibrante é ligado à válvula de controle de alívio para permitir
o carregamento do reservatório equilibrante e a válvula-relé do manipulador, pelo orifício
(15) de carregamento do reservatório equilibrante.
Estando o manipulador de freio automático na posição alívio, o orifício (33) e a câmara superior da
válvula de controle de alívio são carregados com ar à pressão do reservatório principal.
As câmaras que ficam por baixo da válvula de controle de alívio e da válvula-carretel de aplicação
são descarregadas através do orifício (8) pela válvula de supressão do manipulador.
A válvula de controle de alívio é mantida em sua posição inferior para ligar o orifício (5) ao orifício
(15).
Durante uma aplicação de freio de penalidade, que pode ser iniciada pelo descarregamento do
encanamento (3), através da válvula pedal ou descarregamento do encanamento (10), através da
válvula magnética de sobre velocidade, a pressão do ar é descarregada da câmara da mola, do
diafragma, mais rapidamente do que pode ser restabelecida através do orifício (10a).
Consequentemente, cria-se um diferencial de pressão no diafragma, suficiente para que a válvula-
carretel assuma a posição de Aplicação.
Uma aplicação de freio pelo controle de segurança pode ser suprimida movendo-se o punho do
manipulador automático para a posição Supressão antes do término do período de retardamento
de tempo predeterminado, enquanto durar o apito de aviso.
Para restabelecer e aliviar uma aplicação de freio causada pelo controle de sobre velocidade, ou
pelo controle de segurança, o maquinista deve primeiramente mover o punho do manipulador
automático para a posição de Supressão.
Isto causa o fechamento do encanamento (8) que é descarregado no manipulador.
A câmara da mola da válvula de aplicação de freio será, então, recarregada através do orifício
(10a) até a pressão do reservatório principal.
Logo que a pressão desta câmara atingir um valor determinado, o conjunto do diafragma e sua
válvula-carretel voltam à posição normal ou de Alívio.
Estando o punho do manipulador na posição Supressão, o orifício (33) e a câmara que fica acima
da válvula de controle de alívio, são descarregados através do manipulador.
Estando fechada a descarga do encanamento (8), o ar do reservatório principal que está fluindo
para o orifício (10) passa a fluir através da válvula-carretel da válvula de aplicação para a câmara
inferior da válvula de controle de alívio.
A válvula de controle de alívio é atuada para interromper o carregamento do orifício (5 para 15).
Depois que a válvula de aplicação é restabelecida, é necessário mover o punho do manipulador
automático para a posição Alívio, par restabelecer a válvula de controle de alívio e só assim é
possível restabelecer o recarregamento do reservatório equilibrante e aliviar os freios.
Se o maquinista quiser, poderá fazer uma sobre redução, depois de uma aplicação de freio de
penalidade.
A válvula de sobre redução, existente na válvula de aplicação de freio P2-A, será aberta para
permitir que o ar do reservatório equilibrante passe do orifício (5) para o orifício (15) e para o
manipulador.
Sempre que ocorrer uma aplicação de emergência originada pelo manipulador automático ou por
fracionamento do trem, a válvula interruptora de carregamento A-1 realiza as seguintes funções:
Opera a chave de corte de tração e do freio dinâmico, reduzindo a rotação do Motor Diesel
para a condição de Marcha Lenta (Idlle);
A câmara (B), que fica por baixo da válvula-carretel do pistão interruptor, está ligada à exaustão,
através do orifício (53) e à exaustão da válvula interruptora do manipulador 26-C nas unidades
comandantes.
Nas unidades comandadas, onde a válvula interruptora do manipulador está em sua posição
Fechado (OUT), esta câmara é carregada com ar do reservatório principal.
A câmara (C) que fica acima do pistão interruptor e orifício 9 é ligada à exaustão através da
válvula-carretel do pistão atuante e do orifício de tempo do areeiro automático geral.
O ar do encanamento geral passa pelo orifício (1) para a câmara (D), na parte traseira do pistão
atuante, e segue através do orifício, existente no pistão, para a câmara (E) na face externa do
pistão e através do orifício (11) para carregar o reservatório de volume de 90 pol3 e para ambos os
lados do pistão atuante, à mesma pressão do encanamento geral.
Este pistão é mantido em sua posição inferior pela mola, conforme mostrado.
O orifício (35) que é vedado no suporte dos encanamentos é descarregado através do pistão
interruptor.
Se ocorrer uma separação entre veículos do trem, a pressão do ar do encanamento geral cairá
mais depressa na câmara (D) do que na câmara (E), via bujão de orifício.
O resultante diferencial de pressão no pistão atuante fará com que o mesmo e sua válvula-carretel
sejam deslocados para cima, contra a tensão da mola, como mostrado na Figura 2.67.
Nesta posição, o ar do reservatório principal flui através da válvula-carretel do pistão atuante para
a câmara (C) da face externa do pistão interruptor e para o orifício (9).
Estando normalmente esgotada a câmara (B), que fica em baixo da válvula-carretel do pistão
interruptor, o ar do reservatório principal na câmara (C), na face externa do pistão interruptor, fará
com que o pistão, com válvula-carretel, vá para sua posição inferior onde a câmara (A), por baixo
do pistão interruptor, é descarregada.
Nesta posição, o ar do reservatório principal flui através da válvula-carretel do pistão interruptor
para o orifício (35) e, passando à válvula de retenção interruptora que se encontra aberta, passa
para o orifício (53) e para a válvula interruptora do encanamento geral, existente no manipulador
26-C.
A pressão do ar do reservatório de volume de 90 pol3 ligado ao orifício (11), e da câmara (E), que
fica na parte inferior da câmara atuante, continuará a cair até zero, através do bujão de orifício do
pistão e através do orifício (1) escapando pelo encanamento geral.
Quando esta pressão tiver caído para um valor predeterminado, a tensão da mola deslocará o
pistão atuante e sua válvula-carretel para a posição inferior, conforme mostra a Figura 2.68.
Figura 2.68 Posição do pistão atuante depois que o reservatório de volume tiver sido descarregado
A chave PC é atuada pelo ar do reservatório principal que flui pelo orifício (9).
Quando for desejado aliviar os freios, o punho do manipulador deve ser movido para a posição
Alívio.
Haverá um retardamento determinado pelo tempo necessário para esgotar o encanamento (53),
através da válvula piloto interruptora, do manipulador, antes que seja aberta a válvula interruptora
do encanamento geral, para permitir o recarregamento do sistema e o alívio dos freios.
Ela é essencialmente uma válvula redutora (do tipo de alívio) consistindo de uma válvula
alimentadora do tipo esférico, normalmente mantida aberta por um diafragma pressionado por
mola, cuja força é transmitida através de uma válvula de exaustão do tipo de pino-impulsão.
A válvula de exaustão estabelece normalmente um contato de vedação na válvula alimentadora.
Ela funciona para descarregar uma sobrecarga da pressão do ar que por ela passa e para a caixa
de mola, que fica permanentemente ligada à atmosfera.
Durante uma operação de controle de patinação, o ar do reservatório principal entra na conexão
lateral marcada IN, passa para a câmara (A), passa pela válvula alimentadora desassentada para
a câmara (C) e sai pela descarga para o encanamento de controle da válvula-relé.
Na medida em que a pressão do ar aumenta na câmara (C), ela cresce igualmente na câmara (B)
a um ritmo predeterminado, através de um orifício calibrado, adequado ao volume da câmara (B),
a fim de controlar a taxa de aumento de pressão no encanamento de controle da válvula-relé.
Logo que a pressão do ar sob o diafragma equilibra a pressão da mola, o diafragma é deslocado
para cima, permitindo à mola da válvula alimentadora assentar a válvula alimentadora para cessar
a descarga do ar do reservatório principal pela válvula magnética para a válvula-relé.
O contato de assentamento é mantido entre a válvula alimentadora e a válvula de exaustão.
Caso as forças da pressão do ar nas câmaras (B e C) excedam a carga da mola do diafragma, o
conjunto do diafragma e a válvula de exaustão serão movidos para cima, tirando a válvula de
exaustão do assentamento juntamente com a válvula alimentadora.
O excesso de pressão é então descarregado pela válvula de exaustão.
Depois que o diafragma ficar equilibrado, a válvula de exaustão será novamente movida para
assentar a válvula alimentadora.
Quando a pressão do ar é descarregada da câmara (A), da válvula limitadora ajustável, no caso
da desenergização da bobina da válvula magnética no final de uma aplicação de controle de
patinação, a pressão mais alta na câmara (C) atuando sobre a válvula alimentadora, no anel que
fica entre a válvula de exaustão e a sede da válvula alimentadora, fará esta última válvula se
afastar do seu assento, contra a tensão da mola da válvula alimentadora.
A pressão do ar no encanamento de controle da válvula-relé e na câmara (C) pode, então, ser
descarregada através da câmara (A) e da exaustão da válvula magnética.
A pressão da câmara (B) sob o diafragma também descarregará, equilibrando com a câmara (B)
através do orifício que fica sob o diafragma.
O dispositivo de locomotiva morta permite que uma locomotiva seja rebocada inativa, isto é, seja
rebocada morta no meio de uma composição, fazendo com que seu sistema de freios opere como
o de um vagão.
Estando apenas o encanamento geral ligado, a única forma da locomotiva Morta receber ar
comprimido é através do encanamento geral.
Este dispositivo normalmente é composto de:
Torneira de isolamento.
Válvula de retenção.
Sendo o encanamento geral carregado com 90 psi, a válvula deixa passar a pressão do
encanamento geral menos a pressão da mola, isto é, o reservatório principal nº 2 da locomotiva é
carregado com uma pressão de 90 – 40 = 50 psi, que é a pressão normalmente usada no cilindro
de freio de um vagão numa aplicação de serviço, e menor do que numa aplicação de emergência
(60 psi)
Isso serve para proteger as rodas das locomotivas, evitando arrastamento e problemas térmicos
com as rodas.
Todavia, o uso de sapatas fenólicas e de pressões maiores no encanamento geral da locomotiva
Morta, tem colocado esta válvula em fase de obsolescência.
A tendência moderna é para o uso de uma válvula redutora de pressão, que é normalmente
calibrada com 12 a 20 psi.
A prática determina que uma locomotiva Morta deva trafegar junto das locomotivas Vivas e ter
todos os seus encanamentos de ar interligados, e condicionar o seu sistema de freios como se
fosse o de uma locomotiva comandada.
Esta prática é altamente recomendável por várias razões:
Sempre que o freio dinâmico for operado, o freio desta locomotiva também é aliviado,
evitando o arrastamento de rodas;
2.2.4 Aplicação
Cilindro de freios;
Contra sapatas;
Sapatas;
Ajustador de folga.
Alavanca
Contra sapata
Sapata
Cilindro Ajustador
de freio de folga
Cilindro
de freio
Alavanca
Sapata
Contra sapata
Ajustador
de folga
O cilindro de freio é o componente responsável por produzir uma força mecânica na timoneria de
freio, que faz com que as sapatas de freio sejam aplicadas na superfície das rodas, em resposta a
um comando de pressão oriundo do reservatório auxiliar através da válvula de controle.
É composto por um cilindro de metal fundido com um pistão conectado a uma haste de
acionamento ligada as alavancas da timoneria de freio.
A haste de acionamento se movimenta dentro de uma haste oca que facilita sua inserção.
Tampa
Haste de
acionamento
Pistão
Haste oca
Carcaça
Mola de alívio
Quando ocorre a aplicação de freio, há um aumento da pressão interna no cilindro que empurra o
pistão e faz avançar a haste de acionamento, produzindo uma força mecânica na timoneria de
freio.
Quanto maior a pressão interna, maior será o esforço de frenagem.
Quando os freios são aliviados, o ar comprimido interno ao cilindro é direcionado para a atmosfera
e a mola de retorno move o pistão de volta, liberando as sapatas de freio.
O curso do pistão do cilindro de freio deve propiciar folga entre as sapatas de freio e as rodas
quando os freios estiverem aliviados e manter a pressão de regulagem das sapatas contra as
rodas quando os freios estiverem aplicados.
Os cursos dos cilindros de freio são calculados.
Deve-se usar, no máximo, ¾ do seu valor de deslocamento máximo.
Os tipos de cilindros de freio utilizados em locomotivas estão especificados na Tabela 2.7.
10” x 12”
10” de diâmetro
12” de curso máximo 506,4 8” 6 ¾” a 7 ½”
do pistão
8” x 8”
8” de diâmetro
8” de curso máximo do 324,5 4” 4”
pistão
Desse modo, uma redução de 10 psi no encanamento geral representa 25 psi no cilindro de freio.
