INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Interpretação Textual II
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INTERPRETAÇÃO TEXTUAL II

DIRETO DO CONCURSO
(TJDFT/CESPE/TÉCNICO/2013)
De acordo com as ideias do texto,

1. No Brasil, é comum o acesso de criminosos às redes sociais, fato que tem reflexo no
número considerável de crimes virtuais praticados no país.

COMENTÁRIO
• O acesso, por parte de criminosos, às redes sociais é comum, segundo o trecho do texto:
“Redes sociais são populares entre os criminosos”.
• Aquele acesso tem reflexo no número de crimes virtuais praticados no país, apoiado no
trecho: “A tradição social do país pode contribuir para esse fato”.
• Que fato é esse? Ter o 4º lugar na classificação (número considerável).
• Tradição social: “Redes sociais são populares entre os criminosos”.
• Redes sociais populares entre os criminosos contribui para que o país esteja em 4º lugar.

2. O fato de o usuário permanecer conectado a um sítio na Internet depois de deixar de

navegar em suas páginas pode deixar esse usuário vulnerável a cibercrimes.

COMENTÁRIO
Observe os trechos:
“A pesquisa mostra que os usuários da Internet, em geral, ainda não se preocupam em
checar links antes de compartilhá-los ou desconectar-se dos sítios ao deixar de na-
vegar neles, e não têm ideia se suas configurações são públicas ou privadas”.
“É como andar rápido em uma rodovia sem um cinto de segurança”.

3. O Brasil ocupa a quarta posição mundial no ranque de países-alvo de crimes virtuais.

ANOTAÇÕES

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COMENTÁRIO
Atente-se ao trecho:
• “O estudo revela que, com a prosperidade da economia brasileira e a crescente aquisição
de computadores e celulares, o Brasil tem-se mostrado um alvo importante para os cri-
minosos, além de se apresentar como origem de grande parte dos ataques no mundo.
Nesse quesito, o país está em quarto lugar no ranque mundial, atrás apenas dos Estados
Unidos da América, da China e da Índia”. “Nesse quesito” retoma o fato do Brasil ser alvo
5m
e origem ao mesmo tempo. Toda a ideia inteira é incluída.
• Desse modo, não está em 4º lugar no ranking de países-alvo, mas sim no 4º lugar no
ranking de países-alvo e países-origem ao mesmo tempo.
Observe a tabela;

REMISSÃO
PRONOME PESSOA ESPAÇO TEMPO ENUMERAÇÃO
TEXTUAL
Este (s) Para o que vai
Perto do Último
Esta (s) 1ª Presente ser dito (Função
Emissor (mais próximo)
Isto Catafórica).
Esse (s) Para o que já se
Passado ou futuro
Essa (s) 2ª Perto do receptor disse (Função
próximos
Isso Anafórica).
Aquele (s)
Distante dos inter- Primeiro
Aquela (s) 3ª Passado distante
locutores (mais distante)
Aquilo

4. A prosperidade da economia brasileira e a crescente aquisição de computadores e ce-

10m lulares no Brasil são responsáveis pelo fato de o país figurar entre as nações que mais
sofrem com os prejuízos financeiros provocados por crimes virtuais.

COMENTÁRIO
“O estudo revela que, com a prosperidade da economia brasileira e a crescente aquisição
de computadores e celulares, o Brasil tem-se mostrado um alvo importante para os
criminosos, além de se apresentar como origem de grande parte dos ataques no mundo”.
ANOTAÇÕES

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Sabemos, por exemplo, que não há culpa de quem anda por ruas perigosas e é assaltado,
ainda que ande com celular nas mãos, ainda que ande sem prestar atenção à movimenta-
ção estranha, uma vez que todos têm direito de ir e vir.
Embora não haja culpa, por ter se descuidado, a vítima pode ter facilitado ao assaltante,
por ela não ter conhecido o perigo daquela rua e, mesmo assim, ter optado por andar com
o celular nas mãos.
Voltando ao trecho do texto, o fato da economia ser boa (com mais computador e celular
no país), faz com que o Brasil se mostre um alvo para criminosos especializados.
A prosperidade na economia facilita, mas não contribui para o crime.

5. A morosidade no combate aos crimes está entre as causas do aumento no número de

crimes virtuais que lesam a sociedade brasileira.

COMENTÁRIO
Morosidade, ou lentidão, está entre as causas para os números expressivos.
15m
Observe o trecho do texto:
“Mesmo com os avanços na área de segurança, os crimes virtuais, ou cibercrimes, continu-
am causando muitos problemas financeiros, como mostrou um estudo feito pela empresa
de segurança Norton no ano de 2012. De acordo com o estudo, somente no Brasil, os pre-
juízos superam a casa dos R$ 15 bilhões por ano. No mundo todo, esse valor sobe para
cerca de R$ 220 bilhões. Entre os motivos para esses números expressivos estão o
aumento de ataques a dispositivos móveis e redes sociais e a própria lentidão do siste-
ma no combate aos crimes.
Em momento algum, porém, o trecho se refere à morosidade como causa para o aumen-
to do número ou que ele aumentaria.