Uma redução de 20 psi representa 50 psi e assim por diante.
A válvula de controle é preparada de forma a estabelecer entre 62 a 65 psi de pressão máxima
nos cilindros de freio da locomotiva em aplicação máxima de serviço.
Quando se utiliza o manipulador de freio independente a válvula-relé se incumbe de repetir nos
cilindros de freio das locomotivas a pressão enviada até ela pelo manipulador independente.
A pressão máxima no cilindro de freio é regulada, no próprio manipulador independente, para
aproximadamente 45 a 50 psi.
O ajustador de folga do freio é um dispositivo que pode ser montado entre as alavancas da
timoneria de freio, ou como tirante de freio, que tem por finalidade básica manter constante o
curso do cilindro de freio, independente dos desgastes normais causados pelo atrito durante o
processo de frenagem dos veículos ferroviários, que provocam um aumento do distanciamento
entre as sapatas e as rodas.
Ao encolherem os ajustadores de folga mantém o curso do cilindro e puxam as alavancas da
timoneria de ambos os lados do sistema.
O ajustador de folga se apresenta em duas formas:
Ajustador manual
Ajustador
manual
de folga
Ajustador automático
O ajustador automático de folga do freio possui um sistema de catraca que atua de forma
automática sempre que o freio é aplicado.
Ajustador
automático
de folga
Coeficiente de atrito adequado sob as várias condições de trabalho, tais como velocidade,
temperatura e umidade;
Durabilidade;
Ferro fundido
Contra sapata
Sapata
Entre as desvantagens das sapatas de freio de ferro fundido estão incluídos o faiscamento e o
desgaste desigual das rodas.
As sapatas de composição não metálica, são assim chamadas por apresentarem em sua
composição uma matriz polimérica composta de borrachas e resinas com cargas inertes,
modificadores de atrito e fibras.
Contra sapata
Sapata
As sapatas de composição foram desenvolvidas em 1997 como uma alternativa econômica para
substituir as sapatas de ferro fundido.
Mas, devido a sua maior capacidade de frenagem, não são diretamente intercambiáveis com as
sapatas de ferro fundido.
Observação
Caixilho
Patim
Trava
Material
de atrito
Material de atrito Parte não metálica que atua sobre a superfície de rolamento da roda, e
pode ser fornecida com coeficiente de atrito: baixo, médio e alto.
Patim Reforço metálico sobre o qual é assentado o material de atrito.
Atualmente são as mais utilizadas por oferecerem várias vantagens, como, por exemplo:
e nos carros elétricos onde a substituição de rodas exige a desmontagem dos motores,
rolamentos, etc.;
Timoneria mais econômica e menos sujeita a avarias devido aos menores esforços
envolvidos;
A Air Brake Association (ABA) define o freio manual da locomotiva como um dispositivo instalado
na locomotiva que possibilita a aplicação dos freios da locomotiva manualmente.
Na realidade, o freio manual é um freio de estacionamento, isto é, deve ser aplicado somente
quando a locomotiva ficar estacionada (parada) por tempo determinado.
É um dispositivo mecânico individual composto de um volante ou alavanca, e catraca, que aciona
uma corrente ligada a haste de apenas um dos cilindros de freio, que opera duas sapatas de freio
de um mesmo truque da locomotiva.
Durante a aplicação do freio manual, o movimento da corrente aciona um dispositivo que aplica os
freios.
Um mecanismo de desengate com contrapeso libera a tensão no freio.
A Figura 2.1 mostra a configuração do Equipamento de Freio 26-L num vagão, dando destaque a
alguns de seus principais componentes.
Distribuição
Controle
Aplicação
Controle Reservatório
combinado
Válvula de
controle Retentor de
controle de
alívio
Coletor de pó
com torneira
interruptora
Distribuição Válvula de
descarga
Torneira Torneira
angular angular
Tê de ramal
Mangueira Mangueira
Dispositivo Reservatório
vazio / carregado equilibrante
2.3.1 Distribuição
O encanamento geral possui uma derivação, denominada de Tê de Ramal, usada para ligar o
cano-ramal da válvula de controle ao encanamento geral, a fim de alimentar a válvula de controle.
O interior do Tê de Ramal é construído de tal forma que a passagem que leva ao cano-ramal sai
da parte superior do encanamento geral obrigando o ar deste encanamento a subir quando passa
ao cano-ramal, enquanto que a umidade e as partículas de pó mais pesadas continuam pelo
encanamento geral.
Torneira angular
Em cada uma das extremidades do encanamento geral dos vagões, é instalada uma torneira
angular, que permite abrir ou fechar fluxo de ar quando do acoplamento com outros veículos,
locomotivas e vagões.
Para movimentar o punho é necessário levantá-lo primeiro, por este ser auto travante, ficando
assim, assegurada a impossibilidade da torneira abrir ou fechar acidentalmente.
Torneira reta
As torneiras retas são instaladas uma em cada extremidade dos vagões de carga tipo GDT, que
possuem descarregamento em Car-Dumper e operam com mangueira de 34”.
Podem ser fornecidas com punho auto travante ou punho removível.
Observação
A torneira do encanamento geral não deve ser aberta e fechada com o intuito de verificar a
pressão do ar ou na tentativa de realizar maior aperto nos freios na composição.
Se a torneira do encanamento geral for aberta não se deve fechá-la enquanto estiver
ocorrendo o fluxo de ar para a atmosfera, pois isso pode ocasionar um alívio indesejado dos
freios da composição.
Esta torneira só deve ser aberta ou fechada com a devida autorização do maquinista que
estiver na condução do trem.
Niple;
Elemento Braçadeira
Niple Bocal
Braçadeira
Aplicação Mangueira
Encanamento do cilindro de freio entre vagões de minério geminados - GDE 11/8” x 64”
Vagões de carga geral tipo HAD com torneiras retas 1 3/8” x 34”
MP 101
Vagões de minério GDE – encanamento geral – Coletor de pó
1 3/8” x 23”
MP 102
Vagões de minério GDE – encanamento geral – Coletor de pó
1 3/8” x 26”
MP 103
Vagões de minério GDE – encanamento geral – Coletor de pó
1 3/8” x 30”
As válvulas de controle de locomotivas não possuem uma parte de emergência, responsável pela
chamada ação rápida nas aplicações de Emergência.
Para a função de ação rápida usa-se a válvula de descarga nº 8.
Sua função é proporcionar uma descarga rápida local da pressão do encanamento geral para a
atmosfera, a fim de garantir uma condição de propagação de aplicação de Emergência dos freios,
principalmente naquelas originadas num trem longo, quando são usadas várias locomotivas
operando em tração múltipla, pois a capacidade total dos compressores é tal que muitas vezes
uma ruptura de mangueira de um vagão de cauda do trem pode não ser sentida pela locomotiva,
o que impossibilita a aplicação de Emergência.
Quando a válvula de descarga nº 8 opera, a queda brusca de pressão provoca o funcionamento
das outras válvulas de descarga dos outros vagões, assim como das válvulas de controle de toda
a composição.
Está normalmente localizada sob a plataforma da locomotiva, em derivação do encanamento
geral.
2.3.2 Controle
Tipo de AAR
Válvula de controle Apresentação
válvula Testes Norma
AB
ABS
ABD
ABSD
ABDX
ABSDX
Legenda
comum válvula AB válvula ABD válvula ABDW válvula ABDX válvula ABDXL
Funções
Carregamento;
Aplicação;
Alívio;
Emergência.
Tecnologia
Controle preciso;
Auto limpante;
3 minutos para aplicação do freio no último vagão de uma composição de 150 vagões;
Alívio direto
Longos tempos para alívio - 60s para transmitir ao último vagão de uma composição de 150
vagões;
Freios agarrados;
Componentes básicos
Suporte dos
Parte encanamentos
emergência
Parte
seviço
b) Porção de serviço
Pistão de serviço;
Slide;
Válvula de graduação.
c) Porção de emergência
Pistão de serviço;
Slide;
Válvula de graduação.
Quando a porção de emergência detecta que o ar do encanamento de freio é reduzido, mais que
a taxa de serviço, ele move para aliviar o ar do encanamento de freio diretamente para a
atmosfera e direciona a pressão do ar do reservatório de emergência para o cilindro de freio.
Observação
Serviço rápido
Alívio rápido somente quando a válvula de controle move de Alívio para Serviço (o serviço
rápido não permite alívio local após a redução inicial ser realizada ou quando a válvula de
controle se move da posição de Recobrimento para a posição de Serviço durante novas
reduções);
Inclui uma válvula que limita a pressão do cilindro de freio para 10 a 12 psi.
Transmite rapidamente o alívio dos freios serialmente ao longo do trem, o que reduz o
tempo de alívio do trem em 50%;
Reduz as forças no trem e permite um alívio a baixas velocidades em trens longos, devido
ao alívio mais rápido dos freios;
Um só punho controla o alívio dos cilindros de freio, mantendo os reservatórios carregados ou, se
desejado, proporciona a descarga de um ou ambos, juntamente com a pressão do cilindro de
freio.
Carregamento uniforme
Uma das principais características das válvulas de controle ABD é o carregamento uniforme.
Por carregamento uniforme entende-se o carregamento (ou recarregamento) retardado dos
equipamentos de freio dos vagões mais próximos da locomotiva e mais rápido dos vagões da
cauda do trem.
A principal função introduzida nessa válvula foi o recurso da aplicação acelerada de serviço.
Apesar de ser uma função relacionada às aplicações dos freios de serviço dos vagões, a válvula
de aplicação acelerada de serviço foi incorporada na porção de emergência da válvula de
controle.
O recurso de aplicação de serviço acelerada:
Permite uma quantidade de ar adicional no encanamento de freio para aliviar cada vagão
durante cada aplicação de freio de serviço;
Apesar da válvula DB-60 ser mais moderna, possui as mesmas funções das válvulas da família
AB.
Observação
Utiliza o mesmo suporte de encanamento, podendo trafegar em vagões com válvulas da família
AB.
Reservatório
auxiliar Reservatório
de emergência
Nos vagões das ferrovias brasileiras são utilizados dois tipos de reservatórios combinados,
conforme mostrado na Tabela 2.11.
Reservatório
Reservatório
de emergência
57 ou 96 litros auxiliar
41 ou 62 litros
Todos os reservatórios são dotados de flanges ou conexões roscadas, para ligar o ar que neles é
armazenado, pintados internamente e testados hidrostaticamente com 220 psi.
Este reservatório é carregado através da válvula de controle até atingir pressão igual ao
encanamento geral, liberando ar comprimido para o cilindro de freio no momento da aplicação de
freio do vagão.
Instalado entre o encanamento geral e a entrada de ar para a válvula de controle, este dispositivo
é uma combinação de 2 (dois) elementos:
Coletor de pó centrífugo
Realiza uma pré-filtragem a fim de evitar que o pó e/ou partículas de sujeira depositada no
encanamento geral passem para a válvula de controle, que poderiam prejudicar o bom
funcionamento do equipamento.
Torneira interruptora
Utilizado para controlar o tempo de descarga do ar dos cilindros de freio, é apropriado para operar
em vagões rebocados em trens que trafegam em terreno muito acidentado, como descida de
serra.
Tem a função de proporcionar dois tipos de alívio dos freios:
Restrito
Nos pontos onde as descidas de serra iniciam, os punhos dos retentores de controle de alívio de
todos os veículos da composição devem ser movidos para a posição horizontal.
A pressão do cilindro de freio cairá de 50 para 5 psi em 65 segundos, dando tempo suficiente para
que os compressores da locomotiva restabeleçam a pressão de ar nos reservatórios dos veículos,
como também o recarregamento do sistema, antes de uma nova aplicação.
Direto
Na primeira parada após a descida de serra, os punhos dos retentores de controle de alívio
devem ser movidos para a posição vertical.
Os retentores de controle de alívio atuais já dispõem de uma terceira posição, com o punho a 45º,
que proporciona um alívio restrito em menor tempo, ou seja, de 50 para 5 psi em 45 segundos.
Observação
Nas ferrovias do Brasil são utilizados dois tipos de retentores de controle de alívio:
Nas ferrovias americanas e nos países andinos os retentores de controle de alívio utilizados têm 3
(três) posições (direto / restrito / com retenção)
2.3.3 Aplicação
Área Curso
Cilindro de freio Significado 2 2
[pol / cm ] Carregado Vazio
10 x 12”
10” de diâmetro 8” 7 1/4”
78,5 / 506,4
12” de deslocamento 203,2 mm 184,15 mm
8 x 8”
8” de diâmetro 5” 4 1/4”
50,3 / 324,5
8” de deslocamento 127 mm 107,95 mm
O sistema de freio dos vagões de carga tem a força, gerada pela pressão dos cilindros de freio,
transmitida às sapatas de freio através de um conjunto de tirantes e alavancas, chamado de
timoneria de freio.
As timonerias de freio usadas em vagões têm os cilindros de freio instalados no estrado dos
mesmos, e dividem-se em duas partes:
Timoneria do corpo;
Timoneria do truque.
Cilindro
de freio
Analisando separadamente a timoneria dos truques, vemos que nos vagões de bitola métrica da
EFVM e FCA os truques possuem alavancas de força do tipo vertical, ou seja, alinhadas com o
tirante que vem das alavancas da caixa.
Estas alavancas têm furação maior e menor, para que possam multiplicar os esforços até que
estes cheguem aos triângulos e consequentemente às sapatas de freio.
Dispositivo vazio/carregado;
Ajustador de folga.
Para um bom manejo do trem, é desejável que o sistema de freio seja capaz de produzir uma
força de frenagem suficiente para parar o trem quando os vagões estiverem carregados, mas, ao
mesmo tempo, não deve produzir uma força de frenagem, quando os vagões estiverem vazios,
capaz de provocar o travamento das rodas, o que causa calos nas rodas.
Para tanto, devemos considerar o limite superior das recomendações da AAR – S 401 ao projetar
a Taxa de Frenagem para o vagão carregado, isto é:
Taxas de frenagem muito altas para o vagão carregado podem fazer com que a Taxa de
Frenagem para o vagão vazio exceda os limites propostos pela AAR, que é de 35% a 40% da
prevista para o vagão carregado.
Para evitar o travamento das rodas do vagão vazio, é necessário que o sistema de freio identifique
se o vagão está vazio ou carregado, e então faça o ajuste do esforço de frenagem conforme a
condição de carga do vagão, que é determinada pela medição da deflexão das molas do truque
do vagão.
O dispositivo utilizado para determinar a condição do vagão é o equipamento vazio/carregado,
que, de uma forma geral, é usado quando:
1. Com dispositivo mecânico que muda o ponto de apoio da alavanca do cilindro de freio.
A trava interna do comutador de freio não é liberada e o ponto de apoio da alavanca do cilindro de
freio é estabelecido na extremidade do comutador de freio, liberando o tirante de freio carregado,
de modo que:
Figura 2.109 Ponto de apoio da alavanca do cilindro de freio para vagão vazio
Figura 2.110 Ponto de apoio da alavanca do cilindro de freio para vagão carregado
Logo,
Manual
Automático
2. Com equipamento ABEL (A B Empty/Loaded) dotado de cilindro de freio com pistão diferencial
(7 5/8” x 12 x 9”) e uma válvula de mudança, manual ou automática.
Válvula de mudança permitirá que haja pressão em ambas as câmaras do pistão do cilindro de
freio diferencial, resultando num esforço de frenagem menor.
Figura 2.115 Condição do cilindro de freio com pistão diferencial para vagão vazio
A válvula de mudança permitirá passagem de ar apenas para a câmara da face maior do pistão,
enquanto que a câmara da face menor fica em comunicação com a atmosfera, resultando num
esforço maior de frenagem.
Figura 2.116 Condição do cilindro de freio com pistão diferencial para vagão carregado
A válvula de mudança VTA é utilizada para acionar o dispositivo vazio/carregado, que muda, de
forma automática, o regime de frenagem.
Quando o vagão está vazio, as molas do truque estão distendidas e o sensor da válvula VTA não
toca no batente, o bloqueia a passagem do ar do encanamento geral para acionar o pistão de
liberação do ferrolho.
Reservatório
auxiliar
Válvula de
mudança
VTA
Sensor
Passagem do ar do
encanamento geral
Batente
Reservatório
auxiliar
Válvula de
mudança
VTA
Passagem do ar do
Sensor encanamento geral
Batente
4. Com volume adicional que fica em comunicação com o cilindro de freio na posição vazio.
Pela Lei de Boyle Mariote, em virtude desse volume adicional, podemos afirmar que a pressão
final no cilindro de freio será menor, o que reduz a possibilidade de travamento das rodas.
Na condição de Vagão Carregado, a válvula, EL-60 ou a válvula EL-X, do dispositivo
vazio/carregado de comutação automática interrompe a comunicação entre o reservatório auxiliar
e o reservatório adicional, de modo que a pressão do reservatório auxiliar flui apenas para o
cilindro de freio, aumentando a pressão no seu interior.
A válvula EL-60 ou a válvula EL-X, determina a condição de carga do vagão ao medir quanto
movimento do braço sensor da válvula é necessário para que se encoste à travessa lateral do
truque.
Uma relação estabelecida entre a posição do braço sensor e a válvula proporcional do dispositivo
Vazio/Carregado resulta na proporção vazio/carregado (30%, 40%, 50% ou 60%).
Se o vagão estiver carregado com 30% de seu carregamento ou mais, o movimento do braço
sensor será restringido ao fazer contato com a travessa lateral do truque, posicionando assim a
válvula para uma frenagem de vagão carregado.
Se o vagão estiver carregado com menos que 30% de sua capacidade, e a pressão do cilindro de
freio chegar a 15 psi, o braço sensor poderá se mover além do ponto de câmbio.
Se o vagão estiver totalmente vazio, o braço sensor ficará com uma folga de 1/4” da travessa
lateral do truque.
A válvula de comutação automática possui um visor do lado oposto da alavanca sensora que nos
permite visualizar a condição de Vazio quando o pino vermelho aparece no visor e Carga quando
o pino não aparece no visor.
Pneumático
Mecânico
Como a ação do ajustador se realiza nos dois sentidos, quando as sapatas que estão gastas são
substituídas por outras novas, o mecanismo automaticamente ajusta a timoneria para as novas
condições.
O ajustador restabelece em no máximo três aplicações o curso normal do pistão do cilindro de
freio, após a troca de todas as oito sapatas de vagão.
Controlar e parar vagões em movimento quando eles não estão acoplados num trem ou
parte de um movimento de manobra;
No caso em que a composição fique estacionada por mais de 6 (seis) horas com ou sem a
locomotiva acoplada.
Observação
Use o bloqueio para proteger os vagões com freio manual inoperante ou para impedir a circulação
durante operações de manobra de curta duração.
Dinâmica e Frenagem
Ferroviária
3.1 Introdução
O Sistema de Freio a Ar Controlado por Computador de Segunda Geração (CCB II) é um sistema
de controle de freio eletropneumático baseado em microprocessador, projetado para ser
compatível com os equipamentos de freio automático 26-L e CCB de Primeira Geração (CCB I).
Executa diversas funções de diagnóstico:
Auto teste;
Calibragens;
Sinalização de Defeitos.
Os módulos formam uma eletrônica distribuída que é interligada através de uma rede operacional
Lon Works da Echelon Corporation, de modo que toda lógica é controlada por computador.
EBV
Envia a informação de
aplicação ou de alívio
do freio automático e/ Envia e recebe informações
ou independente sobre o status: do freio
automático e/ou
independente, da
Envia informações sobre o locomotiva (comandante/
status do freio automático e/ comandada)
ILC ou independente IPM RIM
Envia e recebe informações
sobre o status: da locomotiva
Envia e recebe informações sobre o
Envia e recebe
(comandante/comandada),
status: do freio automático e/ou informações sobre o
do homem morto, da chave
independente, da locomotiva status: do freio
seletora e UM-2A (comandante/comandada), do automático e/ou
homem morto, da chave seletora e independente, da
UM-2A e da tensão de 74 V de
alimentação dos módulos
locomotiva
(comandante/
comandada)
EPCU
Muitas das funções efetuadas através de válvulas pneumáticas A1, P-2A, MU-2A, Sobre-
Velocidade, Chave Seletora e o Homem Morto, do sistema de freio 26L, são simuladas
através do software do CCBII em conjunto com o IPM e o IFC.
Não existe uma substituição ou equivalência direta entre a maioria das válvulas e ou
funções pneumáticas existentes no sistema de freio 26L.
EBV
Fiação da locomotiva
ILC
RIM IPM
Tubo 21 LON
LON
EPCU
LON
Discrete I/O
Encanamento Geral
Em caso de avaria o computador decide qual a melhor alternativa para o backup sendo o
operador informado através de uma mensagem enviada para o IFC (crew message).
De Alerta;
À equipe;
Quando fornecido, como parte do LOCOTROL-EB, o IPM contém software que fornece toda a
funcionalidade da tração distribuída.
A configuração do freio pneumático é feita através do Computador Integrado da Locomotiva (ILC).
O conjunto de luzes de indicação na parte frontal do IPM, bem como a indicação propiciada por
elas estão relacionadas na Tabela 3.1.
Tabela 3.1 Indicação propiciada pelo conjunto de luzes na frente do computador IPM
Luz Indicação
Esta luz verde indica que o processador do IPM está ok, baseada na informação
interna fornecida pelo “WATCHDOG”.
CPU OK
Esta luz indica também que o IPM passou o auto teste inicial o qual é efetuado de 15
em 15 minutos.
Esta luz verde indica que a locomotiva está em COMANDO, com o sistema de
DP LEAD
Potência Distribuída ativado.
Esta luz verde indica que a locomotiva está a funcionar com o sistema de Potência
DP REMOTE
Distribuída remotamente ativado.
Esta luz amarela indica que a locomotiva está transmitindo mensagens de Potência
DP TX A
Distribuída através do Rádio A.
Esta luz amarela indica que a locomotiva está transmitindo mensagens de Potência
DP TX B
Distribuída através do Rádio B.
Esta luz verde indica que a locomotiva está recebendo mensagens de Potência
DP RX
Distribuída via rádio.
Esta luz vermelha indica que a locomotiva está com uma avaria no sistema de
DP COM INT
comunicação de rádio em P.D.
Esta luz vermelha indica que o IPM está impossibilitado de comunicar com o
DATALINK FA computador da locomotiva (ILC, IFC, ICE, etc.) via LSI através da porta RS-422
(HDLC) em P.D. ou EAB.
NETWORK FA Esta luz vermelha indica que existem dificuldades nas comunicações internas nos
sistemas LOCOTROL EB ou CCB II(entre o IPM, EPCU e EBV) através da rede LON.
Esta luz vermelha indica que há uma avaria na válvula eletrônica de freio (EBV), do
EBV FAIL sistema LOCOTROL EB/CCB II.
Esta avaria específica pode ser eletrônica, pneumática ou ambas
Esta luz vermelha indica que há uma avaria na Unidade de Controle Eletro
EPCU FAIL pneumática (EPCU), do sistema LOCOTROL EB/CCB II.
Esta avaria específica pode ser eletrônica, pneumática ou ambas.
Esta luz amarela indica que o sistema LOCOTROL EB / CCB II ativou um dos modos
de operação alternativos (backup) por forma a que o Freio Eletrônico continue as
EAB BACKUP suas funções.
Por exemplo, se o transdutor primário do reservatório principal (MRT) avariou e o
sistema comutou para o transdutor secundário (MRT).
MR FILTER
O EPCU contém filtros para o reservatório principal de ar, bem como para o ar do controle
independente e controle das LRU’s.
O fornecimento de ar ao relé do encanamento de freio está condicionado por um elemento de tela.
Adicionalmente, o EPCU contém um Regulador de Motor Morto (DER), que permite ao
reservatório principal carregar do encanamento de freio em uma locomotiva morta.
As funções dos módulos que compõem a unidade de controle eletropneumático estão descritas na
Tabela 3.2.
Tabela 3.2 Funções dos módulos que compõem a unidade de controle eletropneumático
Módulo Função
Simula a função de Aplicação de Serviço da válvula 26-F, mas a sua principal função
DBTV é de BACKUP do Sistema de Freio CCBII.
Fornece suporte pneumático na hipótese de falha eletrônica.
16CP, 13CP e
Auxiliam o Freio Dinâmico.
DBTV
16CP, BCCP e
Simulam em conjunto as funções da válvula 26-F.
DBTV
Simula as funções da válvula reguladora e da válvula de comunicação com o EG da
A válvula KR5 (instalada no BPCP) em conjunto com o ERCP são responsáveis pelo
BPCP e ERCP
Recobrimento do sistema de freio da locomotiva.
Cinco (5) destas LRU’s, 13CP, 16CP, 20CP, BCCP e ERCP, são "inteligentes" e se comunicam
através da rede.