Paz em casa

Os juízes que se deparam com o tema dos conflitos familiares e da violência domés-
tica assistem a situações de violência extrema, marcadas pelo abuso das relações de
afeto e parentesco, pela deslealdade nas relações íntimas de afeto e confiança. A violên-
cia doméstica exclui e segrega os integrantes da família, pois as vítimas são muitas vezes
consideradas responsáveis pelas agressões que sofrem. É a mulher agredida quem “gosta
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de apanhar”, é a criança espancada quem “provoca” os pais. Obviamente os membros

da família ficam apavorados diante da possibilidade da agressão e da exclusão e temem
pela própria vida quando dependem da família para sobreviver emocional ou materialmente.
Assim, todos são atingidos pela agressão a um deles dirigida.
Importa destacar que a violência intrafamiliar pode se dar tanto de forma omissiva,
pela ausência de cuidados necessários ao desenvolvimento do indivíduo, de alimentação
regular e abrigo, quanto comissiva, pela prática de atos que violam a liberdade e a integri-
20m
dade física e psíquica da vítima, agressões físicas ou verbais. Esses atos são capazes de
gerar sentimento de insegurança nos membros da família. No âmbito doméstico, as agres-
sões decorrem da vontade de dominar e subjugar o mais fraco, da luta por poder dentro de
casa. A maior parte dos ataques tem motivos banais, como o espancamento de mulheres que
se recusam a preparar o almoço ou a esquentar a comida dos companheiros, ou, como no
caso das crianças, o choro excessivo.
O processo judicial restaura a verdade dos fatos. O agressor é sentado no banco dos
réus e é tratado como tal. A vítima tem o direito de expor a dor, o sofrimento e exigir a repa-
ração devida. Muitas vezes não se persegue o encarceramento do agressor, mas apenas a
responsabilização pelos atos, de natureza cível ou criminal. O juiz observa as partes com
os olhos da lei, da equidade, da justiça. A justiça analisa tais casos dia após dia, noite após
noite, e os diversos agentes envolvidos no amparo e proteção às vítimas desenvolvem
sensibilidade especial para o tema. E, movidos pela empatia com os mais fracos nas rela-
ções sociais e familiares, buscam ajudar a restabelecer a linguagem de respeito entre os
membros da comunidade familiar, propiciando o resgate dos sentimentos que a mantêm
coesa e saudável.

DIRETO DO CONCURSO
(TJDFT/CESPE/TÉCNICO/2015) No que se refere às ideias apresentadas no texto,
julgue os itens que se seguem.

6. A busca da manutenção de relações de poder assimétricas motiva grande parte dos

atos de violência doméstica.
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COMENTÁRIO
Existe a busca da manutenção do poder desigual, em que o mais forte deseja dominar o
mais fraco.
Porém, o que motiva grande parte dos ataques são os motivos banais e não a manutenção
25m
da relação de poder desigual.
Veja:
“No âmbito doméstico, as agressões decorrem da vontade de dominar e subjugar o mais
fraco, da luta por poder dentro de casa. A maior parte dos ataques tem motivos banais,
como o espancamento de mulheres que se recusam a preparar o almoço ou a esquentar a
comida dos companheiros, ou, como no caso das crianças, o choro excessivo”.

7. Em se tratando de violência doméstica, o objetivo do processo judicial é a responsabili-

zação do agressor, estando a prisão desse agressor relegada a último plano.

COMENTÁRIO
O objetivo é restaurar a verdade dos fatos. Veja o trecho: “O processo judicial restaura a
verdade dos fatos”.

8. A palavra-chave referente à violência intrafamiliar omissiva é omissão, ao passo que a

referente à violência intrafamiliar comissiva é ação.

COMENTÁRIO
Violência intrafamiliar omissiva, segundo o texto, seria: “ausência de cuidados necessá-
rios ao desenvolvimento do indivíduo, de alimentação regular e abrigo”.
Violência intrafamiliar comissiva, conforme o texto, seria: “prática de atos que violam a
liberdade e a integridade física e psíquica da vítima, agressões físicas ou verbais”.

9. Nos casos de violência doméstica, muito comumente, há o que se pode denominar

inversão da culpa, ou seja, observam-se vítimas sendo tratadas pelos seus agressores
como responsáveis pela violência que sofrem.
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COMENTÁRIO
Ocorre uma inversão da culpa. Tem-se, no texto, que muitas vezes a vítima é responsável
pela agressão que sofre.
Acompanhe o trecho:
“A violência doméstica exclui e segrega os integrantes da família, pois as vítimas são mui-
tas vezes consideradas responsáveis pelas agressões que sofrem. É a mulher agredida
quem ‘gosta de apanhar’, é a criança espancada quem ‘provoca’ os pais”.

GABARITO
1. C
2. C
3. E
4. E
5. E
6. E
7. E
8. C
9. C

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Lucas Lemos.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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