A Unidade de Controle Eletropneumático (EPCU) é instalada no compartimento de controle do
freio da locomotiva.
Também faz parte da unidade de controle eletropneumático um reservatório equilibrante, que está
instalado na parte traseira do painel.
O Módulo de Interface dos Relés (RIM) é um compartimento padrão LSI onde estão fisicamente
montados até sete relés eletromecânicos, que são direcionados pelo IPM, para comutar as linhas
elétricas do trem.
O RIM contém seis relés operacionais cujas funções estão especificadas na Tabela 3.3.
Relé Função
O relé Power Knockdown Switch liga/desliga o relé PCR no sistema de controle elétrico
PCS
da locomotiva
A uma pressão de 13 psi nos cilindros, o Independent Brake Relay ativa o sinal de freio
IBR
independente reduzindo a escala de aplicação do freio dinâmico
A interface homem-máquina (Man Machine Interface - MMI) para o sistema de freio CCB II é a
Válvula do Freio Eletrônico (Electronic Brake Valve – EBV) do tipo 26, que é montada no lugar da
válvula de freio pneumático 26-C.
A Válvula de Freio Eletrônico encontra-se disponível na versão:
Vertical ou lateral
A EBV vertical foi projetada para ser encaixada na mesma abertura como a válvula de freio
pneumático 26C.
O EBV contém:
O manipulador do freio automático têm as mesmas posições relativas a válvula 26-C (Alívio
(REL), Aplicação Mínima (MIN), Aplicação de serviço (FS), Supressão (SUP), Punho Fora
(HO/CS) e emergência (EMER)), cujas posições são definidas por encaixes.
O manipulador do freio independente é contínuo de RELEASE para FULL.
Conexão com a rede LON distribuída e comunica-se em tempo real com os cinco (5)
módulos eletrônicos inteligentes da Unidade de Controle Eletro Pneumáticos (EPCU).
Computador
IFC
Ele é dividido em duas telas planas monocromáticas na cor âmbar com iluminação fluorescente
que mostram informações do Freio e do Locotrol.
O sistema do Locotrol é controlado por dois grupos de teclas iluminadas tipo push-bottons no
painel frontal do display, abaixo das telas de indicação.
Teclas de up-down controlam a luminosidade das duas telas e uma chave de liga/desliga e
posicionada na parte traseira do display.
A versão CVRD do OIM recebe sinais de satélite tipo GPS (Sistema de Posicionamento Global) e
mostra o posicionamento atual da locomotiva em coordenadas de latitude e longitude.
Dinâmica e Frenagem
Ferroviária
Operação da válvula
Fontes de energia
Todos os vagões possuem baterias recarregáveis para prover a alta demanda de energia dos
solenoides.
Quando não estão em uso, as baterias são recarregadas através dos cabos de transmissão dos
vagões.
Para o caso de transmissão via rádio as baterias recarregam através de um gerador que gera
energia através do movimento do vagão.
O sistema de cabeamento usa em torno de 25% da capacidade do sinal para o comando de freio
e status das mensagens.
A Tração Distribuída pode usar entre 10-15%, restando 60-65% da capacidade do sinal para
monitoramentos especiais como sensores de pressão, temperatura e etc..
Novos desenvolvimentos
Futuros desenvolvimentos podem ser utilizados para que o sistema eletrônico seja também
utilizado para diagnóstico do trem, podendo gerar e transmitir informações como posição dos
vagões, “hot boxes”, temperatura, pressões, porta de vagões abertas entre outros.
230V
24V
24V
74V
24V
FTT
FTT
PLC
Bateria da
74V
Locomotiva
O hardware da Unidade Head-End hospeda o software que gerencia todo o Sistema de Controle
de Freio EP-60, incluindo a integração com o Controlador de Freio Eletrônico CCB II, e consiste
de:
Além disso, fornece 24 VDC (150 Watts máximo) à Linha do Trem para sequência do trem.
A Unidade de Interface do Operador (OIU) fornece a interface entre o Sistema de Freio EP-60 e o
operador do trem para configuração do trem, exibição dos comandos de freio, alarmes do sistema
e exibição das informações operacionais.
Inclui um display de comando de freio de três (3) dígitos, um display de condição do trem de 8
linhas x 40 caracteres, quatro (4) teclas de função, um indicador de condição de Alimentação na
Linha do Trem, um indicador de condição End Off Train (EOT), um indicador de alarme
audível/visual de defeito e um comutador de brilho.
A OIU faz interface com o Controlador de Comunicações da Linha do Trem para alimentação e
comunicações.
A rede da Linha do Trem proporciona a comunicação através de um cabo formado por um único
par de fios.
A Unidade Head-End é integrada ao Controlador de Freio Eletrônico CCB II, que consiste de:
A Válvula de Freio Eletrônico (EBV) é a interface homem-máquina para o sistema de freio CCB II.
A Unidade de Controle Eletro Pneumático (EPCU) contém as válvulas pneumáticas que controlam
as linhas pneumáticas do trem na locomotiva.
O RIM é um compartimento padrão LSI que contém relés para comutar as linhas elétricas do trem.
Unidade de
Interface do
Operador Válvula de
Freio
Eletrônico
Fonte de
Alimentação
da Linha do
Trem
Módulo de controle
Módulo eletro pneumático Válvula de alívio manual Bateria
eletrônico
Figura 4.19 Dispositivo de Controle do Vagão – CCD e seus componentes
O Dispositivo de Identificação do Carro é incluído como parte da caixa de junção que também
conecta o CCD ao cabo da Linha do Trem através de um conector elétrico.
Linha
Pneumática
Dispositivo
Vazio/Carregado
Sensor de freio
manual aplicado
Caixa de
Junção
Linha
do Trem
Cabo da Linha
do Trem
Válvula de
Controle EP-60 Caixa de
Junção
Dispositivo de
Controle do Vagão Cabo da Linha
do Trem
Antena de RF
Iluminação
Bateria
Conector
entre vagões
Encanamento
de freio
Dispositivo
Auxiliar da
Extremidade
do Trem
O AED contém:
Bateria;
Mensagens de exceção.
O Sistema de Controle EP-60 suporta todas as mensagens específicas AAR, como definidas na
Especificação S-4230 - Comunicações Intra-trem ECP/AAR.
O Sistema de Frenagem EP-60 foi desenvolvido para atender aos requisitos de desempenho da
Especificação S-4200 - Desempenho de ECP da AAR, de modo a fornecer frenagem uniforme do
trem, sem levar em consideração a carga individual de cada vagão.
Na operação normal de frenagem do trem, o Encanamento Geral não é modulado para o controle
de freio do trem.
Tanto na frenagem de serviço, quanto na de emergência, o Sistema de Frenagem EP-60 fornece
controle direto da pressão do cilindro do freio em cada vagão para aplicação e liberação graduada
do freio.
Na hipótese de uma falha no Sistema de Controle EP-60, o operador do trem pode controlar os
freios do trem, mudando para o controle convencional, isto é, controlar o Encanamento Geral.
O controle eletro pneumático da pressão do cilindro do freio é baseado no comando do freio da
Linha do Trem, coeficiente líquido de frenagem desejada, carga do vagão e outros parâmetros de
frenagem do trem.
A Unidade Head-End - HEU da locomotiva interpreta as ações do operador do trem e controla
eletronicamente a Alimentação da Linha do Trem através da Fonte de Alimentação da Linha do
Trem – TPS, que fornece energia e se comunica através da Rede de Comunicações Intra-trem
com:
A inicialização do trem refere-se à parte da operação do sistema durante a qual o trem é montado:
vagão/locomotivas são acrescentados, a AED é colocada na extremidade do último vagão, a linha
do trem é alimentada e os vagões/locomotivas são identificados e configurados.
Como parte da composição do trem, o sistema tem determinada responsabilidade relativa à
operação eletro pneumática para assegurar que determinados requisitos de segurança sejam
atendidos e que o sistema esteja pronto para operação normal.
Estas responsabilidades incluem, mas não estão limitadas a, o seguinte:
Observação
Em 31 de agosto de 1999, a tecnologia de sequência do trem da NYAB foi selecionada pela AAR
como Padrão AAR.
O recurso de Bloqueio de Segurança da Linha do Trem não permite que a alimentação da Linha
do Trem seja energizada quando o trem não está completamente formado, isto é, todos os
vagões/locomotivas foram engatados, todos os cabos conectados, e um AED foi acoplado ao
conector livre do cabo da Linha do Trem no último vagão.
O Bloqueio de Segurança da Linha do Trem é controlado pela HEU e AED, o qual também atua
como finalizador do canal de comunicações da Linha do Trem.
Uma vez conectado à Linha do Trem e ligado, o AED começa a transmitir a cada segundo um
sinal “EOT Ativo” para a HEU da locomotiva.
Ao receber a mensagem "EOT Ativo", a HEU entende que todos os vagões/locomotivas no trem
foram conectados e que a integridade do trem foi estabelecida.
A HEU passa a transmitir uma mensagem ao Controlador de Alimentação da Linha do Trem para
ativar a Alimentação da Linha do Trem.
Quando o AED confirma que a Alimentação da Linha do Trem está ativa, transmite uma
mensagem de retorno "Alimentação da Linha do Trem ON” à HEU para completar o processo de
alimentação.
Se a HEU perder a comunicação com o AED, transmitirá uma mensagem ao controlador de
energia da Linha do Trem para interromper a Alimentação na Linha do Trem.
Antes de compor o trem, a HEU não tem conhecimento a priori de quais locomotivas ou vagões
rebocados estarão na composição, nem sua ordem.
A HEU tem a capacidade de obter, de forma automática, uma lista completa do trem ordenado.
Todos os vagões/locomotivas precisam ser conectados através do cabo da Linha do Trem e do
acoplamento da mangueira pneumática.
O AED precisa ser conectado e estar se comunicando e a Linha do Trem deve ser alimentada.
Quando estes critérios são atendidos, a Configuração do Trem prosseguirá da seguinte forma:
Uma vez que o trem tenha sido configurado, o Banco de Dados do Trem estará completo,
mas desordenado.
Todas as informações necessárias da composição estarão presentes, mas a lista não
refletirá, de forma exata, a ordem física dos vagões no trem.
Como passo final na preparação do Teste de Terminal, o sistema empreenderá um
procedimento para determinar a ordem física exata dos vagões; este processo é referido
como Sequência do Trem.
0% = Alívio
11-99% = Serviço
120% = Emergência
O comando do freio do trem é recebido em cada CCD e utilizado para determinar a quantidade de
pressão no cilindro do freio do vagão com base na carga do vagão e outros parâmetros de
frenagem.
O Sistema de Controle EP-60 inclui o recurso de registro de dados, que proporciona capacidades
abrangentes de diagnóstico.
O registrador de dados armazena em memória não volátil, tanto no vagão, quanto na locomotiva,
informações significativas que ocorrem durante a operação do sistema, do tipo:
Defeito Uma exceção que está relacionada com uma possível falha do equipamento.
A tela Windows Datacord 5200 da Figura 4.25, mostra o registro de eventos/transferência de rádio
nas Operações da QCM (Canadá) de um trem EP-60.
Os comandos para controle de tração são dados pelo controlador mestre da locomotiva líder,
convertidos para comandos da Linha de Trem e fornecidos a locomotiva remota através da rede
de comunicações da Linha do trem.
Os comandos da frenagem eletrônica do trem são dados na locomotiva líder através do EBV do
CCB II e convertidos para comandos da Linha do Trem.
Os vagões e as locomotivas rebocados recebem os comandos e respondem com a resposta local
adequada para o esforço de freio e tração na unidade remota.
O sistema também fornece informações sobre a condição das locomotivas e vagões rebocados
para fins de exibição e monitoramento.
O sistema WireDP permite ao maquinista do trem controlar e receber feedback das locomotivas
remotas.
O WireDP fornece controle direto da direção da locomotiva remota e controles de desaceleração.
O esforço de tração é baseado na direção da linha do trem e comandos de desaceleração.
A HEU/DP principal fornece interface do usuário e emite comandos para todas as locomotivas
remotas no trem.
As locomotivas remotas recebem comandos e fornecem informações de feedback de condição à
HEU/DP principal.
Durante a operação normal do sistema, a HEU/DP, da locomotiva principal, transmite os
comandos de esforço de tração do trem às locomotivas remotas em uma frequência de
1/segundo.
O comando de tração é uma mensagem de prioridade e é expressa como um percentual de
esforço de tração máxima.
Valores negativos denotam freio dinâmico.
O comando de esforço de tração é recebido em cada HEU/DP remota e utilizado para determinar
a direção e comando de desaceleração para a composição de locomotiva remota, bem como
outros comandos necessários.
O comando de esforço de tração do trem é determinado pela solicitação do operador do trem,
correspondendo ao seguinte:
O Sistema de Controle EP-60 inclui capacidades abrangentes de diagnóstico.
WireDP:
Controle de Direção;
Segurança
Suporte Pneumático;
Diagnóstico e Manutenção
Dinâmica e Frenagem
Ferroviária
5 Dinâmica da Frenagem
5.1 Introdução
Sentido de movimento
Ci C
Fi e r
N Fr
R
Fa c -Fi
Pa
Figura 5.1 Força de inércia
Apesar de suprimido o esforço trator na roda, esta continua a avançar com velocidades fora
dos limites estabelecidos pela ferrovia, pois está submetida a um conjugado devido à força de
inércia igual a:
Força de aderência;
Coeficiente de aderência;
Peso aderente do veículo;
Raio da roda.
Nessas situações o maquinista é obrigado a aplicar os freios que fazem reduzir a velocidade, ou
até mesmo parar o trem.
Sempre que as condições permitirem, e se houver disponibilidade de espaço e de tempo, deve-se
tirar partido da resistência do trem para desacelerá-lo.
Neste caso, a potência da locomotiva deve ser reduzida de um modo controlado, a fim de evitar
que o trem empurre a locomotiva.
Se a parada do trem acontecer em uma rampa ascendente, a desaceleração pode ser auxiliada
com o uso do freio independente ou do freio dinâmico.
Isto requer perícia do maquinista a fim de evitar choques internos na composição.
Quando se pretende frear uma composição, significa aplicar ao eixo das rodas uma força , que
somada à força devida a resistência ao movimento do trem , se oponha à força produzida pela
inércia .
Essa força pode ser obtida pelo atrito entre a sapata de freio e a superfície de rolamento da roda.
Sentido de movimento
Sapata de freio
Ci Cr
Fi e CF FF
N Fr
R Ff
Fa c -Fi
Pa
Aplicada radialmente, a força comprime a sapata de freio contra a roda, produzindo uma força
de atrito entre a sapata de freio e a superfície de rolamento da roda.
A força , tangencial à roda, pode ser calculada pela expressão:
As leis do atrito aplicadas à frenagem, estudadas experimentalmente por Douglas Galton em 1879
e confirmadas mais recentemente, são:
A força de atrito variará no mesmo sentido da força aplicada à sapata de freio, apesar
da ação retardadora do freio.
Por sua vez, o conjugado aplica uma força igual à ao eixo da roda, que também se opõem à
força produzida pela inércia do trem, fazendo retardar seu movimento.
O conjugado retardador, que vai parar o trem, é:
Durante a frenagem, a força aplicada na sapata de freio deve ser o mais intensa possível
sem, no entanto, produzir a imobilização da roda.
Com a roda em movimento, ainda contaremos com o atrito de rolamento da roda sobre o trilho,
que constituirá em mais uma força retardadora.
Quanto mais atrito de rolamento houver entre a roda e o trilho, tanto mais depressa o veículo irá
parar.
Para que a roda continue a girar, enquanto o trem estiver em movimento durante a frenagem,
devemos ter o conjugado retardador menor que o conjugado de inércia, ou seja:
isto é,
ou
Sendo,
podemos escrever:
de onde podemos concluir que a força tangencial à roda, criada pelo atrito da sapata sobre a
superfície de rolamento da roda, não deve assim ultrapassar a força tangencial contrária criada
pela aderência da roda ao trilho.
Substituindo as expressões das forças na desigualdade acima, temos;
ou,
A força aplicada sobre a sapata de freio poderá ser tanto maior, quanto maior for o coeficiente de
aderência e quanto mais carregada estiver a roda.
É desejável que a força aplicada à sapata seja reduzida quando a velocidade diminuir.
O controle da velocidade durante a frenagem deve ser realizado com muita perícia pelo
maquinista, a fim de evitar choques na composição e até mesmo os descarrilamentos.
O conjunto de alavancas da timoneria de freio produz a força líquida de frenagem ou força líquida
das sapatas de freio, dada pela expressão:
Barra de
compressão
Sapata
Fs
de freio nd md
Truque 2 Triângulo
Fs nc mc
Cilindro
Fc
de freio
F2 ma a
mb Ajustador b F1
de folga
c nc Sapata
Fs
de freio
Triângulo Truque 1
d nd
Fs
Observação
logo
Tem-se que a relação total de alavancas é igual a 4 vezes o valor que dá a multiplicação de
um par de sapatas, uma vez que a relação correspondente a cada truque é igual, e a cada rodeiro
também, logo:
A relação total de alavancas é o número que exprime a multiplicação total da timoneria de freio
do vagão.
O rendimento da timoneria dos freios dos vagões situa-se na casa de 60% a 70%, com o valor de
65% sendo adotado nos cálculos de frenagem.
A ABA indica uma eficiência de 75% para os cálculos de freio das locomotivas com cilindros
instalados nos truques.
Na prática, esta eficiência se situa geralmente entre 55% e 75%.
5.2.4 Exemplo
A relação total de alavancas é o número que exprime a multiplicação total da timoneria de freio
do vagão, isto é:
O cálculo da frenagem nesse caso é elaborado a partir da taxa de desaceleração adotada pela
operadora, que a estipula em função do desempenho operacional planejado e do conforto e
segurança do usuário.
As pressões nos cilindros de freio não são, portanto, pré-determinadas, variando em função do:
Peso do veículo;
Tipo de timoneria;
5.3.1 Exemplo
Para um vagão de 100 t de massa a frear e uma taxa de desaceleração estipulada em 0,77 m/s2,
tem-se, pela lei de Newton, que a força de retardamento é igual ao produto da massa pela
desaceleração:
A força de frenagem correspondente, para um coeficiente de atrito sapata-roda de 30%, será de:
Os vagões devem seguir certas normas para que a força de retardamento ao longo do trem, isto
é, a frenagem do trem, seja tão uniforme quanto possível.
As recomendações da AAR para as taxas de frenagem são as mostradas na tabela seguinte.
As pressões estabelecidas pela AAR são de 70 psi no encanamento geral e 50 psi no cilindro de
freio, em uma aplicação total de serviço, isto é uma redução de 20 psi.
Essas pressões, no entanto, só devem ser usadas se o trem trafegar sempre em terrenos planos.
Como a maioria das ferrovias brasileiras trafega em terrenos acidentados, passaram a adotar
valores mais rigorosos, com pressões de 90 psi no encanamento geral e 64 psi no cilindro de
freio, com uma aplicação total de serviço de 24 a 26 psi.
Esses níveis de pressão mais rigorosos evidentemente proporcionam mais segurança na
operação, pois o sistema dispõe de mais ar para a aplicação dos freios.
A AAR recomenda as seguintes taxas de frenagem, considerando 50 psi nos cilindros de freio e
um rendimento apenas de 75% da timoneria:
Freio independente – .
Também nesse caso, os valores de pressão de encanamento geral e no cilindro de freio foram
corrigidos para 90 psi e 60 psi respectivamente.
5.3.4 Exemplo
Se a relação entre as dimensões “a” e “b” da alavanca do cilindro de freio da Figura 5.4 é igual a
1, a força transmitida pelos cilindros de freio é de:
A relação total de alavancas é o número que exprime a multiplicação total da timoneria de freio
do vagão, isto é:
Dinâmica e Frenagem
Ferroviária
6.1 Introdução
Um trem é um sistema altamente complexo que pode reagir de diferentes maneiras durante a sua
operação.
Os tipos de reações dependem de muitos fatores, tais como:
Composição do trem;
Comprimento do trem;
Perfil da linha;
Condições do tempo;
Velocidade do trem;
Portanto, é seguro afirmar que, devido à diversidade das variáveis apresentadas, não existem 2
(dois) trens que apresentem características idênticas, condicionando o operador do trem a
adequar sua condução às especificidades que cada trem oferece.
Uma boa condução do trem será aquela que reúne segurança, rapidez, eficiência energética e
que evite danos à via-permanente, aos equipamentos e também à carga transportada.
É de nosso conhecimento que a ação das folgas em um trem não pode ser eliminada e sim
controlada motivo pelo qual o maquinista deverá usar uma combinação adequada de modulação
do acelerador, do freio dinâmico e dos freios independente e automático a fim de controlar as
folgas e consequentemente:
Economizar combustível;
O acelerador deve ser utilizado de tal forma que permita o ajuste gradual das folgas e
minimize as forças internas do trem. Normalmente as mudanças de pontos de aceleração
devem ser feitas de forma gradual para permitir que o esforço de tração seja otimizado.
Não mantenha o trem parado em rampas com utilização do acelerador, pois este
procedimento danifica os motores de tração.
Quando estiver passando em uma passagem de nível com velocidade superior a 35 Km/h,
reduza o acelerador para 4o ponto cerca de 8 a 10 segundos antes de atingir a PN e
recupere a aceleração após as locomotivas deixarem a PN. Este procedimento diminui a
tensão do gerador principal e motores de tração durante a passagem em PN’s, onde a via
transmite impactos os quais são transmitidos às escovas dos motores de tração.
No manejo de trens pesados em tração múltipla com velocidade inferior a 25 Km/h, reduza
gradualmente pontos de aceleração antes da locomotiva atingir o cume que antecede uma
descida com rampa forte de maneira que impeça um aumento da velocidade até que pelo
menos a metade do trem já esteja inscrito na descida.
Reduções iniciais no encanamento geral devem ser entre 5 e 8 psi (primeiro entalhe).
Reduções menores que 5 psi podem resultar em alívios indesejados, freios agarrados ou
ambos, e devem ser evitadas.
O esforço total de frenagem devido à ação dos freios dinâmico, automático e independente
deve ser mantido a níveis mais baixos possíveis em trechos sinuosos com curvas
acentuadas.
Quando após uma soltura dos freios for necessária a reaplicação antes de recarregar o
sistema, esta reaplicação deverá ser de uma intensidade maior do que a primeira aplicação
feita.
Se for ouvido algum ruído de ar no equipamento de freio da locomotiva e/ou for verificado
através dos manômetros aumento da pressão no encanamento geral o qual esteja
ocasionando a soltura involuntária dos freios, imediatamente dever-se-á aumentar a
aplicação em pelo menos 5 psi.
Normalmente não se deve soltar o freio automático do trem enquanto o encanamento geral
está descarregando em função de uma aplicação anterior de freios.
Para evitar a possibilidade de freios agarrados e “facilitar” a soltura, aumente a redução para
10 psi antes de fazer a soltura.
Não solte o freio automático a velocidades excessivamente baixas, pois poderão ocorrer
danos ao equipamento, à carga e à estrutura da via.
Não tente soltar os freios de uma parte da composição, movendo o manípulo do freio
automático da posição de “SERVIÇO” para a posição de “SOLTURA” momentaneamente e
novamente em seguida para a posição de “SERVIÇO” (Equipamento 26-L).
Com os freios do trem aplicados (Equipamento 26-L) não mova o manípulo do freio
automático para uma posição de soltura ao menos que realmente se deseje uma soltura dos
freios.
Ao menos que existam procedimentos específicos, não utilize somente o freio independente
para reduzir a velocidade ou parar o trem. Enquanto o trem estiver em movimento evite
utilizar pressões excessivas nos cilindros de freio das locomotivas.
Não se deve usar o freio independente para controlar ou reduzir a velocidade do trem com
velocidades superiores a 20 km/h.
Nas paradas em descidas em que o freio dinâmico esteja sendo utilizado, quando a
velocidade estiver em torno dos 10 Km/h aplique o freio independente para
compensar a perda de eficácia do freio dinâmico e consequentemente para que as
locomotivas não se “soltem” do trem.
O Manípulo do Freio Automático deve permanecer sempre na posição de Marcha, salvo quando
se desejar parar o trem ou diminuir a sua velocidade.
Para evitar que não haja alívio indesejado do trem por desequilíbrio de pressão, o maquinista não
poderá movimentar e/ou engatar as locomotivas na composição com o Manípulo do Freio
Automático fora da posição de Alívio.
Nos casos de manobras com locomotivas escoteiras também não é permitido a movimentação
destas com o Manípulo do Freio Automático fora da posição de Alívio ou Marcha.
Quando o maquinista coloca o Manipulador do Freio Automático na posição de Redução Mínima,
automaticamente corta o abastecimento do encanamento geral, o que não é recomendável,
principalmente se o trem ainda não estiver totalmente carregado.
O crescimento da pressão nos cilindros de freio dos vagões depende do tipo do equipamento
usado, do comprimento do encanamento geral e da intensidade da redução da pressão do
encanamento geral.
O manipulador do Freio Automático 26-C é utilizado para frear os vagões da composição e as
locomotivas, caso não esteja sendo utilizado simultaneamente o freio dinâmico.
O efeito do freio dinâmico no trem é semelhante ao do freio a ar Independente da locomotiva no
qual o esforço de frenagem é aplicado somente à locomotiva.
O maquinista precisa efetuar uma boa avaliação ao acionar e regular o freio dinâmico, porque
durante a utilização da frenagem dinâmica, passam a atuar 3 forças:
Força de Compressão
Resulta do esforço retardador gerado nas locomotivas com o uso do freio dinâmico.
Forças de Compressão
Manipulação do freio da composição até trazer o trem a uma velocidade compatível com a
rampa;
Há duas maneiras de se usar o freio dinâmico em conjunto com o freio a ar, dependendo das
condições da linha:
Se for desejado encolher o trem, o maquinista primeiro aplica o freio dinâmico e depois o
freio a ar;
Se for desejado esticar o trem, o maquinista deve fazer uma aplicação mínima,
intensificando-a até conseguir a velocidade controlada, só então aplica o freio dinâmico.
Se a velocidade estiver sob controle, a aplicação do freio a ar deverá ser mantida.
Se a velocidade cair muito, o maquinista pode aliviar os freios da composição e deixar que o
freio dinâmico controle a velocidade do trem.
Se a velocidade tender a aumentar para além dos limites, o maquinista volta a aplicar os
freios da composição, porém em uma intensidade inferior à inicial.
Tal fato está diretamente ligado à operação executada pelo maquinista e depende de
procedimentos de aceleração e manutenção da velocidade do trem com o aproveitamento do
perfil do terreno, portanto:
Ao dar a partida ou acelerar um trem em movimento aguarde tempo suficiente para soltura dos
freios de toda composição;
Ao dar partida em um trem, acelere ponto a ponto com intervalos de dois a três segundos, o
acelerador não deve ser avançado bruscamente enquanto percebe-se o aumento de corrente no
amperímetro de carga em função do ponto já seletado.
Deve-se aguardar o trem absorver a potência do ponto selecionado antes de avançar para o
próximo ponto de aceleração, desta forma você otimizará o esforço trator de cada ponto seletado.
Nas retomadas de velocidade com o trem em movimento “abra” pontos de aceleração suficientes
para manter o trem esticado e em seguida acelere suavemente ponto a ponto aproveitando o
esforço trator de cada ponto seletado.
Utilize o mínimo possível o acelerador aberto com freios aplicados (POWER BREAKING), e nas
situações em que esta operação for necessária mantenha somente a aceleração para manter as
folgas esticadas.
Ao circular em um local com rampa ascendente sucedida de uma longa rampa descendente, ao
passar pelo “cume” comece a fechar os pontos de aceleração procurando manter a velocidade
constante de tal forma que quando a maior parte do trem já esteja em rampa descendente o
acelerador já esteja fechado e o freio dinâmico seletado para o encolhimento suave da folga e
controle da velocidade.
Locomotiva parada com motor ligado é combustível desperdiçado, não deixe o motor diesel ligado
em pátios, postos de abastecimento, pontos de cruzamento, etc. se nos próximos 30 minutos você
não irá movimentá-la.
O método a ser usado para arrancar um trem depende de vários fatores tais como:
- Comprimento do trem;
- Condições meteorológicas;
50 VAGÕES 7 SEGUNDOS
Observe que este é o tempo para iniciar o alívio dos freios do último vagão, para que os freios se
soltem há ainda a necessidade de aguardar o tempo de descarga do ar do cilindro de freio, a qual
depende da posição do retentor de controle de alívio do cilindro de freio, conforme tabela abaixo:
Tabela 6.2
Portanto em um trem composto de 100 vagões o qual está parado com uma redução de 20 psi no
encanamento geral e com retentores de alívio na posição direta, após posicionar o manipulador
do freio automático em alívio se deve aguardar no mínimo 34 segundos para arrancar o trem.
Em locais com curvas e contra-curvas (principalmente com raio apertado), somente use a
potência necessária para a partida do trem. Controle a amperagem para diminuir a
possibilidade de estiramento devido a excessivo esforço de tração em curvas, pois as forças
laterais poderão descarrilar e até tombar veículos de seu trem.
Sentido de deslocamento
0,0% 0,0%
Procedimento:
4. Após todo o trem entrar em movimento, verifique se a amperagem nos motores de tração ou
os níveis de esforço de tração estão diminuindo.
5. Se esses níveis estão diminuindo, avance o acelerador para a próxima posição superior.
6. Se o medidor de carga indicar níveis elevados de corrente, limite o acelerador a posição mais
baixa possível para evitar forças de tração mais elevadas do que poderão resistir os engates.
slocamento
Sentido de de
0,50%
0,50%
Procedimento:
4. À medida que os freios vão sendo liberados no sentido da cauda do trem, avance o
acelerador para Ponto 2 ou superior na tentativa de iniciar o movimento de trem.
Os trens de grande tonelagem exigirão posições mais altas do acelerador, a fim de manter o
trem esticado, impedindo que a locomotiva se desloque para trás, contra o trem, reduzindo a
folga entre os vagões.
O encolhimento do trem não é um método recomendado para partir um trem de grande
tonelagem ou em rampas de inclinação acentuada.
Um nível de inclinação é considerado acentuado se for igual ou superior a 1%.
5. Reduza lentamente a ação do freio independente até que ele seja totalmente liberado.
Observação
Sentido de de
slocamento
- 0,50%
- 0,50%
Procedimento:
3. Após o alívio dos freios no trem inteiro, reduza gradualmente a ação do freio independente
até que o trem comece a se mover, a fim de evitar um possível deslizamento das rodas da
locomotiva.
4. Uma vez que o trem inteiro está se movendo, reduza progressivamente o freio independente
para evitar mudanças bruscas na folga.
5. Dependendo do perfil do trecho, aplique o freio dinâmico e, à medida que o freio dinâmico se
torne eficiente, alivie gradualmente o freio independente.
slocamento
Sentido de de
0,50%
0,50%
Procedimento:
1. Alivie o freio automático e aguarde que todos os freios do trem sejam aliviados para ajustar a
folga.
2. Reduza o freio independente e use a posição do acelerador mais baixa possível para iniciar o
movimento.
3. À medida que a velocidade aumenta, continue a reduzir o freio independente até que ele seja
totalmente aliviado.
Sentido de de
slocamento
- 0,50%
- 0,50%
Procedimento:
3. Após o alívio dos freios no trem inteiro, reduza gradualmente a ação do freio independente
até que o trem comece a se mover, a fim de evitar um possível deslizamento das rodas da
locomotiva.
5. Se estiver disponível, aplique o freio dinâmico e, à medida que o freio dinâmico for se
tornando eficaz, alivie gradualmente o freio independente.
Sentido de de
slocamento
- 0,50%
- 0,50%
Procedimento:
2. Alivie o freio automático e espere que todos os freios do trem sejam aliviados
4. Continue a reduzir gradualmente o freio independente, até que o trem comece a se mover.
5. Se estiver disponível, aplique o freio dinâmico e, à medida que o freio dinâmico for se
tornando eficaz, alivie gradualmente o freio independente.
Um trem pode ser parado em um trecho em nível pelo emprego do método das folgas esticadas
ou pelo método das folgas encolhidas.
O julgamento de qual método deve ser utilizado deve ser baseado na formação da composição,
na velocidade do trem, no equipamento de freio disponível e nas condições das folgas antes de
iniciar os procedimentos de parada do trem.
Qualquer troca desnecessária das condições de folga simplesmente para adotar um dos métodos
somente servirá para incrementar a ação das folgas ou as forças nos engates.
1. Utilizando o acelerador somente o suficiente para manter as folgas esticadas, faça uma
redução inicial no encanamento geral de 5 a 8 psi. Mantenha os freios das locomotivas
aliviados.
2. Após a aplicação do freio automático tornar-se efetiva ao longo do trem, gradualmente feche
o acelerador ponto a ponto para controlar a velocidade e as forças internas do trem.
3. Aplicações adicionais leves de 2 a 3 psi podem ser feitas para completar a parada.
Mantenha os freios das locomotivas aliviados.
2. À distância suficiente do ponto de parada faça uma redução inicial no encanamento geral de
5 a 8 psi, mantendo os freios das locomotivas aliviados.
5. A uns 60 metros do local da parada faça uma redução final no encanamento geral mantendo
as folgas encolhidas utilizando-se do freio independente.
Sentido de de
slocamento
- 0,80%
- 0,80%
Procedimento:
3. Coloque a alavanca do freio dinâmico na posição “set up” durante pelo menos 10 segundos.
5. Quando o freio dinâmico já tiver sido aplicado dentro da metade a três quartos da sua
capacidade disponível, a uma distância suficiente da parada, execute uma redução mínima
pelo manipulador de freio automático de 6 a 8 psi.
7. Execute pequenas reduções adicionais de 2 a 3 psi, caso a redução mínima não seja
suficiente para garantir a redução de velocidade desejável, observando os limites de
amperagem na modulação do freio dinâmico.
8. À medida que a velocidade for decrescendo até cerca de 10 km/h ou menos, complemente a
perda de eficiência do freio dinâmico com o acionamento do freio independente, até 15 psi, a
fim de evitar que as locomotivas e os primeiros vagões estiquem.
9. Mantendo ainda o trem encolhido através do freio independente, alivie totalmente o freio
dinâmico e aplique totalmente o freio independente.
A aplicação do Freio Independente deverá ser sempre suave e gradual para evitar o rápido
acúmulo de compressão nos vagões adjacentes à locomotiva que poderá gerar choques de
compressão elevados.
Estes choques originados na cabeça do trem tenderão a crescer se houver uma combinação
de aplicação brusca do Freio Independente com a redução de velocidade inadequada para a
desaceleração total ou parcial do trem.
Sentido de de
slocamento
- 0,80%
- 0,80%
Procedimento:
3. A uma distância suficiente do ponto de parada, execute uma redução mínima pelo
manipulador de freio automático de 6 a 8 psi, para manter a folga ajustada.
4. Execute pequenas reduções adicionais de 2 a 3 psi, caso a redução mínima não seja
suficiente para garantir a redução de velocidade desejável.
5. Com o trem se aproximando do ponto de parada, aplique uma redução final e aplique o freio
independente da locomotiva.
Sentido de de
slocamento
- 0,80%
- 0,80%
Procedimento:
4. A uma distância suficiente do ponto de parada, execute uma redução mínima pelo
manipulador de freio automático de 6 a 8 psi, para manter o trem encolhido.
5. Com o trem se aproximando do ponto de parada, aplique uma redução final e aplique o freio
independente da locomotiva.
slocamento
Sentido de de
0,50%
0,50%
Procedimento:
2. Mantenha a condição de trem esticado e permita que o grau crescente da rampa retarde o
trem.
O operador deverá fazer uma redução mínima pelo manipulador de freio automático,
mantendo uma aceleração suficiente para manter a condição do trem esticado.
Logo que a redução mínima for eficiente ao longo de todo o trem, reduza gradualmente o
acelerador, ponto a ponto, a fim de controlar a velocidade e as forças sobre o trem.
Pequenas reduções adicionais de 2 a 3 psi, poderão ser acrescentadas até a parada
completa, caso a redução mínima não seja suficiente para garantir a redução de velocidade
desejável.
4. Após a parada do trem, aplique o freio independente e reduza o acelerador para IDLE,
respeitando os 2 segundos regulamentares na retirada dos pontos de aceleração.
slocamento
Sentido de de
0,50%
0,50%
Procedimento:
1. Use a posição mais baixa possível do acelerador para manter a condição de trem encolhido.
2. A uma distância suficiente do ponto de parada, execute uma redução mínima pelo
manipulador de freio automático de 6 a 8 psi, para manter o trem encolhido.
3. Execute pequenas reduções adicionais de 2 a 3 psi, caso a redução mínima não seja
suficiente para garantir a redução de velocidade desejável.
4. Observe o medidor de carga e reduza o acelerador conforme necessário para evitar as altas
forças de compressão.
5. Após a parada do trem, aplique o freio independente e reduza o acelerador para IDLE,
respeitando os 2 segundos regulamentares na retirada dos pontos de aceleração.
Sentido de de
slocamento
- 0,50%
- 0,50%
Procedimento:
2. Aguarde um intervalo mínimo de 10 segundos em marcha lenta até a folga do trem se ajustar
na condição de trem esticado.
3. Coloque a alavanca do freio dinâmico na posição “set up” durante pelo menos 10 segundos.
4. Aumente gradualmente a ação de frenagem dinâmica a fim de manter o trem esticado, até
atingir o nível desejado de frenagem.
5. A uma distância suficiente do ponto de parada, execute uma redução mínima pelo
manipulador de freio automático de 6 a 8 psi, para manter o trem esticado.
6. Execute pequenas reduções adicionais de 2 a 3 psi, caso a redução mínima não seja
suficiente para garantir a redução de velocidade desejável.
7. À medida que a velocidade for decrescendo até cerca de 10 km/h ou menos, complemente a
perda de eficiência do freio dinâmico com o acionamento do freio independente, até 15 psi, a
fim de evitar que as locomotivas e os primeiros vagões se juntem.
8. Mantenha ainda o trem esticado através do freio independente, alivie totalmente o freio
dinâmico e aplique totalmente o freio independente.
Observação
Se o freio dinâmico não está disponível ou ineficaz, utilize o freio independente para manter uma
condição de trem esticado.
Sentido de de
slocamento
- 1,10%
- 1,10%
Procedimento:
2. Aguarde um intervalo mínimo de 10 segundos em marcha lenta até a folga do trem se ajustar
na condição de trem encolhido.
4. Colocar a alavanca do freio dinâmico na posição Set Up durante pelo menos dez (10)
segundos.
6. Caso o freio dinâmico por si só seja capaz de proporcionar uma desaceleração suficiente para
reduzir ou controlar a velocidade do trem com segurança, não será necessário empregar os
freios a ar.
7. Se necessário, a uma distância suficiente de uma possível restrição, aplique uma redução
mínima de pressão pelo manipulador do freio automático e alivie o freio independente.
O alívio do freio independente deverá ocorrer no início de cada aplicação do freio automático,
mantendo o freio da locomotiva solto.
Sentido de de
slocamento
- 0,50%
- 0,50%
Procedimento:
2. Se necessário, a uma distância suficiente de uma possível restrição, aplique uma redução
mínima de pressão pelo manipulador do freio automático e alivie o freio independente.
3. À medida que os freios do trem são aliviados, mantenha os freios da locomotiva aliviados a
menos que eles sejam necessários para alterações severas das folgas.
Observação
slocamento
Sentido de de
0,80%
0,80%
Procedimento:
Neste método o ponto de aceleração deve ser reduzido a partir do momento em que a locomotiva
ultrapassa o topo da crista, de forma que, com somente a redução da aceleração, o trem não
ultrapasse a máxima velocidade autorizada quando estiver na rampa descendente.
Este método deve ser utilizado somente se o trem e/ou rampa são leves.
Sentido de de
slocamento
0,80%
- 0,90%
Procedimento:
2. Continue a reduzir o acelerador até que pelo menos metade do trem tenha transposto a crista,
a fim de manter a velocidade do trem.
Observação
O emprego desse método reduzirá a força de tração adicional criada pelo peso da locomotiva e
dos vagões que já transpuseram a crista.
Sentid
o d e d es
loc ament
o
0,50% - 0,50%
0,50%
Procedimento:
2. Reduza ainda mais o acelerador à medida que a locomotiva iniciar o trecho de rampa
descendente.
Sentid
o d e d es
loc ament
o
0,50% - 0,50%
0,50%
Procedimento:
3. Mantenha uma força de tração suficiente para que o trem permaneça na condição de
esticado.
5. Mantenha a força de tração durante o alívio dos freios a fim de impedir que o trem se encolha.
CONDUÇÃO DE TRENS
Luiz Carlos Hohmann
7 INTRODUÇÃO
Uma boa condução de trem será aquela que reúna segurança, rapidez, eficiência energética e
que também evite danos à via-permanente, aos equipamentos e também à carga transportada.
É de nosso conhecimento que a ação das folgas em um trem não pode ser eliminada e sim
controlada motivo pelo qual o maquinista deverá usar uma combinação adequada de modulação
do acelerador, do freio dinâmico e dos freios independente e automático a fim de controlar as
folgas e consequentemente:
Economizar combustível.
Um trem é um sistema bastante complexo de veículos, cargas, molas e massa rotativas que se
interagem e atuam sobre a via de diversas formas. Esta interação depende de vários fatores os
quais incluem a distribuição dos veículos ao longo do trem, o comprimento do trem, a curvatura da
via, condições meteorológicas, vagões vazios ou carregados, velocidade do trem e características
das locomotivas. Por estas razões é seguro dizer que não existem dois trens iguais. Por não
existirem dois trens iguais ou dois trechos com mesmo traçado, um manual de manuseio de trens
não pode ser compilado em detalhes como uma receita. Entretanto este manual foi compilado em
forma de recomendações que poderão ser aplicadas na maior parte das situações encontradas no
campo.
Os usuários deste manual devem, portanto analisar os procedimentos descritos para então aplicar
a metodologia que melhor se encaixa para a situação local de seu trecho. Quando nenhum dos
Locomotiva parada com motor ligado é combustível desperdiçado, não deixe o motor diesel ligado
em pátios, postos de abastecimento, pontos de cruzamento, etc. se nos próximos 30 minutos você
não irá movimentá-la,
9 CONTROLE DE FOLGAS
A ação das folgas ocorre quando uma parte do trem move-se mais rápida ou lentamente do que a
parte adjacente do trem. Quando esta diferença de velocidade supera todas as folgas, surgem
potenciais forças de choque entre as partes do trem que estão com velocidades distintas.
A ação das folgas é afetada:
Em um trem existem dois tipos de folga, folga livre e folga de mola sobre as quais fazemos os
seguintes comentários:
Folga livre é aquela que atua sem a compressão das molas dos aparelhos de choque e
tração (ACT).
Folga de mola é a porção adicional que ocorre quando as molas são comprimidas e reagem
em direção oposta à componente das folgas.
A folga livre pode atingir valores superiores a 1 polegada por vagão. As folgas de mola para
aparelhos de choque e tração (ACT) convencionais resultam em aproximadamente 5 polegadas
por vagão quando totalmente comprimida. Desta forma entre a cabeça e a cauda do trem pode
existir um movimento de tamanho considerável conforme podemos ver abaixo:
Engates, aparelhos de choque e tração e mandíbulas em boas condições não irão falhar durante
variações normais da folga do trem. Estes componentes falharão, algumas vezes, quando
ocorrerem violentas variações na folga interna do trem.
Quando as folgas são encolhidas ou esticadas rapidamente, choques danosos são resultantes da
incapacidade do aparelho de choque e tração (ACT) em absorver as forças geradas dentro do
trem. O quão forte será este choque dependerá principalmente da variação da velocidade e da
energia a ser absorvida durante esta variação. A tabela abaixo mostra a variação da intensidade
do choque em função da variação da velocidade do trem e como podemos ver o incremento do
choque é proporcional ao quadrado da variação da velocidade.
Exceto em casos de emergência, ou outras situações que exijam uma imediata redução de
velocidade, as alterações de posição do acelerador e as aplicações de freio dinâmico e de
freio a ar devem ser feitas de forma gradual a fim de permitir um ajuste gradual das folgas.
O esforço total de frenagem devido à ação dos freios dinâmico, automático e independente
deve ser mantido a níveis mais baixos possíveis em trechos sinuosos com curvas
acentuadas.
Quando após uma soltura dos freios for necessária a reaplicação antes de recarregar o
sistema, esta reaplicação deverá ser de uma intensidade maior do que a primeira aplicação
feita.
Se for ouvido algum ruído de ar no equipamento de freio da locomotiva e/ou for verificado
através dos manômetros aumento da pressão no encanamento geral o qual esteja
ocasionando a soltura involuntária dos freios, imediatamente dever-se-á aumentar a
aplicação em pelo menos 5 psi.
Para evitar a possibilidade de freios agarrados e “facilitar” a soltura, aumente a redução para
10 psi antes de fazer a soltura.
Não solte o freio automático a velocidades excessivamente baixas, pois poderão ocorrer
danos ao equipamento, à carga e à estrutura da via.
Não tente soltar os freios de uma parte da composição, movendo o manípulo do freio
automático da posição de “SERVIÇO” para a posição de “SOLTURA” momentaneamente e
novamente em seguida para a posição de “SERVIÇO” (Equipamento 26-L).
Com os freios do trem aplicados (Equipamento 26-L) não mova o manípulo do freio
automático para uma posição de soltura ao menos que realmente se deseje uma soltura dos
freios.
Não se deve usar o freio independente para controlar ou reduzir a velocidade do trem com
velocidades superiores a 20 km/h.
13 MANUSEIO DO ACELERADOR
O acelerador deve ser utilizado de tal forma que permita o ajuste gradual das folgas e
minimize as forças internas do trem. Normalmente as mudanças de pontos de aceleração
devem ser feitas de forma gradual para permitir que o esforço de tração seja otimizado.
Não mantenha o trem parado em rampas com utilização do acelerador, pois este
procedimento danifica os motores de tração.
Quando estiver passando em uma passagem de nível com velocidade superior a 35 Km/h,
reduza o acelerador para 4o ponto cerca de 8 a 10 segundos antes de atingir a PN e
recupere a aceleração após as locomotivas deixarem a PN. Este procedimento diminui a
tensão do gerador principal e motores de tração durante a passagem em PN’s, onde a via
transmite impactos os quais são transmitidos às escovas dos motores de tração.
No manejo de trens pesados em tração múltipla com velocidade inferior a 25 Km/h, reduza
gradualmente pontos de aceleração antes da locomotiva atingir o cume que antecede uma
descida com rampa forte de maneira que impeça um aumento da velocidade até que pelo
menos a metade do trem já esteja inscrito na descida.
Nas paradas em descidas em que o freio dinâmico esteja sendo utilizado, quando a
velocidade estiver em torno dos 10 Km/h aplique o freio independente para
compensar a perda de eficácia do freio dinâmico e conseqüentemente para que as
locomotivas não se “soltem” do trem.
- comprimento do trem
- condições meteorológicas
50 VAGÕES 7 SEGUNDOS
Observe que este é o tempo para iniciar o alívio dos freios do último vagão, para que os freios se
soltem há ainda a necessidade de aguardar o tempo de descarga do ar do cilindro de freio, a qual
depende da posição do retentor de controle de alívio do cilindro de freio, conforme tabela abaixo:
Tempo de redução da pressão do cilindro de freio de 50 para 5 psi (redução de 20 psi no
encanamento geral):
Portanto em um trem composto de 100 vagões o qual está parado com uma redução de 20 psi no
encanamento geral e com retentores de alívio na posição direta, após posicionar o manipulador
do freio automático em alívio se deve aguardar no mínimo 34 segundos para arrancar o trem.
trem deve ser arrancado com o mais baixo ponto de aceleração possível. Isto deve ser
executado com os objetivos de reduzir as forças resultantes do esforço trativo total e fazer
com que as folgas do trem sejam removidas lentamente até que o trem esteja esticado. O
aumento dos pontos de aceleração deve ser feito vagarosamente, aguardando de 2 a 3
segundos em cada ponto de aceleração até que a “amperagem” se estabilize e as folgas se
ajustem. Constantes variações do acelerador podem causar o encolhimento e o estiramento
das folgas, podendo causar danos à carga, ao equipamento e até possíveis
descarrilamentos.
Em locais com curvas e contra-curvas (principalmente com raio apertado), somente use a
potência necessária para a partida do trem. Controle a amperagem para diminuir a
possibilidade de estiramento devido a excessivo esforço de tração em curvas, pois as forças
laterais poderão descarrilar e até tombar veículos de seu trem.
16 movimentos de RECUO
Ao realizar um movimento de recuo, as locomotivas podem gerar excessivas forças laterais na
“cabeça” do trem as quais podem gerar o chamado efeito “canivete” com descarrilamento das
rodas e torsão da linha. Os seguintes cuidados devem ser tomados antes de recuar um trem:
17 movimentos em MANOBRAs
Antes de iniciar uma manobra o maquinista deverá verificar se os veículos a serem
movimentados estão com o encanamento geral acoplado e que os freios estão operando
para que o movimento possa ser executado de forma segura.
Uma movimentação brusca nas partidas e paradas antes do ajuste de folgas poderá
ocasionar danos à carga e ao equipamento.
Sempre esgote o encanamento geral ao deixar vagões estacionados, mesmo que seja
momentaneamente durante a realização de manobras.
18 partida de TRENS
18.1 trechos em NÍVEL
3. Se o trem não partir após o emprego de elevada potência, retorne o acelerador para
“VAZIO” e inspecione o trem para verificar as razões pelas quais o trem não se move.
2. ALÌVIO” e ponto a ponto mova o acelerador para pontos mais altos o suficiente para
“segurar” o trem para então aliviar o freio independente das locomotivas. Se
necessário o acelerador deve ser avançado até o terceiro ou quarto ponto de
aceleração para partir o trem. Através do amperímetro de carga aguarde o trem
absorver a potência do ponto seletado antes de avançar o acelerador para o ponto
seguinte.
3. Reduza a aceleração se houver uma indicação de patinação e aplique areia quando for
requerido para prevenir patinações.
4. Se o trem não partir com o quinto ponto seletado, reduza a aceleração para um nível
suficiente para “segurar” o trem, aplique o freio independente e se necessário o freio
automático para então verificar as razões pelas quais o trem não parte.
4. Uma vez que todo o trem esteja em movimento utilize o freio independente para
controlar a velocidade e as folgas do trem durante a partida.
1. Enquanto parado o trem deve ser mantido com as folgas encolhidas e o freio
independente totalmente aplicado.
19 parada de TRENS
19.1 trechos em nível
Um trem pode ser parado em um trecho em nível pelo emprego do método das folgas
esticadas ou pelo método das folgas encolhidas. O julgamento de qual
método deve ser utilizado deve ser baseado na formação da composição, na
velocidade do trem, no equipamento de freio disponível e nas condições das
folgas antes de iniciar os procedimentos de parada do trem. Qualquer troca
desnecessária das condições de folga simplesmente para adotar um dos
métodos somente servirá para incrementar a ação das folgas ou as forças nos
engates.
5. Utilizando o acelerador somente o suficiente para manter as folgas esticadas, faça uma
redução inicial no encanamento geral de 5 a 8 psi. Mantenha os freios das locomotivas
aliviados.
6. Após a aplicação do freio automático tornar-se efetiva ao longo do trem, gradualmente feche
o acelerador ponto a ponto para controlar a velocidade e as forças internas do trem.
7. Aplicações adicionais leves de 2 a 3 psi podem ser feitas para completar a parada.
Mantenha os freios das locomotivas aliviados.
7. À distância suficiente do ponto de parada faça uma redução inicial no encanamento geral de
5 a 8 psi, mantendo os freios das locomotivas aliviados.
10. A uns 60 metros do local da parada faça uma redução final no encanamento geral
mantendo as folgas encolhidas utilizando-se do freio independente.
2. Depois que a rampa fizer com que o trem pare, aplique totalmente o freio
independente para evitar que as locomotivas recuem e em seguida coloque o
acelerador em vazio.
3. O freio automático pode ser necessário para manter o trem parado na rampa. A
aplicação do freio automático deverá ser feita antes da parada para impedir que o
trem recue.
5. Uma aplicação total de serviço e não menos que 10 psi normalmente deve ser feita
para evitar freios agarrados durante o alívio dos freios.
1. Encolha as folgas do trem utilizando-se do freio dinâmico e faça uma redução mínima
de 5 a 8 psi no encanamento geral mantendo os freios das locomotivas aliviados.
1. Reduza o acelerador um ponto de cada vez a uma distância suficiente antes do ponto
de parado desejado. Dê tempo entre as reduções de aceleração para permitir que as
folgas se ajustem sendo gradualmente encolhidas.
4. Uma redução adicional no E.G. pode ser feita imediatamente antes da parada. O freio
independente deve ser totalmente aplicado e areia poderá ser usada se necessário no
momento da parada.
O método mais indicado para dar partida em um, trem neste tipo de território,
dependerá da condição da folga quando da parada do trem da localização do trem em
relação à bacia ou depressão.
Para evitar forças internas excessivas no trem, deve-se tomar cuidado para manter a
velocidade da locomotiva baixa, até que o trem inteiro esteja em movimento.
Isto deve ser feito através da manipulação do acelerador e, se necessário, do
freio independente. Para acelerar o trem, o freio independente deve ser
gradualmente aliviado e o acelerador avançado ponto a ponto, enquanto as
folgas se ajustam e o trem acelera lentamente.
Controlar a ação das folgas dentro de um trem é o maior desafio ao acelerar-se um trem
após uma desaceleração. As forças internas do trem geradas pela depressão
determinarão a taxa de aceleração e devem ser controladas pelo método da
modulação do acelerador:
4- Avançar o acelerador ponto a ponto até que a cauda do trem se aproxime do fundo
da bacia. Este procedimento deverá resultar em aceleração suficiente da cauda do
trem para impedir o encolhimento da folga.
Um trecho ondulado é um perfil de via em que a rampa muda tão freqüentemente que um
trem médio tem alguns veículos em três ou mais rampas alternadamente
ascendente e descendente. A folga do trem está constantemente se
ajustando, já que os veículos que estão na rampa descendente tendem a
deslocarem-se mais rápidos do que aqueles nas rampas ascendentes. Em
trechos ondulados pesados (rampa maior que 1%) é difícil controlar a ação
das folgas sem gerar níveis elevados de força nos engates dos vagões, e
somente a habilidade do maquinista ao operar o trem poderá reduzir a
severidade das forças geradas com as mudanças da folga. Trechos
ondulados com curvas de raio pequeno devem ser tratados com
considerações especiais.
Aliviar o freio independente lentamente de forma a permitir que a cabeceira do trem comece
a se movimentar controlando para que não ocorra a rápida aceleração do trem
até que o trem esteja inteiro em movimento. Se o trem não se movimentar
aplicar o mínimo de tração somente o suficiente para o trem mover-se até que
o mesmo já esteja completo se movimentando (TRAINLINK). Acréscimos de
aceleração devem ser feitos de forma suave e gradual para permitir o trem
acelerar bem lentamente para evitar a geração de forças internas elevadas no
trem provocadas por alterações rápidas nas folgas. É importante ter em
mente que em rampas onduladas a folga pode deslocar-se tanto no sentido da
cauda quanto no sentido da cabeceira, para diferentes posições dentro do
trem.
Aplicar tração gradualmente para impedir o recuo da cabeceira do trem quando o freio for
aliviado. Logo que o freio independente estiver totalmente aliviado, avançar o
acelerador somente o suficiente par manter o movimento do trem para frente
até que o trem inteiro esteja em movimento.
c) Aceleração do trem:
A velocidade do trem deve ser mantida o mais constante possível enquanto o trem estiver
percorrendo rampas onduladas. Deve ser lembrado que toda vez que a cauda
do trem passa através de uma bacia e começa a subir, a folga do trem tenderá
a distender-se ocasionado um aumento das forças internas do trem. A
intensidade destas forças pode ser diminuída se a aceleração for reduzida
imediatamente antes da distensão da folga, e isto é possível através da
modulação do acelerador. O conhecimento do comprimento do trem e
conseqüentemente do posicionamento da cauda permitirão controlar o ajuste
da folga, pois isto permitirá ao maquinista reduzir a aceleração imediatamente
antes da folga ser esticada. Inserir figuras.
A velocidade do trem deve ser mantida o mais constante possível enquanto o trem estiver
percorrendo rampas onduladas e para evitar-se a distensão das folgas
quando a cauda do trem passar por uma bacia e começa a subir deve-se
antes aumentar o esforço de frenagem dinâmica.
Redução mínima:
Velocidade da locomotiva:
O método a ser utilizado para desacelerar trens dependerá da maneira que o trem vinha
sendo operado antes de se iniciar a desaceleração e das características do
perfil da via.
Influência da gravidade:
Redução da aceleração muito antecipada ocasionará severa ação das folgas. O acelerador
deve ser cuidadosamente modulado quando o trem percorre rampas
onduladas, tendo-se em mente que o acelerador deve ser avançado quando
Redução mínima:
Geralmente o freio dinâmico não deve ser utilizado para dasacelerar um trem em rampas
onduladas. Preferencialmente o trem deve ser desacelerado antes de
ingressar em um trecho ondulado de modo que possa se inscrever no trecho
ondulado a uma velocidade mais baixa do que a requerida.
O método a ser utilizado para parar trens também dependerá da maneira que o trem vinha
sendo operado antes de se iniciar a desaceleração e das características do
perfil da via.
Utilizar tração o suficiente para manter as folgas do trem esticadas e fazer uma redução
mínima no encanamento geral mantendo-se os freios das locomotivas
aliviados. Após a aplicação do freio automático tornar-se efetiva em todo o
trem deve-se reduzir gradualmente o acelerador um ponto a cada vez para
controlar a velocidade e as forças internas do trem.
Reduções adicionais podem ser feitas para complementar a parada mantendo-se os freios
das locomotivas aliviados e deve-se colocar o acelerador em vazio
imediatamente antes da parada.
Com o trem já em frenagem dinâmica deve-se fazer uma redução inicial, aguardar que esta
se torne efetiva em todo o trem e complementar com leves reduções
adicionais requeridas para parar o trem evitando-se a geração de forças
internas nas partes do trem que estejam ultrapassando as cristas das
ondulações. Quando a velocidade do trem reduzir a um valor em que o freio
dinâmico comece a ser ineficiente, aplicar gradualmente o freio independente
para manter a cabeceira do trem encolhida.
22 OPERAÇÃO EM CRISTAS:
Trechos em cristas são aqueles em que há um declive longo precedido de um aclive
também longo, e ambas as rampas têm uma magnitude suficiente para exigir
mudanças nos procedimentos de operação quando o trem atinge o topo.
Esta técnica somente deve ser utilizada se o trem e/ou rampa são leves. Nesta técnica
deve-se reduzir os pontos de aceleração a partir do momento em que as
Assim que a “cabeça” do trem ultrapassou o topo da crista o acelerador deve ser reduzido
para manter a um nível seguro as forças nos engates nos veículos que estão
no topo da crista sendo que desacelerações adicionais podem ser requeridas
para manter a velocidade do trem. Aplicar uma redução mínima no freio
automático mantendo os freios das locomotivas aliviados. Reduções
adicionais que forem requeridas devem ser feitas em pequenos incrementos,
tomando-se o cuidado para evitar excesso de frenagem.
A velocidade pode ser controlada através de leve aplicação de tração.
A fim de evitar tensões excessivas nos engates dos veículos deve-se aliviar gradativamente
o acelerador quando as locomotivas estão ultrapassando o topo da crista,
complementando-se com reduções adicionais de pontos de aceleração assim
que o restante do trem vai ultrapassando o topo da crista. Quando o
acelerador estiver em vazio aguardar 10 segundos e seletar freio dinâmico,
após o ajuste das folgas incrementar a frenagem dinâmica até 50 a 75% da
capacidade (entre 200 e 300 Amperes) para então fazer uma redução mínima
no freio automático. Se necessário, fazer reduções adicionais em pequenos
incrementos de 2 a 3 psi para controlar a velocidade do trem que na
seqüência poderá ser controlada pela modulação do freio dinâmico.
CAUSA EFEITO
Dinâmica e Frenagem
Ferroviária
23 Referências Bibliográficas
23.1 Bibliografia
[1] Romano, Sérgio José - Comparação de Desempenho dos Sistemas de Freio de Atrito
tipo Sapata-Disco e Sapata-Roda para Veículos Ferroviários de Carga - Unicamp -
2003.
[3] Boeira, Maurício de Medeiros - Análise Crítica do Grupo de Gestão de Falhas da Oficina
de Vagões da EFC – Estudo de Caso - 2008.
[4] Santos Júnior, Auteliano Antunes dos - Freios e Embreagens por Atrito - Unicamp -
Faculdade de Engenharia Mecânica - Departamento de Projeto Mecânico.
[5] Cária, Donato Antônio - Análise das Causas das Falhas no Sistema de Freio Dinâmico
em Locomotivas Frota A – 2006.
[10] The Air Brake Association - ABA - Manejo dos Trens de Carga Modernos - 1967
[11] The Air Brake Association - ABA - Management of Train Operation and Train Handling -
1980
[12] Association of American Railroads - AAR - Track Train Dynamics to Improve Freight
Train Performance - R185 - 2nd edition
[13] Vários Autores - Tratado de Estradas de Ferro - Material Rodante - Editores: Castelo
Branco, José. E. S.; Ferreira, Ronaldo – 2000
[14] Roza, Leopoldo Corrêa. - Curso de Freios Ferroviários - Notas de Aula - Unicamp
[19] New York Air brake Corporation – CCBII - Computer Controlled Brake Generation II
Service And Troubleshooting Guide - IP-168-C – December 2003